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May 19, 2017


BRASIL


DÓLAR

BACEN. PORTAL G1. 19/05/2017. Dólar cai mais de 2% após fechar na maior alta em 18 anos. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 8,15%, a R$ 3,3890 na venda.
Por G1

O dólar abriu o dia em queda nesta sexta-feira (19), após fechar na maior alta diária em 18 anos na véspera, diante do pânico dos mercados em relação a denúncias envolvendo o presidente Michel Temer. O movimento é de correção e também sente os efeitos da forte intervenção do Banco Central.
Às 10h09 a moeda norte-americana operava em queda de 2,47%%, cotada a R$ 3,3052 na venda, após fechar a R$ 3,3890 na sessão anterior. Veja a cotação.
Depois de ter sido atingido por denúncias, feitas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de investigação contra o presidente Temer.
Para Alexandre Wolwacz, da L&S Investimentos, o recuo observado hoje no início dos negócios é natural e não tem relação com o conteúdo dos aúdios das conversas entre Temer e Joesley, divulgados na noite anterior.
"Ontem o dólar se afastou muito do preço médio dos últimos 30 dias. Quando isso acontece, é normal essa correção. O mercado ainda não teve tempo para digerir os áudios", disse ao G1.
Segundo ele, a moeda deve buscar um patamar em torno de R$ 3,22 nos próximos dias. "Mas isso [o movimento de ajuste] fica completamente anulado se o dólar romper a faixa dos R$ 3,41", completou.
Intervenção do BC
O BC manteve a oferta de até 8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de moedas, para rolagem do vencimento de junho. Mas também anunciou que fará leilões diários de swaps cambiais até o próximo dia 23, ofertando até 40 mil novos contratos em cada atuação que decidir. Entenda o que são swaps.
Além do BC, o Tesouro Nacional também anunciou intervenção em razão da volatilidade no mercado e fará leilões nesta sessão, também até o dia 23, de compra e venda de títulos.
Véspera
Na véspera, o dólar subiu 8,15% e fechou a R$ 3,3890 na venda. Na máxima do dia, a moeda foi a R$ 3,44, segundo a Reuters, com o mercado reagindo reagindo à forte turbulência política iniciada na noite de quarta-feira (17), quando o jornal "O Globo" publicou notícia de que o dono da empresa JBS gravou o presidente da república, Michel Temer, dando aval para comprar silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.





BACEN. POTAL G1. 18/05/2017. Dólar tem a maior alta em 18 anos, em dia de nervosismo pelo cenário político. A moeda norte-americana subiu 8,15%, a R$ 3,389 na venda. Este é o maior valor de fechamento desde dezembro de 2016.
Por Karina Trevizan, G1

Dólar teve nesta quinta-feira (18) a maior alta em mais de 18 anos. Na máxima do dia, o dólar foi a R$ 3,44, segundo a Reuters, com o mercado reagindo reagindo à forte turbulência política iniciada na noite de quarta-feira, quando o jornal "O Globo" publicou notícia de que o dono da empresa JBS gravou o presidente da república, Michel Temer, dando aval para comprar silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
A moeda norte-americana subiu 8,15%, a R$ 3,389 na venda. Veja a cotação do dólar hoje. Este é o maior valor de fechamento desde dezembro de 2016, quando, no dia 16, o dólar terminou o dia vendido a R$ 3,3906. Segundo a agência Reuters, a alta desta quinta foi a maior desde o início de 1999, quando houve a maxidesvalorização do câmbio.
Homem conta notas de dólar em casa de câmbio no Cairo, Egito. (Foto: Reuters) Homem conta notas de dólar em casa de câmbio no Cairo, Egito. (Foto: Reuters)
Homem conta notas de dólar em casa de câmbio no Cairo, Egito. (Foto: Reuters)
Nesta quinta, o dólar para turismo chegou a ser vendido acima de R$ 4. Algumas casas de câmbio interromperam a venda de moedas pela manhã, enquanto outras colocaram os preços nas alturas, por causa da falta de parâmetros para as cotações em dia de turbulência do mercado.
O economista Roberto Troster credita a forte alta desta quinta-feira não apenas às incertezas geradas pelas turbulências políticas, mas também ao chamado “efeito manada”. “Não existe nada mais covarde que o dinheiro, e há uma coisa que se chama comportamento em manada”, afirma. Ele explica que a primeira reação dos investidores é comprar dólar. “Primeiro porque as pessoas buscam refúgio no dólar e segundo porque os investidores estrangeiros, que entendem menos de Brasil, estão vendendo suas ações. Essa saída de dólares da Bovespa afeta o câmbio.”
Troster diz que “tanto a Bovespa quanto o dólar devem continuar nervosos nas próximas semana”, mas avalia que do ponto de vista econômico a tendência de recuperação da economia, ainda que lenta, está mantida. “As reformas são um projeto do país, não do governo. Tudo indica que, ainda que num ritmo mais devagar, isso vai continuar.” Para o analista, “a turbulência é grande, mas o impacto na economia é menor”.
O economista chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, diz que o mercado já está precificando a saída de Temer da presidência, na espera apenas de detalhes de como será a transição. “A discussão do mercado agora é como vai se permitir um ciclo de transição que permita a continuidade das reformas econômicas no Brasil.”
O economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, disse que o discurso de Michel Temer nesta tarde reforçou o clima de incertezas no mercado sobre o andamento das reformas econômicas. Em seu pronunciamento, Temer disse que não renunciaria ao cargo de presidente da República.
“Na verdade, nós estamos mais em dúvida do que antes. O mercado sentiu um posicionamento seguro no discurso, o que abre a primeira dúvida: ele está fazendo um movimento de autodefesa?”, diz Vieira. “O segundo ponto é: se ele [Temer] estiver certo, como é que vai ser no futuro com o PSDB pulando fora do barco rápido como pulou?”
Segundo Vieira, o ponto do discurso que agradou os investidores “talvez seja a defesa das reformas”. “É a principal preocupação. O mercado não está preocupado com a questão política. O mercado quer saber se as reformas vão passar, se os juros vão cair.”

BACEN. REUTERS. 18/05/2017. Dólar tem maior alta desde 1999, a 8,15%, e encosta em R$3,40 após denúncias contra Temer
Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou esta quinta-feira com a maior alta em mais de 18 anos, acima de 8 por cento e aproximando-se do patamar de 3,40 reais, depois de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer que alimentaram percepções de que as reformas serão afetadas e, consequentemente, a recuperação da economia.

O dólar avançou 8,15 por cento, a 3,3890 reais na venda, maior alta desde o início de 1999, quando houve a maxidesvalorização do câmbio. O salto do dia acabou varrendo a baixa do dólar acumulada no ano até a véspera, de 3,45 por cento.

Na máxima do dia, o dólar foi a 3,4400 reais, mas num pregão que teve como característica o baixo volume por conta dos temores dos investidores.

O dólar futuro subia cerca de 8 por cento, a 3,40 reais no final da tarde, depois de ter atingido mais cedo a máxima para o pregão, a 3,4175 reais.

"Tudo o que está ruim ainda pode piorar, é incerteza absoluta", afirmou o gerente de tesouraria do Bank of China, Jayro Rezende.

O nervosismo pairou desde a abertura, tanto que os investidores evitaram tomar posições e o mercado à vista demorou a ter negócios. Diante disso, o Banco Central fez várias intervenções.

Na noite passada, o jornal O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.

Assim que a notícia chegou ao Congresso, a oposição não perdeu tempo para pedir o impeachment de Temer. Especialistas afirmaram que o governo foi fortemente abalado e, assim, as reformas consideradas essenciais, sobretudo a da Previdência, para recuperar a economia serão afetadas.

Diante da forte turbulência na cena política brasileira --que afetou até ativos no exterior, como os Treasuries norte-americanos--, o Tesouro Nacional e o BC atuaram.

O BC fez vendeu, por meio de leilões, 80 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, além de outros 8 mil papéis para a rolagem dos swaps que vencem em junho, no total de 4,435 bilhões de dólares.

Além dos leilões de swap pelo BC, o Tesouro suspendeu o leilão de venda de LTN e LFT programado para esta sessão e anunciou três novos leilões de compra e venda de títulos para os próximos dias.

Em setembro de 2015, BC e Tesouro atuaram conjuntamente para conter a forte volatilidade nos mercados financeiros, parceria adotada novamente no fim de 2016 após a eleição do presidente norte-americano Donald Trump.

Nas últimas semanas, os mercados financeiros estavam vivendo uma espécie de lua-de-mel com o governo Temer, apostando que ele conseguiria angariar votos suficientes para aprovar as reformas no Congresso Nacional. O dólar, nesta semana, chegou a fechar abaixo do patamar de 3,10 reais.

Além disso, a economia vinha dando alguns sinais de recuperação, depois de dois anos seguidos de forte recessão. A inflação também vinha perdendo fôlego e possibilitando que o BC fizesse reduções importantes na taxa básica de juros, o que tem potencial para estimular o consumo.


BOVESPA


BOVESPA. PORTAL G1. 18/05/2017. Bovespa despenca

A Bovespa fechou na maior baixa diária em quase 9 anos nesta quinta, após ter os negócios suspensos por 30 minutos pela manhã.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, caiu 8,8%, a 61.597 pontos. Veja a cotação. Foi a maior queda diária desde o dia 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%, reagindo à crise financeira internacional. É também o menor patamar desde janeiro deste ano.



Intervenção do BC no câmbio
Em meio à forte turbulência, o Banco Central anunciou nova intervenção no mercado, com leilão de swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, e que não eram voltados para rolagem de contratos já existentes.
"Depois do pânico inicial, o mercado está aguardando novos desdobramentos. Os leilões do BC aliviaram suavemente as cotações", afirmou à Reuters o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
Segundo a agência, o BC vendeu integralmente, em dois leilões, a oferta integral de até 40 mil swaps tradicionais. O BC também vendeu a oferta total de 8 mil swaps para a rolagem do vencimento de junho, no valor total de US$ 4,435 bilhões.
Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares
Em novembro do ano passado, o BC também havia feito oferta adicional de swap para tentar conter a volatilidade do mercado após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Mais cedo, o Tesouro Nacional e o BC publicaram notas afirmando que estão atentos ao mercado e que atuarão para manter sua plena funcionalidade. O Tesouro suspendeu o leilão de venda de LTN e LFT programado para esta sessão.

BOVESPA. PETROBRÁS. 18/05/2017. Ação da Petrobras tem sua maior queda diária desde 1999. Levantamento foi feito pela Economatica. Bradesco teve o pior dia desde 1998.
Por Karina Trevizan, G1

Com queda de 15,7% nesta quinta-feira (18), as ações preferenciais Petrobras tiveram a maior desvalorização diária desde 1999, segundo levantamento divulgado pela Economatica. Já os papéis preferenciais tiveram seu pior dia desde 2014, com desvalorização de 11,3%.
As ações preferenciais são aquelas que dão ao acionista preferência na distribuição de dividendos, enquanto as ordinárias dão direito a voto em assembleias da empresa.
A queda aconteceu em dia turbulento para os mercados, após reportagem publicada no site do jornal "O Globo" nesta quarta (17) informar que Joesley Batista, dono do grupo JBS, entregou à Procuradoria Geral da República (PGR) gravação de conversa na qual ele e Temer falaram sobre a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.
A ação da JBS perdeu 9,6% nesta quinta, o maior recuo desde março de 2016, ainda segundo a Economatica.
O levantamento mostra ainda que, entre as ações com mais peso no Ibovespa, os papéis do Bradesco e do Itaú Unibanco também tiveram dia de forte desvalorização. O papel preferencial do Bradesco caiu 13,1%, em seu pior desempenho diário desde 1998. Já o preferencial caiu 13%, também o maior recuo desde 1998.
A ação preferencial do Itaú Unibanco caiu 12% nesta quinta, a maior queda desde 2008. A ordinária recuou 9,9%, na maior variação negativa desde 2011. Ainda no setor de bancos, as ações do Banco do Brasil tiveram queda de 19,9%, a maior desde março de 2016.
A Cemig, que no início do pregão liderou as perdas e chegou a cair mais de 40%, terminou o dia em queda de 20,4%, na maior perda diária desde fevereiro de 2016.
Bovespa despenca
O mercado financeiro brasileiro teve um de fortes oscilações em meio à crise política. Nesta quinta, o dólar subiu 8,15%, a R$ 3,389 na venda, na maior valorização diária em 18 anos. A Bovespa também foi impactada pelas incertezas, e terminou o dia em queda de 8,8%, a 61.597 pontos - a maior baixa diária em quase 9 anos. Pela manhã, os negócios chegaram a ser interrompidos por causa da forte oscilação, com o principal indicador da bolsa caindo 10,47%.
Oscilação da Bovespa em maio (Foto: G1 ) Oscilação da Bovespa em maio (Foto: G1 )
Oscilação da Bovespa em maio (Foto: G1 )
No mercado de ações, os papéis da Eletrobras tiveram o maior tombo do dia, com recuo acima de 20% nas ordinárias (com direito a voto).
Maiores baixas do Ibovespa nesta quinta-feira:
Eletrobras: -20,96%
Cemig: -20,43%
Banco do Brasil: -19.90%
Gerdau: 17,08%
Eletrobras: 16,96%
Rumo: -16,94%
Cyrela: -16,26%
Usiminas: -16,13
Petrobras: -15,75%
Lojas Americanas: -15,43%

BOVESPA. REUTERS. 19/05/2017. Ibovespa futuro sobe em movimento de ajuste após queda forte na véspera

SÃO PAULO (Reuters) - O contrato do Ibovespa para junho subia pouco mais de 1 por cento nos primeiros negócios desta sexta-feira, após o pânico da véspera que tomou conta dos mercados financeiros brasileiros diante da repercussão negativa a denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.

Às 09:10, o contrato para junho do Ibovespa tinha alta de 1,27 por cento, a 62.280 pontos, depois de abrir com valorização de cerca de 3 por cento.

Na véspera, o Ibovespa desabou 8,8 por cento, com o pânico disparado após notícias de que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

Na conversa, Joesley Batista confessou ter pago propina a um procurador da República para ter acesso antecipado a investigações que o envolvia, reclamou de nomeações para cargos importantes no governo, defendeu uma queda mais acentuada da taxa Selic e disse que "zerou" as pendências com Cunha.

O mecanismo de circuit breaker chegou a ser acionado na véspera, interrompendo os negócios por 30 minutos, algo que não acontecia desde outubro de 2008.

(Por Flavia Bohone)

ANBIMA. PORTAL G1. 18/05/2017. Títulos públicos tiveram maior desvalorização diária desde 2003, diz Anbima. Títulos perderam 3,67% do seu valor nesta quinta-feira, segundo levantamento da Anbima iniciado em 2003; títulos que pagam a Selic se valorizaram, apontando expectativa de alta na taxa.
Por G1

Os títulos públicos tiveram nesta quinta-feira (18) uma desvalorização média de 3,67%, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Trata-se da maior queda já registrada pela associação, que acompanha diariamente o valor de mercado dos títulos desde 2003.
O Índice de Mercado Anbima (IMA) reúne uma carteira de títulos públicos que é a referência da rentabilidade dos títulos de dívida brasileira. Esse valor considera o preço de mercado do título, ou seja, quanto ganha o investidor em caso de venda antecipada. Quem segurar o título até o seu vencimento, receberá os juros contratados na hora da compra.
A queda dos títulos ocorreu em dia de turbulências no mercado financeiro. O Ibovespa caiu 8,8% no pregrão de quinta-feira, dia em que os negócios chegaram a ser interrompidos na bolsa brasileira diante do caos no mercado financeiro.
O Tesouro chegou a suspender a venda de títulos públicos programados para hoje, mas as negociações continuaram no mercado secundário.
Perdas maiores
Os títulos NTN-B, que pagam uma taxa fixa mais a inflação, foram os que tiveram maiores perdas, de 7,52%, segundo a Anbima. Já os títulos prefixados se desvalorizaram 3,48% no dia.
Os únicos títulos que se valorizaram foram os que são remunerados com base na taxa a Selic. Economistas consultados pelo G1 colocaram em xeque o ritmo de redução da taxa básica de juros pelo Banco Central diante da crise política.
"Os resultados de hoje reverteram a performance positiva que os índices acumulavam no mês e reduziram as valorizações observadas neste ano", disse a Anbima.


ANÁLISE


PORTAL G1. 18/05/2017. Crise política pode afetar recuperação da economia brasileira, dizem especialistas. Mercados entraram em pânico após denúncias contra o presidente Michel Temer; há dúvidas sobre aprovação da reforma da Previdência e manutenção do ritmo de corte da Selic.
Por Luisa Melo e Pâmela Kometani, G1

A crise política pode afetar a recuperação da economia brasileira, afirmaram especialistas ouvidos pelo G1. Após a delação dos donos da JBS afirmando que gravaram o aval do presidente Michel Temer para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os mercados entraram em pânico na manhã desta quinta-feira (18), com o dólar cotado acima de R$ 3,40, e a Bovespa chegou a interromper os negócios depois de cair mais de 10%.
Esse cenário trouxe incertezas quanto ao andamento das reformas da Previdência e Trabalhista, que estão em análise no Congresso. Até mesmo o ritmo de queda da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, pode ser afetado pelas incertezas na economia e política, de acordo com os especialistas.
ACOMPANHE OS MERCADOS EM TEMPO REAL
Segundo Alexandre Wolwacz, diretor técnico da L&S Investimentos, a crise política trouxe consequências econômicas violentas e somente após a resolução disso será possível saber a direção da economia no país. “Essa situação gera uma incerteza sobre a política econômica. Não sabemos se vamos continuar reduzindo as taxas de juros, se vamos respeitar a meta de inflação ou se vamos conseguir gerar empregos”, ressalta.
"A agenda de reformas fica praticamente inviabilizada, a própria manutenção do governo é incerta e isso afeta também a retomada dos investimentos, a principal variável por trás da expectativa de retomada da economia", diz Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências. Diante desse cenário, segundo ele, a queda do desemprego também fica mais distante.
Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings, os acontecimentos políticos afetam a economia em curto, médio e longo prazo, e precisam de resolução para o andamento do mercado. "É importante ter o conhecimento dos fatos o mais breve possível para que os agentes econômicos determinem suas expectativas e atuem", afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings.
"Essa crise coloca praticamente em terra qualquer chance de reforma e ainda põe em dúvida a permanência do Temer", avalia Chico Pessoa, economista da LCA Consultores.
Taxa Selic
Campos Neto, da Tendências, acredita que, caso a volatilidade do mercado se prolongue, o Banco Central pode reduzir o ritmo de queda ou até mesmo estagnar a taxa Selic. "Se o dólar continuar subindo ao longo das próximas semanas, chegando a R$ 3,60, R$ 3,80, o estrago inflacionário pode ser grande e o governo vai ter que ser mais cauteloso [em relação ao corte da taxa básica de juros]", explica.
O corte na taxa Selic é embasado no ritmo de queda da inflação. Se o dólar sobe muito, o índice geral de preços acaba sendo afetado, já que muitos itens da economia têm insumos importados.
Por outro lado, Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings, acredita que a Selic não deve ser afetada, na próxima reunião em maio, e a empresa projeta corte de 1 ponto percentual. Para as próximas reuniões, o especialista diz que o Banco Central vai analisar os acontecimentos para determinar se o ritmo será mantido. "O BC já acompanhava a sustentabilidade de economia e como a reforma da Previdência foi colocada em dúvida, isso coloca a sustentabilidade do equilíbrio fiscal em dúvida e as chances de reduzir a taxa depende dessa aprovação", afirma.
Rating
Sobre a nota emitida pelas agências de classificação de risco para o país, Neto diz que uma redução não é provável no curto prazo, mas a expectativa de recuperação do rating não deve se concretizar, segundo Campos Neto.
De acordo com Agostini, da Austin Ratings, as incertezas políticas que afetam a economia também impactam de forma negativa a percepção de melhora no rating, já que a aprovação da reforma da Previdência era considerada uma das etapas para melhorar o grau de investimento do país. "Isso é ruim porque mantém a limitação de investidores internacionais no Brasil".
Incertezas no mercado
A LCA espera uma maior taxa câmbio, uma queda menor na taxa de juros e um ritmo menor de crescimento do PIB. "Já a inflação vai depender do comportamento das variáveis aumento do câmbio e queda da atividade econômica", diz Pessoa.
"O mercado não gosta de incerteza. Se ele fica com medo, ele busca proteção e essa proteção normalmente vem no dólar", afirma Pessoa.
Sobre a abertura da Bovespa em circuit breaker, um mecanismo de controle de variação dos índices, Wolwacz, da L&S Investimentos, disse que isso pode ser considerado um fato raro. “Não tínhamos visto isso nem em 2008. É um fato histórico dentro da bolsa brasileira”, ressalta.
Indefinição sobre Temer
A indefinição sobre a permanência de Temer coloca em cheque não só a aprovação das reformas, mas a continuidade da política econômica, incluindo a gestão de estatais como a Petrobras, que tem capital aberto, segundo Pessoa. "E se vem alguém (um novo governo) que muda a política e congela os preços da Petrobras de novo?", avalia Pessoa.
"As perguntas que estamos fazendo agora, considerando o cenário da queda do Temer como o mais provável, é: tem eleição direta ou indireta? A equipe econômica fica até ele sair? Quem vai ganhar vai mantê-la?", questiona Pessoa.
As quedas da Petrobras, Banco do Brasil e Vale nas bolsas ao redor mundo também foram impactadas pela incerteza do comando no Brasil, já que se houver uma troca de governo, a tendência é que essas empresas tenham troca de gestores e o mercado se antecipa a prováveis mudanças. "Essas alterações podem impactar futuras decisões e o mercado age para se proteger de possíveis perdas", afirma Agostini.
Segundo Pessoa, se a equipe econômica de Temer continua no comando do país, ainda que a reforma da Previdência não seja aprovada, outras políticas como o controle do caixa, o aumento dos impostos, a PEC do teto dos gastos e as concessões a privatizações são mantidas, acalmando os investidores.

PORTAL G1. 18/05/2017. Coluna de Thais Herédia. 'Reformas estão em coma', diz analista político

Mercado financeiro e governo já ensaiavam uma comemoração pela aprovação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados. Há menos de 12 horas antes de estourar o escândalo envolvendo Michel Temer, Aécio Neves e a JBS, os aliados do governo já contabilizavam os votos necessários para aprovação da PEC da previdência – tudo que o mercado esperava para destravar os investimentos para o Brasil.

O país amanheceu num dia obscuro, incerto e uma promessa assustadora de que viveremos tempos turbulentos, numa crise sem precedentes. A crise com o impeachment, a recessão e a Lava Jato (até aqui) perdeu peso diante do escândalo que pode decretar o final da presidência de Temer.

Como a maior preocupação do mercado, até então, era com a aprovação das reformas, em especial da previdência, perguntei ao analista político Lucas Aragão, da Arko Advice, como fica a agenda econômica da política.

“As reformas estão em coma. A chance de ressuscitá-las depende da nova maioria em torno de um novo governo que deve surgir. Temer perdeu a capacidade de tocar as reformas. Se ele ficar, ou se será o TSE a decidir sobre seu governo, ou ainda se será através de um impeachment, tudo isso vai ditar as condições para as reformas ressuscitarem ou não”, respondeu.

O cenário do momento, e mais benigno, traçado por Lucas Aragão é de renúncia de Temer e, em seguida, de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, assumindo a interinidade da Presidência da República. Mesmo que seja assim, a pauta do parlamento vai estar totalmente voltada para a votação indireta para a escolha do novo presidente.

“Vamos ter que acompanhar a capacidade política do Maia. A interinidade dele dura 30 dias e neste tempo, o objetivo é tocar a eleição. Nós não temos eleição indireta desde Tancredo Neves e a Constituição Federal é muito cinzenta sobre o que pode, ou não pode. Maia deve levar esses 30 dias mais preocupado em arrumar as regras para só depois pensar nas reformas”, avalia o analista da Arko Advice.

Será que os parlamentares serão capazes, ou terão disposição, para escolher um candidato reformista? Que garanta a retomada das votações da PEC da previdência o mais rápido possível e devolver alguma calma ao mercado financeiro?

“Existe já disposição do mundo político, do setor produtivo, dos municípios, dos estados, de quase todos os envolvidos, de aprovar a reforma da previdência. O governo estava praticamente com todos os votos. Agora, isso tudo vai depender deste novo conjunto de fatores: quem será a nova maioria do governo? Que disposição, que coragem terá para enfrentar esta agenda? O próprio Maia é um candidato. Mas tudo vai depender dos desenhos que vão nascer dos 30 dias do mandato de Rodrigo Maia. Como os partidos e os possíveis candidatos vão se acomodar”, disse.

No final das contas, o país está pendurado em Michel Temer. Enquanto ele não cede, não renúncia, se ele provocar um processo mais demorado e dramático da crise, vamos assistir à irracionalidade lógica dos investidores por mais tempo – de fugirem deste barril de pólvora o quanto antes.

PORTAL G1. 18/05/2017. Coluna de Thais Herédia. Mercados abrem em pânico

As operações feitas no mercado futuro da bolsa operavam em queda de 10% por volta das 9h da manhã desta quinta-feira (18). O dólar futuro também reagindo fortemente aos escândalos na política, operando acima de R$ 3,32. No mercado futuro de juros, os chamados DI’s dispararam para cima, revertendo o movimento recente de queda pela expectativa de derrubada da taxa Selic pelo Banco Central.

“Os mercados vão abrir totalmente disfuncionais. Vamos ver o que o BC e o Tesouro Nacional vão fazer para acalmar a turma”, me disse logo cedo um alto executivo do mercado, gestor de um grande fundo de investimentos no país.

Este é apenas um tempero do que pode acontecer no mercado financeiro brasileiro em reação à delação dos executivos da JBS contra o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves. Os operadores já esperam que a bolsa de valores acione “circuit breaker”, medida que interrompe as negociações para evitar que os preços percam fundamento com o pânico dos investidores.

“Cadê a gravação? Quais seriam as alternativas? Os nomes que podem assumir o governo? O Banco Central soltou comunicado avisando que está monitorando os mercados e avisou também que mantem seu plano estrutural de queda dos juros. Se realmente pensa em manter os planos de redução, pode não ser mais na intensidade que o mercado esperava, acima de 1pp. E para isso, para conseguir baixar o juro mesmo diante desta crise, o BC deve estar pensando em segurar o dólar”, explicou um experiente operador do mercado, numa das maiores instituições de investimentos do país.

Ainda assim, não está descartado um adiamento da queda dos juros no próximo dia 31, se a crise não for contida nas próximas duas semanas. E não é só isso que preocupa, já que a não aprovação da reforma da previdência vai jogar muita gasolina desta fogueira e pode reverter processo de recuperação da economia.

“De hoje até a reunião do Copom falta aproximadamente um século. Precisamos entender qual vai ser o cenário, a velocidade da saída do Temer, qual vai ser o tamanho da briga. Mas é bastante razoável imaginar que, se essa situação não ficar clara, não tem queda de juros no próximo Comitê”, me disse Adeodato Netto, da Eleven Financial.

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BACEN. 19/05/2017. BC divulga Boletim Regional, com dados e indicadores econômicos de cada região do país.

A evolução recente dos indicadores da atividade
econômica no país permanece compatível com as
perspectivas de estabilização da economia no curto
prazo e sugere retomada gradual da atividade ao
longo de 2017. A economia segue operando com
alto nível de ociosidade dos fatores de produção,
refletido nos baixos índices de utilização da
capacidade da indústria e, principalmente, na taxa
de desemprego, cenário que, ao lado da desinflação
dos alimentos, favorece a desaceleração da inflação.
Nesse ambiente, após registrar recuos trimestrais
desde o primeiro trimestre de 2015, o Índice de
Atividade Econômica do Banco Central – Brasil
(IBC-Br) variou 0,8% na margem, no trimestre encerrado
em fevereiro de 2017, de acordo com dados
dessazonalizados.
No Norte, ocorreram, ao final de 2016 e início deste
ano, sinais de estabilização da atividade, processo
caracterizado por resultados mistos nos indicadores
econômicos. No trimestre encerrado em fevereiro,
houve recuperação da produção industrial - com reflexo
positivo na confiança dos agentes econômicos
e no comércio exterior -, destacando-se o desempenho
da indústria de transformação, impulsionado
pelas indústrias de outros equipamentos de transporte
e produtos de informática, eletrônicos e
ópticos no Polo Industrial de Manaus, e de minerais
não-metálicos e produtos alimentícios, no Pará. Em
sentido inverso, houve retração no volume de serviços,
repercutindo, em parte, desempenhos
desfavoráveis nos mercados de trabalho e de cré-
dito. Nesse cenário, o Índice de Atividade Econômica
Regional – Norte (IBCR-N) cresceu, na margem, 0,6%
em relação ao trimestre finalizado em novembro,
quando diminuíra 2,5%, no mesmo tipo de compara-
ção, de acordo com dados dessazonalizados.
A atividade econômica teve registrar evolução mais
favorável no Nordeste em 2017, impactada pela
recuperação da safra agrícola – a produção de grãos
da região deverá aumentar 89,1% no ano, evidenciando
resultados expressivos das culturas de milho,
feijão e soja - e pelos efeitos da conclusão de
importantes obras sobre a estrutura produtiva da
região. No mesmo sentido, concorre a recuperação
gradual dos indicadores de confiança dos agentes
econômicos e a trajetória da demanda por bens e
serviços não financeiros. Nesse contexto, em que
persiste a ociosidade dos fatores de produção, o
Índice de Atividade Econômica Regional – Nordeste
(IBCR-NE) apresentou estabilidade no trimestre
encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado
em novembro, quando havia recuado 0,2%, no
mesmo tipo de comparação, considerados dados
dessazonalizados. Note-se que esta oscilação é
típica de períodos de acomodação da atividade.
Os principais indicadores da economia do CentroOeste
evoluíram favoravelmente no trimestre
encerrado em fevereiro de 2017. No âmbito da
demanda, as estatísticas do comércio e dos serviços
não financeiros na região sugerem momento de
inflexão, com tendência de elevação na trajetória
nos próximos trimestres, impulsionada pelo aumento
na renda agrícola, tendo em vista as estimativas
de crescimento da safra de grãos. Em relação aos
indicadores de oferta, destaque para o desempenho
da produção industrial, prejudicada em trimestres
anteriores pelos efeitos da estiagem sobre a
indústria alimentícia, que detém participação
relevante na cadeia produtiva da região. Nesse
contexto, o Índice de Atividade Econômica Regional
– Centro-Oeste (IBCR-CO) aumentou, na margem,
1,1% no período, após contração de 0,5% no trimestre
encerrado em novembro, segundo dados
dessazonalizados.
No Sudeste, a oscilação dos principais indicadores
econômicos sugere acomodação da atividade no
período mais recente. Nesse cenário, embora o mercado
de trabalho persista fragilizado, dificultando a
recuperação consistente dos indicadores de consumo,
e o reduzido dinamismo do mercado de crédito
ainda limite a recuperação dos gastos das famílias e
dos investimentos, as vendas do comércio ampliado
mostraram recuperação no trimestre encerrado em
fevereiro, em relação ao finalizado em novembro,
favorecidas pela expansão das vendas de tecidos,
vestuário e calçados. No mesmo sentido, produção
industrial do Sudeste interrompeu trajetória declinante,
sustentada, em especial, pela expansão da indústria
extrativa. Nesse cenário, o Índice de Atividade
Econômica Regional – Sudeste (IBCR-SE) cresceu
0,3% no trimestre finalizado em fevereiro, em rela-
ção ao encerrado em novembro, quando declinara
1,2%, no mesmo tipo de comparação, considerados
dados dessazonalizados.
O desempenho da economia do Sul apresentou
sinais de retomada importante no início de 2017, em
cenário de reação moderada do mercado de crédito.
No âmbito da demanda, houve reação significativa
das vendas do comércio ampliado e, em menor
escala, do volume de serviços não financeiros, em
ambiente de continuidade da recuperação das
expectativas dos consumidores. Os indicadores da
oferta também evoluíram favoravelmente. A safra
de grãos no Sul deverá aumentar 13,8% no ano,
ressaltando-se que a elevação da renda agrícola
tende a exercer desdobramentos favoráveis sobre a
indústria, e, de maneira mais abrangente, sobre toda
a cadeia produtiva da região. Em relação à atividade
industrial, é relevante enfatizar que a expansão de
4,0% registrada, neste segmento, no trimestre
encerrado em fevereiro de 2017, repercutiu
aumento na produção de catorze das dezoito
atividades pesquisadas, com destaque para a
fabricação de veículos automotores e de produtos
de fumo. Nesse contexto, o Índice de Atividade
Econômica Regional – Sul (IBCR-S) registrou, na margem,
variações respectivas de 2,8% e -0,9% nos
trimestres encerrados em fevereiro de 2017 e em
novembro do ano anterior, segundo dados dessazonalizados,
oscilação típica de períodos de
acomodação da atividade.

Boletim: http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2017/04/br201704P.pdf

CNI. 18/05/2017. Facilitação do comércio exterior ainda é desafio à competividade das exportações. O universo de encargos, taxas e contribuições que incidem sobre as importações e exportações de bens são desconhecidos pelo setor privado e até pelo governo. Empresas reivindicam a criação de um sistema de coleta único para estimular comércio internacional

O comércio exterior brasileiro vive um momento de simplificação dos procedimentos administrativos e legais, com impactos importantes na redução de prazos, custos e previsibilidade das operações de exportação e importação. Mas essa mudança ocorre lentamente por envolver pelo menos 22 órgãos públicos e centenas de processos. A avaliação faz parte da Agenda Internacional da Indústria 2017, documento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que reúne as prioridades do setor para a promoção da inserção internacional das empresas brasileiras.

Entre as prioridades para facilitar e desburocratizar o comércio exterior, a CNI avalia que é necessário realizar um levantamento do universo de encargos, taxas e contribuições arrecadados pelos órgãos anuentes do comércio exterior e que incidem sobre importações e exportações de bens. Atualmente, nem o setor privado e nem o governo sabem exatamente a quantidade de cobranças que existem ou o valor que movimentam.

TARIFA ILEGAL

Desde o ano passado, se intensificou a cobrança de uma tarifa para escanear os contêineres por terminais portuários. A CNI já informou ao governo sobre a cobrança ilegal do escaneamento dos contêineres nos portos brasileiros. Mas, até o momento, não obteve resposta.

Em 2016, os portos públicos movimentaram 3,9 milhões de contêineres. E o exportador pagou para escanear, por cada contêiner, entre R$ 200 e R$ 400. O valor depende de terminal para terminal. "A cobrança é ilegal. Mesmo que não fosse, a tarifa é incompatível com o serviço prestado, o que vai contra os compromissos assumidos pelo país no Acordo de Facilitação de Comércio da OMC”, diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Pesquisa da CNI mostra que a cobrança da "inspeção não-invasiva dos contêineres" impacta negativamente 78% dos exportadores brasileiros. Entre os 23 setores industriais mais afetados, estão o de alimentos, automotivo, café, calçados, papel e celulose e combustíveis.

AVANÇOS

Apesar das dificuldades, o diretor da CNI explica que há iniciativas bem sucedidas e que têm contribuído para ampliar as exportações. Abijaodi lembra que o Portal Único do Comércio Exterior, liderado pela Receita Federal e a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério de Indústria e Comércio e Serviços (MDIC), com apoio do setor privado, tem avançado.

Outra iniciativa relevante é a implementação, ainda em curso, do Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), que deve levar à assinatura de acordos de reconhecimento mútuo (ARM) com parceiros comerciais do Brasil.

PRIORIDADES PARA 2017

  • Portal Único de Comércio Exterior: Plena implantação do Portal Único de Comércio Exterior em 2017, de acordo com o orçamento, prazo e escopo planejados;
  • Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado: Negociação de acordos de reconhecimento mútuo do OEA com países e blocos prioritários, incluindo Estados Unidos, Japão, União Europeia e membros do Mercosul; 
  • Mapeamento de encargos, taxas e contribuições: Levantamento do universo de encargos, taxas e contribuições arrecadados pelos órgãos anuentes do comércio exterior brasileiro que incidem sobre as importações e exportações de bens;
  • Coleta única de encargos e taxas: Criação de um sistema de coleta única de pagamentos de encargos e taxas aplicadas no comércio exterior brasileiro no âmbito do Portal Único de Comércio Exterior;
  • CONFAC: Implementação da agenda prioritária do setor empresarial em matéria de facilitação de comércio no Comitê Nacional de Facilitação de Comércio (CONFAC).

BRASIL INTERNACIONAL

Na próxima terça-feira (23), confira em mais um capítulo da série Brasil Internacional reportagem sobre Tributação no Comércio Exterior. Acompanhe abaixo cada capítulo do especial da Agência CNI de Notícias:

1ª - Série especial mostra como o Brasil pode avançar no comércio exterior
2º - 8 acordos comerciais que precisam avançar até o fim do ano
3ª - Investimento da indústria no exterior fortalece a economia brasileira
4ª - VÍDEO: Logística ineficiente dificulta competitividade do comércio exterior brasileiro
5ª - Aumento de barreiras não-tarifárias afeta indústrias brasileiras
6ª - Burocracia no sistema de financiamento e garantias às exportações é entrave ao comércio
7ª - Facilitação do comércio exterior ainda é desafio à competividade das exportações

Agenda Internacional da Indústria 2017: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2017/4/agenda-internacional-da-industria/


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US ECONOMICS

FED. May 19, 2017. Federal Reserve Board issues Report on the Economic Well-Being of U.S. Households

Americans' overall financial well-being in 2016 continued on a modest upward path, although the improvement was less pronounced for those with less education, according to the Federal Reserve Board's latest Report on the Economic Well-Being of U.S. Households.

The report, based on the Board's fourth annual Survey of Household Economics and Decisionmaking conducted in October 2016, presents a picture of improving financial well-being among Americans. Overall, 70 percent of respondents said they were either "living comfortably" or "doing okay," up 1 percentage point from 2015 and up 8 percentage points from the first survey results in 2013. The improvements in well-being as reported by the survey respondents are concentrated among adults with at least some college education.

"The survey findings remind us that many American households are struggling financially, including fully 40 percent of those with a high school diploma or less," said Federal Reserve Board Governor Lael Brainard. "More broadly, 44 percent of all respondents could not cover an unexpected $400 emergency expense or would rely on borrowing or selling something to do so. The survey also shows that many adults have no savings for retirement."

The survey results also highlight differences in how those who went to college perceive the value of their education. Respondents who failed to complete at least an associate degree were less likely to report that the financial benefits exceeded the cost than were those who completed a degree. Although majorities of degree completers from a wide range of majors indicated that the financial benefits of their education exceed the costs, respondents with a degree in engineering were the most likely to report that their education was financially worthwhile. And perceived value also varied among those who attended public, non-profit, or for-profit institutions.

The survey covers several aspects of financial instability. Twenty-three percent of adults did not expect to be able to pay all of their current month's bills in full; 25 percent reported skipping medical treatments due to cost in the prior year; and, if faced with an unexpected $400 emergency expense, 44 percent of adults either could not pay the expense or would borrow or sell something to do so. This share of adults who appeared ill-prepared for a $400 emergency has declined 6 percentage points since 2013, and the share who reported missing medical treatments due to an inability to pay has declined 7 percentage points since 2013.

An additional concern among some workers was the scheduling requirements of their employer. Seventeen percent of workers, including 24 percent of those with a high-school education or less, report that their schedule varies from week to week based on employers' needs. Of those with variable schedules, two-thirds receive their schedule six days in advance or less, and 37 percent either have on-call scheduling or receive notice one day or less in advance.

In addition to the short-run challenges that some adults experience, a continued challenge that is also highlighted in the findings is a difficulty planning for the long-term needs in retirement. This includes the 28 percent of non-retired adults who lack retirement savings, and--among those who are saving--a lack of comfort in managing these savings. Fifty-three percent of adults with self-directed retirement accounts were either "not comfortable" or only "slightly comfortable" in their ability to make the right investment decisions about those accounts. Forty percent of black retirees and 50 percent of Hispanic retirees indicate that poor health contributed to their decision about when to retire, compared to 26 percent of non-Hispanic white retirees for whom health was a deciding factor.

Previous surveys have informed the Federal Reserve and other government agencies about consumer financial behavior and opinions. More than 6,600 respondents completed the survey. Topics covered in the survey and the report include individuals' overall financial well-being, employment experiences, income and savings behaviors, economic preparedness, access to banking and credit, housing and living arrangement decisions, education and human capital, student loans, and retirement planning.

Survey of Household Economics and Decisionmaking

Since 2013, the Federal Reserve Board has conducted the Survey of Household Economics and Decisionmaking (SHED), which evaluates the economic well-being of U.S. households and identifies potential risks to their financial stability. The survey includes modules on a range of topics of current relevance to financial well-being including credit access and behaviors, savings, retirement, economic fragility, and education and student loans.

All reports and related publications, including the most recent report, can be accessed through "Publications." In addition, the de-identified individual level data from the SHED and the corresponding documentation are available through "Data."

Report on the Economic Well-Being of U.S. Households in 2016. May 19, 2017 - This report analyzes results of the Board's fourth Survey of Household Economics and Decisionmaking. This survey provides insights into the well-being of households and consumers, and provides important information about how individuals and their families are faring in the economy.

FULL DOCUMENT: https://www.federalreserve.gov/publications/files/2016-report-economic-well-being-us-households-201705.pdf


TPP. REUTERS. 19/05/2017. Membros do acordo comercial TPP buscam avançar sem os EUA
Por Mai Nguyen e Kaori Kaneko

HANÓI/TÓQUIO (Reuters) - Os membros remanescentes do acordo de comércio Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) estão trabalhando em um comunicado para reafirmar seu compromisso apesar da saída dos Estados Unidos, disseram fontes próximas às discussões.

As discussões estão acontecendo durante a reunião Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, maior encontro de comércio desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subverteu a ordem mundial com sua política de "América Primeiro".

Enquanto o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, terá reuniões bilaterais com países importantes, a China pressionará com o acordo de comércio asiático conforme se coloca como potência global do livre comércio.

Já o Japão está liderando os países que ainda querem avançar com o acordo TPP, bem mais abrangente mas que Trump descartou em um de seus primeiros atos no cargo e que não inclui a China.

Fontes próximas às discussões disseram que os chamados Estados do TPP-11 --os 11 membros restantes depois que os EUA saíram --planejam um comunicado para domingo que dirá que estão comprometidos em avançar com o TPP.

"Haverá dois pontos principais: 1. buscar a entrada em vigor do TPP-11, 2. Ter em mente um ambiente em que um país signatário pode voltar", disse uma fonte próxima das discussões.

O acordo deve entrar em vigor no próximo ano.



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LGCJ.: