US ECONOMICS
DoC. 04/12/2017. U.S. Department of Commerce Issues Affirmative Final Antidumping Determinations on Finished Carbon Steel Flanges from Spain
Today, Secretary of Commerce Wilbur Ross announced the final affirmative determination in the antidumping (AD) investigation of finished carbon steel flanges from Spain. The Department of Commerce, at request of relief from U.S. producers, has determined that exporters from Spain have been unfairly dumping these finished carbon steel flanges in the U.S. market at a rate ranging from 18.81 percent to 24.43 percent.
Commerce based its determination “on adverse facts available” due to the respondent company’s failure to respond to Commerce’s requests for information.
“The Department of Commerce is committed to protecting U.S. companies being hurt by foreign manufacturers that refuse to play fair,” said Secretary Ross. “The Trump administration is committed to enforcing our trade laws, and will continue to take swift action against unfair trade practices that hurt American workers and businesses.”
In 2016, the imports of these finished carbon steel flanges from Spain were valued at an estimated $16.5 million.
The petitioners for this investigation are Boltex Manufacturing Co., L.P. (Texas) and Weldbend Corporation (Ill.).
Antidumping (AD) and Countervailing Duty (CVD) laws provide U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to seek relief from the injurious effects of dumping and unfairly subsidized imports into the United States.
The U.S. International Trade Commission (ITC) is conducting an investigation to determine whether or not the domestic industry is injured or threatened with material injury by the dumped imports of finished carbon steel flanges from Spain. The ITC is currently scheduled to make its final injury determination on or before May 26.
If the ITC makes an affirmative final injury determination, Commerce will issue an AD order. The Department of Commerce would then instruct U.S. Customs and Border Protection to collect cash deposits equal to the dumping margins found on all imports of the subject product from Spain. These cash deposits provide U.S. businesses and workers with relief from the harmful of effects of dumped goods in the United States, ensuring each nation’s businesses play on a level field. If the ITC makes a negative final determination of injury, the investigation will be terminated and no orders will be issued.
DOCUMENT: http://enforcement.trade.gov/download/factsheets/factsheet-spain-finished-carbon-steel-flanges-ad-final-041217.pdf
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IBGE. 13/04/2017. Em fevereiro, setor de serviços varia 0,7% frente a janeiro
Período | Volume | Receita Nominal |
---|---|---|
Fevereiro 2017 / Janeiro 2016
|
0,7%
|
0,2%
|
Fevereiro 2017 / Fevereiro 2016
|
-5,1%
|
0,5%
|
Acumulado em 2017
|
-4,3%
|
1,3%
|
Acumulado em 12 meses
|
-5,0%
|
0,0%
|
Em fevereiro, o setor de serviços apresentou crescimento de 0,7% no volume de serviços prestados frente a janeiro (série com ajuste sazonal), após ter registrado crescimento de 0,2% em janeiro (revisado) e de 0,6% em dezembro. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com fevereiro de 2016, o setor apontou queda de 5,1%, após ter registrado quedas de 3,5% (revisado) em janeiro e de 5,7% em dezembro. Com esses resultados, a taxa acumulada no ano ficou em -4,3% e, em 12 meses, -5,0%.
Por atividade, em relação a janeiro de 2017 (série com ajuste), apresentaram crescimentos os segmentos de Serviços prestados às famílias (0,6%); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,5%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%). Os recuos foram registraram nos segmentos de Serviços de informação e comunicação (-1,5%) e Outros Serviços (-0,5%). O agregado especial das Atividades turísticas apresentou crescimento de 0,2% na comparação com o mês imediatamente anterior.
A receita nominal em fevereiro registrou variação de 0,2% em relação a janeiro (série com ajuste sazonal) e, na comparação com mesmo mês do ano anterior, ficou em 0,5%. A taxa acumulada no ano ficou em 1,3% e, em 12 meses, 0,0%.
Indicadores de Volume de Serviços, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Fevereiro 2016
Atividades | Taxa de Variação de Volume(%) | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês/Mês Anterior com Ajuste Sazonal | Mês/Igual Mês do Ano Anterior | Acumulado | ||||||
Dez
|
Jan
|
Fev
|
Dez
|
Jan
|
Fev
|
No Ano
|
12 Meses
| |
Brasil |
0,6
|
0,2
|
0,7
|
-5,7
|
-3,5
|
-5,1
|
-4,3
|
-5,0
|
1 - Serviços prestados às famílias |
2,1
|
-0,1
|
0,6
|
-1,5
|
-4,0
|
-6,0
|
-4,9
|
-4,7
|
1.1 - Serviços de alojamento e alimentação |
2,3
|
-0,8
|
0,2
|
-2,0
|
-5,1
|
-4,6
|
-4,9
|
-5,0
|
1.2 - Outros serviços prestados às famílias |
1,8
|
2,3
|
-1,5
|
1,3
|
4,2
|
-13,7
|
-5,2
|
-3,2
|
2 - Serviços de informação e comunicação |
-3,7
|
6,9
|
-1,5
|
-6,5
|
-0,2
|
0,0
|
-0,1
|
-2,6
|
2.1 - Serviços TIC |
-4,0
|
7,7
|
-1,7
|
-6,1
|
1,1
|
1,1
|
1,1
|
-1,9
|
2.11 - Telecomunicações |
-0,7
|
5,7
|
-1,8
|
-5,6
|
0,2
|
-1,0
|
-0,4
|
-2,9
|
2.12 - Serviços de tecnologia da informação |
-5,5
|
5,2
|
0,8
|
-7,6
|
3,3
|
7,9
|
5,5
|
1,6
|
2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias |
0,2
|
3,8
|
-3,6
|
-9,2
|
-6,3
|
-3,6
|
-5,0
|
-7,3
|
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-1,3
|
-5,8
|
0,2
|
-4,9
|
-6,8
|
-10,2
|
-8,5
|
-5,7
|
3.1 - Serviços técnico-profissionais |
3,7
|
-5,3
|
-1,6
|
-9,2
|
-10,7
|
-21,5
|
-16,4
|
-12,7
|
3.2 - Serviços administrativos e complementares |
-2,9
|
-1,3
|
-0,3
|
-3,3
|
-4,1
|
-5,1
|
-4,6
|
-3,2
|
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio |
1,2
|
-0,5
|
0,5
|
-7,2
|
-2,9
|
-4,7
|
-3,8
|
-7,6
|
4.1 - Transporte terrestre |
2,5
|
1,6
|
1,5
|
-8,9
|
-3,7
|
-5,1
|
-4,4
|
-9,7
|
4.2 - Transporte aquaviário |
-0,3
|
15,7
|
-6,7
|
-21,5
|
-3,1
|
-11,8
|
-7,6
|
-11,8
|
4.3 - Transporte aéreo |
5,7
|
-19,2
|
3,7
|
7,0
|
-19,8
|
-14,6
|
-17,3
|
-3,9
|
4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio |
0,7
|
5,0
|
0,4
|
-5,4
|
3,4
|
-0,4
|
1,5
|
-4,4
|
5 - Outros serviços |
-2,3
|
-3,1
|
-0,5
|
0,6
|
-5,7
|
-7,2
|
-6,5
|
-2,6
|
Atividades turísticas |
3,0
|
-6,5
|
0,2
|
0,7
|
-8,0
|
-8,8
|
-8,3
|
-4,1
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Em termos de composição da taxa global de volume, na comparação com fevereiro de 2016, as contribuições dos segmentos foram: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com -2,4 pp; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com -1,5 pp; Serviços prestados às famílias, com -0,6 pp; Outros serviços, com -0,5 pp e Serviços de informação e comunicação, com -0,1 pp.
Rondônia, Mato Grosso e Acre apresentam os maiores crescimentos entre janeiro e fevereiro
Em relação aos resultados regionais do setor de serviços em fevereiro frente a janeiro (série com ajuste), os maiores crescimentos de volume se deram em Rondônia (9,1%), Mato Grosso (8,5%) e Acre (2,5%). As maiores quedas foram observadas no Ceará (-9,8%), Espírito Santo (-5,3%) e Pernambuco (-5,2%).
Na comparação com fevereiro de 2016 (série sem ajuste), as maiores altas foram registradas no Piauí (10,0%), Mato Grosso (3,0%) e Acre (0,5%). As maiores quedas foram registradas em Tocantins (-25,2%), Amapá (-18,9%) e Rondônia (-18,0%).
Atividades turísticas: Distrito Federal cresce 24,0% entre janeiro e fevereiro
Para o índice de atividades turísticas, entre as unidades da federação selecionadas, na comparação com janeiro, as variações positivas foram: Distrito Federal (24,0%), São Paulo (5,6%) e Goiás (2,7%). As variações negativas foram registradas em Pernambuco (-14,7%), Espírito Santo (-6,5%), Bahia (-5,1%), Rio de Janeiro (-3,3%), Ceará (-2,4%), Santa Catarina (-2,3%), Paraná (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Minas Gerais (-0,9%).
Na comparação com fevereiro de 2016, as variações positivas foram: Goiás (16,6%), Santa Catarina (8,0%) e Minas Gerais (3,1%). As variações negativas se deram no Rio de Janeiro (-18,8%), Espírito Santo e Distrito Federal (ambas com -17,1%), São Paulo (-11,2%), Rio Grande do Sul (-8,1%), Paraná (-5,0%), Pernambuco (-3,1%), Ceará (-2,3%) e Bahia (-1,8%).
DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3413
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TAXA BÁSICA DE JUROS SELIC
BACEN. 12/04/2017. Copom reduz a taxa Selic para 11,25% ao ano
O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em um ponto percentual, para 11,25% a.a., sem viés.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017;
No âmbito externo, o cenário ainda é bastante incerto. Entretanto, até o momento, esse cenário tem mitigado os efeitos sobre a economia brasileira de possíveis revisões de política econômica em algumas economias centrais, notadamente nos EUA. Há incerteza sobre a sustentabilidade do crescimento econômico global e sobre a manutenção dos níveis correntes de preços de commodities;
O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de desinflação se difundiu e houve consolidação da desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. A desinflação dos preços de alimentos constitui choque de oferta favorável;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,1% para 2017, mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018 e, para 2019 e horizontes mais distantes, encontram-se ligeiramente abaixo de 4,5%; e
No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom encontram-se em torno de 4,1% em 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,5% a.a. ao final de 2017 e se mantém nesse nível até o final de 2018.
O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções: (i) o alto grau de incerteza no cenário externo pode dificultar o processo de desinflação; (ii) a aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia são relevantes para a sustentabilidade da desinflação e para a redução da taxa de juros estrutural; (iii) o choque de oferta favorável nos preços de alimentos pode produzir efeitos secundários e, portanto, contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da inflação em outros setores da economia; e (iv) a recuperação da economia pode ser mais (ou menos) demorada e gradual do que a antecipada.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto percentual, para 11,25% a.a., sem viés. Essa intensificação moderada em relação ao ritmo das reuniões de janeiro e fevereiro mostra-se, no momento, adequada. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.
O Copom entende que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, que continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo, mas também da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco mencionados acima e das projeções e expectativas de inflação.
O Copom ressalta que o ritmo de flexibilização monetária dependerá da extensão do ciclo pretendido e do grau de sua antecipação, que por sua vez dependerá da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco mencionados acima, e das projeções e expectativas de inflação. O Comitê considera o atual ritmo adequado, entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
BACEN. COPOM. PORTAL G1. 12/04/2017. Na 5ª queda seguida, juro básico vai a 11,25% ao ano, menor desde 2014. Copom fez corte de 1 ponto na Selic, o maior em 8 anos, e confirmou previsão do mercado, mas levantamento aponta que juro real do país ainda está alto.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu acelerar o ritmo e reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira pela quinta vez seguida nesta quarta-feira (12), de 12,25% para 11,25% ao ano.
O corte, de um ponto percentual, foi o maior desde março de 2009, ou seja, em oito anos, e levou a Selic ao menor patamar desde outubro de 2014 - quando a taxa estava em 11% ao ano.
A redução de um ponto percentual também confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. A aposta dos analistas teve por base indicação do próprio Banco Central que, no início de março, sinalizou que iria acelerar o ritmo de redução dos juros.
"Essa intensificação moderada [do ritmo de corte] em relação ao ritmo das reuniões de janeiro e fevereiro mostra-se, no momento, adequada", informou o BC, por meio de comunicado.
Em post no Twitter, o presidente Michel Temer afirmou que o corte "vai ajudar a acelerar o crescimento econômico do país e gerar empregos para os brasileiros". "A inflação em queda e a redução da taxa Selic vão estimular a economia, a produção industrial e o consumo interno. Com determinação para tocar as reformas que o País precisa, vamos colocando o Brasil no rumo certo", acrescentou
Mais reduções esperadas
Os analistas das instituições financeiras preveem que o Copom continuará a reduzir a Selic nos próximos meses e que a taxa chegará a 8,5% ao ano no fechamento de 2017, ou seja, em um dígito, algo que não acontece desde o final de 2013.
A autoridade monetária acrescentou ainda que, neste momento, considera o atual ritmo de corte "adequado", ou seja, sinaliza que deve manter o mesmo percentual de redução dos juros no próximo encontro do Copom, em 30 e 31 de maio.
"Entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo [de redução dos juros]", avaliou o Banco Central.
Corte da Selic precisaria ser maior para estimular a retomada, dizem analistas
Ranking de juros reais
Mesmo com a redução de juros promovida pelo Copom nesta quarta-feira, o Brasil ainda permanece na liderança do ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.
Com os juros básicos em 11,25% ao ano, a taxa real do Brasil soma 6,36% ao ano. Com isso, permanece acima do segundo colocado, que é a Rússia, com 5,12% ao ano, seguida pela Colômbia, com 2,49% ao ano. Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 2,2% ao ano.
Sistema de metas
A definição da taxa de juros pelo Banco Central tem como foco o cumprimento da meta de inflação que é definida todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2017 e 2018, a meta central de inflação é de 4,5% e o teto é de 6%.
Normalmente, quando os a inflação está em alta, o BC eleva a Selic na expectativa de que o encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação caia.
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz o juros. É o que está acontecendo neste momento.
Em razão do cenário de recessão na economia, a inflação está em queda. No primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, a inflação oficial (medida pelo IPCA) ficou em em 0,96%, menor valor para o período desde o início do Plano Real.
Para o ano de 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação deve ficar em 4,09%, abaixo da meta de 4,5% fixada para este ano. A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.
"O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de desinflação se difundiu e houve consolidação da desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. A desinflação dos preços de alimentos constitui choque de oferta favorável", informou o BC nesta quarta-feira.
A instituição acrescentou que, com as trajetórias para as taxas de juros e câmbio da pesquisa com o mercado financeiro, as projeções do Copom encontram-se em torno de 4,1% para o IPCA de 2017 e ao redor de 4,5% para 2018. "Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,5% a.a. ao final de 2017 e se mantém nesse nível até o final de 2018", informou.
Rendimento da poupança
De acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mesmo com a redução dos juros para 11,25% ao ano, os fundos de investimento continuam mais atrativos e ganham da poupança na maioria das situações.
A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5%. Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos.
Se a previsão do mercado financeiro se concretizar, e a taxa Selic for reduzida para 8,5% ao ano no fim de 2017, os rendimentos da poupança passarão a ser menores. Isso porque, segundo fórmula definida em 2012, quando a Selic atingir esse patamar, os rendimentos da poupança passam a ser de 70% do juro básico da economia. O objetivo é evitar que grandes investidores tirem recursos de fundos de renda fixa e de títulos públicos para colocar na poupança, dificultando assim a emissão de papéis pelo Tesouro Nacional.
REPERCUSSÃO. Corte da Selic precisaria ser maior para estimular a retomada, dizem analistas. Copom fez corte de 1 ponto na Selic, o maior em 8 anos, e confirmou previsão do mercado, mas levantamento aponta que juro real do país ainda está alto.
Por Darlan Alvarenga e Taís Laporta, G1
Ocorte da taxa de juros em 1 ponto percentual, para 11,25% ao ano, veio dentro do esperado pelo mercado financeiro. Mas a avaliação de analistas ouvidos pelo G1 é de que a Selic precisaria cair a um patamar ainda mais baixo para impactar a atividade econômica, uma vez que o chamado juro real (descontada a inflação) continua alto e ainda inibe a retomada dos investimentos.
“A Selic está na direção certa, mas nesse patamar ainda não é suficiente para retomar e estimular investimento”, afirma o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Nelson Marconi.
Para o economista, a desaceleração da inflação permitiria um corte maior, de 1,5 ponto percentual. “Com a economia paralisada, com uma taxa de desemprego que dobrou em dois anos e a inflação caindo para algo em torno de 3,5% ao ano, a queda da taxa de juros tinha que ser muito mais rápida”, diz.
Já o professor de economia da Fipecafi, Raphael Piza considera que, com a Selic no patamar de 11,25%, o mais baixo em quatro anos, as decisões de investimento de longo prazo começam a ficar mais viáveis. “O setor produtivo já começa a ter condições de competir melhor, isso vai refletir nos investimentos, mas o efeito só virá no longo prazo”, diz.
Ainda que a redução da taxa de juros favoreça a redução das taxas cobradas pelos bancos para financiamentos, o professor de economia da USP, Simão Silber, explica que costuma existir uma defasagem de seis meses para que um corte dos juros tenha impacto pleno na economia.
"No curto prazo o impacto é só em expectativas, e fica mais fácil renegociar dívidas bancárias, o que diminui a inadimplência. O impacto maior estará ocorrendo no último trimestre do ano e principalmente em 2018", afirma. Piza, da Fipecafi, concorda que o impacto sobre o crédito será marginal.
Outro efeito do corte desta quarta-feira (12), aponta Piza, é um alívio maior no pagamento dos juros da dívida pública para o governo, que cresceu este ano.
Ritmo de corte
O economista e gestor de portfólio da Rosenberg, Marcos Mollica, avalia que o Copom sinalizou que manterá o ritmo de corte de 1 ponto percentual na próxima reunião. “Qualquer aceleração desse ritmo precisaria de uma surpresa muito negativa na atividade econômica e de uma aprovação satisfatória dos principais pontos da reforma da Previdência”, diz.
Presidente da República Michel Temer
"Medida vai ajudar a acelerar o crescimento econômico do País e gerar empregos para os brasileiros. A inflação em queda e a redução da taxa Selic vão estimular a economia, a produção industrial e o consumo interno. Com determinação para tocar as reformas que o País precisa, vamos colocando o Brasil no rumo certo".
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
"Para a indústria, o corte nos juros poderia ter sido mais ousado, pois há estimativas de que a inflação deste ano ficará abaixo do centro da meta, que é de 4,5%. Uma redução maior na taxa, afirma a CNI, permitiria a recuperação da produção e do emprego e a consequente retomada do crescimento econômico, sem comprometer a estabilidade dos preços".
Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
"O Banco Central está fazendo seu papel ao aumentar o corte dos juros. No entanto, o Brasil tem pressa e há espaço para recuos ainda maiores da Selic", afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. "A taxa Selic vem caindo, mas os juros para o tomador final vêm aumentando. O Brasil não pode mais esperar, precisamos retomar o crescimento econômico e gerar empregos. Para isso, a redução dos spreads bancários e o destravamento do crédito são fundamentais".
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
"O Banco Central acertou em reduzir a Taxa Selic para 11,25% ao ano, diante de um cenário inflacionário que permite não apenas acelerar a queda de juros, como exige medidas deste tipo para retomar o caminho do crescimento econômico. |A Federação acredita que o movimento de corte de juros poderia ter começado um pouco antes, e pondera que ao menos se acelerou desde o começo do ano, obedecendo a lógica de inflação em queda e nível de atividade baixo, com desemprego elevado. Essa estratégia, na visão da FecomercioSP, além de baratear mais rapidamente o custo da dívida do Governo, auxilia o País a enfrentar os efeitos de uma situação recessiva sem precedentes"
Associação Brasileira Comercial de São Paulo (ACSP)
"É um corte muito bem-vindo. Com a queda de preços já dentro da meta para o ano, é preciso reduzir rapidamente a diferença entre a Selic e a inflação. Mais do que isso, a decisão do BC é uma ação concreta para alavancar a retomada da economia e, principalmente, conter o desemprego", afirma o superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo.
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
"O Sistema FIRJAN considera acertada a decisão do Copom de acelerar a queda da taxa de juros, na medida em que a inflação está em trajetória cadente e a atividade econômica ainda não mostrou sinais claros de recuperação. Apesar de crucial à retomada do crescimento, a redução dos juros precisa ser acompanhada pelo reequilíbrio das contas públicas, até para que seja sustentável. Nesse sentido, o Sistema FIRJAN reforça a importância da resolução da crise dos estados e da aprovação da reforma da previdência, que necessariamente deve incluir as previdências estaduais"
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)
"O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considera positivo para a economia a decisão anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 1,0 ponto percentual de 12,25% para 11,25%, o mais baixo patamar desde outubro de 2014. A decisão do Copom reflete a desaceleração dos preços dos últimos meses e a expectativa do mercado de que a inflação poderá até mesmo ficar abaixo do centro da meta ao final de 2017, fato que não acontece desde 2009".
Força Sindical
"Esperamos que, nas próximas reuniões do Copom, os tecnocratas do governo acentuem o movimento de redução dos juros, conforme o desejo do setor produtivo, que gera emprego e renda. É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém uma das taxas de juros mais altas do mundo, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento, e somente incentiva a entrada de capital especulativo".
União Geral dos Trabalhadores (UGT)
"É preciso ter entendimento de que a inflação está em baixa, sendo necessário coragem e determinação para reduzir nossa taxa de juros que ainda figura entre uma das mais altas do mundo. O momento econômico, com cerca de 13 milhões de trabalhadores desempregados, exige mais ousadia das autoridades econômicas, que precisam implementar medidas que estimulem o fortalecimento econômico, com geração de empregos e distribuição de renda".
Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco
“A redução de um ponto na Selic é uma ótima notícia. Mostra que estamos retomando o equilíbrio dos fundamentos econômicos a partir de uma agenda consistente de avanços construída passo a passo. E nesse contexto as reformas modernizantes serão cruciais para consolidar essa tendência de volta à normalidade na economia com crescimento e avanços sociais.”
PORTAL G1. Coluna de Thais Herédia. Será que teremos juros civilizados no Brasil?
O país está envolto na poeira de Brasília. Parece que não faremos outra coisa a não ser ver e ouvir horas de vídeos com as delações do fim do mundo sobre o maior esquema de corrupção do país – e do mundo também. Tanto assim que o Banco Central fez o movimento mais intenso de redução da taxa de juros em anos e ninguém deu muita bola. O Copom baixou de 12,25% para 11,25% a taxa básica da economia, a Selic.
A decisão veio sem surpresas, já que tinha sido mais do que alardeada pelo próprio BC nas últimas semanas. Aliás, este tema merece uma observação. Na tentativa de melhorar sua comunicação com o mercado e com a sociedade, o BC comandado por Ilan Goldfajn tem antecipado frequentemente as decisões sobre os juros. Na avaliação de um economista que já passou por Brasília e pediu para não ser identificado, “toda vez que eles ficam se telegrafando, eles ficam se amarrando”.
Isto quer dizer que a antecipação do resultado, que neste Copom era de reduzir o juro em 1pp, deixa o comitê com baixa liberdade de adaptar a decisão aos fatos que se acumulam entre os encontros. E, no caso do Brasil, os fatos têm acontecido em velocidade e intensidade impressionantes. Nesta reunião de abril, os diretores sinalizaram que vão repetir a dose em maio mas deixaram uma fresta aberta para ir além disso se o cenário permitir.
Para o BC importam, essencialmente, o que se passa com a inflação e com a atividade econômica. Com a inflação as surpresas são só positivas. O índice oficial, IPCA, está derretendo e é quase certo que ele vai fechar o ano abaixo da meta de 4,5%. As expectativas coletadas pelo boletim Focus estão hoje em 4,1% com um juro que vai cair até 8,5%. Com a atividade o céu não está tão de brigadeiro assim. Os dados conhecidos de 2017 mostram que a retomada será tarefa árdua e lenta.
O BC adotou um termo para se referir ao patamar desejável para a taxa brasileira, o chamado juro estrutural. Há outros nomes já conhecidos como juro neutro ou juro de equilíbrio. Esta é a taxa já descontada da inflação e que, em determinado nível, não provoca distorções na economia – como a própria aceleração da inflação.
O Copom tem se referido ao juro estrutural para sinalizar o tamanho do movimento que fará ao longo do tempo, sempre considerando o balanço dos riscos e dados econômicos. Na avaliação mais recente, este juro estrutural estaria em 5%. Se o BC reduzir a Selic até 8,5% e o IPCA ficar em 4,1%, como espera o mercado, a taxa real ficaria em 4% (numa conta superficial, mas válida para o raciocínio).
A pergunta que fica sem resposta, apesar de toda a sinalização escancarada, é se o Copom estaria imaginando que um pouco de pressão nos preços com um juro menor faria o IPCA a voltar para o centro da meta de 4,5%. Afinal, a meta de 2018 é a mesma e o debate sobre a redução dela deverá se limitar à escolha do objetivo de 2019 – o que pode abrir espaço para a queda da taxa estrutural. Este ponto foi levantado pelo economista Alexandre Schwartsman em sua análise da decisão do Copom, enviada a clientes de sua consultoria.
Há também um aspecto ressaltado pelo economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawal, na entrevista exclusiva que deu ao blog. Uma taxa mais baixa poderia ser o impulso que falta para ajudar empresas e consumidores a quitarem suas dívidas mais caras e retomar investimento e consumo. Como o Estado não terá mais o papel de estimulador da economia após a recessão, sobrou para a taxa de juros colaborar para a recuperação do crescimento.
O balanço entre todos os riscos e cenários econômicos considerados será levado em conta nas próximas reuniões do Copom. Mas há outra condicionante destacada pelos diretores do comitê: a reforma da previdência. Se ela for aprovada, bem. Se não for, amém para uma realidade civilizada para a taxa de juros no Brasil.
PORTAL G1. Coluna de João Borges. Copom indica possibilidade de mais cortes de 1 ponto na Selic
O comunicado divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central exige atenção em dois pontos: o cenário da inflação melhorou e, diante disso, se nada mudar, haverá mais cortes de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic.
Em relação ao primeiro ponto, diz o comunicado:
"O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de desinflação se difundiu e houve consolidação da desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. A desinflação dos preços de alimentos constitui choque de oferta favorável."
Em relação ao corte do juro nas próximas reunião, o comunicado diz:
"O Copom ressalta que o ritmo de flexibilização monetária dependerá da extensão do ciclo pretendido e do grau de sua antecipação, que por sua vez dependerá da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco mencionados acima, e das projeções e expectativas de inflação. O Comitê considera o atual ritmo adequado, entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo."
Ou seja, o Copom está atento ao ritmo de retomada da economia (por enquanto, lenta e gradual) e da inflação ( com cenário positivo), mas, por enquanto, o ritmo de queda de um ponto percentual é "adequado".
Por tudo o que foi mencionado no comunicado, o Copom não incluiu no seu balanço de riscos o impacto da divulgação dos vídeos da delação premiada de Marcelo Odebrecht e demais delatores da empresa. Mas certamente o tema não passou em branco na reunião que decidiu pelo corte na taxa de juros.
BACEN. COPOM. PORTAL UOL. 12.04.2017. BC reduz juros em 1 ponto, para 11,25%, no maior corte em quase 8 anos
Do UOL, em São Paulo
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros Selic) em 1 ponto percentual, de 12,25% para 11,25% ao ano. Este é o maior corte desde junho de 2009, quando a Selic caiu de 10,25% para 9,25%. Também é o menor nível para os juros desde outubro de 2014 (quando também era 11,25% ao ano).
A decisão desta quarta-feira (12) foi unânime e veio dentro do esperado. A maioria dos economistas consultados pelo BC no Boletim Focus e pela agência de notícias Reuters esperava corte de 1 p.p. na Selic. Apenas um entre 47 analistas mencionou uma redução de 1,25 p.p. na taxa de juros.
Quinta queda seguida
Foi a quinta baixa seguida da Selic. A redução dos juros começou no fim do ano passado, com dois cortes de 0,25 ponto percentual, derrubando a taxa de 14,25% para 13,75% ao ano.
Nas duas reuniões seguintes, em janeiro e em fevereiro, o BC acelerou o ritmo e fez dois cortes de 0,75 ponto percentual, levando os juros para o patamar de 12,25% ao ano.
Com a redução de 1 ponto desta reunião, o BC acelera novamente o ritmo. "O Comitê considera o atual ritmo adequado, entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo", disse a entidade em comunicado após a decisão.
Juros X Inflação
No documento, o BC também elevou a projeção para a inflação a 4,1% em 2017 pelo cenário de mercado, ante 4% no Relatório Trimestral de Inflação, do mês passado. Para 2018, a estimativa permaneceu no patamar de 4,5%. Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação.
De modo geral, quando
a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
A meta em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
Juros para o consumidor são mais altos
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial em março caiu para 327% ao ano, e os juros do rotativo do cartão de crédito ficaram em 481,5% ao ano.
BACEN. COPOM. REUTERS. 12/04/2017. BC acelera o passo e corta juros em 1 ponto percentual, a 11,25%
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central cortou nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 11,25 por cento ao ano, acelerando o passo de redução da Selic, como previa o mercado, em meio ao cenário de desinflação e fraqueza da economia.
O BC disse que a manutenção desse ritmo de corte dos juros vai depender da evolução da atividade econômica, dos fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação. Entre os fatores de risco, o BC incluiu o avanço das reformas, principalmente de cunho fiscal.
"O Comitê considera o atual ritmo (de corte da Selic) adequado, entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo", afirmou o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em comunicado. A decisão foi unânime.
No documento, o BC elevou a projeção para o IPCA a 4,1 por cento em 2017 pelo cenário de mercado, ante 4,0 por cento no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado no mês passado, mas ainda abaixo do centro da meta de 4,5 por cento. Para 2018, a estimativa permaneceu no patamar de 4,5 por cento.
O cenário de mercado considera as projeções da pesquisa Focus mais recente, com a Selic a 8,5 por cento tanto ao fim de 2017 quanto em 2018. No Relatório de Inflação, essas projeções eram de 9,0 e 8,5 por cento, respectivamente. Portanto, ao fazer uma pequena variação para cima em seu cálculo para o IPCA em 2017, mesmo já incorporando uma redução maior nos juros, o BC sinaliza que segue vendo bastante espaço para reduzir a Selic daqui para frente.
A decisão desta quarta-feira era amplamente esperada pelo mercado. Em pesquisa Reuters, 46 dos 47 economistas consultados previam que o BC reduziria a Selic nessa magnitude, com apenas um vendo corte de 1,25 ponto.
No atual ciclo de afrouxamento monetário, iniciado em outubro, o Copom cortou duas vezes a Selic em 0,25 ponto percentual e duas vezes em 0,75 ponto percentual. A última redução de 1 ponto tinha sido feita em junho de 2009, quando a taxa passou de 10,25 a 9,25 por cento ao ano.
Economistas já esperavam aceleração no corte dos juros e o próprio BC havia dado sinais nesse sentido, quando destacou que o panorama atual fortalecia a possibilidade de "intensificação moderada" no ritmo de flexibilização monetária.
"Essa intensificação moderada em relação ao ritmo das reuniões de janeiro e fevereiro mostra-se, no momento, adequada", trouxe o BC nesta quarta-feira, repetindo que a convergência da inflação para a meta de 4,5 por cento no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.
Para o economista do Santander Luciano Sobral, o BC não se comprometeu em relação aos próximos passos que dará.
"Ele diz que esse ritmo atual é adequado dadas as informações disponíveis, mas pode ajustar esse ritmo. Vai depender de como os dados econômicos evoluírem até lá. Se eventualmente os dados de atividade econômica forem mais fracos que o esperado e a inflação mais baixa do que o esperado, pode ser que ele acelere esse ritmo."
A inflação vem cedendo de maneira pronunciada mesmo no setor de serviços, que o BC vinha acompanhando com maior cautela. Nos 12 meses até março, o IPCA registrou avanço de 4,57 por cento, muito próximo do centro da meta.
Em seu comunicado, o BC cravou que o processo de desinflação se difundiu e houve consolidação da desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, de maneira que comportamento da inflação permanece favorável.
A autoridade monetária também passou a listar a aprovação e implementação das reformas, principalmente de natureza fiscal, na sua lista de fatores de risco, elevando-os para quatro, ao invés de três.
Contudo, não fez menção direta à reforma da Previdência após o governo ter dado carta branca para flexibilização da proposta original, prevendo com isso redução de até 160 bilhões de reais na economia que havia calculado para 10 anos.
As perspectivas para aprovação da reforma também ficaram mais turvas após o relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, autorizar na véspera a abertura de 76 inquéritos contra parlamentares, ministros de Estado e outras autoridades a partir das delações feitas por executivos da Odebrecht.
(Reportagem adicional de Silvio Cascione)
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EMBRAER. 13/04/2017. Embraer entrega 18 jatos comerciais e 15 executivos no 1º trimestre de 2017
São José dos Campos - SP, 13 de abril de 2017 – A Embraer (NYSE: ERJ; BM&FBOVESPA: EMBR3) entregou 18 jatos para o mercado de aviação comercial nos Estados Unidos, Europa e China ao longo do primeiro trimestre de 2017 (1T17). No segmento de aviação executiva, 15 unidades foram entregues nesse período, sendo 11 jatos leves e 4 jatos grandes. Em 31 de março, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) totalizava USD 19,2 bilhões.
DOCUMENTO: http://www.embraer.com.br/Documents/noticias/025%20-%20Entregas%20da%20Embraer%20no%201T17-Ins-VPF-P-17.pdf
MDIC. 12/04/2017. Acordo entre INPI e Anvisa acelera exame de patentes na área de fármacos
Brasília (12 de abril) – Portaria conjunta assinada entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), durante cerimônia realizada nesta quarta-feira no Palácio do Planalto, vai agilizar o exame de patentes na área de produtos e processos farmacêuticos. O acordo facilitará a chegada de novos medicamentos genéricos ao mercado.
Segundo o ministro Marcos Pereira, a portaria assinada entre o INPI e a Anvisa representa o fim de um impasse de 16 anos nos pedidos de patentes na área de produtos e processos farmacêuticos.
“Esta medida é mais um grande avanço para o sistema de propriedade industrial brasileiro, em especial no âmbito da desburocratização, mas não é o ponto de chegada. Ela faz parte de um relevante escopo de ações que buscam a reestruturação e o fortalecimento do INPI, uma das minhas prioridades na gestão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços”, disse.
“Resolvemos um impasse, é mais uma importante medida de desburocratização. Unimos esforços para oferecer aos brasileiros medicamento acessível e de qualidade e também estimular a pesquisa em prol da saúde”, afirmou o presidente Michel Temer.
O acordo entre INPI e ANVISA vai agilizar a análise de patentes químico-farmacêuticas. Também evitará extensões de prazo da patente devido ao tempo de análise do INPI, reduzirá a judicialização do tema e facilitará a chegada de novos medicamentos genéricos ao mercado. Tudo isso com segurança jurídica aos investidores destas áreas.
Pelo acordo, a Anvisa analisará os pedidos, para anuência prévia, com foco no impacto à saúde pública, enquanto o INPI será o responsável por analisar os critérios de patenteabilidade. “Para entender o tamanho deste universo, de 2000 a 2015 foram depositados 21.733 pedidos de patentes para produtos farmacêuticos, que dependem de anuência prévia”, explicou o ministro.
Instrução Normativa
Durante discurso, o ministro também citou Instrução Normativa do INPI publicada hoje no Diário Oficial da União que altera os critérios para averbação e registro de contratos de transferência de tecnologia, atendo-se exclusivamente ao definido na Lei de Propriedade Industrial e não mais interferindo no mérito dos contratos.
“A nova Instrução Normativa do INPI traz uma interpretação mais moderna e atualizada sobre o papel do instituto nesta abordagem, limitando-se a um ato administrativo de natureza registral, formal, com o objetivo de verificar apenas a legalidade do objeto do contrato. Trata-se, portanto, de mais uma medida antiburocracia e que busca dar mais transparência e a otimização dos recursos humanos”, destacou o ministro Marcos Pereira.
O ministro lembrou ainda que deu posse a 140 novos tecnologistas e examinadores de marcas, patentes, desenhos industriais e programas de computador, aprovados em concurso ainda em 2014. E que em um esforço de ampliar ainda mais a equipe técnica do INPI, e reduzir o tempo de concessão de patentes, o Ministério do Planejamento autorizou a nomeação de 50% do cadastro de reserva do concurso, que representam outros 70 servidores convocados.
“Só nesta gestão, portanto, serão 210 novos examinadores, que representam um incremento de 25% do quadro de pessoal. Os resultados já podem ser sentidos de maneira prática. O número de decisões na área de marcas cresceu de 190 mil (em 2015) para 196 mil em 2016. Já as decisões na área de patentes são ainda mais impactantes: de 16 mil concessões em 2015, saltamos para 25 mil no ano passado”, disse.
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LGCJ.: