ORGANISMS
CORONAVIRUS
THE WORLD BANK GROUP. MARCH 25, 2020. Joint Statement from the World Bank Group and the International Monetary Fund Regarding A Call to Action on the Debt of IDA Countries
WASHINGTON, March 25, 2020— The World Bank Group and International Monetary Fund have issued the following joint statement to the G20 concerning debt relief for the poorest countries:
The coronavirus outbreak is likely to have severe economic and social consequences for IDA countries, home to a quarter of the world’s population and two-thirds of the world’s population living in extreme poverty.
With immediate effect—and consistent with national laws of the creditor countries—the World Bank Group (WBG) and the International Monetary Fund (IMF) call on all official bilateral creditors to suspend debt payments from IDA countries that request forbearance. This will help with IDA countries’ immediate liquidity needs to tackle challenges posed by the coronavirus outbreak and allow time for an assessment of the crisis impact and financing needs for each country.
We invite G20 leaders to task the WBG and the IMF to make these assessments, including identifying the countries with unsustainable debt situations, and to prepare a proposal for comprehensive action by official bilateral creditors to address both the financing and debt relief needs of IDA countries. We will seek endorsement for the proposal at the Development Committee during the Spring Meetings (April 16/17).
The World Bank Group and the IMF believe it is imperative at this moment to provide a global sense of relief for developing countries as well as a strong signal to financial markets. The international community would welcome G20 support for this Call to Action.
IMF. March 23, 2020. IMF Managing Director Kristalina Georgieva’s Statement Following a G20 Ministerial Call on the Coronavirus Emergency
International Monetary Fund Managing Director Kristalina Georgieva made the following statement today following a conference call of G20 Finance Ministers and Central Bank Governors:
“The human costs of the Coronavirus pandemic are already immeasurable and all countries need to work together to protect people and limit the economic damage. This is a moment for solidarity—which was a major theme of the meeting today of the G20 Finance Ministers and Central Bank Governors.
“I emphasized three points in particular:
“First, the outlook for global growth: for 2020 it is negative—a recession at least as bad as during the global financial crisis or worse. But we expect recovery in 2021. To get there, it is paramount to prioritize containment and strengthen health systems—everywhere. The economic impact is and will be severe, but the faster the virus stops, the quicker and stronger the recovery will be.
“We strongly support the extraordinary fiscal actions many countries have already taken to boost health systems and protect affected workers and firms. We welcome the moves of major central banks to ease monetary policy. These bold efforts are not only in the interest of each country, but of the global economy as a whole. Even more will be needed, especially on the fiscal front.
“Second, advanced economies are generally in a better position to respond to the crisis, but many emerging markets and low-income countries face significant challenges. They are badly affected by outward capital flows, and domestic activity will be severely impacted as countries respond to the epidemic. Investors have already removed US$83 billion from emerging markets since the beginning of the crisis, the largest capital outflow ever recorded. We are particularly concerned about low-income countries in debt distress—an issue on which we are working closely with the World Bank.
“Third, what can we, the IMF, do to support our members?
- We are concentrating bilateral and multilateral surveillance on this crisis and policy actions to temper its impact.
- We will massively step up emergency finance—nearly 80 countries are requesting our help—and we are working closely with the other international financial institutions to provide a strong coordinated response.
- We are replenishing the Catastrophe Containment and Relief Trust to help the poorest countries. We welcome the pledges already made and call on others to join.
- We stand ready to deploy all our US$1 trillion lending capacity.
- And we are looking at other available options. Several low- and middle-income countries have asked the IMF to make an SDR allocation, as we did during the Global Financial Crisis, and we are exploring this option with our membership.
- Major central banks have initiated bilateral swap lines with emerging market countries. As a global liquidity crunch takes hold, we need members to provide additional swap lines. Again, we will be exploring with our Executive Board and membership a possible proposal that would help facilitate a broader network of swap lines, including through an IMF-swap type facility.
“These are extraordinary circumstances. Many countries are already taking unprecedented measures. We at the IMF, working with all our member countries, will do the same. Let us stand together through this emergency to support all people across the world.”
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
ECONOMIA
MOODY'S. PORTAL G1. JORNAL VALOR ECONÔMICO. 25/03/2020. Moody’s revisa projeções para o G-20 e estima PIB negativo para o Brasil. Agência revisou suas projeções e agora vê uma baixa de 0,5% no PIB do G-20 neste ano, seguido de um crescimento de 3,2% em 2021.
Sem precedentes na história, o choque do coronavírus na atividade deve resultar em uma contração das 20 maiores economias do mundo, incluindo o Brasil. A agência de classificação de riscos Moody’s revisou suas projeções e agora vê uma baixa de 0,5% no PIB do G-20 neste ano, seguido de um crescimento de 3,2% em 2021.
“As economias do G-20 sofrerão um choque sem precedentes no primeiro semestre deste ano e terão uma contração em 2020 como um todo, antes de uma retomada em 2021”, dizem os analistas da agência em relatório. De fato, o número para este ano é bem diferente das estimativas publicadas em novembro de 2019, quando a Moody’s esperava expansão de 2,6% em 2020.
No caso do Brasil, a agência agora projeta uma contração de 1,6% em 2020, seguida de um crescimento de 2,7% em 2021. Com isso, reverte a expectativa de expansão para este ano de quase 2% mantida até o começo de março. Por aqui, o efeito mais duro também virá no primeiro semestre, quando a economia deve ter uma contração de 3,5%.
“O governo e o Banco Central têm anunciado algumas medidas para mitigar o impacto econômico e apoiar as empresas e segmentos vulneráveis da sociedade. No entanto, o déficit fiscal e a dívida relativamente alta estão restringindo a capacidade do governo de fornecer uma resposta fiscal mais forte. Nós, portanto, esperamos um efeito significativamente negativo sobre o emprego e o crescimento”, alertam os analistas da agência sobre a situação do país.
Falando de forma geral sobre o mundo emergente, os analistas afirmam que “a falta de redes de segurança social, fraca capacidade de fornecer apoio adequado a empresas e famílias e deficiências inerentes em muitos dos principais mercados emergentes devem amplificar os efeitos do choque induzido pelo coronavírus”.
Além disso, os emergentes com mercados de capitais relativamente abertos permanecem vulneráveis ao sentimento de risco do mercado financeiro, uma vez que as perspectivas de crescimento estão se deteriorando. “Como resultado, as recuperações em muitas das economias de mercados emergentes provavelmente serão relativamente mais amenas do que as economias avançadas e a China”, acrescentam.
Na avaliação da Moody’s, as economias emergentes do G-20 terão contração de 1,9% em 2020 e crescimento de 4,7% em 2021. Dentre elas, a China terá baixa de 3,3% neste ano e alta de 6% em 2021. Já as economias desenvolvidas sofrerão contração de 2% em 2020, com retomada de 2,2% no ano seguinte. Maior economia do mundo, os EUA também verão uma baixa de 2% neste ano, seguida de crescimento de 2,3% em 2021.
COMÉRCIO VAREJISTA
FGV. IBRE. 25/03/20. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem do Comércio. Confiança do Comércio recua em março
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas caiu 11,7 pontos em março, a maior queda em toda a série iniciada em abril de 2010. O ICOM passou de 99,8 para 88,1 pontos, o menor valor desde agosto de 2017 (85,6 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 2,9 pontos.
“A queda da confiança do comércio em março é um primeiro sinal do impacto da pandemia de coronavírus no setor. A forte queda foi decorrente da revisão de expectativas por parte dos empresários, que se mostram preocupados com o rumo dos negócios nos próximos meses. Por outro lado, a melhora do Índice de Situação Atual foi tímida e concentrada em alguns segmentos, como hiper e supermercados e artigos farmacêuticos. No curto prazo, a expectativa ainda é de redução do ritmo de vendas principalmente nesse período onde há necessidade de fechamento do comércio e isolamento dos consumidores“, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Em março, a confiança caiu em todos os 6 segmentos. A piora do índice foi influenciada pela forte queda do Índice de Expectativas (IE-COM), que despencou 24,3 pontos, a maior queda do índice. O IE-COM caiu em todos os segmentos, e atingiu 82,7 pontos, o menor valor desde maio de 2016 (80,9 pontos). A forte redução do mês foi influenciada tanto pela deterioração das expectativas em relação as vendas e a tendência dos negócios nos próximos meses em todos os segmentos, mas mais forte no comercio de veículos e moveis e eletrodomésticos.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,3 ponto, saindo de 92,6 para 93,9 pontos. A melhora do ISA-COM ocorreu pela evolução positiva do indicador que mede o volume de demanda atual, que avançou 6,1 pontos, ao passar de 91,5 para 97,6 pontos.
Primeiro trimestre volta a apresentar queda
Apesar de apresentar resultados positivos nos últimos trimestres de 2019, a confiança caiu no primeiro trimestre de 2020. A queda foi intensificada pelo forte recuo das expectativas, mesmo antes do impacto do coronavirus no Brasil e registram a preocupação dos empresários do setor com os próximos meses. “Além das expectativas, o ISA-COM também voltou a cair depois de dois trimestres de alta, mostrando que mesmo antes do coronavírus, o setor já vinha em ritmo lento de recuperação” continua Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/confianca-do-comercio-recua-em-marco.htm
SETOR EXTERNO
BACEN. 25 Março 2020. BC divulga Estatísticas do Setor Externo com os dados atualizados até fevereiro de 2020.
1. Balanço de pagamentos

Em fevereiro de 2020, o déficit em transações correntes totalizou US$3,9 bilhões, ante déficit de US$3,3 bilhões no mesmo mês de 2019. A elevação de US$570 milhões no déficit decorreu da redução de US$154 milhões no superávit da balança comercial de bens, de maiores déficits nas contas de serviços (US$239 milhões) e de renda primária (US$224 milhões), e de elevação dos ingressos líquidos de renda secundária (US$47 milhões). O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em fevereiro de 2020 somou US$52,9 bilhões (2,91% do PIB), ante US$52,3 bilhões (2,86% do PIB), em janeiro de 2020.

As exportações de bens totalizaram US$16,4 bilhões em fevereiro, aumento de 4,0% em relação ao mês correspondente de 2019. Na mesma base de comparação, as importações de bens aumentaram 6,0%, para US$13,9 bilhões. Na comparação entre os primeiros bimestres de 2020 e 2019, as exportações reduziram 8,6% para US$30,9 bilhões, enquanto as importações aumentaram 2,9%, também totalizando US$30,9 bilhões. A contração do saldo comercial, de superávit de US$3,7 bilhões no primeiro bimestre de 2019, para déficit de US45 milhões no período homólogo de 2020, determinou a ampliação do déficit em transações correntes no período.
O déficit na conta de serviços atingiu US$2,6 bilhões no mês, 10,2% superior ao resultado de fevereiro de 2019, US$2,4 bilhões. Destacaram-se o incremento na despesa líquida de aluguel de equipamentos, de US$937 milhões para US$1,5 bilhão, e a redução nas despesas líquidas de viagens, de US$760 milhões para US$ 403 milhões.
Em fevereiro de 2020, o déficit em renda primária aumentou 6,1% na comparação com fevereiro de 2019, somando US$3,9 bilhões. Os gastos líquidos com juros somaram US$1,4 bilhão no mês, aumento de 35,3% na comparação interanual, com incremento de despesas e estabilidade nas receitas. As despesas líquidas de lucros e dividendos somaram US$2,5 bilhões, redução de 6,1% ante fevereiro de 2019.

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$6,0 bilhões no mês, ante US$7,7 bilhões em fevereiro de 2019. O fluxo foi composto por ingressos líquidos de US$2,3 bilhões em participação no capital e de US$3,7 bilhões em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em fevereiro de 2020, o IDP totalizou US$76,7 bilhões, correspondendo a 4,22% do PIB, em comparação a US$78,3 bilhões (4,28% do PIB) no mês anterior.

No mês, a saída líquida de investimento em portfólio no mercado doméstico somou US$3,4 bilhões, com saídas líquidas de US$4,5 bilhões em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$1,1 bilhão em títulos de dívida. No primeiro bimestre de 2020 houve saídas líquidas de US$1,9 bilhão em instrumentos de portfólio negociados no mercado doméstico, comparativamente a ingressos líquidos de US$10,7 bilhões observados em período similar, em 2019.
2. Reservas internacionais
O estoque de reservas internacionais atingiu US$362,5 bilhões em fevereiro de 2020. O incremento de US$3,1 bilhões nesse estoque, relativamente à posição de janeiro, decorreu principalmente da variação por preço, que gerou ganhos de US$2,5 bilhões. A receita de juros adicionou US$549 milhões ao estoque, enquanto a variação por paridades contribuiu para reduzi-lo em US$460 milhões. No primeiro bimestre de 2020, os ganhos com preço de títulos acumulam US$4,6 bilhões.
3. Posição de Investimento Internacional (PII)
A PII apresenta, a cada data-base, os estoques de ativos e passivos financeiros entre residentes e não residentes no país. A diferença entre esses estoques é denominada PII líquida, com valores negativos expressando o maior volume de investimentos de não residentes realizados no país, quando comparados aos efetuados no exterior por residentes.
Os ativos da PII somaram US$892,5 bilhões na posição de dezembro de 2020, destacando-se as reservas internacionais, US$356,9 bilhões, e a posição de investimento direto no exterior, US$399,9 bilhões. Os passivos da PII atingiram US$1,6 trilhão, dos quais a posição de IDP representou mais da metade, US$819,5 bilhões. A PII líquida de dezembro de 2020, portanto, foi devedora em US$731,9 bilhões, equivalente a 39,8% do PIB.
A PII líquida devedora de fevereiro de 2019 foi estimada em US$588,3 bilhões (32,3% do PIB). Comparativamente a dezembro de 2019, a posição tornou-se menos devedora em US$143,6 bilhões, dos quais US$139,2 bilhões correspondentes à redução do estoque de passivos. A depreciação da moeda doméstica reduziu o estoque de passivos externos denominados em moeda nacional, tais como IDP – Participação no capital e títulos e ações negociados no mercado interno. A variação de preço também contribuiu para reduzir o estoque desses passivos.

4. Estimativas e parciais
Devido à suspensão da entrevista coletiva para a divulgação das estatísticas do setor externo, as estimativas e as parciais para o corrente mês passam a ser informadas no texto da Nota para a Imprensa.
Para o mês de março, a estimativa para o resultado em transações correntes é de déficit de US$1 bilhão, enquanto a de IDP é de ingressos líquidos de US$7 bilhões.
As parciais para o mês de março, até o dia 23, são apresentadas nas tabelas a seguir:


DOCUMENTO: https://www.bcb.gov.br/content/estatisticas/docs_estatisticassetorexterno/Nota%20para%20a%20imprensa%20-%20Estat%C3%ADsticas%20Setor%20Externo.pdf
CONTAS PÚBLICAS
MEconomia. STN. 25 DE MARÇO DE 2020. Dívida pública federal sobe 1,22% em fevereiro, diz Tesouro
BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal do Brasil subiu 1,22% em fevereiro sobre janeiro, a 4,281 trilhões de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.
No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve avanço de 1,05%, a 4,1 trilhões de reais.
Em apresentação divulgada à imprensa, o Tesouro destacou que, em março, os mercado internacionais operam com aversão ao risco diante de preocupações com impactos econômicos do coronavírus e crise do petróleo.
“Devido às incertezas internas e externas, juros locais operaram com volatilidade, sem referência de preço”, disse o Tesouro, afirmando que, por isso, anunciou ação conjunta com o Banco Central.
Por Marcela Ayres
MEconomia. REUTERS. 25 DE MARÇO DE 2020. Quadro fiscal dificulta grande anúncio econômico para coronavírus, diz Sachsida
BRASÍLIA (Reuters) - As medidas econômicas para enfrentamento do coronavírus sairão em fases, indicou nesta quarta-feira o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, pontuando que, diferentemente de países como Estados Unidos e Alemanha, o Brasil não tem estrutura fiscal para anunciar um grande pacote de uma vez só.
“É difícil para nós fazer grande anúncio, se a gente errar não tem outro”, disse ele, em conversa organizada pela Necton Investimentos. “Adotamos estratégia em ondas”, acrescentou.
Sachsida afirmou que esse norte foi baseado na imprevisibilidade acerca da duração da crise. O secretário ressaltou ainda que nenhuma medida da equipe econômica vai além de 2020, se encerrando em três meses ou no máximo até o final do ano.
O secretário disse ainda que o governo já revisou suas projeções fiscais e estima que déficit primário ficará por volta de 200 bilhões de reais em 2020.
Por Marcela Ayres
MEconomia. STN. 24/03/2020. Número de investidores cadastrados no Tesouro Direto supera os 6 milhões em fevereiro. Total de investidores ativos cresce e valor de aplicações de até R$ 1 mil atinge 68,11%, maior percentual da história
O total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, atingiu a marca de 1.213.399 pessoas em fevereiro. No mês passado, 2.276 investidores tornaram-se ativos, um crescimento de 0,19% em relação ao mês anterior. Já o número de investidores cadastrados no programa cresceu em 217.056, ou 3,65% na comparação com janeiro, atingindo a marca de 6.162.853 pessoas.
Operações de Investimento
Foram realizadas 292.479 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no valor total de R$ 1,39 bilhão em fevereiro. Durante o mês, os resgates foram de R$ 2,35 bilhões, sendo R$ 2,20 bilhões em recompras e R$ 156,15 milhões em vencimentos. Dessa forma, houve resgate líquido de R$ 960,55 milhões. O valor médio por operação foi de R$ 4.765,18. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 68,11% das operações de investimento no mês, maior percentual da série histórica.
Os títulos mais demandados pelos investidores foram os títulos indexados à taxa Selic (Tesouro Selic) que totalizaram R$ 764,06 milhões, representando 54,82% das vendas. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram, em vendas, R$ 452,60 milhões e corresponderam a 32,47% do total, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 177,06 milhões em vendas, ou 12,71% do total.
Nas recompras (resgates antecipados), predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 1,09 bilhão (49,67%). Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 826,78 milhões (37,61%), os prefixados, R$ 279,50 milhões (12,72%).
Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 5 e 10 anos, que alcançaram 68,39% do total. Em seguida, as aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 21,98%, enquanto os títulos com vencimento de 1 a 5 anos corresponderam a 9,63% do total.
Estoque
Em fevereiro de 2020, o estoque do programa fechou em R$ 58,80 bilhões, uma redução de 0,84% em relação ao mês anterior (R$ 59,30 bilhões).
Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 28,92 bilhões, ou 49,19% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 19,65 bilhões (33,42%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 10,23 bilhões, com 17,39% do total.
Quanto ao perfil de vencimento dos títulos em estoque, a parcela com vencimento em até 1 ano fechou o mês em R$ 2,75 bilhões, ou 4,67% do total. A parcela do estoque vincendo de 1 a 5 anos foi de R$ 29,80 bilhões (50,69%) e o percentual acima de 5 anos somou R$ 26,25 bilhões (44,64%).
Balanço do Tesouro Direto: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/balanco-do-tesouro-direto-btd
INFLAÇÃO
IBGE. 25/03/2020. IPCA-15 varia 0,02% em março
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,02% em março, o menor resultado para o mês de março desde o início do Plano Real (1994), e ficou 0,20 ponto percentual (p.p.)abaixo da taxa de fevereiro (0,22%). Em 2019, a taxa para março havia sido de 0,54%. O índice acumula no ano alta de 0,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,67%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram deflação em março. Já o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 0,95%, abaixo da taxa de 1,18% registrada em março de 2019.
| Período | TAXA |
|---|---|
| Março de 2020 | 0,02% |
| Fevereiro de 2020 | 0,22% |
| Março de 2019 | 0,54% |
| Acumulado no ano | 0,95% |
| Acumulado nos últimos 12 meses | 3,67% |
Transportes (-0,80%) foi o grupo responsável pela maior contribuição negativa no IPCA-15 de março, com -0,17 p.p. Além disso, o grupo Habitação (-0,28%) também registrou variação negativa, contribuindo com -0,04 p.p. No lado das altas, o grupo Saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação (0,84%) e o maior impacto positivo (0,11 p.p.) no índice do mês. Destacam-se, ainda, os grupos Alimentação e bebidas (0,35% e 0,07 p.p.) e Educação (0,61% e 0,04 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,22% de Vestuário e o 0,33% de Comunicação.
| IPCA-15 e IPCA-E - Variação e impacto nos grupos | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Grupo | Variação Mensal (%) | Impacto | Variação Acumulada (%) | |||
| (p.p.) | ||||||
| Janeiro | Fevereiro | Março | Março | Trimestre | 12 meses | |
| Índice Geral | 0,71 | 0,22 | 0,02 | 0,02 | 0,95 | 3,67 |
| Alimentação e Bebidas | 1,83 | -0,10 | 0,35 | 0,07 | 2,08 | 4,32 |
| Habitação | -0,14 | 0,07 | -0,28 | -0,04 | -0,35 | 3,53 |
| Artigos de Residência | -0,01 | 0,17 | -0,05 | 0,00 | 0,11 | -0,58 |
| Vestuário | 0,10 | -0,83 | -0,22 | -0,01 | -0,95 | 1,31 |
| Transportes | 0,92 | 0,20 | -0,80 | -0,17 | 0,32 | 2,97 |
| Saúde e Cuidados Pessoais | 0,35 | -0,29 | 0,84 | 0,11 | 0,90 | 5,11 |
| Despesas Pessoais | 0,47 | 0,31 | 0,03 | 0,00 | 0,80 | 4,42 |
| Educação | 0,23 | 3,61 | 0,61 | 0,04 | 4,48 | 5,10 |
| Comunicação | 0,02 | 0,02 | 0,33 | 0,02 | 0,37 | 1,44 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. | ||||||
A queda no grupo dos Transportes (-0,80%) ocorreu principalmente por conta das passagens aéreas (-16,88%), que tiveram queda de preços pelo terceiro mês consecutivo (-6,45% em janeiro e -6,68% em fevereiro). Os combustíveis, que haviam apresentado alta de 0,49% em fevereiro, registraram variação de -1,19% no mês de março, com as quedas da gasolina (-1,18%), do etanol (-1,06%), do óleo diesel (-1,95%) e do gás veicular (-0,89%). A partir de 13 de março, passou a valer a redução anunciada pela Petrobras, nas refinarias, de 9,50% nos preços da gasolina e de 6,50% nos preços do diesel.
Ainda em Transportes, destacam-se os reajustes nas passagens dos ônibus intermunicipais (1,26%) nas seguintes áreas: Rio de Janeiro (4,80%) – reajuste médio de 4,74%, a partir de 17 de fevereiro; Salvador (1,50%) – reajustes entre 0,60% e 1,20% no valor das tarifas de embarque, a partir de 7 de fevereiro; São Paulo (1,55%) – reajustes variando entre 4,85% e 6,47% nas passagens, vigentes desde 26 de janeiro.
A variação no subitem ônibus urbano (0,06%), por sua vez, decorre do reajuste de 5,00% no preço das passagens em Salvador (0,75%), com vigência a partir de 12 de março. Já o resultado do subitem trem (0,49%) é consequência do reajuste de 2,17% nas passagens no Rio de Janeiro (1,29%), válido desde 2 de fevereiro.
Em Habitação (-0,28%), a queda é explicada principalmente pelo item energia elétrica
(-1,30%). Em março, permanece em vigor a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Houve reajuste nas tarifas de duas concessionárias de energia no Rio de Janeiro (-0,99%), a partir de 15 de março. As áreas apresentaram variações que foram desde a queda de 3,50% em Goiânia, onde houve redução de PIS/COFINS e da contribuição de iluminação pública, até a alta de 0,83% em Fortaleza.
A variação positiva do item gás encanado (0,06%) é consequência da alta de 5,26% em Curitiba, por conta do reajuste a partir de 3 de fevereiro, que não havia sido apropriado no IPCA-15 do mês anterior. No Rio de Janeiro (-0,74%) e em São Paulo (-0,40%), houve reduções tarifárias. No primeiro caso, a redução foi de -1,20%, válida a partir de 1º de fevereiro e, no segundo, o reajuste foi de -0,85%, com vigência a partir de 2 de março.
No lado das altas, a maior contribuição positiva (0,11 p.p.) veio do grupo Saúde e Cuidados pessoais (0,84%), refletindo altas nos itens de higiene pessoal (2,36% e 0,09 p.p.). Os perfumes e os produtos para pele subiram 5,10% e 4,37%, respectivamente. O item plano de saúde variou 0,60% e contribuiu com 0,02 p.p. no IPCA-15 de março.
O grupo Alimentação e Bebidas (0,35%) também apresentou alta em março, após queda de 0,10% no mês anterior. A alimentação no domicílio, que havia registrado queda em fevereiro (-0,32%), subiu 0,49% em março, influenciada pelas altas da cenoura (23,92%), do ovo de galinha (5,10%), do tomate (4,93%) e do leite longa vida (1,37%). Além disso, as carnes (-1,81%) apresentaram queda menos intensa em relação a fevereiro (-5,04%).
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio (0,03%), observou-se desaceleração na comparação com o mês anterior (0,38%). Enquanto o lanche apresentou alta de 0,39%, a refeição apresentou queda de 0,08%, após alta de 0,66% no IPCA-15 de fevereiro.
Cinco das onze regiões pesquisadas apresentaram deflação em março. Conforme mostra a tabela a seguir, o menor índice foi registrado no município de Goiânia (-0,50%), influenciado pelas quedas da energia elétrica (-3,50%) e da gasolina (-3,11%). O maior índice foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (0,44%), em função das altas de 2,33% dos itens de higiene pessoal e de 24,57% nos preços do tomate.
| IPCA-15 e IPCA-E - Variação nas regiões | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | |||
| Janeiro | Fevereiro | Março | Trimestre | 12 Meses | ||
| Fortaleza | 3,88 | 0,86 | 0,48 | 0,44 | 1,79 | 4,78 |
| Belo Horizonte | 10,04 | 0,52 | 0,42 | 0,23 | 1,17 | 3,50 |
| Porto Alegre | 8,61 | 0,60 | 0,38 | -0,20 | 0,78 | 3,73 |
| Goiânia | 4,96 | 0,52 | 0,29 | -0,50 | 0,30 | 3,40 |
| São Paulo | 33,45 | 0,90 | 0,28 | -0,03 | 1,15 | 4,12 |
| Brasília | 4,84 | 0,29 | 0,19 | -0,02 | 0,46 | 3,28 |
| Recife | 4,71 | 0,78 | 0,13 | 0,32 | 1,24 | 3,34 |
| Salvador | 7,19 | 0,89 | 0,07 | 0,10 | 1,07 | 3,63 |
| Belém | 4,46 | 1,13 | 0,03 | 0,05 | 1,20 | 4,55 |
| Curitiba | 8,09 | 0,53 | -0,03 | 0,13 | 0,63 | 3,76 |
| Rio de Janeiro | 9,77 | 0,47 | -0,03 | -0,03 | 0,42 | 2,41 |
| Brasil | 100,00 | 0,71 | 0,22 | 0,02 | 0,95 | 3,67 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. | ||||||
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 16 de março de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro a 11 de fevereiro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Passagens aéreas seguram IPCA-15, que tem menor março desde início do Plano Real. Preços das passagens aéreas caíram pelo terceiro mês seguido, recuando -16,88% em março
Influenciada pela retração de 16,88% no preço das passagens aéreas, a prévia da inflação de março registrou 0,02%, o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994. O item representou o maior impacto negativo, contribuindo com -0,11 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (25) pelo IBGE.
Com o resultado, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado trimestralmente) ficou em 0,95%. Em 12 meses, o índice alcançou 3,67%, abaixo dos 4,21% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Além das passagens aéreas, que tiveram preços menores pelo terceiro mês consecutivo (-6,45%, em janeiro, e -6,68%, em fevereiro), as quedas da gasolina (-1,18%), do etanol (-1,06%), do óleo diesel (-1,95%) e do gás veicular (-0,89%), nos combustíveis (-1,19%), também influenciaram o resultado do grupo Transportes (-0,80%). Este grupo, que tem o maior peso no consumo das famílias, apresentou a maior deflação no mês.
IPCA-15 - Variação mensal (%)
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Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
Em Habitação (-0,28%), a queda é explicada principalmente pelo item energia elétrica (-1,30%), já que permanece em vigor a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional nas contas de luz.
No lado das altas, a maior contribuição positiva (0,11 p.p.) veio do grupo Saúde e Cuidados pessoais (0,84%), cujo resultado refletiu o aumento de preços nos itens de higiene pessoal (2,36%). E do item plano de saúde, que variou 0,60% e contribuiu com 0,02 p.p. no IPCA-15 de março.
Após queda de 0,10% em fevereiro, o grupo de Alimentação e Bebidas, que responde pelo segundo maior peso no consumo das famílias, apresentou alta de 0,35% em março. A alimentação no domicílio, que havia registrado queda em fevereiro (-0,32%), subiu 0,49% em março, influenciada pelas altas da cenoura (23,92%), do ovo de galinha (5,10%), do tomate (4,93%) e do leite longa vida (1,37%). Além disso, as carnes (-1,81%) apresentaram queda menos intensa em relação a fevereiro (-5,04%).
Os preços que compõem o IPCA-15 de março foram totalmente obtidos por coleta presencial entre 12 de fevereiro e 16 de março. Em função do quadro de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19), adaptações metodológicas estão sendo consideradas pelo IBGE, de modo que a próxima divulgação do índice seja baseada em coletas online e por telefone.
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/27200-ipca-15-varia-0-02-em-marco
SERVIÇOS
IBGE. 25/03/2020. Setor de serviços cresce 0,6% em janeiro
Em janeiro de 2020, o setor de serviços no Brasil mostrou expansão de 0,6% frente a dezembro de 2019, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, em relação a janeiro de 2019, o volume de serviços avançou 1,8% em janeiro de 2020, alcançando sua quinta taxa positiva consecutiva. No acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 1,0% em janeiro de 2020, repetiu-se o resultado de dezembro último e manteve-se a trajetória ascendente iniciada em setembro de 2019 (0,7%).
| Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Janeiro de 2020 | ||
|---|---|---|
| Período | Variação (%) | |
| Volume | Receita Nominal | |
| Janeiro 20 / Dezembro 19* | 0,6 | -0,3 |
| Janeiro 20 / Janeiro 19 | 1,8 | 4,3 |
| Acumulado Janeiro-Janeiro | 1,8 | 4,3 |
| Acumulado nos Últimos 12 Meses | 1,0 | 4,4 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal | ||
A expansão de 0,6% do volume de serviços, na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que avançou 2,8%, recuperando a perda (-2,8%) acumulada nos dois últimos meses de 2019.
Os demais avanços vieram dos setores de outros serviços (1,2%), que acumulou ganho de 7,6% entre setembro de 2019 e janeiro de 2020; de serviços prestados às famílias (0,7%), que recuperou parte da perda de 2,1% verificada entre novembro e dezembro; e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%), que não conseguiu reverter a queda de dezembro de 2019 (-1,8%).
Em sentido oposto, o único o resultado negativo veio de serviços de informação e comunicação: -0,9%, eliminando, assim, o acréscimo de 0,3% verificado no mês anterior.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o volume de serviços apontou estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em janeiro de 2020 frente ao nível do mês anterior, repetindo o resultado do mês de dezembro de 2019 (0,0%). O ramo de outros serviços (2,2%) assinalou a única alta no período, mantendo os ganhos de ritmo frente a novembro (1,0%) e dezembro (1,8%).
Por outro lado, três atividades recuaram no trimestre encerrado em janeiro de 2020. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,5%) emplacaram a segunda taxa negativa seguida. Já os de informação e comunicação (-0,4%), interromperam o comportamento positivo verificado desde maio de 2019.
Ainda na comparação por trimestre móvel, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,0%) assinalou estabilidade após apontar decréscimo em dezembro de 2019 (-0,4%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 1,8% em janeiro de 2020, com expansão em todas as cinco atividades e em 50,6% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre as atividades, os ramos de outros serviços (10,0%) e de serviços de informação e comunicação (2,0%) exerceram as contribuições positivas mais relevantes em janeiro de 2020, impulsionados, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de serviços financeiros auxiliares, no primeiro ramo; e de serviços de TI, de TV aberta e de edição e impressão de livros didáticos, no último setor.
Os demais avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,9%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,9%) e de serviços prestados às famílias (0,3%).
| Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Janeiro 2020 - Variação (%) | ||||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
| NOV | DEZ | JAN | NOV | DEZ | JAN | JAN-NOV | JAN-DEZ | JAN-JAN | Até NOV | Até DEZ | Até JAN | |
| Volume de Serviços - Brasil | -0,1 | -0,5 | 0,6 | 1,9 | 1,5 | 1,8 | 0,9 | 1,0 | 1,8 | 0,9 | 1,0 | 1,0 |
| 1. Serviços prestados às famílias | -1,9 | -0,2 | 0,7 | 0,8 | -1,6 | 0,3 | 3,2 | 2,8 | 0,3 | 3,2 | 2,8 | 2,4 |
| 1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -2,1 | 0,4 | 0,2 | 1,2 | -0,9 | 0,5 | 3,4 | 3,0 | 0,5 | 3,5 | 3,0 | 2,6 |
| 1.2 Outros serviços prestados às famílias | -0,7 | -5,4 | 5,2 | -1,4 | -6,0 | -1,3 | 2,3 | 1,5 | -1,3 | 1,8 | 1,5 | 1,3 |
| 2. Serviços de informação e comunicação | -0,5 | 0,3 | -0,9 | 3,9 | 3,1 | 2,0 | 3,3 | 3,2 | 2,0 | 3,2 | 3,2 | 3,1 |
| 2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,2 | 0,5 | -1,2 | 3,2 | 3,2 | 1,5 | 3,7 | 3,7 | 1,5 | 3,7 | 3,7 | 3,4 |
| 2.1.1 Telecomunicações | 0,1 | -1,0 | -0,2 | -1,2 | -2,0 | -4,0 | -0,8 | -0,9 | -4,0 | -0,9 | -0,9 | -1,3 |
| 2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 0,4 | 4,2 | -2,2 | 12,1 | 11,4 | 12,9 | 13,2 | 13,0 | 12,9 | 13,6 | 13,0 | 13,0 |
| 2.2 Serviços audiovisuais | -2,1 | -0,6 | -0,6 | 8,3 | 2,6 | 5,2 | 0,3 | 0,5 | 5,2 | -0,3 | 0,5 | 1,4 |
| 3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,0 | -1,8 | 0,1 | 3,1 | 1,6 | 0,9 | 0,5 | 0,6 | 0,9 | 0,1 | 0,6 | 0,7 |
| 3.1 Serviços técnico-profissionais | -0,4 | -3,2 | 0,1 | 14,2 | 6,9 | 3,7 | 2,4 | 2,9 | 3,7 | 1,2 | 2,9 | 3,3 |
| 3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,5 | -1,0 | 0,3 | -0,7 | -0,4 | 0,0 | -0,2 | -0,2 | 0,0 | -0,3 | -0,2 | -0,2 |
| 4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,7 | -2,1 | 2,8 | -1,8 | -1,7 | 0,9 | -2,6 | -2,5 | 0,9 | -2,4 | -2,5 | -2,5 |
| 4.1 Transporte terrestre | -2,2 | -4,6 | 4,0 | -2,4 | -6,8 | -3,2 | -2,4 | -2,8 | -3,2 | -2,1 | -2,8 | -3,1 |
| 4.2 Transporte aquaviário | 1,5 | -1,5 | 5,2 | 5,1 | 3,2 | 9,9 | 2,6 | 2,7 | 9,9 | 2,4 | 2,7 | 3,3 |
| 4.3 Transporte aéreo | -3,1 | 9,1 | 0,2 | -2,1 | 12,6 | 8,7 | -6,8 | -5,3 | 8,7 | -6,2 | -5,3 | -5,0 |
| 4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -1,2 | 0,3 | 0,6 | -2,1 | 2,3 | 3,4 | -2,9 | -2,5 | 3,4 | -2,9 | -2,5 | -2,0 |
| 5. Outros serviços | 2,2 | 3,3 | 1,2 | 6,6 | 11,5 | 10,0 | 5,3 | 5,9 | 10,0 | 5,0 | 5,9 | 6,2 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores | ||||||||||||
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em janeiro de 2020, em relação ao mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (0,6%) observado no Brasil na série ajustada sazonalmente. Os destaques positivos foram Distrito Federal (7,4%), Mato Grosso (14,1%), Minas Gerais (2,2%) e Pernambuco (6,7%). Já os principais resultados negativos vieram de São Paulo (-0,3%), do Rio Grande do Sul (-1,6%) e do Rio de Janeiro (-0,4%).
Na comparação com janeiro de 2019, o avanço do volume de serviços no Brasil (1,8%) foi acompanhado por apenas 11 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (3,3%), seguido por Rio de Janeiro (3,3%), Distrito Federal (5,0%) e Amazonas (10,5%). Já as influências negativas mais importantes vieram do Rio Grande do Sul (-3,5%), da Bahia (-3,6%) e do Mato Grosso (-5,8%).
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
O índice de atividades turísticas apontou variação negativa de 0,3% na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020, após avançar 1,9% em dezembro de 2019. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam este movimento de retração observado no Brasil, com destaque para o recuo vindo de São Paulo (-2,6%), seguido por Minas Gerais (-2,1%) e Espírito Santo (-3,8%).
Em sentido contrário, os principais resultados positivos vieram do Rio de Janeiro (2,9%), do Paraná (6,8%) e de Pernambuco (3,6%).
Na comparação janeiro de 2020 frente a janeiro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 3,4%, quinta taxa positiva seguida, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros e de locação de automóveis. Em sentido oposto, o segmento de restaurantes apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística.
Em termos regionais, ainda na comparação com janeiro do ano anterior, 10 das 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para o Rio de Janeiro (9,8%), seguido por São Paulo (0,9%) e Paraná (5,5%).
Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram do Espírito Santo (-5,3%) e do Distrito Federal (-2,1%).
Após dois meses de queda, volume de serviços cresce 0,6% em janeiro. Crescimento de 2,8% do setor de transportes puxou alta do volume de serviços em janeiro
O volume de serviços no Brasil cresceu 0,6% em janeiro, após dois meses seguidos de queda, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (25) pelo IBGE. A alta foi puxada pelo setor de transportes, serviços auxiliares e correio, que avançou 2,8% na passagem de dezembro para janeiro, recuperando a perda nos últimos dois meses de 2019.
Em comparação com janeiro do ano passado, o volume de serviços cresceu 1,8%, alcançando a quinta taxa positiva consecutiva. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o avanço foi de 1%.
Volume de serviços (mês/mês anterior)
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Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Serviços
“O setor de transporte, que é o segundo maior peso entre os cinco setores investigados, foi impulsionado pelos transportes ferroviários e rodoviários de carga. Eles estão inseridos no transporte terrestre, que avançou 4% em janeiro, também depois de dois resultados negativos consecutivos”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destacando que o transporte de carga sofre influência do setor industrial, que cresceu 0,9% em janeiro.
Quatro das cinco atividades investigadas na pesquisa tiveram resultado positivo. Além do setor de transportes, tiveram altas outros serviços (1,2%), serviços prestados às famílias (0,7%) e serviços profissionais administrativos e complementares (0,1%). O único setor a apresentar queda no período foi o de informação e comunicação (-0,9%).
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação acompanharam o crescimento verificado no país. São Paulo e Rio de Janeiro, que juntos somam quase 60% de todo o volume de serviços, tiveram queda de 0,3% e 0,4%, respectivamente, na comparação com dezembro.
“Com isso, os destaques positivos vieram do Distrito Federal, com avanço de 7,4%, seguido por Mato Grosso, com avanço de 14,1%, Minas Gerais, que cresceu 2,2% e, por último, Pernambuco, avançando 6,7% frente a dezembro de 2019”, conta Rodrigo.
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/27184-setor-de-servicos-cresce-0-6-em-janeiro
INDÚSTRIA
CNI. 25/03/2020. Imposto de Renda 2020: CNI pede ampliação do prazo de entrega para 31 de julho. A Confederação entende que o isolamento da população contra o coronavírus dificulta a obtenção dos documentos necessários para o preenchimento das declarações do IRPF
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, propôs a prorrogação do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), por 90 dias, período para que a economia volte à normalidade e para que os contribuintes tenham condições de obter todos os documentos necessários para preencher suas declarações de forma correta.
A sugestão foi encaminhada, por meio de carta, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto. Se aceita, a entrega da declaração passaria de 30 de abril para 31 de julho de 2020.
A CNI leva em consideração a propagação comunitária do Covid-19, as medidas de urgência adotadas para diminuir as contaminações pela doença, como a necessidade de isolamento social e de quarentena, e o fato de diversas categorias profissionais estarem inteiramente dedicadas a reduzir os efeitos negativos do coronavírus.
Adiamento do IRPF busca evitar sobrecarga de categorias profissionais
Além disso, segundo a carta, as restrições de movimentação e convívio social podem causar dificuldades para o preenchimento correto das declarações e ter impactos financeiros negativos sobre as pessoas decorrentes do preenchimento inadequado ou extemporâneo da declaração.
"A medida tem o objetivo, sobretudo, de evitar uma sobrecarga para as diversas categorias profissionais que vêm se dedicando a garantir o regular funcionamento de atividades essenciais para que a sociedade brasileira consiga atravessar a grave crise que enfrenta, em decorrência da pandemia da covid-19", afirma Robson Braga de Andrade na carta.
Esse pedido se soma à proposta da CNI de adiamento, por 90 dias, do pagamento de todos os tributos federais das empresas e da apresentação das obrigações acessórias, enviada a autoridades do governo federal e do Congresso Nacional, em 18 de março de 2020.
AGRICULTURA
CNA. PORTAL G1. REUTERS. 25/03/2020. CNA quer mais prazo para o pagamento de empréstimos rurais e alerta para desafios do coronavírus. Confederação afirma que medida ajudaria a evitar correria de pequenos e médios produtores aos bancos.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que medidas para combater o coronavírus, como o isolamento social e o fechamento de bares e restaurantes, têm impactado severamente produtores de bens perecíveis, como hortaliças, frutas, pecuária leiteira e flores, e enviou nesta quarta-feira ao governo solicitação para prorrogação de parcelas de financiamentos.
"O objetivo das medidas (pedidas pela entidade) é dar um fôlego para o pessoal conseguir se manter na atividade, eles terão queda de receita e os custos continuarão elevados", disse o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, à Reuters.
Segundo ele, a entidade, uma das principais do agronegócio, enviou ofício aos ministérios da Agricultura e da Economia com as reivindicações, que incluem a prorrogação automática de parcelas, o que evitaria que produtores pequenos e médios tenham que ir aos bancos.
A confederação pede a prorrogação de parcelas de financiamentos vencidas e a vencer em 2020, além de adiamentos dos contratos de custeio por seis meses, sem incidência de juros e correção monetária. Quer ainda a suspensão da necessidade de produtores registrarem em cartórios operações de crédito, para que eles não tenham de se deslocar até as cidades.
A entidade não detalhou o montante total das parcelas que poderiam ser prorrogadas. Mas as prorrogações seriam automáticas para produtores cuja soma de contratos totalizem R$ 1,5 milhão, e as medidas não deveriam comprometer os limites de crédito para a safra 2020/21.
A CNA ainda quer prorrogação do prazo para entrega do imposto de renda para a atividade rural, entre outros pedidos tributários.
Desafios
O superintendente técnico da CNA disse que produtores de grãos, cujos preços estão historicamente elevados – a categoria trabalha com produtos que podem ser armazenados por mais tempo – têm outro problemas, como a contratação de transporte e manutenção de equipamentos, uma vez que muitas lojas de autopeças fecharam em função da medidas contra a doença.
Ele comentou ainda que entidade conversa com governos locais para evitar problemas operacionais ao produtor, além de eventual falta de mão de obra para colheitas.
"Os problemas deles são outros – produtores de grãos, café, açúcar, o problema é escoar a produção. No caso de grãos, está tendo dificuldades, tem algumas barreiras para a contratação de transporte", disse.
"Peças, as lojas de autopeças estão fechadas... no caso de café e cana, tem a questão do transporte dos trabalhadores", disse ele, lembrando que a colheita de cana já começou e a de café terá início brevemente.
"Temos conversado com prefeituras para reduzir a densidade nos ônibus e para não proibir o transporte, alguns estão colocando ônibus extras, ampliando refeitórios e dormitórios, mas precisamos ter diálogo com autoridades municipais, principalmente para que a gente consiga dar fluidez para a colheita."
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LGCJ.: