BOLSA DE VALORE DE NY. PORTAL G1. 18/05/2017. ADRs de empresas brasileiras têm forte queda após delação da JBS. Analista do mercado financeiro prevê forte alta do dólar e queda da Bovespa nesta quinta-feira (17) após reviravolta no cenário político.
Por Taís Laporta, G1
Os recibos de ações brasileiras negociados na bolsa de Nova York (ADRs) fecharam em queda na noite desta quarta-feira (17), logo após a informação de que os donos da JBS gravaram o aval do presidente Michel Temer para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os papéis ainda eram negociados por lá quando a notícia virou manchete. De acordo com a Nyse (bolsa de valores de Nova York), as ADRs da Petrobras fecharam em baixa de 1,53%, negociadas a US$ 10,29. Já os recibos do Itaú fecharam em forte baixa de 3,32%, e os da Vale recuaram 3,58%.
“Houve uma violentíssima pressão de venda destes papéis quando a notícia saiu, especialmente os das estatais”, comenta o especialista em mercado financeiro Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S. Petrobras chegou a cair 8% e Vale, 6%.
O índice de referência das ações brasileiras em Nova York, o EWZ iShares, recuou 3,21% nesta quarta-feira após ter despencado mais de 10%. Também fecharam em queda os papéis da Ambev, Vivo, BRF, Sabesp, Ultrapar, Companhia Siderúrgica Nacional, Gerdau e das demais ADRs brasileiras operadas no exterior.
O economista da L&S atribui a movimentação à reviravolta no cenário político brasileiro e ao temor dos investidores de que as novas revelações possam atrapalhar o andamento das reformas no Congresso, especialmente a da Previdência.
"Foi uma reação de fuga do dinheiro do risco Brasil por parte dos estrangeiros que apostavam em uma melhora no cenário econômico e confiavam na aprovação da reforma da Previdência. A movimentação mostra que eles decidiram sair o mais rápido possível deste cenário de incertezas e buscar proteção em ativos mais seguros como o dólar", avalia.
Segundo Wolwacz, a reação do mercado lá fora aponta para a possibilidade de forte queda do principal indicador da bolsa brasileira, o Ibovespa, logo na abertura do pregão na manhã desta quinta-feira (17), assim como de forte valorização do dólar frente ao real.
Fechamento dos mercados
Nesta quarta-feira, o índice de referência da bolsa paulista fechou em baixa após subir por 6 pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo de aversão a risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
O dólar fechou em alta em relação ao real nesta quarta-feira (17), interrompendo sequência de seis quedas seguidas e que o levou abaixo de R$ 3,10, acompanhando o cenário menos otimista no exterior diante da turbulência política nos Estados Unidos.
BACEN. PORTAL G1. 18/05/2017. Dólar futuro atinge limite máximo, na casa de R$3,32, após denúncias envolvendo Temer. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta 1,23%, cotada a R$ 3,1337 na venda.
Por G1
O dólar futuro disparava na abertura dos negócios desta quinta-feira, atingindo o limite máximo permitido de R$ 3,3235 para este pregão, depois de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer, destaca a Reuters.
Segundo informações da B3, o dólar futuro tem limite denegociação diária de 6%, para cima ou para baixo e, uma vez atingido, só podem sair negócios dentro desse nível. Ainda não foram registrados negócios no mercado à vista, com os investidores evitando tomar posições diante das graves denúncias.
Cotação
Na véspera, o dólar avançou 1,23%, a R$ 3,1337 na venda, depois de ceder 3,14% em 6 pregões. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,1357.
BACEN. REUTERS. 18/05/2017. Dólar futuro atinge limite máximo, a R$3,32, após denúncias contra Temer; mercado à vista está parado
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar futuro disparou na abertura dos negócios desta quinta-feira, atingindo o limite máximo permitido de 3,3235 reais para este pregão, depois de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer que alimentaram percepções de que as reformas serão afetadas.
Os temores eram tão grandes que não havia negócios no mercado à vista de dólar, com os investidores optando por não tomar posições. O Banco Central anunciou nova intervenção no mercado, com leilão de swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, e que não eram voltados para rolagem de contratos já existentes.
Segundo informações da B3, o dólar futuro tem limite de negociação diária de 6 por cento, para cima ou para baixo e, uma vez atingido, só podem sair negócios dentro desse nível.
"Quem é que vai vender dólar a 3,20 reais se amanhã ele pode estar a 3,90 reais?", afirmou o superindente de câmbio do Banco Ourinvest, Ralph Bigio.
Na noite passada, o jornal O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.
Assim que a notícia chegou ao Congresso, a oposição não perdeu tempo para pedir o impeachment de Temer, enquanto líderes governistas, pegos de surpresa, pediam cautela com a informação, evitando fazer defesas mais taxativas.
Especialistas afirmaram que o governo foi fortemente abalado e, assim, as reformas consideradas essenciais, sobretudo a da Previdência, para recuperar a economia serão afetadas.
O Banco Central manteve a oferta de até 8 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de moedas-- para rolagem do vencimento de junho, mas anunciou leilão adicional.
A autoridade também fará oferta de até 40 mil contratos com vencimentos em 1/8/2017, 2/10/2017 e 2/1/2018.
Em novembro do ano passado, o Banco Central também havia feito oferta adicional de swap para tentar conter a volatilidade do mercado após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Mais cedo, o Tesouro Nacional e o BC publicaram notas afirmando que estão atentos ao mercado e que atuarão para manter sua plena funcionalidade.
O Tesouro suspendeu o leilão de venda de LTN e LFT programado para esta sessão.
Até então, os mercados financeiros estavam vivendo uma espécies de lua-de-mel com o governo Temer, apostando que ele conseguiria angariar votos suficientes para aprovar as reformas no Congresso Nacional. O dólar, nesta semana, chegou a fechar abaixo do patamar de 3,10 reais.
Além disso, a economia vinha dando alguns sinais de recuperação, depois de dois anos seguidos de forte recessão. A inflação também vinha perdendo fôlego e possibilitando que o BC fizesse reduções importantes na taxa básica de juros, o que tem potencial para estimular o consumo.
(Por Claudia Violante)
BACEN. PORTAL UOL. 18/05/2017. Corretora em SP vende dólar a R$ 3,93 e só para quem vai viajar hoje
Thâmara Kaoru
Do UOL, em São Paulo
O dólar turismo era vendido a R$ 3,93 por volta das 10h40 desta quinta-feira (18) pela corretora Confidence Câmbio, incluindo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para dinheiro vivo. Segundo atendentes da casa de câmbio, a moeda só estava sendo vendida para quem vai viajar ainda hoje.
Também por volta de 10h40, a corretora GetMoney vendia o dólar turismo a R$ 3,84 com IOF.
Na casa de câmbio Treviso, o dólar era vendido por R$ 3,76 com o IOF por volta das 11h.
O UOL consultou mais três corretoras, que disseram que não estavam negociando a moeda por causa do pânico no mercado financeiro.
Na véspera, o jornal "O Globo" divulgou que Joesley Batista, um dos sócios da JBS, gravou uma conversa em que o presidente Michel Temer autoriza pagamentos para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha, preso desde outubro. Temer admite o encontro, mas nega a conversa.
Especialistas afirmam que o governo foi fortemente abalado e, assim, a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional devem ser afetadas.
(Com Reuters)
Por G1
O principal índice da bolsa paulista caiu mais de 10% e os negócios foram interrompidos às 10h21 por meio do "circuit breaker", repercutindo as denúncias da noite passada contra o presidente Michel Temer. Os negócios ficarão suspensos por 30 minutos e depois serão retomados. O site da Bovespa também saiu do ar. A última vez que isso aconteceu no mercado brasileiro foi em 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%.
O circuit breaker é um mecanismo de controle da variação dos índices. Quando as cotações superam limites estabelecidos de alta ou de baixa, as negociações são interrompidas, para evitar movimentos muito bruscos.
Às 10h21, o Ibovespa caía 10,47%, a 60.470 pontos. Veja a cotação.
Na Bovespa, o circuit breaker é disparado quando a baixa Ibovespa atinge os 10%. Os negócios são então paralisados por trinta minutos e retomados em seguida. Depois da retomada do pregão, se a queda persistir, os negócios são novamente interrompidos quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação é de uma hora.
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,67%, a 67.540 pontos, após subir por 6 pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo de aversão a risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência Reuters.
O contrato do Ibovespa para junho despencava 10% nos primeiros negócios desta quinta, refletindo a repercussão negativa a denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.
Mercados monitorados
Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".
A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
BOVESPA. REUTERS. 18/05/2017. Índice cai mais de 10% e circuit breaker é acionado
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa teve seus negócios interrompidos pelo mecanismo de circuit breaker após desabar mais de 10 por cento no início do pregão desta quinta-feira, repercutindo as acusações da noite da véspera envolvendo o presidente Michel Temer.
Os negócios foram parados às 10:21, com o índice marcando queda de 10,47 por cento, a 60.470 pontos.
Os negócios ficam interrompidos por 30 minutos e, segundo as regras da B3, se na volta dos negócios a queda do índice atingir 15 por cento ante o fechamento da véspera, os negócios são suspensos por uma hora.
As denúncias envolvendo Temer vieram à tona na noite passada, quando o jornal O Globo publicou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
No momento que o mecanismo de circuit breaker foi acionado, as ações PN da Cemig tinham a maior queda, de 41,7 por cento.
Na sequência vinham Rumo ON, Banco do Brasil ON e B3 ON, com perdas de 24,9, 24,6 e 20 por cento, respectivamente. Os papéis ON da JBS caíam 14,7 por cento no momento em que o circuit breaker foi acionado.
Petrobras PN desabava 18,7 por cento e Vale PNA tinha tombo de 7,7 por cento.
Apenas as units da Klabin estavam em alta no acionamento do circuit breaker, ganhando 3,79 por cento.
(Por Flavia Bohone)
REUTERS. 18/05/2017. JP Morgan corta recomendação de ações brasileiras para neutra após denúncias contra Temer
MILÃO (Reuters) - O JP Morgan cortou a recomendação para as ações brasileiras para neutra, dizendo que as reformas no país podem estar em risco após as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer em um escândalo de corrupção.
Na véspera, O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.
"Ainda que a tendência positiva para crescente atividade econômica e taxas de juros mais baixas deva persistir, nós rebaixamos taticamente as ações brasileiras de overweight para neutra em meio à percepção de risco maior de execução para aprovação das reformas", escreveram estrategistas do JP Morgan liderados por Pedro Martins Junior em nota.
Às 10h21, Ibovespa atingiu queda de mais de 10 por cento e o circuit breaker foi acionado.
O JP Morgan informou que as incertezas decorrentes do escândalo devem levar os investidores a reduzir a exposição a ações sensíveis às taxas de juro e ao crescimento, bem como elevar o peso de ações fora do setor financeiro, de matérias-primas e papéis defensivos atrelados ao dólar.
No exterior, as ações de empresas europeias com exposição ao Brasil, incluindo o grupo varejista francês Casino e as operadoras Telefónica e Telecom Italia, caíam acentuadamente nesta quinta-feira, reagindo às denúncias.
Nos Estados Unidos, o principal índice ETF tinha baixa de mais de 16 por cento no pré-mercado norte-americano.
(Por Danilo Masoni)
BOVESPA. REUTERS. 18/05/2017. Ações de empresas europeias expostas ao Brasil caem após denúncias contra Temer
Por Gabriela Mello
(Reuters) - As ações de empresas europeias com exposição ao Brasil operavam em baixa nesta quinta-feira, reagindo às denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.
Na véspera, O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos donos da JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.
Os papéis do grupo varejista francês Casino recuavam 3,9 por cento, tendo também no radar o rebaixamento por parte da Invest Securities em meio a preocupações com a alavancagem.
As ações da operadora espanhola Telefónica perdiam cerca de 2 por cento, enquanto as da Telecom Italia caíam ao redor de 4 e as da Experian perdiam 3 por cento.
"Achamos que está relacionado às preocupações do Brasil após notícias sobre Temer", disse Paul Marsch, analista da Berenberg referindo-se à queda da Telecom Italia.
Os papéis da montadora alemã Volkswagen e da fabricante de bebidas ABInBev também trabalhavam no vermelho, com baixas de 1,5 e 2 por cento, respectivamente.
PETROBRÁS. BOVESPA. PORTAL G1. 18/05/2017. Ações da Petrobras abrem com queda de 18% na Bovespa. Queda generalizada na Bolsa de Valores de São Paulo provocou a interrupção dos negócios.
Por G1
As ações preferenciais da Petrobras abriram as negociações desta quinta-feira (18) na bolsa de valores de São Paulo com queda de 18%, em meio a uma queda generalizada no dia seguinte à notícia de que os donos da JBS fizeram uma delação que envolve o presidente Michel Temer.
Depois de poucos minutos, o pregão foi interrompido, pelo chamado "circuit breaker", que é acionado quando o Ibovespa perde mais de 10%. Os negócios foram paralisados por 30 minutos.
Os títulos do banco Itaú, que possuem o maior peso no índice Ibovespa, também registraram baixa de 18%. Ainda no segmento financeiro, o Bradesco recuava 17%.
Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".
A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
BACEN. PORTAL G1. 18/05/2017. Em dia de tensão política, BC e Tesouro avisam que vão monitorar mercados. Autoridade monetária informa que vai atuar para manter a 'plena funcionalidade dos mercados' e Tesouro diz que adotará as medidas necessárias para assegurar a 'adequada liquidez' dos mercados.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Após a divulgação pela imprensa de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o Banco Central informou, na manhã desta quinta-feira (18), que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".
"Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária [definição da taxa básica de juros da economia, com o objetivo de atingir as metas de inflação predeterminadas], que continuará focada nos seus objetivos tradicionais", acrescentou a instituição.
A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
Em momentos de forte tensão política, geralmente os mercados costumam operar com nervosismo - gerando reflexos sobre o dólar, que opera pressionado (com alta da moeda norte americana) e sobre a bolsa de valores, que pode ter queda.
Na noite desta quinta-feira (17), foi divulgada a informação de que os donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, disseram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.
Segundo o jornal, o empresário Joesley entregou uma gravação feita em 7 de março deste ano em que Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver assuntos da J&F, uma holding que controla o frigorífico JBS no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Rocha Loures já foi chefe de Relações Institucionais da Presidência, quando Temer era vice-presidente e assessor especial da presidência após o impeachment de Dilma Rousseff.
Na delação de Joesley, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato.
A entrega do dinheiro foi feita a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, que foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.
Nesta sexta-feira (18), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador. O magistrado, no entanto, optou por não decretar monocraticamente o pedido apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano.
MF. STN. BACEN. REUTERS. 18/05/2017. Tesouro e BC vão atuar para manter funcionalidade dos mercados após denúncias contra Temer
BRASÍLIA (Reuters) - O Tesouro Nacional e o Banco Central publicaram notas nesta quinta-feira afirmando que estão atentos ao mercado e que atuarão para manter sua plena funcionalidade após notícias na véspera sobre a delação de executivos da gigante de carnes JBS ter colocado em xeque a permanência de Michel Temer na Presidência.
De um lado, a autoridade monetária afirmou que segue monitorando o impacto das informações divulgadas pela imprensa.
"Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais", disse o BC.
De outro, o Tesouro informou que "permanece monitorando os impactos decorrentes dos fatos políticos mais recentes, e adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
Para esta sessão, está agendado leilão de LTN e LFT.
Nesta quinta-feira, o dólar futuro disparava na abertura dos negócios, atingindo o limite máximo permitido de 3,3235 reais para este pregão, depois de denúncias divulgadas na véspera.
A expectativa generalizada do mercado é de forte impacto nos mercados de câmbio, juros e ações diante das perspectivas fortemente negativas para o governo e sua agenda de reformas econômicas.
Na noite passada, o jornal O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.
(Por Marcela Ayres)
MF. PORTAL UOL. AGÊNCIA ESTADO. 18/05/2017. Área econômica analisa impacto de acusações e teme que retomada seja interrompida
Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli
Brasília
Embora não tenha havido nenhum posicionamento oficial, a área econômica já discute cenários sobre o impacto na economia da revelação de que o presidente Michel Temer teria dado o aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nas investigações da Operação Lava Jato.
As acusações colocam o governo no "corner" e têm potencial para interromper as negociações para a aprovação das duas principais reformas econômicas em tramitação no Congresso: a da Previdência e trabalhista.
Há o temor de que o processo de retomada do crescimento do País, que começou só agora no primeiro trimestre de 2017, seja interrompido ainda em sua fase inicial depois de um ano do governo Temer. O clima é de frustração diante desse risco.
Após a divulgação da notícia da delação de Joesley Batista, um dos donos da JBS, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente. Meirelles já tinha cancelado antes todos os compromissos que teria na tarde de quarta-feira, 17, depois de participar da 20ª Marcha dos Prefeitos. O ministro foi presidente do conselho de Administração da J&F, holding controladora da JBS.
Entre assessores da área econômica do governo, a notícia revelada pelo jornal "O Globo" é descrita como "bomba total", apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. "É mais um empecilho para o crescimento", admitiu outro assessor do Ministério da Fazenda.
Para o cientista político e presidente da Arko Advice consultoria, Murillo de Aragão, a acusação contra o presidente é séria e gera um impasse para o avanço das reformas. "Aumenta a importância do Meirelles e do presidente do BC, Ilan Goldfajn, na condução da economia", disse Aragão, ressaltando que mais importante do que os nomes dos expoentes da economia é a direção da política econômica, que precisa ser mantida.
Na sua avaliação, é prematuro fazer um diagnóstico sobre o futuro, mas ponderou que "no mínimo" o governo ficou paralisado pela denúncia. "Tem que se organizar para saber se continua ou se acaba", afirmou o cientista político.
O economista Paulo Tafner, especialista em Previdência, avaliou que é preciso apurar os fatos, mas reconheceu que as acusações são graves e podem trazer problemas de governabilidade a Temer, justamente em momento de fragilidade econômica.
Sem governabilidade não há reformas", avaliou. "Estamos à beira do precipício." O economista ainda criticou o vazamento do conteúdo da delação de Joesley Batista, que teria gravado o presidente Temer dando o aval sobre Cunha. "Isso demonstra um pouco de descompromisso com o próprio País", disse.
Com os holofotes voltados para a crise de governabilidade, a Câmara dos Deputados vai se ocupar com o pedido de impeachment do presidente Temer, que já foi protocolado pela oposição, comprometendo as votações. Para negociadores das reformas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, haverá "pouco tempo e energia para pensar em uma coisa tão prosaica quanto uma reforma da Previdência", principalmente se a Câmara precisar eleger o próximo presidente da República de forma indireta.
No caso da reforma trabalhista, o cronograma previa que o relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), apresentaria o parecer na próxima terça-feira, 23. A votação da reforma da Previdência estava sendo projetada para o final do mês. Diante da revelação, já não há mais certeza sobre o calendário e muito menos sobre a aprovação das medidas. Também ficarão prejudicadas as negociações do parcelamento de débitos tributários, o Refis.
As operações feitas no mercado futuro da bolsa operavam em queda de 10% por volta das 9h da manhã desta quinta-feira (18). O dólar futuro também reagindo fortemente aos escândalos na política, operando acima de R$ 3,32. No mercado futuro de juros, os chamados DI’s dispararam para cima, revertendo o movimento recente de queda pela expectativa de derrubada da taxa Selic pelo Banco Central.
“Os mercados vão abrir totalmente disfuncionais. Vamos ver o que o BC e o Tesouro Nacional vão fazer para acalmar a turma”, me disse logo cedo um alto executivo do mercado, gestor de um grande fundo de investimentos no país.
Este é apenas um tempero do que pode acontecer no mercado financeiro brasileiro em reação à delação dos executivos da JBS contra o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves. Os operadores já esperam que a bolsa de valores acione “circuit breaker”, medida que interrompe as negociações para evitar que os preços percam fundamento com o pânico dos investidores.
“Cadê a gravação? Quais seriam as alternativas? Os nomes que podem assumir o governo? O Banco Central soltou comunicado avisando que está monitorando os mercados e avisou também que mantem seu plano estrutural de queda dos juros. Se realmente pensa em manter os planos de redução, pode não ser mais na intensidade que o mercado esperava, acima de 1pp. E para isso, para conseguir baixar o juro mesmo diante desta crise, o BC deve estar pensando em segurar o dólar”, explicou um experiente operador do mercado, numa das maiores instituições de investimentos do país.
Ainda assim, não está descartado um adiamento da queda dos juros no próximo dia 31, se a crise não for contida nas próximas duas semanas. E não é só isso que preocupa, já que a não aprovação da reforma da previdência vai jogar muita gasolina desta fogueira e pode reverter processo de recuperação da economia.
“De hoje até a reunião do Copom falta aproximadamente um século. Precisamos entender qual vai ser o cenário, a velocidade da saída do Temer, qual vai ser o tamanho da briga. Mas é bastante razoável imaginar que, se essa situação não ficar clara, não tem queda de juros no próximo Comitê”, me disse Adeodato Netto, da Eleven Financial.
MF. STN. PORTAL G1. 18/05/2017. Tesouro cancela leilão de títulos devido a 'volatilidade' do mercado. Decisão foi tomada após repercussão no mercado financeiro da revelação de que o presidente Michel Temer foi gravado dando aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
Por G1, Brasília
O Tesouro Nacional cancelou leilões de venda de títulos públicos marcado para esta quinta-feira (18). A decisão ocorreu após a volatilidade registrada no mercado financeiro, reflexo da revelação de que o presidente Michel Temer foi gravado dando aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"O Tesouro Nacional informa que, em razão da volatilidade observada no mercado, não realizará os leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional - LTN, com vencimentos em 01/04/2018, 01/04/2019 e 01/07/2020 e Letras Financeiras do Tesouro Nacional - LFT, com vencimento em 01/03/2023, programados para hoje", informou o Tesouro em nota divulgada mais cedo nesta quinta.
Mercados monitorados
Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".
A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
Bovespa
O principal índice da bolsa paulista caiu mais de 10% e os negócios foram interrompidos às 10h21 por meio do "circuit breaker", segundo a Bovespa. Os negócios ficarão suspensos por 30 minutos e depois serão retomados. O site da Bovespa também saiu do ar. A última vez que isso aconteceu no mercado brasileiro foi em 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%.
O circuit breaker é um mecanismo de controle da variação dos índices. Quando as cotações superam limites estabelecidos de alta ou de baixa, as negociações são interrompidas, para evitar movimentos muito bruscos.
Às 10h20, o Ibovespa caía 10,47%, a 60.470 pontos.
Na Bovespa, o circuit breaker é disparado quando a baixa Ibovespa atinge os 10%. Os negócios são então paralisados por trinta minutos e retomados em seguida. Depois da retomada do pregão, se a queda persistir, os negócios são novamente interrompidos quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação é de uma hora.
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,67%, a 67.540 pontos, após subir por 6 pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo de aversão a risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência Reuters.
O contrato do Ibovespa para junho despencava 10% nos primeiros negócios desta quinta, refletindo a repercussão negativa a denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.
BACEN. PORTA G1. 17/05/2017. Copom avaliará 'intensificação adicional moderada' do ritmo de corte dos juros. Afirmação é do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, durante palestra em evento do FMI, em Brasília. Em sua mais recente reunião, Copom reduziu Selic de 12,25% para 11,25% ao ano.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira (17), que o Comitê de Política Monetária (Copom) "pondera" a possibilidade de acelerar o processo de redução da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
Na sua mais recente reunião, realizada em abril, o Copom cortou a Selic em 1 ponto percentual, o que levou a taxa de juros para 11,25% ao ano.
"Estamos ponderando qual o grau de antecipação adequado, entre o atual ritmo e uma intensificação adicional moderada. Não há definição no momento, a decisão ocorrerá apenas na próxima reunião do Copom", declarou ele, em Brasília, durante evento do Fundo Monetário Internacional (FMI). O discurso dele foi divulgado na página do BC na internet.
Segundo Goldfajn, o Copom avaliará o "grau desejado de antecipação do ciclo, por um lado, pela evolução da conjuntura econômica e, por outro lado, pelas incertezas e fatores de risco que ainda pairam sobre a economia."
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 30 e 31 de maio. Até o momento, o mercado financeiro acredita que a autoridade monetária manterá o ritmo e promoverá uma nova redução de um ponto percentual nos juros, de 11,25% para 10,25% ao ano.
Inflação
Na palestra, o presidente do Banco Central informou também que a instituição estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, ficará em 4,1% neste ano e em 4,5% em 2018. A estimativa da autoridade monetária considera a trajetória de juros e câmbio estimados pelo mercado para este e para o próximo ano.
Deste modo, as estimativas do Banco Central para a inflação de 2017 e de 2018 estão acima das previsões dos economistas das instituições financeiras, que preveem um IPCA de 3,93% para este ano e de 4,36% para 2018, conforme pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 bancos e divulgada nesta segunda-feira (15).
A definição da taxa de juros pelo Banco Central tem como foco o cumprimento da meta de inflação que é definida todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2017 e 2018, a meta central de inflação é de 4,5% e o teto é de 6%.
Normalmente, quando os a inflação está em alta, o BC eleva a Selic na expectativa de que o encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação caia. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz o juros. É o que está acontecendo neste momento. Em razão do cenário de baixo nível de atividade na economia, a inflação está em queda.
PETROBRÁS. 17/05/2017. Produção de petróleo e gás natural em abril
Nossa produção total de petróleo e gás natural em abril foi de 2,72 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2,60 milhões boed produzidos no Brasil e 120 mil boed no exterior.
A produção média de petróleo no país foi de 2,10 milhões de barris por dia (bpd), volume 1% inferior ao de março. Esse resultado se deve, principalmente, à continuidade da parada programada da plataforma P-37, no campo de Marlim, e à parada programada da P-43, nos campos de Barracuda e Caratinga, ambas localizadas na Bacia de Campos.
Em abril, a produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, foi de 78,5 milhões de m³/d, 1% acima do mês anterior. Esse aumento se deve, principalmente, ao retorno à operação do FPSO Cidade de Angra dos Reis, instalado na Bacia de Santos, após parada para manutenção.
Produção do pré-sal
Em abril, a produção de petróleo e gás natural operada por nós (parcela própria e dos parceiros), na camada pré-sal foi de 1,50 milhão de boed, mantendo o mesmo patamar do mês anterior.
Na comparação com abril de 2016, quando atingimos a marca de 1 bilhão de barris produzidos em águas ultraprofundas, houve um aumento de 50% da produção devido, principalmente, à entrada em produção do FPSO Cidade de Saquarema e do FPSO Cidade de Caraguatatuba, além do crescimento da produção nas plataformas FPSO Cidade de Maricá, Cidade de Paraty e Cidade de Itaguaí nesse período.
Produção no exterior
Em abril, a produção de petróleo nos campos do exterior foi de 64 mil bpd, volume 3% abaixo do mês anterior. A produção de gás natural foi de 9,6 milhões de m³/d, 12% abaixo do volume produzido em março de 2017. A redução ocorreu, principalmente, em função da realização de testes nos poços de Lucius e Hadrian South, nos EUA, além da redução da produção própria na Bolívia.
PETROBRÁS. 17/05/2017. Produção da P-66 no Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos
Nós, juntamente com os nossos parceiros do Consórcio BM-S-11, iniciamos, hoje, a produção de petróleo e gás natural na área de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos, por meio do navio plataforma P-66, primeiro FPSO próprio do Consórcio e sétima unidade do campo de Lula.
Localizada a aproximadamente 290 km da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidade de água de 2.150 metros, a P-66 tem capacidade para processar diariamente 150 mil barris de petróleo, comprimir 6 milhões de m3 de gás e foi inicialmente interligada ao campo de Lula por meio do poço produtor 7-LL-60D.
O sistema de Lula Sul é o primeiro a iniciar produção neste ano e está em linha com o nosso Plano de Negócios e Gestão 2017-2021.
Esse sistema se soma aos onze já em operação no pré-sal das Bacias de Santos e Campos. São eles: Piloto de Lula (FPSO Cidade de Angra dos Reis), Piloto de Sapinhoá (FPSO Cidade de São Paulo), Piloto de Lula Nordeste (FPSO Cidade de Paraty), Iracema Sul (FPSO Cidade de Mangaratiba), Sapinhoá Norte (FPSO Cidade de Ilhabela), Iracema Norte (FPSO Cidade de Itaguaí), Lula Alto (FPSO Cidade de Maricá), Lula Central (FPSO Cidade de Saquarema), Lapa (FPSO Cidade de Caraguatatuba), e o FPSO Cidade de Anchieta e a P-58, ambos no Parque das Baleias.
O campo de Lula está localizado na concessão BM-S-11 operada por nós (65%), em parceria com a BG E&P Brasil – companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc (25%) e a Petrogal (10%).
ECONOMÁTICA. PORTAL G1. 17/05/2017. Poupança tem ganho real de 1,39% entre janeiro e abril de 2017, diz Economática. Rendimento descontada a inflação é o segundo melhor registrado no período em 8 anos; inflação em baixa contribui para o resultado.
Por G1
As aplicações na poupança tiveram rentabilidade real (descontada a inflação) de 1,39% entre janeiro e abril de 2017, de acordo com levantamento da empresa de informações financeiras Economatica. Trata-se do segundo maior ganho real para o período nos últimos 8 anos.
A poupança teve rendimento nominal de 2,51% nos quatro primeiros meses do ano. Já a inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 1,1% no período.
Saldo da poupança
Ao fim de abril de 2017, a poupança tinha um saldo de R$ 661,91 bilhões. O saldo vem caindo, já que o volume de retiradas supera os depósitos.
Em abril, a poupança perdeu R$ 1,27 bilhão de recursos, segundo dados do Banco Central. Foram depositados R$ 153,35 bilhões na poupança e retirados R$ 154,62 bilhões no mês passado.
Em 2017, a poupança ainda não registrou nenhum mês com mais depósitos do que saques na poupança. O último mês que o saldo da poupança ficou positivo foi em dezembro do ano passado, quando registrou captação líquida de R$ 10,668 bilhões. No ano, a poupança registra retirada líquida de R$ 18,67 bilhões.
CONAB. 18/05/2017. CAFÉ. Safra de café recua e previsão é de 45,5 milhões de sacas
O volume de café produzido no país na safra 2017 deve ser de 45,5 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com uma redução de 11,3% quando comparado às 51,4 milhões de sacas de 2016. Os números, que representam o somatório das espécies arábica e conilon, estão no segundo levantamento da atual safra, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O café arábica, 78% do total produzido no país, deve recuar 18,3%, estimando-se que sejam colhidas 35,4 milhões sacas. O ciclo de bienalidade negativa do grão é responsável pelo resultado, apesar das boas condições climáticas nas principais zonas de produção de Minas Gerais - maior produtor nacional, com 25,4 milhões de sacas.
Por outro lado, o conilon, que responde por 22% do total produzido, deve registrar crescimento de 26,9% frente ao ciclo anterior, com uma produção estimada de 10,1 milhões de sacas. A elevação se deve à recuperação da produtividade nos estados do Espírito Santo, da Bahia e de Rondônia, em razão da maior utilização de tecnologia do café clonal, de mais investimentos nas lavouras e das boas condições climáticas.
Já a produtividade média prevista para as duas espécies deve recuar 7,5%, estimada em 24,35 sacas por hectare. O arábica, que mais sofre a influência do ciclo de bienalidade negativa, deve ter produtividade de 24,07 sacas por hectare e o conilon, de 25,41.
Área
A expectativa é de queda de 0,5% na área total cultivada, devendo ficar em 2,2 milhões de hectares (341,4 mil hectares em formação e 1,9 milhão de hectares em produção). Há previsão de queda de 4,1% na área em produção por ser um ano de bienalidade negativa para o café arábica, onde parte da área é manejada. Problemas climáticos pontuais para o café conilon, como seca e má distribuição de chuvas nos três últimos anos no Espírito Santo (maior produtor da espécie no país), também contribuíram para a redução na área em produção.
Levantamento: http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_05_18_08_53_57_boletim_cafe_-_maio_2017.pdf
FGV. IBRE. 18/05/2017. ICOMEX. ICOMEX: balança comercial atinge recorde histórico
O superávit da balança comercial de abril foi de US$ 7 bilhões o que levou a um saldo acumulado no ano até abril de US$ 21 bilhões e no acumulado de 12 meses de US$ 56 bilhões, o maior valor na série histórica do saldo comercial. Entre os meses de abril de 2016 e 2017, as exportações cresceram 15% e as importações 2%, e na comparação entre os quadrimestres (2016/17), a variação foi de 22% nas exportações e de 9,5% nas importações. O aumento das exportações em valor foi liderado pelo crescimento nos preços, enquanto o das importações, pelo volume. Destaca-se o aumento no volume importado dos bens de capital e bens intermediários na indústria de transformação, o que sinaliza recuperação do setor.
Apresentam-se, a seguir, os índices de preços e volumes dos fluxos de comércio, onde as desagregações seguem a classificação das Contas Nacionais.
1) Índices agregados de volume e preços: commodities e não commodities.
O aumento em valor nas exportações foi liderado pela elevação nos preços (Gráfico 1). Na variação no acumulado do ano até abril (2016/17) os preços aumentaram 15,1% e o volume, 8,1%. Resultado inverso foi registrado para as importações no mesmo período: queda nos preços de 2,7% e aumento no volume de 14,5%.
O aumento nos preços das exportações foi liderado pelas commodities (Gráfico 2), que seguem uma trajetória ascendente, desde o final do ano de 2016. Na comparação entre o mês de abril de 2016 com 2017, os preços das commodities aumentaram em 23,9% e no acumulado até abril (2016/17), cresceram 27,7%. Em termos de volume, foi registrada queda na comparação mensal. No grupo das não commodities, preços cresceram a um ritmo inferior ao das commodities (1,4%, no acumulado até abril), mas superior em termos de volume (13,7%). Destaca-se que o aumento em valor das não commodities, teve a contribuição do aumento de 60% das exportações de automóveis, veículos de carga e tratores.
2) Termos de troca e taxa de câmbio real efetiva
Os termos de troca em abril caíram em relação a março (-3,2%), resultado de um efeito sazonal, mas continuam crescendo em relação ao ano de 2016. Na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2016 e o de 2017 (Gráfico 3), os termos de troca tiveram aumento de 18%, um resultado positivo para a economia. No entanto, a melhora nos termos de troca e o aumento nos superávits comerciais, junto com a redução do risco Brasil contribuíram para a valorização da taxa de câmbio efetiva real. O índice da taxa real de câmbio efetiva valorizou em 22% na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2016 e 2017 (Gráfico 3), o que poderia levar a uma queda nas exportações e aumento nas importações.
O volume exportado das commodities é mais sensível à demanda mundial do que ao câmbio. Destaca-se o grupo das exportações de não commodities. O volume exportado desse grupo apresentou os seguintes resultados na comparação mensal de 2017 com o ano de 2016: janeiro, 12%; fevereiro, 2%; março, 34%; e abril, 8%. Os resultados para o volume importado total na mesma base de comparação foram: janeiro, 29%; fevereiro, 11%; março, 12%; e abril, 7,3%.
Os dados não indicam uma tendência nítida de queda no crescimento das exportações ou de aumento nas importações. Em adição, no caso das importações, a influência do nível de atividade doméstica é uma variável relevante e as perspectivas de recuperação da economia devem elevar as compras externas. As análises desagregadas por atividade econômica e categoria de uso ajudaram a esclarecer melhor essas tendências. Observa-se, porém, que se a valorização cambial acelerar, poderemos obter nos próximos meses piores resultados para as exportações de não commodities (queda) e uma aceleração no ritmo de crescimento das importações.
3) Índices desagregados por atividade econômica
A indústria extrativa lidera o aumento de preços (+69%) das exportações na comparação do acumulado até abril entre 2016 e 2017, seguida do setor agropecuário (8,3%) e da indústria de transformação (6,7), conforme o Gráfico 5. Na comparação mensal de abril, os preços na indústria extrativa continuam em alta (54%), seguido da transformação (11%) e agropecuária (7%). No caso do volume, os resultados no acumulado até abril mostram queda nas exportações do setor agropecuário (-2,8%); e, aumento na indústria extrativa (28,7%) e transformação (6,4%), Gráfico 6. Na comparação mensal de abril, os resultados foram: agropecuária (+4,5%); extrativa (-0,5%); e, transformação (0,6%).
Nas exportações, até abril, a indústria extrativa se destaca tanto em preços como em volume, influenciada pelo bom desempenho das vendas de minério de ferro e a recuperação do setor petróleo. A agropecuária é influenciada por fatores sazonais e impactos negativos da questão da carne não contaminaram os resultados em abril. Os indicadores da indústria de transformação indicam crescimento em relação a 2017. Um cenário positivo para as vendas externas brasileiras.
Os preços das importações caem na comparação do acumulado até abril na indústria extrativa (-7,7%) e na de transformação (-6,4%), mas cresce na agropecuária (+15,3%). Esse mesmo comportamento se repete na comparação mensal: agropecuária (12%); extrativa (-3%); e, transformação (-5%). O aumento nos preços das importações de produtos agropecuários, no entanto, não tem pressionado a taxa de inflação brasileira.
Em termos de volume, o destaque é a indústria de transformação (21%), seguida da extrativa (6,8%) e agropecuária (-3,2%). Na comparação mensal apenas a indústria de transformação registrou variação positiva (14%), as demais recuaram em relação a abril de 2016 – agropecuária (-0,8%) e extrativa (-6%).
O aumento nas importações da indústria de transformação reflete valorização do câmbio, mas também recuperação, mesmo que modesta, do nível de atividade da economia. A análise por categoria de uso permite verificar a estrutura das importações.
4) Índices desagregados por categoria de uso
Na indústria de transformação, os índices de preços das exportações por categorias de uso na comparação do acumulado até abril aumentam para bens de capital (+6%), consumo não duráveis (+21%) e caem para as demais categorias, consumo duráveis (-2,4%), semiduráveis (-3%) e intermediários (-7%). Em termos de volume (Grafico 7), são destaques o aumento dos bens duráveis (52%) e de bens de capital (28%) na comparação mensal e na do acumulado até abril, 24%( bens de capital) e 47% (consumo duráveis). Nessas categorias estão as exportações do setor de material de transporte. Queda no volume exportado só ocorre na categoria de semiduráveis.
Os preços de todas as categorias de uso das importações da indústria de transformação caíram na comparação mensal e no acumulado até abril. Os resultados para a comparação dos acumulados entre 2016 e 2017 são: bens de capital (-8,5%); consumo duráveis (-3,8%); não duráveis (-6,5%); semiduráveis (-7,6%); e intermediários (-6,3%). Em termos de volume (Gráfico 8), o resultado positivo para os bens de capital (6% na comparação do acumulado) indica que alguns setores da indústria voltaram a investir com a perspectiva de retomada do crescimento econômico. O aumento no volume de bens intermediários (29%, no acumulado) também é um sinal positivo em termos de crescimento do nível de atividade. Observa-se, porém, que nesse grupo estão todos os bens intermediários importados que são produzidos pela indústria de transformação e uma parte desses produtos se destina para atividades da agropecuária.
Os resultados indicam, portanto, que as exportações de segmentos da indústria de transformação voltaram a ter desempenho favorável e que as importações por categoria de uso de bens de capital e bens intermediários confirmariam as previsões de um início de recuperação da atividade na indústria de transformação.
Metodologia
O índice de Fischer é utilizado para o cálculo dos índices de preços. No caso do volume, foi utilizada a forma implícita: o índice de volume é obtido pela divisão da variação do valor do fluxo comercial deflacionado pelo índice de preços. Os índices foram obtidos considerando o controle dos “outliers”.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5593FD36B015C1B1AD10E1470
FGV. IBRE. 18/05/2017. IGP-M tem novo recuo na segunda prévia de maio
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou, no segundo decêndio de maio, variação de -0,89%. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de -0,99%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou variação de -1,45%, no segundo decêndio de maio. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de -1,60%. A taxa de variação dos Bens Finais passou de 0,27% para 0,11%. A maior contribuição para este movimento teve origem no subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 4,81% para -1,20%.
A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de -0,74%, em abril, para -0,08%, em maio. O destaque coube ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -1,33% para 0,86%.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -4,81%. No mês anterior, a taxa foi de -4,62%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: minério de ferro (-3,83% para -16,22%), cana-de-açúcar (-0,48% para -3,87%) e leite in natura (4,05% para 0,30%). Em sentido oposto, destacam-se: soja (em grão) (-8,60% para 2,76%), milho (em grão) (-13,22% para -5,88%) e bovinos (-2,58% para 0,45%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,23%, no segundo decêndio de maio, ante 0,30%, no mesmo período do mês anterior. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,78% para -0,17%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 10,96% para -1,02%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,25% para -0,57%) e Despesas Diversas (0,43% para 0,31%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: passagem aérea (8,82% para -18,19%) e cigarros (0,31% para 0,00%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variaçãoos grupos: Habitação (0,21% para 0,57%), Vestuário (-0,50% para 0,66%), Transportes (-0,34% para -0,15%), Comunicação (-0,19% para 0,79%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,86% para 1,05%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,48% para 2,77%), roupas (-0,51% para 1,02%), gasolina (-1,94% para -1,02%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,00% para 1,97%) e medicamentos em geral (0,73% para 2,79%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) não apresentou variação no segundo decêndio de maio. No mês anterior, a taxa foi de -0,09%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de -0,05%, acima do resultado de abril, de -0,19%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,04%. No mês anterior, este índice não variou.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015C1B28401A5527
DoC. USITC. Boeing. Bombardier. 17/05/2017. EUA investigam alegações da Boeing contra Bombardier por dumping
Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - Autoridades do governo norte-americano devem começar na quinta-feira uma investigação sobre reclamações da Boeing contra ações comerciais da rival canadense Bombardier. O processo pode fazer os Estados Unidos imporem tarifas sobre o novo avião da Bombardier, além de afetar a Delta Air Lines.
O Departamento de Comércio dos EUA está pronto para anunciar o lançamento de sua investigação. A equipe da Comissão de Comércio Internacional dos EUA (USITC) ouvirá depoimentos das duas empresas e da Delta, cliente da Bombardier no caso.
A Boeing alega que os novos aviões CSeries da Bombardier estão sendo vendidos a preços abaixo de custo nos EUA com ajuda de subsídios ilegais de contribuintes canadenses. A nova aeronave da Bombardier compete com os jatos 737-700 e 737 MAX, da Boeing. A Delta fechou acordo no ano passado para comprar dezenas de aviões CSeries a um preço que a Boeing diz estar bem abaixo do custo da Bombardier.
O caso aumentou as tensões comerciais entre EUA e Canadá em um momento em que os países se preparam para uma possível renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), diante da campanha "America First" de Donald Trump.
Estima-se que o Departamento de Comércio dos EUA aceitará as alegações da Boeing sobre dumping e subvenção, disseram especialistas.
A investigação é a mais recente a atingir a Bombardier após o Brasil lançar uma disputa contra o Canadá na Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando concorrência desleal.
O Brasil recebeu a ação nos EUA contra a Bombardier como apoio à alegação do país de que o apoio do Canadá ao CSeries pressiona o mercado de jatos comerciais da Embraer.
Uma investigação do Departamento de Comércio sobre as alegações da Boeing pode ser interrompida se a USITC rejeitá-la em uma reunião prevista para 12 de junho. Se o órgão permitir que o processo continue, o Departamento de Comércio precisaria determinar as medidas anti-subsídios preliminares por volta de 22 de julho, com um prazo para os direitos anti-dumping preliminares em torno de 3 de outubro.
A Boeing afirmou que a Bombardier, determinada a ganhar uma encomenda da Delta após perder uma licitação da United Airlines, ofereceu aviões a um preço "absurdamente baixo" de 19,6 milhões de dólares cada, bem abaixo do que descreveu como o custo de produção da aeronave, de 33,2 milhões.
O modelo 737-700 da Boeing tem preço de lista atual de 82,4 milhões de dólares, com o novo 737-MAX 7 a 92,2 milhões. Descontos sobre preços de lista são tipicamente de ao redor de 40 a 50 por cento na indústria.
Em abril de 2016, a Bombardier recebeu encomenda da Delta para 75 jatos CS100, com um valor estimado de 5,6 bilhões de dólares, com base no preço de lista de cerca de 71,8 milhões de dólares.
Na queixa contra a Bombardier, a Boeing alegou que o programa CSeries não existiria sem centenas de milhões de dólares em ajuda dos governos do Canadá e da Grã-Bretanha, ou uma injeção de 2,5 bilhões do maior fundo de pensão do Quebéc em 2015.
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US ECONOMICS
Treasury. 05/18/2017. Statement of Steven T. Mnuchin Secretary, United States Department of the Treasury before the Senate Committee on Banking, Housing, & Urban Affairs United States Senate
Chairman Crapo, Ranking Member Brown, and members of the Committee, it is an honor to appear before you today for the first time as Treasury Secretary. During my confirmation hearing I promised to work with Congress to create and maintain prosperity for all Americans. I want to reaffirm that commitment to you today.
Let me begin by discussing the Treasury’s recent report on the foreign exchange policies of our major trading partners. Ensuring that American businesses, consumers, and workers face a level playing field is one of the essential components of this Administration’s agenda. When foreign governments engage in currency manipulation, it makes the playing field uneven, which is why we regularly monitor these practices.
After careful study, the Treasury Department has found that no major trading partner met the criteria for currency manipulator during the current reporting period. We will continue to follow this important issue and have established a “Monitoring List” of economies that warrant close attention. This list comprises: China, Germany, Japan, Korea, Switzerland, and Taiwan.
Additionally, we are committed to rethinking our foreign agreements and trading practices to ensure that they are both free and fair to American businesses and workers. In my discussions with the IMF and the finance ministers of the G-20 I have emphasized this goal and will continue to do so.
Turning to our domestic economic agenda, it has been more than 30 years since we have had comprehensive tax reform in this country. Combined with often imprudent regulations crafted in the midst of crisis, the engine of American prosperity has slowed. I believe that a goal of 3% GDP or higher economic growth is achievable if we make historic reforms to both taxes and regulation.
There are about 100 people working at the Treasury on the issue of tax reform. It is our goal to bring meaningful relief to middle income Americans and make American businesses competitive again. We will do this all while simplifying the system.
On regulatory reform, Treasury is preparing its initial report in response to the President’s Executive Order on “Core Principles for Regulating the United States Financial System.” These Principles provide a roadmap for the Administration’s approach to financial services regulation. We have taken a systematic approach in our work by meeting with a variety of stakeholder groups to hear what works, what does not work, and what can be improved. Our initial report will contain recommendations to provide relief for community banks and make regulations more efficient, effective and appropriately tailored.
Housing finance reform is another priority of mine. This has been an unresolved issue for far too long and one we are committed to fixing. We will ensure that there is both ample credit for housing and that we do not put taxpayers at risk. This Committee has done extensive work on this along with your work on community financial institution regulatory relief. My hope is that we can partner on both of these issues. I look forward to working with the Congress to develop a solution.
Finally, another area that is crucially important to Treasury is our commitment to combatting terrorist activities and financing. We have announced a number of sanction actions against individuals and entities associated with destabilizing regimes like Syria, Iran, and North Korea. This work is essential to the Administration’s efforts to continue to keep Americans safe.
The first few months of this Administration have been significant. We have been working hard at the Treasury to develop and implement policy that will allow the economy to grow. This will make the dream of prosperity once again a reality for all Americans.
Thank you and I look forward to answering your questions.
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LGCJ.: