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May 26, 2020


US ECONOMICS



CORONAVIRUS



U.S. Department of State. 05/26/2020. Secretary Pompeo’s Call with Peruvian Foreign Minister Meza-Cuadra

The below is attributable to Spokesperson Morgan Ortagus:

Secretary of State Michael R. Pompeo spoke today with Peruvian Foreign Minister Gustavo Adolfo Meza-Cuadra. Secretary Pompeo and Foreign Minister Meza-Cuadra discussed U.S. support for Peru as it faces the challenge of responding to and recovering from COVID-19, while also hosting nearly 900,000 Venezuelan refugees. The Secretary pledged to continue helping Peru meet COVID-19-related public health needs.



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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS



CORONAVÍRUS



PR. 25/05/2020. COVID-19. Portaria prorroga restrição para entrada de estrangeiros no Brasil. Prorrogação é por mais trinta dias e aplica-se a estrangeiros de qualquer nacionalidade. Medida proíbe entrada tanto por rodovias ou outros meios terrestres, via aérea e transporte aquaviário.

O Governo Federal prorrogou, por trinta dias, a restrição excepcional e temporária da entrada no País de estrangeiros por rodovias ou por outros meios terrestres, por via aérea ou por transporte aquaviário. A Portaria nº 255 foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) da sexta-feira (22).

A restrição segue recomendação técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por motivos relacionados aos riscos de contaminação e disseminação do novo coronavírus.

Essa é a terceira vez que a restrição à entrada de estrangeiros é determinada pelo Governo Federal. A entrada de estrangeiros no Brasil já estava restrita por via aérea desde o dia 20 de março para alguns países. No dia 30 de março, a medida foi atualizada para todas as nacionalidades e a ampliação do prazo foi realizada em abril.

A medida não se aplica a brasileiro, nato ou naturalizado; imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro;  profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro. No caso de estrangeiro, não se aplica a cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de brasileiro; cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo governo em vista do interesse público; e  portador de Registro Nacional Migratório.

Assinaram a portaria conjunta os ministros da Casa Civil, Braga Netto; da Justiça e Segurança Pública, André Luiz Mendonça; da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e o ministro substituto da Saúde, Eduardo Pazuello.

FGV. 25/05/2020. Impactos da COVID-19. O papel do STF no combate ao coronavírus

Websérie | FGV - Impactos do Covid-19
O papel do STF no combate ao coronavírus é tema do programa de hoje, que tem como entrevistado o professor Wallace Corbo, da FGV Direito Rio. Ele questiona temas, como: as políticas de isolamento social promovem o direito à saúde? Quais são os limites dessa política? A extensão do que a gente entende como serviço essencial promove o direito à saúde? Quais os limites do que se pode entender como serviço essencial para fins de combate à pandemia do coronavírus? As decisões políticas que estão sendo tomadas têm fundamento científico?

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=99J_e6f2wZk&feature=youtu.be

FGV. IBRE. 26/05/2020. Com a chegada da pandemia, clima econômico se deteriora rapidamente na América Latina

Com a chegada da pandemia, clima econômico se deteriora rapidamente na América Latina
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina da Fundação Getulio Vargas (FGV) passou de 14,1 pontos negativos para 60,4 pontos negativos entre janeiro e abril de 2020, o pior resultado da série histórica desde janeiro de 1989. O menor nível anterior havia ocorrido em janeiro de 2009, logo após a crise financeira de 2008, quando o ICE havia atingindo 48,7 pontos negativos. O indicador, que vinha se mantendo em terreno negativo e em queda desde abril de 2018, havia recuperado um pouco das perdas na pesquisa de janeiro de 2020, na comparação com outubro de 2019, mas agora foi derrubado pelo efeito da pandemia de COVID-19.

A pandemia de COVID-19 reverteu a tendência de melhora que se desenhava no início do ano e os indicadores de clima econômico da América Latina sugerem a entrada da região em uma fase recessiva. Apesar da piora ser generalizada, a grande dispersão dos indicadores de expectativas pode refletir as diferentes percepções de como a pandemia está sendo enfrentada em cada país.

O índice de Situação Atual (ISA), que vinha se mantendo em patamar considerado desfavorável desde julho de 2012, havia registrado, uma ligeira melhora em janeiro de 2020, na comparação com outubro de 2019, ao passar de 63,0 pontos negativos para 53,8 pontos negativos. A pandemia interrompeu o ensaio de melhora do indicador fazendo com que ele atingisse 89,9 pontos negativos em abril, o pior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 1989.

O Indicador de Expectativas (IE), que vinha apresentando resultados positivos desde julho de 2016, também despencou, para 23,1 pontos negativos, afetado pela deterioração das expectativas na América Latina.

Os resultados mostram que a América Latina estava numa fase de recuperação do ciclo econômico no começo de 2020, com o indicador de expectativa melhorando e positivo, e o da situação atual, negativo, mas melhorando. Os resultados de abril mostram que a pandemia levou a região direto para uma fase de recessão, com reversão de expectativas e uma piora muito expressiva nas avaliações sobre a situação atual.

Resultados dos países

Com exceção do Chile e do Equador, todos os demais países selecionados para a Sondagem da América Latina tinham apresentado melhora do clima econômico entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. No entanto, somente Paraguai e Colômbia apresentavam ICE positivo. Nesse mesmo período, o ICE do Brasil passou de 25,0 pontos negativos para 2,0 pontos negativos. Peru e Uruguai mantiveram-se em níveis próximos aos do Brasil, com ICEs de -1,8 e -2,8 pontos respectivamente.

O resultado de abril de 2020 mostra deterioração do ICE em todos os países. Os maiores recuos ocorreram no Paraguai, de 28,0 pontos positivos para 70,4 pontos negativos, e no Brasil, de 2,0 negativos para 60,9 negativos no mesmo período. Indicadores negativos, mas abaixo de 50 pontos, foram registrados no Chile e na Colômbia.

Entre outubro de 2019 e janeiro de 2020 todos os países haviam registrado melhoras em seus indicadores de situação atual, exceto Bolívia, Chile, México e Peru. Apesar disso, a apenas a Colômbia já apresentava um saldo positivo. Em abril, todos os indicadores são negativos. O ISA do Brasil, que tinha passado de 75,0 pontos negativos para 52,2 pontos negativos entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, caiu para 90,9 pontos negativos em abril de 2020. Não é o pior resultado da série histórica. O ISA foi 100 pontos negativos (nenhuma resposta positiva) entre janeiro e abril de 1991 e no período de julho de 2015 a outubro de 2016. Com indicadores de situação atual piores que o do Brasil, em abril, temos o Chile, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela.

Chama atenção a redução da insatisfação corrente implícita na evolução recente do ISA da Argentina, que passou de 100 pontos negativos, em outubro de 2019, para 88,9 pontos negativos em janeiro de 2020 e 77,8 pontos negativos em abril.

Entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, havia ocorrida recuperação do Indicador de Expectativas em todos os países, exceto na Colômbia, Equador e Uruguai. Além disso, o IE era positivo para todos, exceto Bolívia e Colômbia. O COVID-19 levou à piora das expectativas em todos os países, exceto na Colômbia e no Chile. No primeiro, o indicador passou de negativo para nulo e no Chile mantendo-se com saldo positivo de 30 pontos. Fora o Chile, apenas o Uruguai apresentou um IE positivo.

No Brasil, o IE subiu de 45,0 pontos para 65,2 pontos positivos entre outubro de 2019 e janeiro de 2020 e caiu para 22,7 pontos negativos em abril de 2020.

O ano de 2020 iniciou-se com indicadores melhores do que os da Sondagem de outubro de 2019, mas todos os países apresentavam clima econômico desfavorável (saldos negativos), exceto a Colômbia e o Paraguai. As expectativas favoráveis de janeiro apontavam para uma possível continuidade da tendência de melhora do clima econômico.

O COVID-19 interrompeu essa possível recuperação. Os indicadores da situação atual dos países assinalam um grau de variação relativamente pequeno – variam de 75,0 pontos negativos a 100 pontos negativos. Por outro lado, os indicadores de expectativas variam de 30 pontos positivos a 100 pontos negativos. As políticas de combate à epidemia em cada país podem ser um dos fatores a explicar essa diferença.

O ranking do ICE baseado na média dos últimos quatro trimestres mostra o Paraguai e a Colômbia em primeiro e segundo lugares em janeiro e abril de 2020. O Brasil passou da quinta para a sexta posição entre as duas sondagens.

Principais problemas enfrentados pelos países

A Sondagem de abril traz quesitos suplementares sobre os principais problemas que os países latino-americanos enfrentam, na avaliação dos especialistas consultados. Pontuações acima de 50 pontos indicam que o item é considerado uma restrição ao crescimento econômico e quanto mais alta a pontuação, maior importância é atribuída ao problema analisado. Para pontuações abaixo de 50 pontos, a questão é considerada pouco relevante.

Em todos os 11 países analisados, falta de inovação e demanda insuficiente são consideradas questões relevantes. A primeira tende a constar como problema comum em todas as Sondagens semestrais e pode ser identificada como um problema estrutural da região. A segunda retrata a situação atual associada aos efeitos da pandemia, já que em outubro de 2019, esse problema tinha sido apontado como relevante por apenas quatro países.

Um outro problema na região é a corrupção, avaliada como problema relevante em nove países, não sendo relevante somente no Chile e no Uruguai. Nove países também apontaram aumento na desigualdade de renda como um fator importante. Somente na Bolívia e no Paraguai este fator não foi avaliado como relevante. Igual número de países consideraram a falta de mão de obra qualificada como restrição ao crescimento, exceto Argentina e Uruguai.

Oito países destacaram infraestrutura inadequada como restrição ao crescimento e três países não (Chile, Equador e Uruguai). Falta de competitividade internacional está presente como problema importante em oito países e está ausente como questão relevante para o Chile e México.

No conjunto dos onze países, sete destacaram falta de confiança na política econômica, clima desfavorável para o investidor estrangeiro, falta de capital e barreiras legais e administrativas para o investimento (doméstico e estrangeiro), como uma questão relevante. Peru e Uruguai não consideram esses temas importantes. No caso da confiança nas políticas, Chile e Colômbia também integram o grupo que não atribui peso relevante para esse tema, no caso do clima desfavorável, Colômbia e Paraguai, e, nas barreiras, Chile e Equador.

Instabilidade política e falta de capital fazem parte do conjunto de restrições relevantes para seis países. Argentina, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai não consideram a instabilidade política como questão relevante. Falta de capital não está presente na lista de questões importantes para o Chile, Colômbia, México e Peru.

Barreiras às exportações não é uma questão relevante para os 11 países. Gerenciamento da dívida e credibilidade do Banco Central são questões relevantes apenas para três países: Argentina, Equador e Venezuela.

Quando se compara a média da pontuação por países, Uruguai, Chile e Paraguai apresentam médias abaixo de 50 pontos. O Brasil fica em sétimo lugar com média 68,3.

No Brasil em ordem decrescente os principais problemas são: infraestrutura inadequada; aumento das desigualdades de renda; falta de competitividade internacional; demanda insuficiente; instabilidade política; falta de confiança na política econômica; barreiras legais e administrativas para os investidores; falta de mão de obra qualificada; corrupção; falta de inovação; clima desfavorável para os investidores estrangeiros; e, falta de capital. Só não constam como relevantes, barreiras às exportações, gerenciamento da dívida e credibilidade do Bacen. Na última vez em que estes quesitos foram aplicados na pesquisa, em outubro de 2019, instabilidade política, demanda insuficiente, corrupção, clima desfavorável para investimentos estrangeiros e falta de capital não constavam da lista das questões relevantes como restrições ao crescimento econômico brasileiro. Houve, portanto, uma piora, no cenário econômico e, exceto demanda insuficiente e falta de capital, os outros itens têm pouca relação com o efeito do COVID-19.

DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/com-chegada-da-pandemia-clima-economico-se-deteriora-rapidamente-na-america-latina



SETOR EXTERNO



BACEN. BC divulga Estatísticas do Setor Externo com os dados atualizados até abril de 2020.​

1. Balanço de pagamentos


Em abril de 2020, as transações correntes apresentaram   superávit pelo segundo mês consecutivo, US$3,8 bilhões, maior valor da série histórica mensal iniciada em janeiro de 1995. Na comparação com o déficit de US$1,9 bilhão ocorrido em abril de 2019, contribuíram, principalmente, os recuos no déficit em renda primária, US$2,3 bilhões, e em serviços, US$2,1 bilhões, além da elevação do superávit da balança comercial, US$1,3 bilhão. O déficit em transações correntes do primeiro quadrimestre de 2020 somou US$11,9 bilhões, recuo de 29,9% em relação aos US$17,0 bilhões registrados em período correspondente de 2019. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em abril de 2020 somou US$44,4 bilhões (2,61% do PIB), ante US$50,1 bilhões (2,87% do PIB), em março de 2020.


As exportações de bens totalizaram US$18,4 bilhões em abril, recuo de 4,9% em relação ao mês correspondente de 2019. Na mesma base de comparação, as importações de bens diminuíram 15,9%, para US$11,9 bilhões. Na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2020 e 2019, as exportações reduziram 4,2%, para US$67,6 bilhões, e as importações mantiveram-se estáveis em US$57,9 bilhões. O superávit comercial de bens do primeiro quadrimestre de 2020 atingiu US$9,6 bilhões, redução de 24,1% comparativamente aos US$12,7 bilhões observados no primeiro quadrimestre de 2019. 

O déficit na conta de serviços atingiu US$1,2 bilhão no mês, 63,4% inferior ao resultado de abril de 2019, US$3,3 bilhões. A maior contribuição para essa retração advém da redução de 91,2% nas despesas líquidas de viagens, que totalizaram US$90 milhões em abril de 2020 (US$1,0 bilhão em abril de 2019). Na comparação interanual houve recuo de 76,0% e de 86,4% nas receitas e despesas de viagens, respectivamente. As despesas líquidas de aluguel de equipamentos também apresentaram redução interanual, de US$1,5 bilhão para US$895 milhões, nos mesmos períodos comparativos, bem como as despesas líquidas de transporte, de US$426 milhões para US$206 milhões, na mesma ordem.

Em abril de 2020, o déficit em renda primária recuou 59,7% na comparação com abril de 2019, atingindo US$1,6 bilhão. Os gastos líquidos com juros somaram US$1,6 bilhão no mês, estáveis em relação a abril de 2019. As despesas líquidas de lucros e dividendos situaram-se em US$4 milhões, significativamente inferiores aos US$2,3 bilhões observados em abril de 2019. As receitas e despesas de lucros remetidos superaram os lucros totais auferidos no período, evidenciando lucros reinvestidos negativos.


Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$234 milhões no mês, ante US$5,1 bilhões em abril de 2019. O fluxo foi composto por ingressos líquidos de US$320 milhões em participação no capital e por amortizações líquidas de US$86 milhões em operações intercompanhia. O resultado em participação no capital foi influenciado por lucros reinvestidos negativos (desinvestimentos) de US$834 milhões. Nos doze meses encerrados em março de 2020, o IDP totalizou US$73,2 bilhões, correspondendo a 4,31% do PIB, em comparação a US$78,1 bilhões (4,48% do PIB) no mês anterior.


Em abril de 2020, os fluxos líquidos de investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram – a exemplo do observado no mês anterior – regressos líquidos ao país (desinvestimentos), que totalizaram US$4,8 bilhões, ante aplicações líquidas de US$2,6 bilhões no exterior, no mês equivalente de 2019.


No mês, a saída líquida de investimento em portfólio no mercado doméstico somou US$7,3 bilhões, com saídas líquidas de US$4,9 bilhões em títulos de dívida e de US$2,4 bilhões em ações e fundos de investimento. No primeiro quadrimestre de 2020 houve saídas líquidas de US$31,4 bilhões em instrumentos de portfólio negociados no mercado doméstico, comparativamente a ingressos líquidos de US$10,0 bilhões observados em período similar do ano anterior. Nos doze meses encerrados em abril de 2020, a saída líquida de investimento em portfólio no mercado doméstico somou US$49,0 bilhões.

2. Reservas internacionais

O estoque de reservas internacionais atingiu US$339,3 bilhões em abril de 2020. O decréscimo de US$3,8 bilhões, relativamente à posição de março, decorreu principalmente da liquidação de US$5,9 bilhões em intervenções no mercado de câmbio, compostas por US$6,6 bilhões em vendas à vista, US$24 milhões de concessões líquidas em linhas com recompra, e US$728 milhões em retornos líquidos nas operações compromissadas em moeda estrangeira. As variações por preço, por paridades e a receita de juros contribuíram, na ordem, para elevar o estoque de reservas em US$1,1 bilhão, US$129 milhões e em US$514 milhões.

3. Revisões - Exportação de bens e amortizações de operações intercompanhia

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, revisou as estatísticas de exportações de bens para o primeiro trimestre de 2020, o que implicou redução de US$471 milhões no montante exportado do período.

Declarações de empresas, efetuadas de maneira retroativa tendo como referência o mês de março de 2020, elevaram a quantidade de mercadorias exportadas associadas a amortizações de dívida externa/IDP sob a forma de operações de recebimento antecipado de exportações entre empresas de mesmo grupo econômico. Os devedores residentes informaram a exportação de mercadorias no sistema Registro Declaratório Eletrônico – Registro de Operações Financeiras (RDE-ROF) e essa redução de passivo externo representou elevação de US$1,5 bilhão nas amortizações de IDP – operações intercompanhia, relativamente a março de 2020.

Essas revisões, decorrentes da revisão nas informações prestadas, são classificadas como ordinárias de curto prazo e efetuadas na mesma periodicidade em que essa estatística é publicada, nos termos da Política de Revisão das Estatísticas Econômicas Oficiais Compiladas pelo Departamento de Estatísticas (DSTAT) do Banco Central do Brasil (BCB), de outubro de 2019.

4. Estimativas e parciais

Para o mês de maio, a estimativa para o resultado em transações correntes é de superávit de US$3,1 bilhões, enquanto a de IDP é de ingressos líquidos de US$1,5 bilhão.

As parciais para o mês de maio, até o dia 21, são apresentadas nas tabelas a seguir:



DOCUMENTO: https://www.bcb.gov.br/content/estatisticas/docs_estatisticassetorexterno/Nota%20para%20a%20imprensa%20-%20Estat%C3%ADsticas%20Setor%20Externo.pdf



ECONOMIA



BACEN. 25 Maio 2020. Apresentação do Presidente Roberto Campos Neto em reunião com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

DOCUMENTO: https://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/TextosApresentacoes/RCN_Varejo_25.5.2020.pdf



INFLAÇÃO



IBGE. 26/05/2020. IPCA-15 fica em -0,59% em maio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de -0,59% em maio, contra -0,01% em abril. Foi a menor variação mensal desde o início do Plano Real, em 1994. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,35% e, em 12 meses, de 1,96%, abaixo dos 2,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa foi de 0,35%.

Maio de 2020-0,59%
Abril de 2020-0,01%
Maio de 20190,35%
Acumulado no ano0,35%
Acumulado em 12 meses1,96%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram deflação em maio. Os Transportes registraram a menor variação (-3,15%) e o impacto negativo mais intenso no índice do mês: -0,63 ponto percentual (p.p.). O grupo Habitação (-0,27%) também recuou, contribuindo com -0,04 p.p. No lado das altas, o destaque ficou mais uma vez com Alimentação e bebidas (0,46%), embora tenha havido desaceleração em relação a abril (2,46%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,20% em Vestuário e a alta de 0,45% em Artigos de residência.

IPCA-15 - Grupos - Variação e Impacto   
GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
AbrilMaioAbrilMaio
Índice Geral-0,01-0,59-0,01-0,59
Alimentação e bebidas2,460,460,480,09
Habitação0,12-0,270,02-0,04
Artigos de residência-3,190,45-0,120,02
Vestuário0,01-0,200,00-0,01
Transportes-1,47-3,15-0,30-0,63
Saúde e cuidados pessoais-0,32-0,13-0,04-0,02
Despesas pessoais-0,28-0,09-0,03-0,01
Educação-0,010,010,000,00
Comunicação-0,300,22-0,020,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

A queda de 3,15% nos Transportes foi influenciada pelo resultado dos combustíveis, que recuaram 8,54% na comparação com o mês anterior. A gasolina (-8,51%) apresentou o maior impacto individual negativo no IPCA-15 de maio (-0,41 p.p.), mas a variação negativa mais intensa veio do etanol, com -10,40%. Adicionalmente, o óleo diesel (-5,50%) e o gás veicular (-1,21%) também registraram queda de preços.

Ainda em Transportes, as passagens aéreas, após subirem 14,83% em abril, tiveram queda de 27,08% em maio, contribuindo com -0,17 p.p. de impacto no índice do mês. Houve quedas em todas as áreas pesquisadas: desde -30,69% de Goiânia até -23,42% de Belém.

No grupo Habitação (-0,27%), a contribuição negativa mais intensa (-0,03 p.p.) veio da energia elétrica (-0,72%). Em maio, a bandeira tarifária verde (em que não há cobrança adicional na conta de luz) foi mantida pelo quarto mês consecutivo. As áreas variaram entre os -2,95% de Fortaleza e os 2,95% de Goiânia.

Outros dois itens em queda foram o gás de botijão (-1,09%) e o gás encanado (-0,36%), este último por conta da redução de 2,50% nas tarifas do Rio de Janeiro (-1,22%), vigente desde 1º de maio. Por fim, destaca-se a variação positiva em taxa de água e esgoto (0,04%), com o reajuste médio de 6,23% ocorrido em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,41%) em 21 de março.

Em Alimentação e bebidas (0,46%), houve desaceleração em relação ao mês anterior (2,46%), influenciada principalmente pelo comportamento dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 3,14% em abril para 0,60% em maio. A cebola registrou a maior alta, com 33,59% de variação e 0,04 p.p. de impacto. Outros itens de destaque foram a batata-inglesa (16,91%), o feijão-carioca (13,62%), o alho (5,22%) e o arroz (2,59%). Por outro lado, os preços da cenoura, que haviam apresentado alta de 31,67% no IPCA-15 de abril, caíram 6,41%. Além disso, as carnes (-1,33%) acentuaram a queda em relação ao mês anterior (-0,27%), contribuindo com -0,03 p.p. de impacto.

A alimentação fora do domicílio também desacelerou de abril (0,94%) para maio (0,13%), especialmente por conta do lanche (0,64%), cujos preços haviam subido 3,23% no mês anterior.

A segunda maior variação positiva do mês veio do grupo Artigos de residência (0,45%), com destaque para as altas dos itens tv, som e informática (2,81%) e eletrodomésticos e equipamentos (0,89%). No lado das quedas, a contribuição mais negativa (-0,02 p.p.) veio dos itens de mobiliário (-1,82%), embora a queda em maio tenha sido menos intensa que a de abril (-4,00%).

Todas as 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em maio. O maior índice foi na região metropolitana de Fortaleza (-0,23%), principalmente com a alta de alguns itens alimentícios, como a cebola (43,87%) e as carnes (2,94%). Já o menor resultado foi na região metropolitana de Curitiba (-1,12%), com o recuo nos preços dos combustíveis (-10,86%), especialmente da gasolina (-10,35%), e das passagens aéreas (-24,48%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%) 
AbrilMaioAno12 meses
Fortaleza3,880,02-0,231,583,00
Recife4,710,17-0,351,061,74
Rio de Janeiro9,770,61-0,390,631,93
São Paulo33,45-0,05-0,520,582,44
Belém4,46-0,16-0,530,502,75
Salvador7,190,09-0,540,621,77
Brasília4,84-0,40-0,66-0,611,21
Porto Alegre8,61-0,04-0,690,041,35
Belo Horizonte10,040,00-0,700,462,07
Goiânia4,96-0,52-0,81-1,020,93
Curitiba8,09-0,21-1,12-0,701,25
Brasil100,00-0,01-0,590,351,96
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

 Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de abril e 14 de maio de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 17 de março a 14 de abril de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta e na abrangência geográfica.

Prévia da inflação. IPCA-15 cai 0,59% em maio, maior deflação desde o início do Plano Real. Queda no preço dos combustíveis pressionou IPCA-15 para baixo em maio

Influenciada pela queda nos preços dos combustíveis, a prévia da inflação de maio registrou -0,59%, a deflação mais intensa desde o início do Plano Real, em julho de 1994. A gasolina, com queda de 8,51%, foi o item que apresentou o maior impacto individual negativo, contribuindo com -0,41 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE. É a segunda deflação seguida do IPCA-15, que registrou -0,01% em abril.

A retração de 8,54% dos combustíveis também foi influenciada pela queda nos preços do etanol (-10,40%), do óleo diesel (-5,50%) e o gás veicular (-1,21%). As passagens aéreas, que assim como os combustíveis fazem parte do grupo Transportes (que tem o maior peso no consumo das famílias), tiveram queda de 27,08%, após subirem 14,83% em abril. Este grupo apresentou a maior deflação do mês.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,35% e, em 12 meses, a variação acumulada foi de 1,96%, abaixo dos 2,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa foi de 0,35%.


IPCA-15 - Variação mensal (%)


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Brasiljunho 2019julho 2019agosto 2019setembro 2019outubro 2019novembro 2019dezembro 2019janeiro 2020fevereiro 2020março 2020abril 2020maio 2020-1-0,500,511,5maio 2020-0,59 %
Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15

Houve desaceleração no grupo Alimentos e bebidas, que registrou 0,46%, contra 2,46% do mês anterior. A principal influência no resultado desse grupo foram os alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 3,14% em abril para 0,60% em maio.

A cebola foi o alimento com maior alta (33,59%), seguida da batata inglesa (16,91%) e do feijão carioca (13,62%). Já o preço da cenoura, que tinha subido 31,67% no último IPCA-15, caiu 6,41%. As carnes (-1,33%) acentuaram a queda em relação ao mês anterior (-0,27%). A alimentação fora do domicílio, que inclui os serviços de delivery (sem considerar a taxa de entrega), também desacelerou de abril (0,94%) para maio (0,13%), especialmente por conta do lanche (0,64%), cujos preços haviam subido 3,23% no mês anterior.

A segunda maior variação positiva no índice do mês veio do grupo Artigos de residência (0,45%), com destaque para as altas dos itens de tv, som e informática (2,81%) e dos eletrodomésticos e equipamentos (0,89%). No lado das quedas, a maior contribuição negativa (-0,02 p.p.) veio dos itens de mobiliário (-1,82%), embora a queda em maio tenha sido menos intensa que a registrada no IPCA-15 de abril (-4,00%).

Com retração de 0,27%, o grupo Habitação contribuiu com -0,04 p.p para o índice do mês. A maior influência dessa queda veio da energia elétrica (-0,72). Outros itens do grupo que tiveram queda foram o gás de botijão (-1,09%) e o gás encanado (-0,36%). Já a taxa de água e esgoto variou 0,04%.

Todas as 11 regiões pesquisadas tiveram deflação em maio. O maior índice foi na região metropolitana de Fortaleza (-0,23%), influenciado pela alta de alguns itens alimentícios, como a cebola (43,87%) e as carnes (2,94%). Já o menor resultado foi na região metropolitana de Curitiba (-1,12%), causado pela queda nos preços dos combustíveis (-10,86%), especialmente da gasolina (-10,35%), e das passagens aéreas (-24,48%).

Os preços foram coletados no período de 15 de abril a 14 de maio de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 17 de março a 14 de abril de 2020 (base). Em virtude da pandemia de Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas em sites de internet, por telefone ou e-mail.

DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/27768-ipca-15-fica-em-0-59-em-maio

FGV. IBRE. 26/05/2020. Inflação pelo IPC-S recua em quatro das sete capitais pesquisadas

O IPC-S de 22 de maio de 2020 registrou variação de -0,57%, ficando 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.

A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e nas apurações anteriores.

ipc-s

DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/inflacao-pelo-ipc-s-recua-em-quatro-das-sete-capitais-pesquisadas



CONSTRUÇÃO CIVIL



FGV. IBRE. 26/05/2020. INCC-M varia 0,21% em maio

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,21% em maio, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou alta de 0,18%. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,38% em abril para 0,45% em maio. O índice referente à Mão de Obra não variou pelo segundo mês consecutivo.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a variação correspondente a Materiais e Equipamentos foi de 0,56%, contra 0,44% no mês anterior. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se equipamentos para transporte de pessoas, cuja taxa passou de -1,21% para 0,27%.

A variação relativa a Serviços passou de 0,13% em abril para 0,02% em maio. Neste grupo, vale destacar o recuo da taxa do item projetos, que passou de 0,23% para -0,14%.

Mão de obra

O índice referente à Mão de Obra não variou pelo segundo mês consecutivo.

DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/incc-m-varia-021-em-maio

FGV. IBRE. 26/05/2020. Apesar de queda acumulada, Confiança da Construção cresce em maio

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, avançou 3,0 pontos em maio, atingindo 68,0 pontos. Apesar do resultado positivo, o índice acumula queda de 26,2 pontos em relação a janeiro de 2020 (94,2 pontos, o maior valor desde maio de 2014).

“Apesar do aumento da Confiança, não é possível afirmar que o pior momento da crise deflagrada pela Covid já passou. Os impactos negativos sobre o setor da construção continuam bastante intensos, atingindo os negócios em andamento em todos os segmentos. Em maio 51% das empresas indicaram diminuição da atividade e 63% que o ambiente de negócios está fraco. A “despiora” do Indicador de Confiança refletiu expectativas menos negativas, mas que se mantiveram em patamar que ainda representa um grande pessimismo com os próximos meses”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.

A leve alta do ICST em maio decorre de melhora relativa das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 9,8 pontos, para 69,7 pontos. Apesar desta ser a maior variação mensal positiva da série, recupera apenas parte da perda de 44,3 pontos entre janeiro e abril desse ano. Ambos os indicadores de demanda prevista e tendência dos estoques apresentaram alta e agora se encontram e nível parecido: 69,6 pontos e 69,9 pontos, respectivamente.

Em sentido oposto, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) cedeu 4,1 pontos, para 66,8 pontos, o menor valor desde setembro e outubro de 2017 (66,2 pontos). Nesse mês, o indicador de carteira de contratos foi o que mais contribuiu para a queda do ISA-CST ao recuar 6,6 pontos, para 69,2 pontos, o menor valor desde junho de 2018 (68,4 pontos). Por sua vez, o indicador de situação atual dos negócios passou de 66,2 pontos para 64,8 pontos, o menor valor desde maio de 2017 (64,6 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor apresentou acréscimo de 4,1 pontos percentuais (p.p.), para 61,7%. O NUCI de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos apresentaram variação parecida (4,0 p.p e 4,3 p.p.) e alcançaram 62,8% e 56,8%, respectivamente.

Fatores limitativos

A falta de demanda se mantém como principal fator limitativo à melhoria dos negócios, mas por assinalação espontânea, a Covid alcançou o segundo posto no ranking do setor. “Para as empresas da construção que estavam tentando retomar um novo ciclo de negócios, a Covid representa uma grande mudança de cenário ”, observou Ana Castelo.

DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/apesar-de-queda-acumulada-confianca-da-construcao-cresce-em-maio



CRÉDITO



FGV. IBRE. 25/05/2020. Indicador do FGV IBRE aponta mercado de crédito mais restrito

Desde que a crise sanitária começou a impactar a economia brasileira, o governo federal anunciou algumas medidas econômicas para mitigar os efeitos dessa crise, parte das quais para estimular o crédito, principalmente para financiamento da folha de pagamentos e capital de giro. Apesar do esforço e da Taxa Selic a 3%, segundo pesquisa realizada entre empresários, o dinheiro não está chegando na ponta.

O Indicador de Facilidade de Acesso ao Crédito das Sondagens Empresariais – (Comércio, Construção, Indústria de Transformação e Serviços) –, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), registrou perda de 31,8 pontos entre março e abril. Essa foi a maior queda mensal da série histórica, fazendo com que o indicador atingisse 56,8 pontos, o menor valor desde junho de 2016 (55,3 pontos) e apenas 3,1 pontos acima do mínimo da série em abril de 2016 (53,7 pontos). Para se ter uma ideia do tombo, entre 2014 e 2015 o indicador levou 10 meses para perder 34,6 pontos, perda um pouco menor do que a dos últimos quatro meses (35,2).

Indicador de Crédito (padronizado e com ajuste sazonal)
crédito
Fonte: FGV/Ibre

O resultado minou a recuperação após a última recessão (2014-2016). Segundo Renata de Mello Franco, economista do FGV IBRE responsável pelo levantamento, entre o vale da crise e o pico recente, o indicador havia acumulado alta de 41,6 pontos, alcançando 95,3 pontos, maior valor desde julho de 2014 (98,2 pontos). Essa aproximação do indicador ao nível da normalidade (100) deveu-se em grande medida à redução considerável da parcela de empresas que reportavam dificuldade para obter crédito.

“Quando olhamos o comportamento recente do indicador, vemos que havia tendência de recuperação desde abril de 2016, quando o país estava passando pelo final da crise iniciada em 2014. Isso significa que, conforme a economia se recuperava, o mercado de crédito ficava menos restrito às empresas, principalmente do setor da Indústria de Transformação. Contudo, em fevereiro – antes de atingirmos níveis pré-crise e antes da pandemia afetar diretamente o país – houve reversão dessa melhora: mais empresas começaram a relatar dificuldade de acesso ao crédito, enquanto menos empresas indicaram facilidade”, avaliou Renata.

A prévia de maio das sondagens empresariais mostra leve alta do índice. Porém, o crescimento de 3,3 pontos, para 60,1 pontos, não é suficiente para indicar maior facilidade de acesso ao crédito. A parcela de empesas afirmando que o acesso ao crédito está difícil passou de 35,1% em abril para 33,5% nesse período. Já a parcela de empresas afirmando que está fácil variou de 9,8% para 10,1%.

“A leve alta observada na prévia de maio não sugere melhora ao acesso ao crédito pelas empresas até a segunda semana do mês. A queda de apenas 1,6 pontos percentuais da proporção de empresas reportando dificuldade não resultou em aumento da parcela de empresas indicando facilidade. Por esse motivo, a melhora do indicador pode ser entendida apenas como uma acomodação”, pontuou.

Indicadores de Crédito das Sondagens – em pontos (padronizados e com ajuste sazonal)
Crédito
Fonte: FGV/Ibre

Ao analisar os setores separadamente, verifica-se que nem todos foram afetados da mesma forma. A Indústria de Transformação, por exemplo, mostra a maior variação entre o pico, em janeiro, e maio (-35,9 pontos), apesar do fato de que o setor era o que estava retornando mais rapidamente ao nível pré-crise.

Indicadores de Crédito das Sondagens - médias móveis trimestrais
Crédito
(padronizados e com ajuste sazonal)

A pesquisa considera também a frequência das respostas positivas e negativas em relação ao mercado de crédito. Construção e indústria são os setores com mais empresas indicando dificuldade de acesso ao crédito. Em relação às parcelas de empresários reportando facilidade, construção e comércio registraram, nos últimos dois meses, valores menores do que o mínimo observado na crise de 2014-2016. O levantamento considerou dados da prévia das sondagens de maio de 2020, quando 2528 empresas foram consultadas, entre 01 e 13 de maio.

DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/indicador-do-fgv-ibre-aponta-mercado-de-credito-mais-restrito



COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO



MEconomia. 25/05/2020. COMÉRCIO EXTERIOR. Balança comercial registra corrente de comércio de US$ 9,389 bilhões na terceira semana de maio. No período de cinco dias úteis, exportações somaram US$ 4,344 bilhões

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ -0,701 bilhão e corrente de comércio de US$ 9,389 bilhões, na terceira semana de maio de 2020 – com cinco dias úteis –, como resultado de exportações no valor de US$ 4,344 bilhões e importações de US$ 5,045 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25/5), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No ano, as exportações totalizam US$ 81,19 bilhões e as importações, US$ 66,604 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,586 bilhões e corrente de comércio de US$ 147,794 bilhões.

Dados completos da balança comercial

 

Análise do mês

Nas exportações, comparadas a média diária até a terceira semana de maio de 2020 (US$ 921,9 milhões) com a de maio de 2019 (US$ 936,02 milhões), houve queda de -1,5%, em razão da diminuição nas vendas na Indústria Extrativa (-24,9%) e de produtos da Indústria de Transformação (-14,7%). Por outro lado, houve aumento nas vendas em Agropecuária (+59,0%).

A queda nas exportações foi puxada, principalmente, pela diminuição nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-26,8%); Minério de ferro e seus concentrados ( -27,9%); Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -13,5%) e Pedra, areia e cascalho (-18,1%).

Já em relação aos produtos da Indústria de Transformação, a queda nas exportações foi puxada, principalmente, por Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-95,2%); Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos, (-51,9%); Veículos automóveis de passageiros (-91,2%); Motores e máquinas não elétricos, e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (-67,1%) e Produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-35,9%).

Nas importações, a média diária até a terceira semana de maio de 2020 (US$ 736,25 milhões) ficou 8,2% acima da média de maio do ano passado (US$ 680,37 milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com Agropecuária (-6,8%) e com a Indústria Extrativa (-50,8%). Já em relação aos produtos da Indústria de Transformação houve aumento de gastos (13,6%).

O aumento das importações foi puxado, principalmente, pela elevação dos gastos com os seguintes produtos da Indústria de Transformação: Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+66.685,4%); Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+344,5%); Adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos, (+26,4%); Tubos, canos e mangueiras, e seus acessórios, de matérias plásticas (+444,1%) e Artigos confeccionados, total ou principalmente de matérias têxteis (+482,1%).

RESULTADOS PRELIMINARES

Na 3ª semana de Maio de 2020, a balança comercial registrou déficit de US$ -0,701 bilhões e corrente de comércio de US$ 9,389 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,344 bilhões e importações de US$ 5,045 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 13,829 bilhões e as importações, US$ 11,044 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,785 bilhões e corrente de comércio de US$ 24,872 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 81,19 bilhões e as importações, US$ 66,604 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,586 bilhões e corrente de comércio de US$ 147,794 bilhões.

DOCUMENTO: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca-comercial-brasileira-semanal

MEconomia. 25/05/2020. COVID-19. Solicitações de importação e exportação de produtos controlados estão disponíveis no portal do governo. Plano Digital implementado pela Anvisa está alinhado às ferramentas do governo federal para facilitar a vida do cidadão

A partir de agora, demandas como solicitar, alterar ou cancelar autorização sobre importação e exportação de produtos controlados – consideradas prioritárias no enfrentamento à pandemia de coronavírus (Covid-19) – podem ser realizados no Portal do governo federal, o Gov.br. A digitalização de nove serviços relacionados a produtos controlados integra o Plano Digital da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que começou a ser implementado no ano passado. Desde então, 99 serviços da Anvisa foram transformados em digitais.

Ainda na última semana, outros sete tipos de solicitações relacionadas a saneantes e uma a agrotóxicos também passaram a ter acesso on-line. Com o Plano Digital e a consequente aceleração da digitalização de seus serviços públicos, a expectativa, conforme a Anvisa, é melhorar o acesso dos usuários e otimizar ainda mais o trabalho de servidores e os recursos disponíveis.

“O plano possui uma visão estratégica, alto engajamento com relação às entregas e alinhamento com os padrões e ferramentas utilizados pelo governo federal para melhorar a vida da sociedade”, afirma o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.

A Secretaria de Governo Digital é o órgão central da transformação digital do governo federal e apoia os demais nas ações nessa área. São 700 serviços do governo federal já digitalizados desde janeiro do ano passado, o que gera economia de R$ 2,2 bilhões anuais. Quem mais poupa é o cidadão – R$ 1,5 bilhão por ano – ao deixar de se deslocar para os órgãos públicos e gastar com despachantes para agilizar a solução de suas demandas.

A Estratégia de Governo Digital recém publicada estabelece a meta de 100% de digitalização nos mais de 3,3 mil serviços do governo federal até o final de 2022.

Serviços recém-digitalizados pela Anvisa

Os nove procedimentos relacionados a produtos controlados agora disponíveis no Gov.br são:

  • Autorização de Importação de substância, planta ou medicamento controlado; 
  • Autorização de Exportação de substância, planta ou medicamento controlado; 
  • Autorização de Fabricação para Fim Exclusivo de Exportação; 
  • Autorização para Fim de Desembaraço Aduaneiro; 
  • Autorização Especial Simplificada para Estabelecimento de Ensino e Pesquisa; 
  • Certificado de Não Objeção para Importação; 
  • Certificado de Não Objeção para Exportação; 
  • Cota de Importação Inicial; 
  • Renovação de cota de importação.

Os novos sete serviços digitais relacionados a saneantes e um a agrotóxicos:

  • Alteração de registro de saneantes;
  • Renovação de registro de saneantes;
  • Cancelamento de registro de saneantes;
  • Registro de saneantes de risco 2;
  • Autorização de ativo novo para uso domissanitário;
  • Emissão de certificado de registro de saneante;
  • Comunicação da fabricação de saneante exclusivo para exportação;
  • Solicitação de alteração de monografia do ingrediente ativo – uso domissanitário (agrotóxicos). 

DOCUMENTO: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/solicitacoes-de-importacao-e-exportacao-de-produtos-controlados-estao-disponiveis-no-portal-do-governo



INDÚSTRIA



CNI. 25/05/2020. Precisamos de planejamento para a retomada das atividades, diz presidente da CNI. Robson Andrade participou da Live JR, da TV Record. Ele avalia que abertura não pode ser imediata em meio à pandemia, mas alerta que é preciso planejar a retomada e sugere volta de forma gradual por regiões

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que o poder público precisa organizar um planejamento para a retomada gradual das atividades no país. Segundo ele, o conjunto de medidas será essencial para os setores da economia reagirem com rapidez quando a pandemia da covid-19 começar a ceder. Robson Andrade participou nesta segunda-feira (25) da Live JR, da TV Record.

“Sabemos que a abertura não pode ser imediata no momento em que vivemos a pior crise da saúde mundial, mas precisamos saber como vai ser a retomada da economia, do trabalho e a maneira como esse planejamento será realizado”, disse o presidente da CNI. Ele destacou que sente falta de um planejamento para quando for possível uma abertura gradual para que o setor produtivo se prepare.

“O que mais causa insegurança para nós é a imprevisibilidade do que virá pela frente, mas precisamos saber como reagir à medida que a pandemia começar a ceder”, acrescentou. Robson Andrade comentou que a CNI enviou ao governo propostas para a retomada das atividades, que trazem inclusive exemplos internacionais.

Para o dirigente da CNI, a retomada das atividades econômicas do país deve ser dividida por regiões. “O Brasil tem que ser analisado por regiões, pois temos locais onde o numero de contaminados e de mortes ainda é pequeno. Em outras temos que ter mais atenção”, frisou. Ele mencionou como exemplo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que têm situações melhores em relação à  covid-19.

Durante a entrevista, o presidente da CNI alertou que não é hora de pressionar governos para reabertura, mas que é preciso pressioná-los para construírem planejamentos. “Espero que essa pandemia passe logo, considerando, em primeiro lugar, a vida e a saúde das pessoas, para que a economia volte e possamos preservar empregos”, destacou.

Recursos públicos serão necessários para a recuperação econômica

Robson Andrade observou que caberá ao poder público injetar recursos financeiros para que a economia seja retomada após a crise causada pelo coronavírus. Ele pontuou também que a indústria não pode correr o risco de perder o capital construído ao longo dos anos, ao comentar a importância de haver um plano de recuperação judicial das empresas atingidas pela pandemia. O presidente da CNI defendeu ainda a necessidade de reformas estruturais para o país se recuperar, com destaque para as reformas tributária, fiscal e do Estado.

Na avaliação do presidente da CNI, a insegurança jurídica é um dos grandes obstáculos para o crescimento econômico do Brasil, uma vez que atrapalha o planejamento de negócios e a atração de investimentos estrangeiros. Robson Andrade alertou que há enorme espaço para investimento no país em áreas como o saneamento, setor elétrico, portos, rodovias e saúde.

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=whkjMidWINI (Robson Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), é entrevistado ao vivo pelos jornalistas Daniela Salerno, Eduardo Ribeiro e Luiz Fara Monteiro.)

DOCUMENTO: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/precisamos-de-planejamento-para-a-retomada-das-atividades-diz-presidente-da-cni/


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LGCJ.: