US ECONOMICS
ARGENTINA
U.S. Department of State. 06/08/2020. Secretary Pompeo’s Call with Argentine Foreign Minister Sola
The below is attributable to Spokesperson Morgan Ortagus:
Secretary Michael R. Pompeo spoke today with Argentine Foreign Minister Felipe Sola. They discussed Argentina’s response to the COVID-19 pandemic, regional efforts to restore democracy in Venezuela, and regional economic development, including Argentina’s ongoing debt negotiations.
GUATEMALA
U.S. Department of State. 06/08/2020. Public Designation of Gustavo Adolfo Alejos Cambara of Guatemala Due to Involvement in Significant Corruption. Michael R. Pompeo, Secretary of State
Today, I am announcing the public designation of former Guatemalan Presidential Chief of Staff Gustavo Adolfo Alejos Cambara of Guatemala due to his involvement in significant corruption. In his official capacity as the Chief of Staff to former President of the Republic of Guatemala Álvaro Colom, Alejos was involved in corrupt acts that undermined rule of law and the Guatemalan public’s faith in their government’s democratic institutions, officials, and public processes.
This designation is made under Section 7031(c) of the Department of State, Foreign Operations, and Related Programs Appropriations Act, 2020 (Div. G, P.L. 116-94). Under Section 7031(c), once the Secretary of State designates officials of foreign governments, along with their immediate family members, for their involvement, directly or indirectly, in significant corruption, those individuals are ineligible for entry into the United States.
The law also requires the Secretary of State to either publicly or privately designate such officials and their immediate family members. In addition to Mr. Alejos, the Department is publicly designating his spouse, Beatriz Jansa Bianchi; his son, Jose Javier Alejos Jansa; his son, Gustavo Andres Alejos Jansa; and his minor daughter.
This designation reaffirms U.S. commitment to combating corruption in Guatemala. The United States continues to stand with the people of Guatemala in their fight against corruption. The Department will continue to use all available tools to promote accountability for corrupt actors in this region and globally.
CORONAVIRUS
FED. REUTERS. 8 DE JUNHO DE 2020. Fed diz que vencer a pandemia é fundamental, mas como saberá se as coisas estão melhores?
Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - Após três meses de respostas a uma pandemia global, autoridades do Federal Reserve concordaram com um ponto: o progresso duradouro na frente econômica será ditado pelo sucesso em conter a disseminação do coronavírus.
Mas um acordo além disso pode ser difícil à medida que as autoridades do Fed se reúnem esta semana para avaliar os novos sinais de que os Estados Unidos podem estar superando as piores consequências econômicas da pandemia contra evidências de que o vírus ainda não está sob controle.
Um ganho inesperado de mais de 2,5 milhões de empregos nos EUA no mês passado será um fator importante em seu debate, assim como qualquer sugestão de que a alta no emprego e em outras atividades seja amplamente acompanhada por uma maior transmissão do novo coronavírus.
O caminho adotado pelo Fed pode moldar as decisões sobre a expansão ou criação de novos programas de emergência em antecipação a uma crise econômica mais extensa ou sobre a melhor forma de apoiar empresas e famílias se, de fato, a pandemia estiver diminuindo.
O banco central dos EUA tem debates em andamento em cada frente, tanto sobre os compromissos de longo prazo que pode assumir para ancorar os juros em um nível baixo para uma recuperação quanto sobre a busca contínua — como colocou o chair do Fed, Jerome Powell, na semana passada — por empresas com um número substancial de funcionários que não foram apoiadas por nenhum dos programas de crise lançados até agora.
Os impressionantes dados sobre emprego de maio divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA na sexta-feira podem atenuar parte da urgência que acompanha as reuniões do Fed desde março.
Depois de ter reduzido os juros para quase zero e lançado uma série de programas de crédito em um frenesi de reuniões de emergência em março, nenhuma grande decisão de política monetária é esperada para a quarta-feira, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto norte-americano encerra sua última reunião de dois dias. O Fomc divulgará sua decisão na quarta-feira, e Powell deve realizar uma coletiva de imprensa logo em seguida.
As autoridades, no entanto, divulgarão projeções econômicas pela primeira vez desde dezembro, antes de uma expansão econômica de uma década ser abafada pela onda massiva de desemprego que se seguiu aos amplos bloqueios para impedir a propagação da Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus.
As projeções para março foram arquivadas porque havia tanta incerteza em torno da economia em colapso que os formuladores de políticas consideraram inútil adivinhar para onde estavam indo o desemprego, a inflação e o crescimento econômico.
Para o Fed, a forma de entender tudo isso se tornou um teste impressionista, com as autoridades observando o mesmo conjunto de informações e observando trajetórias diferentes.
THE WHITE HOUSE. CEA. REUTERS. 8 DE JUNHO DE 2020. Assessor da Casa Branca vê "100%" de chance de outro acordo de ajuda contra o coronavírus
WASHINGTON (Reuters) - O assessor econômico do presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que está quase certo que o governo e o Congresso dos Estados Unidos finalizarão outra rodada de ajuda contra o coronavírus no próximo mês, embora seja muito cedo para dizer quanto dinheiro a Casa Branca vai desembolsar.
“As chances de haver a Fase 4 de um acordo são próximas de 100%”, disse à CNBC o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, acrescentando que as especificidades de qualquer acordo dependeriam da aparência dos dados econômicos entre agora e julho.
Por Susan Heavey
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ORGANISMS
OMC
MÉXICO. OMC. NAFTA. USMCA. REUTERS. 8 DE JUNHO DE 2020. México deve propor que negociador do Nafta lidere OMC, dizem fontes
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O México deve propor o alto executivo de comércio Jesús Seade, que ajudou a reformular o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), como candidato para ser o próximo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), disseram fontes no domingo.
O posto da OMC ficará vago no final de agosto, já que o titular Roberto Azevêdo, do Brasil, disse que deixaria o cargo um ano antes.
O próximo diretor-geral enfrentará as tensões entre Estados Unidos e China e o crescente protecionismo exacerbado devido à pandemia de Covid-19.
Atualmente, Seade é vice-ministro das Relações Exteriores do México para a América do Norte e tem experiência em trabalhar com a China e com os Estados Unidos. Duas fontes com conhecimento das discussões disseram à Reuters que ele será o candidato do México para substituir Azevêdo.
A notícia foi divulgada pela primeira vez pelo jornal mexicano El Universal. O gabinete do presidente e o Ministério das Relações Exteriores não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Seade foi vice-diretor geral da OMC quando foi criada no início dos anos 1990. Quando o presidente Andrés Manuel López Obrador assumiu o cargo em 2018, Seade foi escolhido para liderar as negociações de um novo acordo comercial norte-americano para substituir o Nafta.
Anteriormente, Seade trabalhou em universidades de Hong Kong por mais de uma década.
Os membros da OMC podem indicador cidadãos de seus países como candidatos de 8 de junho a 8 de julho. Vários nomes foram citados como possíveis candidatos da África e da Europa, com alguns na Europa considerando que a liderança do órgão comercial deve alternar entre o mundo em desenvolvimento e o mundo desenvolvido.
Reportagem de Frank Jack Daniel
GLOBAL ECONOMY
THE WORLD BANK GROUP. 06/08/2020. Global Economic Prospects.
Pandemic, Recession: The Global Economy in Crisis
COVID-19 has triggered the deepest global recession in decades. While the ultimate outcome is still uncertain, the pandemic will result in contractions across the vast majority of emerging market and developing economies. It will also do lasting damage to labor productivity and potential output. The immediate policy priorities are to alleviate the human costs and atenuate the near-term economic losses. Once the crisis abates, it will be necessary to reaffirm credible commitment to sustainable policies and undertake the necessary reforms to buttress long-term prospects. Global coordination and cooperation will be critical.
Global Outlook
COVID-19 has delivered an enormous global shock, leading to steep recessions in many countries. The baseline forecast envisions a 5.2 percent contraction in global GDP in 2020—the deepest global recession in decades. Per capita incomes in most emerging and developing economies will shrink this year. The pandemic highlights the urgent need for policy action to cushion its consequences, protect vulnerable populations, and improve countries’ capacity to cope with similar future events. It is also critical to address the challenges posed by informality and limited safety nets and undertake reforms that enable strong and sustainable growth.
Regional Outlooks
The rapid rise of COVID-19 cases, together with the wide range of measures to slow the spread of the virus, has slowed economic activity precipitously in many EMDEs. Growth forecasts for all regions have been severely downgraded. Many countries have avoided more adverse outcomes through sizable fiscal and monetary policy support. Despite these measures, per capita incomes in all EMDE regions are expected to contract in 2020, likely causing many millions to fall back into poverty.
- East Asia and Pacific
- Europe and Central Asia
- Latin America and the Caribbean
- Middle East and North Africa
- South Asia
- Sub-Saharan Africa
FULL DOCUMENT: https://www.worldbank.org/en/publication/global-economic-prospects
WASHINGTON (Reuters) - O coronavírus fará com que a produção econômica global contraia 5,2% em 2020, disse o Banco Mundial nesta segunda-feira, alertando que sua previsão será revisada para baixo se a incerteza sobre a pandemia e as paralisações das empresas persistirem por mais tempo.
Em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais, o Banco Mundial disse que as economias avançadas devem encolher 7,0% em 2020, enquanto as emergentes sofrerão um recuo de 2,5%, as primeiras desde que os dados agregados foram disponibilizados em 1960.
Com base no PIB per capita, a contração global será a mais profunda desde 1945-46.
As estimativas atualizadas mostram mais danos à economia do que as projeções divulgadas em abril pelo Fundo Monetário Internacional, que previu contração global de 3,0% em 2020.
Reportagem de David Lawder
CORONAVIRUS / AVIATION
ICAO. 1 June 2020. ICAO Council adopts new COVID-19 aviation recovery ‘Take Off’ guidelines to reconnect the world
Montréal – The ICAO Council adopted a new report and recommendations today aimed at restarting the international air transport system and aligning its global recovery.
The COVID-19 report and guidelines were produced by the Council’s Aviation Recovery Task Force (CART). They were developed through broad-based consultations with countries and regional organizations, and with important advice from the World Health Organization and key aviation industry groups including the International Air Transport Association (IATA), Airports Council International (ACI World), the Civil Air Navigation Services Organisation (CANSO), and the International Coordinating Council of Aerospace Industries Associations (ICCAIA).
“The world looked to the ICAO Council to provide the high-level guidance which governments and industry needed to begin restarting international air transport and recovering from COVID-19,” underscored ICAO Council President Mr. Salvatore Sciacchitano.
“We have answered this call today with the delivery of this report, and with its recommendations and Take-Off guidelines which will now align public and private sector actions and mitigations as we get the world flying again, in full accordance with the latest and most prudent medical and traveller health advice available to us.”
CART Chairperson Ambassador Philippe Bertoux, the Representative of France to the ICAO Council, noted that the CART guidelines were intended to inform, align and progress the national, regional, and industry-specific COVID-19 recovery roadmaps now being implemented, but not to replace them.
“These guidelines will facilitate convergence, mutual recognition and harmonization of aviation COVID-19 related measures across the globe,” he emphasized. “They are intended to support the restart and recovery of global air travel in a safe, secure and sustainable way.”
“In order to be effective, we need to take a layered and especially a risk-based approach. Measures will be implemented or removed as needed based on the wide ranging medical and other factors which will be at play,” he said.
“Countries and operators need both autonomy and certainty as they take action to get the world flying again,” Bertoux continued, “and the CART guidelines are therefore designed to serve in both these capacities as a common reference, while remaining adaptable. This needs to be understood as a type of ‘living guidance’ which will be continuously updated based on latest risk assessments as we monitor progress and reconnect the world.”
The CART’s Report contains a detailed situational analysis and key principles supported by a series of recommendations focused around objectives for public health, aviation safety and security, and aviation economic recovery.
This content is supplemented by the report’s special ‘Take Off’ document which contains guidelines for public health risk mitigation measures and four separate modules relating to airports, aircraft, crew, and air cargo.
“The world needs aviation and aviation today is in great need of ICAO,” Council President Sciacchitano emphasized. “Global cooperation through this organization has helped countries to connect the world to their mutual benefit for over 75 years, and now it’s helping us to reconnect it. Solidarity among all countries and regions and industry sectors will be critical going forward, and ICAO is where we achieve that for global aviation.”
ICAO Secretary General Dr. Fang Liu also welcomed the CART’s accomplishment and highlighted that ICAO will continue to develop implementation packages to assist Member States to restart the operations and recovery. “Restoring public confidence in air travel has very broad benefits. This isn’t only about the operational and economic viability of the air transport sector, but of entire societies and regions having their economic livelihoods and stability restored”, she commented. The full CART Report is available as part of ICAO’s COVID-19 platform, and will be regularly reviewed and updated based on the latest data and information received from all stakeholders.
Dates d'ouverture des aéroports du monde 🛩🛬🛫✈️
1. Liban 🇱🇧 15 juillet 2020
2. Bahreïn 🇧🇭 10 juin 2020
3. Qatar 🇶🇦 10 juin 2020
4. Jordanie 🇯🇴 15 juillet 2020
5. Irak 🇮🇶 (Couloir aérien) 1 août 2020
6. Iran 🇮🇷 août 1
7. Égypte 🇪🇬 août 1
8. Arabie Saoudite 🇸🇦 1 août 2020
9. Tunisie 🇹🇳 août 1
10. sueur Bagdad 🇮🇶 premier mois d'août
11. Japon 🇯🇵 15 juin 2020
12. Macédoine du Nord 🇲🇰 15 juin 2020
13. Lituanie 🇱🇹 15 juin 2020
14. Hongrie 🇭🇺 15 juin 2020
15. Pologne 🇵🇱 15 juin 2020
16. Roumanie 🇷🇴 15 juin 2020
17. Serbie 🇷🇸 15 juin 2020
18. Pays-Bas 🇳🇱 20 juin 2020
19. Kazakhstan 🇰🇿 20 juin 2020
20. Albanie 🇦🇱 22 juin 2020
21. Bosnie-Herzégovine 🇧🇦 22 juin 2020
22. Danemark 🇩🇰 22 juin 2020
23. Estonie 🇪🇪 22 juin 2020
24. Finlande 🇫🇮 22 juin 2020
25. Corée du Sud 🇰🇷 22 juin 2020
26. Irlande 🇮🇪 22 juin 2020
27. Kirghizistan 🇰🇬 22 juin 2020
28. Lettonie 🇱🇻 22 juin 2020
29. Norvège 🇳🇴 22 juin 2020
30. Slovaquie 🇸🇰 22 juin 2020
31. Australie 🇦🇺 1 juillet 2020
32. Belgique 🇧🇪 1 juillet 2020
33. Biélorussie 🇧🇾 1 juillet 2020
34. Chine 🇨🇳 (Pékin seulement) 1 juillet 2020
35. Suède 🇸🇪 1 juillet 2020
36. Canada 🇨🇦 1 juillet 2020
37. Colombie 🇨🇴 1 juillet 2020
38. Kosovo 🇽🇰 1 juillet 2020
39. Malaisie 🇲🇾 1 juillet 2020
40. Moldavie 🇲🇩 1 juillet 2020
41. Ouzbékistan 🇺🇿 1 juillet 2020
42. République de Taiwan 🇹🇼 1 juillet 2020
43. Turkménistan 🇹🇲 1 juillet 2020
44. Ukraine 🇺🇦 1 juillet 2020
45. Indonésie 🇮🇩 10 juillet 2020
46. Inde 🇮🇳 10 juillet 2020
47. Pakistan 🇵🇰 10 juillet 2020
48. Algérie 🇩🇿 15 juillet 2020
49. Maroc 🇲🇦 15 juillet 2020
50. Philippines 🇵🇭 15 juillet 2020
51. Afrique du Sud 🇿🇦 15 juillet 2020
52. Géorgie 🇬🇪 (uniquement pour Georgia City) 15 juillet 2020
53. Royaume-Uni 🇬🇧 15 juillet 2020
55. Koweït 🇰🇼 15 juillet 2020
56. Libye 🇱🇾 15 juillet 2020
57. Chypre (côté turc) 1 juin 2020
58. Russie 🇷🇺 15 juillet 2020
59. Bulgarie 🇧🇬 10 juin 2020
60. Brésil 🇧🇷 août 1
61. Arménie 🇦🇲 1 août 2020
62. France 🇫🇷 août 1
63. Grèce 🇬🇷 10 juin 2020
64. Allemagne 🇩🇪 15 juin 2020
65. Espagne 🇪🇸 août 1
66. Italie 🇮🇹 août 1
67. Autriche 🇦🇹 15 juin 2020
68. Azerbaïdjan 🇦🇿 15 juin 2020
69. République tchèque 🇨🇿 15 juin 2020
70. USA 🇺🇸 1 septembre 20
71. Suisse 🇨🇭 15 juin 2020
72-Émirats Arabes Unis 🇦🇪 premier vol pour l'aéroport de Beyrouth le 1 er juillet
Source de données citée OACI
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INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Indicadores Econômicos Selecionados
- BACEN. IBC-Br
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 08/06/2020. Analistas do mercado revisam projeção e passam a ver tombo de 6,48% do PIB em 2020. É a décima sétima semana seguida em que a previsão do PIB tem queda. Economistas também reduziram de 1,55% para 1,53% a estimativa de inflação, que será a menor da série histórica, se confirmada.Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
Os analistas do mercado financeiro reduziram pela décima sétima vez seguida a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e também baixaram a expectativa de inflação em 2020.
Para o PIB de 2020, a projeção passou de 6,25% para 6,48%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
A nova redução da expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.
PREVISÕES DO MERCADO PARA O PIB DE 2020
(EM %)
05/06/2020
● : -6,48
● : -6,48
Fonte: BANCO CENTRAL
Em 13 de maio, o governo brasileiro estimou uma queda de 4,7% para o PIB de 2020, tendo como base a perspectiva de que as medidas de distanciamento social terminarão no fim de maio.
O Banco Mundial prevê uma queda de 5% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,3% em 2020.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira.
Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável em 3,50%.
Inflação abaixo de 2%
Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro reduziram, de 1,55% para 1,53%, a estimativa de inflação para 2020. Foi a 13ª redução seguida do indicador.
Se confirmado esse será o menor patamar desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), em 1995. A menor inflação registrada, desde então, foi em 1998 (1,65%).
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3,10% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Taxa básica de juros
O mercado segue prevendo corte na taxa básica de juros da economia brasileira neste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 3% ao ano. A previsão dos analistas para a taxa Selic, no fim de 2020, ficou estável em 2,25% ao ano.
Para o fim de 2021, a expectativa do mercado subiu de 3,38% para 3,50% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Outras estimativas
- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, permaneceu em R$ 5,08 por dólar.
- Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 subiu de US$ 45,50 bilhões para US$ 47,75 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 45 bilhões para US$ 47,35 bilhões de superávit.
- Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, caiu de US$ 64 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 75 bilhões.
BACEN. REUTERS. 8 DE JUNHO DE 2020. Cenário para indústria piora com força no Focus e mercado corta previsão para PIB pela 17ª vez
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado piorou pela 17ª vez seguida a perspectiva para a economia do Brasil neste ano, com forte deterioração do cenário para a produção industrial, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
O levantamento semanal mostrou que a projeção agora é de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,48% em 2020, contra recuo de 6,25% estimado antes. Para 2021, segue a perspectiva de uma recuperação de 3,50%.
O cenário para a indústria sofreu forte piora, com uma queda estimada agora da produção de 5,35% em 2020, ante contração de 3,59% prevista antes. Para 2021, a perspectiva de crescimento melhorou a 3%, de 2,50%.
A perspectiva para a inflação este ano sofreu leve ajuste para baixo de 0,02 ponto percentual, com a alta do IPCA prevista em 1,53%, enquanto para o ano que vem continuou em 3,10%.
O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75% , ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A taxa básica de juros Selic permanece sendo calculada em 2,25% ao final deste ano e para 2021 passou a 3,50%, de 3,38% na mediana das projeções anteriores.
Por outro lado, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, reduziu a conta para a Selic este ano a 2,13% de 2,25%, e para 2021 a 2,75% de 2,88%
Por Camila Moreira
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
ECONOMIA
BACEN. 08 Junho 2020. Apresentação do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em reunião com investidores, organizada pela Goldman Sachs.
DOCUMENTO: https://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/TextosApresentacoes/Apresenta%C3%A7%C3%A3o_RCN_GS_vpub.pdf
BACEN. REUTERS. 8 DE JUNHO DE 2020. Saídas de capital do país vão se acomodar, destaca Campos Neto em apresentação
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou em apresentação divulgada nesta segunda-feira que as saídas de capital do país vão se acomodar e que as contas externas vão melhorar, ressaltando que os fluxos de capital e o câmbio local foram severamente afetados pela Covid-19.
Em maio, o fluxo cambial líquido ao país foi positivo em mais de 3 bilhões de dólares, no primeiro mês de superávit desde julho do ano passado, em resultado sustentado pela conta comercial. As operações financeiras ainda seguiram negativas, em 882 milhões de dólares.
O impacto da pandemia sobre a economia brasileira foi amplo, mostrou Campos Neto na apresentação a investidores na qual destacou dados do PIB, Caged, IBC-Br e de confiança.
Sobre a política monetária, Campos Neto afirmou que o país tem adotado uma abordagem cautelosa e tem espaço para políticas convencionais. Ele reforçou a mensagem do Comitê de Política Monetária de que considera um corte na taxa de juros de até 0,75 ponto para sua próxima reunião —que ocorre nos próximos dias 16 e 17— a depender do cenário fiscal e dos dados da economia.
O presidente do BC também reiterou avaliação de que problemas de liquidez podem se tornar problemas de solvência se não forem bem gerenciados.
CRÉDITO
O presidente do BC também mostrou levantamento mais atualizado sobre o desempenho do mercado de crédito no país, apontando que, de 16 de março a 29 de maio, as novas operações somaram 554,3 bilhões de reais e as renovações, 156,9 bilhões de reais.
No mesmo período, foram renegociadas dívidas, com extensão de prazos, no valor de 594,3 bilhões de reais, com maior concentração nos bancos públicos (291,2 bilhões de reais).
Campos Neto também reforçou indicação de que o governo deve estender por dois meses o programa de financiamento à folha elevando de 10 milhões para 50 milhões de reais o teto do faturamento anual das empresas autorizadas a participar e também flexibilizando a restrição a demissões.
A ideia é que o financiamento possa ser autorizado a empresas que se comprometam a manter até 50% dos seus funcionários —a versão original do programa exige a manutenção de 100% das vagas.
Por Isabel Versiani
INVESTIMENTO
IPEA. 08/06/2020. Indicador Ipea mostra queda de 27,5% nos investimentos em abril. A pandemia de Covid-19 contribuiu para o resultado negativo em todos os segmentos
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta segunda-feira (08), queda de 27,5% no Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), no mês de abril, frente a março deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 32,8%.
O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do seu estoque de capital fixo. Apesar dos investimentos terem crescido 0,2% no acumulado em 12 meses, o resultado mostra o impacto econômico da pandemia de Covid-19. O trimestre móvel encerrado em abril fechou com queda de 11%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. Em abril, houve queda de 39,4% nos investimentos em máquinas e equipamentos, na comparação com o mês de março. A produção nacional desses bens teve retração de 43,4%, enquanto a importação recuou 27,6%. A construção civil também apresentou resultado negativo em abril (-19,6%), assim como os outros ativos fixos (-15%).
Na comparação com abril de 2019, a queda nos investimentos atingiu todos os segmentos: máquinas e equipamentos (-46%), construção civil (-25,6%) e outros ativos fixos (-19,1%).
Indicador Ipea de FBCF – Abril de 2020
O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta um recuo de 27,5% na comparação entre abril e março de 2020, na série com ajuste sazonal. O resultado reflete o forte impacto da crise resultante da pandemia de Covid-19 sobre os investimentos. Com essa queda no mês, o trimestre móvel encerrado em abril fechou com uma retração de 11%, também na série dessazonalizada. Nas comparações com os mesmos períodos de 2019, enquanto abril registrou uma queda de 32,8%, o trimestre móvel ficou 9,5% abaixo do patamar verificado ano passado. No acumulado em doze meses, os investimentos ainda cresceram 0,2%.
Na comparação com o ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – cujo valor corresponde à sua produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações – apresentou uma retração de 39,4% em abril, encerrando o trimestre móvel com uma queda de 11,3%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos recuou 43,4% em abril, a importação caiu 27,6% no mesmo período.
O indicador de construção civil, por sua vez, recuou 19,6% em abril, na série dessazonalizada. Com isso, o segmento registrou um recuo de 9,9% na passagem entre o trimestre terminado em janeiro e aquele terminado em abril.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a forte queda também foi generalizada. Enquanto o segmento máquinas e equipamentos recuou 46%, a construção civil e o componente outros registraram baixas de 25,6% e 19,1% sobre abril de 2019, respectivamente.
ESTUDO: https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2020/06/08/indicador-ipea-de-fbcf-abril-de-2020/
INFLAÇÃO
FGV. IBRE. 08/06/2020. Inflação pelo IPC-S recua na primeira semana de junho
O IPC-S de 07 de junho de 2020 caiu 0,36%, ficando 0,18 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (-2,06% para -1,42%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -7,08% para -5,06%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (0,37% para 0,50%), Educação, Leitura e Recreação (-2,12% para -1,95%), Comunicação (0,01% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,24%) e Vestuário (-0,23% para -0,22%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (4,97% para 5,75%), cursos formais (-1,78% para -1,39%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,00% para 0,37%), medicamentos em geral (0,00% para 0,20%) e acessórios do vestuário (0,30% para 0,46%).
Em contrapartida, os grupos Despesas Diversas (0,10% para 0,06%) e Habitação (-0,19% para -0,20%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: serviços bancários (0,12% para 0,01%) e móveis para residência (-0,46% para -0,51%).
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/inflacao-pelo-ipc-s-recua-na-primeira-semana-de-junho
INDÚSTRIA
CNI. 08/06/2020. 47% das indústrias adotaram medidas trabalhistas para enfrentar crise, aponta CNI. Levantamento aponta que medidas trabalhistas têm sido relevantes para que empresas atravessem a crise com melhores condições para preservar empregos. Medidas sanitárias também têm sido amplamente adotadas
As medidas trabalhistas anunciadas no contexto da pandemia do novo coronavírus, principalmente na forma das medidas provisórias 927 e 936, têm sido instrumentos relevantes para o setor produtivo enfrentar o período mais grave da crise. Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 39% das empresas industriais haviam celebrado acordos individuais de redução de jornada e salário. Paralelamente, 22% das indústrias haviam realizado a suspensão temporário de contratos de trabalho nos últimos 45 dias. Ao todo, 47% das empresas entrevistadas afirmar ter adotado uma das alternativas isoladamente ou ambas.
Os dados estão no levantamento Os impactos da pandemia na indústria brasileira, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa entre 15 e 25 de maio e que ouviu 1.017 empresas industriais em todo Brasil. “A pesquisa mostra que as medidas trabalhistas, que resultaram em mais de 8 milhões de acordos individuais para redução de jornada e salário e suspensão de contratos de trabalho, foram importantes para a preservação de empregos”, analisa o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Pesquisa mostra alcance das medidas trabalhistas
Para o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, o número é expressivo porque mostra adesão de parte significativa indústria em um período em que começavam a se esgotar as primeiras medidas adotadas pelas empresas ainda em março, como a concessão de férias coletivas, antecipação de férias, entre outras que vinham sendo pactuadas com sindicatos de trabalhadores. “O dado é importante porque mostra que a MP 936 veio em hora oportuna e ajudará as empresas a se manterem ativas com manutenção de postos de trabalho”, avalia.
A pesquisa também buscou entender o tempo médio de duração dos acordos individuais celebrados entre empresas e trabalhadores. Em relação à redução proporcional de jornada e salários, metade dos acordos terá duração de três meses, enquanto 31% serão de dois meses e 13%, de um mês. Entre as empresas que realizaram a suspensão do contrato de trabalho, 79% relataram que o prazo será de dois a três meses. O dado sugere que parte desses acordos tenha sido celebrado via negociação coletiva (art. 476 da CLT), que permite a suspensão por por prazo maior do que o permitido pela MP 936.
Empresas continuarão adotando medidas sanitárias mesmo com fim da pandemia
A pesquisa também buscou investigar como as empresas estão lidando com os desafios de evitar a contaminação de trabalhadores no ambiente de trabalho. De acordo com o levantamento, 96% avaliam como muito importante (78%) ou importante (18%) a adoção de medidas de segurança contra a covid-19 dentro da empresa, como o uso de máscaras e distanciamento mínimo entre as pessoas.
Dentre as medidas, a mais adotada foram os esforços adicionais de limpeza e de higienização do ambiente de trabalho, que 96% das indústrias ouvidas disseram ter adotado e 93% afirmam vão continuar a adotar. A segunda iniciativa mais citada foi a divulgação de campanhas de saúde e prevenção, colocadas em prática por 81% das entrevistadas e que será mantida por 77%. A liberação de trabalhadores em grupos de risco para a covid-19 foi adotada 73% das empresas.
Entre as empresas que pretendem manter as medidas adicionais de segurança, 98% assinalam os esforços de limpeza e higienização do ambiente de trabalho e dos equipamentos individuais. O mesmo percentual é citado para a oferta de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, e de materiais de higiene pessoal.
ENERGIA
OPEP. 8 DE JUNHO DE 2020. Preços do petróleo sobem por cortes da Opep+ e importações recordes da China
Por Noah Browning
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo subiam nesta segunda-feira, após importantes produtores terem concordado em prorrogar um acordo sobre cortes recorde de produção até o final de julho, e com as importações chinesas tendo tocado uma máxima histórica em maio.
O petróleo Brent subia 0,38 dólar, ou 0,9%, a 42,68 dólares por barril, às 8:06 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,19 dólar, ou 0,48%, a 39,74 dólares por barril.
Ambos os contratos tocaram máximas desde 6 de março mais cedo na sessão, a 43,41 dólares e 40,44 dólares, respectivamente.
O Brent quase dobrou de valor desde que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Rússia e aliados— um grupo conhecido como Opep+ — pactuaram em abril um corte de oferta de 9,7 milhões de barris por dia entre maio e junho para apoiar os preços, que haviam entrado em colapso devido ao coronavírus.
No sábado, a Opep+ concordou em prorrogar o acordo, que retira quase 10% da oferta global do mercado, para um terceiro mês, até o final de julho.
Após a prorrogação, a Arábia Saudita elevou seus preços mensais de petróleo para julho.
Os baixos preços haviam levado compradores chineses a ampliar aquisições. A compras do maior importador global cresceram para uma máxima histórica de 11,3 milhões de bpd em maio.
CHINA. REUTERS. 8 DE JUNHO DE 2020. China registra importação mensal recorde de petróleo em maio
PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - As importações de petróleo bruto pela China em maio saltaram 19,2% na comparação anual, para o maior nível mensal já registrado, à medida que a demanda por combustíveis tem uma recuperação robusta depois do relaxamento de medidas de isolamento adotadas contra o novo coronavírus.
O maior importador global de petróleo importou 47,969 milhões de toneladas de petróleo, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas, o equivalente a 11,296 milhões de barris por dia (bpd), segundo cálculos da Reuters.
As importações em maio comparam-se com 9,84 milhões de bpd no mês anterior e 9,47 milhões de bpd em maio de 2019.
Nos primeiros cinco meses de 2020, a China importou um total de 215,576 milhões de toneladas de petróleo, ou 10,353 milhões de bpd, alta de 5,2% na comparação com mesmo período do ano anterior, segundo os dados.
Analistas estimam que a demanda da China por petróleo recuperou mais de 90% do nível visto antes da pandemia de coronavírus.
A taxa de utilização média em refinarias estatais foi de 71,27% em maio, alta de 3,21 pontos percentuais ante abril, enquanto refinarias privadas operaram a 76,12%, segundo a consultoria Sublime.
Enquanto isso, as exportações de produtos refinados somaram 3,89 milhões de toneladas em maio. Entre janeiro e maio, a China exportou 29,90 milhões de toneladas de combustíveis.
As importações de gás natural e maio, incluindo por gasodutos e gás natural liquefeito (GNL), foram de 7,84 milhões de toneladas. Entre janeiro e maio, elas somaram 40,12 milhões de toneladas.
Por Yawen Chen, Tom Daly, Muyu Xu e Aizhu Chen
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