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December 16, 2020


MERCOSUR



MERCOSUR. 57a. Cumbre Presidencial del MERCOSUR 2020. Alberto Fernández recibe la presidencia pro témpore del MERCOSUR

El presidente Alberto Fernández de la Cumbre de Jefes de Estado del Mercosur y de los Estados Asociados, durante la cual la Argentina recibe la presidencia pro témpore del bloque regional de manos de su par uruguayo, Luis Lacalle Pou: la retendrá durante el primer semestre del 2021 y definirá los nuevos desafíos del bloque regional.

Participan del evento virtual los Jefes de Estado de Paraguay, Mario Abdo Benítez, y de la República Federativa de Brasil, Jair Bolsonaro.


MEconomia. 15/12/2020. COMÉRCIO INTERNACIONAL. Conselho da Camex aprova mandatos negociadores do Brasil para acordos do Mercosul com Indonésia e Vietnã. País vai articular posições com sócios do bloco e apontar passos da negociação, que deve resultar em maior integração comercial do Brasil com o continente asiático

O Conselho de Estratégia Comercial (CEC) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou mandatos negociadores do Brasil para os Acordos de Livre Comércio do Mercosul com Indonésia e Vietnã, abrangendo temas tarifários e outros temas relacionados a comércio. Os resultados de estudos sobre impacto econômico-comercial apresentados na 2ª Reunião Ordinária do CEC, na última quarta-feira (09/12), indicam potencial positivo para a economia brasileira em celebrar acordos de livre comércio com esses parceiros. “Em ambos os casos, é esperado um aumento da corrente de comércio, com maior acesso a esses mercados para exportações brasileiras e redução de custos para o consumidor”, afirma o secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Roberto Fendt.

Segundo ele, o tamanho da população, a taxa de crescimento expressiva do Produto Interno Bruto (PIB) e o aumento consistente do nível de renda per capita da Indonésia e do Vietnã representam oportunidades para o comércio exterior brasileiro. “Espera-se que acordos comerciais possam superar as barreiras tarifárias e não-tarifárias incidentes no comércio do Brasil com ambos os países. A Ásia é um dos eixos mais dinâmicos do comércio mundial e o Brasil e o Mercosul devem dinamizar o comércio com o continente”, explica Fendt.

A Indonésia, país localizado no sudeste asiático, é a quarta nação mais populosa do mundo, com mais de 270 milhões de habitantes. Em 2019, seu PIB atingiu US$ 1,12 trilhão, tornando-a a 16ª maior economia mundial. A corrente de comércio entre Brasil e Indonésia se manteve próxima a US$ 3 bilhões anuais, nos últimos cinco anos. Em 2019, as exportações brasileiras destinadas ao país asiático somaram US$ 1,71 bilhão e as importações brasileiras, US$ 1,3 bilhão.

Por sua vez, o Vietnã, também localizado no sudeste asiático, tem uma população de cerca de 95 milhões de habitantes e um PIB de US$ 261,9 bilhões. A corrente de comércio entre Brasil e Vietnã se manteve próxima ao patamar de US$ 4 bilhões anuais, nos últimos anos. No ano passado, as exportações brasileiras destinadas ao Vietnã somaram US$ 2 bilhões e as importações brasileiras, US$ 2,5 bilhões.

Articulação brasileira

Após a concessão do mandato negociador, o Brasil terá cumprido os requisitos internos que autorizam o início das negociações comerciais com as contrapartes. A partir desse momento, o Brasil articulará as posições com os demais sócios do Mercosul e delineará a estratégia de como avançar nos próximos passos da negociação comercial.

Durante a reunião do Conselho, foram também apresentados relatos sobre o andamento das negociações comerciais Mercosul-Canadá, Mercosul-Coreia do Sul, Mercosul-Líbano e Mercosul-Singapura, assim como detalhamento do processo de acessão do Brasil ao Acordo sobre Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio.



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US ECONOMICS



INTEREST RATE



FED. December 16, 2020. Federal Reserve issues FOMC statement

The Federal Reserve is committed to using its full range of tools to support the U.S. economy in this challenging time, thereby promoting its maximum employment and price stability goals.

The COVID-19 pandemic is causing tremendous human and economic hardship across the United States and around the world. Economic activity and employment have continued to recover but remain well below their levels at the beginning of the year. Weaker demand and earlier declines in oil prices have been holding down consumer price inflation. Overall financial conditions remain accommodative, in part reflecting policy measures to support the economy and the flow of credit to U.S. households and businesses.

The path of the economy will depend significantly on the course of the virus. The ongoing public health crisis will continue to weigh on economic activity, employment, and inflation in the near term, and poses considerable risks to the economic outlook over the medium term.

The Committee seeks to achieve maximum employment and inflation at the rate of 2 percent over the longer run. With inflation running persistently below this longer-run goal, the Committee will aim to achieve inflation moderately above 2 percent for some time so that inflation averages 2 percent over time and longer-term inflation expectations remain well anchored at 2 percent. The Committee expects to maintain an accommodative stance of monetary policy until these outcomes are achieved. The Committee decided to keep the target range for the federal funds rate at 0 to 1/4 percent and expects it will be appropriate to maintain this target range until labor market conditions have reached levels consistent with the Committee's assessments of maximum employment and inflation has risen to 2 percent and is on track to moderately exceed 2 percent for some time. In addition, the Federal Reserve will continue to increase its holdings of Treasury securities by at least $80 billion per month and of agency mortgage-backed securities by at least $40 billion per month until substantial further progress has been made toward the Committee's maximum employment and price stability goals. These asset purchases help foster smooth market functioning and accommodative financial conditions, thereby supporting the flow of credit to households and businesses.

In assessing the appropriate stance of monetary policy, the Committee will continue to monitor the implications of incoming information for the economic outlook. The Committee would be prepared to adjust the stance of monetary policy as appropriate if risks emerge that could impede the attainment of the Committee's goals. The Committee's assessments will take into account a wide range of information, including readings on public health, labor market conditions, inflation pressures and inflation expectations, and financial and international developments.

Voting for the monetary policy action were Jerome H. Powell, Chair; John C. Williams, Vice Chair; Michelle W. Bowman; Lael Brainard; Richard H. Clarida; Patrick Harker; Robert S. Kaplan; Neel Kashkari; Loretta J. Mester; and Randal K. Quarles.

Implementation Note issued December 16, 2020. Decisions Regarding Monetary Policy Implementation

The Federal Reserve has made the following decisions to implement the monetary policy stance announced by the Federal Open Market Committee in its statement on December 16, 2020:
  • The Board of Governors of the Federal Reserve System voted unanimously to maintain the interest rate paid on required and excess reserve balances at 0.10 percent, effective December 17, 2020.
  •  As part of its policy decision, the Federal Open Market Committee voted to authorize and direct the Open Market Desk at the Federal Reserve Bank of New York, until instructed otherwise, to execute transactions in the System Open Market Account in accordance with the following domestic policy directive:
"Effective December 17, 2020, the Federal Open Market Committee directs the Desk to:
      • Undertake open market operations as necessary to maintain the federal funds rate in a target range of 0 to 1/4 percent.
      • Increase the System Open Market Account holdings of Treasury securities by $80 billion per month and of agency mortgage-backed securities (MBS) by $40 billion per month.
      • Increase holdings of Treasury securities and agency MBS by additional amounts and purchase agency commercial mortgage-backed securities (CMBS) as needed to sustain smooth functioning of markets for these securities.
      • Conduct term and overnight repurchase agreement operations to support effective policy implementation and the smooth functioning of short-term U.S. dollar funding markets.
      • Conduct overnight reverse repurchase agreement operations at an offering rate of 0.00 percent and with a per-counterparty limit of $30 billion per day; the per-counterparty limit can be temporarily increased at the discretion of the Chair.
      • Roll over at auction all principal payments from the Federal Reserve's holdings of Treasury securities and reinvest all principal payments from the Federal Reserve's holdings of agency debt and agency MBS in agency MBS.
      • Allow modest deviations from stated amounts for purchases and reinvestments, if needed for operational reasons.
      • Engage in dollar roll and coupon swap transactions as necessary to facilitate settlement of the Federal Reserve's agency MBS transactions."
  • In a related action, the Board of Governors of the Federal Reserve System voted unanimously to approve the establishment of the primary credit rate at the existing level of 0.25 percent.
This information will be updated as appropriate to reflect decisions of the Federal Open Market Committee or the Board of Governors regarding details of the Federal Reserve's operational tools and approach used to implement monetary policy.


Federal Reserve Board and Federal Open Market Committee release economic projections from the December 15-16 FOMC meeting: https://www.federalreserve.gov/newsevents/pressreleases/monetary20201216b.htm



POPULATION



DoC. US CENSUS. DECEMBER 15, 2020. Population. Demographic Analysis Uses Birth and Death Records, International Migration Data and Medicare Records to Produce a Range of Population Estimates as of April 1, 2020
ERIC JENSEN, senior technical expert for Demographic Analysis at the Census Bureau.
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The tabulation of the official 2020 Census count of the U.S. population is not yet complete, but in the meantime, the U.S. Census Bureau released today an estimate of the population as of April 1, 2020 of 332.6 million.

This number was part of a range of estimates, which is explained in more detail below.

These population numbers do not come from the 2020 Census but are the results of Demographic Analysis (DA).

They are produced using birth and death records, data on international migration and Medicare records. DA does not include any data from the 2020 Census, which relies on collecting responses from households.

In addition to providing estimates of the total population for the nation, Demographic Analysis also provides national-level estimates of the U.S. population by age, sex, and broad race and Hispanic origin groups.

DA estimates are different than the annual official population estimates, which are typically created by using the most recent census as a base and measuring annual population change relative to that base. They are not based on the previous census.

Instead, we start with birth records from 1945 to 2020 and account for deaths, immigration and emigration to each birth cohort. We use Medicare records to develop estimates for those cohorts born before 1945 (ages 75 and older in 2020).

Cohorts are population groups born in the same year that experience similar events in history at the same age.

DA is one of two programs that the Census Bureau uses to assess the accuracy of the decennial census by estimating coverage error. Coverage error occurs when certain population groups are overcounted or undercounted in the census.

The other census check is the Post-Enumeration Survey, which will be released next year. Table 1 shows 2020 DA estimates for the total population and by five-year age group, ranging from a low of 330.7 million to a middle estimate of 332.6 million to a high of 335.5 million.

Current and historical birth records are the foundation of DA estimates. The total estimate for each cohort is calculated by answering two questions:
  • Who was in the birth records from 1945 to 2020 but did not live in the United States on April 1, 2020? Answer: People who died or were living abroad.
  • Who was living in the United States on April 1, 2020, but was not in the birth records? Answer: the foreign-born population, people who migrated to the states from Puerto Rico and those born abroad of U.S. citizen parents now living in the United States.
The Census Bureau uses a demographic accounting process to produce the DA estimate of the total U.S. population. Here’s how it works:
  • We begin with birth records to get our initial estimate of that cohort. Next, we subtract all deaths to that cohort that occurred between the birth year and the census year..
  • We then account for international migration. This includes the international migration of the native population, the population that has migrated from Puerto Rico, people born abroad of U.S. citizen parents who are now living in the United States, and the foreign-born population.
  • We also account for the U.S. Armed Forces population living overseas at the time of the census and current and historical Armed Forces deaths that occurred overseas.
  • Finally, we use Medicare records to estimate the population born before 1945 (ages 75 and older in 2020).
 

High, Middle, and Low Estimates

The Census Bureau produced a range of estimates — high, middle and low — to account for uncertainty in the input data and methods used to produce the final DA estimates.

We developed the range by varying the methods and assumptions used to produce the population components. Each of the series is a reasonable demographic estimate for the population.

Because the vital records system in the United States is very complete, there is little variability in the births and deaths components.

Estimates of the foreign-born population account for the largest share of uncertainty in the overall DA estimates. Unlike births and deaths, people can migrate more than once during their lifetime, and data on this population are often limited or lacking.

When results from the 2020 Census are finalized, the DA estimates will be used to evaluate how close the census came to meeting its goal of counting everyone living in the United States.

Additional Data on Select Demographic Groups

In addition to providing estimates of the total population for the nation, Demographic Analysis also provides national-level estimates of the U.S. population by age, sex, and broad race and Hispanic origin groups.

Specifically, estimates are available for the number of people who are:
  • Black alone/non-Black alone by sex for ages 0 to 85 and above,
  • Black alone or in combination/non-Black alone or in combination by sex for ages 0 to 85 and above, and
  • Hispanic/non-Hispanic by sex for ages 0 to 29.
These data allow us to see patterns in coverage by age, sex, the DA race categories, and Hispanic origin for cohorts born after 1990 throughout the decades. For instance, we can compare DA results with census data to identify groups that may have been overcounted or undercounted in the census.

Some highlights from today’s release in order of low, middle and high estimates:
  • The percentage of the U.S. population estimated to be Black alone was 13.5, 13.7 and 13.9, respectively.
  • The percentage of the population estimated to be Black alone or in combination with other races was 14.9, 15.1 and 15.4, respectively.
  • For the population under age 30, the percentage estimated to be Hispanic was 23.0, 24.6 and 26.0, respectively. DA estimates are only available for Hispanic/non-Hispanic by sex for ages 0-29.)
While DA estimates are only available for a limited number of race groups because they rely on historical records and measures of race that have changed over time, they serve as a valuable resource to inform us about the age and sex structure of the nation’s population as a whole.



In 2022, we plan to produce experimental estimates for the population ages 0 to 17 for White, Black or African American, American Indian and Alaska Native, Asian, Native Hawaiian and Other Pacific Islander, and Two or More Races, and by Hispanic origin. These estimates will incorporate race detail available in both birth and death records since 2003.

This interactive data visualization shows age, sex and race data from DA for April 1 in 2000, 2010 and 2020.




INTERNATIONAL TRADE



DoC. BEA. 12/16/2020. U.S. Exports by Metropolitan Area Report: 3rd Quarter 2020

Today, the U.S. Census Bureau released the Third Quarter 2020 U.S. Exports by Metropolitan Area Report. This summary level report provides quarterly export data for 4 regions, Northeast, Midwest, South, and West. Each region contains a list of 10 selected metropolitan areas.




FOREIGN POLICY



U.S. Department of State. 12/15/2020. Secretary Michael R. Pompeo With Ben Shapiro of The Ben Shapiro Show. Michael R. Pompeo, Secretary of State. Via Teleconference

QUESTION:  Welcome back.  This is the Ben Shapiro Show.  Well, while the world focuses in on the Electoral College and election 2020, the Trump administration has continued to do good work, particularly overseas.  And joining us on the line right now is Secretary of State Mike Pompeo.  Secretary of State, thanks so much for joining the program.

SECRETARY POMPEO:  Ben, it’s great to be with you.

QUESTION:  So let’s talk about another historic peace deal, this time between Israel and Morocco.  This makes the fourth country to sign normalization of relations with Israel.  Maybe you can talk a little bit about the Abraham Accords, what they actually mean for the future.

SECRETARY POMPEO:  The administration made two big decisions at the beginning of its time, Ben.  And the first was that we were going to continue to support Israel in its right to defend itself, and so things like recognizing Jerusalem as the rightful capital of the Jewish homeland and the Golan Heights, and saying not all settlements are necessarily illegal.  And then second, identifying Iran as the primary destabilizing support – factor in the Middle East.

Those two decisions led to the Gulf states recognizing that being partners, friends, commercial traders, security partners with Israel was the right solution.  And so you see these Abraham Accords, where you now have countries all over the Middle East saying we don’t want to just fight Israel, we want to be their friend.  That’s the historic change.  We saw yesterday the country of Bhutan making a similar decision.  We’ve seen Sudan.  Countries not only in the Middle East, but in Africa and elsewhere are joining the chorus of nations that recognize that working alongside Israel creates prosperity and security for them, and that is good for the American people and our national security as well.

QUESTION:  Now, Secretary of State Pompeo, obviously Democrats have been taking a wildly different tack with regards to the Middle East, and Iran particularly.  Joe Biden and every Democrat apparently now says they want to get back into the Iran deal.  What sort of steps can you take as Secretary of State to prevent any future administration or future Democratic power center from trying to shift U.S. support back behind one of the worst regimes on planet Earth?

SECRETARY POMPEO:  Well, Ben, look, I think the Middle East is very different in 2020 than it was in 2015.  I think nations all across the world – we’ve built out a huge coalition that sees that the same way that we do.  And so whether it’s the Gulf states or Israel or even European countries who recognize that providing more money to the terror regime in Iran is a bad idea, I think the days of sending pallets of cash over to them and cutting a deal on nuclear weapons that does nothing but provide a path to nuclear capability – I think those days are behind us, and I think the world has come to recognize that denying the regime those resources and funds creates security and prosperity not only for their own countries, but for the United States as well.

So I think – I think we have demonstrated the right foreign policy with respect to Iran, and I am hopeful that the world will continue the policies that we have, and that one day Iran will rejoin the community of nations.

QUESTION:  So meanwhile, obviously the Government of China continues to be incredibly aggressive.  A data leak apparently shows some 2 million members of the Chinese Communist Party who are embedded at companies all around the globe and governments all around the globe.  What do you make of that report about a data leak, and just how dangerous is the Chinese Government in their attempt to infiltrate other countries, both in the private and the public sphere?

SECRETARY POMPEO:  I’ve spoken about this very issue a great deal during my time as Secretary of State and when I was the director of the Central Intelligence Agency.  This challenge from the Chinese Communist Party is the most existential threat to the United States and its prosperity and security.  President Trump is the first president to have recognized that.

So I spoke to the National Governors Association – oh, goodness, it’s probably been almost a year ago now; I think it was in January – and shared with them that the Chinese Communist Party is watching them, is watching every governor, is watching every city councilperson.  We saw that with Congressman Swalwell.  They are working to infiltrate, to cozy up to, to draw connections and exert influence in ways that are deep and powerful.  And America has now had a leader who is refusing to bend a knee to China and is standing up to them, but there’s an awful lot more work to do, as you can see by the data that’s now coming out.

QUESTION:  Well, Secretary of State Pompeo, what exactly do you think the United States ought to be doing in terms of curbing Chinese influence not just around the globe but also closer to home?  Obviously, the people of Hong Kong have now been subjected to incredible predation.  We’ve seen international organizations caving routinely to the Chinese Government, whether we’re talking about the United Nations or whether we’re talking about the WHO.  What can the U.S. do to sort of mitigate the effects of that?

SECRETARY POMPEO:  So it’s an enormous undertaking, and it is one that will require enormous determination and persistence by the people of the United States of America.  I believe we are up to this task.  So you identified international organizations.  The State Department has begun to push back in real ways.  They had a Chinese candidate for something called the World Intellectual Property Organization.  We beat them.  We’re competing there in ways we never did before.

I spoke at Georgia Tech last week about Chinese infiltration of our higher education system, right?  Students that are there, that are acting as go-betweens, if not spies – researchers who take big grants from the Chinese Communist Party and then allow Chinese scientists to come take their product and the results of the fruit of their work – these are things the United States must push back against.  It takes a real leader in the White House to do that.  We began this process.  We’ve made enormous progress, but there’s going to be a lot of work to do for a long time, Ben.

QUESTION:  In the meanwhile, there’s a big story that came out in the last couple of days about the Russian Government being involved in hacking American institutions, including the Commerce Department.  Can you give us the latest on that and what sort of measures can we take to combat Russian aggression?  Because it seems like, obviously as we near the end of the year, there – our global opponents are becoming more and more I would say aggressive in their pursuit.

SECRETARY POMPEO:  Yeah, but I’m not sure they’re any more aggressive.  I – this is something that’s been consistent.  The Russian efforts to use cyber capabilities against us here in the United States is something that’s been consistent certainly for – goodness, I guess I was in Congress six years and now four years in the administration.  I have seen this consistently over time, right?  They tried to mess with our elections in 2008, 2012, 2016.  We frankly did better in 2020 pushing back against them.  This is a real challenge.  They – we have imposed costs on the Russians.  We’ve urged them to cease this kind of malign activity.  But they are a real challenge.

And what the President has done, what President Trump has done is he has recognized these challenges.  We were in a – Ben, we were in a post-9/11 posture, where our primary focus was fighting terrorism.  We’ve taken that challenge on, too.  But we’ve also refocused America’s national security apparatus, knowing that prosperity depends on our capacity to push back against these great powers like China, and we’ve done just that.

QUESTION:  And when we talk about Russia, obviously there are new details emerging in the attempt to kill the Russian opposition leader Alexei Navalny.  And now new information suggests that when he was exposed to a highly toxic nerve agent that there were Russian agents nearby.  What’s been the American Government’s response to that new information?

SECRETARY POMPEO:  So we haven’t done anything with respect to the new information yet, other than begin to evaluate what we know.  But suffice it to say, we recognize and were among the first to call out this unbelievably malign activity and demanded that the Russians explain to us precisely how this happened, who did it.  We are still waiting on those answers.  But we, frankly, along with our European partners, who have been good on this too, have begun to impose real costs on the Russians for this kind of activity.

QUESTION:  Secretary of State Mike Pompeo, final question for you.  Obviously, Joe Biden has been talking about putting together a foreign policy team.  They look like members of the blob.  It’s all the same people who staffed the Obama administration; it’s people ranging from Jake Sullivan to Tony Blinken, all people who have sort of a 2010 view of foreign policy.  How malign would that influence be in terms of American foreign policy?

SECRETARY POMPEO:  Well, look, I’ll say this:  It’s the same people who executed the foreign policy that was here when President Trump took office, and you saw how we responded.  We fundamentally shifted to an idea that said we’re going to take care of America first, we’re going to get this right.  We’re happy to work with our friends and partners, but when we get it right for America, when we are realistic about what we can do and the things that we can’t do, when we’re realistic about those things we can be a force for good in the world.  And so I hope that many of the things that President Trump has undertaken will be evaluated, reviewed, and that many of those policies will be continued.

I know who these folks are.  I know what they did for eight years.  They are, in fact, the same players.  I am hopeful they will come to share my view that the world is a very different one today than it was when they left office four years ago.

QUESTION:  That is Secretary of State Mike Pompeo.  I really appreciate your time and your service, sir.

SECRETARY POMPEO:  Ben, thank you, sir.  Have a good day.



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ORGANISMS


 
GLOBAL FINANCE



IMF. DECEMBER 16, 2020. Glaciers of Global Finance: The Currency Composition of Central Banks’ Reserve Holdings
By Alina Iancu, Neil Meads, Martin Mühleisen, Yiqun Wu

The currencies that are being held by central banks as foreign exchange reserves have remained largely steady over decades. Changes in the composition of these holdings can, at best, be described as glacial in pace. But geopolitical shifts and technological revolutions are reshaping the global economy and the international use of currencies. These forces, and the fallout from the COVID-19 pandemic, could further accelerate the transformations in the reserve holdings of central banks.

Financial links seem to be a key driver of reserve currency holdings.

The status quo

There are currently around 180 national currencies, but only a few are widely used for international transactions, such as invoicing, paying for imports, and issuing debt or investing abroad. These currencies are the U.S. dollar, the euro, and, to a lesser extent, the Japanese yen, the British pound, and a few others. When crises hit, companies and investors usually seek safety in dollars.

Central banks have long held international reserves in these same currencies. This is unsurprising as reserves are intended to back up international transactions as described above, allowing country authorities to finance balance of payments needs, intervene in foreign exchange markets, and provide foreign exchange to domestic agents.


The slow pace of change in reserve holdings

Building on a novel dataset, a new IMF staff paper analyzes the composition and drivers of central banks’ reserve currency holdings over recent decades, and how these drivers have changed.

One key finding is that, given the dollar’s (and to some extent, the euro’s) international dominance, to date, any shifts in central bank reserve holdings have been minimal.

For example, despite China’s growing role in the global economy, the Chinese renminbi has gained only a small foothold in global transactions, such as issuing foreign debt or trading in the global foreign exchange market.

The paper also found that financial links seem to be a key driver of reserve currency holdings, and increasingly so in the last decade. This would suggest that, as long as the dollar continues to dominate global finance and trade, its dominance as a reserve currency looks set to endure.

But, just as slow-moving glaciers can sometimes unexpectedly surge forward, the currency composition of reserve holdings has the potential to undergo a sudden, unexpected, and accelerated transformation.

The future of reserve currencies

Our paper suggests a number of economic and financial trends that could impact the future composition of reserve holdings. Geopolitical and technological developments might prove as significant as economic considerations, and, together with the current COVID-19 pandemic, could accelerate future transformations. Potential drivers of change include:
  • Shifts in international finance: the strong response to the European Commission’s large-scale bond issuance in October highlights potential demand for alternatives to dollar-denominated debt.
  • Emerging market and developing countries could also issue more debt in the currencies of emerging creditors, such as China, to help meet increased financing needs. Our paper finds that the currency denomination of public debt is an especially important determinant of emerging market and developing countries’ reserve holdings, likely reflecting central banks’ desire to hedge against risks associated with debt obligations.
Changing trade links and invoicing practices could also alter demand for international currencies. Both the pandemic and recent trade tensions have highlighted the fragility of global supply chains. Countries are now more interested than ever in ensuring critical supplies. A shift toward localized production would reduce the demand for international currencies.
  • Meanwhile, lower reliance on any single trading partner might diversify demand for currencies. The recent conclusion of the Regional Comprehensive Economic Partnership in Asia – a free trade agreement between fifteen nation states in the region – may signify a larger role for alternate currencies that currently account for a small share in international reserves.
  • The credibility of the policies of debt-issuing countries is fundamental for trust in their currencies. The COVID-19 pandemic has highlighted the need for current and potential issuers to enact sound health and economic policies to preserve their growth potential.
  • The international use of currencies can also reflect strategic considerations. For instance, reserve currency portfolio decisions may be influenced by foreign policy considerations and security ties. The fallout from trade tensions and international sanctions can prompt countries to consider changes in their reserve holdings and potential issuers to seek to internationalize their currencies.
  • The pandemic has accelerated advances in financial and payment technologies. Potential competition from private issuers such as Diem – Facebook’s blockchain-based payment system – has spurred major central banks to accelerate work on central bank digital currencies and cross-border payments. The European Central Bank and People’s Bank of China, among others, are exploring the issuance of central bank digital currencies which could increase demand for their currencies.
  • Superior technology platforms could also help new currencies overcome some of the advantages of incumbent currencies. Depending on the adoption and use of public or private digital money , central banks might have to rethink what constitutes, and how to hold, reserves going forward.
There is currently no sign of major shifts in the composition of central bank reserve currencies. However, the glacial pace of change over recent decades should not be taken as an indication of the future. There is considerable uncertainty around global economic and financial trends, as well as geopolitical and technological developments, and so scope for more dynamic transformation in the future.




BRAZIL



OCDE. REUTERS. 16 DE DEZEMBRO DE 2020. OCDE sugere junção de FGTS com seguro-desemprego para rede de proteção social universal
By Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugeriu que o Brasil combine o FGTS e o seguro-desemprego para criar uma rede de proteção social universal, conforme Relatório Econômico sobre o país publicado nesta quarta-feira.

No documento, a OCDE também criticou o fato de o Bolsa Família não passar por reajustes como outros benefícios sociais do país, a despeito de ter forte impacto sobre a redução da pobreza e da desigualdade. Segundo a OCDE, os valores pagos sob o programa caíram 22%, em termos reais, nos últimos 15 anos.

Na visão da OCDE, não existe no Brasil uma rede universal de segurança social efetiva. Isso porque tanto o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) quanto o seguro-desemprego, que custam cerca de 1% do PIB, são limitados aos trabalhadores do setor formal, excluindo os que mais precisam de proteção.

“Os dois esquemas poderiam ser combinados para economizar recursos e reduzir as contribuições e poderiam servir como um mecanismo de recarga individual para uma rede de segurança social universal, de base familiar, em que os benefícios não estão condicionados ao emprego formal”, disse a entidade.

Nesse contexto, a entidade frisou que a informalidade subiu recentemente para mais de 40% no país.

A entidade sustentou, ainda, que o ajuste aos benefícios sociais previdenciários apenas pela inflação liberaria recursos para o aumento dos gastos no Bolsa Família, após lembrar que em 2012 houve um aumento real no salário mínimo de quase 8%. Atualmente, esses benefícios são indexados ao salário mínimo.

Tanto para este ano quanto para o ano que vem, contudo, a sugestão já foi posta em prática, já que o governo propôs ao Congresso que o salário mínimo fosse corrigido apenas pela inflação, sem aumento real.

Sobre a necessidade de retorno ao programa de ajuste fiscal no pós-pandemia, a OCDE avaliou que isso pode ser alcançado via melhoria na eficiência de gastos, apontando que há muito espaço para revisão de gastos tributários, incluindo subsídios ineficazes.

“Ao mesmo tempo, uma reforma administrativa poderia gerar economias e melhorar a qualidade da administração pública”, disse a entidade.

“Muitas despesas correntes têm aumentado devido à vinculação de receitas, gastos obrigatórios ou mecanismos de indexação. Isso desviou recursos de onde são mais necessários, incluindo do investimento”.

Para a OCDE, uma reforma nas despesas obrigatórias e nas regras de indexação é “inevitável” para o ajuste fiscal ocorrer sem desobediência às regras fiscais, o que “provocaria perdas de confiança e poderia inviabilizar a recuperação”.

O governo enviou ao Congresso no fim de 2019 Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tratavam desses temas dentro de um pacote para o Pacto Federativo. Mas as iniciativas não avançaram e, recentemente, o relator de uma das PECs admitiu o adiamento da apresentação de seu parecer para o ano que vem, alegando a complexidade do tema e a atual conjuntura do país.

DESMATAMENTO

A OCDE também destacou no documento que o desmatamento na Amazônia aumentou após um longo declínio, o que relacionou a uma diminuição de recursos dedicados à aplicação da lei florestal em todo o vasto bioma amazônico.

“Aumentar os esforços de fiscalização por meio de orçamentos maiores e maior contratação de pessoal de fiscalização é um pilar importante para conter o desmatamento ilegal”, disse.

A OCDE aconselha seus membros --em sua maioria países ricos --e é considerada uma influenciadora-chave na arquitetura econômica mundial.

A solicitação formal do Brasil para se juntar à OCDE foi feita em maio de 2017, representando um esforço para fortalecer os laços com as nações desenvolvidas do Ocidente, depois que governos anteriores priorizaram as relações com países em desenvolvimento.



AMÉRICA LATINA



CEPAL. 16 DE DICIEMBRE DE 2020. América Latina y el Caribe tendrá crecimiento positivo en 2021, pero no alcanzará para recuperar los niveles de actividad económica pre-pandemia. En su Balance Preliminar de las Economías de la región, la CEPAL prevé una contracción promedio de -7,7% para 2020 -la mayor en 120 años- y un rebote de 3,7% en 2021.

La región de América Latina y el Caribe marcará una contracción de -7,7% en 2020, pero tendrá una tasa de crecimiento positiva de 3,7% en 2021, debido principalmente a un rebote estadístico que, sin embargo, no alcanzará para recuperar los niveles de actividad económica pre-pandemia del coronavirus (en 2019), indicó hoy la CEPAL en un nuevo informe.

La CEPAL dio a conocer su Balance Preliminar de las Economías de América Latina y el Caribe 2020, uno de los principales reportes anuales del organismo de las Naciones Unidas, en una conferencia de prensa virtual ofrecida por su Secretaria Ejecutiva, Alicia Bárcena.

Según el documento de la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), en un contexto de contracción global, América Latina y el Caribe es la región más golpeada del mundo en desarrollo por la crisis derivada del COVID-19. En la década previa a la pandemia la región mostraba una trayectoria de bajo  crecimiento y en 2020 enfrenta una combinación de choques negativos de oferta y demanda sin precedentes, lo que se traduce en la peor crisis económica de los últimos 120 años. 

Si bien los importantes esfuerzos fiscales y monetarios realizados por los países han permitido mitigar los efectos de la crisis, las consecuencias económicas y sociales de la pandemia han sido exacerbadas por los problemas estructurales que la región arrastra históricamente. Para el año 2021 se espera una tasa de crecimiento del PIB positiva que refleja fundamentalmente un rebote estadístico, pero la recuperación del nivel de producto interno bruto (PIB) pre crisis será lenta y se alcanzaría recién hacia el año 2024.  

“La dinámica del crecimiento en 2021 está sujeta a una alta incertidumbre relacionada con el riesgo de rebrotes de la pandemia, de la agilidad para producir y distribuir las vacunas y de la capacidad para mantener los estímulos fiscales y monetarios para apoyar la demanda agregada y a los sectores productivos.  Avanzar en un crecimiento sostenible e inclusivo requiere de una transformación productiva hacia sectores ambientalmente sostenibles, que favorezcan la generación de empleo y la innovación tecnológica”, señaló Alicia Bárcena.

Las debilidades y brechas estructurales históricas de la región, su limitado espacio fiscal, la desigualdad, la escasa cobertura y acceso a la protección social, la elevada informalidad laboral, la heterogeneidad productiva y la baja productividad son centrales para entender el alcance de los efectos de la pandemia en las economías de la región, sus dificultades para implementar políticas que mitiguen estos efectos y los desafíos a la hora de emprender una reactivación económica sostenible e inclusiva.

Antes de la pandemia la región ya mostraba un bajo crecimiento económico: en promedio un 0,3% en el sexenio 2014-2019, y específicamente en 2019 una tasa de 0,1%. Con la llegada de la pandemia, se sumaron a ese bajo crecimiento económico los choques externos negativos y la necesidad de implementar políticas de confinamiento, distanciamiento físico y cierre de actividades productivas, lo que hizo que la emergencia sanitaria se materializara en la peor crisis económica, social y productiva que ha vivido la región. La contracción de la actividad económica ha venido acompañada de un aumento significativo de la tasa de desocupación, que se prevé en torno al 10,7% en 2020, una profunda caída de la participación laboral y un incremento considerable de la pobreza y la desigualdad.

De acuerdo con las proyecciones entregadas por el organismo de las Naciones Unidas, América del Sur se contraería -7,3% en 2020 y crecería 3,7% en 2021; América Central caería -6,5% en el presente período  y se expandiría 3,8% el próximo año; mientras que El Caribe anotaría una contracción de -7,9% en 2020 y un crecimiento de 4,2% en 2021.

El documento de la CEPAL enfatiza que para evitar que la región persista en su dinámica de bajo crecimiento se requiere de políticas fiscales y monetarias expansivas  junto con políticas ambientales e industriales, que permitan las transformaciones estructurales que la región necesita y promuevan un desarrollo sostenible.

Plantea la necesidad de priorizar el gasto para la reactivación y transformación económica y social mediante el fomento de la inversión intensiva en empleo y ambientalmente sostenible en sectores estratégicos; extender el ingreso básico a personas en situación de pobreza; otorgar financiamiento a micro, pequeñas y medianas empresas (MIPYMES); entregar incentivos al desarrollo productivo, revolución digital para la sostenibilidad y tecnologías limpias; y universalizar los sistemas de protección social.

Se argumenta que más allá de los esfuerzos nacionales, la reactivación y la transformación económica de la región requerirán de financiamiento y cooperación internacional. En este ámbito, enfatiza la necesidad de utilizar instrumentos como la emisión y reasignación de los Derechos Especiales de Giro (DEGs) del Fondo Monetario Internacional para fortalecer las reservas de los países de la región y los acuerdos regionales; incluir a los países de renta media vulnerables en la iniciativa de moratoria de deuda del G-20 (DSSI, por sus siglas en inglés) y además poner en práctica el canje de deuda por adaptación al cambio climático en el caso del Caribe junto con la creación de un fondo de resiliencia; y capitalizar las instituciones de crédito multilaterales, regionales y nacionales.

DESCRIPCIÓN

En su edición 2020, el Balance Preliminar de las Economías de América Latina y el Caribe examina el comportamiento de las economías de la región durante el año, y actualiza las cifras de crecimiento y otros indicadores que reflejan el impacto sufrido por los países de la región a raíz de la crisis del COVID-19. En particular, el documento presenta nuevas estimaciones del producto interno bruto (PIB) para la región y todos sus países en 2020 y entrega una primera estimación de crecimiento para 2021. El informe analiza los efectos económicos provocados por la pandemia en cada país a la luz de los acontecimientos de los últimos meses, y brinda recomendaciones de políticas para enfrentarlos, sobre todo en materia fiscal y monetaria, junto con resaltar la importancia de cooperación internacional.

ÍNDICE
  • Resumen ejecutivo
  • Capítulo I. Tendencias de la economía mundial
  • Capítulo II. La liquidez mundial
  • Capítulo III. El sector externo
  • Capítulo IV. La actividad económica
  • Capítulo V. Los precios internos
  • Capítulo VI. Empleo y salarios
  • Capítulo VII. Las políticas macroeconómicas
  • Capítulo VIII. Perspectivas económicas y riesgos que enfrentará América Latina y el Caribe en 2021
  • Anexo estadístico.

CEPAL. REUTERS. 16 DE DEZEMBRO DE 2020. Economia da América Latina voltará a crescer em 2021, prevê Cepal

SANTIAGO (Reuters) - A economia da América Latina voltará a crescer em 2021, após uma profunda recessão provocada pela pandemia do coronavírus neste ano, disse a comissão econômica da ONU para a região nesta quarta-feira.

A economia latino-americana crescerá 3,7% em 2021, após contração de 7,7% neste ano, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Um relatório anterior de julho projetava retração mais profunda em 2020, de 9,1%.

“É a maior contração desde que os registros começaram em 1900. O PIB está caindo em praticamente todos os países”, disse o relatório, o qual previu que serão necessários anos para retornar ao nível de atividade econômica de antes da crise.

As exportações regionais --dependentes de embarques de matérias-primas-- vão encolher 13% neste ano, com o volume das importações caindo 14%, o maior desde a crise financeira global de 2008-2009, mostrou o relatório.

Mesmo antes da pandemia, a América Latina já havia registrado crescimento médio e 0,3% nos seis anos até 2019. O relatório disse que a recuperação do próximo ano só ajudaria a mitigar o impacto da contração recorde.

O desemprego deve subir para cerca de 10,7%, disse o documento, com muitas pessoas abandonando a força de trabalho e a pobreza aumentando drasticamente.

“As cicatrizes deixadas pela maior crise das últimas décadas, com o aumento dos níveis de desemprego e pobreza, além da desigualdade, podem intensificar tensões sociais latentes com consequências para a retomada da atividade econômica nos países”, alertou o relatório.

Tanto a recuperação global quanto a regional estarão ligadas à disponibilidade de uma vacina contra o vírus, acrescentou o documento.

A piora das condições financeiras globais e qualquer retirada prematura dos estímulos monetários e fiscais, tanto nas grandes economias desenvolvidas quanto em âmbito local, também representam riscos para a economia latino-americana, afirmou a Cepal.

Reportagem de Natalia Ramos



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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS



PIB


FGV. IBRE. 16/12/2020. Monitor do PIB aponta crescimento de 0,6% na atividade econômica em outubro

O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,6%, na atividade econômica em outubro, em comparação a setembro, e de 6,4% no trimestre móvel findo em outubro, em comparação ao trimestre móvel findo em julho. Na comparação interanual, a economia apresentou queda de -2,7% em outubro e de -3,1% no trimestre móvel findo em outubro.

“O forte crescimento de 7,7% da economia brasileira no 3º trimestre, reverteu, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no 2º trimestre deste ano. No entanto, este crescimento não teve continuidade em outubro, que apresenta a menor taxa mensal desde a forte retração de abril. A tendência da economia parece ser retomar às incipientes taxas mensais do início do ano, pré pandemia. Das doze atividades desagregadas que compõem o PIB apenas 6 apresentam-se no plano positivo tanto contra mês anterior, como na comparação interanual. Registre-se que o setor de serviços ainda apresenta grande resistência à recuperação com grande influência das atividades de transportes, de administração pública, e particularmente de outros serviços que pesa quase 15% do PIB. Estes resultados são reflexo do fraco desempenho dos dois principais componentes da demanda: o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo. Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e pequena melhora dos setores de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias, educação e saúde, o crescimento observado ainda é insuficiente para trazer o consumo para o plano positivo. Produtos não duráveis e duráveis consumidos pelas famílias foram favorecidos pelo auxilio emergencial e pelo comércio virtual, mas serviços continuam travando a economia. Por sua vez são todos negativos os desempenhos dos componentes da formação bruta de capital fixo, em particular da construção que se compõe principalmente de moradias e obras públicas. Com o recrudescimento da pandemia fica dificultada uma recuperação mais robusta do setor de serviços, que é a atividade mais relevante da economia brasileira”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

ANÁLISE DESAGREGADA DOS COMPONENTES DA DEMANDA

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi feita na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes. No entanto, como as medidas de isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19 iniciaram-se em meados do mês de março, tendo significativos impactos na economia, durante o ano de 2020, após a usual apresentação da composição da taxa trimestral é apresentada, também, a desagregação da taxa mensal interanual destes componentes.

Consumo das famílias

O consumo das famílias retraiu -4,4% no trimestre móvel findo em outubro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. Desde a histórica queda de -12,2%, registrada no segundo trimestre, o consumo segue com tendência ascendente, embora ainda com variações negativas. No Gráfico 2 do Press Release nota-se que essa trajetória se deve principalmente ao desempenho do consumo de bens, tendo em vista que o consumo de serviços, apresenta uma recuperação mais lenta, embora também com taxas menos negativas desde o resultado do segundo trimestre.

Na análise mensal interanual (Gráfico 3 do Press Release), nota-se que o consumo de serviços se destaca com a maior queda dentre os componentes do consumo, devido, principalmente, as retrações do consumo de alojamento, alimentação, saúde privada e demais serviços prestados as famílias. Entre os bens, o único a retrair em outubro foi o consumo de semiduráveis impulsionado, principalmente, pelo desempenho de artigos de vestuário e calçados.

Formação bruta de capital fixo (FBCF)

A FBCF (Gráfico 4 do Press Release) retraiu 4,5% no trimestre móvel findo em outubro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. Embora esteja em trajetória menos negativa, o componente de máquinas e equipamentos segue sendo o de maior retração (-8,6) impulsionado, principalmente, pelas quedas nos segmentos de automóveis, camionetas, caminhões e ônibus.

Na comparação interanual (Gráfico 5 do Press Release), observa-se que o componente de outros da FBCF apresentou a maior retração (-5,5%), influenciando fortemente a retração de -1,0% da FBCF em outubro. O segmento de serviços prestados às empresas foi o principal destaque para o recuo deste componente, em outubro.

Exportação

A exportação de bens e serviços (Gráfico 6 do Press Release) retraiu 6,5% no trimestre móvel findo em outubro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. Praticamente todos os componentes retraíram nesta comparação. A única exceção foi a exportação de bens de consumo que cresceu 21,1%, impulsionada pela exportação de bens de consumo não duráveis que cresceram 26,0%, neste trimestre.

No Gráfico 7 do Press Release, nota-se que o volume total exportado de bens e serviços recuou 9,5% com crescimento registrado em apenas dois segmentos: bens de consumo (21,1%) e bens de capital (5,1%). Destaca-se que a maior queda registrada foi na exportação de produtos agropecuários (-27,4%), seguida da exportação de serviços (-22,9%).

Importação

A importação retraiu 23,0% no trimestre móvel findo em outubro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. Embora muito negativa, o Gráfico 8 do Press Release mostra uma suave melhora desta taxa, em comparação ao desempenho anterior. O único componente a crescer foi a importação de produtos agropecuários (1,2%). As fortes quedas de bens intermediários (-15,6%) e dos serviços (-34,9%) explicam a maior parte desta retração, embora os bens intermediários estejam apresentando trajetória ascendente enquanto a importação de serviços continua em desaceleração.

Conforme apresentado no Gráfico 9 do Press Release, todos os segmentos da importação apresentaram retração em outubro na comparação interanual, sendo o recuo da importação de bens de capital e o de serviços os mais expressivos.

MONITOR DO PIB-FGV EM VALORES

Em termos monetários, o PIB em valores correntes no acumulado do ano até outubro foi de aproximadamente 6 trilhões, 111 bilhões e 501 milhões de Reais.

TAXA DE INVESTIMENTO

O Gráfico 10 do Press Release, destaca em duas linhas as médias das taxas de investimento: a de cima mostra a média das taxas de investimento mensais desde o janeiro de 2000 (17,9%); a linha de baixo mostra a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2015 (15,7%). Observa-se que a taxa de investimento em outubro foi de 17,0%, na série a valores correntes. Apesar de estar abaixo da taxa de investimentos média de 2000 em diante, esta é a melhor taxa de investimento mensal desde outubro de 2015, quando a taxa foi de 17,9%.

ANÁLISE ESPECIAL DAS ATIVIDADES DE SAÚDE PÚBLICA E PRIVADA

A chegada da pandemia de Covid-19 no Brasil, com a adoção das recomendações de isolamento social, tem impactos diretos e indiretos na economia, afetando, praticamente, todas as atividades econômicas. Nesta seção especial que estará disponível no Monitor do PIB-FGV durante todo o ano de 2020, busca-se compreender como duas das principais atividades econômicas diretamente afetadas pela Covid-19 (saúde pública e privada) têm sido impactadas pelo avanço da pandemia no país. Em conjunto essas duas atividades representavam, de acordo com o IBGE, 4,3% do PIB em 2018, sendo a saúde pública responsável por 1,9 p.p. e a saúde privada pelos outros 2,4 p.p.

Saúde pública

A saúde pública compõe, com participação de 12,8% (em 2018, de acordo com as TRUs1), a atividade de Administração Pública na desagregação do PIB em 12 atividades, nas Contas Nacionais Trimestrais do IBGE. Em outubro, a atividade de saúde pública recuou 14,8%, na comparação interanual. Este resultado mostra uma contribuição de -2,0 p.p. da saúde pública para a retração de -5,8% da atividade de Administração pública, no trimestre móvel findo em outubro. Os Gráficos 11 e 12 do Press Release mostram a evolução mensal da atividade de saúde pública e a contribuição trimestral para a atividade de Administração Pública.

Saúde privada

A saúde privada compõe, na desagregação do PIB em 12 atividades, nas Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, a atividade de Outros Serviços, com 15,7% (em 2018, de acordo com as TRUs) de representatividade nesta atividade. Em outubro, a atividade de saúde privada retraiu 10,7%, na comparação interanual. Este resultado mostra uma contribuição de -1,7 p.p. da saúde privada para a retração de -13,3% de Outros Serviços, no trimestre móvel findo em outubro. Os Gráficos 13 e 14 do Press Release mostram a evolução mensal da atividade de saúde privada e a contribuição trimestral para a atividade de Outros Serviços.

Essas quedas de produção da atividade de saúde, tanto pública como privada, estão, provavelmente, associadas ao adiamento de consultas e exames devido ao isolamento social.

É importante destacar que as estimativas realizadas para a saúde pública e privada no Monitor do PIB-FGV não abrangem toda a composição da Conta Satélite de Saúde do Brasil, divulgada pelo IBGE. Além das atividades de saúde pública e privada, a Conta Satélite abrange outras atividades, tais como fabricação de produtos farmacêuticos, comércio de produtos farmacêuticos entre outras atividades relacionadas à saúde.

Outro ponto importante de destacar é que essas estimativas são calculadas com base nos dados disponibilizados no DataSUS, e essas informações, por serem constantemente atualizadas, podem sofrer grandes alterações entre as divulgações.


IBGE. 16/12/2020. Oito municípios detinham 25% do PIB do país em 2018

Em 2018, ¼ do PIB do país vinha de apenas oito municípios e o líder em participação era São Paulo (SP) responsável por 10,2% do PIB do país que, naquele ano, chegou a R$ 7,0 trilhões. Já o município com o maior PIB per capita foi Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85.

A densidade econômica do país era de R$ 824 mil por quilômetro quadrado (R$/km²). Osasco (SP) era o município com a maior densidade, gerando R$ 1,1 bilhão/km².

Entre 2017 e 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do país foram Maricá (RJ), Niterói (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ), cada um com acréscimo de 0,2 ponto percentual (p.p.). Os três ganhos se deveram à alta do preço do petróleo em 2018.

A atividade econômica na Cidade-região de São Paulo, que reúne 92 municípios adjacentes com forte interação, gerava o equivalente a 1/4 do PIB do país.

Em 49,2% dos municípios do país, a administração pública foi a principal atividade econômica em 2018. Esse predomínio ocorria em mais de 90% dos municípios do Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Paraíba, Distrito Federal e em apenas 9,6% dos municípios do estado de São Paulo.

Essas são algumas informações do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2018, elaboradas em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. Os mapas sobre este estudo estão disponíveis na plataforma geográfica interativa do IBGE.

Oito municípios concentram quase um quarto do PIB do país

Em 2018, oito municípios somaram quase 25% do PIB do Brasil e 14,7% da população: São Paulo (SP) com 10,2%; Rio de Janeiro (RJ) com 5,2%; Brasília (DF) com 3,6%; Belo Horizonte (MG) com 1,3%; Curitiba (PR) com 1,2% e, com 1,1% cada, Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Osasco (SP). Em 2002, apenas quatro municípios somavam quase ¼ da economia nacional.

Municípios com os 10 maiores PIB per capita – 2018
UFsMunicípio PIB per capitaPrincipal atividade econômica
ESPresidente KennedyR$ 583.171,85Extração de petróleo
SPIlhabelaR$ 419.457,22Extração de petróleo
MSSelvíriaR$ 362.080,40Geração de energia elétrica
MGSão Gonçalo do Rio AbaixoR$ 337.288,81Extração de minério de ferro
SPPaulíniaR$ 306.163,17Refino de petróleo
RSTriunfoR$ 304.208,49Indústria petroquímica
PAVitória do XinguR$ 291.967,12Geração de energia elétrica
MGExtremaR$ 268.459,18Comércio e indústrias de transformação 
SPLouveiraR$ 229.610,70Comércio e indústrias de transformação 
BASão Francisco do CondeR$ 225.290,31Refino de petróleo
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA .

Os 71 municípios com os maiores PIBs representavam, aproximadamente, metade do PIB total e um pouco mais de 1/3 da população do país, em 2018. Já os 1.346 municípios de menores PIBs responderam por cerca de 1,0% do PIB do país e por 3,1% da população brasileira.

A análise da distribuição do PIB por concentrações urbanas (arranjo populacional com mais de 100 mil habitantes, reunindo uma ou mais cidades com alto grau de integração, devido aos deslocamentos para trabalho ou estudo) permite verificar que ¼ da produção econômica do país, em 2018, estava em apenas duas dessas concentrações: São Paulo/SP (16,8%), onde se situa, entre outros, o município de Osasco (SP); e Rio de Janeiro/RJ (8,1%).

As 10 maiores concentrações urbanas brasileiras compõem cerca de 42,5% do PIB, sendo elas: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Campinas/SP, Salvador/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE.

Com R$ 1,1 bilhão/km², Osasco segue líder em densidade econômica

A densidade econômica no país, em 2018, foi de R$ 824 mil por quilômetro quadrado (R$/km²) enquanto nas concentrações urbanas, esse valor é 10,5 vezes maior: R$ 8,7 milhões/km². Na Amazônia Legal, região extensa com baixa ocupação, este valor fica em R$ 122 mil/km².

Dos 10 municípios líderes em densidade econômica, seis estavam na grande concentração urbana de São Paulo/SP. A maior densidade era a de Osasco (SP): R$ 1,1 bilhão/km².

Enquanto na concentração urbana de São Paulo/SP, cada quilômetro quadrado produziu
R$ 164,9 milhões/km², a densidade econômica da concentração urbana do Rio de Janeiro/RJ, segunda na classificação, era 56,8% daquele valor: R$ 93,6 milhões/km².

Cidade-região de São Paulo concentra 24,0% do PIB nacional

A desigualdade é mais evidente quando se compara o Semiárido, a Amazônia Legal e a Cidade-Região de São Paulo. O primeiro representou, em 2018, apenas 5,2% do PIB nacional, a Amazônia Legal, 8,8% e a Cidade-Região de São Paulo 24,0%.

Em 2018, 31,8% do PIB nacional vinha das capitais, a menor participação da série. São Paulo (SP) liderava, com 10,2% de participação e Rio Branco (AC) era a última da posição entre as capitais, com contribuição de 0,1% entre as capitais.

Presidente Kennedy tem o maior PIB per capita do país

Em 2018, os 10 municípios com os maiores PIB per capita somavam 1,5% do PIB brasileiro e 0,2% da população. Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85, tinha o maior PIB per capita, seguido de Ilhabela (SP), ambos devido à extração de petróleo. Em Selvíria (MS), na terceira posição, e Vitória do Xingu (PA), na sétima, a geração de energia hidrelétrica era o destaque. Na quarta posição, São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) onde a extração de minério de ferro era a principal atividade. Em 2018, o PIB per capita do país chegou a R$ 33.593,82.

Municípios com os 10 maiores PIB – 2018
UFsMunicípioPIB (R$ 1.000)Participação % no PIB do PaísParticipação % acumulada
SPSão Paulo 714 683 362                            10,2                            10,2
RJRio de Janeiro  364 052 058                              5,2                            15,4
DFBrasília  254 817 205                              3,6                            19,0
MGBelo Horizonte 91 957 092                              1,3                            20,4
PRCuritiba  87 151 950                              1,2                            21,6
AMManaus 78 192 321                              1,1                            22,7
RSPorto Alegre 77 134 613                              1,1                            23,8
SPOsasco  76 609 046                              1,1                            24,9
CEFortaleza 67 024 088                              1,0                            25,9
BASalvador  63 526 092                              0,9                            26,8
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. Nota: População estimada por município com data de referência em 1º de julho de 2018, enviada ao Tribunal de Contas da União - TCU.

Os municípios na quinta e décima posições, Paulínia (SP) e São Francisco do Conde (BA), respectivamente, tiveram na indústria de refino de petróleo sua principal atividade. Já Triunfo (RS), na sexta posição, possuía indústria petroquímica. Extrema (MG) e Louveira (SP) estavam na oitava e nona posição em razão do comércio e das indústrias de transformação.

Entre as capitais, Brasília (DF), com R$ 85.661,39, liderou em relação ao PIB per capita, enquanto Belém (PA) ocupou a última posição, com R$ 21.191,47. Ou seja, o PIB per capita da capital federal foi 2,55 vezes maior que o PIB per capita do Brasil (R$ 33.593,82). Já o de Belém correspondia a apenas 63% do PIB per capita nacional.

Três cidades do RJ têm maior ganho de participação no PIB em um ano

Entre 2017 e 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do país foram Maricá (RJ), Niterói (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ), todos com acréscimos de 0,2 p.p., seguidos por Ilhabela (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES), que aumentaram 0,1 p.p. cada.

Em Maricá, Niterói, Campos dos Goytacazes e Ilhabela, o ganho estava atrelado à extração de petróleo, atividade beneficiada pelo aumento dos preços internacionais em 2018. Em Vitória, o desempenho se deve à extração de minério de ferro. No Rio, o acréscimo de PIB ocorreu, em grande medida, em decorrência do aumento da arrecadação dos impostos, líquidos de subsídios, sobre os produtos.

Por outro lado, as maiores quedas de participação ocorreram em São Paulo (SP), Osasco (SP), Brasília (DF) e Parauapebas (PA). Em São Paulo e Osasco, a perda de participação ocorreu, principalmente, em função das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, já que em 2018 houve redução da taxa de juros e em ambos os municípios essa atividade tem peso destacado. Em Brasília houve redução de participação nos impostos, líquidos de subsídios, sobre os produtos. Parauapebas apresentou redução na extração de minério de ferro.

Lagoa do Barro do Piauí (PI) e Mulungu do Morro (BA) foram os municípios com o maior avanço de posições considerando o valor do PIB, entre 2017 e 2018 – subiram 2.420 e 2.277 posições, respectivamente. Essas cidades tiveram o desempenho influenciado pelas Indústrias de Transformação. Arapoema (TO) ficou em terceiro, devido à atividade de Construção.

Entre os maiores recuos de posição, destacaram-se Curral Novo do Piauí (PI), Nova Campina (SP) e Brejo Alegre (SP) que tiveram redução nas suas Indústrias de Transformação.

Em 16 anos, participação de Maricá (RJ) no PIB do país foi a que mais cresceu

De 2002 a 2018, o maior ganho de participação no PIB ocorreu em Maricá (RJ), com aumento de 0,4 p.p. devido à extração de petróleo. Osasco (SP) vem logo em seguida, com aumento de 0,3 p.p., puxado pelos serviços, sobretudo por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Em terceiro lugar está Itajaí (SC), com ganho de 0,3 p.p. em função do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

Já as maiores quedas, no período, foram dos municípios de São Paulo (-2,5 p.p) e do Rio de Janeiro (-1,1 p.p), o que indica, novamente, uma tendência de desconcentração do PIB no nível municipal. A redução na capital paulista foi influenciada pela diminuição relativa das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. No Rio, a perda decorre da diminuição do seu peso na indústria do país.

Outras quedas ocorreram em Campos dos Goytacazes (RJ), São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Campos (SP), que perderam 0,3 p.p. cada. No município fluminense houve redução em valor da extração de petróleo e nos dois municípios paulistas, queda nas Indústrias de transformação.

O maior ganho de posições no ranking dos municípios, entre 2002 e 2018, foi de Alto Horizonte (GO), que subiu 4.055 posições, devido à indústria de extração de minerais metálicos não ferrosos. Por outro lado, Motuca (SP) teve a maior queda (2.640 posições) por conta da menor produção de laranja ao longo da série.

Administração Pública predomina em 49,2% dos municípios do país

Em 2.739 (49,2%) municípios, a Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social foi a principal atividade econômica em 2018. No Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Paraíba e Distrito Federal esse percentual ultrapassou 90,0%. Já São Paulo teve apenas 9,6% de seus municípios com essa característica.

Dos 268 municípios cuja atividade principal foi indústrias de transformação, 214 (79,9%) estavam no Sudeste e no Sul. Mato Grosso obteve o maior percentual de municípios em que a Agricultura, inclusive apoio à agricultura e pós-colheita, aparece como atividade de maior destaque (36,9%), seguido por Rio Grande do Sul (35,6%) e Paraná (32,1%).

São Desidério (BA) tem o maior valor adicionado da Agropecuária

Em 2018, cerca de ¼ do valor adicionado bruto da Agropecuária brasileira vinha de 141 municípios, dos quais 92 (65,2%) estavam no Sul e no Centro-Oeste, ancorados na produção de soja, algodão e arroz.

Os cinco municípios com os maiores valores foram São Desidério (BA), Formosa do Rio Preto (BA), Sapezal (MT), Rio Verde (GO) e Campo Novo do Parecis (MT), que somaram 2,8% do valor adicionado bruto da Agropecuária.

Regiões rurais de SP e Belém destacam-se na produção de hortaliças para consumo interno

Na análise segundo as regiões rurais (conjunto de municípios, sendo que um deles contém o polo urbano onde se procuram insumos e para onde se remetem os produtos agropecuários), os maiores valores adicionados brutos estavam no Sul do país, sendo a soja a principal atividade, com destaque para as regiões rurais das capitais regionais de Passo Fundo/RS e de Cascavel/PR.

Enquanto 13 das 15 regiões rurais com os maiores valores adicionados brutos dedicavam-se a produção para exportação de soja e cana-de-açúcar, a região rural de da Grande Metrópole Nacional de São Paulo/SP aparece em sexto lugar, em valor adicionado bruto, com a produção de legumes e verduras para consumo interno. A outra região que investe nesse tipo de produção agrícola é a da Metrópole de Belém/PA.

20 municípios respondem por ¼ do valor adicionado da Indústria

Vinte municípios concentravam ¼ do valor adicionado bruto da Indústria em 2018, revelando uma concentração maior que na Agropecuária. A capital paulista (4,4%) manteve a primeira posição (8,1% em 2002), com Rio de Janeiro (2,8%) e Manaus (2,0%), devido à Zona Franca. Na sequência, Maricá (RJ) e Niterói (RJ), cada um com 1,3%, tiveram seus desempenhos vinculados à extração de petróleo.

Entre as concentrações urbanas, São Paulo/SP teve a maior participação (10,5% da atividade industrial do país), seguida pelas do Rio de Janeiro/RJ (6,8%), Belo Horizonte/MG (3,1%), Campinas/SP (2,9%) e Curitiba/PR (2,4%). Essas cinco concentrações urbanas somavam 25,7% do valor adicionado bruto da Indústria brasileira.

A Cidade-Região de São Paulo concentrava 20,6% do valor adicionado bruto da Indústria no país, destacando-se indústrias de transformação. A Amazônia Legal representava 9,5% e o Semiárido, 4,2%.

¼ do valor adicionado dos Serviços está concentrado em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF)

Nos Serviços (exceto Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social) três municípios somavam quase ¼ do total dessa atividade no Brasil em 2018: São Paulo (SP), com 14,5%, Rio de Janeiro (RJ), com 5,5%, e Brasília (DF), com 3,4%. Os 40 municípios de maior participação acumularam ½ do total, dentre os quais 19 eram capitais. No mesmo ano, os 2.031 municípios de menor participação somavam apenas 1,0% desses serviços.

A concentração urbana de São Paulo/SP detinha 22,3% do valor adicionado bruto de Serviços (exceto Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social).

A Cidade-Região de São Paulo, concentrava 29,6% dos Serviços do país, ainda excluindo a administração pública. A Amazônia Legal participava com 6,7% e o Semiárido apresentava um valor adicionado bruto que respondia por 4,1% desses serviços.

PIB dos Municípios. Quase metade do PIB do país estava concentrado em 71 municípios em 2018. Cidade-região de São Paulo concentra 24,0% do PIB nacional

Resumo
  • Quase metade do PIB de 2018 foi gerado por 71 municípios, o que corresponde a apenas 1,3% das 5.570 cidades brasileiras.
  • Em 2018, oito municípios somaram quase 25% do PIB nacional.
  • Entre os 25 municípios de maior PIB, 12 eram capitais.
  • Entre 2002 e 2018, a participação dos 100 municípios com os maiores PIBs reduziu de 60% para 55%.
  • Maricá, Niterói e Campos dos Goytacazes, municípios do estado do Rio de Janeiro, tiveram maior ganho de participação no PIB. Já São Paulo e Osasco (SP) as maiores perdas.
  • A cidade-região de São Paulo, que reúne 92 municípios com forte integração econômica com a metrópole, concentrou 24% do PIB nacional.
  • Presidente Kennedy, no Espírito Santo, teve o maior PIB per capita do país em 2018.
Quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país, em 2018, foi gerado por 71 municípios, o que corresponde a apenas 1,3% das 5.570 cidades brasileiras, e onde vivia um terço da população. Essa concentração da economia em poucas cidades, contudo, vem reduzindo, como mostra o PIB dos Municípios 2018, divulgado hoje (16), pelo IBGE.

“A ampliação do número de municípios, entre 2002 e 2018, permite identificar a tendência à desconcentração, com municípios de menor PIB ganhando participação em relação aos de maior. Em 2002, 48 municípios concentravam quase a metade do PIB (49,9%). Já em 2018, foram necessários 71 municípios para alcançar esse mesmo percentual”, explica o analista de Contas Nacionais, Luiz Antônio de Sá.


Essa desconcentração pode ser vista em outros recortes. Em 2018, oito municípios somaram quase 25% do PIB nacional: São Paulo (SP) com 10,2%; Rio de Janeiro (RJ) com 5,2%; Brasília (DF) com 3,6%; Belo Horizonte (MG) com 1,3%; Curitiba (PR) com 1,2% e, com 1,1% cada, Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Osasco (SP). Em 2002, apenas quatro municípios detinham um quarto da economia nacional.

Entre os 25 municípios de maior PIB, 13 eram não capitais e 12 capitais em 2018. Na comparação com 2017, Belém (PA) perdeu o posto nesse ranking para a Niterói (RJ). Dentre os que não eram capitais, todos estavam na região Sudeste: dez eram paulistas, dois fluminenses e um mineiro.

“Em 2018, os municípios das capitais representavam 31,8% do PIB nacional, menor participação da série, iniciada em 2002. A cidade de São Paulo tinha maior participação (10,2%) e Rio Branco, no Acre, era a última da posição entre as capitais, com contribuição de 0,1% entre as capitais”, detalha o analista do IBGE.

A participação dos 100 municípios com os maiores PIBs também reduziu, entre 2002 e 2018, de 60% para 55,0%. Na comparação anual, a queda de concentração foi de 0,3 ponto percentual em relação a 2017, quando a participação era de 55,3%. Três capitais estavam fora da lista dos 100 maiores PIBs: Boa Vista (RR), na 105ª posição; Palmas (TO), na 116ª; e Rio Branco (AC), na 127ª posição. 

Extração de petróleo alavanca ganho de participação de municípios no PIB

Maricá, Niterói e Campos dos Goytacazes, todas cidades do estado Rio de Janeiro, tiveram o maior o ganho de participação no PIB do país (0,2 p.p), em 2018, atrelado à extração de petróleo, atividade que foi beneficiada pelo aumento dos preços internacionais da commodity naquele ano. Ilhabela, no litoral de São Paulo, avançou 0,1 p.p. pelo mesmo motivo.

As capitais Vitória e Rio de Janeiro também ganharam 0,1 p.p de participação no PIB por conta da extração de minério e da arrecadação dos impostos, líquidos de subsídios, sobre os produtos, respectivamente.

Por outro lado, as maiores quedas de participação ocorreram na capital São Paulo e na vizinha, Osasco, principalmente, em função das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, já que, em 2018, houve redução da taxa de juros e em ambos os municípios essa atividade tem peso destacado.

Maricá também foi o município que mais cresceu em participação no período de 2002 a 2018, um aumento de 0,4 p.p. por conta da extração de petróleo.

Já São Paulo (-2,5 p.p) e Rio de Janeiro (-1,1 p.p) tiveram as maiores quedas de participação em 16 anos, o que reforça a tendência de desconcentração do PIB no nível municipal. A redução na capital paulista foi influenciada pela diminuição relativa das atividades financeiras. No Rio, a perda veio da diminuição do seu peso na indústria do país.

O geógrafo do IBGE Marcelo Delizio observa que, embora as grandes economias estejam continuamente perdendo participação no PIB nacional para municípios menores, ainda há uma elevada concentração da geração de renda no país.

“Isso fica claro quando se observa a distribuição do PIB por concentrações urbanas, que são municípios ou arranjos populacionais com mais de 100 mil habitantes e que apresentam um alto grau de integração devido a deslocamentos para trabalho e estudo. As concentrações urbanas de São Paulo (16,8%) e Rio de Janeiro (8,1%) respondem juntos por 25% do PIB”, explica Delizio.

Cidade-região de São Paulo concentra 24,0% do PIB nacional

O geógrafo observa que essa desigualdade fica ainda mais evidente quando se compara a cidade-região de São Paulo, um contínuo geográfico em que 92 municípios têm forte integração econômica com a metrópole, que concentrava 24,0% do PIB em 2018, com o Semiárido (5,2%) e a Amazônia Legal (8,8%).

Essa diferença permanece mesmo após uma queda de participação de 2,9 pontos percentuais no PIB do país da cidade-região de São Paulo entre 2002 e 2018. Ao mesmo tempo, a Amazônia Legal e o Semiárido ganharam participação de 1,8 e 0,7 p.p., respectivamente, no período.

“O Semiárido tem mais de 1.200 municípios e a Amazônia Legal mais de 700. São regiões com características socioeconômicas bastante complexas. Já a cidade-região de São Paulo, que tem bem menos municípios, é bastante integrada e se destaca em quase todas atividades econômicas, até na agropecuária”, conta Marcelo Delizio.

Na agropecuária, destaca o geógrafo, a Região Rural da Grande Metrópole Nacional de São Paulo teve o sexto maior valor adicionado do país em 2018, chegando a R$ 8,9 bilhões, com a produção de “outros produtos da lavoura temporária”, ou seja, hortifrúti para consumo interno das áreas urbanas. Não são, portanto, produtos para exportação.

“Essa região chega a ter o mesmo valor de produção com legumes e verduras que outras grandes áreas do país produtoras de soja e cana-de-açúcar, destinadas à exportação”, acrescenta o geógrafo.

Presidente Kennedy (ES) tem o maior PIB per capita do país

Os dados do IBGE também mostram que, em 2018, os dez municípios com os maiores PIB per capita somavam 1,5% do PIB nacional e 0,2% da população. Presidente Kennedy, no Espírito Santo, tinha o maior PIB per capita do país (R$ 583.171,85), seguido de Ilhabela (SP), sendo ambos devido à extração de petróleo.


Já entre os municípios das capitais, a liderança foi de Brasília, com R$ 85.661,39, ou seja, o PIB per capita da capital federal era 2,5 vezes maior do que o PIB per capita nacional (R$ 33.593,82). Dez capitais tinham PIB per capita maior que o brasileiro. Em 2002, esse número era maior (11 capitais). A menor posição foi ocupada por Belém (R$ 21.191,47).




ECONOMIA



FGV. IBRE. 16/12/2020. Indicador Antecedente recuou em novembro

O Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (IACE), publicado em parceria entre a FGV IBRE e The Conference Board (TCB), recuou 0,1% para 123,3 pontos, após seis altas consecutivas. Das oito séries do componente, seis contribuíram de forma negativa para o resultado agregado. A maior contribuição negativa veio do Indicador de Expectativas do setor de Serviços, que variou negativamente em 4,6% na margem.

O Indicador Coincidente Composto da Economia Brasileira (ICCE), que mensura as condições econômicas atuais, também recuou em 0,1% para 101,8 pontos, no mesmo período. 

“Enquanto o resultado do ICCE corrobora outros indicadores mostrando uma desaceleração no ritmo da retomada do nível de atividades no final do ano, o IACE reflete expectativas negativas em relação aos efeitos da nova onda da pandemia e do final das medidas de estímulo”, afirma Paulo Picchetti do FGV IBRE. “Apesar da perspectiva de início do processo de imunização, a dinâmica do mercado de trabalho e o desempenho do IACE indicam que os próximos meses ainda não devem registrar um ritmo mais robusto de retomada na economia brasileira”, diz Picchetti.

O Indicador Antecedente Composto da Economia agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica no Brasil. Cada um deles vem se mostrando individualmente eficiente em antecipar tendências econômicas. A agregação dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados “ruídos”, colaborando para que a tendência econômica efetiva seja revelada.


MEconomia. SPE. 16/12/2020. NOTA INFORMATIVA. Consolidação fiscal permite redução estrutural da taxa de juros, destaca SPE. Segundo a Secretaria de Política Econômica, taxa de juros mais baixa reduz o custo de capital e eleva o investimento das empresas

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) divulgou nesta terça-feira (15/12) Nota Informativa sobre consolidação fiscal e percepção de risco. A análise aponta para uma redução consistente das taxas longas de juros da economia brasileira, obtida com o apoio do ajuste fiscal iniciado em 2016 e com a implementação do Teto de Gastos e da reforma da Previdência.

As taxas reais, segundo o estudo, eram próximas de 6%, em média, no período anterior ao Teto de Gastos. Após a aprovação dessa medida, caíram para valores próximos a 5%. Com a reforma da Previdência, a queda na taxa de juros reais alcançou o seu menor patamar histórico, próximo a 3%.

A taxa de juros, destaca a nota, é um atributo fundamental para o sistema econômico, pois baliza as decisões de empresas em relação a investimentos que farão em cada período.

Segundo a análise da SPE, a consolidação fiscal teve papel importante para esse cenário de juros mais baixos no país, mesmo em condições de grande adversidade em razão da pandemia pela Covid-19, que afetou o mundo.

O estudo aponta que a consolidação fiscal se traduz em ganhos em investimento, melhor custo do capital de giro e emprego das empresas. Portanto, a continuidade de reformas, que fortaleçam e aprofundem esse processo de ajustes, se traduzirá em taxas de juros historicamente baixas e na continuidade de redução do gasto do governo em detrimento da maior participação do setor privado, sobretudo no investimento, o chamado crowding out.

A Secretaria de Política Econômica conclui que o processo de consolidação fiscal – por meio das medidas já aprovadas e outras enviadas pelo Executivo ao Congresso Nacional – atua na direção de limitar ou reduzir os gastos públicos.

Dessa forma, proporciona-se maior racionalidade ao orçamento federal, obrigando o tomador de decisão dos recursos públicos a elencar medidas prioritárias e a descontinuar os gastos com menor efetividade socioeconômica.


CNI. 16/12/2020. Economia brasileira deve crescer 4% em 2021, e PIB industrial, 4,4%. Brasil deverá se recuperar das perdas sofridas em 2020. No entanto, país precisa aprovar reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, para retomar o crescimento sustentado já em 2021

Depois de amargar uma recessão em 2020 desencadeada pela pandemia de Covid-19, a economia brasileira voltará a crescer em 2021. Projeção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) registrará expansão de 4% no ano que vem. A atividade econômica será impulsionada pelo avanço de 4,4% do PIB industrial. As previsões estão na edição especial do Informe Conjuntural – Economia Brasileira, que a CNI divulgou nesta quarta-feira (16).

O estudo mostra que parte significativa do crescimento econômico será explicada pela base de comparação com 2020, marcado por uma recessão decorrente dos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a atividade econômica. A estimativa é que, neste ano, o PIB caia 4,3% na comparação com 2019, e o PIB industrial, 3,5%.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que as incertezas com relação à economia continuam elevadas e só diminuirão com a imunização da maior parcela da população. A manutenção da recuperação dependerá não só de medidas econômicas como também de saúde pública.

Ele observa, porém, que o primeiro passo já foi dado. A economia vai continuar a se recuperar das perdas sofridas ao longo deste ano. No caso da indústria, para a maioria dos setores, a recuperação já ocorreu em 2020. O grande desafio do Brasil é fazer o país voltar a crescer acima de 2% ao ano de maneira sustentada, ou seja, por um longo período.

“O desafio é a transição da retomada para o crescimento sustentado já em 2021. Para isso, o país, mais do que nunca, precisa eliminar o Custo Brasil. É preciso prover um ambiente favorável aos negócios, que ofereça segurança jurídica, melhore as expectativas e estimule o investimento, o crescimento econômico e o desenvolvimento social”, afirma Robson Braga de Andrade.

O presidente ressalta a necessidade de se avançar nas reformas estruturais, entre elas a tributária e a administrativa. O Brasil também precisa atrair investimentos em infraestrutura por meio de uma modernização dos marcos regulatórios que dê segurança jurídica e garanta o respeito aos contratos.

Para o presidente da CNI, a aprovação da reforma da previdência permitirá que as empresas tenham mais clareza e transparência para calcular os tributos. No caso da reforma administrativa, disse, ela é fundamental para que União, estados e municípios consigam reduzir e planejar gastos. 

“Temos uma expectativa positiva de crescimento da indústria no próximo ano. As pessoas vão voltar para o mercado de trabalho, e temos agendas importantes para garantir a competitividade do país”, afirma. 

Robson Braga destaca também a importância de se avançar em negociações internacionais, como no acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e em agendas com os Estados Unidos. 


Setor público consolidado deve ter déficit de R$ 192 bi

O setor público consolidado, que inclui governos federal, regionais e suas estatais, deve registrar um déficit primário de R$ 789 bilhões, ou 10,93% do PIB no fechamento de 2020. Isso significa que as despesas do setor público, ampliadas fundamentalmente em decorrência das medidas para conter a pandemia de Covid-19, superarão em muito as suas receitas. A dívida bruta deverá fechar 2020 em 92,8% do PIB.

Com a melhora na atividade econômica e a previsão de redução de despesas em 2021, o resultado fiscal do setor público consolidado deverá melhorar em 2021. A estimativa é que, no próximo ano, o déficit primário seja de R$ 192 bilhões, ou 2,50% do PIB estimado pela CNI.

Com isso, o déficit primário do setor público consolidado ficará R$ 45,3 bilhões abaixo da meta estabelecida no Projeto de Lei Orçamentária de 2021 (PLOA 2021), que ainda depende de aprovação no Congresso Nacional.

Taxa de desemprego deve ficar em 14,6% em 2021

As projeções da CNI mostram que a taxa de desocupação deverá crescer em 2021 e ficar em 14,6% da força de trabalho. Esse índice é 0,7 ponto percentual maior que a taxa projetada para 2020, de 13,9%.

O crescimento da atividade econômica no ano que vem será acompanhado da criação de empregos. No entanto, com a queda no receio do contágio pelo novo coronavírus e o fim do auxílio emergencial de renda, mais pessoas deverão voltar a procurar emprego em 2021, o que pressionará a taxa de desocupação.

Inflação deve fechar 2021 em 3,55% ao ano

A estimativa é que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 3,55% ao ano no fechamento de 2021. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional para o próximo ano é de uma inflação de 3,75% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, a inflação no próximo ano deverá ficar abaixo da meta, mas ainda dentro do intervalo de tolerância.

Para 2020, a projeção da CNI é que o IPCA fique em 4,28%, um pouco acima da meta de 4% definida para este ano, mas também dentro da margem de tolerância.

Selic deve ir a 3% ao ano, e real se valorizar

No caso da taxa básica de juros, a Selic, a CNI espera que ela seja mantida no atual patamar de 2% ao ano até o fim do primeiro semestre de 2021, quando se iniciará uma sequência de três aumentos. Com isso, a Selic deverá ficar em 3% ao ano no fechamento de 2021.

"Com a Selic em baixo patamar e as perspectivas da Agenda BC, o mercado de crédito terá um importante papel no impulso ao crescimento econômico em 2021”, diz o relatório da CNI.

A taxa de câmbio deve ficar em R$ 5,15/US$ na média de 2020. Para 2021, projeta-se que a taxa de câmbio fique em torno de R$ 4,84/US$, na média, o que representa apreciação moderada frente a média esperada para 2020. 

Balança comercial deve ficar positiva em US$ 49 bi

A balança comercial brasileira deverá ficar positiva em US$ 57,6 bilhões no fechamento de 2020, o que representa um aumento de US$ 9,6 bilhões na comparação com 2029. O desempenho será resultado de uma queda nas importações (13,3%) em ritmo mais acelerado que nas exportações (6,2%) neste ano frente a 2019.

Para 2021, estima-se que o superávit comercial seja em torno de US$49 bilhões, com aumento de 7% nas exportações e de 15% nas importações.




INFLAÇÃO



FGV. IBRE. 16/12/2020. Inflação pelo IPC-S sobe 1,41%

O IPC-S de 15 de dezembro de 2020 subiu 1,41%, ficando 0,06 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 5,53% no ano e nos últimos 12 meses.

Nesta apuração, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (0,94% para 1,65%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,12% para 6,49%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,14% para 0,23%) e Transportes (0,92% para 0,93%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: alimentos para animais domésticos (-0,39% para 0,68%) e tarifa de táxi (2,32% para 4,97%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (5,21% para 4,78%), Alimentação (2,24% para 1,98%), Comunicação (0,18% para 0,12%), Vestuário (-0,28% para -0,34%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,15% para 0,11%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: passagem aérea (32,94% para 28,45%), hortaliças e legumes (10,45% para 5,01%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,36% para 0,13%), acessórios do vestuário (-0,44% para -1,09%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,08% para -0,11%).


CNI. 15/12/2020. Mais de um terço da população quer consumir menos em 2021. Pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira revela que praticamente metade dos entrevistados afirma que pretende economizar e mudar os hábitos de consumo no próximo ano. Roupas, bolsas, acessórios e calçados registraram a maior redução de consumo na pandemia, mas as compras devem ser retomadas em 2021

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que dois em cada três brasileiros esperam que o tempo de recuperação da economia brasileira será superior a um ano. Diante do cenário de crise e incerteza, 35% das pessoas pretendem reduzir o nível de consumo de bens e serviços em 2021 na comparação com o pré-pandemia e 41% afirmam que irão manter.

Os dados fazem parte do levantamento Retratos da Sociedade Brasileira, que revelou também que 71% dos brasileiros consideram que a pandemia teve um impacto muito grande na economia brasileira e 43% afirmaram que, no momento da pesquisa, sua renda ainda era menor que antes da pandemia.


“Consegui economizar durante a pandemia e quero continuar economizando”: esse foi o principal motivo para 25% dos entrevistados que manifestaram o desejo de reduzir o consumo no próximo ano na comparação com o pré-pandemia. Praticamente empatado no primeiro lugar, com 24% de assinalações, está a afirmação “pretendo mudar certos hábitos depois da pandemia”.

Com percentual próximo, 21%, foi apontada a preocupação com a renda individual ou da família: “Minha renda ou de minha família caiu/deve cair”. Outros 14% afirmaram ainda que “reduzi o consumo durante a pandemia e não senti falta”.

O estudo também traça um panorama do auxílio emergencial. Dos entrevistados, 42% se cadastraram e conseguiram receber o auxílio emergencial do governo federal, enquanto 11% fizeram o cadastro, mas não receberam o auxílio.

Outros 17% afirmaram que não se cadastraram porque não precisavam do auxílio e 30% porque não se encaixavam nas condições exigidas. Entre as pessoas que receberam o dinheiro, 17% afirmaram que sua renda aumentou ou aumentou muito no período. 

A maior parte da população usou o auxílio emergencial para comprar alimentos, roupas, produtos de higiene, limpeza ou algum outro tipo de bem de consumo, assinalado por praticamente metade dos entrevistados (49%). Outros 30% pagaram contas de água, energia elétrica ou gás. Já 18% afirmaram que usaram o dinheiro para pagar dívidas. Apenas 2% guardaram o dinheiro do auxílio. 

Parte da mudança no hábito de consumo de bens pode ser duradoura

Algumas das mudanças no consumo de bens tendem a se estender para 2021. Os três produtos com os maiores percentuais da população afirmando que houve alta do consumo são também os três produtos com os maiores percentuais da população com intenção de aumentar o consumo no próximo ano.

Quase um terço (32%) dos entrevistados pretendem continuar a comprar mais alimentos no supermercado, 30% pretendem manter o consumo de produtos de limpeza e 29%, o consumo de produtos de higiene pessoal. 

Roupas, bolsas, acessórios e calçados, produtos para os quais maior parte da população afirmou que reduziu o consumo durante a pandemia, deve registrar uma retomada em 2021. Um em cada quatro entrevistados diz que comprará mais esse tipo de produto no próximo ano.

O percentual fica em quarto no ranking de perspectivas de consumo para os próximos 12 meses, perdendo apenas para produtos de primeira necessidade como alimentos no supermercado (32%), produtos de limpeza (30%) e produtos de higiene pessoal (29%).


Homens jovens conseguiram economizar mais durante a pandemia

Quase um terço da população (32%) afirmou que conseguiu guardar mais dinheiro ou gastar menos do que antes da pandemia. O percentual é maior entre os homens: 36%, ante 29% das mulheres. Varia também de acordo com a idade: 44% dos entrevistados entre 16 a 24 anos afirmaram que conseguiram guardar mais dinheiro ou gastar menos do que antes da pandemia, ante 23% que têm 55 anos ou mais.

Entre os que afirmaram que conseguiram guardar mais dinheiro ou gastar menos na comparação com o período anterior à pandemia, para 56% o principal motivo está associado aos riscos e incertezas trazidos pela pandemia: “Não sabe quando as coisas voltarão ao normal”; “Reduziu gastos por precaução”; “Tem medo de perder sua renda”; ou “Tem medo de perder seu emprego”.

Outros 42% afirmaram que não tiveram como gastar por conta da quarentena/ isolamento social. Esse percentual cresce de acordo com a renda e escolaridade do entrevistado, alcançando 57% entre aqueles com renda familiar superior a cinco salários mínimos e 48% daqueles que tem ensino superior.

Maioria quer poupar mais em 2021 que antes da pandemia

A principal razão é a vontade de ter recursos para usar em uma emergência

Praticamente seis em cada 10 brasileiros (59%) pretendem poupar mais em 2021 do que poupava antes da pandemia. São 28% que não guardavam dinheiro antes da pandemia, mas passarão a guardar, 16% que já poupavam e pretendem poupar muito mais e 15% que poupavam antes da pandemia e pretendem poupar um pouco mais. Quase um quarto da população (24%) não guardava dinheiro antes da pandemia e continuará sem guardar.

Considerando a população que pretende poupar mais (ou iniciar poupança em 2021), a principal razão para guardar mais dinheiro, apontada por 54% dos entrevistados, é a vontade de ter recursos para usar em uma emergência. Em seguida, com apenas 8%, a vontade de pagar a educação dos filhos.

Considerando a parcela da população que pretende guardar menos dinheiro do que poupava antes da pandemia (ou que continuará sem guardar dinheiro), 50% afirmam não ter dinheiro suficiente para guardar, 14% afirmam que precisam pagar dívidas e 13% afirmaram não pretendem poupar porque tiveram queda em seus rendimentos.

O percentual que afirma não ter dinheiro para poupar é maior entre as mulheres (54%) que entre os homens. Esse percentual aumenta de acordo com a idade (de 29% entre os mais novos, de 16 a 24 anos, alcançando 55% entre os de 55 anos ou mais).

Além disso, a proporção que afirma não ter dinheiro para poupar se reduz de acordo com a faixa de renda familiar (de 54%, entre os de renda familiar até um salário mínimo, para 29%, entre os de renda superior a cinco salários) e também se reduz de acordo com o grau de instrução (de 60%, entre os que cursaram até a 4ª série do fundamental, em contraste com 32% entre os que cursaram ensino superior).

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira é feita a partir de 2 mil entrevistas realizadas pelo Ibope Inteligência em 127 municípios no período 17 a 20 de setembro de 2020.



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LGCJ.: