US ECONOMICS
INDUSTRY
DoC. REUTERS. 4 DE NOVEMBRO DE 2019. Encomendas à indústria nos EUA caem em setembro mais do que o esperado
WASHINGTON (Reuters) - Os novos pedidos de produtos industriais fabricados nos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em setembro, e os gastos empresariais em equipamentos foram um pouco mais fracos do que se pensava inicialmente, sugerindo que o setor manufatureiro permanece sem força em meio à guerra comercial entre EUA e China.
As encomendas à indústria caíram 0,6% em setembro, após queda de 0,1% em agosto (número não revisado), informou o Departamento de Comércio nesta segunda-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam que as encomendas à indústria recuariam 0,5% em setembro.
Os pedidos às fábricas caíram 0,3% em relação a setembro de 2018.
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INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
 - US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
 - BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
 - BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
 - BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados (disponível até 01/10/2019)
 - BACEN. Indicadores Econômicos Selecionados (disponível a partir de 02/10/2019)
 - BACEN. IBC-Br (disponível a partir de 02/10/2019)
 - BACEN. Câmbio
 - BOVESPA
 - INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
 
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 04/11/2019. Mercado passa a prever novo corte de juro no começo de 2020, e vê Selic em 4,25% ao ano. Economistas também elevaram previsão de crescimento do PIB deste ano para 0,92%. De acordo com pesquisa feita pelo BC, projeção de inflação para 2019 permaneceu em 3,29%.
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
Os economistas do mercado financeiro passaram a prever um novo corte de juros em fevereiro do ano que vem, o que levaria a taxa Selic, atualmente em 5% ao ano, para 4,25% ao ano.
A projeção consta no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Até a quinta-feira da semana passada (31), a previsão dos analistas era de que os juros recuariam dos atuais 5% ao ano para 4,5% ao ano em dezembro, e assim permaneceriam até o fim de 2020.
Na sexta-feira (1º), porém, os economistas dos bancos passaram a projetar outra redução do juro básico no começo de fevereiro, para 4,25% ao ano - mínima histórica, se confirmada.
A nova previsão é de que essa taxa permanecerá neste patamar até setembro do ano que vem, quando avançaria para 4,5% ao ano - nível em que fecharia 2020.
PREVISÃO DO MERCADO PARA A TAXA DE JUROS EM % AO ANO
EXPECTATIVA COLHIDA PELO BANCO CENTRAL EM 1º DE NOVEMBRO
MAI/20
● : 4,25
● : 4,25
Fonte: RELATÓRIO FOCUS - BANCO CENTRAL
A mudança na previsão do mercado veio após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que baixou o juro básico da economia, na semana passada, de 5,5% para 5% ao ano.
No comunicado da decisão, o Banco Centra avaliou que o estágio atual da economia “recomenda cautela” em relação à redução da Selic, mas reiterou que a decisão sobre um novo corte pode mudar, uma vez que os “próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”
Produto Interno Bruto
O mercado financeiro também elevou marginalmente, na semana passada, a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano.
De acordo com a instituição, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 subiu de 0,91% para 0,92%. Para o ano que vem, a previsão de crescimento do PIB continuou em 2%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Para 2019, a previsão do Banco Central é de uma alta de 0,9%, e a do Ministério da Economia é de um crescimento de 0,85%.
Inflação
No caso da inflação, os analistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para este ano em 3,29%.
A expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Outras estimativas
- Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em R$ 4 por dólar. Para o fechamento de 2020, continuou estável em R$ 4 por dólar.
 - Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 permaneceu em US$ 47,50 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado seguiu em US$ 43 bilhões.
 - Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, caiu de US$ 80,35 bilhões para US$ 80 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 80 bilhões.
 
BACEN. REUTERS. 4 DE NOVEMBRO DE 2019. Em ajuste de projeções, economistas passam a ver crescimento do PIB de 0,92% este ano
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas fizeram apenas pequenos ajustes em suas projeções econômicas no relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, vendo crescimento ligeiramente maior em 2019, na terceira semana seguida de variação positiva.
O levantamento semanal apontou que a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi a 0,92%, de 0,91% antes, permanecendo em 2,00% para 2020.
Para a inflação, as contas permaneceram inalteradas — alta de 3,29% do IPCA neste ano e de 3,60% no próximo. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Após o BC reduzir na semana passada a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual, a 5% ao ano, o cenário para a política monetária permaneceu o mesmo no Focus.
Na visão dos especialistas, a Selic deve terminar tanto este ano quanto o próximo a 4,5%. O BC indicou com clareza que deverá repetir a dose em sua próxima decisão, em meio a um quadro de fraqueza na economia e baixa inflação, e a ata da reunião na terça-feira deve dar mais clareza sobre o pensamento da autoridade monetária.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a taxa básica de juros a 4,5% em 2019 e a 4,00% em 2020.
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
MEconomia. 01/11/2019. ECONOMIA. Comércio exterior. Balança comercial tem corrente de comércio superior a US$ 336 bilhões até outubro. Exportações chegam a somar US$ 185,437 bilhões no decorrer do ano
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 34,823 bilhões de janeiro a outubro de 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1º/11) em entrevista coletiva realizada pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secint/ME), em Brasília. O saldo positivo foi 27,4% inferior ao de igual período de 2018 (US$ 47,528 bilhões), pela média diária.
As exportações de janeiro a outubro foram de US$ 185,437 bilhões, queda de 7,7% sobre os dez primeiros meses de 2018, quando totalizou US$ 198,980 bilhões. Nas importações, foram US$ 150,614 bilhões até outubro, 1,5% abaixo da média diária no mesmo período do ano anterior, de US$ 151,452 bilhões. A corrente de comércio no ano alcançou US$ 336,051 bilhões, uma queda de 5,0% sobre o mesmo período anterior (US$ 350,431 bilhões), pela média diária.
Balança em outubro
O superávit no mês de outubro foi de US$ 1,206 bilhão, valor 80,1% inferior ao de igual período de 2018 (US$ 5,792 bilhões). A corrente de comércio brasileira alcançou valor de US$ 35,257 bilhões no mês, um recuo de 11,3%, pela média diária, em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações no mês chegaram a US$ 18,231 bilhões, retração de 20,4% em relação a outubro de 2018, e queda de 11,2% sobre setembro de 2019. Já as importações totalizaram US$ 17,025 bilhões, com aumento de 1,1% sobre igual período do ano anterior, e diminuição de 5,8% na comparação com setembro deste ano, sempre pela média diária.
Análise do resultado
Na avaliação do subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a queda das exportações de petróleo bruto – fator que mais impactou no resultado da balança comercial do mês de outubro – é resultado do cenário internacional.
Resultado foi impactado pela queda das exportações de petróleo bruto, aço e soja
“A desaceleração da economia mundial impacta fortemente as cotações de petróleo bruto e há uma queda internacional dos preços do produto. Isso, aliado a um crescimento um pouco mais lento da produção brasileira nos dois últimos anos, faz com que haja essa queda na exportação do produto”, afirma Herlon.
A comercialização do aço semimanufaturado brasileiro também foi afetada pela queda dos preços internacionais, assim como pela menor demanda do mercado norte-americano.
Herlon Brandão também fez uma análise sobre a queda das exportações de soja em grão, diretamente afetadas pela redução do rebanho suíno chinês. “Há uma crise de demanda da China por conta de uma queda de produção suína. Estimativas apontam uma redução do rebanho suíno na China de até 45%, e a soja exportada ao país tem como destino a ração animal. Por isso, há impacto tanto no preço quanto no volume exportado do grão. Também há uma menor oferta brasileira. A safra deste ano é menor do que a do ano passado”, avaliou.
Outro importante bem exportado pelo Brasil sofreu impacto de fatores externos: os carros de passeio. Segundo Herlon, “70% da exportação brasileira se destina à Argentina e há uma projeção de queda de 3% do PIB do país, o que faz com que a demanda por esse bem reduza.”
As exportações de milho e carne bovina são destaque no ano e puxaram para cima o saldo da balança comercial. “O Brasil exportou 5 milhões de toneladas no acumulado do ano. Carne bovina também há um grande aumento de exportação”, afirmou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior.
Exportação
As exportações de outubro, por fator agregado, alcançaram os seguintes valores: básicos (US$ 10,024 bilhões), manufaturados (US$ 5,828 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,379 bilhões). Sobre o ano anterior, houve redução nas três categorias: produtos básicos (-15,3%), manufaturados (-26,5%) e semimanufaturados (-20,6%).
Variações em relação a out/18
- Básicos (-15,3%)
 - Manufaturados (-26,5%)
 - Semimanufaturados (-20,6%)
 
No grupo dos básicos, sobre outubro de 2018, a redução das vendas ocorreu, principalmente, no petróleo em bruto (-51,7%, para US$ 1,601 bilhão); soja em grãos (-18,1%, para US$ 1,754 bilhão); café em grãos (-17,2%, para US$ 375 milhões); fumo em folhas (-16,9%, para US$ 210 milhões); minério de cobre (-13,4%, para US$ 210 milhões); carne de frango (-9,6%, para US$ 495 milhões); e minério de ferro (-9,5%, para US$ 1,961 bilhão).
Nos manufaturados, a balança teve recuo das vendas em máquinas e aparelhos para terraplanagem (-48,0%, para US$ 135 milhões); automóveis de passageiros (-41,8%, para US$ 215 milhões); polímeros plásticos (-32,1%, para US$ 113 milhões); suco de laranja não congelado (-29,8%, para US$ 101 milhões); autopeças (-29,6%, para US$ 140 milhões); e etanol (-28,7%, para US$ 106 milhões).
Já nos semimanufaturados, quando comparado com outubro de 2018, diminuíram as vendas. Principalmente. de semimanufaturados de ferro/aço (-62,9%, para US$ 317 milhões); óleo de soja em bruto (-59,8%, para US$ 22 milhões); madeira serrada ou fendida (-35,4%, para US$ 48 milhões); couros e peles (-34,2%, para US$ 83 milhões); e celulose (-15,4%, para US$ 507 milhões).
No acumulado do ano, houve queda nas exportações de manufaturados (-10,1%, para US$ 64,196 bilhões), semimanufaturados (-6,9%, para US$ 23,774 bilhões) e básicos (-3,0%, para US$ 97,459 bilhões).
Mercados compradores
Em outubro, decresceram as vendas, pelas médias diárias, para os seguintes destinos: América Central e Caribe (-35,6%, por conta de petróleo em bruto, aviões, minério de ferro, semimanufaturados de ferro/aço, máquinas e aparelhos para terraplanagem); União Europeia (-35,2%, por conta de petróleo em bruto, minério de ferro, celulose, minério de cobre); Mercosul (-32,7%, sendo que para a Argentina diminuiu 35,1%, por conta de automóveis de passageiros, minério de ferro, laminados planos de ferro/aço, autopeças).
As vendas também decresceram para Oceania (-20,8%), Oriente Médio (-12,9%), Ásia (-10,3%) e África (-7,6%). Os principais destinos de produtos brasileiros em outubro foram: China, Hong Kong e Macau (US$ 5,415 bilhões); Estados Unidos (US$ 2,420 bilhões); Argentina (US$ 688 milhões); Países Baixos (US$ 637 milhões); e Japão (US$ 542 milhões).
Importação
As importações em outubro registraram alta de bens intermediários (+9,3%) e bens de capital (+7,5%), enquanto diminuíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-29,2%) e bens de consumo (-8,9%).
Os cinco principais fornecedores para o Brasil no mês foram China, Hong Kong e Macau (US$ 3,491 bilhões); Estados Unidos (US$ 2,832 bilhões); Argentina (US$ 978 milhões); Alemanha (US$ 930 milhões); e Coreia do Sul (US$ 435 milhões).
No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2018, houve queda em combustíveis e lubrificantes (-7,2%), bens de capital (-6,5%) e bens de consumo (-6,1%), mas aumentaram as compras de bens intermediários (+2,2%).
INFLAÇÃO
FGV. IBRE. 04/11/19. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Inflação pelo IPC-S recua em cinco das sete capitais pesquisadas
O IPC-S de 31 de outubro de 2019 registrou variação de -0,09%, ficando 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e nas apurações anteriores.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/inflacao-pelo-ipc-s-recua-em-cinco-das-sete-capitais-pesquisadas-6.htm
USP. FIPE. REUTERS. 4 DE NOVEMBRO DE 2019. IPC-Fipe sobe 0,16% em outubro pressionado por Despesas Pessoais
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo passou a subir 0,16% em outubro depois de ter ficado estável em setembro, pressionado principalmente por Despesas Pessoais.
Os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostraram que o grupo o maior peso foi exercido pelo grupo Despesas Pessoais, cujos preços subiram no mês 0,59% depois de avanço de apenas 0,09% em setembro.
Também exerceu pressão o grupo Transportes, ao acelerar a alta a 0,29% em outubro sobre 0,16% antes.
Por outro lado, registraram deflação Vestuário e Alimentação, respectivamente de 0,10% e 0,09%.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Por Camila Moreira
CONTAS PÚBLICAS
MEconomia. STN. 04/11/2019. Tesouro emite títulos de 10 e de 30 anos e recompra sete papéis no mercado internacional
O Tesouro Nacional anunciou nesta segunda-feira (4/11) a emissão de um novo título de dívida de 30 anos no mercado internacional. O Global 2050 vence em 14 de janeiro de 2050. Também hoje, foi anunciada uma nova emissão do Global 2029, que já existia, e que vence em 30 de maio de 2029.
Ao mesmo tempo, o Tesouro está recomprando sete títulos da dívida no mercado internacional. O estoque somado desses sete papéis é de aproximadamente US$ 13,2 bilhões. A operação foi liderada pelo BNP Paribas, Citibank e Goldman Sachs & Co. Veja aqui a nota completa da emissão.
INDÚSTRIA
CNI. 04/11/2019. Produtividade dobra salários na Coreia do Sul em 18 anos, enquanto Brasil fica estagnado. Nota Econômica da CNI compara os dois países e confirma que a produtividade é crucial para o aumento da renda da população
Os investimentos em ações que promovem o aumento da produtividade foram decisivos para o crescimento econômico e social da Coreia do Sul nos últimos 40 anos. No mesmo período, o Brasil ficou atrás dos demais competidores e enfrenta dificuldades para melhorar o seu nível de desenvolvimento. A conclusão é da Nota Econômica Brasil e Coreia do Sul: duas histórias sobre a produtividade, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O trabalho compara evolução da produtividade, dos salários reais dos trabalhadores e da renda média da população nos dois países.
De acordo com a CNI, em 1980, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil equivalia a 39% do PIB per capita dos Estados Unidos, enquanto que o da Coreia do Sul representava 17,5% do norte-americano. “Quase quatro décadas depois (38 anos), o PIB da Coreia do Sul passou a representar 66% do PIB estadunidense, enquanto que o do Brasil representa 25,8%”, diz o estudo.

Além disso, o salário real médio do trabalhador sul-coreano aumentou 4,3% ao ano entre 2000 e 2018, enquanto o Brasil registrou média de crescimento de apenas 0,3% no mesmo período. “O salário real médio do trabalhador industrial sul-coreano mais do que dobrou desde 2000, enquanto que o do brasileiro praticamente não cresceu”, afirma a CNI.
Na avaliação da CNI, o aumento da produtividade foi um dos principais fatores que contribuíram para o desempenho da economia sul-coreana e a melhoria do bem-estar dos seus cidadãos. Prova disso é que, entre 2000 e 2018, a produtividade do trabalho na indústria sul-coreana cresceu, em média, 4,3% ao ano, o mesmo nível de incremento dos salários naquele país. No Brasil, a produtividade do trabalho na indústria cresceu 0,7% em média ao ano entre 2000 e 2018, menos de dois décimos do crescimento da produtividade na Coreia do Sul.

O estudo destaca que a produtividade da indústria brasileira tem crescido acima da média dos principais parceiros comerciais do país nos últimos anos. Em 2016, por exemplo, aumentou 2,3%. Em 2017, cresceu 3,2%. No entanto, em 2018, caiu 1,1%. “O ganho de produtividade contribuirá para a recuperação da competitividade e, consequentemente, para a retomada do crescimento. Mais do que isso, a manutenção do crescimento da produtividade é essencial para o país crescer de forma sustentada, aumentar o salário real e reduzir a distância do padrão de vida das economias desenvolvidas”, afirma a CNI.
Para elevar a produtividade, recomenda a CNI, as empresas precisam investir na inovação e na melhoria das práticas de gestão. Além disso, o governo deve adotar medidas para melhorar o ambiente de negócios, como a redução da burocracia, a melhoria da infraestrutura, o aumento da qualidade da educação e da segurança jurídica.
DOCUMENTO: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/produtividade-dobra-salarios-na-coreia-do-sul-em-19-anos-enquanto-brasil-fica-estagnado/
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LGCJ.: