US ECONOMICS
DoS. 06/29/2017. Three Pipeline Presidential Permits Issued for U.S.- Mexico Pipelines
Acting Assistant Secretary of State for Oceans and International Environmental and Scientific Affairs Judith G. Garber has issued Presidential permits for three NuStar Logistics, L.P. pipelines.
The permit for the New Burgos Pipeline authorizes construction, connection, operation, and maintenance of a new pipeline that has the capacity to deliver up to 108,000 barrels per day of certain refined petroleum products. It will cross the U.S.-Mexico border near Peñitas, Texas. New permits for the existing Dos Laredos and existing Burgos pipelines, which cross the border in Texas near Laredo and Peñitas, respectively, reflect a change in the name of the permit holder and authorize transport of a broader range of petroleum products than under the previous Presidential permits.
The Department of State reviewed NuStar Logistics, L.P.’s applications in accordance with Executive Order 13337 (April 30, 2004). As a matter of policy, the Department’s reviews were conducted in a manner consistent with the National Environmental Policy Act and the Department determined with respect to each application that implementation of the proposed project would have no significant direct, indirect, or cumulative effects on the quality of the natural or human environment.
In making her determination with respect to each application that issuance of the respective permit would serve the national interest, the Acting Assistant Secretary considered a range of factors, including but not limited to foreign policy; energy security; environmental, cultural, and economic impacts; and compliance with applicable law and policy. Among other considerations, the Acting Assistant Secretary found that issuance of each of the three Presidential permits would strengthen the bilateral relationship with Mexico and advance the economic and foreign policy interests of the United States.
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IBGE. 29/06/2017. Desemprego fica estável, mas aumenta número de trabalhadores sem carteira assinada
A taxa de desocupação (13,3%) ficou estável no trimestre março-abril-maio frente ao trimestre imediatamente anterior dez-jan-fev (13,2%), segundo os resultados da Pnad Contínua, do IBGE. Mas o número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,3 milhões) caiu em 479 mil pessoas, nessa comparação, e frente ao mesmo trimestre do ano passado, a redução foi de 1,2 milhões de pessoas com carteira assinada.
“A carteira de trabalho assinada vem há dois anos em um processo de queda. Foram mais de 2,7 milhões de postos de trabalho, então apesar da desaceleração da desocupação, fica claro que essas pessoas estão migrando para a informalidade”, explicou o Coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
O número de ocupados por atividade mostrou aumento na Indústria Geral (mais 344 mil pessoas), Alojamento e alimentação (mais 144 mil pessoas) e na Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 287 mil pessoas). Porém, houve queda na Construção (- 271 mil pessoas).
O mercado de trabalho brasileiro totalizava, no trimestre março-abril-maio, mais de 89,7 milhões de pessoas ocupadas: 33,3 milhões de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada, 10,5 milhões de empregados do setor privado sem carteira, 22,4 milhões empregados por conta própria, 11,2 milhões empregados do setor público, 4,1 milhões de empregadores, 6,1 milhões de trabalhadores domésticos, e 2,2 milhões de trabalhadores familiares auxiliares.
REUTERS. 30/06/2017. Desemprego no Brasil cai e vai a 13,3% no trimestre até maio, diz IBGE
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O mercado de trabalho no Brasil voltou a melhorar pela segunda vez seguida e a taxa de desemprego caiu a 13,3 por cento no trimestre até maio diante do aumento da população ocupada mesmo em ambiente de incerteza no país diante da crise política que vem afetando a confiança dos agentes econômicos.
A taxa caiu depois de ter atingido a máxima de 13,7 por cento no primeiro trimestre e de ter recuado a 13,6 por cento nos três meses até abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
O resultado ainda foi bem melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters com analistas, de 13,6 por cento. No mesmo período de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,2 por cento.
Apesar da melhora, o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo, prefere adotar a cautela diante do cenário econômico e político em curso no país. "Nesse momento, a melhor leitura é não conjecturar sobre o mercado de trabalho. Temos um momento político difícil no pais e crise econômica forte", disse.
O mercado de trabalho reflete a conjuntura econômica que, embora venha dando indícios de melhora, ainda faz com que o país sofra as consequências de dois anos de recessão e, mais recentemente, a forte crise política que atingiu o governo do presidente Michel Temer.
Os dados da Pnad Contínua mostraram que a população desocupada subiu 20,4 por cento no trimestre até maio em relação ao ano anterior, mas foi abaixo da marca de 14 milhões, chegando a 13,771 milhões de desempregados. No trimestre até abril eram 14,048 milhões.
Já a população ocupada caiu 1,3 por cento sobre o mesmo período de 2016, mas avançou 0,4 por cento na comparação com o trimestre imediatamente anterior, marcando a primeira vez no ano em que esse contingente aumentou. Assim, atingiu 89,687 milhões de trabalhadores, contra 89,2 milhões de trabalhadores entre fevereiro e abril.
O rendimento do trabalhador chegou a 2.109 reais nos três meses até maio, sobre 2.107 reais no trimestre encerrado em abril e 2.062 reais no mesmo trimestre do ano anterior.
BACEN. 30/06/2017. Política Fiscal em maio/2017
I - Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou deficit primário de R$30,7 bilhões em maio. O Governo Central apresentou deficit de R$32,1 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais registraram superavit de R$894 milhões e R$475 milhões, respectivamente.
No ano, o setor público consolidado registrou deficit primário de R$15,6 bilhões, ante deficit de R$13,7 bilhões no mesmo período de 2016. No acumulado em doze meses até maio, registrou-se deficit primário de R$157,7 bilhões (2,47% do PIB), 0,19 p.p. do PIB superior ao deficit registrado em abril.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$36,3 bilhões em maio, comparativamente a R$28,3 bilhões em abril. Contribuiu para esse aumento o maior número de dias úteis no mês. No acumulado no ano, os juros nominais somaram R$175,1 bilhões, comparativamente a R$151,2 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais alcançaram R$430,9 bilhões (6,75% do PIB), reduzindo-se 0,11 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em abril.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$67 bilhões em maio. No ano, o deficit nominal totalizou R$190,7 bilhões, comparativamente ao deficit de R$164,9 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o deficit nominal alcançou R$588,6 bilhões (9,22% do PIB), aumentando 0,08 p.p. do PIB em relação ao resultado deficitário registrado no mês anterior.
O deficit nominal apurado em maio foi financiado mediante expansões de R$77,4 bilhões na dívida mobiliária, R$15,7 bilhões na dívida bancária líquida e R$440 milhões no financiamento externo líquido, contrabalançadas, parcialmente, pela redução de R$26,5 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.
II - Dívida mobiliária federal
A dívida mobiliária federal interna fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$3.130,2 bilhões (49% do PIB) em maio, registrando acréscimo de R$6,9 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu resgates líquidos de R$19,3 bilhões, acréscimo de R$0,2 bilhão em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$26,1 bilhões.
Destacaram-se os resgates líquidos de R$52,8 bilhões em NTN-B e de R$0,5 bilhão em CFT-E; e as emissões líquidas de R$20,8 bilhões em LTN, de R$9,2 bilhões em LFT e de R$4,2 bilhões em NTN-F.
A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação ao mês de abril: a porcentagem dos títulos indexados ao câmbio permaneceu em 0,3%; a dos títulos vinculados à taxa Selic ficou estável em 22,9%; a dos títulos prefixados evoluiu de 26% para 26,4%, pelas emissões líquidas de LTN; e a dos títulos indexados aos índices de preços reduziu-se de 24,9% para 23,3%, pelos resgates líquidos de NTN-B. A participação das operações compromissadas passou de 25,6% para 26,8%, apresentando vendas líquidas de R$61,1 bilhões.
Em maio, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado foi a seguinte: R$186,5 bilhões, 6% do total, com vencimento em 2017; R$458,6 bilhões, 14,6% do total, com vencimento em 2018; e R$2.485,1 bilhões, 79,4% do total, vencendo a partir de janeiro de 2019.
No final de maio, a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$88,9 bilhões. O resultado, no regime caixa, dessas operações no mês (posição passiva em taxa Selic e posição ativa em taxa de câmbio mais cupom cambial), foi desfavorável ao Banco Central em R$0,6 bilhão.
III - Dívidas Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP alcançou R$3.075,1 bilhões (48,1% do PIB) em maio, expandindo-se 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
No ano, a elevação de 2 p.p. na relação DLSP/PIB decorreu da incorporação de juros nominais (aumento de 2,7 p.p.), da valorização cambial acumulada de 0,5% (aumento de 0,1 p.p.), do deficit primário (aumento de 0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.), e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.).
A DBGG (Governo Federal, INSS, governos estaduais e municipais) alcançou R$4.633,5 bilhões em maio (72,5% do PIB), elevando-se 1,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
BACEN. 30/06/2017. Apontamentos do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no evento Finanças +, promovido pelo Grupo Estado, em São Paulo.
BACEN. PORTAL G1. REUTERS. 30/06/2017. BC tem mais espaço para atuar no mercado de câmbio, diz Ilan. Estoque de swaps cambiais tradicionais, usados para controlar o câmbio, está baixo, em cerca de US$ 28 bilhões.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira (30) que a autoridade monetária tem mais espaço para atuação no mercado de câmbio diante do baixo estoque de swaps cambiais tradicionais, equivalente a cerca de US$ 28 bilhões.
Ilan repetiu, durante evento em São Paulo, que o regime de câmbio flutuante "é a primeira linha de defesa contra choques externos", mas que isso não impede o BC de usar seus instrumentos "para garantir o bom funcionamento e suavizar choques no mercado de câmbio".
Leia mais: Presidente do BC diz que fica no cargo com eventual saída de Temer
O presidente do BC acrescentou que, diante do cenário de inflação e de expectativas para os preços mais baixas, a autoridade monetária pode "se concentrar em evitar possíveis efeitos secundários de ajustes de preços relativos que possam ocorrer ao longo do tempo, não reagindo aos efeitos primários desses choques".
Ilan, em sua apresentação, não fez comentários sobre a política monetária no curto prazo, mas voltou a repetir que o andamento das reformas, sobretudo a da Previdência, é essencial para a economia.
Ele repetiu ainda que a adoção de metas de inflação mais longas é importante para gerar inflação mais baixa "de forma gradual e consistente", reduzindo os riscos.
Nova meta de inflação
Na véspera, como esforço para mostrar a continuidade de uma política econômica mais austera, o governo estabeleceu metas de inflação mais baixas para 2019 e 2020, de 4,25% e 4% pelo IPCA respectivamente. Nos dois casos, a tolerância ficou em 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Uma meta mais baixa para 2019 já era amplamente esperada pelo mercado em função do comportamento favorável da inflação nos últimos meses e das expectativas abaixo do centro da meta para 2017 e 2018. A novidade veio na forma da decisão de estender o horizonte da política monetária a três anos, ao invés de dois anos, estabelecendo um objetivo também para 2020.
Para 2017 e 2018, a meta é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto.
BACEN. PORTAL UOL. AGÊNCIA BRASIL. 30/06/2017. BC: aprovação de reformas é importante para a queda da inflação e dos juros
A aprovação de reformas, em especial a da Previdência, é importante para a sustentabilidade da queda da inflação e dos juros estruturais da economia, disse o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, nesta sexta-feira (30).
"O Brasil tem amortecedores robustos e, por isso, está menos vulnerável a choques internos ou externos. Vários ajustes e reformas aumentaram a confiança e reduziram a percepção de risco. A continuidade nessa direção, em especial com a aprovação da reforma da Previdência e de outras reformas que visam aumentar a produtividade, será importante para a sustentabilidade da desinflação e da queda da taxa de juros estrutural da economia", disse Goldfajn.
O presidente do BC disse que as taxas de juros nominais e reais (descontada a inflação) estão caindo. "A taxa Selic recuou 400 pontos base [4 pontos percentuais] nos últimos meses e há expectativa de quedas adicionais à frente. As taxas de juros reais também recuaram de valores próximos a 9% ao ano em setembro de 2015 para a faixa de 4,2% a 5% atualmente", disse.
Goldfajn lembrou que ontem o Conselho Monetária Nacional (CMN) fixou as metas para a inflação de 4,25% para 2019 e 4% para 2020. "É um passo importante para se caminhar para taxas de inflação mais baixas de uma forma gradual e consistente, para minimizar riscos e ser sustentável ao longo do tempo", destacou.
BACEN. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 30/06/2017. Meta de inflação menor requer investimentos e controle fiscal
FLAVIA LIMA, DE SÃO PAULO
Em meio a uma forte crise política e uma economia que ainda patina, o governo confirmou a já esperada redução da meta de inflação de 4,5% para 4,25% em 2019 e surpreendeu ao estabelecer uma meta para 2020, mais baixa, de 4%. A meta de inflação não era alterada desde 2005.
Com a decisão, o próximo governo terá que trabalhar com uma margem de manobra menor para a inflação, o que é visto por economistas como o caminho mais acertado para alcançar um nível de preços mais baixo e próximo de países semelhantes, além de estabelecer um comprometimento dos próximos governos com a estabilidade da economia.
Especialistas também discordam que uma meta ainda mais baixa em um momento em que, supostamente, o país estará crescendo novamente possa requerer doses mais altas de juros para conter os preços.
Embora admitam que a queda brutal da inflação se deva também à recessão, eles dizem que a volta do crescimento não significa, necessariamente, o retorno da inflação.
"Se o país estiver se preparado para isso, lidando com algumas restrições de oferta da economia, como o investimento, dá para ter crescimento alto e inflação e juros mais baixos", diz Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Haitong.
O controle dos gastos públicos, dizem os economistas, também é condição fundamental para sustentar a meta de inflação de 4%.
Alberto Ramos, diretor de pesquisa do Goldman Sachs, diz que as novas metas são críveis, mas que, para que ancorem as expectativas de inflação com sucesso, devem ser acompanhadas de esforço fiscal e da adoção de reformas que tornem a economia mais flexível e produtiva.
Marcelo Carvalho e Gustavo Arruda, do BNP Paribas, dizem que a redução da meta reforça o alto nível de confiança do banco de que a taxa básica de juros da economia, a Selic, encerre o ano em 8% e caia para 7% em 2018.
MOMENTO
O CMN (Conselho Monetário Nacional) se reúne todo ano para fixar a meta dois anos à frente. Hoje, o órgão formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central inovou também ao ampliar o prazo da definição para três anos.
O que significa que a meta a ser estabelecida no ano que vem será a de 2021.
previsão do mercado - Para o IPCA em 2017 e 2018, semana a semana
Para os economistas, a meta de inflação é importante porque baliza as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros, considerada o principal instrumento para manter os preços sob controle.
Em outras palavras, uma meta de inflação mais baixa faz com que as expectativas de mercado se ajustem a ela, convertendo-se efetivamente em preços menores.
O país já teve chance de reduzir a meta de inflação em períodos nos quais a inflação ficou abaixo da meta (2006, 2007 e 2009), mas a avaliação é que ele não soube aproveitar o bom momento.
CRÍTICAS
Na contramão da visão predominante, Aloisio Araújo, ex-consultor do BC e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do Impa, disse em entrevista à Folha que metas de inflação muito baixas preocupam porque podem gerar custos elevados, como mais desemprego, por exemplo.
Estudo de 2014 de Araújo feito com Tiago Berriel, hoje diretor de assuntos internacionais do BC, aponta também que não convém a países com situação fiscal frágil, como o Brasil, e que podem ainda enfrentar situações de instabilidade política, ter meta de inflação muito baixa porque seria mais difícil defendê-la.
Na mesma linha, o ex-diretor de Política Econômica do BC Sergio Werlang diz que alguns aspectos da economia local fazem com que o país tenha uma inflação um pouco mais alta.
E, em situações nas quais é preciso reduzir gastos, ela acaba funcionando como instrumento de ajuste.
"Como não pode reduzir salários de funcionários públicos, por exemplo, o país precisa de uma inflação um pouco maior para reduzir gastos em termos reais", diz.
CMN. MF. 29/06/2017. CMN mantém TJLP em 7,0% ao ano para o 3º trimestre. Decisão está em linha com a estabilidade da meta de inflação em 2017 e do risco-Brasil
O Conselho Monetário Nacional - CMN, em reunião ordinária ocorrida hoje, aprovou a manutenção em 7,0% ao ano da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para o 3º trimestre de 2017.
Conforme a Lei nº 9.365, de 16 de dezembro de 1996, a TJLP é calculada a partir da meta de inflação calculada pro rata para os doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa e o prêmio de risco.
Tendo em vista que a meta de inflação para 2017 está fixada em 4,5% a.a., com intervalo de tolerância de menos um e meio ponto percentual e de mais um e meio ponto percentual, e que a média diária dos índices que medem o risco-Brasil em mercados internacionais no 2º trimestre de 2017 se manteve, na média, praticamente nos mesmos patamares do trimestre anterior, o CMN decidiu pela manutenção da referida taxa para o 3º trimestre.
MF. STN. Governo central apresenta déficit primário de R$ 29,371 bilhões em maio. Resultado foi influenciado pela antecipação de precatórios, o que pode trazer economia de até R$ 700 milhões para o Tesouro no ano, diz secretária Ana Paula Vescovi
Gustavo Raniere/MF
O governo central apresentou em maio deste ano déficit primário de R$ 29,371 bilhões, o que representa um aumento de 89,8% na comparação com o déficit primário de R$ 15,478 bilhões registrado em maio do ano passado. Em termos reais, corrigidos pelo IPCA, o déficit cresceu 83,2%.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, o déficit primário do governo central subiu 41,9% em termos reais na comparação com igual intervalo de 2016, passando de R$ 23,716 bilhões para R$ 34,984 bilhões.
Em entrevista coletiva para comentar os números nesta quinta-feira (29/6), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, explicou que o resultado de maio foi influenciado por fatores sazonais e extraordinários. Do lado sazonal, é em maio que tradicionalmente ocorrem as transferências para Estados e municípios de valores arrecadados em abril com imposto de renda e participações trimestrais associadas à exploração de petróleo.
O fator extraordinário que impactou o resultado, por sua vez, foi a decisão do Tesouro Nacional de antecipar, para maio e junho, os pagamentos de precatórios e sentenças judiciais, que habitualmente eram feitos em novembro e dezembro. Em maio foram pagos R$ 10 bilhões, e outros R$ 8,9 bilhões estão previstos para junho.
“Não se trata de uma despesa adicional, apenas do reordenamento ao longo do ano do pagamento dessas despesas”, destacou Vescovi. “Decidimos pagar em maio e junho, pois isso trará uma economia para as despesas anuais em torno de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões”, afirmou, acrescentando que essa economia ocorre porque os recursos são atualizados monetariamente mês a mês. A antecipação, portanto, é uma medida de responsabilidade e ajuda a cumprir a meta para o ano, acrescentou ela.
Vescovi apontou ainda que, mesmo com o impacto desses fatores sazonais e extraordinários sobre o resultado de maio, o déficit veio menor do que a programação financeira para o mês. Isso tem se repetido em todos os meses deste ano – os resultados realizados estão vindo sempre melhores do que os programados, conforme aponta um gráfico do Tesouro.
Meta
Em 12 meses, o déficit do governo central – que engloba as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – soma R$ 167,6 bilhões, o equivalente a 2,59% do PIB. A meta para o déficit do governo central neste ano é de R$ 139,0 bilhões e será cumprida, garantiu a secretária.
“Há várias medidas tramitando no Congresso, algumas já aprovadas, e que serão adicionadas à programação do ano para complementar os esforço de cumprimento da meta fiscal”, disse Vescovi. De acordo com ela, o segundo semestre terá sazonalidade mais favorável, e são esperadas receitas extraordinárias com repatriação, concessões e operações com ativos. Além disso, leilões estão previstos para setembro, outubro e novembro, afirmou.
“Temos um cronograma de acompanhamento bastante estrito dessas medidas, que têm editais, normas lançadas e que vão ocorrer no seu devido tempo”, afirmou Vescovi. Além disso, destacou a secretária, o Tesouro dará todas as informações necessárias para a tomada de decisão e a realização dos ajustes necessários à programação financeira ao longo do ano.
Previdência
Mais uma vez, a secretária chamou atenção para a discrepância entre as contas da Previdência e o restante do governo. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) registrou déficit de R$ 70,4 bilhões, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 35,4 bilhões. A projeção para o fechamento do ano é de um déficit de R$ 184,2 bilhões para o RGPS e de R$ 254,4 bilhões quando somado com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
“A agenda previdenciária é uma agenda do Brasil, uma agenda de Estado. Além de muito importante, é inevitável por causa da evolução demográfica”, afirmou Vescovi. Segundo ela, o Congresso saberá encontrar o melhor momento de votar essa reforma, e o Tesouro está à disposição para debater, tanto com os congressistas quanto com a sociedade, a importância de mudar as regras de aposentadoria.
O gasto elevado com a Previdência explica a resistência das despesas obrigatórias e contrasta com o esforço do governo em reduzir as despesas discricionárias com controle de fluxo, que diminuíram em R$ 19 bilhões no acumulado dos cinco primeiro meses deste ano em comparação com igual intervalo do ano passado, para R$ 35 bilhões.
IPEA. 29/06/2017 13:29
Situação fiscal inibe retomada mais vigorosa da economia
Carta de Conjuntura do Ipea aponta inflação, cenário internacional e contas externas como fatores que ajudam a manter situação econômica sob controle, apesar da turbulência política
O Grupo de Conjuntura do Ipea divulgou nesta quinta-feira, 29, a seção Visão Geral da Carta da Conjuntura nº 35. A análise indica preocupação com a situação fiscal do Brasil, já que os gastos obrigatórios continuam crescendo a uma taxa elevada e a arrecadação vem decepcionando. Por sua vez, a inflação, a economia internacional e as contas externas seguem em trajetórias benignas que ajudam a melhorar o ambiente macroeconômico brasileiro, mesmo em meio à instabilidade política.
A questão fiscal, aliada à incerteza quanto à agilidade na aprovação das reformas tributária e previdenciária, levou o Grupo de Conjuntura a projetar variações mais modestas para o investimento, que ainda deve permanecer no terreno negativo neste ano e apresentaria um crescimento mais moderado em 2018. A expectativa do grupo é de que a atividade econômica mantenha o ritmo de retomada gradual, levando o PIB a crescer 0,3% em 2017 e de forma um pouco mais rápida no ano que vem (2,3%).
No que se refere à trajetória da inflação, espera-se uma taxa de 3,5% em 2017 e de 4,3% em 2018. A leve aceleração inflacionária em 2018 é compatível com a redução esperada da taxa Selic para 8,5% a.a. ao final deste ano – e manutenção desse patamar no ano que vem –, a recuperação da atividade econômica e a taxa de câmbio mais desvalorizada, pressionada pelo cenário de maior incerteza.
Os indicadores mensais mais recentes (como os dados de confiança de junho da FGV), analisados na seção de Atividade Econômica da Carta de Conjuntura também divulgada nesta quinta, corroboram um cenário de retomada mais paulatina do crescimento. A recuperação mais forte do consumo tem esbarrado numa dinâmica de ajuste lento do mercado de trabalho e na recomposição ainda incipiente do crédito.
A Visão Geral da Carta de Conjuntura explica que a própria redução da inflação tem contribuído para aumentar o valor real dos gastos obrigatórios, como os benefícios previdenciários, que foram corrigidos por uma taxa inflacionária elevada no início do ano, e os salários do funcionalismo, negociados em anos anteriores sob a influência de expectativas de taxas ainda elevadas.
Nos primeiros quatro meses do ano, os pagamentos de benefícios previdenciários e assistenciais e de salários do funcionalismo (ativos e inativos) cresceram, em termos reais, 5,3% e 7,3%, respectivamente. Essa pressão dos gastos obrigatórios torna-se ainda mais dramática quando se considera que o total das despesas primárias federais caiu 4,3% em termos reais, no mesmo período. Ou seja, a margem de redução dos demais gastos vem se estreitando rapidamente, colocando em risco a meta de resultado primário no curto prazo.
O cenário analisado nesta edição da Carta de Conjuntura supõe que as turbulências políticas afetam negativamente o ritmo de retomada econômica, mas não impedem a continuidade desse processo. Da mesma forma, na ausência de um maior grau de contaminação do ambiente econômico pela conjuntura política, não há sinais de descontrole inflacionário.
Carta de Conjuntura nº35: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/category/sumario-executivo/
WTO. 30/06/2017. TRADE MONITORING. WTO records moderate rise in G20 trade restrictions
The WTO’s seventeenth monitoring report on Group of 20 (G20) trade measures, issued on 30 June, shows that trade restrictions in G20 economies have risen at a moderate rate similar to that of previous years, despite the uncertainty facing the global economy. The report calls on G20 governments to show leadership in supporting open and mutually beneficial trade as a driver of economic growth and development.
A total of 42 new trade-restrictive measures were applied by G20 economies during the review period (mid-October 2016 to mid-May 2017), including new or increased tariffs, customs regulations and rules of origin restrictions. This is an average of six measures per month – slightly higher than in 2016 but below the longer-term trend observed in 2009-2015 of seven per month.
G20 economies also implemented 42 measures aimed at facilitating trade during the review period, including the elimination or reduction of tariffs and the simplification of customs procedures. At an average of six new trade-facilitating measures per month, this represents a similar level compared to the previous reporting period (mid-May to mid-October 2016) and is in line with the declining trend observed in 2016.
It is notable that the estimated trade coverage of trade-facilitating measures implemented by G20 economies (US$163 billion) significantly exceeded the estimated trade coverage of trade restrictive measures (US$47 billion). In addition, liberalization associated with the 2015 expansion of the WTO’s Information Technology Agreement (ITA) continues to feature as an important contributor to trade facilitation
Commenting on the report, Director-General Roberto Azevêdo said:
“The moderation and restraint that we have seen in trade policies shows that the trading system is doing its job in keeping global commerce flowing and resisting protectionism. Nevertheless, there is a high level of economic and policy uncertainty, and therefore we need to remain vigilant. Efforts should be stepped up to avoid implementing new trade-restrictive measures and to reverse existing measures. I urge G20 economies to continue showing leadership in supporting open and mutually beneficial trade, and in further strengthening the rules-based trading system. The G20 should seek to continue improving the global trading environment, including by implementing the WTO Trade Facilitation Agreement, which entered into force in February this year.”
The initiation of trade remedy investigations (which the report does not classify as restrictive or facilitating) remained the most frequently applied measure, representing 50% of all trade measures taken during the review period. However, the amount of trade covered by these is relatively small (US$25 billion for trade remedy initiations and US$6 billion for terminations of duties). The main sectors affected by trade remedy initiations were wood and articles of wood; vehicles; and furniture, bedding material, and lamps. Main sectors where trade remedy duties were terminated were articles of iron and steel; machinery and mechanical appliances; and aluminum and articles thereof.
The G20 economies are Argentina, Australia, Brazil, Canada, China, France, Germany, India, Indonesia, Italy, Republic of Korea, Japan, Mexico, the Russian Federation, Saudi Arabia, South Africa, Turkey, the United Kingdom and the United States, as well as the European Union.
KEY FINDINGS:
- G20 economies applied 42 new trade-restrictive measures during the review period (mid-October 2016 to mid-May 2017), including new or increased tariffs, customs regulations and rules of origin restrictions. This equates to an average of six measures per month which is slightly higher than in 2016, but below the longer-term trend observed from 2009-2015 of seven per month.
- G20 economies also applied 42 measures aimed at facilitating trade over this review period, including eliminated or reduced tariffs and simplified customs procedures. This equates to an average of six new measures per month which is similar to the previous period and in line with the declining trend in the application of trade facilitating measures observed in 2016.
- During the review period, the estimated trade coverage for trade facilitating measures (US$163 billion) significantly exceeded the estimated trade coverage of trade restrictive measures (US$47 billion).
- This Report harmonizes the approach taken to trade remedies in the G20 Monitoring Report with that of the WTO-wide Report by introducing a separate annex for trade remedy measures. It is of interest to note that initiations of trade remedy investigations represented 50% of the total trade measures taken during the review period; although the amount of trade covered is relatively small (US$25 billion for trade remedy initiations and US$6 billion for terminations).
- Transparency and predictability in trade policy remains vital for all actors in the global economy. The G20 should show leadership in reiterating their commitment to open and mutually beneficial trade as a key driver of economic growth and a major engine for prosperity.
- Faced with continuing global economic uncertainties, the G20 should seek to continue improving the global trading environment, including by implementing the WTO Trade Facilitation Agreement, which entered into force in February this year, and working together to achieve a successful outcome at the 11th WTO Ministerial Conference in December.
G20 Trade-restrictive measures
(average per month)

Note: Values are rounded.
Source: WTO Secretariat.
G20 Trade-facilitating measures
(average per month)

Note: Values are rounded.
Source: WTO Secretariat.
G20 Trade remedy trends – initiations and terminations
(average per month)

Note: Values are rounded.
Source: WTO Secretariat.
Overview of G20 measures (mid-October 2016 to mid-May 2017)
(by number)

Source: WTO Secretariat.
Trade coverage of G20 import measures (mid-October 2016 to mid-May 2017)
OMC. PORTAL UOL. AGÊNCIA ESTADO. 30/06/2017. Brasil é país que mais adota medidas de abertura comercial, diz OMC
Jamil Chade, correspondente
Genebra
O governo brasileiro reduz de forma profunda o número de medidas protecionistas adotadas e já adota mais ações de abertura de seus mercado que barreiras às importações. Os dados publicados nesta sexta-feira, 30, pela Organização Mundial do Comércio, num informe ao G-20, destacam que o Brasil passou do País mais protecionista entre as grandes economias do mundo para a economia que mais adotou medidas para facilitar o comércio em 2017.
Entre outubro de 2016 e maio deste ano, o Brasil adotou um total de nove medidas de redução de tarifas de importação e maior facilidade para o fluxo comercial. Além disso, implementou outras quatro ações de redução de entraves para a importação.
Em relação às medidas de defesa comercial, a OMC destaca que houve uma "notória redução" dos casos iniciados pelo Brasil. Em 2015, o País era o terceiro mais protecionista do G-20, com 23 medidas antidumping. Em 2016, foram apenas onze casos, o que deixou o Brasil na oitava posição.
Do total de medidas aplicadas pelo governo, a maioria tem como meta frear as importações chinesas. São mais de 70 medidas acumuladas ao longo dos anos neste sentido.
Numa primeira avaliação sobre o protecionismo no mundo desde a chegada de Donald Trump na Casa Branca, a OMC constata que entre outubro de 2016 e maio de 2017, um total de 42 barreiras foram aplicadas pelo mundo contra o comércio. A média de seis medidas por mês ficou um pouco acima da média de 2016. Mas bem abaixo da tendência observadas entre 2009 e 2015.
Em 2017, o salto na abertura de casos nos EUA contra importações chama a atenção, com 13 novos processos de antidumping no período que coincide com a administração Trump.
Ainda assim, a OMC estima que, pelo mundo, o mesmo número de medidas de abertura de mercados foi adotado que aquelas com o objetivo de proteger economias. Foram 42 casos que afetaram positivamente US$ 163 bilhões em fluxos comerciais pelo mundo. Já as barreiras impactaram apenas US$ 47 bilhões.
Num apelo ao G-20, a OMC sugere que governos sejam "transparentes e previsíveis" em suas políticas comerciais. "O G-20 deveria mostrar liderança ao reiterar seu compromisso com um comércio mutuamente aberto como chave para o crescimento econômico", disse a entidade. Na avaliação da OMC, os governos do G20 deveriam trabalhar para garantir um ambiente comercial mais favorável diante das "incertezas econômicas globais".
Ainda assim, a entidade dirigida pelo brasileiro Roberto Azevedo afirma que o impacto positivo das medidas em 2017 é "um desenvolvimento muito positivo" e aponta que é "encorajador" ver que o G20 demonstra "moderação" ao adotar sua política comercial.
Previsão
A preocupação da OMC com o protecionismo não ocorre por acaso. 2016 viu o pior resultado de expansão das exportações mundiais desde 2009, com uma alta de apenas 1,3%.
No caso do Brasil, as exportações caíram em 8,6% no final de 2016. Mas a OMC destaca que a redução ocorreu a partir de taxas elevadas. Mas as importações continuaram "em profunda depressão", caindo 0,9% entre o segundo trimestre de 2016 e o final do ano.
Em 2017, a previsão é de que o crescimento seja de apenas 2,4%. Mas, caso as incertezas se confirmem, a expansão pode ser de 1,8%. Para o ano de 2018, a OMC trabalha com a perspectiva de que a expansão esteja entre 2,1% e 4,1%.
Um volume maior de produtos brasileiros poderá entrar na União Europeia com tarifa de importação reduzida. A partir deste sábado (1º), o bloco vai aumentar a cota brasileira para açúcar bruto em 78 mil toneladas e a de frango em 4,7 mil toneladas.
Historicamente, o Brasil tem sido o principal fornecedor de açúcar bruto de cana para a União Europeia. No ano passado, o País exportou 542 mil toneladas do produto para o bloco, o equivalente a 188 milhões de euros.
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a cota adicional de 78 mil toneladas se somará à atual, de 310,1 mil toneladas. As vendas realizadas por meio dessa cota adicional terão tarifa de 11 euros por tonelada, uma regra que valerá pelos próximos seis anos.
Exportação de aves
No caso do frango, a cota de 4,7 mil toneladas se soma à de 2,3 mil. Todo esse volume tem tarifa zero. Também houve acréscimo de 610 toneladas à cota do Brasil para cortes de peru, que hoje é de 4,3 mil toneladas, também sem tarifa.
FGV. IBRE. 30/06/2017. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem de Serviços. Confiança de Serviços cai em junho
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,8 pontos em junho, para 81,9 pontos. O desempenho negativo no mês deve-se, sobretudo, à piora das expectativas. O Índice de Expectativas (IE-S) do setor caiu 5,2 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA-S) cedeu apenas -0,4 ponto.
“A intensificação da tendência de ajuste nas expectativas, que vinha sendo observada desde o início do segundo trimestre, foi muito provavelmente influenciada pela turbulência no ambiente político a partir do 17 de maio. As avaliações sobre a situação corrente também foram afetadas, com o índice interrompendo uma sequência de três meses de alta. Assim, ao final do primeiro semestre, ampliam-se os sinais de manutenção de um cenário de atividade fraca, adiando uma fase mais clara de recuperação do setor.” avalia Silvio Sales, consultor do FGV/IBRE.
A queda de 2,8 pontos da confiança de Serviços em junho foi a maior desde setembro de 2015 (-3,0 pontos) e teve um perfil setorialmente generalizado, atingindo 9 das 13 atividades pesquisadas. A principal contribuição para a variação do IE-S em junho foi dada pelo indicador que mede as expectativas em relação a Demanda nos três meses seguintes, que recuou 5,3 pontos, para 84,7 pontos. No caso do ISA-S, a maior contribuição para a queda no mês foi dada pelo indicador de Situação Atual dos Negócios, que caiu 0,7 ponto para 78,3 pontos.
O NUCI do setor de serviços caiu 0,9 ponto percentual em junho, para 81,5%, o menor nível da série histórica.
Fatores Limitativos à Produção
Entre os fatores que vêm sendo apontados como entrave à atividade das empresas, o quesito Demanda Insuficiente continua liderando as reclamações, tendo sido apontado por 39,4% das empresas em junho. A segunda maior frequência relativa de citações em junho foi para a opção de resposta aberta (Outros Fatores), marcada por 33,5% das empresas. Ao classificarmos as respostas livres da opção Outros Fatores em duas grandes categorias, Clima Econômico e Clima Político, observa-se um forte indicativo da influência do ambiente político na avaliação das empresas sobre o rumo dos negócios em junho. A citação ao Clima Político como um fator limitativo supera pela primeira vez desde outubro de 2014, período de eleições, o Clima Econômico, o que reforça a interpretação de que a piora das expectativas esteja relacionada aos eventos de 17 de maio.
A edição de junho de 2017 coletou informações de 1986 empresas entre os dias 1 e 27 deste mês.
A próxima divulgação da Sondagem de Serviços ocorrerá em 31 de julho de 2017.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5593FD36B015CF8966AEE2E78
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