Um dos "vilões" da inflação no Brasil, o leite vive crise nos EUA, com os preços para o produtor recuando 13% neste ano e atingindo o menor patamar em sete anos.
A situação chegou a tal ponto que a associação americana dos produtores de leite pediu ao governo do presidente Barack Obama que compre o equivalente a US$ 150 milhões em queijo, para ajudar não só os fabricantes diretamente, mas também a elevar o preço do produto.
De acordo com a associação, a derrocada nos preços (o litro está cotado a R$ 1,05, o menor valor desde outubro de 2009) se deve à queda nas importações de leite e derivados pela China e pela Rússia e ao aumento das importações pelos Estados Unidos.
Para o consumidor americano, a crise do produtor se traduziu em preços menores nas gôndolas de supermercados: o leite em julho estava 5% mais barato que no mesmo período de 2015.
Na comparação com maio deste ano, a queda do preço foi de 1% –foi um dos itens que deram maior alívio para o bolso dos americanos.
A situação é bem diferente da vivida pelos brasileiros. Aqui o litro do leite subiu 17,6% no mês passado na comparação com maio.
Nenhum item teve maior impacto na inflação do brasileiro: o leite contribui com 0,19 ponto percentual de uma alta de 0,52% na comparação com junho, segundo o IBGE.
Menor investimento do produtor (muitas vezes trocando o gado leiteiro pelo de corte) e questões climáticas são algumas das explicações de analistas para a disparada dos preços no país.
ABINEE. PORTAL UOL. JORNAL VALOR ECONÔMICO. 15/08/2016. Exportações do setor eletroeletrônico caem 22% em julho
Valor
Depois de um período de crescimento por conta da desvalorização do real, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos apresentaram queda de 22% em julho, para US$ 431,8 milhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Em relação a junho, houve redução de 4,6% nas vendas no mercado externo. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, as exportações recuaram 2,7%, passando de US$ 3,37 bilhões de janeiro a julho de 2015 para US$ 3,28 bilhões no mesmo período de 2016.
Em nota, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, afirmou que o recuo das exportações decorre da falta de confiança das empresas em vender seus produtos no mercado externo, face à instabilidade do real frente ao dólar - a média da cotação passou de R$ 3,70 no 1º semestre para R$ 3,20 em julho. Barbato disse ainda que o setor eletroeletrônico também é afetado pela volatilidade na formação dos preços no mercado interno. "A indústria não consegue conviver com tanta instabilidade cambial", conclui.
Uma sondagem realizada no início de agosto indicou que 24% das empresas consultadas já diminuíram suas projeções para vendas externas em 2016, em função do novo patamar cambial. A redução média esperada é de 35% em relação ao total previsto anteriormente. De acordo com a sondagem, 76% das indústrias eletroeletrônicas mantiveram suas projeções para as exportações para este ano, principalmente em razão de contratos já firmados. A permanência da atual taxa de câmbio, entretanto, afetará as decisões para 2017.
De janeiro a julho de 2016, o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos somou US$ 10,9 bilhões, 36% abaixo do apontado nos primeiros sete meses do ano passado (US$ 17,08 bilhões).
MDIC. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 15/08/2016. Exportação para todos os países do Mercosul cai de janeiro a julho
As vendas brasileiras aos países do Mercosul caíram 13,9%, de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2015 -uma retração de US$ 1,7 bilhão (R$ 5,5 bilhões), segundo o Mdic.
As exportações destinadas à Venezuela foram as que tiveram maiores perdas, de 62,6%. Em grave crise, o país deixou de comprar principalmente carne de boi e aves.
"A Venezuela esteve entre os cinco principais destinos do frango nacional. Com a baixa do petróleo, os negócios despencaram, e muita empresa ficou sem receber", lembra Francisco Turra, da ABPA (de proteína animal).
O MERCADO MORA AO LADO
Exportações ao Mercosul, em US$ bilhões
jul
1,54
1,19
jan.16
1,47
fev
1,67
mar
1,45
abr
1,66
mai
1,70
jun
1,54
jul
Variação no período, em %
Venezuela: -62,6
Paraguai: -20,4
Uruguai: -13,4
Argentina: -1,8
O setor deixou de contar com o mercado venezuelano para crescer, sobretudo em Estados brasileiros que dependem desses produtos, diz.
Quase metade das perdas do exportador gaúcho pode ser atribuída à Venezuela e à Rússia, que cortaram a compra de carne, diz Heitor José Müller, da Fiergs (das indústrias do Rio Grande do Sul).
O comércio com todas as economias do bloco piorou no período. Na Argentina, segunda grande sócia do Mercosul, a retração foi de 1,8%, amortecida pelo resultado positivo do setor automobilístico.
"As commodities passam por um ciclo ruim, e esses países estão com menos recursos para comprar do Brasil. O Paraguai se sai melhor, tem flexibilizado impostos e atraído investimentos", diz Lia Valls, da Fundação Getulio Vargas.
A troca com a Argentina deverá crescer, mas dependerá do câmbio, diz José Augusto de Castro, da AEB (associação de comércio exterior). "O real se valoriza, e o peso argentino cai. É preciso uma política que olhe para os vizinhos."
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Concessionárias privadas de água vendem volume igual ao pré-crise
As empresas privadas que têm contratos para fornecer água vendem volumes nos mesmos patamares daqueles anteriores à crise hídrica, segundo o Sindcon (sindicato de concessionárias privadas).
No auge do perigo da falta de água, que foi tema de cobertura e propaganda intensas, houve redução de consumo até mesmo em regiões que não corriam risco de vir a enfrentar o problema.
"Naquele período, as campanhas afetaram o consumo, mas isso foi transitório e foi superado", diz Alexandre Lopes, presidente do Sindcon.
As concessionárias privadas têm somente cerca de 5% do total da distribuição de água no país.
Na Sabesp, o consumo aumentou no último mês, mas, hoje, aproximadamente seis meses depois do fim da crise hídrica, ele é 31% menor do que em janeiro de 2014, considerado o início da escassez de água.
Seria prematuro afirmar que esse é um novo patamar de uso de água, afirma Samanta Souza, gerente de relacionamento da Sabesp.
"Os clientes têm um olhar mais consciente, mas para avaliarmos, precisamos de um ano inteiro, já que o consumo é sazonal, de acordo com a temperatura."
CONSUMO MÉDIO DE ÁGUA POR CLIENTE DA SABESP, EM M³
Extremos por bairro
Itaim Paulista
9,26
15,73
Jardins
13,48
Sé
13,33
Santo Amaro
8,57
Grajaú
9,07
Campo Limpo
9,26
Itaim Paulista
PLANETA ÁGUA
Consumo médio de água por cliente da Sabesp, em m³
Jjunho 2016
10,58
15,5
Janeiro 2014*
10,41
Junho 2015
10,58
Jjunho 2016
* Início da crise hídrica
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Zona de circulação
A construtora Vitacon vai aportar R$ 101 milhões neste semestre em dois novos empreendimentos na zona sul da capital paulista.
"Nós temos investido em condomínios nas imediações de estações do Metrô", diz Alexandre Lafer Frankel, presidente da empresa.
Os edifícios têm previsão de lançamento de setembro a novembro e devem ficar prontos em três anos, diz.
Neste segundo semestre, as vendas tendem a aumentar após o desfecho da crise política e com a alta da confiança, avalia o executivo.
"A demanda por imóveis não diminuiu com a crise, o consumidor só reviu o momento de fechar negócio."
Agosto em Mercado Aberto
- 30 PROJETOS foram entregues pela empresa
- R$ 400 MIL é o tíquete médio dos imóveis
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Ainda sem terraplenagem
A construtora Setin deverá investir cerca de R$ 25 milhões até o fim deste ano na compra de terrenos, segundo o presidente da empresa, Antonio Setin.
"Temos conseguido negociar áreas em condições excepcionais. O foco para os próximos lançamentos serão plantas residenciais voltadas a famílias, com dois e três dormitórios", afirma.
A empresa não sabe quando começará a construir nos espaços que serão adquiridos. No próximo mês, a construtora lançará seu segundo empreendimento deste ano -e que deverá ser o último.
"O estoque de imóveis ainda está acima do ideal, e a velocidade de venda não dá conta de novos projetos", diz o empresário.
- R$ 200 milhões, foi o investimento nos dois lançamentos de 2016
- 7 são os municípios em que a Setin está presente
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Pequenas inovações
A CNI e o Sebrae vão investir R$ 13,3 milhões para estimular a inovação em micro e pequenas empresas de 25 Estados do país.
Serão selecionadas 555 companhias que receberão cerca de cem horas de consultoria para apoiar o desenvolvimento de novos projetos.
O programa vai incluir empresas de 28 setores, da agricultura à biotecnologia.
"O critério será o maior potencial de inovação as companhias", afirma a diretora da confederação industrial Gianna Sagazio.
ÚNICA. 15/08/2016. SETOR. ATUALIZAÇÃO DA SAFRA 2016/2017 - 2ª QUINZENA DE JULHO
UNICAO volume processado de cana-de-açúcar pela região Centro-Sul do Brasil somou 49,09 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na 2ª quinzena de julho de 2016, contra 49,67 milhões de toneladas registradas na mesma quinzena da safra anterior. Nesse mesmo período, a produção de açúcar totalizou 3,10 milhões de toneladas e o volume fabricado de etanol atingiu 2,06 bilhões de litros, dos quais 914,92 milhões de litros de anidro e 1,15 bilhão de litros de hidratado.
Em Goiás, uma nova unidade produtora (greenfield) iniciou sua primeira safra na 2ª quinzena de julho. Com ela, são 273 usinas e destilarias em atividade no Centro-Sul até 1º de agosto. Até a mesma data de 2015, eram 278 empresas.
Dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicam uma queda no rendimento da lavoura colhida no Centro-Sul em julho de 3,0% sobre o mesmo mês do último ano. A quebra acumulada entre abril até o final de julho é menor: 1,9%, com 84,8 toneladas de cana-de-açúcar por hectare colhido, frente a 86,5 toneladas por hectare observadas até esta mesma data de 2015.
O Estado de São Paulo, ao contrário, registrou um aumento de 1,3% da produtividade agrícola acumulada em igual período. Na análise mensal, o crescimento é menor: 0,6% entre julho de 2016 (86,3 toneladas por hectare) versus o mesmo mês de 2015 (85,8 toneladas por hectare).
Desde o início da safra 2016/2017 até 1º de agosto, a moagem acumulada do Centro-Sul totalizou 310,51 milhões de toneladas, com a produção de etanol saltando para 12,82 bilhões de litros (5,19 bilhões de litros de etanol anidro e 7,63 bilhões de litros de etanol hidratado) e a quantidade fabricada de açúcar alcançando 16,91 milhões de toneladas - 3,50 milhões de toneladas acima do resultado para o mesmo período do ciclo 2015/2016.
Desse incremento de 3,50 milhões de toneladas, aproximadamente 1,75 milhão de toneladas decorre da expansão da moagem - com expressivos 54,46 kg de açúcar por tonelada de cana apurados até 1º de agosto. Portanto, esse aumento na fabricação de açúcar não deriva exclusivamente de uma alteração no mix de produção, bem como os valores registrados até essa data não devem ser extrapolados diretamente para os meses restantes da safra.
Até 1º de agosto, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foram, respectivamente, os Estados com maior crescimento percentual na produção de açúcar quando comparado ao resultado do mesmo período de 2015.
Em valores absolutos, do mencionado aumento de 3,50 milhões de toneladas na quantidade fabricada de açúcar pelo Centro-Sul, 2,25 milhões de toneladas derivam da ampliação na produção paulista.
A qualidade da matéria-prima no Estado de São Paulo segue praticamente empatada em relação àquela observada no ano passado. O teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) foi de 125,44 kg por tonelada no acumulado da safra 2016/2017, ante 125,07 kg por tonelada apurada no mesmo período de 2015. No Centro-Sul, houve um pequeno incremento de 1,74% sobre o resultado da safra passada (125,19 kg versus 127,38 kg em 2016).
O mercado de etanol hidratado permanece estável, com vendas na ordem de 1,30 bilhão de litros em julho, mês em que a sazonalmente a demanda diminui em função das férias escolares. De fato, as unidades produtoras da região Centro-Sul comercializaram, especificamente, 1,33 bilhão de litros em julho de 2016, sendo 670,27 milhões de litros registrados na 2ª metade do mês. Esse volume mensal é semelhante aos 1,35 bilhão de litros e 1,34 bilhão de litros vendidos em junho e maio, respectivamente.
As vendas de etanol anidro ao mercado interno somaram 427,00 milhões de litros na última quinzena de julho, somando 864,36 milhões de litros comercializados no mês.
CNI. 15/08/2016. Acordos comerciais aumentarão a competitividade brasileira. Êxito das negociações com o México e a União Europeia é decisivo para melhorar a participação do Brasil no comércio mundial e alavancar a produtividade da indústria. Leia na terceira reportagem especial da série Comércio Exterior.
Selo da série especial de comércio exteriorDesde 2005, a importância das exportações brasileiras para o México vêm diminuindo gradativamente. Uma das formas para recuperar o mercado, é ampliar o atual tratado de comércio entre os dois países. Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicam que o acordo pode aumentar em até 50% as exportações de produtos brasileiros para aquele país em 10 anos. Isso significa que, caso o acordo seja concretizado, as vendas do Brasil para o México passarão dos atuais US$ 4,4 bilhões por ano para US$ 6,6 bilhões.
Além do acordo com o México, o Brasil e seus parceiros no Mercosul negociam com a União Europeia, que é o segundo maior destino das exportações totais brasileiras para o mundo, atrás apenas da China.
Os acordos são ferramentas poderosas para inserir melhor as empresas brasileiras no mercado internacional, tanto via comércio quanto via investimentos. Essas ações são necessárias porque, em 2015, as vendas externas brasileiras caíram 15,1% em relação a 2014. Foi a quarta queda consecutiva das exportações.
O acordo comercial (ou de livre comércio) reduz barreiras ao comércio de bens e serviços e investimentos entre países. A principal cláusula dos tratados é a diminuição de tarifas de importação para facilitar a entrada e a saída de bens entre os países que fazem parte do acordo. Na maioria dos casos a tarifa é reduzida a zero. Redução barreiras regulatórias a bens, investimentos externos, serviços, propriedade intelectual e até para compras governamentais também são compromissos acertados entre os países em negociações de abertura comercial.
Atualmente, os produtos brasileiros só têm acesso facilitado, livre de tarifas de importação e barreiras não tarifárias, a menos de 8% do mercado internacional, enquanto os dos Estados Unidos atingem 24%, os da União Europeia 45% e, os do México, 57%. Para a gerente-executiva de Negociações Internacionais da CNI Soraya Rosar, aumentar o comércio internacional é fundamental para a maior integração internacional do Brasil, que contribuirá para aumentar a produção industrial do país e os investimentos no setor.
As economias internacionalizadas são as que apresentam os maiores ganhos de produtividade, avalia o coordenador do Centro do Comércio Global e Investimento (CCGI) da FGV, Lucas Ferraz. Entre 2002 e 2012, a produtividade brasileira cresceu apenas 0,6% por ano; resultado 11 vezes menor do que o da Coreia do Sul (6,7%) e sete vezes menor do que o dos Estados Unidos (4,4%). “O Brasil ficou de fora desse processo de internacionalização e não alcançou uma inserção compatível com o tamanho da sua economia. O que se nota é uma queda de produtividade da economia brasileira, consequência do isolamento comercial”, explica Ferraz.
Em estudo feito pela CNI, 88% dos industriais afirmam que os acordos atuais com o México não são satisfatórios. Apenas 55% das exportações brasileiras para aquele país são beneficiadas atualmente pelo acordo em vigor. Por isso, a CNI defende que o Brasil deve expandir os acordos de comércio com o México.
Em 2015, as exportações do Brasil para aquele país caíram pelo segundo ano consecutivo. Passaram de US$ 3,7 bilhões para US$ 3,6 bilhões, quase US$ 1 bilhão a menos do que os US$ 4,5 bilhões registrados em 2006. “Os nossos produtos têm problemas para competir em outros países por conta das barreiras tarifárias e não tarifárias. Nossos concorrentes, que já assinaram acordos de redução de tarifas e outras exigências alfandegárias, têm vantagens”, informa Soraya Rosar.
PRIORIDADES - Para a diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), Sanda Rios, negociações com o México e com a União Europeia são, hoje, duas das maiores prioridades. Sandra acredita que “um acordo que regule as relações entre o Brasil e o México é muito promissor”. Para ela, quando isso ocorrer, será um grande passo para integrar ainda mais os países da América Latina. “Esse acordo teria um impacto importantíssimo para internacionalização da economia brasileira, porque será uma resposta do Brasil para este movimento de integração mundial.”
Sandra Rios explica que negociar a abertura do comércio com a Europa também é importante pela dimensão e relevância daquele mercado no mundo. Além de estimular a entrada de produtos brasileiros, um acordo com a União Europeia facilitará a importação de produtos sofisticados e industrializados europeus que são importantes para o desenvolvimento tecnológico das empresas brasileiras.
MAIS DA SÉRIE
Logística e tarifas alfandegárias são os principais obstáculos às exportações brasileiras
Brasil paga alto preço por deixar comércio exterior de lado
Atualmente, o principal acordo do Brasil é com o Mercosul. Porém, nos últimos anos, a união aduaneira com Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela enfrenta o esvaziamento da agenda comercial e econômica. Em 2015, as exportações brasileiras para os países do Mercosul diminuíram em 11,89% em relação ao ano anterior. Foi a segunda queda consecutiva das vendas para o mercado comum.
Para a presidente do Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC), Vera Thorstensen, “o Brasil ficou refém e agora tem que correr atrás dos outros países para fazer acordos comerciais”. Segundo ela, essa é a hora de adotar uma nova postura e voltar a negociar com grandes exportadores como Europa e Estados Unidos. “O Brasil não tem outra opção. Tem que baixar suas tarifas para participar das cadeias de globais de valor e conseguir voltar a exportar”, afirma Vera Thorstensen.
PRIMEIRO PASSO - O Brasil já começou a fazer acordos com países da América do Sul como Peru, Chile e Colômbia. Mesmo as negociações sendo limitadas, já é um primeiro passo para ampliar o mercado das empresas nacionais. A gerente-executiva de Negociações Internacionais da CNI, Soraya Rosar, afirma que as empresas brasileiras têm muito a ganhar com acordos dentro do continente. “Esta é uma oportunidade de exportar não só produtos agrícolas, mas também os industrializados”, afirma.
DOCUMENTO: http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2016/08/1,95074/acordos-comerciais-aumentarao-a-competitividade-brasileira.html
IPEA. 11/08/2016. Retomada sustentável do crescimento depende de alta estrutural e perene das exportações. Lançado nesta quinta, 11/08, estudo da Carta de Conjuntura n° 32 aponta a importância de aumentar as exportações de bens, especialmente os manufaturados
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quinta-feira, 11/08, pesquisa realizada por seu Grupo de Estudos de Conjuntura (Gecon) sobre a vulnerabilidade externa do país.
O documento aponta que, apesar da recente retomada conjuntural das exportações, o Brasil ainda poderá enfrentar dificuldade para compatibilizar períodos mais longos de crescimento econômico com o equilíbrio das contas externas, especialmente em função do baixo dinamismo estrutural das exportações de bens manufaturados. As dificuldades são influenciadas por fatores como o grau de abertura da economia, o desempenho da produtividade e o nível de poupança doméstica, que é muito baixo. O texto mostra ainda que o país vive uma situação de baixa vulnerabilidade externa no curto prazo, mas está longe de alcançar o objetivo mais importante: reduzir a vulnerabilidade externa de maneira mais perene e estrutural.
O autor enfatiza, portanto, a necessidade de desenvolver esforços em duas direções, com o intuito de viabilizar um crescimento mais acelerado das exportações: elevação de investimentos para aumentar a capacidade produtiva de bens comercializáveis, o que implica também esforços de aumento da poupança doméstica para financiar esse investimento; e medidas de cunho macro e microeconômico visando ganhos de produtividade e competitividade que permitam ao país ganhar espaço nos mercados internacionais de bens industriais. Somente assim seria possível suavizar os ciclos de expansão e retração do saldo em transações correntes e tornar sua trajetória (e, consequentemente, também a do passivo externo líquido) mais equilibrada e compatível com a sustentação de uma taxa de crescimento razoável do PIB no médio e no longo prazo.
Indicadores e simulações
A Nota Técnica da Carta de Conjuntura resume os resultados encontrados em dois trabalhos publicados pelo Ipea (também nesta quinta-feira, dia 11/08), que se dedicam a analisar a questão da vulnerabilidade externa com base em duas vertentes: indicadores de vulnerabilidade externa para o Brasil; e os resultados de exercícios de simulação da trajetória do saldo em transações correntes e do passivo externo líquido para os próximos 15 anos, enfatizando a relação entre duas das variáveis cruciais para determinar essas trajetórias: o crescimento real do PIB e das exportações de bens.
São feitas simulações alternativas com o intuito de identificar diferentes combinações possíveis de crescimento do PIB e das exportações que produzem uma trajetória de estabilização da relação passivo externo líquido/PIB e, portanto, a solvência externa do país dentro de 15 anos, que são chamadas de “combinações de equilíbrio”. Identifica-se uma relação aproximadamente linear entre PIB e exportações “de equilíbrio”, tal que uma variação de 0,5 ponto percentual no crescimento do PIB implica uma variação de aproximadamente 1,4 ponto percentual no crescimento das exportações.
A experiência brasileira das últimas décadas sugere ser possível alcançar um crescimento das exportações (em quantum) da ordem de 6% a.a., ou até um pouco mais, o que seria compatível com um PIB crescendo um pouco acima de 2,5% a.a. (mas não próximo de 3%). Entretanto, caso a desaceleração do ritmo de crescimento do comércio mundial em relação à tendência predominante nas últimas décadas se consolide no futuro, será mais difícil para o Brasil replicar o crescimento das exportações verificado nas últimas décadas. O esforço seria ainda maior diante de um eventual aumento das elasticidades das importações de bens e serviços em relação ao PIB. Em contrapartida, mudanças expressivas na taxa de crescimento das exportações de serviços ou mudanças nas taxas de remuneração dos ativos e passivos externos teriam pequeno efeito sobre as combinações de equilíbrio entre PIB e exportações de bens.
A Nota Técnica Reavaliando a Vulnerabilidade Externa da Economia Brasileira: indicadores e simulações, Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/.
DÓLAR/ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 15/08/2016. Dólar inicia a semana em queda, abaixo de R$ 3,20. Na sexta-feira, moeda fechou em alta, cotada a R$ 3,185. No ano, a queda acumulada é de 19,33%.
Do G1, em São Paulo
O dólar recuava ante o real no início dos negócios desta segunda-feira, após a alta superior a 1% vista na sessão anterior, e com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendendo o regime de câmbio flutuante após comentários do presidente interino Michel Temer.
Às 10h29, a moeda norte-americana recuava 0,666%, cotada a R$ 3,1638.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
- Às 9h09, queda de 0,311%, a R$ 3,1751
- Às 9h30, queda de 0,201%, a R$ 3,1786
- Às 10h, queda de 0,484%, a R$ 3,1696
Nesta manhã, o Banco Central voltará a realizar leilão de swap cambial reverso com volume de até 15 mil contratos.
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (12), e voltou a se aproximar do patamar de R$ 3,20. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 3,185, em alta de 1,43% sobre o fechamento da véspera – a maior alta diária desde 13 de junho.
Na semana, o dólar acumulou alta de 0,5%, e no mês, queda de 1,78%. No ano, a queda acumulada é de 19,33%.
BACEN. PORTAL UOL. JORNAL VALOR ECONÔMICO. 15/08/2016. Dólar fica abaixo do patamar de R$ 3,17 seguindo cena externa
Valor
Em linha com o movimeno global, dólar volta a operar em baixa nesta segunda-feira. Às 10h41, a moeda americana cedia 0,70%, saindo a R$ 3,1627, após mínima de R$ 3,1607.
No exterior, o dólar também cai ante o peso mexicano, a lira, o rand, a rúpia e o rublo.
O aumento do preço do petróleo, juntamente com a perspectiva de liquidez ainda abundante no mundo, diante da recuperação frágil das economias desenvolvidas, ajuda a explicar o recuo da moeda americana.ortalecer o apetite por ativos emergentes.
As declarações do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em entrevista à "Folha de S.Paulo", reafirmando a ideia de autonomia do Banco Central, também contribui para esse ajuste do câmbio.
Na sexta-feira passada, a moeda americana avançou 1,53% para R$ 3,1850, a apreciação mais forte desde 13 de junho, reagindo à afirmação do presidente interino Michel Temer de que o governo está preocupado com a valorização cambial.
BACEN. REUTERS. 15/08/2016. Dólar cai a perto de R$3,15 com exterior e aposta em BC menos ativo no mercado
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava para perto de 3,15 reais nesta segunda-feira, acompanhando o apetite por risco nos mercados externos de câmbio e após uma fonte da equipe econômica afirmar à Reuters que o governo tem poucas ferramentas para limitar a queda da moeda norte-americana, que tende a continuar.
Às 11:15, o dólar recuava 0,66 por cento, a 3,1639 reais na venda, após chegar a 3,1597 reais na mínima do dia. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento nesta manhã.
"A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
O dólar havia saltado 1,4 por cento, maior alta em dois meses, e encostado em 3,20 reais na sessão passada após o presidente interino Michel Temer afirmar que era necessário manter "um certo equilíbrio no câmbio", sem cotações altas ou baixas demais.
A Reuters publicou nesta manhã que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa. "Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial", afirmou.
O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.
O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.
O BC reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente com a autoridade monetária acreditam que o BC pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de 50 bilhões de dólares. No ano passado, esse estoque girou acima de 100 bilhões de dólares.
(Por Bruno Federowski)
BACEN. PORTAL UOL. REUTERS. 15/08/2016. Governo tem poucas ferramentas para limitar queda do dólar ante real, diz fonte da equipe econômica
Reuters Alonso Soto
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro não tem muito como agir para deter a desvalorização do dólar frente ao real, que vai continuar devido à elevada liquidez no mercado internacional e à menor incerteza política em casa, afirmou à Reuters uma importante fonte da equipe econômica.
"Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial", afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.
O governo continuará reduzindo seu estoque de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- para limitar o ritmo de desvalorização da moeda norte-americana sobre o real, que já atingiu os produtores locais, disse a fonte.
Segundo a fonte, a equipe econômica não está considerando compras de dólar no mercado à vista ou erguer barreiras aos fluxos de capitais, que no passado se provaram prejudiciais.
Até o fechamento de sexta-feira, o dólar acumulava no ano queda de pouco mais de 20 por cento sobre o real, depois de registrar em 2015 valorização de 48,5 por cento.
De modo geral, especialistas em câmbio já vêm trabalhando com esse cenário de forte entrada de dólares, expectativas que acabam também ajudando nas recentes quedas da moeda norte-americana, junto com o cenário externo mais aberto à aversão ao risco.
O fim do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, previsto para o fim deste mês, será importante para atrair investimentos de fora, dando mais confiança ao tornar definitivo o governo interino de Michel Temer.
O novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, tem reafirmado que usará os instrumentos cambiais "com parcimônia", sinalizando que não será tão intervencionista como o BC foi no passado.
Mas, diante da queda do dólar na semana passada, que chegou perto de 3,10 reais, o BC aumentou de 10 mil para 15 mil swaps reversos --equivalente à compa futura de dólares-- sua oferta diária, o que ajuda a reduzir o estoque de swaps tradicionais, hoje um pouco abaixo de 50 bilhões de dólares.
Embora o dólar mais fraco esteja ajudando a queda da inflação nos preços dos importados, o governo continua "muito preocupado" com a resistência da inflação alta, segundo a fonte. Em 12 meses até julho, o IPCA acumulava alta de 8,74 por cento, muito acima do teto da meta do governo para o período --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
"Essa é uma das grandes preocupações e temos de avaliar se esse fenômeno da persistência da inflação fica por mais tempo ou se já cumpriu o ciclo e a inflação cai mais rapidamente", afirmou a fonte.
BOVESPA/ANÁLISE
BOVESPA. PORTAL G1. 15/08/2016. Bovespa sobe nesta segunda-feira. Alta do índice é favorecida pelo tom positivo das praças do exterior. Na semana passada, o Ibovespa acumulou acréscimo de 1,1%.
Do G1, em São Paulo
O principal índice da Bovespa subia nos primeiros negócios desta segunda-feira (15), favorecido pelo tom positivo em praças financeiras no exterior, enquanto investidores analisam os últimos resultados da temporada de balanços no Brasil em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações.
Às 10h25, o Ibovespa subia 0,42%, a 58.543 pontos.
A bolsa fechou estável nesta sexta-feira (12), em um dia de oscilação no mercado. O Ibovespa não teve variação em relação ao fechamento da véspera, e terminou a 58.298 pontos.
Na semana, o Ibovespa acumulou acréscimo de 1,1%, na nona alta semanal seguida, igualando a sequência de ganhos registrada em 2009. Na última vez que o índice subiu por um período mais longo foi no início de 2006, quando registrou 11 altas semanais seguidas.
BACEN. PORTAL UOL. 15/08/2016. Bovespa opera em alta de 0,28%; dólar cai, vendido perto de R$ 3,17
A Bovespa operava em alta e o dólar comercial caía nesta segunda-feira (15). Por volta das 10h10, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha alta de 0,28%, a 58.461,15 pontos, seguindo a tendência de mercados do exterior, e a moeda norte-americana caía 0,48%, a R$ 3,17 na venda. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu o regime de câmbio flutuante após comentários do presidente interino Michel Temer. O Banco Central fez novamente nesta manhã leilão de 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. (Com Reuters)
BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 15/08/2016. Mercado sobe estimativa de inflação para 2016 e vê queda menor do PIB. Expectativa para o IPCA deste ano passou de 7,20% para 7,31%, diz BC. Para o PIB de 2016, previsão de encolhimento passa de 3,23% para 3,20%.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano, mas também passaram a esperar um "encolhimento" menor do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.
As previsões foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (15), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.
A expectativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 7,20% para 7,31% na semana passada. A estimativa permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA - considerado a inflação oficial do país - atingiu 0,52% em julho, ganhando força. Considerando os últimos 12 meses, o índice é de 8,74%.
Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 5,14%, informou o BC. Deste modo, permanece abaixo do teto de 6% - fixado para 2017 - mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.
O BC tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%), e também fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.
Produto Interno Bruto
Os economistas do mercado financeiro também melhoraram a estimativa para o nível de atividade neste ano de uma contração de 3,23% para uma queda menor, de 3,20%.
Previsão para o PIB em 2016
Em %
Fonte: BC
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Com a previsão de um novo "encolhimento" do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.
Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua previsão de uma alta de 1,1%, informou o BC.
Taxa de juros
O mercado financeiro elevou na semana passada sua previsão para a taxa de juros no fim de 2016 de 13,50% para 13,75% ao ano. Atualmente, os juros estão em 14,25% ao ano - maior nível em 10 anos. Com isso, estimativa do mercado é de um corte menor na taxa até o fim de 2016.
Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 11% ao ano - o que pressupõe a continuidade da queda dos juros no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar os juros.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 ficou estável em R$ 3,30. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar permaneceu em R$ 3,50.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 caiu de US$ 50,44 bilhões para US$ 50 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a previsão de superávit recuou de US$ 50 bilhões para US$ 49,8 bilhões.
Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou inalterada em US$ 65 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas continuou estável também em US$ 65 bilhões.
BACEN. PORTAL UOL. 15/08/2016. Economistas pioram estimativas de inflação e juros para o fim de 2016
Do UOL, em São Paulo
Economistas consultados pelo Banco Central pioraram as estimativas de inflação e juros para o fim de 2016. A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) teve melhora.
Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (15) pelo BC:
- PIB (Produto Interno Bruto): melhorou de -3,23% para -3,20%;
- Inflação: subiu de 7,20% para 7,31%
- Taxa básica de juros (Selic): aumentou de 13,50% para 13,75%;
- Dólar: permaneceu em R$ 3,30.
A estimativa para a inflação continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 5,48% para 5,42%. Para 2017, os economistas mantiveram a previsão de 5,14%.
A inflação oficial no Brasil acelerou e fechou julho em 0,52%.
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve os juros em 14,25% ao ano.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 15/08/2016. Economistas veem corte menor da Selic e inflação maior em 2016
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central vai reduzir menos ainda a taxa básica de juros neste ano, quando a inflação vai ficar ainda maior, segundo projeções da pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economias de instituições financeiras, divulgadas nesta segunda-feira.
A estimativa agora é que a Selic --em 14,25 por cento há mais de um ano-- encerre o ano em 13,75 por cento, sobre 13,50 por cento na semana anterior. Para o fim de 2017, a projeção foi mantida em 11 por cento.
O ciclo de corte da taxa terá início em outubro com redução de 0,25 ponto percentual, mesmo cenário mostrado no Focus anterior. O que mudou foi o recuou seguinte, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC no ano, em novembro, que passou a ser visto como de 0,25 ponto e não mais de 0,5 ponto. O próximo encontro acontece no final de agosto.
A pesquisa Focus mostrou que a flexibilização monetária continuaria ao longo de 2017, mas com maior intensidade, com cinco cortes de 0,50 ponto percentual em cada reunião entre janeiro e julho, para desacelerar o ritmo e encerrar o ano com a Selic a 11 por cento.
A estimativa para a inflação medida pelo IPCA este ano subiu a 7,31 por cento, sobre 7,20 por cento na semana anterior. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,14 por cento, após recuar por seis semanas seguidas. A meta para o próximo ano é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual.
A elevação na projeção para o IPCA este ano veio na esteira dos dados mais recentes que mostraram resistência da inflação. Em julho, o IPCA subiu 0,52 por cento, acumulando alta de 8,74 por cento em 12 meses, ainda sob a forte influência dos maiores preços de alimentos.
O BC reiterou, na última ata do Copom que não há espaço para corte na Selic, diante de importantes riscos, como o fiscal.
O Top 5 --grupo que mais acerta as projeções no Focus-- manteve a projeção para a Selic ao fim do ano em 13,75 por cento e em 11,25 por cento para 2017. Para a inflação este ano, a mediana subiu para 7,41 por cento, ante 7,20 por cento. Para 2017, a estimativa subiu para 5,25 por cento após 4,97 por cento na semana anterior.
A expectativa dos economistas para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou a 3,20 por cento, ante queda de 3,23 por cento na semana anterior. Para 2017 a projeção permaneceu em crescimento de 1,10 por cento.
(Por Flavia Bohone)
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