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March 22, 2017

MF. PORTAL G1. 22/03/2017. Governo reduz de 1% para 0,5% projeção de alta do PIB em 2017. Redução vai obrigar o governo a anunciar, ainda nesta quarta, um bloqueio de gastos para adequar o orçamento. Para elevar arrecadação, governo também pode aumentar tributos.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

O governo baixou de 1% para 0,5% sua estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano, anunciou nesta quarta-feira (22) o Ministério da Fazenda. A nova previsão está em linha com a do mercado financeiro.
Apesar da redução, o governo manteve a projeção de que a economia brasileira deve crescer em 2017, após dois anos seguidos de recessão. No ano passado, o PIB brasileiro encolheu 3,6% em relação a 2015.



De acordo com o Ministério da Fazenda, o PIB deverá registrar crescimento de 0,49% no primeiro trimestre de 2017; no segundo, alta de 0,68%; no terceiro, aumento de 0,73% e, no quarto trimestre deste ano, alta de 0,79%. O resultado é sempre em relação ao trimestre anterior.
Nesta comparação, o crescimento do PIB no quarto trimestre de 2017 será de 2,7% em relação ao mesmo período de 2016, segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
O secretário de Política Econômica, Fabio Kanczuk, avaliou que, no quarto trimestre de 2016, o resultado do PIB foi ruim porque as empresas usaram seus recursos para reduzir o endividamento. E "ao pagar dívida, consumiram ou investiram menos". Ele apontou que as famílias também reduziram o consumo.
Para Kanczuk, porém, os números mostram que a recessão "ficou para trás e que o futuro será melhor, sugerem que o crescimento será maior nos trimestres deste ano".
Segundo ele, o cenário base para 2018 é de uma alta de 2,5% no PIB. Entretanto, conforme análise do ministro Meirelles nesta terça-feira, as probabilidades estão indo para uma expansão econômica acima de 3% no ano que vem – na comparação com 2017.
"Tenho uma convicção bastante grande que o Brasil virou a curva e começou a crescer no primeiro trimestre [de 2017]", disse Kanczuk.
Corte no orçamento
Com a confirmação da nova previsão de crescimento do PIB, medidas terão que ser adotadas para o cumprimento da meta fiscal. Uma delas será um corte nos gastos previstos no orçamento deste ano e que vai ser anunciado ainda nesta quarta. Outra pode ser o aumento de impostos.
Isso é necessário porque o orçamento de 2017 foi feito com base em uma alta de 1,6% do PIB em 2017. Com o crescimento mais tímido, a arrecadação do governo com impostos e tributos também deve ser menor.
Com a arrecadação mais baixa, fica mais difícil para o governo conseguir cumprir a meta fiscal fixada para este ano, que é de déficit (despesas maiores do que receitas) de até R$ 139 bilhões. Essa conta não inclui os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
Na terça, interlocutores do governo ouvidos pelo G1 avaliaram que o bloqueio poderia ficar entre R$ 40 bilhões e R$ 65 bilhões. Entretanto, há informações divulgadas na imprensa dando conta de que esse valor pode ser menor.
O secretário de Política Econômica avaliou que também haverá impacto da liberação das contas inativas do FGTS no crescimento deste ano. Segundo ele, a liberação dos recursos é "essencial" para a expansão da economia, mas, mesmo sem essa injeção, o país voltaria a crescer em 2017.
Ele estimou que metade dos recursos liberados, que vão de R$ 35 bilhões a R$ 40 bilhões, devem ser gastos pela população em consumo.
Também contribuem para o retorno do crescimento, em 2017, o bom desempenho da agricultura e a volta da confiança das empresas e da população na melhora das contas públicas, acrescentou Kanczuk.
Alta de tributos
Na terça (21), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que não está afastada a possibilidade de ser anunciado aumento de tributos para elevar a arrecadação do governo, o que também ajudaria no esforço para cumprir a meta fiscal.
"Será uma combinação possível: o que é de corte, agora e, se necessário, de aumento de imposto", afirmou o ministro da Fazenda.
Previsão para 2018
Para o próximo ano, o Ministério da Fazenda estimou um crescimento do PIB da ordem de 2,5%. O valor também está de acordo com as estimativas do mercado financeiro, mas está abaixo do que previu, nesta terça-feira, o titular da pasta, Henrique Meirelles.
Em evento em Brasília, o ministro da Fazenda afirmou que o PIB brasileiro poderá crescer mais de 3% no ano que vem.
Comportamento da inflação
O Ministério da Fazenda também informou que o governo baixou de 4,7% para 4,3% a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, neste ano.
Com isso, a estimativa oficial do governo para o comportamento da inflação em 2017 passou a ficar abaixo da meta central para este ano, que é de 4,5%. O valor também permaneceu abaixo do teto de 6% fixado pelo sistema de metas de inflação.
Para a inflação de 2018, o Ministério da Fazenda estimou que o IPCA somará 4,5% – exatamente no centro da meta de inflação do ano que vem.

MF. REUTERS. 22/03/2017. Governo reduz previsão de crescimento do PIB a 0,5% em 2017 e vê inflação menor

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Fazenda reduziu sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a 0,5 por cento em 2017, metade da estimativa anterior (1 por cento), e passou a ver a inflação abaixo do centro da meta, com alta do IPCA a 4,3 por cento neste ano, sobre 4,7 por cento do cálculo anterior.

Para 2018, a pasta projetou expansão da atividade em 2,5 por cento e inflação em 4,5 por cento. A última revisão dos números havia sido feita pelo governo no fim de novembro, mas sem menção a 2018. Os novos dados para 2017, contudo, não foram atualizados para a Lei Orçamentária Anual (LOA), que ainda conta com estimativa de 1,6 por cento para a atividade este ano.

Agora, a expectativa para o PIB neste ano passou a ficar em linha com a alta do PIB de 0,48 por cento prevista pelo mercado, segundo pesquisa Focus mais recente, realizada pelo Banco Central junto a diversos economistas.

A expressiva diferença de mais de 1 ponto percentual entre o número que serviu de embasamento para a LOA e a projeção para o PIB divulgada nesta quarta-feira pela Fazenda dá pistas do impacto que deverá ser sentido na arrecadação.

A inflação mais baixa também deverá dar uma contribuição negativa neste sentido. A meta central para o avanço de preços na economia em 2017 é de um IPCA em 4,5 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Os números corroboram a necessidade de contingenciamento no orçamento deste ano para que seja possível o cumprimento da meta de déficit primário de 139 bilhões de reais para o governo central.

Esse anúncio deverá ser feito pelo governo mais tarde nesta quarta-feira, por ocasião da divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas.

(Por Marcela Ayres)

MF. PORTAL UOL. 22/03/2017. Governo reduz previsão de alta do PIB de 1% para 0,5% em 2017
MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

O Ministério da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (22) que reduziu a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano de 1% para 0,5%. A projeção para 2018 é de crescimento de 2,5%.

A equipe econômica ajusta, desta forma, sua projeção para o comportamento da economia brasileira em 2017 à do mercado. De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, os analistas esperam um crescimento de 0,48% para este ano.

Em novembro do ano passado, o ministério já havia reduzido sua perspectiva para o PIB de 2017 de 1,6% para 1%.

A previsão é que neste primeiro trimestre o crescimento na comparação com o quarto trimestre de 2016 seja de 0,49%.

No início de fevereiro, o ministro da Fazenda havia afirmado que a previsão de alta de 1% do PIB estava mantida pelo bom desempenho de indicadores antecedentes da economia, como vendas de papelão ondulado, usado como embalagem de produtos, e movimento de cargas nas estradas.

Nesta quarta, ao anunciar a redução da projeção, o secretário de Política Econômica da pasta, Fabio Kanczuk, explicou que o número é pior porque no mês passado ainda não estavam mensuradas totalmente os efeitos do forte pagamento de dívidas por empresas, a chamada "desalavancagem".

De acordo com ele, para pagar débitos as empresas deixaram de investir e contratar, o que teve efeito mais forte sobre a economia do que o imaginado a princípio.

"Essa informação depende dos balanços das empresas, e alguns de dezembro ainda não estão fechados", disse. "A velocidade de desalavancagem das empresas foi surpreendente, foi uma redução abrupta, que determinou um PIB mais fraco no quarto trimestre com efeitos no início deste ano".

Para o secretário, os números sugerem que esse processo de saída do endividamento ficou para trás.

Kanczuk repetiu a expectativa já divulgada por Meirelles, de que no último trimestre do ano haja um crescimento de 2,7% na comparação com o mesmo período de 2016 e uma alta de 3,2% em relação ao terceiro trimestre do ano.

"A alta de 0,5% não é exuberante, mas os números dos últimos trimestres são bastante bons", afirmou. "É uma economia crescendo de forma OK no final do ano".

O secretário ainda comentou o fato de a perspectiva oficial para 2018, de alta de 2,5%, ser menor do que os 3% divulgados pelo ministro da Fazenda. "Existe uma probabilidade razoável de crescimento acima de 3%. Mas nosso cenário de maior probabilidade é de uma alta de 2,5%".

FGTS

Além da taxa de juros em queda, maior confiança na economia e safra de grãos expressiva, o secretário citou a liberação das contas inativas do FGTS, que ocorre ao longo deste primeiro semestre, como fator importante levado em conta na nova projeção do PIB.

Ele calculou que, se metade dos beneficiados pela medida usarem os recursos do Fundo para consumir, o aquecimento na economia pode ser o equivalente a 0,35 ponto percentual do PIB. Fez a ressalva, entretanto, que não se pode simplesmente subtrair esses 0,35 ponto percentual dos 0,5% de alta do PIB para se ter o impacto da liberação das contas inativas. "Essa conta não é tão simples".

PESO DO ESTADO

De acordo com ele, no longo prazo a expectativa é que as reformas fiscais permitam que o peso do governo na economia possa ser reduzido em 0,7 ponto percentual. No caso das chamadas reformas microeconômicas, esse peso também seria de 0,7 ponto percentual.

Isso, defendeu, deve elevar o chamado PIB potencial, ou seja, quanto a economia pode crescer em uma situação de estabilidade.

"Saímos de um PIB potencial de 2,3% ou 2,5% e podemos chegar a 3,7% ou 3,8% . Mas isso não é para este ou o próximo ano, é o crescimento médio durante os próximos 10 anos".

CONTINGENCIAMENTO

A nova projeção é um dos fatores que afetará o contingenciamento (bloqueio) de recursos do Orçamento que será anunciado ainda nesta quarta, já que um PIB menor significa uma arrecadação mais modesta e, portanto, menor espaço para gastos.

Segundo cálculo do consultor Ricardo Volpe, da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, a cada um ponto percentual a menos do PIB a receita deve cair cerca de R$ 10 bilhões —ou seja, com uma previsão de queda de 0,5 ponto percentual, a redução deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.

A meta de resultado primário para este ano é de um deficit de R$ 139 bilhões.

A expectativa é que no último trimestre do ano haja um crescimento de 2,7% na comparação com o mesmo período de 2016.


2016
-3,6
-0,1
2009
7,5
2010
4,0
2011
1,9
2012
3,0
2013
0,5
2014
-3,8
2015
-3,6
2016


IBGE. 22/03/2017. Em março, IPCA-15 fica em 0,15% e IPCA-E em 1,00%

PERÍODO
TAXA
Março
0,15%
Fevereiro
0,54%
Março 2016
0,43%
Acumulado no ano
1,00%
Acumulado em 12 meses
4,73%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,15% em março, bem menos do que os 0,54% de fevereiro. Desde março de 2009, quando o índice situou-se em 0,11%, não há registro de resultado mais baixo para os meses de março. Ademais, considerando os resultados mensais, essa foi a menor taxa desde agosto de 2014, com o IPCA-15 em 0,14%. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado por trimestre, situou-se em 1,00%, abaixo da taxa de 2,79% relativa aos três primeiros meses de 2016. Em relação aos últimos doze meses, o índice desceu para 4,73% e ficou abaixo dos 5,02% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2016, a taxa foi 0,43%.
Amenizados os fortes efeitos dos reajustes das mensalidades escolares que habitualmente ocorrem no início do ano e se concentram nos índices do mês de fevereiro, o IPCA-15 desceu de 0,54% para 0,15%. Foi o grupo Educação, que, embora tenha se apresentado com 0,87%, a mais elevada variação de grupo, fez recuar significativamente o índice de um mês para o outro, assim como fez acelerar de janeiro para fevereiro. É o que mostra a tabela a seguir.
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Variação (%)
Janeiro
Fevereiro
Março
Março
Trimestre
12 meses
Índice Geral
0,31
0,54
0,15
0,15
1,00
4,73
Alimentação e Bebidas
0,28
-0,07
-0,08
-0,02
0,14
4,67
Habitação
-0,22
0,18
0,64
0,10
0,60
3,53
Artigos de Residência
-0,23
0,34
-0,30
-0,01
-0,19
1,33
Vestuário
-0,18
-0,31
-0,02
0,00
-0,51
2,31
Transportes
0,71
0,66
-0,16
-0,03
1,20
2,49
Saúde e Cuidados Pessoais
0,48
0,83
0,48
0,05
1,80
10,49
Despesas Pessoais
0,76
0,37
0,30
0,03
1,43
6,64
Educação
0,18
5,17
0,87
0,04
6,27
8,31
Comunicação
0,49
0,84
-0,31
-0,01
1,02
1,85
Observa-se que a taxa de 0,87% do grupo Educação foi influenciada pela alta de 5,43% apropriada em Fortaleza, ao passo que as demais regiões não ultrapassaram 1,86%, taxa registrada na região metropolitana de São Paulo. Em algumas regiões houve até alguns ajustes, pequenos recuos nas mensalidades, o que foi registrado na região de Belém (-0,23%) e em Goiânia (-0,06%).
Assim, afora as despesas com Habitação, que subiram para 0,64%, enquanto haviam se situado em 0,18% no mês de fevereiro, e Vestuário, que passou de -0,31% para -0,02%, os demais grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram taxas inferiores às registradas naquele mês.
Em relação ao grupo Habitação, a pressão de alta foi exercida pela energia elétrica, cujas contas subiram 2,45% e levaram o item à liderança no ranking dos principais impactos no índice do mês, com 0,08 ponto percentual (p.p.). Com isto, a energia elétrica foi responsável por 53% do IPCA-15. Aliada a movimentos nas parcelas referentes ao PIS/COFINS, a alteração da bandeira verde para amarela, que passou a vigorar a partir do dia primeiro de março fez as contas subirem. Isto porque o consumidor passou a pagar R$2,00 a cada 100 kwh de energia elétrica consumidos.
Além de Educação (0,87%) e Habitação (0,64%), os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,48%) e Despesas Pessoais (0,30%) se apresentaram em alta, enquanto os demais vieram em queda. Dentre eles destacam-se os alimentos, com -0,08%, tendo em vista que muitos ficaram mais baratos de fevereiro para março. É o caso do feijão-carioca (-10,36%), do feijão-preto (-8,27%), do frango inteiro (-2,39%) e das carnes (-1,31%).
Em relação ao grupo Transportes (-0,16%), o resultado foi motivado pela queda nos preços dos combustíveis (-1,34%), sendo que o litro da gasolina ficou 1,06% mais barato e o litro do etanol, mais barato em 2,69%. As passagens aéreas também caíram, -9,71%.
Ao nível de grupo, as mais intensas quedas ficaram com Comunicação (-0,31%) e Artigos de Residência (-0,30%).
Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, apenas a região metropolitana de Curitiba mostrou aceleração na taxa de fevereiro (0,25%) para março (0,37%) em razão da variação de 14,56% dos ônibus urbanos. O mais elevado índice, no entanto, ficou com Fortaleza (0,57%), sob pressão do resultado do grupo Educação (5,43%). O índice mais baixo foi o de Goiânia, onde os combustíveis (-1,55%) e as carnes (-2,54%) contribuíram para a queda de 0,17%.
Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Janeiro
Fevereiro
Março
Trimestre
12 meses
Fortaleza
3,49
0,53
0,69
0,57
1,80
7,03
Curitiba
7,79
0,27
0,25
0,37
0,90
3,41
São Paulo
31,68
0,31
0,32
0,27
0,91
4,84
Rio de Janeiro
12,46
0,30
0,93
0,20
1,43
4,92
Belém
4,65
0,17
0,66
0,15
0,97
5,10
Porto Alegre
8,40
0,03
0,55
0,08
0,66
4,47
Recife
5,05
0,14
0,73
0,06
0,94
4,93
Salvador
7,35
0,63
0,85
-0,07
1,41
4,81
Belo Horizonte
11,23
0,40
0,74
-0,07
1,07
5,20
Brasília
3,46
0,57
0,32
-0,08
0,82
4,45
Goiânia
4,44
0,14
0,07
-0,17
0,04
2,76
Brasil
100,00
0,31
0,54
0,15
1,00
4,73
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de fevereiro a 14 de março de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de janeiro a 13 de fevereiro de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3394

PETROBRÁS. 22/03/2017. Resultado financeiro de 2016

O resultado em 2016 foi marcado por uma melhora significativa no nosso desempenho operacional ao longo do ano, que se refletiu numa reversão do prejuízo apurado no terceiro trimestre (3T16) para um lucro líquido de R$ 2,51 bilhões no quarto trimestre (4T16) e redução no endividamento.

Apesar do preço de petróleo mais baixo em 2016, da retração do mercado nacional de derivados, com queda de 8% no volume de vendas no mercado interno e da menor geração de energia elétrica, operamos com maiores margens de diesel e gasolina, se comparado ao ano anterior, e reduzimos nossos gastos com importações, participações governamentais e despesas de vendas, gerais e administrativas, bem como despesas financeiras líquidas.

As exportações aumentaram 12% no 4T16, totalizando 634 mil bpd de petróleo e derivados, com destaque para as exportações de petróleo, que subiram 14%, levando nossa companhia a assumir a posição de exportadora líquida em 2016.

Em termos operacionais, cumprimos, pelo segundo ano consecutivo, nossa meta de produção, atingindo 2.144 mil de barris por dia (bpd) de petróleo no Brasil e registramos recordes como a produção de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), considerando petróleo e gás, no Brasil e no exterior, em dezembro.

Com a maior geração operacional e a redução de investimentos em 32%, alcançamos um fluxo de caixa livre de R$ 41,57 bilhões. O 4T16 foi o sétimo trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo, demonstrando a maior disciplina de capital que temos perseguindo.

O endividamento líquido foi reduzido em 20%, passando para R$ 314 bilhões ou US$ 96,4 bilhões, em decorrência da amortização e pré-pagamento de dívidas, utilizando recursos de desinvestimentos e do caixa, bem como da apreciação do real. A gestão da dívida também possibilitou o aumento do prazo médio de 7,14 para 7,46 anos.

O EBITDA, referência bastante utilizada pelo mercado financeiro como uma aproximação da geração de caixa, foi de R$ 24,8 bilhões no 4T16 e de R$ 88,7 bilhões em 2016, 16% superior ao ano anterior.

Com isso, a métrica financeira Dívida líquida/EBITDA traçada no nosso Plano de Negócios e Gestão foi reduzida de 5,11, ao final de 2015, para 3,54, ao final de 2016. A meta é que esse indicador chegue a 2,5 vezes o EBITDA no fim de 2018.

Principais destaques do resultado anual e do quarto trimestre de 2016

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DOCUMENTO COMPLETO: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros/holding#topo


CNI. 21/03/2017. Expectativas dos industriais são positivas mesmo com produção em queda. Sondagem Industrial da CNI mostra redução na produção e emprego menos intensa em fevereiro. Empresários estão otimistas sobre a demanda, as exportações e as compras de matérias-primas

Apesar do fraco desempenho da indústria, os empresários estão otimistas. Em março, o índice de expectativas sobre a demanda registrou 54,7 pontos, sobre a quantidade exportada assinalou 52,5 pontos e sobre as compras de matéria-prima foi de 52,2 pontos. Os industriais se mantém pessimistas apenas em relação ao emprego, cujo indicador ficou abaixo dos 50 pontos, em 48 pontos. As informações são da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (21). Os indicadores variam de zero a cem. Acima dos 50 pontos, sinalizam expectativas positivas e, abaixo, negativas.

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De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, entre os fatores que explicam a melhora no otimismo do empresariado está a inflação sob controle e as quedas mais acentuadas na taxa básica de juros. “Além disso, há no Congresso Nacional uma agenda de reformas, como a Tributária, a Trabalhista e a Previdênciária, que também reanima os industriais, ainda que seus efeitos sejam de longo prazo”, declara Azevedo.

A queda na produção e no emprego na passagem de janeiro para fevereiro foi menos intensa do que a registrada em 2016. O índice de evolução da produção registrou 44,4 pontos em fevereiro ante 42,2 pontos no ano passado.  O indicador de número de empregados ficou em 45,9 pontos no mês passado frente a 42,8 pontos em fevereiro de 2016. Indicadores abaixo de 50 pontos sinalizam queda na produção e no emprego e, quanto mais próxima da linha dos 50 pontos, menor e menos disseminada é a retração.

A indústria operou, em média, com 63% da capacidade instalada em fevereiro e está nesse patamar desde dezembro de 2016. Além disso, a utilização da capacidade instalada (UCI) está cinco pontos percentuais abaixo da média histórica para o mês, na série iniciada em 2011. O índice de UCI efetiva-usual registrou 37,7 pontos e se mantém bem abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando baixa atividade industrial.

Os estoques também caíram no mês passado, mas mantiveram-se praticamente dentro do planejado pelas empresas, com indicadores próximos dos 50 pontos. O índice de evolução dos estoques ficou em 49,4 pontos e o índice de estoque efetivo-planejado assinalou 50,1 pontos.

INVESTIMENTOS – Depois de 10 meses seguidos de crescimento no índice de intenção de investimentos, o indicador teve leve recuo na comparação com fevereiro e marcou 46,6 pontos em março. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador está 7,2 pontos maior. Isso mostra maior propensão dos empresários a investir.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita de 2 a 14 de março com 2.437 empresas em todo o país. Dessas, 984 são pequenas, 885 são médias e 568 são de grande porte.

Sondagem Industrial. Perspectivas de melhora em cenário de dificuldades.

A indústria segue com dificuldades: tanto a produção industrial como o emprego apresentaram queda em fevereiro. Por outro lado, as perspectivas quanto aos próximos meses sugerem otimismo. Os empresários industriais esperam melhora na demanda, nas exportações e na compra de matérias-primas.



Sondagem Industrial: https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/f6/4a/f64a7461-22fc-4997-a765-3c78fa30624b/sondagemindustrial_fevereiro2017.pdf

APEX-BRASIL. PROMOÇÃO COMERCIAL. 17/03/2017. AGÊNCIA FACILITA INVESTIMENTOS DE MAIS DUAS GRANDES EMPRESAS

A atuação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) ajudou a trazer para o país dois grandes investimentos de empresas internacionais. A Qualcomm anunciou investimento de US$ 200 milhões nos próximos quatro anos para produzir processadores para dispositivos conectados no Brasil. A fábrica será instalada na região de Campinas (SP) e deverá empregar até 1,2 mil pessoas. A equipe da Agência atende a empresa desde 2011.

A Qualcomm vai fabricar chips com multicomponentes em uma mesma placa para incorporação em smartphones e outras aplicações, incluindo equipamentos com funcionalidade “internet da coisas” (IoT). O termo internet das coisas designa a evolução que permite a conexão de dispositivos de diversas naturezas como máquinas, carros, eletroeletrônicos, entre outros.

O outro anúncio de investimento foi da SAP, uma das líderes globais de sistemas de gestão integrada no ramo de softwares de aplicativos empresariais. A empresa, que já tem sede no Brasil, vai destinar R$40 mi para a implantação de um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em São Leopoldo (RS). Estão previstos 600 novos postos de trabalho. Desde 2015, a Apex-Brasil vem tentando ampliar os investimentos em P&D realizados pela SAP no Brasil. Foram inúmeras reuniões, atividades e agrupamento de informações até que o anúncio fosse feito.

“São investimentos em áreas estratégicas para país, que nos permitirão fabricar produtos com maior valor agregado e trazer tecnologia para o Brasil. Além disso, eles têm um impacto grande em termos de qualificação da mão de obra e na geração de empregos aqui”, explica a gerente de Investimentos da Apex-Brasil, Maria Luisa Cravo Wittenberg.

O memorando de entendimento assinado pela SAP com o governo brasileiro tem a intenção também de fomentar a área de inovação aberta, que consiste no investimento em startups brasileiras. As duas linhas de atuação são trabalhadas pela equipe da Apex-Brasil com a empresa.

APEX-BRASIL. PROMOÇÃO COMERCIAL. 15/03/2017. BRASIL USA BLOGUEIROS PARA TRABALHAR IMAGEM DO PAÍS NA CNN

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), dá início nesta semana à primeira grande ação da campanha Be Brasil, que tem por objetivo melhorar a imagem do Brasil como parceiro de negócios.  Estreia no próximo dia 14 de março, terça-feira, a série de TV B2B (Blogger to Blogger), que será exibida pela rede CNN Internacional em vários países que são prioritários da Agência.

Produzida pela Cinegroup, a série B2B consistirá, nessa primeira etapa, em quatro programas de 15 minutos cada, nos quais o telespectador irá acompanhar o encontro entre um blogueiro estrangeiro e um blogueiro brasileiro dos setores de moda, café, games e carnes. As duplas realizaram uma série de atividades para que os blogueiros internacionais fossem apresentados a empresários, produtos e serviços, novidades e tendências do Brasil.

“Desenvolvemos esses vídeos para reforçar aspectos como criatividade, inovação e sustentabilidade presentes nos produtos brasileiros, características vinculadas à campanha Be Brasil, lançada durante os Jogos Olímpicos em 2016”, detalha o gerente de Comunicação e Marketing da Apex-Brasil, Carlos Villanova. Os cases foram selecionados entre as empresas que já são atendidas pela Agência e são exportadoras. O formato da série foi pensado para trazer visibilidade para os atributos dos produtos brasileiros em duas pontas: com os telespectadores da CNN e com os seguidores dos blogueiros, todos com forte presença nas redes sociais.

A blogueira espanhola convidada para o episódio de moda que abre a série, Silvia Garcia, por exemplo, está na lista das 13 mais influentes de seu país e tem mais de 360 mil seguidores no Instagram. Silvia foi recebida pela brasileira Mariah Bernardes. Para o episódio de carnes, foram convidados o brasileiro André Dias e o alemão Klaus Glaetzner. Já o episódio de games reuniu o brasileiro Diogo Braga e britânica Kim Richards e o capítulo sobre café, o blogueiro brasileiro Hugo Rocco e a japonesa Ryoko Iwata.

Além da exibição na TV, o material ficará em uma página no portal da CNN, com mais conteúdo sobre os setores econômicos abordados nos programas, como textos e gráficos. Os vídeos de estreia, sobre moda e café, podem ser conferidos neste link: https://goo.gl/D3thUu

Be Brasil

A proposta do Be Brasil é promover a imagem do Brasil como um país atraente e confiável no mundo dos negócios, por meio de uma narrativa apoiada na determinação e criatividade do brasileiro, e na qualidade, inovação e sustentabilidade dos nossos produtos e serviços. Queremos que o mundo todo reconheça cada vez mais esses atributos.

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US ECONOMICS

DoC. 03/21/2017. Department of Commerce Finalizes Antidumping and Countervailing Duty Investigation Determinations Against Chinese Chemical Companies

Today, the Department of Commerce finalized determinations in an antidumping duty (AD) and countervailing duty (CVD) investigation of chemical imports, including HEDP, from the People’s Republic of China.

 “The United States will not stand for the flouting of our trade laws,” said Secretary Ross. “As laid out in the President’s Budget Blueprint, this administration will make fair and secure trade a priority by strengthening the International Trade Administration’s trade enforcement and compliance functions.  This is not the last that bad actors in global trade will hear from us – the games are over.”

The final dumping margin of 179.76 percent was determined for the non-selected respondents eligible for a separate rate. Commerce determined a final dumping margin of 184.01 percent based on adverse facts available for all other producers/exporters in China that are part of the China-wide entity. This was due to their failure to respond to Commerce’s requests for information from the Chinese chemical companies: Shandong Taihe Chemical Co., Ltd., and Nanjing University of Chemical Technology Changzhou Wujin Water Quality Stabilizer Factor and Nantong Uniphos Chemical Co., Ltd. (known collectively “WW Group.”) 

In 2015, Chinese imports of HEDP, which is a phosphonate used in industrial water treatment, industrial household cleaning products, and personal care products, were valued at an estimated $290.1 million.

AD and CVD laws provide U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to deter to practice of and seek relief from the effects of dumping or unfairly subsidizing imports into markets within the United States, ensuring that each nations’ businesses play on a level field.

The U.S. International Trade Commission is scheduled to make its final determinations around May 4, 2017. 

  • On March 21, 2017, the Department of Commerce (Commerce) announced its affirmative final determinations in the antidumping duty (AD) and countervailing duty (CVD) investigations of imports of 1-hydroxyethylidene-1, 1-diphosphonic acid (HEDP) from the People’s Republic of China (China).
  • The AD and CVD laws provide U.S. businesses and workers with a transparent, quasi-judicial, and internationally accepted mechanism to seek relief from the market-distorting effects caused by injurious dumping and subsidization of imports into the United States, establishing an opportunity to compete on a level playing field.
  • For the purpose of an AD investigation, dumping occurs when a foreign company sells a product in the United States at less than its fair value. For the purpose of a CVD investigation, a countervailable subsidy is financial assistance from foreign governments that benefits the production of goods from foreign companies and is limited to specific enterprises or industries, or is contingent either upon export performance or upon the use of domestic goods over imported goods.
  • Commerce found that dumping has occurred by mandatory respondents Shandong Taihe Chemical Co., Ltd., and Nanjing University of Chemical Technology Changzhou Wujin Water Quality Stabilizer Factor and Nantong Uniphos Chemical Co., Ltd. (collectively “WW Group”), at dumping margins of 167.58 percent and 184.01 percent, respectively. Commerce assigned a final margin of 179.76 percent to the non-selected respondents eligible for a separate rate. Commerce determined a final dumping margin of 184.01 percent based on adverse facts available for all other producers/exporters in China that are part of the China-wide entity due to their failure to respond to Commerce’s requests for information.
  • Commerce calculated a final subsidy rate of 2.40 percent for mandatory respondents Shandong Taihe Chemicals Co., Ltd. and Shandong Taihe Water Treatment Technologies Co., Ltd., (collectively, the Taihe Companies) and a final subsidy rate of 0.75 percent (de minimis) for mandatory respondent Nanjing University of Chemical Technology Changzhou Wujin Water Quality Stabilizer Factory (“Wujin Water”). Seven companies, which did not respond to the Department’s request for quantity and value information, have been assigned a rate of 54.11 percent, based on total adverse facts available (AFA). All other producers/exporters in China have been assigned a final subsidy rate of 2.40 percent.
  • Upon publication of the final affirmative AD determination, Commerce will instruct U.S. Customs and Border Protection (CBP) to collect cash deposits equal to the applicable final weighted-average dumping margins. Commerce will not order the resumption of the suspension of liquidation under the CVD proceeding, nor will it require cash deposits equal to the final subsidy rates, unless and until the U.S. International Trade Commission (ITC) issues an affirmative injury determination. At that time, pursuant to sections 777A(F) and 772(c)(1)(C) of the Act, Commerce will also reduce the AD cash deposit rates by the amount of the final CVD export subsidies (i.e., 0.3 percent for Shandong Taihe Chemicals Co., Ltd. and the two separate-rate companies only). In the event of a negative ITC determination, the AD and CVD proceedings will be terminated and all entries liquidated without regard to cash deposits.
  • The petitioner is Compass Chemical International LLC (GA).
  • The merchandise covered by these investigations includes all grades of aqueous acidic (non-neutralized) concentrations of 1-hydroxyethylidene-1, 1-diphosphonic acid (HEDP), also referred to as hydroxyethylidenendiphosphonic acid, hydroxyethanediphosphonic acid, acetodiphosphonic acid, and etidronic acid. The Chemical Abstract Service (CAS) registry number for HEDP is 2809-21-4.
  • The merchandise subject to these investigations is currently classified in the Harmonized Tariff Schedule of the United States (HTSUS) at subheading 2931.90.9043. It may also enter under HTSUS subheadings 2811.19.6090 and 2931.90.9041. While HTSUS subheadings and the CAS registry number are provided for convenience and customs purposes only, the written description of the scope of these investigations is dispositive.
  • In 2015, imports of HEDP from China were valued at an estimated $290.1 million.

Fact sheet: https://www.commerce.gov/sites/commerce.gov/files/media/files/2017/hedp_ad_cvd_final_fact_sheet.pdf

FED. REUTERS. 22/03/2017. Kaplan, do Fed, vê 3 altas dos juros nos EUA em 2017
Por Ann Saphir

SAN FRANCISCO (Reuters) - Com a força de trabalho dos Estados Unidos quase totalmente empregada e a inflação avançando para 2 por cento, o banco central norte-americano deveria elevar a taxa de juros mais duas vezes este ano e continuar a trabalhar para reduzir gradualmente seu portfólio, afirmou o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan.

Mas Kaplan foi cauteloso em enfatizar em entrevista à Reuters na terça-feira que não há pressa.

"Acho que estamos avançando na direção de um período em que devemos começar a permitir que o portfólio diminua gradualmente e pacientemente", disse Kaplan, membro votante este ano no Fed. "Mas acho que temos trabalho a fazer, provavelmente, para chegar a esse ponto."

Com "trabalho a fazer", Kaplan estava se referindo a mais altas de juros. Ele defendeu o aumento da taxa de juros na semana passada, apenas a terceira pelo Fed desde a crise financeira.

"Agora que fizemos isso, acho que temos o benefício de um pouco de tempo aqui para ver como a economia se desdobra", disse ele. "Planejo aproveitar isso para avaliar como a economia está avançando e estar preparado para fazer um julgamento antes das próximas reuniões."

Kaplan reiterou sua visão de que mais duas altas este ano são um cenário básico "razoável", desde que a ociosidade do mercado de trabalho continue a diminuir e a inflação permaneça subindo na direção da meta do Fed de 2 por cento.

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LGCJ.: