A equipe econômica deve elevar de 1,2% para 1,6% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, no projeto de lei orçamentária para o ano que vem. Com a estimativa de crescimento maior, o governo pretende "engordar" a receita prevista para o ano que vem. Com arrecadação maior, ficaria reduzida a necessidade de medidas de aumento de tributos para garantir o cumprimento da meta fiscal.
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado ao Congresso projeta um rombo de R$ 139 bilhões em 2017 nas contas do governo federal. Segundo uma fonte do governo, o presidente em exercício Michel Temer não quer anunciar medidas de aumento de impostos. A estratégia que está sendo traçada é mostrar que a meta orçamentária pode ser garantida com o aumento da arrecadação, puxado pela retomada do crescimento e pela venda de ativos. Não está descartado, porém, o envio ao Congresso de algumas medidas "pontuais" de alta de alguns tributos para serem analisadas pelo Congresso.
O número de 1,6%, no entanto, está acima das previsões do mercado para o crescimento do PIB no ano que vem. No relatório Focus do Banco Central, que compila as previsões do mercado financeiro, a estimativa média para o crescimento da economia no próximo ano está em 1,1%, embora algumas instituições até visualizem a possibilidade de um resultado melhor, próximo de 2%.
Na segunda-feira, 15, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer que, se for necessário para o reequilíbrio das contas públicas, haverá aumento de impostos. Segundo ele, porém, a economia está evoluindo dentro das projeções e começa a dar os primeiros sinais de retomada. "As indicações são de que vai haver crescimento da economia e consequente aumento da arrecadação. Se isso se configurar, não será necessário aumentar impostos. Mas, se for necessário, nós vamos aprovar (esse aumento)", disse, após reunião com analistas do mercado financeiro em São Paulo.
Mais tarde, Meirelles e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, se reuniram com o presidente em exercício, Michel Temer, para tratar exatamente do orçamento de 2017.
Quando apresentou, no começo de julho, a proposta de meta fiscal com um déficit de R$ 139 bilhões no próximo ano, o governo revelou que a conta incluía um reforço de receitas de R$ 55,4 bilhões, que viriam principalmente de concessões de serviços e da privatização de estatais.
Agora, com a aposta de que, passado o processo de impeachment, a economia terá uma evolução melhor do que a prevista anteriormente e de que as receitas devem crescer mais no próximo ano, essa necessidade de reforço deve ser menor. Ou seja, o governo trabalha com um cenário em que será preciso privatizar menos e ainda assim evitar aumento de impostos.
Corte
Mas mesmo que a equipe econômica decida elevar a expectativa de crescimento da economia brasileira para 2017, fontes do governo ouvidas pelo Estado não descartam medidas adicionais para o cumprimento da meta fiscal. Para isso, é provável que o governo recorra a mais redução de despesas. "O aumento (de receita) não é tão imediato e há espaço para cortar despesa", afirmou uma fonte do governo. (Adriana Fernandes, Eduardo Rodrigues, Carla Araújo, Francisco Carlos de Assis e Álvaro Campos, Colaboraram Rachel Gamarski e Fabrício de Castro)
FGV. IBRE. 16/08/2016. Indicador Antecedente Composto da Economia avança em julho
O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, divulgado pelo FGV/IBRE e pelo The Conference Board (TCB), avançou pelo sexto mês consecutivo ao variar 1,9% entre junho e julho, alcançando 97,8 pontos (2010 = 100). O resultado ocorre após avanços de 2,8%, em maio, e 1,9%, em junho. Dos oito componentes, quatro contribuíram positivamente para o índice em maio: os Índices de Expectativas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor; e o Índice de Ações Ibovespa.
O Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, também elaborado pelo FGV/IBRE e pelo TCB, que mensura as condições econômicas atuais, ficou estável entre junho e julho, na marca de 98,1 pontos (2010 = 100). Considerando-se a revisão de dados nos últimos meses dos indicadores que o compõem, o resultado sucede estabilidade em maio e um avanço de 0,2 % em junho.
“A trajetória dos componentes de expectativas do IACE permaneceu positiva em julho, determinando um novo avanço do indicador”, afirma Paulo Picchetti, Economista do FGV/IBRE. “Ainda que esta melhora deva ser considerada uma condição necessária para a reversão do ciclo econômico, fundamentos importantes - que costumam estar associados às condições suficientes de uma recuperação - ainda não apresentam desempenho semelhante no período, o que se reflete na estabilidade do ICCE”, acrescenta Picchetti.
O Indicador Antecedente Composto da Economia agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica no Brasil. Cada um deles vem se mostrando individualmente eficiente em antecipar tendências econômicas. A agregação dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados “ruídos”, colaborando para que a tendência econômica efetiva seja revelada.
Sobre o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE)
O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE)™ para o Brasil foi lançado em julho de 2013 pelo FGV/IBRE e pelo The Conference Board. Com uma série desde 1996, o IACE teria antecipado, de maneira confiável, todas as quatro recessões identificadas pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos do IBRE (CODACE) durante este período. O indicador permite uma comparação direta dos ciclos econômicos do Brasil com os de outros 11 países e regiões já cobertos pelo The Conference Board: China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia, Espanha e Reino Unido.
Os oito componentes do IACE são:
- Taxa referencial de swaps DI pré-fixada - 360 dias (Fonte: Banco Central do Brasil)
- Ibovespa (Fonte: BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo)
- Índice de Expectativas da Indústria (Fonte: FGV/IBRE)
- Índice de Expectativas dos Serviços (Fonte: FGV/IBRE)
- Índice de Expectativas do Consumidor (Fonte: FGV/IBRE)
- Índice de produção física de bens de consumo duráveis (Fonte: IBGE)
- Índice de Termos de troca (Fonte: FUNCEX - Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior)
- Índice de quantum de exportações (Fonte: FUNCEX - Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior)
SOBRE O THE CONFERENCE BOARD
O The Conference Board é uma instituição independente de âmbito global para realização de pesquisas e seminários sobre negócios, que trabalha para o interesse público. Sua missão é equipar as principais companhias internacionais com conhecimentos práticos necessários à melhoria de seu desempenho e para melhor servirem a sociedade. O TCB é uma entidade sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos da América que produz desde 1996 índices econômicos, época que foi selecionado pelo U.S. Department of Commerce Bureau of Economic Analysis a assumir a responsabilidade pelos cálculos dos indicadores antecedentes americanos.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5557F25F201569380831D6B4C
FGV. IBRE. 16/08/2016. IPC-S avança acima da última divulgação
O IPC-S de 15 de agosto de 2016 apresentou variação de 0,48%1, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (0,32% para 0,36%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item etanol, cuja taxa passou de 0,96% para 2,19%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,91%), Educação, Leitura e Recreação (1,06% para 1,10%), Comunicação (0,18% para 0,55%), Habitação (-0,01% para 0,00%) e Vestuário (0,31% para 0,32%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (2,38% para 2,58%), show musical (9,49% para 11,87%), tarifa de telefone móvel (0,01% para 1,86%), conserto de eletrodomésticos (0,88% para 1,13%) e camisa masculina (0,73% para 1,00%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Alimentação (0,72% para 0,69%)e Despesas Diversas (0,31% para 0,19%)apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: laticínios (8,60% para 7,42%) e tarifa postal (6,02% para 3,53%), respectivamente.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5557F25F2015692E86E692E81
USP. FIPE. ZAP IMÓVEIS. 16/08/2016. Preços de novos aluguéis têm queda real de 12,84% em 12 meses. Sem considerar a inflação, a queda foi de 5,23%, segundo a FipeZap. Preço médio da locação por m² no Rio de Janeiro continua sendo mais caro.
Do G1, em São Paulo
Os preços médios para novos aluguéis tiveram uma queda real de 12,84% nos doze meses até julho de 2016, de acordo com pesquisa divulgada pela Fipe, (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e pelo portal ZAP imóveis nesta terça-feira (16).
Preço médio dos aluguéis por m²
subtítulo
Fonte: FipeZap
No período, a queda dos preços foi de 5,23%. Se considerada a inflação de 8,74% para o período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a queda real foi de 12,84%. Todas as cidades monitoradas pelo Índice mostraram resultados inferiores à inflação nesse período. Apenas em Curitiba não houve queda nominal no preço médio de locação.
Já na variação mensal, os preços de locação tiveram queda nominal de 0,67% na passagem de junho para julho. Nos sete primeiros meses do ano a queda acumulada foi de 2,44%.
O preço médio anunciado para locação por m² nas 11 cidades pesquisadas no mês passado foi de R$ 30,24/mês. O valor médio da locação residencial por metro quadrado no Rio de Janeiro (RJ) é de R$ 35,78. Em São Paulo (SP), o valor médio é de R$ 35,17.
Contratos já vigentes
A pesquisa não leva em consideração os contratos de aluguel que já estão valendo. Nesses casos, os preços são geralmente ajustados de acordo com o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV, ou outros índices de correção.
O índice então leva em consideração apenas os preços anunciados para novos contratos de aluguel.
Rentabilidade do aluguel
Para donos de imóveis, o rendimento do investimento em julho foi de 4,4%. No mesmo período, a poupança teve rendimento de negativo de 0,4%.
A maior rentabilidade foi registrada em Santos (SP), com avanço de 6,4%, seguida por Recife, com 5,1%. O preço médio da locação residencial por metro quadrado em Santos é de R$ 27,31 e em Recife de R$ 25,79.
A cidade com o valor médio mais baixo é Curitiba (PR), com R$ 16,60, seguida por São Bernardo do Campo (SP), com R$ 18,87.
USP. FIPE. ZAP IMÓVEIS. 16/08/2016. Preço de locação de apartamento seguiu em queda em julho, diz pesquisa
SÃO PAULO (Reuters) - O valor médio de novos aluguéis de apartamentos em 11 cidades do país continuou em baixa em julho, recuando em termos nominais 0,67 por cento contra o mês anterior e 5,23 por cento na comparação anual, segundo pesquisa publicada nesta terça-feira.
De acordo com o levantamento elaborado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o portal Zap, o preço do metro quadrado de apartamentos para alugar foi de 30,24 reais em julho.
O Índice FipeZap de locação é calculado pela Fipe e acompanha o preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos com base em anúncios da internet.
"Todas as cidades monitoradas pelo índice mostraram resultados inferiores à inflação nesse período, sendo apenas em Curitiba não tivemos queda nominal no preço médio de locação", diz a pesquisa.
O maior valor no período foi 35,78 reais, apurado no Rio de Janeiro, seguido por 35,17 reais em São Paulo e 31,64 reais no Distrito Federal. O menor valor foi verificado em Curitiba, a 16,60 reais.
A pesquisa afirma, que no acumulado dos sete primeiros meses do ano, o preço de novos aluguéis nas 11 cidades teve queda de 2,44 por cento.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
CNC. 15/08/2016. Intenção de Consumo tem a primeira elevação em seis meses na comparação mensal. Intenção de consumo registra primeira alta mensal em seis meses, mas segue em queda na comparação anual
Pela primeira vez em seis meses a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou aumento na comparação mensal: 0,9% entre julho e agosto. Numa escala de 0 a 200, a ICF alcançou 69,3 pontos, puxada pela variação positiva em todos os sete componentes do índice. Na variação anual, porém, houve um recuo de 15,3% e o resultado ainda evidencia uma percepção ruim, uma vez que está bem abaixo da chamada zona de indiferença, de 100 pontos.
“Mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho”, explica Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC.
Único componente acima dos 100 pontos, a avaliação do Emprego Atual subiu 1,6% em relação a julho. Com 102,3 pontos apresentou, no entanto, uma queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego no momento é de 28,9%.
Consumo
Com 44,2 pontos, o Nível de Consumo Atual subiu 0,5% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve uma queda de 29%. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado: 66%.
Impactadas pelo elevado custo do crédito, o alto nível de endividamento e o aumento do desemprego, a intenção de Compras a Prazo caiu 20,9% na comparação com agosto de 2015. Com 64 pontos, o componente apresentou uma elevação de 1,1% em relação a julho.
Agosto é o primeiro mês, desde fevereiro, em que o item Momento para Duráveis registrou variação positiva, com 2,1% acima do verificado em julho. Com 41,9 pontos, teve um recuo de 22,8% em relação ao mesmo período de 2015. A maior parte das famílias – 76,3% – considera o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis.
Expectativas
As famílias apresentaram leve aumento de 0,5% nas perspectivas em relação ao mercado de trabalho na comparação mensal. Já em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 5,4% e o índice ficou em 94 pontos. Quase metade das famílias – 48,6% – considera negativo o cenário para os próximos seis meses.
Com aumento de 0,4% em relação a julho, o item Perspectiva de Consumo alcançou 53,6 pontos. Na comparação anual, o recuo foi de 20,4%.
As expectativas menos negativas para o segundo semestre levaram a CNC a revisar suas projeções para o varejo restrito de -5,6% para -5,4% ao final de 2016. Também houve revisão da projeção para o varejo ampliado (que engloba automóveis e materiais de construção) de -10,6% para -9,8%.
DOCUMENTO: http://www.cnc.org.br/central-do-conhecimento/pesquisas/economia/pesquisa-de-intencao-de-consumo-das-familias-icf-agosto-0
SEBRAE-SP. PORTAL G1. 16/08/2016. 1º semestre tem queda de 13,2% no faturamento das micro e pequenas. Foi a maior taxa de recuo para um 1º semestre desde 2002. Otimismo cresce entre empresários
Do G1, em São Paulo
As micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas chegaram ao fim do 1º semestre de 2016 com redução de 13,2% no faturamento acumulado no período em comparação com os primeiros seis meses de 2015, já descontada a inflação. Foi a maior taxa de queda para um primeiro semestre em relação a igual intervalo do ano anterior desde 2002, quando as MPEs registraram recuo de 17,9% ante os seis meses iniciais de 2001. As informações fazem parte da pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP.
A receita total no período foi de R$ 275,3 bilhões, ligeiramente maior do que a registrada no primeiro semestre de 2009, ano da crise financeira internacional.
Os números são reflexo do fraco desempenho da economia brasileira, segundo o Sebrae-SP. "O crescimento do desemprego, a diminuição do rendimento real dos trabalhadores e a confiança em níveis históricos baixos - mesmo com a elevação observada ultimamente – reduziram o consumo e, consequentemente, os ganhos das MPEs", informou.
Todos os setores apresentaram redução de receita superior a dois dígitos no primeiro semestre: a indústria teve queda no faturamento de 15,3%; os serviços, de 14,7% e o comércio, de 11,2%.
Considerado apenas o resultado de junho, o faturamento das MPEs paulistas caiu 11,4% ante igual mês de 2015. A indústria liderou a queda, -14%, seguida por serviços, -11%, e comércio, -10,8%.
Regiões
Por regiões, a queda também foi generalizada. No confronto do primeiro semestre deste ano com o acumulado de janeiro a junho de 2015, o faturamento das MPEs da região metropolitana de São Paulo sofreu a maior baixa, de 15,3%. O município de São Paulo observou retração de 14,6% e no ABC o recuo ficou em 14,5%. No interior do estado a diminuição no indicador atingiu 10,9%, relativamente menos acentuada que nas outras regiões. Possivelmente o melhor desempenho de algumas culturas agrícolas relevantes, contribuiu para uma maior circulação de renda nesta região.
Empregos e salários
De janeiro a junho de 2016, houve redução de 2,6% no pessoal ocupado (sócios-proprietários, familiares, empregados e terceirizados) nas MPEs do estado ante o primeiro semestre de 2015.
No mesmo período, a folha de salários encolheu 5,3% e o rendimento dos empregados ficou 0,2% menor, já descontada a inflação.
MEI
O primeiro semestre também foi ruim para os microempreendedores individuais (MEIs) paulistas. A categoria registrou queda de 20,8% no faturamento em relação ao acumulado nos primeiros seis meses de 2015. A receita total dos MEIs no período somou R$ 14,3 bilhões, o que significa R$ 3,8 bilhões a menos do que no acumulado de janeiro a junho do ano anterior.
Quem mais teve perdas foram os MEIs do comércio, cuja receita caiu 22,8%, seguidos pelos da indústria, com recuo de 22,5% no faturamento e pelos dos serviços, que viram seus ganhos diminuírem 18,2% no período.
Os MEIs da região metropolitana de São Paulo foram os que mais sofreram e tiveram perda de 23,9% no faturamento, na comparação do primeiro semestre de 2016 com o de 2015. Já os do interior viram seu resultado recuar 16,9% em igual comparação. Assim como as MPEs, o desempenho superior de culturas agrícolas importantes pode ter contribuído para movimentar a economia da região e minimizar o insucesso dos MEIs do interior.
Em junho de 2016, a receita dos MEIs retrocedeu 7,8% sobre junho de 2015 e caracterizou a 11ª queda seguida na comparação de um mês como o mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, os recuos têm ficado menos acentuados nos últimos meses.
Expectativa
Para os próximos seis meses, 58% dos donos de MPEs afirmaram, em julho de 2016, esperar estabilidade no faturamento, praticamente a mesma proporção dos que tinham essa expectativa em julho do ano passado, quando 57% deram essa resposta.
No que se refere à economia, aumentou significativamente o grupo dos que falam em melhora: agora são 29% ante 12% de um ano antes. Também diminuiu significativamente o porcentual de quem crê em piora: eram 44% em julho do ano passado e agora são 15%.
Em relação ao faturamento do negócio nos próximos seis meses, 48% dos MEIs acreditam em melhora, um aumento de seis pontos porcentuais em relação aos 42% que tinham essa opinião em julho de 2015.
Sobre a situação da economia brasileira, assim como os proprietários de MPEs, houve aumento de MEIs falando em melhora: agora são 39%, ante 25% de julho de 2015. Também caiu bastante o número dos que preveem piora, de 47% em julho de 2015 para 16% agora.
MDIC. 15/08/2016. Segunda semana de agosto tem superávit de US$ 1,685 bilhão
No ano, as exportações totalizam US$ 114,524 bilhões e as importações US$ 83,973 bilhões, com saldo positivo de US$ 30,551 bilhões
Brasília (15 de agosto) – Na segunda semana de agosto, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,685 bilhão, resultante de exportações de US$ 4,504 bilhões e importações de US$ 2,819 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 114,524 bilhões e as importações, US$ 83,973 bilhões, com saldo positivo de US$ 30,551 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Na semana, as exportações tiveram média diária US$ 900,8 milhões, uma alta de 31,1% em relação com a primeira semana do mês. Nesta comparação, cresceram as vendas de básicos (+83%) – puxadas por petróleo em bruto, soja em grãos, minério de ferro, farelo de soja, carne de frango, milho em grãos, café em grãos – e de produtos manufaturados (+2,9%) – devido a automóveis de passageiros, aviões, açúcar refinado, produtos laminados de ferro e aço, autopeças, máquinas e aparelhos para terraplanagem, motores e geradores elétricos. Por outro lado, caíram as exportações de produtos semimanufaturados (-9,4%), em razão de celulose, couros e peles, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada e catodos de cobre.
Do lado das importações, houve aumento de 0,8%, na mesma comparação (média da segunda semana, US$ 563,9 milhões sobre a média da primeira semana, US$ 559,6 milhões), explicada, principalmente, pelos gastos com equipamentos mecânicos, químicos orgânicos e inorgânicos, veículos automóveis e partes, plásticos e obras e farmacêuticos.
Mês
No mês, a média diária das exportações é de US$ 793,9 milhões. Em relação a agosto do ano passado (média diária de US$ 737,4 milhões), percebe-se um crescimento de 7,7%, em razão do desempenho de produtos semimanufaturados (+21,8%) – por conta de alumínio em bruto, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, madeira serrada ou fendida, ferro-ligas, celulose, couros e peles –, manufaturados (+9,2%) – alavancados por açúcar refinado, veículos de carga, automóveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, aviões, motores e geradores elétricos, etanol – e de produtos básicos (+2,7%) – devido a minério de cobre, petróleo em bruto, carne suína, farelo de soja, fumo em folhas, minério de ferro.
Na comparação com julho deste ano, quando a média diária das exportações foi de US$ 777,6 milhões, o aumento foi de 2,1%, em virtude do crescimento nas vendas de produtos semimanufaturados (10,2%) e básicos (7%). Já as vendas de manufaturados caíram 6,4%
Até a segunda semana de agosto, a média diária das importações foi de US$ 561,7 milhões, desempenho 7,8% abaixo da média de agosto de 2015 (US$ 609,3 milhões). Nesse comparativo, decresceram os gastos, principalmente, com siderúrgicos (-34%), automóveis (-33,3%), equipamentos mecânicos (-17%), produtos plásticos (-6,1%), instrumentos de ótica e precisão (-5,2%), farmacêuticos (-3,3%).
Em relação a julho de 2016, foi registrado leve aumento de 0,4%, devido a adubos e fertilizantes (+57%), farmacêuticos (+14,8%), equipamentos elétricos e eletrônicos (+12,1%), plásticos e obras (+5,8%) e químicos orgânicos e inorgânicos (+5,2%).
CNI. 16/08/2016. Empresários recuperam a confiança na economia, diz pesquisa da CNI. Pela primeira vez desde março de 2014, o ICEI de agosto ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. A confiança é maior entre as grandes empresas
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 4,2 pontos frente a julho e alcançou 51,5 pontos em agosto. Foi a primeira vez desde março de 2014 que o indicador ficou acima da linha divisória dos 50 pontos. Isso mostra que os empresários brasileiros estão confiantes, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (16). Os valores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança.
A virada do ICEI é um bom sinal. "Na medida em que as reformas sejam aprovadas, o processo de recuperação da economia deve se consolidar", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A atual tendência de recuperação da confiança dos empresários acontece desde abril. No período, o índice aumentou 14,7 pontos, diz a pesquisa.
De acordo com o levantamento, a melhora se deve especialmente às expectativas sobre o desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses. Todos os indicadores de perspectivas estão acima dos 50 pontos, enquanto que os que mostram a percepção sobre a situação atual das empresas e da economia continuam abaixo dos 50 pontos. A pesquisa mostra ainda que a confiança é maior nas grandes empresas, segmento em que o ICEI alcançou 53,1 pontos em agosto. Nas médias, foi de 50,7 pontos e, nas pequenas, de 48,9 pontos.
O ICEI é importante porque antecipa tendências de desempenho da economia. Empresários confiantes tendem a manter ou ampliar projetos de investimentos, o que aquece a atividade e estimula o crescimento econômico. Esta edição do ICEI foi feita entre os dias 1º e 11 deste mês com 3.150 empresas de todo o país, das quais 1.236 são de pequeno porte, 1.198 são médias e 716 são de grande porte.
ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial. Empresários confiantes após 28 meses
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu 4,2 pontos na passagem de julho para agosto de 2016. O ICEI alcançou 51,5 pontos e passa a superar a linha divisória de 50 pontos, ou seja, registra empresários confiantes, o que não acontecia desde março de 2014. A atual tendência de recuperação da confiança dos empresários acontece desde abril. No período, o índice aumentou 14,7 pontos.
DOCUMENTO: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/cni_estatistica_2/2016/08/16/18/IndicedeConfiancadoEmpresarioIndustrial_Agosto2016.pdf
FIESP. 15/08/2016. MELHORA NA PERCEPÇÃO DA ECONOMIA FAZ AGRONEGÓCIO RECUPERAR OTIMISMO. Índice da Fiesp e da OCB mostrou aumento na confiança em todos os elos do setor
Katya Manira, Agência Indusnet Fiesp
O Agronegócio brasileiro retomou o otimismo neste segundo trimestre de 2016. O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), saiu de 82,6 para 102,1 pontos, na comparação entre trimestres. A alta de 19,4 pontos, que volta aos maiores patamares da série histórica, iniciada no terceiro trimestre de 2013, foi causada, principalmente, pela combinação entre a melhora na percepção da economia e os bons preços das commodities.
De acordo com a metodologia do estudo, uma pontuação igual a 100 pontos corresponde à neutralidade. Resultados abaixo disso indicam baixo grau de confiança.
A confiança do setor na economia brasileira subiu 40 pontos em relação ao último levantamento, passando de 43,8 para 83,8 pontos. Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, esse resultado é um termômetro de que realmente o Brasil está voltando aos trilhos do crescimento.
“Hoje estamos melhor do que estávamos há três meses e até o final do ano estaremos melhor do que estamos hoje”, afirma Skaf. “Retomada da economia pressupõe confiança, credibilidade e equilíbrio. Um exemplo disso está na venda de fertilizantes, que cresceu 13%, e na venda de máquinas, com alta de 19% em relação ao mês anterior.”
A visão mais positiva a respeito das condições gerais do país também impulsionou o avanço nos índices de confiança, tanto dos Produtores Agropecuários quanto das Indústrias Antes e Depois da Porteira.
A confiança dos produtores apresentou alta de 11,6 pontos em relação aos três primeiros meses do ano, fechando o segundo trimestre com 103,5 pontos. A pontuação acima dos 100 é inédita para este elo da cadeia, ou seja, é a primeira vez em que o otimismo aparece para os produtores agropecuários.
Segundo Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, a retomada na confiança dos produtores vai além do atual momento de reorganização da economia do país. “Os bons preços das principais commodities agrícolas, que se mantiveram em alta em boa parte do segundo trimestre de 2016, favoreceram o sentimento mais otimista por parte do produtor rural, melhorando também sua percepção em relação aos custos, uma vez que a relação de troca entre os produtos agrícolas e os fertilizantes e defensivos torna-se mais vantajosa.”
Já os fornecedores de insumos agropecuários (Indústria Antes da Porteira), além da melhora na percepção da economia, tiveram também como fator positivo para o aumento da confiança uma evolução significativa na percepção das empresas quanto às condições do setor.
Com uma relação de troca favorável em referência aos principais produtos agrícolas, como soja e milho, os fabricantes de adubos e defensivos têm conseguido antecipar com os produtores a negociação de insumos para a próxima safra de verão. Este cenário propício fez com que o ICAgro deste elo subisse 28,5 pontos, alcançando 101,8 pontos.
A Indústria Pós Porteira, por sua vez, conseguiu sair da condição pessimista – na qual ficou durante oito trimestres consecutivos – e volta a um nível neutro, com 100,7 pontos. A alta de 23,7 pontos em relação ao primeiro trimestre de 2016 mostra que a percepção com relação à situação atual melhorou menos do que suas expectativas para o futuro, o que é condizente com a situação desse grupo de indústrias, composto principalmente por fabricantes de alimentos.
Isso mostra que os produtores acreditam na retomada da confiança também pelas famílias. “É o que sempre digo, confiança gera confiança, e não tenho dúvidas de que esses números mostram que as coisas estão voltando para os trilhos”, conclui Skaf.
Levantamento: http://icagro.fiesp.com.br/
CNA. 15/08/2016. Setor agropecuário terá queda de receita de 0,9% em 2016
Brasília (15/08/2016) – A receita do setor agropecuário deve cair neste ano em relação a 2015, influenciada pela menor estimativa de colheita da safra de grãos. O Valor Bruto da Produção (VBP), que mede o faturamento bruto de 25 culturas “dentro da porteira” (20 agrícolas e 5 pecuárias), deve ser de R$ 540,8 bilhões, recuo de 0,9% na comparação com 2015, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A queda na previsão está associada principalmente à redução de produção em regiões afetadas pelo clima, tanto pela estiagem quanto pelo excesso de chuvas.
A quebra de safra influenciará diretamente o VBP da agricultura, estimado em R$ 339,9 bilhões em 2016, queda de 1,42% na comparação com o ano passado. A soja, responsável por 24,3% do faturamento agrícola, terá retração de 2,1%, alcançando R$ 126,4 bilhões. Além do atraso no plantio, que impactou negativamente a produtividade e a produção, houve redução dos preços médios neste ano em relação a 2015. O milho, que participa com 9,6% do VBP, terá alta de 13,7% na receita (R$ 51,7 bilhões), por conta das boas cotações, 40,6% superiores às do ano passado.
Para a pecuária, a projeção de receita é a mesma do ano passado, de R$ 200,8 bilhões. A carne bovina, responsável por 18,8% do VBP, terá faturamento estável em relação ao ano passado, de R$ 101,4 bilhões (-0,1%). A maior queda projetada é para os suínos, de 4,2%. Para o leite, a retração será de 1,2%. Apenas a avicultura terá alta na receita. O faturamento para o frango subirá 1,7%, por conta do aumento da produção, enquanto para os ovos a elevação estimada é de 4,6%.
Boletim VBP / Agosto de 2016: http://www.cnabrasil.org.br/boletins/boletim-vbp-estimativa-de-agosto-preve-reducao-de-09-do-vbp-da-agropecuaria-em-2016-agosto
FIESP. 16/08/2016. DIMINUI RITMO DE QUEDA DO NÍVEL DE EMPREGO NA INDÚSTRIA PAULISTA. Levantamento da Fiesp e do Ciesp aponta 6.000 vagas a menos em julho, uma queda de 0,26% em relação a junho
Bernadete Aquino, Agência Indusnet Fiesp
A pesquisa de Nível de Emprego do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), divulgado nesta terça-feira (16/08), registra a perda de 6.000 vagas de trabalho na indústria paulista em julho, recuo de 0,26% em relação a junho. Com ajuste sazonal, a retração foi de 0,15%.
Segundo o diretor titular do Depecon, Paulo Francini, é possível afirmar que o ritmo da queda do nível de emprego está menor, e a tendência é a estabilidade. “Teremos ainda algumas quedas, mas em menor dimensão do que há seis ou oito meses, mas podemos dizer que está se estabilizando.”
Ao reafirmar que a projeção para este ano é a eliminação de 165.000 vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas no ano passado, Francini cita as demissões ocorridas nos primeiros meses do ano e os cortes esperados para dezembro.
“Tivemos um início de ano muito ruim, e como uma perda grande sempre acontece em dezembro, esta é inexorável; vamos ter mais desemprego ainda. Um quadro ainda ruim, mas com tendência de até o final do ano alcançarmos uma estabilidade”, explica.
Setores
Dos 22 setores que integram a pesquisa do Depecon, 68% (15) registraram queda do nível de emprego, com destaque para Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-1.077 postos); Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-883 postos) e Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (-750). Um setor ficou estável, e 6 obtiveram variação positiva.
Regiões
Em julho, das 36 regiões consideradas no levantamento, 25 tiveram variação negativa no nível de emprego em julho, 9 registraram aumento de vagas, e 2 ficaram estáveis.
MME. 11/08/2016. Brasil fecha 2015 com crescimento de 7,7% na produção de petróleo e 10,1% de gás natural
O Brasil fechou o ano de 2015 com crescimento de 7,7% na produção de petróleo e 10,1% na produção de gás natural quando comparado a 2014. Também no ano passado, o país registrou sucessivos recordes mensais nos campos geológico do pré-sal, atingindo em agosto de 2015 a melhor produção, com 859,8 Mb/d de petróleo e 32,5 MMm³/d de gás natural. O aumento da eficiência operacional das unidades produtoras e a alta produtividade dos poços explorados nos reservatórios pré-sal foram fatores importantes para o alcance desses resultados. Os dados são do Boletim Anual de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural – Base 2015.
De 2006 a 2015, as reservas provadas nacionais de petróleo cresceram 6,6%, passando de 12,2 para 13,0 bilhões de barris. No mar, esse crescimento foi de 9,7% (de 11,3 para 12,4 bilhões de barris). Em terra, as reservas de petróleo diminuíram 25,6% (de 0,9 para 0,67 bilhão de barris). A Bacia de Sergipe, na sua parte terrestre, possuía em 2015 a maior reserva provada, com 0,21 bilhão de barris. No ano passado, as reservas provadas de petróleo no País diminuíram 19,5% quando comparadas ao ano de 2014 (de 16,2 para 13,0 bilhões de barris)
Com relação às reservas provadas de gás natural, nos últimos dez anos também houve um acréscimo de 23,3% (de 348 para 429 bilhões de m³. No mar, esse percentual foi de 31,5% (de 273 para 359 bilhões de m³). A Bacia de Santos, em 31 de dezembro de 2015, era detentora do maior volume de reservas no País (227 bilhões de m³ ou 52,8% do total). Em terra houve decréscimo de 4,3% (de 74 para 71 bilhões de m³) nas reservas provadas de gás natural, quando comparadas ao ano de 2006.
Boletim: http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e-combustiveis-renovaveis/publicacoes/boletim-anual-de-exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas-natural?p_p_id=20&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_20_struts_action=%2Fdocument_library%2Fview_file_entry&_20_redirect=http%3A%2F%2Fwww.mme.gov.br%2Fweb%2Fguest%2Fsecretarias%2Fpetroleo-gas-natural-e-combustiveis-renovaveis%2Fpublicacoes%2Fboletim-anual-de-exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas-natural%3Fp_p_id%3D20%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-1%26p_p_col_count%3D1%26_20_displayStyle%3Ddescriptive&_20_fileEntryId=3903813
PETROBRÁS. 11/08/2016. Produção total operada no pré-sal cresce 6%
A produção de petróleo e gás natural que operamos na camada pré-sal, em julho, cresceu 6% em relação ao mês anterior e bateu novo recorde mensal, ao alcançar o volume de 1,32 milhão boed.
Esse resultado se deve, principalmente, à entrada em operação, em 8 de julho, do sistema de produção de Lula Central, através do FPSO Cidade de Saquarema, e ao crescimento da produção de novos poços interligados aos FPSOs Cidade Maricá e Cidade de Itaguaí, também instalados no campo de Lula.
A produção de petróleo que operamos nesse mesmo mês na camada pré-sal também foi um recorde mensal, ao atingir a média de 1,06 milhão bpd, ultrapassando, pela primeira vez, a marca mensal de 1 milhão bpd. Além disso, no último dia 20 de julho alcançamos novo recorde diário, com a produção de 1,11 milhão de barris.
Produção de petróleo e gás natural em julho
Nossa produção total de petróleo e gás natural, em julho, foi de 2,89 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), mantendo o mesmo patamar do mês anterior, que foi de 2,90 milhões boed. Desse total, 2,70 milhões boed foram produzidos no Brasil e 0,19 milhão boed no exterior.
A produção média de petróleo, em julho, foi de 2,29 milhões de barris por dia (bpd), em linha com o mês anterior, que foi de 2,30 milhões bpd. Desse total, 2,20 milhões bpd foram produzidos no Brasil e 0,09 milhão bpd no exterior.
Produção de gás natural no país atinge novo recorde
A produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, foi de 79,4 milhões m³/dia, 0,7% acima do mês anterior (78,8 milhões m³/dia), atingindo um novo recorde mensal.
A produção média de gás natural no exterior foi de 16 milhões m³/d, 7% abaixo dos 17,2 milhões m³/d alcançados no mês anterior.
PETROBRÁS. 11/08/2016. Lucramos R$ 370 milhões no segundo trimestre do ano
Divulgamos hoje os resultados do segundo trimestre e do primeiro semestre deste ano. Nosso lucro líquido atingiu R$ 370 milhões no período entre abril e junho. No primeiro trimestre, a companhia havia registrado prejuízo de R$ 1,2 bilhão. Contribuíram positivamente para este resultado a redução de 30% nas despesas financeiras líquidas, o crescimento de 7% na produção total de petróleo e gás natural, o aumento de 14% nas exportações de petróleo e derivados e a redução de custos com importações de gás natural. Por outro lado, as despesas com o novo Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) e o impairment do Comperj tiveram impacto negativo nos resultados.
Outro destaque foi a queda de aproximadamente R$ 60 bilhões (15%) no endividamento líquido no semestre, de R$ 392,1 bilhões em dezembro de 2015 para R$ 332,4 bilhões no final de junho. O endividamento bruto recuou 19% (R$ 95,3 bilhões) no período: de R$ 493 bilhões para R$ 397,8 bilhões.
Nossa produção total de petróleo e gás natural foi de 2,804 milhões de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 7% em comparação ao primeiro trimestre do ano. O lucro bruto registrado aumentou 9% na comparação com o primeiro trimestre, atingindo R$ 22,8 bilhões. Já o lucro operacional atingiu R$ 7,2 bilhões ante um lucro de R$ 8,1 bilhões no primeiro trimestre. O resultado financeiro, negativo em R$ 6,1 bilhões, foi melhor se comparado ao trimestre anterior (30% abaixo do registrado no primeiro trimestre), em função, principalmente, da apreciação do dólar frente ao euro.
PETROBRÁS. 15/08/2016. Vamos incrementar em até 50% produção em cinco poços no Parque das Baleias, no ES
Planejamos instalar, no segundo semestre, novos sistemas de elevação artificial em poços nos campos de Jubarte e Baleia Anã, localizados na área conhecida como Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos. A entrada em operação desses equipamentos vai permitir um incremento de até 50% na produção desses poços.
Cada sistema é composto por um equipamento alojador (skid) e pela bomba centrífuga (BCSS). A instalação das bombas em skids é um desenvolvimento tecnológico nosso, que permite realizar eventual manutenção ou substituição de bomba com impacto mínimo na produção. Depositamos pedido de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para proteção da tecnologia. A FMC Technologies foi a responsável pelo detalhamento e fabricação do skid. Já a BCSS, para utilização no Parque das Baleias, foi fabricada pela Schlumberger. A solução foi relacionada como uma das finalistas do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica deste ano, promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
Ao todo, serão instalados cinco novos módulos (skid e BCSS) em poços da região. O primeiro e segundo módulo já estão em operação. O terceiro foi instalado neste mês e o quarto será instalado em agosto. Todos estarão operando até o final deste ano. O quinto módulo ainda está em fase de planejamento, sem data definida.
Antes da entrada dos novos sistemas era usado o gas-lift, que é um método de elevação artificial largamente utilizado na indústria de petróleo em campos maduros ou onde se quer simplesmente aumentar a produção. O método consiste na injeção de gás natural num determinado ponto da coluna de produção, que reduz a pressão requerida no fundo do poço para o petróleo atingir a superfície.
Produção - O Parque das Baleias apresentou excelentes resultados em 2015 e foi uma das áreas mais importantes para a companhia superar a meta de produção diária de 2,125 milhões de barris de petróleo naquele ano. No primeiro semestre de 2016, a produção da área foi superior a 300 mil barris de petróleo por dia, em média.
ANP. REUTERS. 16/08/2016. Importações de diesel pelo Brasil caem 3,8% em julho, diz ANP
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As importações de diesel realizadas pelo Brasil caíram 3,8 por cento em julho ante o ano anterior, para 5,419 milhões de barris, com o mercado de derivados enfrentando fraqueza devido a uma crise econômica no país, segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As compras externas de diesel, que normalmente refletem o comportamento da economia, caíram 16,2 por cento no acumulado do ano, segundo informação da ANP, segundo dados publicados na noite de segunda-feira.
O atual nível de processamento nas refinarias brasileiras e o perfil da produção, mais adequado à demanda, permitiram à Petrobras reduzir a importação e aumentar a disponibilidade para exportação, disseram executivos da estatal na semana passada, durante comentários do balanço do segundo trimestre.
No período de abril a junho, a participação de diesel importado no total de vendas no mercado interno, segundo a Petrobras, caiu para 1,1 por cento, ante 4,1 por cento em 2015.
Em julho, a ANP não registrou exportações brasileiras de diesel, que registram crescimento forte de mais de 550 por cento no primeiro semestre.
Já as importações de gasolina subiram 193 por cento para 2,095 milhões de barris em julho ante o mesmo mês de 2015, em momento em que outros players que não a Petrobras também realizam negócios, com prêmios de vendas de combustíveis no mercado interno ante o exterior.
Ao comentar os resultados da Petrobras na semana passada, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino, disse que, como os preços internos estão mais altos do que no exterior, o que não acontecia em anos recentes, a Petrobras tem enfrentado concorrência no país.
Ele afirmou ainda acreditar que haverá uma recuperação do mercado de combustíveis no segundo semestre deste ano.
As exportações de gasolina do Brasil, por sua vez, cresceram 17 por cento, para 1,095 milhões de barris, segundo a ANP.
(Por Marta Nogueira)
OMC. REUTERS. BOEING. AIRBUS. 16/08/2016. Airbus e Boeing se aprontam para fase crucial em disputa de subsídios
Por Tom Miles e Tim Hepher
GENEBRA/PARIS (Reuters) - As duas maiores fabricantes de aviões do mundo estão se preparando para a próxima rodada de uma disputa transatlântica de bilhões de dólares em subsídios a aeronaves, em meio a acusações de ampliação do apoio dos Estados Unidos para a Boeing e ajuda europeia persistente para a Airbus.
Depois de uma pausa de um ano, a maior disputa comercial do mundo vai entrar numa fase importante nos próximos meses, potencialmente lançando uma sombra sobre esforços de União Europeia e Estados Unidos para negociar um acordo de livre comércio em geral.
Em jogo estão reclamações mútuas de subsídios injustos para os dois fabricantes de aeronaves que criam a perspectiva de ameaças de 22 bilhões de dólares por ano em sanções comerciais, embora muitos digam que uma solução deve levar anos e poderia, em última análise, envolver a negociação de um acordo.
A disputa, que dizem ser a maior em termos de valor e de tempo, remonta a 2004, quando os EUA solicitaram que a Organização Mundial do Comércio (OMC) agisse contra os empréstimos de governos europeus para ajudar a Airbus a desenvolver jatos, como o superjumbo A380, seguido por uma reclamação da UE sobre a ajuda federal e local para a Boeing.
Em decisões separadas, a OMC concluiu que as duas empresas tinham se beneficiado de bilhões de dólares em subsídios injustos.
O caso está agora atolado em argumentos sobre se cada um dos lados cumpriu ordens para retirada dos subsídios ilegais e desfez efeitos da maior parte da ajuda que, embora não proibida, pode ser contestada.
Depois de um atraso de três anos, a OMC deve decidir dentro de semanas se a UE obedeceu suas decisões, seguido de um relatório semelhante sobre os EUA no início do próximo ano.
BNDES. 11/08/2016. BNDES divulga resultado do primeiro semestre.
- Resultado foi influenciado pela revisão do rating de empresas
- Patrimônio líquido aumenta 19% no semestre
- Índice de Basileia sobe para 16,1% em junho, ante 14,7% em dezembro de 2015
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou prejuízo líquido de R$ 2,174 bilhões, no primeiro semestre de 2016 (lucro de R$ 3,515 bilhões em igual período de 2015). O resultado foi consequência, principalmente, de despesas com provisões, tanto da carteira de crédito e repasses quanto da carteira de participações societárias, que alcançaram R$ 9,588 bilhões no primeiro semestre (R$ 1,635 bilhão em igual período de 2015).
O aumento das despesas com provisões foi provocado, em grande parte, pela revisão do rating de empresas da carteira do BNDES e pelo impairment (ajuste ao valor esperado de realização) de investimentos da carteira de participações societárias em empresas não coligadas.
A despesa com provisão para risco de crédito atingiu R$ 4,438 bilhões no primeiro semestre do ano (R$ 480 milhões no mesmo período de 2015 e R$ 988 milhões no segundo semestre do ano passado) e foi determinada por importantes ajustes de classificação de risco na carteira de crédito e repasses, refletindo o cenário econômico brasileiro desfavorável nos primeiros seis meses deste ano.
A carteira de crédito e repasses do BNDES manteve a boa qualidade no período, uma vez que concentra 97,7% de suas operações classificadas entre os níveis AA e C. A avaliação da carteira de crédito e repasses por nível de risco segue a Resolução 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, que determina a classificação dos créditos entre os níveis AA, menor risco, e H, maior risco.
A inadimplência do BNDES, no período, manteve-se em patamar muito baixo. O índice referente a 30 dias alcançou 1,38% em 30 de junho deste ano, superior, no entanto, ao registrado pelo Sistema BNDES em dezembro de 2015, de 0,02%. O baixo índice de inadimplência reflete a gestão e a qualidade da carteira de crédito e repasses e a consistência das políticas operacionais do BNDES.
O produto de intermediação financeira, por sua vez, compensou o impacto negativo das provisões em 2016, alcançando R$ 12,235 bilhões nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 25,2% em relação a igual período de 2015 e de 17,7% em relação ao segundo semestre do ano passado. O resultado foi devido à combinação de dois fatores: volume elevado de amortizações dos financiamentos concedidos, sem que, em paralelo, houvesse aumento de desembolsos. Os recursos não aplicados na carteira de crédito foram migrados para a carteira de tesouraria.
A carteira de crédito e repasses do BNDES atingiu R$ 646,924 bilhões no primeiro semestre do ano, uma redução de R$ 48,454 bilhões (7,0%) em relação a dezembro de 2015. O resultado foi influenciado pelo efeito da depreciação do dólar na parcela em moeda estrangeira e pela redução da parcela em moeda nacional, impactada pelo fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em dezembro de 2015.
A carteira de participações societárias alcançou R$ 58,797 bilhões no primeiro semestre de 2016, um aumento de 12,2% em relação a 31 de dezembro de 2015. A alta foi provocada pela valorização, de R$ 8,438 bilhões, da carteira de participações, notadamente em ações da Petrobras, Eletrobras e Vale.
A despesa com provisão para perdas (impairment) de R$ 5,150 bilhões no semestre não teve impacto relevante na posição patrimonial, por se tratar da reclassificação para o resultado de perda já reconhecida no patrimônio líquido.
Patrimônio Líquido – O patrimônio líquido do BNDES totalizou R$ 36,876 bilhões no primeiro semestre do ano, um crescimento de R$ 5,883 bilhões (19,0%) em relação a 31 de dezembro de 2015. A alta resulta, principalmente, do efeito positivo de R$ 5,142 bilhões, líquido de tributos, decorrente da valorização da carteira de participações societárias, que absorveu o prejuízo líquido de R$ 2,174 bilhões.
Limites Prudenciais – O índice de Basileia atingiu 16,1% no primeiro semestre do ano, situação confortável diante dos 10,5% exigidos pelo Banco Central e superior à apresentada em dezembro de 2015, de 14,7%.
O patrimônio de referência totalizou R$ 105,390 bilhões, um crescimento de R$ 10,393 bilhões (10,9%) em relação a 31/12/15 decorrente, principalmente, da valorização da carteira de participações societárias.
Demonstrações financeiras: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Relacao_Com_Investidores/Informacoes_Financeiras/demonstrativos_bndes.html#dcbndes
DÓLAR/ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 16/08/2016. Dólar opera em queda, após três altas seguidas. Na véspera, moeda terminou o dia vendida a R$ 3,1885, em alta de 0,11%. Apesar das oscilações dos últimos dias, moeda segue abaixo dos R$ 3,20.
Do G1, em São Paulo
O dólar opera em queda em relação ao real nesta terça-feira (16) após dados fracos sobre a inflação nos Estados Unidos, mas o recuo era limitado por declarações do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano) de Nova York, William Dudley, afirmando que o banco central norte-americano pode elevar os juros no mês que vem.
Às 14h37, a moeda norte-americana caía 0,3290%, vendida a R$ 3,1780. O dólar chegou a R$ 3,1561 na mínima da sessão, de acordo com a Reuters.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
- Às 9h10, queda de 0,7%, a R$ 3,1643
- Às 10h, queda de 0,63%, a R$ 3,1684
- Às 10h20, queda de 0,45%, a R$ 3,1741
- Às 11h20, queda de 0,33%, a R$ 3,1779
- Às 12, queda de 0,1%, a R$ 3,1561
- Às 12h40, queda de 0,28%, a R$ 3,1796
- Às 13h59, queda de 0,307% a 3,1787.
Cenário externo
"O dólar começou o dia em baixa seguindo o exterior, mas voltou um pouco com os comentários do Dudley", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, à Reuters.
"Vamos ter que esperar para ver, o mercado tende a ficar de lado enquanto não tivermos novidade no cenário local, com o fiscal ou a política", acrescentou.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos ficaram estáveis em julho, enquanto o núcleo da inflação desacelerou a alta. Os números poderiam alimentar apostas de que os juros norte-americanos não subiriam neste ano, ajudando a reduzir as cotações do dólar em relação a moedas emergentes.
Mas essas expectativas perderam força após as declarações de Dudley, que citou o mercado de trabalho mais apertado e evidências de ganhos nos salários. Os juros futuros norte-americanos passaram a mostrar chances levemente majoritárias de aperto monetário em dezembro.
Também contribuiu para sustentar a queda da moeda norte-americana em mercados emergentes o avanço nos preços de diversas commodities, como o minério de ferro e o cobre. Os preços do petróleo também chegaram a se firmar em alta, mas reduziram os ganhos ao longo da manhã e contribuíram para tirar a moeda norte-americana das mínimas do dia.
Cenário doméstico
No cenário local, investidores continuavam aguardando mais pistas sobre a estratégia cambial do Banco Central, segundo a Reuters.
Declarações do presidente interino Michel Temer demonstrando preocupação com a recente queda do dólar pressionaram o câmbio nas últimas sessões, mas o movimento perdeu um pouco de força após o presidente do BC, Ilan Goldfajn, defender o regime de câmbio flutuante.
"Acho provável que o mercado volte a testar o BC, puxar o dólar para perto dos R$ 3,10 para ver se há alguma reação", disse o operador de uma corretora nacional.
Véspera
Na véspera, o dólar terminou o dia vendido a R$ 3,1885, em alta de 0,11% frente ao fechamento de sexta-feira. Na sexta, a moeda havia subido mais de 1%, com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn defendendo o regime de câmbio flutuante após comentários do presidente interino Michel Temer.
A agência Reuters publicou na manhã de segunda-feira que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa. "Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial", afirmou.
O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.
O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.
Interferência do BC
Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente a oferta total de até 15 mil swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares.
O BC reagiu na véspera aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente como BC acreditam que o pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar, segundo a Reuters.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse estoque girou acima de US$ 100 bilhões.
BACEN. PORTAL UOL. 16/08/2016. Dólar e Bolsa operam em queda; moeda é vendida perto de R$ 3,18
A Bovespa e o dólar comercial operavam em queda nesta terça-feira (16). Por volta das 14h15, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha baixa de 0,15%, a 59.056,31 pontos. No mesmo horário, o dólar caía 0,35%, a R$ 3,177. O Departamento do Comércio dos EUA divulgou dados fracos sobre a inflação no país e o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, afirmou que o banco central norte-americano pode elevar os juros no mês que vem. No Brasil, o Banco Central fez novamente nesta manhã leilão de 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. (Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 16/08/2016. Dólar cai ante real após inflação nos EUA, mas Dudley limita perdas
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta terça-feira após dados fracos sobre a inflação nos Estados Unidos, mas o recuo era limitado por declarações do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, afirmando que o banco central norte-americano pode elevar os juros no mês que vem.
Às 11:03, o dólar recuava 0,59 por cento, a 3,1698 reais na venda, após chegar a 3,1561 reais na mínima da sessão. O dólar futuro recuava cerca de 0,60 por cento nesta manhã.
"O dólar começou o dia em baixa seguindo o exterior, mas voltou um pouco com os comentários do Dudley", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
"Vamos ter que esperar para ver, o mercado tende a ficar de lado enquanto não tivermos novidade no cenário local, com o fiscal ou a política", acrescentou.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos ficaram estáveis em julho, enquanto o núcleo da inflação desacelerou a alta. Os números poderiam alimentar apostas de que os juros norte-americanos não subiriam neste ano, ajudando a reduzir as cotações do dólar em relação a moedas emergentes.
Mas essas expectativas perderam força após as declarações de Dudley, que citou o mercado de trabalho mais apertado e evidências de ganhos nos salários. Os juros futuros norte-americanos passaram a mostrar chances levemente majoritárias de aperto monetário em dezembro.
Também contribuiu para sustentar a queda da moeda norte-americana em mercados emergentes o avanço nos preços de diversas commodities, como o minério de ferro e o cobre. Os preços do petróleo também chegaram a se firmar em alta, mas reduziram os ganhos ao longo da manhã e contribuíram para tirar a moeda norte-americana das mínimas do dia.
No cenário local, investidores continuavam aguardando mais pistas sobre a estratégia cambial do Banco Central.
Declarações do presidente interino Michel Temer demonstrando preocupação com a recente queda do dólar pressionaram o câmbio nas últimas sessões, mas o movimento perdeu um pouco de força após o presidente do BC, Ilan Goldfajn, defender o regime de câmbio flutuante.
"Acho provável que o mercado volte a testar o BC, puxar o dólar para perto dos 3,10 reais para ver se há alguma reação", disse o operador de uma corretora nacional.
Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)
BOVESPA/ANÁLISE
BOVESPA. PORTAL G1. 16/08/2016. Bovespa cai, após fechar no maior patamar em quase 2 anos. Na véspera, principal índice subiu 1,45%, aos 59.145 pontos. Foi o maior patamar desde o dia 8 de setembro de 2014.
Do G1, em São Paulo
O principal índice da Bovespa opera em queda nesta terça-feira (16), após alcançar o maior nível em quase 2 anos na véspera, favorecido pelo tom positivo no exterior.
Às 14h07, o Ibovespa, principal indicador da bolsa, caía 0,09%, a 59.093 pontos. Veja a cotação.
No exterior, os principais índices acionários norte-americanos recuavam após atingirem marcas históricas na segunda-feira, em meio a comentários de uma autoridade do Federal Reserve, o que corroborava o recuo na bolsa brasileira, destacou a Reuters.
Petrobras tinha as ações preferenciais em alta de 1,30% e as ordinárias subindo 1,38% após caírem mais cedo. As ações da empresa tiveram forte alta na véspera, diante de sessão volátil dos preços do petróleo no mercado externo.
Vale mostrava as preferenciais valorizando-se mais de 2% e as ordinárias quase 4%, na esteira da forte alta dos preços do minério de ferro à vista na China
Já entre as principais quedas estavam as ações do setor de bancos, com Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil em queda.
A BM&F Bovespa divulgou nesta sessão a segunda prévia segunda prévia da nova carteira teórica do Ibovespa que vai vigorar de setembro a dezembro, mantendo a saída da ação da estatal paulista de energia Cesp.
Véspera
Na véspera, subiu 1,45%, a 59.145 pontos. Foi o maior patamar desde o dia 8 de setembro de 2014, quando a bolsa fechou aos 59.192 pontos. A alta foi puxada pela Petrobras, Vale e bancos Itaú Unibanco e Bradesco, devido à relevante fatia que detêm no índice.
No mês de agosto, o índice de ações acumula valorização de 3,2%; no ano, sobe 36,4%.
BOVESPA. PORTAL G1. 16/08/2016. Setor bancário liderou queda de lucro na bolsa no 2º trimestre. Lucro dos 24 bancos somados caiu R$ 4 bilhões ante 2º trimestre de 2015. Sem Eletrobras, lucro das empresas na bolsa caiu R$ 10 bilhões no período.
Do G1, em São Paulo
O setor bancário liderou a queda nominal (em reais) de lucro entre as empresas com ações negociadas em bolsa no 2º trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pela provedora de informações financeiras Economatica.
Juntos, os 24 bancos brasileiros de capital aberto lucraram R$ 15,1 bilhões entre abril e junho – uma queda de R$ 4,1 bilhões, ou 21,5%, em relação ao segundo trimestre de 2015.
VARIAÇÃO NO LUCRO
2º trimestre de 2016 ante mesmo período de 2015; em milhões de R$
Fonte: Economatica
“O setor foi impactado principalmente pela queda do lucro do Santander, que decresceu R$ 2,53 bilhões entre 2016 e 2015; o lucro do banco em 2015 foi de R$ 3,88 bilhões contra R$ 1,34 bilhões em 2016”, diz a entidade em nota.
O levantamento é feito com base nos relatórios oficiais (ITRs) encaminhados pelas empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Total
Considerando todas as 313 empresas negociadas em bolsa, o lucro líquido ficou em R$ 45,41 bilhões, alta de 9,05% sobre o 2º trimestre de 2015.
O resultado da Eletrobras, no entanto, distorce o valor consolidado de todas as empresas analisadas, segundo a Economatica. A empresa de energia teve lucro de R$ 12,72 bilhões, o maior para um segundo trimestre desde 1986, depois de um prejuízo de R$ 1,36 bilhão no mesmo período do ano passado.
Desconsiderando a Eletrobras, portanto, o lucro consolidado das 312 empresas de capital aberto ficou em R$ 32,69 bilhões, uma queda de R$ 10,30 bilhões, ou 24%, em relação ao segundo trimestre de 2015.
Os setores
Dos 25 setores monitorados, sete tiveram prejuízo consolidado, sendo o setor de veículos e peças o que registrou o pior resultado: prejuízo de R$ 1,21 bilhões no ano de 2016.
Já o setor com maior lucro consolidado no segundo trimestre de 2016 foi o de energia elétrica, com R$ 15,98 bilhões, resultado alavancado pelo lucro recorde da Eletrobrás. Em segundo lugar está o setor bancário, com R$ 15,11 bilhões de lucro.
16 dos 25 setores listados têm queda de lucratividade no segundo trimestre de 2016 com relação ao mesmo período de 2015.
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LGCJ.: