FGV. IBRE. 12/08/2016. Monitor do PIB. Monitor do PIB aponta clara melhora da atividade econômica no 2º trimestre |
“O Monitor do PIB-FGV de agosto, com informações até junho do corrente ano, mostra recuo de 0,2% no segundo trimestre, comparado ao primeiro. Este é o melhor resultado desta série, em seis trimestres consecutivos. Na comparação mensal, junho apresentou crescimento de 0,47%, em comparação a maio; a melhor taxa, nesta comparação, desde julho de 2014. Estes resultados apontam uma clara melhora da atividade econômica com relação ao ano de 2015. ”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
Neste número, o Monitor do PIB-FGV (ver apêndice com nota explicativa) detalha os seguintes resultados, conforme a tabela Excel anexa: 1) O segundo trimestre, comparado ao primeiro, apresentou retração de 0,2%; a menor queda em seis trimestres consecutivos, conforme ilustrado no Gráfico 1. Parte desta melhora foi obtida em junho, que apresentou crescimento de 0,47%, quando comparado a maio. 2) Na comparação com o mesmo período em 2015, a taxa mensal de junho do PIB apresentou queda de 2,1%, a taxa menos negativa em 12 meses consecutivos, nesta comparação. Das 12 atividades que compõem o PIB, apenas, agropecuária (+2,8%), eletricidade (+4,5%), serviços imobiliários (+0,6%) e administração pública (+0,2%) não apresentam taxas mensais negativas contra igual mês do ano anterior. Os piores resultados foram da extrativa mineral (-3,0%), transportes (-3,4%), serviços de informação (-3,7%) e outros serviços (-3,3%). Apesar de bastante negativos, estas variações foram melhores do que as taxas apresentadas no mês de maio. 3) O segundo trimestre do PIB apresentou queda de 3,5%, quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. A indústria, embora com taxa de variação ainda muito negativa (-3,5%), continua apresentando taxas melhores do que as apresentadas nos primeiros trimestres móveis do ano, tendo sido o trimestre findo em janeiro deste ano o pior resultado (-8,5%). Os serviços também continuam apresentando desempenhos melhores, chegando a -2,8% no segundo trimestre: a melhor taxa de variação em dez trimestres móveis consecutivos. 4) A taxa acumulada em 12 meses do PIB, até junho, apesar de bastante negativa (-4,8%), ficou estagnada nos mesmos valores do acumulado até abril e maio. 5) Com relação ao mesmo período do ano anterior, o Consumo das Famílias apresentou queda de 0,8% em junho, e encerrou o segundo trimestre com retração de 3,5%, com taxas negativas em todos os bens de consumo, (ver Gráfico 2). Apesar dos resultados negativos, esses se mostraram melhores do que os apresentados no início do ano: a variação mensal em maio apresentou a menor queda em quinze meses consecutivos e a taxa trimestral a menor queda em dez meses consecutivos. 6) A Formação Bruta de Capital fixo mostrou recuo de 1,5% em junho, quando comparada a junho de 2015. O segundo trimestre, comparado com o mesmo período de 2015, recuou 8,8%. Estes resultados são os menos negativos apresentados pela Formação Bruta de Capital Fixo em 2016. O componente ‘máquinas e equipamentos’, apesar de ainda apresentar taxas de variação muito negativas (-14,8% no segundo trimestre, comparado ao mesmo período em 2015) tem apresentado variações menos negativas. 7) A variação mensal das Exportações em junho, comparada a junho de 2015, foi de -7,1%: a primeira taxa negativa após dez meses de crescimento. A taxa trimestral continua em expansão no segundo trimestre chegando a 6,0%, quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Embora positivo, este resultado é menor que os apresentados nos trimestres móveis anteriores e mostra uma desaceleração das exportações. Apesar disso, apenas a extrativa mineral e serviços apresentam taxas trimestrais negativas para as exportações, -2,6% e -4,2%, respectivamente. 8) As Importações, retraíram 1,2% em junho, comparado ao mesmo mês em 2015. Na comparação do segundo trimestre com o mesmo período em 2015, a taxa de variação foi negativa em 7,4%, mostrando uma forte recuperação em relação ao trimestre findo em maio (-13,3%). Merece destaque nessa aceleração o componente bens de capital que cresceu 38,8%. Isto representa 68,1 pontos percentuais da variação de abril (-29,4%). APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE (Tabelas de Recursos e Usos, até 2013, último ano de divulgação) bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado. O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais. Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem o PIB-Tri do IBGE nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes. O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB. Apresenta também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são: Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados; Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados; Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços. São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior.
Metodologia:
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BACEN. 12/08/2016. BC divulga IBC-Br de junho/2016, Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/15738
BACEN. PORTAL G1. 12/08/2016. 'Prévia' do PIB tem nova queda no 2º trimestre e recessão continua, diz BC. De abril a junho deste ano, tombo do nível de atividade foi de 0,53%. Resultado oficial do PIB será divulgado pelo IBGE em 31 de agosto.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
O nível de atividade da economia brasileira continuou em terreno negativo no segundo trimestre deste ano, indicando que o país ainda não saiu do atoleiro da recessão, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (12).
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br – um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – teve uma contração de 0,53% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, após ajuste sazonal (uma espécie de "compensação" para poder comparar períodos diferentes).
De acordo com o indicador da autoridade monetária, esse foi o décimo trimestre seguido de "tombo" no nível de atividade. A última vez em que o IBC-Br registrou expansão foi no quatro trimestre de 2013. Apesar disso, o "encolhimento" da atividade nos três últimos meses foi menor do que a registrada no primeiro trimestre deste ano, quando houve uma queda de 1,46% no indicador.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo IBGE somente em 31 de agosto. O mercado financeiro prevê uma contração da economia brasileira de 3,23% neste ano.
A economia do país passa atualmente por um período de forte recessão, com queda de 3,8% no PIB no ano passado, mas alguns indicadores já indicam que pode estar havendo um início de reação. A recessão acontece em um ambiente de alta da inflação, das taxas de juros, do desemprego (que superou a marca de 11%) e também da inadimplência.
Junho, parcial do ano e doze meses
Apesar do tombo no segundo trimestre deste ano, somente em junho, ainda de acordo com números do BC, o nível de atividade registrou expansão de 0,23% na comparação com o mês anterior. Neste caso, a comparação foi feita após ajuste sazonal. Sem ajuste sazonal, a alta foi de 1,04%.
O crescimento do nível de atividade registrado em junho foi o segundo do ano de 2016. Antes, havia registrado alta em abril (+0,10%, segundo número revisado). No restante dos meses, houve queda do IBC-Br, que tenta antecipar o resutlado do PIB.
Os números do Banco Central mostram que, no primeiro semestre deste ano, o indicador sem ajuste sazonal (pois considera períodos iguais de tempo) mostrou contração de 5,38% na atividade (com ajuste, a retração é de 5,96%).
Já no acumulado em 12 meses até junho, ainda segundo a autoridade monetária, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) do Banco Central registrou contração de 5,67% (sem ajuste, a queda é de -5,60%).
Resultados do IBC-Br x PIB
Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE. O Banco Central já informou anteriormente que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado.
Recentemente, o BC atualizou a metodologia de cálculo, incorporando novos indicadores, com destaque para a utilização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME); além de outras mudanças.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, o maior nível em cerca de dez anos.
Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Neste ano, o mercado financeiro acredita que a inflação oficial ficará novamente acima do teto de 6,5% do sistema de metas. Para os analistas dos bancos, a inflação somará 7,20% em 2016. Em 2015, somou 10,67%, a maior em 13 anos, e estourou a meta de inflação.
O Banco Central tem dito que trabalha para trazer a inflação para dentro da banda do sistema de metas em 2016 e para o objetivo central, de 4,5%, em 2017.
BACEN. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 12/08/2016. Economia brasileira encolhe 0,53% no segundo trimestre, aponta BC. Atividade econômica tem queda no 1º trimestre
LAÍS ALEGRETTI
DE BRASÍLIA
A atividade econômica brasileira apresentou uma retração de 0,53% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (12).
Apesar da queda no trimestre, o IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central, aponta que a economia cresceu 0,23% em junho ante maio, de acordo com os dados dessazonalizados —ou seja, livres de influências características de determinados meses do ano.
No primeiro semestre, a economia brasileira acumula retração de 5,38%. Em 12 meses, a queda é ainda maior, de 5,60%.
Em maio, o Banco Central divulgou que houve um recuo de 0,51% na comparação com o mês anterior. Em abril, o indicador ficou estagnado na comparação com março, depois de acumular 15 quedas consecutivas.
ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA
Série com ajuste sazonal. Comparação com o mês anterior, em %
0,23
-0,86
jun.15
-0,44
jul
-0,42
ago
-0,76
set
-0,13
out
-0,81
nov
-0,23
dez
-0,68
jan.16
-0,31
fev
-0,46
mar
0,10
abr
-0,45
mai
0,23
jun
O IBC-Br, divulgado mensalmente pelo Banco Central desde 2010, é uma referência para avaliar o ritmo da economia brasileira. O cálculo do índice leva em conta estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos sobre produtos.
O resultado oficial do PIB do segundo trimestre, medido pelo IBGE, será divulgado no dia 31.
EXPECTATIVA
Para o fim de 2016, os economistas e as instituições financeiras consultados pelo Banco Central esperam uma retração da atividade econômica de 3,23% no ano, segundo o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (8). Houve uma leve melhora na comparação com a semana anterior, quando a previsão era de um recuo de 3,24%. A estimativa de retração do PIB para 2017 foi mantida em 1,1%, de acordo com a pesquisa.
BACEN. PORTAL UOL. JORNAL VALOR ECONÔMICO. 12/08/2016. Atividade econômica recua 0,53% no segundo trimestre, aponta BC
(Atualizada às 9h22) Apesar do suspiro no mês de junho, puxado pela melhora da indústria, a atividade econômica marca mais um trimestre de retração, o 10º consecutivo segundo dados do Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,23% em junho, após retração de 0,45% em maio (dado revisado de baixa de 0,51%). De abril a junho, a queda foi de 0,53% sobre os três meses anteriores e de 4,37% em comparação com igual período de 2015, o pior resultado para um segundo trimestre neste tipo de confronto desde 2003.
No ano, o IBC-Br, que é visto como uma ?prévia' do Produto Interno Bruto (PIB), apontou queda de 5,38%. Nos 12 meses encerrados em junho, a retração foi de 5,6% na série sem ajuste, a maior na pesquisa do BC, e baixa de 5,67% no dado ajustado. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio PIB. Em comparação com junho de 2015, a baixa foi de 3,14% na série sem ajuste (4,26% com ajuste).
Os resultados vieram melhores do que o esperado pelos agentes de mercado. A média das projeções feitas por 19 instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data sugeria alta de 0,14% no mês. As estimativas variavam entre queda de 0,2% e alta de 0,45% para a variação mensal.
Na média móvel trimestral, indicador mais utilizado para se tentar capturar tendência, o IBC-Br aponta queda de 1,41% em junho, na série sem ajuste, após três altas consecutivas. Com ajuste, a média móvel aponta baixa de 0,04% em junho, após retração de 0,27% em maio e queda de 0,22% em abril.
Embora seja anunciado como "PIB do BC", o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
No Relatório de Inflação de junho, o BC projetou queda de 3,3% do PIB em 2016, contra projeção anterior de baixa de 3,5%. Os analistas consultados para a confecção do boletim Focus apontam retração de 3,23%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informará o desempenho do PIB do segundo trimestre no próximo dia 31.
BACEN. REUTERS. 12/08/2016. Economia brasileira cai 0,53% no 2º tri, mas ritmo de queda perda força, aponta BC
SÃO PAULO (Reuters) - A atividade econômica do Brasil fechou o segundo trimestre deste ano com queda de 0,53 por cento, ainda mostrando que o país estava em recessão, mas com o ritmo da contração perdendo força, mostrou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira.
O indicador, espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,23 por cento em junho sobre maio, segundo dados dessazonalizados, ante expectativa de expansão de 0,2 por cento em pesquisa Reuters.
O crescimento veio após queda de 0,44 por cento do IBC-Br em maio sobre abril, número revisado pelo BC sobre a queda de 0,51 por cento divulgada antes.
O país vive momento de fraqueza da economia em meio ao cenário marcado por forte deterioração no mercado de trabalho, com juros e inflação em patamares elevados.
O ritmo de contração trimestral diminuiu após a queda de 1,45 por cento no 1º trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado.
No primeiro trimestre, o recuo do PIB foi de 0,3 por cento sobre o quarto trimestre de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio melhor que o esperado, mas ainda marcando o quinto trimestre consecutivo no vermelho.
Em 12 meses até junho, o IBC-Br acumula queda de 5,67 por cento, segundo o BC, sempre em números dessazonalizados.
Para o ano, a expectativa mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus é de declínio de 3,23 por cento no PIB, número que vem melhorando nas últimas semanas.
O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
O IBGE divulgará o PIB do segundo trimestre no dia 31 de agosto.
(Por Flavia Bohone)
FGV. IBRE. 11/08/2016. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem da América Latina. Expectativas favoráveis lideram a melhora do clima econômico na América Latina e no Brasil
O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) – elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES) – subiu pelo terceiro trimestre consecutivo, ao passar de 74 para 79 pontos entre abril e julho de 2016. A alta foi exclusivamente determinada pela melhora das expectativas. O Índice de Expectativas (IE) subiu 12 pontos, ao passar de 88 para 100 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2, de 60 para 58 pontos.
No sentido inverso da América Latina, o clima econômico mundial recuou 5 pontos, entrando na zona de classificação desfavorável do ciclo econômico, ao passar de 100 para 95 pontos. Assim como na América Latina, a trajetória das expectativas foi responsável pelo resultado do ICE Mundial, ao registrar queda de 10 pontos, para 98 pontos. Já o Índice da situação atual manteve-se estável entre o segundo e o terceiro trimestre, em 92 pontos.
Os indicadores agregados da Sondagem são ponderados pela participação da corrente de comércio dos países da região. México e Brasil explicam 42% e 20%, respectivamente, da corrente de comércio dos 17 países pesquisados. O Chile, terceiro colocado, explica 7%. No México, o ICE caiu 15 pontos entre as duas últimas edições da pesquisa, ao passar de 89 para 74 pontos. O Brasil caminhou no sentido oposto, ao avançar 27 pontos, de 55 para 82 pontos no mesmo período. Além do Brasil, dos 11 principais países pesquisados, houve melhora do clima econômico em outros 7 dos 11 principais países da região.
A melhora no Brasil foi puxada pelas expectativas. O IE do país saltou de 90 para 144 pontos, enquanto o ISA permaneceu no patamar mínimo de 20 pontos, que vem sendo observado desde julho de 2015. Enquanto no caso brasileiro, a melhora do clima econômico decorre exclusivamente da melhora das expectativas, no Peru, o aumento do otimismo com o futuro - que ocorre desde janeiro passado - vem sendo acompanhado pela melhora das percepções sobre a situação corrente.
Na edição de julho da Sondagem da América Latina, apenas Bolívia, México e, em menor grau, o Chile (queda de 2 pontos) registraram piora das expectativas, indicando que os especialistas da maioria dos países preveem melhora nas economias de seus países ao longo dos próximos seis meses. Em relação à situação econômica atual, indicadores em alta e favoráveis são observados no Paraguai, Bolívia e Peru. Chama atenção a combinação de melhora do ISA e piora no IE na Bolívia, sugerindo uma possível desaceleração da atividade econômica nos próximos meses. Já no Chile, o ISA sobe, mas permanece em nível desfavorável. Além do Brasil, houve estabilidade dos indicadores de Situação Atual na Venezuela, Equador e Colômbia. Enquanto na América Latina, as expectativas têm influenciado favoravelmente o clima econômico – movimento associado possivelmente a impactos positivos de medidas governamentais e/ou desaceleração na queda dos preços das commodities (em especial agrícolas e algumas metálicas) - no Mundo, a votação favorável à saída do Reino Unido da União Europeia teve efeito negativo nas grandes economias desse bloco.
Na União Europeia, o ISA avançou de 108 pontos para 112 pontos, mas o IE caiu 18 pontos, para 96 pontos. No Reino Unido, o IE despencou de 112 pontos, em abril, para 38 pontos, em julho. Nas outras principais economias europeias, o recuo foi menor: 14 pontos na Alemanha e 22 pontos na França. Nos Estados Unidos, o IE não se alterou e o ISA caiu de 110 pontos para 104 pontos, sinalizando desaceleração da atividade econômica.
Entre os BRICS, apenas a China registrou queda do ICE entre abril e julho, com piora das expectativas. O ISA chinês subiu 2 pontos mas continua desfavorável. Neste grupo de países emergentes, o Brasil ocupa agora a segunda posição em termos de clima econômico, atrás da Índia. No entanto, a diferença nos indicadores dos dois países é ainda grande: o ICE da Índia é de 132 pontos, bem superior aos 82 pontos do índice brasileiro. Como mostra a edição atual da pesquisa, as expectativas são favoráveis para o Brasil, mas faltam indicadores de efetiva melhora nas condições econômicas do país.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F201567929ED1F4A86
USDA. REUTERS. 12/08/2016. USDA projeta safras recordes de soja e milho nos EUA; preços caem
WASHINGTON (Reuters) - As safras de soja e milho dos Estados Unidos este ano serão as maiores da história, previu nesta sexta-feira o Departamento de Agricultura (USDA) em um relatório mensal que elevou as previsões de produtividade e colheita para os dois grãos acima das expectativas até dos analistas de mercado mais otimistas.
O USDA estimou a safra norte-americana de milho em 15,153 bilhões de bushels (384,9 milhões de toneladas), superando uma previsão de analistas que ficaram entre 14,58 bilhões e 15,146 bilhões.
Para a soja, a estimativa de colheita ficou em 4,060 bilhões de bushels (110,5 milhões de toneladas), ante previsões de analistas que variaram entre 3,865 bilhões e 4,054 bilhões de bushels.
Há um mês, o USDA havia projetado a produção de milho em 14,540 bilhões de bushels e a de soja em 3,880 bilhões de bushels.
Os contratos futuros dos grãos ampliaram perdas na bolsa de Chicago depois do relatório sobre safras recordes no maior produtor global de soja e milho, com o primeiro contrato do cereal recuando para uma mínima de quase sete anos, a 3,12 dólares por bushel.
"A questão é quanto esses mercados ainda podem recuar. Operadores parecem já vir trabalhando com grandes números de safra. Nós projetamos que a volatilidade vai continuar a cair na próxima semana. Milho a 2,95 dólares a 3,05 dólares por bushel não estão fora de alcance", disse o analista Terry Reilly, da Futures International.
O tempo favorável para o desenvolvimento das safras em julho em grandes áreas do Meio-Oeste dos EUA, importante área de cultivo e milho e soja, permitiu uma maturação das plantas com relativamente pouco estresse.
A previsão do USDA para produtividade em Illinois, por exemplo, o segundo maior Estado produtor de milho, ficou em 200 bushels por acre. Se for confirmada, a previsão seria 25 bushels por acre acima de 2015.
(Por Mark Weinraub)
IBGE. 11/08/2016. Setor de Serviços recua 0,5% de maio para junho
Período | Volume | Receita Nominal |
---|---|---|
Junho 2016 / Maio 2016
|
-0,5%
|
-0,3%
|
Junho 2016 / Junho 2015
|
-3,4%
|
0,6%
|
Acumulado em 2016
|
-4,9%
|
0,2%
|
Acumulado em 12 meses
|
-4,9%
|
0,3%
|
Em junho de 2016, o volume do setor de serviços caiu 0,5% em relação a maio, na série com ajuste sazonal, após variar 0,2% em maio e -1,3% em abril. Na comparação com junho de 2015, o setor registrou queda de 3,4%, maior variação negativa para o mês de junho da série, iniciada em janeiro de 2012. Com esses resultados, as taxas acumuladas no primeiro semestre e nos últimos 12 meses ficaram ambas em -4,9%.
Por atividade, em relação a maio de 2016, observam-se crescimentos nos segmentos de serviços de informação e comunicação (0,2%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,1%). Apresentaram quedas os segmentos de serviços prestados às famílias (-0,5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%) e outros serviços (-1,5%). O agregado especial das atividades turísticas apresentou variação -0,6%, na comparação com o mês imediatamente anterior.
A receita nominal em junho apresentou variação de -0,3% em relação a maio e de 0,6%, na comparação com junho de 2015. A taxa acumulada no ano ficou em 0,2% e, em 12 meses, 0,3%.
Tabela 1
Indicadores de Volume dos Serviços, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Junho 2016
Atividades | Variação de Volume (%) | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês/Mês Anterior com Ajuste Sazonal | Mês/Igual Mês do Ano Anterior | Acumulado | ||||||
Abr
|
Mai
|
Jun
|
Abr
|
Mai
|
Jun
|
No Ano
|
12 Meses
| |
Brasil |
-1,3
|
0,2
|
-0,5
|
-4,8
|
-6,1
|
-3,4
|
-4,9
|
-4,9
|
1 - Serviços prestados às famílias |
0,4
|
-4,0
|
-0,5
|
-3,0
|
-7,0
|
-7,5
|
-4,4
|
-5,2
|
1.1 - Serviços de alojamento e alimentação |
1,5
|
-3,0
|
-0,2
|
-3,1
|
-6,6
|
-8,3
|
-4,6
|
-5,3
|
1.2 - Outros serviços prestados às famílias |
-5,7
|
-4,5
|
4,9
|
-2,5
|
-9,0
|
-2,8
|
-3,2
|
-4,8
|
2 - Serviços de informação e comunicação |
-0,2
|
-0,1
|
0,2
|
-3,0
|
-2,6
|
-1,6
|
-3,4
|
-2,4
|
2.1 - Serviços TIC |
-0,7
|
0,5
|
0,5
|
-2,4
|
-2,3
|
-1,8
|
-3,2
|
-2,4
|
2.11 - Telecomunicações |
-0,5
|
0,2
|
-0,1
|
-3,5
|
-3,7
|
-2,4
|
-3,6
|
-3,2
|
2.12 - Serviços de tecnologia da informação |
1,9
|
0,1
|
-0,3
|
1,6
|
2,5
|
0,2
|
-1,7
|
0,3
|
2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias |
0,7
|
1,2
|
2,0
|
-6,8
|
-4,4
|
-0,3
|
-4,8
|
-2,3
|
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-2,5
|
0,0
|
-0,4
|
-5,4
|
-7,8
|
-5,9
|
-6,5
|
-6,6
|
3.1 - Serviços técnico-profissionais |
-8,7
|
-1,9
|
0,9
|
-6,3
|
-13,9
|
-10,3
|
-9,0
|
-9,4
|
3.2 - Serviços administrativos e complementares |
-1,4
|
0,2
|
0,8
|
-5,1
|
-5,8
|
-4,4
|
-5,8
|
-5,7
|
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-1,7
|
0,9
|
0,1
|
-7,2
|
-9,1
|
-3,6
|
-5,9
|
-6,4
|
4.1 - Transporte terrestre |
-1,5
|
-0,7
|
-1,3
|
-10,2
|
-10,5
|
-8,4
|
-9,7
|
-10,9
|
4.2 - Transporte aquaviário |
3,5
|
1,7
|
-1,6
|
-2,9
|
-2,4
|
-5,3
|
0,4
|
8,9
|
4.3 - Transporte aéreo |
1,1
|
2,5
|
-0,6
|
-0,1
|
-15,1
|
19,7
|
5,4
|
5,8
|
4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-1,5
|
1,0
|
-0,5
|
-4,7
|
-5,2
|
-1,2
|
-3,4
|
-3,9
|
5 - Outros serviços |
-6,0
|
-0,6
|
-1,5
|
-3,3
|
-6,2
|
-2,1
|
-3,8
|
-7,4
|
Atividades turísticas |
-1,2
|
-0,7
|
-0,6
|
-3,6
|
-8,9
|
-0,2
|
-2,2
|
-2,1
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Em termos de composição da taxa global de volume, na comparação com junho de 2015 (série sem ajuste), a contribuição dos segmentos, por ordem de contribuição, foram os seguintes: transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio e serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com -1,1 pp; serviços de informação e comunicação, com -0,7 pp; serviços prestados às famílias, com -0,4 pp e outros serviços, com -0,1 pp de contribuição.
No primeiro semestre de 2016, setor de serviços recua 2,8% em relação ao segundo semestre de 2015
O primeiro semestre de 2016 apontou para uma retração de 2,8% no volume de serviços em relação ao semestre anterior, mesma retração observada no segundo semestre de 2015, na série com ajuste sazonal. Já na comparação com o primeiro semestre de 2015 (sem ajuste), o setor de serviços acumulou uma queda de 4,9%.
Em termos de atividades, na comparação com o segundo semestre de 2015, destaca-se o segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio com a maior queda (-7,0%), seguido dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,3%); serviços prestados às famílias (-1,5%) e serviços de informação e comunicação (-1,2%). O segmento de outros serviços registrou variação nula (0,0%) e as atividades turísticas, queda de 2,0%.
Indicadores Semestrais de Volume dos Serviços, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - 2015/2016
Brasil - 2015/2016
Atividades | Variação de Volume (%) | |||||
---|---|---|---|---|---|---|
Semestre/Semestre Anterior com Ajuste Sazonal | Semestre/Igual Mês do Ano Anterior | |||||
2015 | 2016 | 2015 | 2016 | |||
1° sem
|
2° sem
|
1° sem
|
1° sem
|
2° sem
|
1° sem
| |
Brasil |
-2,2
|
-2,8
|
-2,8
|
-3,9
|
-5,9
|
-4,9
|
1 - Serviços prestados às famílias |
-2,8
|
-3,1
|
-1,5
|
-1,4
|
-3,8
|
-4,4
|
1.1 - Serviços de alojamento e alimentação |
-3,2
|
-2,7
|
-2,2
|
-2,7
|
-4,6
|
-4,6
|
1.2 - Outros serviços prestados às famílias |
-1,7
|
-4,4
|
1,1
|
6,4
|
0,9
|
-3,2
|
2 - Serviços de informação e comunicação |
0,8
|
-2,2
|
-1,2
|
-5,1
|
-5,9
|
-3,4
|
2.1 - Serviços TIC |
0,9
|
-2,5
|
-0,8
|
-4,6
|
-5,3
|
-3,2
|
2.11 - Telecomunicações |
-0,1
|
-2,6
|
-1,2
|
-3,8
|
-5,2
|
-3,6
|
2.12 - Serviços de tecnologia da informação |
5,0
|
-2,0
|
-1,0
|
-7,5
|
-5,7
|
-1,7
|
2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias |
-0,3
|
0,3
|
-5,1
|
-8,9
|
-9,5
|
-4,8
|
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-3,4
|
-3,4
|
-3,3
|
-4,3
|
-6,8
|
-6,5
|
3.1 - Serviços técnico-profissionais |
-7,3
|
-2,3
|
-6,9
|
0,5
|
-8,7
|
-9,0
|
3.2 - Serviços administrativos e complementares |
-1,5
|
-4,1
|
-1,7
|
-5,7
|
-6,2
|
-5,8
|
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-7,0
|
0,3
|
-7,0
|
-2,1
|
-7,2
|
-5,9
|
4.1 - Transporte terrestre |
-6,8
|
-5,4
|
-5,1
|
-6,8
|
-10,0
|
-9,7
|
4.2 - Transporte aquaviário |
7,1
|
9,8
|
-8,0
|
11,7
|
-2,4
|
0,4
|
4.3 - Transporte aéreo |
2,7
|
4,1
|
2,3
|
14,2
|
1,4
|
5,4
|
4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio |
-2,5
|
-1,8
|
-2,4
|
-0,1
|
-5,2
|
-3,4
|
5 - Outros serviços |
-7,1
|
-3,8
|
0,0
|
-6,1
|
2,5
|
-3,8
|
Atividades turísticas |
-1,8
|
-0,2
|
-2,0
|
1,3
|
-2,3
|
-2,2
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Resultados regionais: Amazonas, Roraima e Rondônia apresentam as maiores quedas em relação a maio
Em relação aos resultados regionais do setor de serviços de junho frente a maio, 13 unidades da federação apresentaram queda, 13 apresentaram crescimento e uma ficou estável. As maiores variações positivas foram registradas no Rio Grande do Norte (3,0%), Paraíba (2,8%) e Alagoas (2,6%). As maiores variações negativas foram observadas no Amazonas (-3,6%), Roraima (-3,0%) e Rondônia (-2,6%).
Quando se compara com junho de 2015, apenas quatro unidades da federação apresentaram variações positivas: Acre (12,3%), Roraima (7,1%), Distrito Federal (4,9%) e Tocantins (3,1%). As maiores variações negativas foram registradas no Amazonas (-15,1%), Amapá (-14,8%) e Mato Grosso (-13,1%).
Em termos regionais, analisando-se os resultados de volume, em relação a maio, das atividades turísticas, segundo as unidades da federação selecionadas, apenas duas apresentaram variações negativas: Rio de Janeiro (-1,4%) e Minas Gerais (-0,6%). As variações positivas, por ordem de variação, foram as seguintes: São Paulo (9,5%), Rio Grande do Sul (4,1%), Paraná (3,7%), Goiás (3,2%), Santa Catarina (2,5%), Distrito Federal (2,4%), Espírito Santo (1,5%), Ceará (1,2%), Pernambuco (1,1%) e Bahia (0,3%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as variações positivas foram registradas no Distrito Federal (6,1%), Pernambuco (5,3%), São Paulo (3,0%), Goiás (1,7%), Ceará (1,6%) e Rio Grande do Sul (1,4%). As variações negativas foram as seguintes: Bahia (-13,5%), Minas Gerais (-9,9%), Santa Catarina (-5,9%), Espírito Santo (-2,9%), Rio de Janeiro e Paraná (ambas com -2,4%).
DÓLAR/ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 12/08/2016. Dólar opera em alta, após comentários de Temer e BC. Na véspera, moeda avançou 0,24% frente ao real, a R$ 3,14. BC ofertou 15 mil contratos de swaps reversos, acima dos dias anteriores.
Do G1, em São Paulo
O dólar opera em alta ante o real nesta sexta-feira (12), mantendo a tendência vista na véspera quando o Banco Central reforçou a intervenção no mercado, após o presidente interino Michel Temer defender em entrevista que é preciso "manter um certo equilíbrio no câmbio". A alta da véspera interrompeu uma sequência de sete quedas que levou a moeda a renovar mínimas em mais de um ano nos últimos dias.
Às 13h, a moeda norte-americana subia 0,81%, vendida a R$ 3,1654.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
- Às 9h09, alta de 0,65%, a R$ 3,1605
- Às 9h39, alta de 0,36%, a R$ 3,1515
- Às 10h09, alta de 0,55%, a R$ 3,1575
- Às 10h49, alta de 0,27%, a R$ 3,1485
- às 11h50, alta de 0,49%, a R$ 3,1555
Na véspera, o dólar subiu 0,24%, a R$ 3,14 na venda.
Controle do câmbio
O BC voltou a anunciar leilão de swap cambial reverso com volume de até 15 mil contratos. Na véspera, o Banco Central aumentou a intervenção para segurar a queda do câmbio em relação aos últimos dias.
O BC aumentou a oferta de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares. Foram vendidos ontem todos os 15 mil contratos ofertados, acima dos 10 mil que eram anunciados até então diariamente. Essa operação tende a minimizar os efeitos que levam à queda do dólar.
Operadores entenderam que o BC viu uma oportunidade de acelerar a redução de seu estoque de swaps tradicionais, aproveitando a tendência de queda da moeda, sem mirar cotações específicas, diz a Reuters. O estoque atual é de cerca de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse volume rondava em torno de US$ 100 bilhões.
Mas eles acreditam que a moeda tende a desacelerar a queda a partir de agora, girando acima dos R$ 3,10 no curto prazo, ainda segundo a agência.
Operadores avaliam que o BC não quer impor um piso à divisa, ao contrário da visão que predominou em meio à intensa atuação cambial nos últimos anos. Cotações baixas costumam prejudicar a atividade econômica via exportações, enquanto níveis elevados tendem a pressionar a inflação.
"Em todas as suas declarações, Ilan tem feito questão de frisar que vai deixar a moeda flutuar, vai só fazer alguns ajustes", disse à Reuters o operador de um banco nacional que negocia diretamente com o BC, referindo-se ao presidente do BC, Ilan Goldfajn.
Nesta sexta, Goldfajn voltou a defender o regime de câmbio flutuante em evento em São Paulo. Ele apontou que o BC seguirá utilizando, “quando achar necessário” e “com parcimônia”, “as ferramentas cambias de que dispõe” para interferir no câmbio. No entanto, Golfajn citou como “exemplo claro” de uma atual diminuição da intervenção na flutuação do dólar em relação ao real a “redução gradual em swaps cambiais”, “motivadas pelas condições do mercado”.
BACEN. PORTAL UOL. 12/08/2016. Dólar sobe mais de 1%, perto de R$ 3,18; Bovespa opera em queda
O dólar comercial subia e a Bovespa operava em queda nesta sexta-feira (12). Por volta das 14h, a moeda norte-americana avançava 1,15%, a R$ 3,176 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 0,31%, a 58.121,64 pontos. Investidores estavam cautelosos após o presidente interino, Michel Temer, levantar preocupações sobre a cotação do dólar. O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foi na mesma linha ao repetir que utilizará com parcimônia os instrumentos cambiais de que dispõe. Nesta manhã, o BC manteve a atuação maior no mercado de câmbio. A Bolsa era influenciada pela divulgação de resultados trimestrais das empresas. (Com Reuters)
BOVESPA/ANÁLISE
BOVESPA. PORTAL G1. 12/08/2016. Bovespa opera instável nesta sexta, de olho em cena externa e balanços. Na véspera, Ibovespa terminou pregão com alta de 2,42%, a 58.299 pontos. Bateria de resultados de companhias brasileiras está no radar.
Do G1, em São Paulo
A bolsa brasileira opera instável nesta sexta-feira (12), sem um viés único no cenário externo e com uma bateria de resultados de companhias brasileiras no radar, incluindo os números da Petrobras.
Às 13h32, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuava 0,16%, a 58.208 pontos.
"Foram divulgados vários balanços que estão refletindo nas ações, mas a direção da bolsa é sem dúvida da Petrobras, tanto pelo efeito no índice como no volume negociado", destacou à Reuters o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.
No exterior, segundo a agência, o petróleo sustentava-se no azul, apoiado na debilidade do dólar, mas os principais índices acionários em Wall Street mostravam fraqueza após baterem marcas históricas, com dados econômicos fracos na pauta.
As ações da Petrobras avançavam por volta do mesmo horário. Na quinta, a empresa divulgou o balanço do segundo trimestre, com lucro líquido de R$ 370 milhões - primeiro balanço com lucro após três trimestres seguidos de prejuízo
Último fechamento
Na véspera, o Ibovespa terminou o pregão com alta de 2,42%, a 58.299 pontos.
A alta foi impulsionada pelo avanço das ações da Petrobras, após a petroleira informar dados de produção em julho e em meio à alta do petróleo no exterior. Ações do setor financeiro também ajudaram a sustentar a bolsa no azul.
As ações do Banco do Brasil subiram 5,65%, depois de ter divulgado queda de 18% no lucro do segundo trimestre. Apesar do lucro menor, o controle de despesas administrativas, a melhora da margem financeira bruta por conta de spreads mais altos e a revisão de projeções foram fatores positivos do balanço, segundo o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.
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LGCJ.: