US ECONOMICS
PERU
U.S. Department of State. 10/02/2019. Principal Deputy Assistant Secretary Marcia Bernicat Travels to Lima, Peru
Principal Deputy Assistant Secretary of State for Oceans and International Environmental and Scientific Affairs Marcia Bernicat will travel to Lima, Peru, October 3-4, to participate in the First High Level Conference on Illegal Wildlife Trade in the Americas.
On October 3, Ambassador Bernicat will promote regional cooperation to combat wildlife trafficking and strengthen the South American Wildlife Enforcement Network at a U.S. side event to showcase Department of State initiatives and key partnerships. In addition, Ambassador Bernicat will advance U.S. priorities through bilateral meetings with representatives of other governments in the region and international organizations.
The United States is a leader in the global fight against wildlife trafficking, a serious transnational crime that threatens security, undermines the rule of law, fuels corruption, robs communities of legitimate economic livelihoods, and pushes species to the brink of extinction. In February 2017, President Trump’s Executive Order 13773 specifically recognized wildlife trafficking as one of four priority areas in efforts to dismantle transnational criminal organizations.
EMPLOYMENT
ADP. REUTERS. 2 DE OUTUBRO DE 2019. Criação de vagas no setor privado dos EUA desacelera em setembro, mostra ADP
(Reuters) - Os empregadores privados dos Estados Unidos contrataram menos trabalhadores do que o esperado em setembro e a criação de vagas do mês anterior foi revisada para baixo, indicando desaceleração no mercado de trabalho norte-americano.
O Relatório Nacional de Emprego da ADP divulgado nesta quarta-feira mostrou que os empregadores privados criaram 135 mil postos de trabalho em setembro.
Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 140 mil vagas em setembro. Os dados de agosto foram revisados para baixo para mostrar criação de 157 mil postos de trabalho no setor privado, em vez das 195 mil vagas informadas anteriormente.
Por Lucia Mutikani
FULL DOCUMENT: https://www.adpemploymentreport.com/
________________
ORGANISMS
DISPUTE SETTLEMENT
WTO. 2 OCTOBER 2019. Arbitrator issues decision in Airbus subsidy dispute. European Communities and Certain Member States — Measures Affecting Trade in Large Civil Aircraft
On 2 October, a WTO arbitrator issued its decision on the level of countermeasures the United States may request with respect to the European Union and certain EU member states in “European Communities and Certain member States — Measures Affecting Trade in Large Civil Aircraft” (DS316).
FULL DOCUMENT: https://www.wto.org/english/news_e/news19_e/316arb_e.htm
OMC. REUTERS. 2 DE OUTUBRO DE 2019. OMC diz que EUA podem impor tarifas sobre US$7,5 bi em produtos europeus
GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial de Comércio (OMC) decidiu nesta quarta-feira autorizar os Estados Unidos a imporem tarifas de importação sobre 7,5 bilhões de dólares em produtos europeus por causa de subsídios ilegais concedidos pela União Europeia à Airbus.
Washington elaborou uma lista preliminar de produtos que planeja serem atingidos por tarifas de até 100 por cento. A relação varia de aviões a itens de luxo.
A Comissão Europeia afirmou que se os EUA imporem tarifas contra produtos europeus a medida será contraproducente e poderá causar danos nos dois lados do Atlântico.
Em um caso paralelo, a UE também solicitou o direito de tomar medidas sobre subsídios norte-americanos concedidos à Boeing e uma decisão da OMC é prevista para o próximo ano.
A Comissão Europeia, que supervisiona a política comercial de 28 países da UE, disse que a imposição mútua de tarifas apenas infligiria danos a empresas e pessoas de ambos os lados do Atlântico. O órgão executivo do bloco de países disse ainda que os dois lados devem chegar a um acordo justo.
“Mas se os EUA decidirem impor contramedidas autorizadas pela OMC, levarão a UE a uma situação em que não teremos outra opção a não ser fazer o mesmo”, afirmou a Comissão em comunicado.
OMC deve permitir tarifas dos EUA contra UE em disputa sobre subsídios à Airbus
Por Philip Blenkinsop e Tim Hepher
BRUXELAS/LONDRES (Reuters) - A Organização Mundial do Comércio (OMC) está preparada nesta quarta-feira para permitir pesadas tarifas norte-americanas sobre produtos europeus, devido a subsídios ilegais à Airbus, levando uma disputa de 15 anos sobre o apoio às gigantes aéreas para o foco das conturbadas relações comerciais globais.
O órgão com sede em Genebra disse que publicará mais tarde sua decisão sobre um pedido dos Estados Unidos para impor tarifas de até 11,2 bilhões de dólares sobre produtos da União Europeia, mas fontes próximas ao caso esperam que as autoridades da OMC permitam cerca de dois terços desse valor.
A OMC constatou que tanto a Airbus da Europa como sua rival norte-americana Boeing receberam bilhões de dólares em subsídios ilegais na maior disputa comercial entre empresas do mundo, uma maratona legal que remonta a 2004.
Espera-se que os casos levem a tarifas retaliatórias, começando com as medidas dos Estados Unidos, aprofundando as tensões comerciais transatlânticas e criando novos problemas para empresas e mercados já afetados por uma guerra comercial entre EUA e China.
Um tribunal de arbitragem da OMC de três pessoas deve anunciar que os Estados Unidos sofreram danos equivalentes a cerca de 7,5 bilhões de dólares por ano, devido a empréstimos com desconto do governo europeu para os jatos de passageiros Airbus A350 e A380, segundo pessoas familiarizadas com o caso. Essa decisão permitiria que os EUA coloquem taxas sobre bens da UE no mesmo valor.
O foco dos nervosos mercados financeiros globais mudará para Washington, onde o Representante Comercial dos EUA deve agir rapidamente para definir uma lista preliminar de produtos alinhados às tarifas, disse uma fonte norte-americana.
Antes que quaisquer tarifas possam ser impostas, o órgão de solução de disputas da OMC precisa adotar formalmente o relatório dos árbitros em um processo que deve levar entre 10 dias e 4 semanas.
A decisão da OMC sobre os direitos de retaliação da UE relacionados aos subsídios da Boeing está prevista para o início de 2020.
CANADA
IMF. OCTOBER 2, 2019. To Tackle Housing Affordability in Canada, Build More Houses
By Michal Andrle, Cheng Hoon Lim and Troy Matheson
Policymakers across the world worry about affordable housing. They should. It represents the cost of a basic human need—shelter. Canada is no exception as it grapples to provide affordable housing in some cities, like Vancouver and Toronto, where rents are high, and for many, the dream of owning a home has faded.
People who can afford a down payment typically borrow as much as they can to get a foothold in the market—stretching themselves financially and contributing to Canada’s record-high levels of household debt.
So, how can governments help make housing affordable? Our latest staff report suggests boosting housing supply to meet demand.
Housing policies can quickly become politically contentious.
Short-term fixes may not always work
Boosting Canada’s supply of affordable housing is no easy task. Countries like Canada, the Czech Republic, Sweden, and the United Kingdom that face problems with housing affordability in major cities have found that housing policies can quickly become politically contentious.
For this reason, policymakers often resort to short-term fixes to the problem. These include relaxing prudential regulations to enable households to borrow more (higher loan-to-income and loan-to-value ratios), increasing or introducing tax-deductibility of mortgage interest-rate costs, and subsidizing home purchases directly.
According to our research, we find that even well-meaning policies that aim to improve housing affordability by increasing households’ capacity to borrow may unintentionally raise house prices—ultimately resulting in homebuyers having to borrow more and leading to higher household debt.
Why? Because housing supply is fixed in the short term. So, any increase in households’ ability to borrow will increase demand for housing, increase house prices, and ultimately make houses less affordable than they otherwise would have been.
This is what we found when we compared the dynamics of house prices in eleven Canadian Census Metropolitan Areas with households’ ability to borrow—the so-called “attainable” house price.
Low interest rates fuel house prices
How is the “attainable” house price calculated? In our latest research, we determine this price using the maximum mortgage loan a household can attain from a bank given its down payment and desired level of debt service.
The results show that median house prices in most Canadian cities have tended to increase in line with households’ borrowing capacity, and sometimes prices can exceed borrowing capacity.
Homebuyers have been able to borrow more money over time due to rising incomes and a significant decline of mortgage interest rates over the past two decades. As a result, increases in borrowing capacity have been quickly reflected in higher house prices.
This has happened in Toronto and Vancouver, where house prices have increased much more than implied by attainable prices, resulting in over-valuation for an extended period.
Overall, this has contributed to a rise in the size of down payments as a share of income and a push towards higher loan-to-value ratios.
But, with mortgage rates not in decline and incomes growing slowly, homebuyers in Canada will not be able to borrow as much to buy a house. This will weigh on housing demand and bring about a decline in house prices that will improve housing affordability. There is a risk, however, that the decline in house prices could take the form of a sharp and disruptive price drop.
The supply solution
To more sustainably address housing affordability, regional and federal authorities in Canada need to work together to develop and implement a comprehensive housing supply strategy.
This would involve:
- Accelerating the delivery of land ready for development;
- Shortening the approval process for building permits and re-zoning;
- Improving the transparency and certainty about the steps involved in the approval process;
- Ensuring development plans are time-limited to avoid construction delays;
- Re-evaluating rent control policies to improve the supply of rental properties and give households more dwelling choices; and
- Assessing incentives for developers to build more purpose-built rentals with a view to encourage a more balanced mix of rental supply.

FULL DOCUMENT: https://blogs.imf.org/2019/10/02/to-tackle-housing-affordability-in-canada-build-more-houses/?utm_medium=email&utm_source=govdelivery
________________
ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
PIB
IPEA. 26/09/2019. Ipea prevê PIB de 0,8% para este ano e 2,1% para 2020. Ritmo de retomada do crescimento ainda é lento
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) fez revisão das projeções econômicas até o ano que vem. A previsão é de um crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, igual à da Carta anterior. Para 2020, expectativa de expansão de 2,5% foi revista para 2,1%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 26 pelo Grupo de Conjuntura do instituto.
No que diz respeito à inflação, a projeção foi revista de 3,9% para 3,55% este ano. Para 2020, o prognóstico se mantém em 3,9%. Para o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Júnior, a economia brasileira está numa retomada lenta, que pode se intensificar. “A forma de acelerar seria com a continuidade das reformas que viabilizam a retomada de investimentos em infraestrutura e a consolidação do ajuste fiscal”, afirma.
A Visão Geral da Conjuntura prevê, ainda, um ritmo mais acelerado de redução da taxa de juros, com estabilização da taxa real em cerca de 1% a.a. no ano que vem. Em contrapartida, a trajetória de evolução da confiança da indústria está pior do que se esperava. O Indicador Ipea de Hiato do Produto, que mede o grau de ociosidade da economia brasileira, foi estimado em 3,0% em 2019 e deve fechar 2020 em 2,0%. Vale ressaltar que há duas ordens de fatores importantes na validação do ciclo de redução de taxa de juros: no curto prazo, ela reflete a inflação esperada inferior à meta e o hiato do produto ainda negativo; numa perspectiva de médio e longo prazos, ela decorre da melhoria da percepção de riscos associada aos avanços nas reformas estruturais.
Com relação ao cenário externo, as incertezas aumentaram e fragilizaram as perspectivas de crescimento mundial em razão de fatores como a proximidade do Brexit e a guerra comercial entre Estados Unidos e China. A crise na Argentina impactou negativamente as exportações brasileiras de produtos manufaturados e o ataque a plantas de processamento de petróleo na Arábia Saudita trouxe volatilidade ao preço do petróleo.
O Indicador Ipea de Risco Brasil, medido pelo desvio do Credit Default Swap (CDS) brasileiro em relação ao dos demais países emergentes, vem se mantendo em terreno negativo, mostrando que o país se encontra em situação favorável na percepção de risco, criando um ambiente econômico que incentiva os investimentos.
Atividade Econômica
Análise do desempenho da atividade econômica confirma o ritmo lento de retomada do crescimento. Os investimentos se expandiram 1% em julho, com destaque a construção civil e a produção de máquinas e equipamentos, importantes para aumentar a capacidade produtiva brasileira. Os números positivos da construção civil são puxados, em grande medida, pelo setor residencial. As condições no mercado imobiliário voltaram a evoluir positivamente no segundo trimestre de 2019 – em junho, foram lançados 16.298 novos imóveis, o segundo maior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 2014. A expectativa é que a área de infraestrutura apresente melhora em 2020, por conta dos avanços nos marcos regulatórios setoriais que favorecem as concessões e parcerias público-públicas.
Outro indicador da atividade econômica, a produção industrial, recuou 0,3% em julho, na comparação com junho, de acordo com a PIM-PF do IBGE. Para o mês de agosto, o Ipea projeta crescimento zero. Apesar desse desempenho, a demanda interna por bens industriais registrou avanço de 2,6% no mês de julho, com forte contribuição das importações. A análise do Ipea aponta uma participação crescente dos bens importados na demanda final do setor industrial, enquanto as exportações vêm sofrendo com as turbulências internacionais, particularmente com a crise argentina.
O comércio varejista, que tinha registrado cinco meses consecutivos de crescimento, deve recuar 0,9% em agosto, após uma alta de 1% em julho. O setor de automóveis, cujas vendas caíram 2,2% em agosto, foi o grande influenciador do baixo dinamismo esperado para o varejo naquele mês. Para o setor de serviços, os números têm mantido trajetória irregular, alternando resultados positivos e negativos: depois de avançar 0,8% em julho, a previsão para agosto é uma retração de 0,3%. A Carta analisa o comportamento recente das concessões de crédito, destacando o comportamento do crédito às famílias.
Cenário Fiscal
O Grupo de Conjuntura do Ipea também avaliou a política fiscal do governo federal e o teto de gastos públicos e concluiu que a manutenção do teto é fundamental para garantir uma retomada sustentável do crescimento. O trabalho analisa a trajetória de cada grupo de despesas em diversos períodos e alerta para o crescimento acelerado dos gastos obrigatórios, com espaço progressivamente menor para as despesas discricionárias, notadamente os investimentos, nos últimos quatro anos.
O estudo mostra que as despesas primárias praticamente dobraram em percentual do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação entre 1991 e 2018, passando de 11% para 19,8%. O orçamento federal proposto para 2020 embute gastos obrigatórios que correspondem a 94% do gasto primário total, ante 86% em 1997. Quanto mais se compromete o orçamento com gastos obrigatórios, como folha de pessoal e benefícios previdenciários e assistenciais, menos se tem para gastos discricionários (pagamentos de energia elétrica, por exemplo) e se comprime ainda mais os já modestos gastos com investimentos.
Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
MEconomia. ECONOMIA. Comércio exterior. 01/10/2019. Balança registra corrente de comércio de mais de US$ 300 bilhões no ano. País tem superávit comercial de US$ 2,246 bilhões em setembro, elevando para US$ 33,790 bilhões o saldo acumulado no ano e para US$ 50,086 bilhões o valor em 12 meses
A balança comercial brasileira registrou uma corrente de comércio (soma das exportações e importações) de US$ 300,968 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º/10), em Brasília, pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secint/ME). Somente em setembro, o fluxo comercial do país atingiu US$ 35,233 bilhões, enquanto em 12 meses esse valor chega a US$ 409,034 bilhões.
Análise
O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) da Secint, Herlon Brandão, explica que um dos fatores que motivou a queda das exportações é a base da comparação, pois no segundo semestre do ano passado os números foram mais altos do que a média dos anos anteriores.
Além disso, o Brasil sente os impactos da economia internacional menos aquecida, em grande parte devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que faz com que os preços dos produtos diminuam.
Ele cita também a queda na demanda por soja, devido a uma menor produção de proteína animal no mundo. “A China, por exemplo, enfrenta um problema sanitário. Há um menor rebanho suíno e isso faz com que ela demande menos soja. Isso afeta o volume, porque é o maior mercado brasileiro, e afeta os preços do produto”, comentou.
Há também uma redução nos volumes de minério de ferro exportados, desde o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), mas o aumento dos preços no mercado internacional, nesse caso, compensa a queda da quantidade.
Outro impacto vem da menor demanda da Argentina, devido à crise econômica do país vizinho. Essa situação reduz a demanda de bens, principalmente de automóveis, do Brasil.
Previsões
A Secex divulgou nesta terça-feira (1º/10), também, a terceira e última revisão das projeções da balança comercial para 2019. A nova previsão é de redução no cenário das exportações neste ano, para US$ 222 bilhões, um recuo de 7,1% em relação a 2018 – a estimativa em julho era de queda de 2% (US$ 234,5 bilhões).
Nas importações, a estimativa da Secex é de que o país registre US$ 180,4 bilhões em compras neste ano, uma redução de 0,4% na comparação com o ano passado. A previsão de julho era de US$ 177,7 bilhões em importações até o final do ano.
A previsão é de que o superávit fique em US$ 41,8 bilhões, uma queda de 28% em relação aos US$ 58 bilhões de 2018. Em julho, os cálculos apontavam para um superávit de US$ 56,7 bilhões, o que representaria uma redução de 2,3% sobre 2018.
O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secex, Herlon Brandão, disse que o cenário aponta para redução nas exportações, devido ao recuo do volume de comércio mundial, que deve ter crescimento menor neste ano, segundo previsões divulgadas nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Dado que os preços internacionais dos produtos estão caindo, é muito provável que o comércio mundial se retraia também este ano”, acrescenta Brandão. “Então, o Brasil está nesse cenário de retração do comércio mundial, por conta de uma menor atividade econômica mundial." Um dos principais motivos para a retração, segundo ele, é a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Balança comercial brasileira - principais números
Balança do mês - Setembro de 2019
- As exportações brasileiras alcançaram cifra de US$ 18,740 bilhões, retração de 11,6% em relação a setembro de 2018, e crescimento de 4,7%, pela média diária, em relação a agosto de 2019.
- Já as importações totalizaram US$ 16,494 bilhões, um aumento de 5,7% sobre igual período do ano anterior, e crescimento de 11,0% sobre agosto de 2019.
- Com isso, o superávit comercial no período foi de US$ 2,246 bilhões, uma retração de 59,9%, pela média diária, sobre igual período do ano anterior.
Acumulado do ano (janeiro a setembro de 2019)
- O saldo comercial de US$ 33,790 bilhões foi 19,5% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período de 2018, US$ 41,737 bilhões.
- As exportações apresentaram valor de US$ 167,379 bilhões – queda de 6%, pela média diária, sobre 2018.
- As importações somaram US$ 133,589 bilhões, queda de 1,8%, pela média diária, sobre o mesmo período do ano anterior, de US$ 135,346 bilhões.
- Já a corrente de comércio de US$ 300,968 bilhões representou uma queda de 4,2% sobre o mesmo período anterior, quando totalizou US$ 312,428 bilhões.
Acumulado em 12 meses
- As exportações somaram US$ 229,560 bilhões, uma redução de 1,1% sobre o período de outubro de 2017 a setembro de 2018, quando as exportações atingiram US$ 230,233 bilhões.
- As importações totalizaram US$ 179,474 bilhões, crescimento de 1,9% sobre o mesmo período anterior, de US$ 174,764 bilhões, pela média diária.
- O saldo comercial (US$ 50,086 bilhões) é 10,4% inferior ao alcançado em equivalente período anterior (US$ 55,468 bilhões), pela média diária.
- A corrente de comércio cresceu 0,2%, de US$ 404,997 bilhões para US$ 409,034 bilhões.
Por setor - Setembro de 2019
Exportações
- Por fator agregado: básicos (US$ 9,445 bilhões), manufaturados (US$ 7,211 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,084 bilhões). Sobre o ano anterior, diminuíram as exportações de produtos semimanufaturados (-32,1%) e básicos (-14,5%), enquanto aumentaram as vendas de produtos manufaturados (+4,4%).
- Por mercado comprador: decresceram as vendas pela média diária para Oceania (-41,1%); Mercosul (-35%), sendo que para a Argentina diminuiu 33,7%; África (-31,8%); Estados Unidos (-31,4%); América Central e Caribe (-14,2%); Oriente Médio (-13,7%); e Ásia (-10,7%). Por outro lado, cresceram as vendas para a União Europeia (+30,5%), por conta de plataforma para extração de petróleo, suco de laranja não congelado, torneiras, válvulas e partes, soja em grãos, aviões, naftas, óxidos e hidróxidos de alumínio, semimanufaturados de ferro/aço, suco de laranja congelado.
- Por país: os cinco principais compradores foram China, Hong Kong e Macau (US$ 4,893 bilhões), Países Baixos (US$ 2,355 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,091 bilhões), Argentina (US$ 696 milhões) e Japão (US$ 507 milhões).
Importações
- Por fator agregado: cresceram as importações de bens de capital (+95,1%) e diminuíram as de bens de consumo (-8,5%), combustíveis e lubrificantes (-6,7%) e bens intermediários (-3,9%).
- Por mercado fornecedor: caíram as compras originárias de todos os mercados: América Central e Caribe (-65,9%); África (-22,4%); Mercosul (-19%); Oriente Médio (-10,1%); Oceania (-13,4%); Estados Unidos (-7,6%); União Europeia (-6,8%); e Ásia (-1,3%), na comparação com setembro de 2018 pelas médias diárias.
- Por país: os cinco principais fornecedores foram China, Hong Kong e Macau (US$ 2,961 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,474 bilhões), Alemanha (US$ 918 milhões), Argentina (US$ 777 milhões) e Coreia do Sul (US$ 396 milhões).
Por setor - Acumulado do ano (janeiro a setembro de 2019)
Exportações
- Por fator agregado: queda de 6% em relação a igual período de 2018, por conta da diminuição nas vendas das três categorias. Houve queda em manufaturados (-8,0%, para US$ 58,384 bilhões), semimanufaturados (-5,0%, para US$ 21,419 bilhões) e básicos (-1,2%, para US$ 87,567 bilhões).
- Por mercado comprador: decresceram, pelas médias diárias, as vendas para Mercosul (-34,2%), sendo que para a Argentina diminuíram 39,3%; América Central e Caribe (-22,5%); União Europeia (-9%); África (-5,6%); Ásia (-1,7%). Por outro lado, cresceram as vendas para Oceania (+21,8%), Oriente Médio (+17,3%) e Estados Unidos (+5,1%).
- Por país: os principais destinos das exportações foram China, Hong Kong e Macau (US$ 48,037 bilhões), Estados Unidos (US$ 21,801 bilhões), Países Baixos (US$ 8,084 bilhões), Argentina (US$ 7,474 bilhões) e Chile (US$ 3,830 bilhões).
Importações
- Por fator agregado: sobre igual período do ano anterior houve queda em bens de capital (-7,7%), bens de consumo (-5,8%), combustíveis e lubrificantes (-4,0%) e aumento nas compras de bens intermediários (+1,3%).
- Por mercado fornecedor: diminuíram pelas médias diárias as compras de América Central e Caribe (-34,7%), Oceania (-10,5%); África (-8,4%), União Europeia (-6,1%); Ásia (-1,9%); e Mercosul (-3,1%). Por outro lado, aumentaram as importações dos Estados Unidos (+6,1%) e Oriente Médio (+3,5%).
- Por país: os principais países de origem das importações no ano foram China, Hong Kong e Macau (US$ 27,094 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,536 bilhões), Alemanha (US$ 7,833 bilhões), Argentina (US$ 7,815 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,670 bilhões).
INFLAÇÃO
USP. FIPE. 2 DE OUTUBRO DE 2019. Alimentos passam a cair e IPC-Fipe fica estável em setembro
Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) - Os preços de alimentação recuaram com força e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo ficou estável em setembro, após avanço de 0,33 por cento no mês anterior.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta quarta-feira que o grupo Habitação foi o único a apresentar deflação no mês, de 0,99%, depois de avanço de 0,17% em agosto.
Habitação e Transportes, por sua vez, mostraram alívio na alta. Os preços de Habitação desaceleraram a alta 0,43% em setembro, de 0,89% no mês anterior. Já Transportes registraram avanço de 0,16%, de 0,27% em agosto.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
FGV. IBRE. 02/10/19. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Inflação pelo IPC-S recua em três das sete capitais pesquisadas
O IPC-S de 30 de setembro de 2019 não registrou variação, ficando 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Três das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e nas apurações anteriores.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/inflacao-pelo-ipc-s-recua-em-tres-das-sete-capitais-pesquisadas-2.htm
IBAS
MRE. DCOM. NOTA-246. 26 de Setembro de 2019. Comunicado Conjunto do IBAS sobre a Reforma do Sistema Multilateral – New York, 26 de setembro de 2019
Nós, os Ministros das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros de Índia, Brasil e África do Sul nos encontramos no dia 26 de setembro de 2019, em Nova York, guiados pelo princípio da soberania e pelos nossos valores comuns de liberdade, estado de direito, respeito aos direitos humanos e à democracia, bem como por nosso firme compromisso de promover uma arquitetura de governança internacional mais inclusiva, capaz de responder aos desafios e participativa.
Em momento de desafios globais significativos e urgentes, Índia, Brasil e África do Sul reconhecem ter objetivos comuns e responsabilidade compartilhada em ajudar a construir um mundo pacífico, seguro e próspero. O direito ao desenvolvimento e a igualdade de oportunidades são meios fundamentais para se atingir tais objetivos.
Nesse contexto, nossos países continuam a engajar-se como forças positivas para a mudança. O sistema multilateral precisa ser reformado, de modo a garantir que funcione eficazmente para todos os Estados e povos.
Como grandes democracias e nações vibrantes, acreditamos que as pessoas devam ser colocadas no centro de uma governança internacional inclusiva. Estamos comprometidos em reformar o sistema multilateral a fim de satisfazer as necessidades e expectativas dos nossos povos, bem como de responder aos crescentes desafios globais.
Reafirmamos o nosso compromisso de reforçar a voz e a representação de economias emergentes e em desenvolvimento, especialmente aquelas da África, nos órgãos de tomada de decisão das instituições multilaterais.
A ampla reforma do sistema das Nações Unidas (ONU), incluindo do Conselho de Segurança das ONU, continua a ser um compromisso internacional crucial. Ao saudarmos, entre outras, a cooperação entre as Nações Unidas e os países do IBAS, bem como entre organizações e instituições regionais, tais como o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (CPSUA), na promoção da paz e segurança internacionais, continuamos comprometidos a trabalhar juntos para a expansão do número de membros nas categorias permanente e não-permanente, com vistas a alcançar um Conselho de Segurança mais representativo, inclusivo e equitativo.
Nesse sentido, os países do IBAS continuam preocupados com o ritmo lento das Negociações Intergovernamentais sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que não produziram progresso tangível na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Com a aproximação do 75º aniversário da ONU em 2020 instamos que sejam redobrados esforços para alcançar progresso nesse tema, com vistas a uma pronta e abrangente reforma do Conselho de Segurança.
A reforma da arquitetura de governança econômica internacional, incluindo da Organização Mundial do Comércio (OMC) e das instituições financeiras internacionais, também deve ser uma prioridade. Os países do IBAS têm contribuído significativamente para tornar a arquitetura de governança econômica internacional mais representativa e democrática e continuarão a trabalhar em conjunto para favorecer agenda que promova o desenvolvimento sustentável e o crescimento inclusivo.
O processo de reforma da OMC deve manter o desenvolvimento em seu cerne, promover a inclusão e a não discriminação, construir confiança e enfrentar as desigualdades e assimetrias nos acordos existentes. Deve considerar a diversidade de interesses e de preocupações de todos os países membros, incluindo aqueles em desenvolvimento, em particular os países de menor desenvolvimento relativo (LDCs). Os países do IBAS reconhecem o papel central desempenhado pela OMC na promoção dos interesses dos países em desenvolvimento em questões como a agricultura.
O fortalecimento da rede de segurança financeira global, com um Fundo Monetário Internacional (FMI) forte, baseado em cotas e com recursos adequados em seu centro é essencial. Devemos trabalhar para a conclusão da 15ª Revisão Geral de Cotas, inclusive nova fórmula de cálculo de cotas nas Reuniões Anuais de 2019.
Reiteramos nosso compromisso de trabalhar em conjunto pelo reforço da cooperação para processar pessoas procuradas por corrupção e outros crimes econômicos, incluindo por meio de organizações e instituições internacionais como o G20, o Grupo de Ação Financeira (GAFI) e outras.
Reafirmamos a necessidade de consultas continuadas e intercâmbios de posições entre os países do IBAS com o objetivo de construir parcerias em instâncias multilaterais.
A esse respeito, tomamos nota dos progressos alcançados pelo Fundo IBAS para Alívio da Pobreza e da Fome (Fundo IBAS), que provê apoio financeiro para projetos de iniciativa do Sul, liderados pelo Sul, orientados pela demanda desses países e que gerem transformações por todo o mundo em desenvolvimento, com foco em países de menor desenvolvimento relativo. Saudamos o impacto no desenvolvimento criado pelo Fundo no terreno.
Comprometemo-nos a promover a reforma do sistema multilateral através da cooperação e da coordenação em todos os foros multilaterais e organizações internacionais de relevo, incluindo a OMC e grupos como G20, BRICS, BASIC e G-77.
BRICS
MRE. DCOM. NOTA-245. 26 de setembro de 2019. Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores do BRICS – Comunicado à Imprensa – New York, 26 de Setembro de 2019
Os Ministros dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores do BRICS mantiveram sua reunião anual à margem da 74ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU74) em 26 de setembro de 2019, presidida pela Federação Russa na qualidade de próximo presidente de turno do BRICS para 2020.
Os Ministros intercambiaram pontos de vista sobre as principais questões globais e regionais da agenda da ONU nas esferas política, de segurança, econômica, financeira e de desenvolvimento sustentável, bem como sobre as atividades intra-BRICS. Expressaram apoio à cooperação continuada dos membros do BRICS em áreas de interesse mútuo, inclusive por meio de intercâmbios regulares entre suas Missões Permanentes junto às Nações Unidas.
Os Ministros relembraram que 2020 é o 75º aniversário da fundação das Nações Unidas e do fim da Segunda Guerra Mundial. Reafirmaram apoio aos esforços para tornar a governança global mais inclusiva, representativa e participativa, com maior participação dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento na tomada de decisões globais.
Os Ministros reafirmaram seu compromisso com um mundo de paz e estabilidade. Enfatizaram o papel central das Nações Unidas e seu compromisso de sustentar os propósitos e princípios consagrados na Carta da ONU, de respeitar o direito internacional e de promover o desenvolvimento sustentável, a democracia, os direitos humanos e o Estado de Direito.
Os Ministros recordaram o Documento Final da Cúpula Mundial de 2005 e reafirmaram a necessidade de uma reforma abrangente das Nações Unidas, inclusive de seu Conselho de Segurança, com vistas a torná-lo mais representativo, eficaz e eficiente, e ao aumento da representatividade dos países em desenvolvimento, de modo que possa responder adequadamente aos desafios globais. China e Rússia reiteraram a importância que conferem ao status e ao papel de Brasil, Índia e África do Sul nas relações internacionais e apoiam sua aspiração de desempenharem papéis mais relevantes na ONU.
Os Ministros saudaram o enfoque especial do segmento de alto nível da 74ª AGNU no desenvolvimento sustentável e a realização das Cúpulas sobre Clima e ODS e eventos de alto nível sobre Saúde e Financiamento para o Desenvolvimento. Os Ministros reafirmaram seu compromisso com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e pediram esforços redobrados para sua implementação tempestiva.
Os Ministros também enfatizaram a necessidade de uma ação internacional mais efetiva sobre mudança do clima, reafirmaram o compromisso dos países do BRICS com a plena implementação do Acordo de Paris, adotado sob os princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, incluindo os princípios de responsabilidades comuns porém diferenciadas e respectivas capacidades, à luz de diferentes circunstâncias nacionais. Instaram os países desenvolvidos a apoiar os países em desenvolvimento, inclusive honrando seus compromissos financeiros e a transferência de tecnologia, que são os fatores mais críticos para possibilitar a ação contra a mudança do clima.
Os Ministros reafirmaram seu compromisso com o multilateralismo e com o sistema multilateral de comércio tendo a OMC em seu centro. Reiteraram a necessidade urgente de fortalecer e reformar o sistema multilateral, incluindo a ONU, a OMC o FMI e outras organizações internacionais. Os Ministros reiteraram ainda seu compromisso com um comércio internacional transparente, não discriminatório, aberto, livre e inclusivo e observaram que o protecionismo e o unilateralismo são contrários às regras e ao espírito da OMC. Conclamaram todos os Estados a abster-se de promulgar e aplicar quaisquer medidas econômicas, financeiras ou comerciais que não estejam em conformidade com as regras da OMC, com o direito internacional e com a Carta das Nações Unidas, e que impeçam a realização plena do desenvolvimento econômico e social, particularmente nos países em desenvolvimento.
Os Ministros ressaltaram a importância de esforços contínuos para tornar as Nações Unidas mais efetiva e eficiente na implementação de seus mandatos. Encorajaram a intensificação da colaboração entre os países do BRICS sobre a melhoria dos recursos disponíveis para a ONU, sua administração e orçamento, a preservação de sua natureza de Organização controlada pelos Estados Membros e para garantir uma melhor supervisão e fortalecimento da Organização.
Os Ministros expressaram sua preocupação com os contínuos conflitos em várias regiões do mundo, que comprometem a segurança e a estabilidade internacionais. Reafirmaram seu compromisso com soluções pacíficas por meios políticos e pelo engajamento diplomático. Os Ministros exaltaram a União Africana por seus esforços visando a resolver e gerenciar conflitos naquele continente e saudaram o fortalecimento da cooperação entre o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana. Também enalteceram o compromisso da União Africana de "Silenciar as armas até 2020” e reiteraram apoio aos esforços para fortalecer a Arquitetura Africana de Paz e Segurança.
Os Ministros reiteraram sua forte condenação ao terrorismo em todas as suas formas e manifestações em qualquer momento, em qualquer lugar e por quem quer que o tenha cometido. Expressaram sua convicção de que é necessária uma abordagem abrangente para garantir uma luta eficaz contra o terrorismo. Conclamaram esforços conjuntos para combater o terrorismo de acordo com o direito internacional e sob os auspícios da ONU, e enfatizaram a esse respeito a necessidade da pronta adoção de uma Convenção Abrangente sobre Terrorismo Internacional (CCIT).
Os Ministros ressaltaram que a participação dos países do BRICS nos trabalhos do Conselho de Segurança da ONU, incluindo a África do Sul como membro eleito para o período 2019-2020, é oportunidade valiosa para manter diálogo constante e facilitar a cooperação em questões de paz e segurança.
Os Ministros discutiram possibilidades de apoio mútuo às suas iniciativas na 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Os Ministros também foram informados sobre os preparativos para a vindoura presidência de turno russa do BRICS em 2020. A Rússia enfatizou sua determinação de assegurar a continuidade e o avanço da parceria estratégica nos três pilares do BRICS.
Os Ministros expressaram seu reconhecimento à presidência de turno brasileira do BRICS em 2019 e saudaram, em particular, a discussão proveitosa dos Líderes do BRICS na Reunião Informal à margem da Cúpula do G20 em Osaka. Rússia, Índia, China e África do Sul estenderam total apoio ao Brasil e reiteraram o compromisso de garantir o sucesso da vindoura 11ª Cúpula dos BRICS em Brasília em novembro de 2019. Os Ministros também esperam pela Reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores do BRICS na Federação Russa em 2020.
MARCAS E PATENTES
MRE. DCOM. NOTA-247. 27 de Setembro de 2019. Protocolo de Madri sobre Registro Internacional de Marcas – Entrada em vigência internacional para o Brasil
O Protocolo de Madri entrará em vigência internacional para o Brasil em 2 de outubro próximo.
O senhor Presidente da República assinou, em 25 de junho, o instrumento de adesão do Brasil ao referido instrumento, que foi depositado, pelo Itamaraty, na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em Genebra, em 2 de julho. Conforme as regras do acordo, o Protocolo de Madri passa a viger no plano internacional três meses após o depósito do termo de adesão.
O principal objetivo do Protocolo de Madri é simplificar o registro de marcas nos 104 países que dele participam, com redução de custos e de burocracia.
Incentiva, assim, a expansão da atividade de empresas brasileiras no exterior, além de melhorar o ambiente de negócios no Brasil.
BRASIL - EQUADOR
MRE. DCOM. NOTA-244. 25 de Setembro de 2019. Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos entre a República Federativa do Brasil e a República do Equador – 25 de setembro de 2019
Foi assinado, hoje, à margem da 74ª Assembleia Geral da ONU, pelo Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Ernesto Araújo, e pelo Ministro de Relações Exteriores e Mobilidade Humana do Equador, Embaixador José Valencia, o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) entre Brasil e Equador.
Trata-se do primeiro instrumento jurídico em matéria de investimentos assinado pelo país andino após a denúncia, em anos recentes, de todos os seus acordos similares.
A assinatura do ACFI com o Equador representa oportunidade para o melhor aproveitamento do potencial das relações econômicas bilaterais. Estima-se em US$ 129 milhões o estoque de investimentos brasileiros naquele país. Em 2018, o intercâmbio comercial ultrapassou a marca de US$ 2,5 bilhões, e entre janeiro e agosto de 2019 foi registrado saldo favorável ao Brasil de US$ 479,18 milhões.
O Brasil firmou, também neste ano, dois outros ACFIs, com os Emirados Árabes Unidos e o Marrocos, elevando a 13 o número de acordos de investimentos já assinados com os seguintes países: Angola, Chile, Colômbia, Equador, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Guiana, Maláui, Marrocos, México, Moçambique, Peru e Suriname. Além desses, somos parte do Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (PCFI), juntamente com os demais sócios fundadores do MERCOSUL, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Relações bilaterais Brasil-Equador
Brasil e Equador estabeleceram relações diplomáticas em 1844. Em 1873, o Brasil abriu legação diplomática residente em Quito. Apesar de ser um dos dois únicos países da América do Sul com os quais o Brasil não compartilha fronteira, as relações bilaterais têm sido historicamente densas.
Em 2018, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 1,02 bilhões, com saldo positivo para o Brasil, que exportou US$ 904,85 milhões e importou US$ 112,31 milhões. Entre os principais produtos da pauta de exportações brasileiras para o Equador destacam-se: lâminas de ferro ou aço; fios de cobre; plásticos; ônibus; calçados; entre outros. As importações brasileiras foram compostas, especialmente, por chumbo refinado; conservas de peixes; chocolates e preparações alimentícias contendo cacau; caramelos; filés de peixe; madeira; entre outros.
Entre as iniciativas do programa de cooperação técnica entre Brasil e Equador, figuram, por exemplo, um projeto para gestão de recursos hídricos e um projeto para apoio à implantação do Banco de Leite Humano em hospital equatoriano, que tem por objetivo reduzir a mortalidade de recém-nascidos no país, com benefícios para a saúde materna e infantil.
Em abril de 2016, o Brasil prestou cooperação humanitária ao Equador, após o terremoto que atingiu o norte daquele país, considerado o mais forte desde 1979. Foi enviada ao Equador aeronave militar C-105 com suprimentos para atender cerca de 500 pessoas por três meses. A aeronave permaneceu no país por dez dias e realizou transporte de carga e de passageiros, bem como evacuações médicas.
Cronologia das relações bilaterais
2019 – Assinatura de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos entre a República Federativa do Brasil e a República do Equador (25 de setembro)
2018 – Cerimônia de Comemoração dos 20 anos da assinatura do Acordo Global e Definitivo de Paz entre o Equador e o Peru (Brasília, 16 de outubro)
2018 – Visita do ministro das Relações Exteriores e Mobilidade Humana do Equador, José Valencia, ao Brasil (Brasília, 17 de agosto)
2016 – Viagem da presidenta Dilma Rousseff a Quito, ocasião em que mantém reunião bilateral com o presidente Rafael Correa e participa da presidenta da República na IV Cúpula da Comunidade da CELAC (26 e 27 de janeiro) [Discurso] [Declaração à imprensa]
2015 – Reunião entre Bolívia, Brasil, Equador e Peru para promover a migração segura na América do Sul (13 e 14 de julho)
2015 – Viagem do ministro Mauro Vieira a Quito por ocasião da reunião de chanceleres da CELAC. Os chanceleres de Brasil e Equador encontram-se à margem do evento (5 e 6 de maio) [
2015 – Viagem do ministro Mauro Vieira a Quito, por ocasião de reunião extraordinária do Conselho de Ministras e Ministros de Relações Exteriores da UNASUL sobre a situação na Venezuela (14 de março)
2015 – Visita do vice-presidente do Equador, Jorge Glas, por ocasião da posse da presidenta Dilma Rousseff. O vice-presidente equatoriano realiza encontro com o vice-presidente Michel Temer (janeiro)
2014 – A Presidenta da República, Dilma Rousseff, visita o Equador por ocasião da Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) (Quito, 5 de dezembro)
2014 – Visita do presidente Rafael Correa ao Brasil, por ocasião das Cúpulas BRICS-Países da América do Sul e CELAC-China. Na ocasião, realiza visitas a São José dos Campos, São Paulo e Brasília (julho)
2014 – O presidente Rafael Correa visitou o Brasil para participar da cerimônia de abertura da Copa do Mundo (junho)
2014 – O chanceler Patiño visita Brasília para reunir-se com o ministro Luiz Alberto Figueiredo (15 de janeiro)
2013 – A presidenta Dilma Roussef manteve reunião bilateral com o presidente Rafael Correa à margem da Cúpula da UNASUL (Paramaribo, 30 de agosto)
2013 – O vice-presidente Michel Temer participou da cerimônia de posse do presidente Correa (maio)
2013 – Visita do Ministro das Relações Exteriores ao Equador para participar de reunião do Mecanismo de Consultas Bilaterais com o chanceler Patiño e reunião de Chanceleres da OTCA, em Coca (2 de maio) [Atos adotados] [Declaração de El Coca]
2013 – O chanceler Patiño mantem jantar de trabalho com o sr. ministro de Estado, embaixador Antonio Patriota, em Brasília, para tratar do tema da reforma do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. A visita foi realizada no contexto de périplo do chanceler Patiño a países Sul-Americanos (4 de março)
2012 – O presidente Rafael Correa retorna ao Brasil para participar da Cúpula do Mercosul de Brasília (dezembro)
2012 – Acordo de Cooperação entre o Brasil e o Equador (1º de outubro)
2012 – O presidente Rafael Correa visita o Brasil para participar da Cúpula Rio+20 (junho)
2012 – O chanceler Patiño realiza visita a Brasília para manter reunião do Mecanismo de Consultas Bilaterais com o sr. ministro de Estado, embaixador Antonio Patriota (30 de abril)
2011 – Chanceler Patiño mantém encontro bilateral com o sr. ministro de Estado, embaixador Antonio Patriota, em Manaus, à margem da XI Reunião de Chanceleres da OTCA (22 de novembro)
2011 – Visita do sr. ministro de Estado, embaixador Antonio Patriota, a Quito (15 de julho)
2009 – O Chanceler Fander Falconí realiza visita a Brasília, quando encontra-se com o sr. ministro de Estado, embaixador Celso Amorim (24 de agosto)
2008 – Visita ao Brasil do ministro da Defesa do Equador, Javier Ponce (setembro)
2008 – Entrada em operação, em agosto, da rota aérea regular Guaiaquil-Manaus-Quito, operada pela estatal equatoriana TAME. Em dezembro, a rota foi suspensa por inviabilidade econômica.
2008 – Visita do presidente Rafael Correa ao Brasil, para angariar apoio na crise de seu país com a Colômbia (4 e 5 de março)
2007 – O sr. Ministro de Estado, embaixador Celso Amorim, em visita a Quito, é recebido pelo presidente Rafael Correa e pela ministra da Defesa do Equador, María Fernanda Espinosa (4 e 5 de outubro)
2007 – Os presidentes Lula e Correa mantêm encontro em Manaus (30 de setembro)
2007 – O presidente Rafael Correa realiza visita de Estado ao Brasil (4 de abril)
2007 – Visita da chanceler do Equador, María Fernanda Espinosa, ao Brasil (26 de março)
2007 – Visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Equador para as cerimônias de posse do Presidente Rafael Correa (janeiro)
2006 – Visita do presidente eleito do Equador, Rafael Correa, a Brasília (8 de dezembro)
2006 – Visita do sr. ministro de Estado, embaixador Celso Amorim, ao Equador (18 de janeiro)
2005 – Visita do sr. ministro de Estado, embaixador Celso Amorim, a Quito (16 e 17 de agosto)
2005 – O Brasil concede asilo, em abril, ao ex-presidente Lúcio Gutiérrez, após seu refúgio na Embaixada do Brasil em Quito. Em outubro, Gutiérrez renunciou ao asilo e regressou a seu país.
2004 – Nova visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Quito (24 e 25 de agosto)
2003 – O presidente do Equador, Lúcio Gutiérrez, visita o Brasil (27 de maio)
2003 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o Equador (janeiro)
1998 – Os presidentes do Peru, Alberto Fujimori, e Equador, Jamil Mahuad, assinam, em 26 de outubro, em Brasília, o Acordo de Paz Peru-Equador, que põe fim ao conflito sobre a fronteira não demarcada na Cordilheira do Condor. O acordo cria uma zona desmilitarizada e dois parques ecológicos na região
1988 – O presidente José Sarney realiza a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro ao Equador
1982 – O presidente Osvaldo Hurtado protagoniza a primeira visita oficial de um chefe de Estado equatoriano ao Brasil
1942 – Assinado, no Rio de Janeiro, no mês de janeiro, o Protocolo de Paz entre Peru e Equador, tendo como países-garantes Argentina, Brasil, Chile e EUA
1922 – Acordo de limites entre Colômbia e Peru deixa Equador sem fronteira com Brasil
1904 – O Tratado de Limites, assinado em 6 de maio, entre Brasil e Equador, define a linha Tabatinga-Apapóris como marco divisório, em área ainda disputada com o Peru
1873 – Em janeiro, foi aberta a legação diplomática do Brasil residente em Quito
1844 – Brasil e Equador estabeleceram relações diplomáticas em novembro, quando o Imperador D. Pedro II designou Manuel Cerqueira Lima encarregado de negócios junto aos Governos de Nova Granada (atual Colômbia) e Equador, com residência em Bogotá
PROSUL
MRE. DCOM. NOTA-243. 25 de Setembro de 2019. Reunião de Chanceleres para adoção das Diretrizes para o Funcionamento do Foro para o Progresso e Integração da América do Sul (PROSUL) – Nova York, 25 de setembro de 2019
Os Ministros das Relações Exteriores de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Paraguai reuniram-se, em 25 de setembro de 2019, em Nova York, para dar seguimento à implementação do Foro para o Progresso e Integração da América do Sul (PROSUL).
Na reunião de Nova York, foi emitida a primeira declaração ministerial do Foro, por meio da qual adotaram as Diretrizes para o Funcionamento do Foro para o Progresso e Integração da América do Sul (PROSUL). Os Ministros também transmitiram convite para que Bolívia, Suriname e Uruguai juntem-se ao mecanismo.
O PROSUL foi idealizado como novo espaço de diálogo regional para o fortalecimento das relações e da cooperação entre os Estados sul-americanos. O PROSUL será constituído em torno do compromisso com valores fundamentais, como a defesa da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos.
Com uma estrutura leve e desburocratizada, o PROSUL realizará, uma vez ao ano, reuniões de Presidentes e de Ministros das Relações Exteriores. Contará com uma Presidência Pro Tempore, hoje a cargo do Chile, que coordenará as atividades de seis Grupos de Trabalho nas seguintes áreas: infraestrutura; energia; saúde; defesa; segurança e combate ao crime; e desastres. O PROSUL terá, ainda, o apoio do Instituto para a Integração da América Latina e do Caribe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID-INTAL).
AGRICULTURA
UNICA. PORTAL G1. 01/10/2019. Brasil é o maior produtor de cana de açúcar do mundo. No centro-sul, a colheita é feita com máquinas, sem queimadas, em 97% das áreas.
O Brasil é o maior produtor de cana de açúcar do mundo.
No centro-sul, a colheita é feita com máquinas, sem queimadas, em 97% das áreas.
A cana cria renda e emprego com a exportação e com o abastecimento interno do açúcar e do álcool.
Ela também está no bagaço, que serve de alimento para os animais e que gera vapor, responsável por 8% de toda a energia elétrica do país.
A cana é riqueza de cinco séculos: está na rapadura, nos óleos para a indústria química e nas leveduras usadas como complemento alimentar.
________________
LGCJ.: