US ECONOMICS
ECONOMY
THE WHITE HOUSE. CEA. February 20, 2020. ECONOMY & JOBS. Council of Economic Advisers. The Trump Economy Benefits Historically-Disadvantaged Americans
The U.S. labor market is the strongest it has been in the last half century, as President Trump’s pro-growth economic policies continue boosting labor demand and lowering structural barriers to entering the labor market. Economic data presented in the 2020 Economic Report of the President, which was released today, show that recent labor market gains disproportionately benefit Americans who were previously left behind.
Since the 2016 election, the economy has added 7 million jobs, far exceeding the 2.0 million predicted by the Congressional Budget Office in its final pre-2016 election forecast. Under the Trump Administration, and for the first time on record, there are more job openings than unemployed people. In 2019, the U.S. unemployment rate has reached 3.5 percent, the lowest rate in five decades. Falling unemployment reduced the share of the population on unemployment insurance to the lowest level since recording began in 1967. Importantly, the African American unemployment rate has hit the lowest level on record, and series lows have also been matched or achieved for Asian Americans, Hispanic Americans, American Indians or Alaskan Natives, veterans, those without a high school degree, and persons with disabilities, among others.
Record-low unemployment rates are being set even as people are coming off the labor market’s sidelines. At the end of 2019, nearly three-quarters of people entering employment came from out of the labor force—the highest rate on record. And the prime-age labor force is growing under President Trump (+2.2 million), reversing losses under the prior administration’s expansion period (-1.5 million).
The Trump Administration’s policies are not only leading to more jobs but also to higher pay. While nominal wage growth for all private-sector workers has been at or above 3 percent for a year and a half, wage growth for many historically-disadvantaged groups is now higher than wage growth for more historically-advantaged groups—reversing trends observed over the Obama Administration’s expansion period, as shown in the figure below.

The benefits of a strong labor market are widespread. Net worth held by the bottom 50 percent of households has increased by 47 percent under President Trump—more than three times the rate of increase for the top 1 percent of households. To put these gains into perspective, the growth in wealth for the bottom half of households under the Trump Administration is roughly three times the Federal spending on Supplemental Nutrition Assistance Program (SNAP or food stamps) from 2017 through 2019.

Additionally, by promoting economic freedom, major deregulatory actions under the Trump Administration will further increase household incomes and lower inequality. Because of regulatory reform, the average American family will save $3,100 a year once recent reforms are fully in effect.
Rather than overregulating, the Trump Administration supports private-sector innovation and investment in the energy sector, which leads to tangible benefits for all Americans. For example, gains in shale drilling productivity have led to lower prices for natural gas, gasoline, electricity, and oil—saving the average American family of four $2,500 a year. Notably, shale-driven savings represent a much larger percentage of income for the poorest fifth of households (6.8 percent) than for the richest fifth (1.3 percent). This is the case with most instances of deregulation. For example, savings from deregulation of prescription drugs and internet access as a share of household income are eight times greater for the bottom fifth of households than for the top fifth.
A booming job market and more money in Americans’ pockets continue pulling people out of poverty and off means-tested welfare programs. Over the first two years of the Trump Administration, the number of people living in poverty decreased by about 2.5 million—including nearly 1 million children of single mothers—and the poverty rates for African Americans and Hispanic Americans are at record lows. Food insecurity has fallen, and there are nearly 7 million fewer people participating in SNAP than there were at the time of the 2016 election. The caseload for TANF has fallen by more than 900,000 individuals, and the number of individuals on Social Security Disability Insurance has fallen by almost 400,000 since the 2016 election. Similarly, Medicaid & CHIP enrollment reported by States is down by 3 million.
There are still barriers that prevent lower-income workers from realizing the full benefits of the strong labor market. The Trump Administration is reducing these barriers to both labor demand and supply by incentivizing private investment in disadvantaged areas through Opportunity Zones, making housing more affordable, and combatting the opioid crisis. Successful reforms in these areas will grow the economy by ensuring that all American households can benefit from strong, sustained economic growth.
Contrary to the discredited narrative that the Trump economy only benefits the rich, economic evidence confirms that the President’s policies allow historically-disadvantaged Americans to lift up themselves and their families. In other words, today’s economy is proof that pro-growth policies are the best way to deliver inclusive growth to Americans of all backgrounds.
2020 Economic Report of the President: https://www.whitehouse.gov/wp-content/uploads/2020/02/2020-Economic-Report-of-the-President-WHCEA.pdf
THE WHITE HOUSE. REUTERS. 20 DE FEVEREIRO DE 2020. Economista de Trump diz que 'incerteza' de disputas comerciais atingiu investimento empresarial
Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - Uma desaceleração no crescimento dos Estados Unidos no ano passado deveu-se, pelo menos em parte, às batalhas comerciais globais do presidente Donald Trump e seu consequente impacto no investimento das empresas, disse o principal economista do governo norte-americano nesta quinta-feira em uma perspectiva para os próximos anos.
“Uma vez que renegociamos os acordos comerciais, vimos incertezas no mercado e o investimento foi afetado”, disse Tomas Philipson, presidente em exercício do Conselho de Assessores Econômicos, em entrevista a jornalistas sobre o Relatório Econômico anual do Presidente.
Philipson disse que o Conselho fez apenas estimativas internas do impacto, mas encaminhou os jornalistas a um estudo do Federal Reserve que disse que a incerteza comercial pode ter reduzido o crescimento nos PIBs dos EUA e do mundo em até 1%.
Trump culpa o Fed pela desaceleração da economia de uma taxa de crescimento anualizada de 2,9% em 2018 para 2,3% no ano passado, e o banco central norte-americano reduziu os juros três vezes para impulsionar a economia.
Mas as autoridades citaram os riscos relacionados ao comércio como uma das principais razões para os cortes de juros. Philipson concordou com Trump que é necessário confrontar a China sobre o comércio, mas disse que isso causou uma interrupção a curto prazo.
“Não sei se concordamos plenamente com o ponto quantitativo, mas com o qualitativo certamente concordamos ... É sabido que, se tivermos incerteza, o investimento é prejudicado”, afirmou Philipson.
Foi um raro reconhecimento público pelo governo dos custos da guerra comercial, caracterizada como amplamente benéfica para a economia dos EUA, apesar das questões persistentes sobre quem paga o preço de tarifas mais altas, se as cadeias de suprimentos globais serão reorganizadas em benefício da economia dos EUA e até se a China cumprirá os compromissos assumidos no âmbito da Fase 1 do acordo comercial.
Philipson disse esperar que o investimento se recupere este ano “se a incerteza diminuir, o que esperamos que aconteça”.
O relatório do Conselho projetou que o crescimento econômico dos EUA este ano atingirá 3,1% e continuará em 3% anualmente até 2024, desde que um conjunto completo de reformas sugeridas seja adotado, incluindo acordos comerciais, um plano de infraestrutura e regras de imigração que favoreçam trabalhadores mais qualificados.
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
INFLAÇÃO
IBGE. 20/02/2020. IPCA-15 fica em 0,22% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,22% em fevereiro, o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real (1994), e ficou 0,49 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de janeiro (0,71%). Em 2019, a taxa para fevereiro havia sido de 0,34%. O índice acumula no ano alta de 0,93% e, nos últimos 12 meses, de 4,21%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação em fevereiro.
Esta é a primeira divulgação do IPCA-15 com a nova estrutura de ponderação, obtida a partir dos resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.
| Período | TAXA |
|---|---|
| Fevereiro de 2020 | 0,22% |
| Janeiro de 2020 | 0,71% |
| Fevereiro de 2019 | 0,34% |
| Acumulado no ano | 0,93% |
| Acumulado nos 12 meses | 4,21% |
As menores variações vieram dos grupos Vestuário (-0,83%) e Saúde e cuidados pessoais (-0,29%), ambos com impacto de -0,04 p.p. no índice do mês. Além disso, o grupo Alimentação e bebidas (-0,10%) também registrou variação negativa, contribuindo com -0,02 p.p. Na outra ponta, o destaque entre as altas foi a Educação, que apresentou tanto a maior variação (3,61%) quanto o maior impacto (0,23 p.p.) no IPCA-15 de fevereiro, seguida pelos Transportes (0,20%). Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Comunicação e o 0,31% de Despesas pessoais, conforme mostra a tabela a seguir.
| IPCA-15 - Grupos - Variação e Impacto | ||||
|---|---|---|---|---|
| Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
| Janeiro | Fevereiro | Janeiro | Fevereiro | |
| Índice Geral | 0,71 | 0,22 | 0,71 | 0,22 |
| Alimentação e bebidas | 1,83 | -0,10 | 0,45 | -0,02 |
| Habitação | -0,14 | 0,07 | -0,02 | 0,01 |
| Artigos de residência | -0,01 | 0,17 | 0,00 | 0,01 |
| Vestuário | 0,10 | -0,83 | 0,01 | -0,04 |
| Transportes | 0,92 | 0,20 | 0,17 | 0,04 |
| Saúde e cuidados pessoais | 0,35 | -0,29 | 0,04 | -0,04 |
| Despesas pessoais | 0,47 | 0,31 | 0,05 | 0,03 |
| Educação | 0,23 | 3,61 | 0,01 | 0,23 |
| Comunicação | 0,02 | 0,02 | 0,00 | 0,00 |
| Fonte: IBGE, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. | ||||
Após apresentar leve alta no IPCA-15 de janeiro (0,10%), o grupo Vestuário registrou deflação de 0,83% em fevereiro, influenciado pelas quedas nos preços das roupas masculinas (-1,39%), roupas femininas (-0,83%) e roupas infantis (-0,71%). Já as joias e bijuterias (0,64%) tiveram alta pelo oitavo mês consecutivo, embora tenha havido desaceleração na comparação com o percentual de janeiro (1,03%).
A queda em Saúde e cuidados pessoais (-0,29%), se deve principalmente aos itens de higiene pessoal (-1,71%), onde foi observado recuo em perfumes (-5,06%) e em produtos para pele (-1,30%). Já o maior impacto positivo no grupo veio do item plano de saúde (0,60%), que contribuiu com 0,02 p.p. no índice do mês.
O grupo Alimentação e bebidas (-0,10%) também recuou em fevereiro, devido à queda no preço das carnes (-5,04% no mês), que foi responsável pelo impacto negativo mais intenso no mês (-0,13 p.p.). Por outro lado, houve alta nos preços do tomate (28,96%) e da batata-inglesa (5,23%), que já haviam subido em janeiro.
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio (0,38%), houve desaceleração em relação ao mês anterior (0,99%). Enquanto a refeição apresentou alta de 0,66%, o lanche registrou variação negativa (-0,25%), após alta de 1,30% em janeiro.
Mas a maior contribuição no índice do mês (0,23 p.p.) veio do grupo Educação (3,61%), cujo resultado reflete os reajustes frequentemente praticados no início do ano letivo, em especial dos cursos regulares (4,36%), item responsável pelo maior impacto individual positivo no IPCA-15 de fevereiro, com 0,20 p.p. Os cursos diversos (2,71%) também subiram, contribuindo com 0,02 p.p.
Já a desaceleração no grupo dos Transportes (0,20%) ocorreu principalmente por conta dos combustíveis, que passaram de uma alta de 2,96% em janeiro para 0,49% em fevereiro. Os preços da gasolina (0,21%), do etanol (2,69%) e do óleo diesel (0,04%) subiram menos que no mês anterior (2,64%, 4,98% e 1,47%, respectivamente). No lado das quedas, a maior contribuição negativa (-0,05 p.p.) veio das passagens aéreas (-6,68%), que caíram pelo segundo mês consecutivo (em janeiro, a variação foi de -6,45%).
Ainda em Transportes, destacam-se os aumentos nas tarifas dos ônibus urbanos (0,79%), principalmente em decorrência dos reajustes de 10,00% em Brasília, vigente desde o dia 13 de janeiro, e de 2,32% em São Paulo, em vigor desde 1º de janeiro. Os mesmos reajustes foram aplicados também às passagens de trem e metrô. Já a variação do item táxi (0,30%) é decorrente do reajuste médio de 2,20% nas tarifas praticadas no Rio de Janeiro (1,34%), vigentes desde 2 de janeiro. Também houve reajustes nas passagens dos ônibus intermunicipais (2,04%) em Salvador (0,28%), São Paulo (4,25%) e Belo Horizonte (5,15%).
Em Habitação (0,07%), destaca-se a mudança de bandeira tarifária no item energia elétrica (-0,12%). Em janeiro, estava em vigor a bandeira amarela, que adiciona R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos; já em fevereiro, passou a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. As áreas apresentaram variações que foram desde a queda de 1,32% no Rio de Janeiro até a alta de 2,09% em Goiânia.
Houve também alta de 0,28% no gás encanado, que foi consequência do resultado de 0,94% observado no Rio de Janeiro, onde houve aumento de 2,45% nas tarifas no dia 1º de janeiro - apesar da redução de 1,20% aplicada a partir de 1º de fevereiro. A taxa de água e esgoto (0,02%), por sua vez, apresentou variação por conta do reajuste de 18% ocorrido em Belém (0,91%), vigente desde 14 de dezembro.
No que concerne aos índices regionais, duas das onze regiões pesquisadas apresentaram deflação em fevereiro. Conforme mostra a tabela a seguir, as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Curitiba apresentaram queda de 0,03%.
No Rio de Janeiro, o resultado foi influenciado principalmente pela queda nos preços das carnes (-10,40%). Já em Curitiba, além das carnes (-3,45%), as passagens aéreas (-11,71%) também contribuíram significativamente para o resultado do mês. O maior índice foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (0,48%), influenciado pelas altas de 5,86% dos cursos regulares e de 44,33% nos preços do tomate.
| IPCA-15 - Regiões | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
| Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
| Fortaleza | 3,88 | 0,86 | 0,48 | 1,35 | 5,27 |
| Belo Horizonte | 10,04 | 0,52 | 0,42 | 0,94 | 3,71 |
| Porto Alegre | 8,61 | 0,60 | 0,38 | 0,98 | 4,50 |
| Goiânia | 4,96 | 0,52 | 0,29 | 0,81 | 4,69 |
| São Paulo | 33,45 | 0,90 | 0,28 | 1,18 | 4,74 |
| Brasília | 4,84 | 0,29 | 0,19 | 0,49 | 3,91 |
| Recife | 4,71 | 0,78 | 0,13 | 0,92 | 3,67 |
| Salvador | 7,19 | 0,89 | 0,07 | 0,97 | 3,82 |
| Belém | 4,46 | 1,13 | 0,03 | 1,16 | 5,29 |
| Curitiba | 8,09 | 0,53 | -0,03 | 0,50 | 3,98 |
| Rio de Janeiro | 9,77 | 0,47 | -0,03 | 0,44 | 3,03 |
| Brasil | 100,00 | 0,71 | 0,22 | 0,93 | 4,21 |
| Fonte: IBGE, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. | |||||
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de dezembro de 2019 a 14 de janeiro de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
IPCA-15 desacelera para 0,22%, menor resultado para fevereiro desde 1994. Após 4 meses de altas, preços das carnes recuam e puxam índice de inflação para baixo
Com quedas nos preços das carnes (-5,04%) e das passagens aéreas (-6,68%), a prévia da inflação de fevereiro ficou em 0,22% no mês. Esse é o menor resultado para fevereiro desde o início do Plano Real, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (20) pelo IBGE. O resultado mostra desaceleração na inflação que, no ano, acumula alta de 0,93%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, três apresentaram deflação em fevereiro: Vestuário (-0,83%), Saúde e cuidados pessoais (-0,29%) e Alimentação e bebidas (-0,10%). A queda nos preços das carnes (-5,04%), após quatro meses de altas (acumulado de 27,95%), teve grande impacto na prévia da inflação de fevereiro. Roupas, perfumes e itens de higiene pessoal também pesaram menos no bolso do consumidor.
Por outro lado, ficou mais caro para estudar. A Educação teve alta de 3,61%, refletindo os reajustes normalmente praticados no início do ano letivo, em especial dos cursos regulares (4,36%). Além disso, os Transportes tiveram variação positiva de 0,20%, puxada, principalmente, por reajustes de tarifas de ônibus urbanos, trem e metrô em diversas localidades. Já o preço das passagens aéreas (-6,68%) caiu pelo segundo mês consecutivo (em janeiro, a variação foi de -6,45%).
IPCA-15 - Variação mensal (%)
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Os preços da gasolina (0,21%), do etanol (2,69%) e do óleo diesel (0,04%) subiram menos que no mês anterior (2,64%, 4,98% e 1,47%, respectivamente). O gás encanado subiu 0,28%, influenciado pela alta de 0,94% no Rio de Janeiro, onde houve aumento (2,45%) nas tarifas no dia 1º de janeiro e redução (1,20%) a partir de 1º de fevereiro.
Já a conta de energia elétrica diminuiu em média 0,12% com a mudança de bandeira tarifária. Em janeiro, estava em vigor a bandeira amarela, que adiciona R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos; já em fevereiro, passou a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.
Nos índices regionais, duas das onze regiões pesquisadas apresentaram deflação em fevereiro: as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Curitiba (-0,03%). No Rio de Janeiro, o resultado foi influenciado principalmente pela queda nos preços das carnes (-10,40%). Já em Curitiba, além das carnes (-3,45%), as passagens aéreas (-11,71%) também contribuíram significativamente para o resultado do mês. O maior índice foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (0,48%), influenciado pelas altas de 5,86% dos cursos regulares e de 44,33% nos preços do tomate.
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/26937-ipca-15-fica-em-0-22-em-fevereiro
FGV. IBRE. 20/02/20. Sondagens e Índices de Confiança. Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros fica estável em fevereiro
A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses ficou estável em fevereiro em 5,0%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 0,1 ponto percentual.
“Apesar da elevação da expectativa de inflação dos consumidores na faixa de renda mais baixa, o resultado da mediana sugere que as expectativas estejam bem ancoradas, principalmente quando analisamos a trajetória de estabilidade consistente dos consumidores na faixa de renda mais alta, que historicamente erram menos em suas previsões”, afirma Renata de Mello Franco, economista da FGV IBRE.
Analisando a frequência da inflação prevista por faixas de respostas, a parcela dos consumidores que projetam valores dentro dos limites inferior e superior da meta de inflação (entre 2,5% e 5,5%) aumentou pelo segundo mês consecutivo, de 64,7% em janeiro para 65,9% em fevereiro, a maior parcela nos últimos seis meses. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,5%) para 2020 diminuiu de 30,2% para 29,2%, a menor parcela nos últimos seis meses.
Na análise por faixas de renda, apenas para as famílias com renda até R$ 2,1 mil houve aumento das expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes, de 5,8% para 6,3%. No outro extremo, para os consumidores com renda acima de R$ 9,6 mil, a expectativa segue em 4,0% desde setembro de 2019.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/a-expectativa-de-inflacao-dos-consumidores-brasileiros-fica-estavel-em-fevereiro.htm
FGV. IBRE. 20/02/20. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem do Consumidor. Confiança do Consumidor recua em fevereiro
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,6 pontos em fevereiro, para 87,8 pontos, o menor valor desde maio de 2019. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,6 ponto.
“A perda de confiança pelo segundo mês consecutivo decorre de piora nas expectativas para os próximos meses. Apesar da reversão da piora na percepção sobre a situação no momento ocorrida no mês passado, há ainda um longo caminho de recuperação. As perspectivas menos favoráveis sobre a situação financeira familiar dos consumidores de renda mais baixa estão relacionadas ao mercado de trabalho, e para os consumidores com renda mais alta, ao aumento de incerteza econômica, e à alta do câmbio, levando-os a postergar consumo”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Em fevereiro, as avaliações sobre o presente melhoraram enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 2,2 pontos, para 80,9 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015 (81,6 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu pelo segundo mês consecutivo, variando -5,7 pontos de janeiro para fevereiro, retornando ao mesmo patamar de julho de 2018 (93,2 pontos).
Entre os quesitos que integram o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses, pelo segundo mês consecutivo, foi o que mais influenciou na queda da confiança ao cair 12,0 pontos, para 64,3 pontos, o menor nível desde dezembro de 2016 (63,4 pontos), acumulando perda de 17,4 pontos nos últimos dois meses.
O resultado parece estar sendo influenciado por uma revisão das expectativas em relação a economia nos próximos meses e um menor otimismo com relação a situação financeira das famílias e do emprego. O indicador que mede as perspectivas sobre as finanças familiares piorou pelo segundo mês consecutivo, com queda de 1,7 ponto para 99,2 pontos, retornando para nível abaixo do neutro. O indicador que mede as expectativas sobre economia nos próximos meses recuou 2,6 pontos, após três meses de alta, mas ainda se mantem em patamar superior aos 100 pontos.
Houve perda de confiança para consumidores de todas as classes de renda, principalmente para aqueles com renda familiar mensal acima de R$ 9,6 mil, cujo índice de confiança recuou 3,0 pontos. Com exceção das famílias de menor poder aquisitivo (até R$ 2,1 mil), a queda do ICC foi influenciada pela redução no ímpeto de compra de bens duráveis.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/confianca-do-consumidor-recua-em-fevereiro.htm
INDÚSTRIA
CNI. 20/02/2020. Atividade da indústria em janeiro foi melhor do que em anos anteriores. Sondagem Industrial mostra que os empresários continuam otimistas e esperam aumento da demanda, das exportações, da compra de matérias-primas e do emprego nos próximos seis meses
A indústria brasileira começou 2020 com a atividade mais aquecida do que no mesmo mês dos últimos quatro anos. A utilização da capacidade instalada alcançou 67% no mês em janeiro. “O percentual se iguala ao registrado em janeiro de 2015 e supera todos os outros observados no mesmo mês dos anos subsequentes (2016 a 2019).
Por outro lado, o percentual é inferior ao registrado em meses de janeiro de anos anteriores à recente crise, entre 2011 e 2014 (70% em média)”, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta quinta-feira (20), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os índices de evolução da produção e de emprego ficaram estáveis em relação a dezembro, ambos muito próximos dos 50 pontos. O indicador de produção ficou em 49,9 pontos em janeiro. “Usualmente, o índice fica abaixo da linha divisória em janeiro, ou seja, mostra queda da produção na comparação com dezembro do ano anterior”, analisa a pesquisa.
“Tomadas em conjunto, as informações da Sondagem Industrial de janeiro sugerem uma atividade melhor do que a registrada nos meses de janeiro dos últimos quatro anos. Adicionalmente, há a expectativa que a produção aumente nos próximos meses, uma vez que há a necessidade de recomposição dos estoques”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Nas grandes empresas, os dois indicadores ficaram acima dos 50 pontos. Considerando somente empresas de grande porte, o índice de produção ficou em 52,5 pontos e, o de emprego, em 51 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram aumento da produção e do emprego.
O índice de evolução do nível de estoques da indústria em relação ao planejado ficou em 49,1 pontos em janeiro. Foi o terceiro mês consecutivo em que o indicador ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os estoques estão inferiores ao planejado pelos empresários.

Os empresários mantêm o otimismo. Todos os indicadores de expectativas continuam acima dos 50 pontos. Isso indica que os industriais esperam o aumento da demanda, das exportações, da compra de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.
A intenção de investimentos recuou 0,5 ponto em relação a janeiro e ficou em 58,7 pontos neste mês. Apesar da queda, que interrompe uma sequência de quatro altas consecutivas, o índice permanece em patamar elevado. “Excetuando-se o valor de janeiro, o índice é o maior desde fevereiro de 2014, quando alcançou 59,5 pontos”, diz a pesquisa.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 3 e 12 de fevereiro com 1.915 empresas. Dessas, 763 são pequenas, 673 são médias e 479 são de grande porte.
Sondagem Industrial. Atividade industrial em janeiro é maior que a de anos anteriores
A atividade industrial se encontra mais aquecida que o observado no mesmo mês dos últimos anos. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 67%, acima do registrado no mesmo mês dos quatro anos anteriores. As expectativas mostram grande otimismo e elevada intenção de investir.

DOCUMENTO: https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/9b/46/9b4679b7-2edd-491e-9d7b-eba1fb7c0a79/sondagemindustrial_janeiro2020.pdf
CNI. 19/02/2020. Confiança do empresário cai 0,5 ponto neste mês. Apesar da queda em relação a janeiro, o ICEI está 10 pontos acima da média histórica. Pesquisa mensal, da CNI, foi feita com 2.393 indústrias de todo o país
Depois de três altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 0,5 ponto percentual em relação a janeiro e ficou em 64,8 pontos em fevereiro. Mesmo assim, o indicador está 10 pontos acima da média histórica e é 0,3 ponto maior do que o registrado em fevereiro de 2019, informa a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (19), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
“A confiança permanece elevada. Isso significa que os empresários continuam dispostos a aumentar a produção, as contratações e os investimentos”, observa o economista da CNI Marcelo Azevedo.
A queda na confiança é resultado da redução da percepção sobre as condições atuais e das estimativas para os próximos seis meses sobre as condições da economia e das empresas.
O índice geral de condições atuais das empresas e da economia diminuiu 0,6 ponto frente a janeiro e ficou em 58,4 pontos neste mês. O índice de expectativas para os próximos seis meses recuou 0,5 ponto e ficou em 67,9 pontos. Azevedo destaca que a queda na confiança se deve mais à mudança da percepção dos empresários com relação às condições atuais e futuras da economia brasileira do que sobre as próprias empresas.
“Enquanto os índices relacionados à empresa, seja relativo à avaliação das condições atuais seja às expectativas, recuaram menos de meio ponto entre janeiro e fevereiro, os índices relacionados à economia brasileira registraram quedas de mais de um ponto. Cabe ressaltar, no entanto, que todos os indicadores continuam acima da linha divisória dos 50 pontos, o que mostra percepção de melhora nas condições atuais e nas expectativas, das empresas e da economia”, afirma o economista.

Confiança aumentou nas pequenas empresas e diminuiu nas grandes
De acordo com a pesquisa, a confiança aumentou levemente nas pequenas empresas e diminuiu nas médias e nas grandes. Em fevereiro frente a janeiro, o ICEI caiu 0,5 ponto nas indústrias de médio porte. Nas grandes, a queda foi de 0,9 ponto. Nas pequenas, o aumento foi de 0,2 ponto na comparação mensal. Mesmo com a queda mais acentuada, a confiança ainda é maior nas grandes empresas, segmento em que o ICEI foi de 65,5 pontos neste mês, acima da média nacional.
Além disso, a pesquisa mostra que a confiança aumentou 0,9 ponto e passou para 65,5 pontos entre os empresários da região Centro-Oeste. Nas demais regiões, o indicador recuou. No Sudeste, a queda foi de 0,9 ponto e o ICEI ficou em 63,7 pontos em fevereiro. No Nordeste, a retração foi de 0,7 ponto e o indicador caiu para 63,8 pontos.
Esta edição do ICEI foi feita entre 3 e 12 de fevereiro com 2.393 empresas. Dessas, 931 são pequenas, 875 são médias e 587 são de grande porte.
ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial. Confiança recua meio ponto em fevereiro
O ICEI recuou 0,5 ponto entre janeiro e fevereiro de 2020, de 65,3 pontos para 64,8 pontos. O recuo interrompe sequência de três meses consecutivos de crescimento. O ICEI de fevereiro de 2020 encontra-se 10 pontos acima da média histórica e 0,3 ponto acima do registrado em fevereiro de 2019.

DOCUMENTO: https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/9d/04/9d042128-f738-44cd-a3a0-69ba8fc65ad1/indicedeconfiancadoempresarioindustrial_fevereiro2020_v1.pdf
CRÉDITO
BACEN. 20 Fevereiro 2020. BC reduz compulsório sobre depósitos a prazo e aperfeiçoa requerimento prudencial do indicador de Liquidez de Curto Prazo
O BC reduziu a alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%. Em termos de estoque, a redução da alíquota representa uma liberação de R$49 bilhões, com efeito a partir de 16 de março. A medida faz parte da Agenda BC#, no pilar competitividade, no âmbito da ação “redução estrutural dos recolhimentos compulsórios”.
Concomitantemente, o BC aumentou a parcela dos recolhimentos compulsórios considerados no LCR (Indicador de Liquidez de Curto Prazo), o que significa uma redução estimada em outros R$86 bilhões na necessidade de as instituições carregarem outros ativos líquidos de alta qualidade (High Quality Liquid Assets - HQLA) necessários para o cumprimento do LCR. Essa medida vai na direção de reduzir a sobreposição entre estes instrumentos.
Em decorrência das duas medidas, o percentual de cada nova captação de depósito que a instituição financeira deve direcionar para o cumprimento desses requisitos regulatórios deve se reduzir em média em 8,5 pontos percentuais.
A Crise Financeira Internacional de 2008 evidenciou que o risco de liquidez, notadamente nos sistemas financeiros das economias avançadas, não estava devidamente mitigado. Como aperfeiçoamento das regras prudenciais, foi introduzido o indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR), que passou a ser adotado no Brasil em outubro de 2015.
Sob a perspectiva de estabilidade financeira, os recolhimentos compulsórios sobre recursos a prazo, em certas circunstâncias, podem servir a propósitos similares aos do LCR, apesar de serem instrumentos distintos. O LCR determina que as instituições devem manter uma reserva mínima de ativos líquidos para absorverem choques em cenários de estresse de liquidez. Os recolhimentos compulsórios podem, por sua vez, servir como mecanismo de incentivo à redistribuição de liquidez no sistema e de suporte à estabilidade financeira, como ocorreu ao longo da última década.
O BC ressalta que as medidas são consistentes com as regras prudenciais internacionalmente recomendadas e a manutenção da estabilidade financeira do Sistema Financeiro Nacional,apenas mitigando sobreposições entre os instrumentos.
Não obstante a alteração e o constante acompanhamento dos efeitos da regulação na estabilidade e na eficiência do SFN para a sociedade, o BC reforça a necessidade de avançar na operacionalização das Linhas Financeiras de Liquidez para se alcançar níveis estruturalmente mais baixos de compulsório.
Circular nº 3.986 e a Circular nº 3.987: https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/16983/nota
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
FGV. IBRE. 20/02/20. ICOMEX: exportações não encontram um cenário favorável no início de 2020
A balança comercial de janeiro registrou déficit de US$ 1,7 bilhão, após consecutivos superávits neste mesmo mês desde 2016. É prematuro fazer projeções com base no resultado de um único mês. No entanto, novos acontecimentos em janeiro sinalizam e reforçam a tendência de uma redução no déficit da balança comercial para 2020.
O primeiro, já mencionado no ICOMEX de janeiro se refere a questão do acordo entre a China e os Estados Unidos. Reforçamos a projeção de que haverá perdas nas exportações de soja, mas o principal risco são as perdas potenciais nas exportações de carnes, devido às medidas do acordo EUA-China de facilitação de comércio com os Estados Unidos (concorrente do Brasil neste segmento) associadas às barreiras fitossanitárias.
A trégua na guerra comercial foi entendida como um fator positivo para o comércio mundial por diversos analistas. No entanto, consideramos que o acordo de “comércio administrado” por metas abre um precedente de risco para o equilíbrio do comércio mundial, ligado à diferença de poder entre os países. Que novos acordos podem ser esperados? O cenário é de incerteza.
Um fato novo é a epidemia do coronavírus na China. Projeções do crescimento chinês este ano sob o efeito dessa epidemia variam de 5% a 6%. O coronavírus, junto com os efeitos do acordo entre China e Estados Unidos, aponta uma queda nos preços das commodities para os próximos meses, e de recuo do volume importado pela China.
Estimativas de perdas para as exportações brasileiras são incertas, pois ainda não se sabe quanto tempo irá demorar para que o controle da epidemia do coronavírus esteja garantido. De qualquer forma, numa visão otimista, as exportações brasileiras para a China poderão recuar ao redor de 10/15%.
Outra questão é o efeito Argentina. É pouco provável que a economia argentina possa contribuir para o aumento das exportações brasileiras em 2020. Segundo as estimativas de Luana Miranda, analista econômica do IBRE/FGV, o efeito Argentina pode reduzir o crescimento brasileiro este ano de 2,5% para 2,2% (Blog do IBRE, 14/02/2020). O efeito argentino não é novo, mas o fato é que continuará a afetar as exportações de produtos manufaturados brasileiros. A construção de um clima de entendimento entre os dois países, com a visita do Ministro de Relações Exteriores da Argentina ao Brasil, levando à possiblidade de suspensão de medidas de licenças para importações, é um passo importante. No entanto, a recuperação das exportações brasileiras do setor automotivo depende de uma volta a um ciclo de crescimento na Argentina, possibilidade que não está num horizonte próximo, mesmo que o país acerte sua negociação com o Fundo Monetário Internacional.
Observa-se que para China foi registrado um déficit de US$ 1.566 milhões puxado por uma queda das exportações em valor de 8,8% explicada por um recuo de 2,5% no volume e de 6,4% nos preços. No caso das importações, a variação em volume foi positiva (3,4%), mas os preços caíram 3,8%.
A balança comercial com os Estados Unidos também foi deficitária (US$ 847 milhões) com queda nas exportações de 28,8% em valor e de 23,2%, em volume e 7,3% nos preços. Nas importações foi registrada uma variação positiva em valor (+8,7%), volume (+8,4%) e preços (+0,4%).
A Argentina entre os três principais parceiros foi o único mercado onde as trocas comerciais foram favoráveis ao Brasil com um pequeno superávit no valor de US$ 17,8 milhões. As exportações caíram 0,9% em valor, 0,2% em volume e 0,7% nos preços. Ressalta-se que a menor queda nas exportações em relação aos meses anteriores é explicada por uma venda superior a US$ 100 milhões de um tipo de álcool e de tratores. As importações recuaram em 17%(valor), volume (-13,6%) e preços (-3,7%).
Por último com a União Europeia o déficit foi de US$ 575 milhões, com recuo em valor nas exportações de 25%, no volume de 24,6% e nos preços de 0,6%, sempre sendo a base de comparação janeiro de 2020 em relação a janeiro de 2019. Nas importações, as compras brasileiras aumentaram 4,6% em valor, mas puxadas pelo aumento de preços (8,4%), pois o volume registrou queda de 3,7%. Em suma, a China teve a maior contribuição para o saldo comercial deficitário de janeiro.
Um quarto fato relevante é a desvalorização cambial, que prosseguiu neste início do ano e, em tese, provocaria uma reação positiva das exportações. Desde setembro de 2019 é identificada uma trajetória de desvalorização da taxa de câmbio efetiva real. Entre janeiro de 2020 e dezembro 2019, o câmbio desvaloriza em termos reais 5,2%. No entanto, setores exportadores, como o automotivo, são também setores que consomem insumos importados. Isso vale ainda para o setor farmacêutico, por exemplo. Além disso, a incerteza que permeia os rumos da taxa de câmbio refreia as decisões de compras e vendas no comércio exterior.
Em suma, diversos fatores, em evidência em janeiro, sugerem que o cenário para um aumento das exportações brasileiras não é promissor.
Principais indicadores do comércio exterior
Na comparação entre os meses de janeiro de 2020 e 2019, as exportações recuaram 19,8%, após sucessivos aumentos desde 2017. No caso das importações, também houve recuo, embora a queda das importações em janeiro (-1,3%) tenha sido menor que a das exportações.
O pior desempenho, em janeiro, das exportações em relação às importações é explicado pelos índices de volume: as exportações caíram 19,3% e as importações aumentaram 2,0%. Em relação aos preços, o maior recuo foi nas importações (-3,2%) comparado com as exportações (-0,6%). A piora das exportações abrangeu tanto as vendas das commodities (-12,1%) como das não commodities (-28,2%), em termos de volume. Quanto aos preços, as exportações de commodities registraram variação positiva de 1,2%.
Todos os setores da indústria registraram queda no volume exportado e nos preços, sendo o pior desempenho da extrativa (-28,6%). Na comparação entre de janeiro de 2019 com 2018, a variação em volume foi positiva para todos os setores. O mesmo resultado se aplica na comparação entre janeiro de 2018 e 2017, exceto para a indústria extrativa, mas com uma queda de 1,2%. A desaceleração do comércio mundial se reflete, portanto, nos indicadores de volume, nesse início de ano. No caso das importações, apenas a indústria de transformação mostrou variação positiva entre janeiro de 2019 e 2020. Quanto aos preços, os resultados não indicam uma tendência comum a todos os setores.
O resultado para as exportações e importações de bens de capital mudam se incluirmos ou não as plataformas de petróleo. Com as plataformas, as exportações recuam em 66,4% e sem as plataformas em 21,3%. No caso das importações, os resultados são: com plataformas (+4,8%); e sem plataformas (+12,5%).
Os bens de consumo duráveis, onde o comércio do setor automotivo tem participação elevada, tanto as importações como as exportações caíram, reflexo da desaceleração do comércio com a Argentina. Os não duráveis de consumo mostram variação positiva e os bens intermediários recuam nas exportações e ficam estáveis nas importações.
O setor agrícola aumentou suas compras de bens de capital em 77,3%, mas reduziu a de insumos (-8,1%). A indústria aumentou tanto as compras de bens de capital (4,9%) e como de bens intermediários (0,8). No caso da agricultura, o percentual elevado das importações de bens de capital deve ser um fato isolado no mês e não uma tendência a se repetir ao longo do ano.
Por último, o índice dos termos de troca mostra uma tendência de queda desde setembro que levou a um recuo de 3,7% entre a média móvel trimestral de setembro e de janeiro de 2020. Os acontecimentos do cenário internacional sugerem novas quedas nos termos de troca para os próximos meses.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/icomex-exportacoes-nao-encontram-um-cenario-favoravel-no-inicio-de-2020.htm
ARRECADAÇÃO
MEconomia. Fazenda. RFB. PORTAL G1. 20/02/2020. Arrecadação sobe 4,69% em janeiro e soma R$ 174,991 bilhões. Resultado é o melhor para o mês de janeiro da série histórica, iniciada em 1995. Em relação ao mês de dezembro de 2019, arrecadação teve alta real de 18,39%.
Por Laís Lis, G1 — Brasília
A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais somou R$ 174,991 bilhões em janeiro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela Receita Federal.
O valor representa uma alta real (descontada a inflação) de 4,69% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Segundo a Receita Federal, a arrecadação de janeiro foi a maior para o mês de toda a série histórica, iniciada em 1995.
Com relação ao mês de dezembro de 2019, a arrecadação teve uma alta real de 18,39%.
Em todo o ano de 2019, a arrecadação federal somou R$ 1,537 trilhão, um aumento real de 1,69% em relação a 2018.
MEconomia. Fazenda. RFB. REUTERS. 20 DE FEVEREIRO DE 2020. Arrecadação federal sobe 4,69% e tem melhor janeiro da série histórica
(Reuters) - A arrecadação do governo federal teve crescimento real de 4,69% em janeiro, a 174,991 bilhões de reais, no melhor dado para o mês da série histórica da Receita Federal, divulgou o órgão nesta quinta-feira.
O dado veio acima da expectativa de 167,1 bilhões de reais, em pesquisa da Reuters com analistas.
Por Marcela Ayres
GOVERNO
MEconomia. PORTAL G1. 20/02/2020. Governo começa a avaliar servidor em abril e planeja regulamentar demissão por baixo desempenho. Projeto-piloto no Ministério da Economia servirá de base para avaliação de todos os servidores. Norma atual não prevê dispensa por mau desempenho. Governo discutir a questão no Congresso.
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
O Ministério da Economia iniciará em abril um projeto-piloto de avaliação de servidores públicos no âmbito da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.
O programa será voltado a ocupantes de cargos DAS 4, 5 e 6 (mais bem remunerados), segundo portaria publicada no "Diário Oficial da União" na semana passada.
De acordo com o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart, 95 ocupantes de cargos no Ministério da Economia serão acompanhados por seis meses, e as avaliações serão baseadas em metas de desempenho e competência.
"O programa-piloto prevê a avaliação dos servidores durante seis meses, a contar do dia 7 de abril. Posteriormente, deverá ser estendido a todos os demais órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional", declarou.
Segundo Lenhart, o novo processo de avaliação não prevê a possibilidade de exoneração por insuficiência de desempenho. Ele defende, porém, que esse debate seja levado adiante no Congresso Nacional (veja detalhes mais abaixo).
Atualmente, o processo de avaliação do desempenho não funciona corretamente, de acordo com o secretário, porque, segundo ele, as avaliações dos servidores, feitas por outros servidores, têm registrado nota média de 9,8 numa escala que chega a 10.
"É uma mera formalidade. E isso é uma das coisas que a gente precisa mudar", declarou.
Lenhart afirma que o projeto quer "mudar a cultura" do serviço público. Segundo ele, quando se fala em gestão de desempenho, as pessoas relacionam com penalidade, mas o governo entende, neste primeiro momento, que isso deve ser feito no "sentido inverso", ou seja, dando reconhecimento ao bom servidor.
"Reconhecimento pode ser um bônus, mas pode ser outros tipos de reconhecimento. Incentivos, por exemplo. Para acessar determinados postos, vai ter a possibilidade de ter algum benefício, ou até uma vaga de garagem. Vai poder participar de cursos de formação. E, se o reconhecimento implicar em liderança, vai ter um aumento remuneratório", afirmou.
De acordo com o secretário, as mudanças no processo de avaliação serão implementadas nos próximos meses por meio de portarias ou decretos presidenciais. Por não se tratar de exoneração de servidores, esses atos legais não precisarão ser encaminhados ao Congresso.
Para Lucieni Pereira, presidente da Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, o princípio da eficiência no serviço público é constitucional e, por isso, avalia que não é possível se colocar contra uma avaliação dos servidores e da instituição sobre a prestação de serviços.
"Esse é um dos pontos mais desafiadores de qualquer órgão, seja público ou privado. Mas têm de haver meios impessoais de avaliação, e de fixação de objetivos possíveis. É preciso que a administração pública não permita que a avaliação seja um instrumento de perseguição, de viabilizar desvios pessoais em relação a integrantes da equipe", declarou.
Demissão por mau desempenho
Apesar de o governo não prever no programa a demissão de servidores públicos por mau desempenho, Lenhart defende que o tema seja debatido no Congresso, onde já há projetos em tramitação.
"Hoje, não tem possibilidade de exoneração por mau desempenho. Emenda aprovada em 1998 prevê esse desligamento, mas mediante lei complementar [que ainda não foi aprovada]", declarou.
Em 2017, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou regras que permitem a demissão de servidor público estável por "insuficiência de desempenho", aplicáveis a todos os poderes, nos níveis federal, estadual e municipal.
Em julho do ano passado, o texto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) com poucas alterações. A proposta ainda aguarda votação pelo plenário do Senado e, se aprovada, seguirá para análise da Câmara.
"Essa pauta [possibilidade de demissão de servidores por mau desempenho] está com o Legislativo. Já existe interesse de alguns. Esse tipo de tema precisa ser discutido pela sociedade, pelo Congresso, mas hoje o que está posto é que depende da manifestação do Congresso para definir se haverá ou não esse tipo de situação", declarou Lenhart.
No começo deste ano, o secretário-especial de Desburocratização do Ministério da Economia, Paulo Uebel, responsável no governo federal pela reforma administrativa, que ainda será encaminhada ao Congresso Nacional, defendeu em uma rede social a demissão de servidores por mau desempenho.
"O governo federal não demite servidores por baixo desempenho. Isso é uma vergonha e depõe contra os bons servidores. A reforma administrativa é fundamental para corrigir essa e outras distorções. O Poder Publico precisa dar exemplo", disse Uebel, na ocasião.
"O Governo Federal não demite servidores por baixo desempenho. Isso é uma vergonha e depõe contra os bons servidores. A reforma administrativa é fundamental para corrigir essa e outras distorções. O Poder Público precisa dar exemplo", afirmou Uebel na rede social.
Lucieni Pereira, presidente da AUD-TCU, disse que servidores que detêm atribuições exclusivas do Estado, como auditores do TCU, da Receita Federal, agentes e delegados da Polícia Federal, fiscais das agências reguladoras, entre outros, precisam ter independência para trabalhar e, por isso, também necessitam de "critérios e garantias especiais" no momento de sua avaliação.
"Ou a avaliação de desempenho acaba virando instrumento para evitar que um auditoria desenvolva sua função com independência (...) Não pode ter rotatividade nesses cargos. Tem de preservar interesse do Estado. Por isso é uma luta no Congresso [para regulamentar exoneração por insuficiência de desempenho], pois todos servidores querem se inserir nessas atividades", explicou a auditora do TCU.
Para assegurar que as garantias especiais sejam asseguradas às carreiras típicas de Estado, Lucieni Pereira avaliou que as metas predeterminadas precisam ser críveis, que as avaliações precisam ser feitas por integrantes de cada órgão e, depois, ainda passarem por uma corregedoria.
Processo de avaliação
O projeto-piloto de avaliação de servidores avaliará os funcionários públicos por metas individuais, com peso de 80% do resultado. Nesse caso, as metas estabelecidas serão pactuadas entre o servidor e o superior imediato e "elaboradas em consonância com o planejamento estratégico da unidade".
O restante da nota, com peso de 20%, se dará com base em "fatores de competência", que são:
- autodesenvolvimento;
- produtividade;
- relacionamento interpessoal;
- liderança;
- compromisso com resultados;
- adaptabilidade;
- inovação.
"Conforme for descendo na estrutura hierárquica, vai alterando percentual e dando um peso maior em relação às competências. Quanto for mais baixo o cargo, as competências vão ganhando mais peso", disse Lenhart.
A "competência" do servidor, nesse projeto-piloto, será avaliada por seu superior imediato (cerca 3/4 da nota) e por subordinados (restante), quando existirem, ocupantes de cargos em comissão DAS de níveis 4, 5 e 6.
Está prevista também a autoavaliação do servidor. Entretanto, segundo a portaria que regulamentou o projeto-piloto, a avaliação realizada pelo próprio avaliado "será apenas para fins de gestão, não compondo o cálculo de pontos no resultado final".
Pelas regras do programa, será oferecido um plano de capacitação para melhorar seu desempenho aos servidores que não atingirem 50% do resultado esperado.
"No entanto, o desempenho insuficiente [no projeto-piloto] não implicará a exoneração da função de confiança ou do cargo em comissão. Da mesma forma, o bom resultado não garante a manutenção no cargo ocupado", informou o Ministério da Economia.
PR. REUTERS. 20 DE FEVEREIRO DE 2020. Planalto decide adiar novamente envio de reforma administrativa ao Congresso
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O Palácio do Planalto decidiu adiar mais uma vez o envio do texto da reforma administrativa ao Congresso, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
A intenção inicial do presidente Jair Bolsonaro era que o texto fosse enviado até a quinta-feira, mas a avaliação é que ainda não está maduro.
Bolsonaro recebeu a proposta finalizada pela equipe econômica na terça-feira, mas ainda não bateu o martelo em todos os pontos.
O presidente tem uma preocupação com o impacto da reforma entre os funcionários públicos e segue repetindo que os atuais servidores não serão afetados, mas há o temor da repercussão da medida ainda assim e do que o presidente chama de “guerra da comunicação”.
No entanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem pressionado para que o Executivo envie logo a proposta, o que tem provocado tensões no governo. Guedes considera a medida essencial para a recuperação econômica.
ENERGIA
PETROBRAS. 19/02/2020. Petrobras tem lucro líquido de R$ 40 bilhões em 2019
Destaques do resultado de 2019:
- Lucro líquido e o EBITDA ajustado recordes de R$ 40,1 bilhões e R$ 129,2 bilhões, respectivamente.
- O EBITDA ajustado teve um crescimento de 12,5% em relação a 2018, devido aos menores custos de produção e menores contingências. O Lucro líquido teve um crescimento de 55,7% influenciado pelos ganhos de capitais com a venda de ativos.
- Em 2019, o índice dívida líquida/LTM EBITDA ajustado subiu para 2,46x versus 2,34x em 2018, devido aos efeitos do IFRS 16 em 2019. Uma vez expurgados tais efeitos, o índice teria sido 1,99x em 2019.
- A remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e JCP foi no valor de R$ 10,6 bilhões, equivalente a R$ 0,73 por ação ordinária e R$ 0,92 por ação preferencial em circulação.
- VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=juPsyMNDJBA&feature=youtu.be
- Infográfico: https://www.agenciapetrobras.com.br/upload/documentos/apresentacao_LepxSE39Hr.pdf
A Petrobras informa que seu Conselho de Administração, em reunião realizada ontem, aprovou remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos no valor de R$ 1,7 bilhão para as ações ordinárias (R$ 0,233649 por ação) e R$ 2,5 milhões para as ações preferenciais (R$ 0,000449 por ação) em circulação, com base no resultado anual de 2019.
Todos os valores serão atualizados pela variação da taxa Selic de 31 de dezembro de 2019 até a data do pagamento.
O pagamento do referido dividendo será realizado em 20 de maio de 2020 e os acionistas terão direito à remuneração, na seguinte forma:
- A data de corte para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 será no dia 22 de abril de 2020 e a record date para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociadas na New York Stock Exchange – NYSE será o dia 24 de abril de 2020.
- As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e NYSE a partir do dia 23 de abril de 2020.
Essa proposta de remuneração aos acionistas, que será encaminhada para deliberação da Assembleia Geral de Acionistas em 22 de abril, considera que a companhia atenderá ao mínimo requerido pela lei e por seu estatuto social, em linha com sua gestão financeira e com a meta de redução da dívida.
Política de Remuneração aos Acionistas: http://www.petrobras.com.br/ri
GUATEMALA
MRE. 19/02/2020. Visita do ME à Guatemala
O Ministro Ernesto Araújo realizou visita oficial à Guatemala onde se reuniu com o Chanceler Pedro Brolo. Discutiram a promoção e defesa de valores democráticos na região, conversaram sobre cooperação e comércio bilaterais e trataram de acordo de facilitação de investimentos.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Wekv2pXXet4&feature=youtu.be
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LGCJ.: