IBGE. 17/08/2016. PNAD Contínua: taxa de desocupação cresce em todas as grandes regiões no 2º trimestre
A taxa de desocupação (11,3% no Brasil) subiu em todas as grandes regiões no 2º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Norte (de 8,5% para 11,2%), Nordeste (de 10,3% para 13,2%), Sudeste (de 8,3% para 11,7%), Sul (de 5,5% para 8,0%) e Centro-Oeste (de 7,4% para 9,7%). No 1º trimestre de 2016, as taxas haviam sido de 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul.
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre de 2016 foram observadas no Amapá (15,8%); Bahia (15,4%) e Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).
O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,6% para o Brasil no 2º trimestre de 2016. As regiões Nordeste (48,6%) e Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,1% no Sul, 59,2% no Centro-Oeste e 56,1% no Sudeste.
Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos.
No 2º trimestre de 2016, os percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho nas grandes regiões foram de 85,4% no Sul, 82,7% no Sudeste, 77,5% no Centro-Oeste, 61,5% no Norte e 62,2% no Nordeste. A média no Brasil foi de 77,3%.
Santa Catarina (89,7%), Distrito Federal (86,2%), Rio de Janeiro (85,7%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,3%) e Pará (57,4%) apresentaram os menores.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$1.972) nas regiões Sudeste (R$ 2.279), Centro-Oeste (R$ 2.230) e Sul (R$ 2.133), enquanto Norte (R$ 1.538) e Nordeste (R$ 1.334) ficaram abaixo da média.
O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará (R$ 1.296).
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 174,6 bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 90,4 bilhões na região Sudeste, R$ 29,8 bilhões no Sul, R$ 28,0 bilhões no Nordeste, R$ 16,2 bilhões no Centro-Oeste e R$ 10,2 bilhões no Norte.
Os principais resultados para o Brasil como um todo já haviam sido divulgados no dia 29/07/2016. Na atual divulgação, além das informações segundo os 80 recortes regionais da pesquisa, estão disponíveis também detalhamentos dos principais indicadores do mercado de trabalho por sexo, idade e nível de instrução.
Taxa de desocupação no Sudeste cresce 3,4 p.p. em relação ao ano anterior
A taxa de desocupação mostrou diferenças regionais de patamares ao longo de toda a séria iniciada no primeiro trimestre de 2012. A região Nordeste permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série, tendo registrado, no 2º trimestre de 2016, uma taxa de 13,2%; enquanto a região Sul teve a menor, 8,0%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, as regiões Norte e Sul apresentaram aumento significativo de indicador; enquanto as demais ficaram estáveis. Entretanto, na comparação com o 2º trimestre de 2015, todas as grandes regiões registraram crescimento da taxa de desocupação, com destaque para o Sudeste, onde o aumento foi de 3,4 pontos percentuais.
Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por Grandes Regiões e Unidades da Federação
Todas as grandes regiões apresentaram diferenças significativas na taxa de desocupação por sexo. No Brasil, a taxa ficou em 9,9% para os homens e 13,2% para as mulheres, uma diferença de 3,3 p.p. A região Norte mostrou a maior diferença (6,0 p.p maior para as mulheres) e o Sudeste apresentou a menor diferença (2,9 p.p maior para as mulheres).
Por nível de instrução, a maior taxa de desocupação, no Brasil, foi observada para pessoas com ensino médio incompleto (20,6%). Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 13,2%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (6,0%).
Por grupos de idade, a taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos, no Brasil, foi de 24,5%, registrando valores ainda maiores nas regiões Sudeste (25,6%) e Nordeste (28,4%). A região Sul (17,3%) apresentou a taxa menos elevada para essa faixa etária. Destaca-se, ainda, a alta taxa de desocupação no Sudeste para as faixas de 14 a 17 anos (45,6%).
Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre de 2016
Adultos de 25 a 39 anos são 35% da população desocupada
Na população desocupada, o percentual de mulheres foi superior ao de homens. No 2º trimestre de 2016, elas representavam 50,9% dos desocupados no Brasil. Apenas na região Nordeste o percentual de mulheres na população desocupada (48,4%) foi inferior ao de homens. Já a maior participação das mulheres dentre os desocupados foi observada na região Centro-Oeste (54,8%).
O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 9,5% das pessoas desocupadas e os jovens de 18 a 24 anos eram 32,5% no Brasil. Os adultos de 25 a 39 anos de idade (35,0%) representavam a maior parcela entre os desocupados.
No 2º trimestre de 2016, 52,0% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,0% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,9%. Estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.
Distribuição das pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência, por nível de instrução, segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre de 2016
No Sudeste, 61,4% dos ocupados têm pelo menos o ensino médio completo
Entre a população ocupada, verificou-se a predominância de homens no Brasil (57,2%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 61,0% dos trabalhadores no 2º trimestre de 2016. O Sudeste é a região com maior participação feminina (44,0%).
A análise por grupos de idade mostrou que 12,8% dos ocupados eram jovens de 18 a 24 anos. Os adultos de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade representavam 78,1% e os idosos somavam 7,1% dos ocupados. A região com maior proporção de jovens ocupados é a Norte, onde a população de 18 a 24 anos representava 14,4% dos ocupados. Por outro lado, a região Sudeste (12,1%) registrou o menor percentual de ocupados para essa faixa etária.
Por nível de instrução, a pesquisa mostrou no 2º trimestre de 2016 que mais da metade dos ocupados no Brasil tinha concluído pelo menos o ensino médio (55,1%), 29,3% não tinham concluído o ensino fundamental e 17,8% tinham concluído o nível superior.
Regionalmente, o quadro foi diferenciado. Nas regiões Norte (37,1%) e Nordeste (38,7%), o percentual de pessoas sem instrução até ensino fundamental incompleto era superior aos das demais regiões. Nas regiões Sudeste (61,4%) e Sul (54,6%), o percentual das pessoas que tinham completado pelo menos o ensino médio era superior aos das demais regiões. A região Sudeste (21,2%) foi a que apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto o Nordeste teve o menor (12,5%).
A pesquisa também apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Nas regiões Norte (33,1%) e Nordeste (31,3%), o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. O mesmo foi constatado para os trabalhadores familiares auxiliares, que apresentaram maior participação nas regiões nas Regiões Norte (6,2%) e Nordeste (3,3%).
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado mostrou cenários distintos regionalmente, com as regiões Norte (61,5%) e Nordeste (62,2%) apresentando-se em patamares inferiores aos das demais regiões.
No Nordeste, menos da metade (48,6%) das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas
O nível da ocupação apresentou diferenças de patamares no cenário regional. As regiões Sul (59,1%) e Centro-Oeste (59,2%) foram as que apresentaram os maiores percentuais e o Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (48,6%).
O nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 65,4% e o das mulheres, em 44,8%, uma diferença de 20,6 p.p. Dentre as grandes regiões, a maior diferença foi observada no Norte (25,5 p.p.) e a menor, no Sul e Sudeste (19,2 pontos percentuais).
O grupo etário de 25 a 39 anos apresentou o maior nível da ocupação (73,4%), seguido do grupo etário de 40 a 59 anos (68,4%). Para os jovens de 18 a 24 anos, o nível da ocupação ficou em 51,9%. Entre os menores de idade, de 14 a 17 anos, esta estimativa foi de 12,6%, enquanto entre os idosos (60 anos ou mais), 21,7%.
Nos grupos com níveis de instrução mais altos, o nível da ocupação era mais elevado. No 2º trimestre de 2016, 35,4% das pessoas sem nenhuma instrução estava trabalhando no país. No grupo das pessoas com nível superior completo, o nível da ocupação chegou a 77,8%. Entre as grandes regiões, destaca-se que o nível da ocupação na região Norte é o maior tanto para o grupo dos menos escolarizados (43,0%) como para os mais escolarizados (82,0%).
Mulheres representam 65,9% da população fora da força
No Brasil, no 2º trimestre de 2016, 38,4% das pessoas em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho (não trabalhavam nem procuravam trabalho). A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho, 44,0%. As regiões Sul (35,7%) e Centro-Oeste (34,5%) tiveram os menores percentuais.
A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres, que, no 2º trimestre de 2016, representavam 65,9% desse contingente. Todas as regiões apresentaram comportamento similar.
Cerca de 36,0% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Jovens com menos de 25 anos de idade somavam 28,2% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 35,8%.
Em relação ao nível de instrução, mais da metade da população fora da força não tinha concluído o ensino fundamental (53,6%) e pouco mais de um quarto tinha concluído pelo menos o ensino médio (26,0%).
Por Enzo Bertolini
Em junho, a construção civil brasileira registrou queda de -1,18% no nível de emprego na comparação com maio – a 21ª queda consecutiva (desde outubro de 2014). Com o fechamento de 33,02 mil postos de trabalho, o saldo de trabalhadores ficou em 2,76 milhões.
Com o corte de 139,1 mil vagas no primeiro semestre de 2016, o saldo em 12 meses é de – 465 mil postos de trabalho. Desconsiderando efeitos sazonais*, o número de vagas fechadas em junho foi de 43,8 mil (-1,56%).
Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, observa que o nível de emprego na construção brasileira retrocedeu ao patamar registrado em 2009 e deverá cair ainda mais, se não forem adotadas medidas emergenciais para estimular a atividade do setor.
“O número de vagas fechadas na indústria da construção desde 2014 deverá ultrapassar 1,1 milhão até o final de 2016. Isto representa 30% do total de trabalhadores que o setor chegou a empregar antes da crise. Mas o setor voltará a empregar rapidamente se medidas urgentes destinadas à expansão da infraestrutura e à contratação de habitação popular forem tomadas, junto com o lançamento de novas concessões e Parcerias Público-Privadas. Este esforço precisa envolver tanto a União como os estados e os municípios”, afirma.
Segmentação
Por segmento, obras de instalação caiu 1,70% em junho na comparação com maio, seguido de imobiliário (-1,51%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresenta a maior queda (-17,89%).
A deterioração do mercado de trabalho afeta quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Nordeste (-1,51%) e Sudeste (-1,48%). Apenas o Centro-Oeste apresentou alta (0,12%).
Estado de São Paulo
Em junho, houve queda de 1,32% no emprego em relação a maio, com redução de 9,86 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 746,1 mil em maio para 736,3 mil em junho. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 2,20% (-16,4 mil vagas).
No período, o segmento imobiliário respondeu pelo pior desempenho (-1,80%), acompanhado por de obras de instalação (-1,65%).
Na capital, que responde por 45% do total de empregos no setor, a queda em junho em relação ao mês anterior foi de 1,62% (-5.465 vagas). Em 12 meses, São Paulo registrou retração de 13,32%.
Entre as Regionais do SindusCon-SP, Santos apresentou a maior queda (-2,47%), seguido por Campinas (-1,60%). Apenas Santo André registrou alta (0,79%).
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.
DOCUMENTO: http://www.sindusconsp.com.br/sinduscon-sp-emprego-na-construcao-cai-118-em-junho-e-setor-perde-465-mil-postos-de-trabalho-em-12-meses/
FGV. IBRE. 17/08/2016. Índices Gerais de Preços. IGP-10. IGP-10 recua em agosto
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou -0,27%, em agosto. A taxa apurada em julho foi de 1,06%. Em agosto de 2015, a variação foi de 0,34%. A taxa acumulada em 2016, até agosto, é de 6,16%. Em 12 meses, o IGP-10 registrou alta de 11,50%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,57%, em agosto. Em julho, a variação foi de 1,23%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de -0,15%, em agosto, ante 2,67%, em julho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 14,37% para -3,81%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou variação de 0,32%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 1,43%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de -0,35%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,74%. Três dos cinco subgrupos registraram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 1,06% para -0,80%. O índice de Bens Intermediários (ex),obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de -0,48%. No mês anterior, este índice registrou variação de 0,79%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de -1,31%. Em julho, a taxa foi de 0,09%. Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens: soja (em grão) (4,35% para -9,56%), bovinos (1,26% para -1,15%) e suínos (12,23% para -5,85%).Em sentido inverso, destacaram-se os itens: minério de ferro (-9,49% para -1,61%), milho (em grão) (-6,73% para -1,07%) e leite in natura (5,39% para 9,93%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,38%, em agosto, ante 0,27%, em julho. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Transportes (-0,33% para 0,42%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item gasolina (-1,61% para 0,59%).
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,85%), Comunicação (0,06% para 0,73%), Educação, Leitura e Recreação (0,68% para 0,75%) e Vestuário (-0,05% para 0,23%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,23% para 2,43%), tarifa de telefone móvel (0,17% para 2,28%), show musical (1,03% para 6,82%) e roupas (-0,52% para 0,17%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,31% para -0,03%), Despesas Diversas (0,56% para 0,21%) e Alimentação (0,43% para 0,41%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,19% para -1,82%), cigarros (-0,24% para -0,60%) e hortaliças e legumes (-5,43% para -13,96%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em agosto, taxa de variação de 0,23%, ante 1,76%, no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,09%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,23%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,35%. No mês anterior, este índice variou 3,10%.
FGV. IBRE. 17/08/2016. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Inflação pelo IPC-S registra alta em quatro das sete capitais pesquisadas
O IPC-S de 15 de agosto de 2016 registrou variação de 0,48%, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.
A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.
FGV. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 17/08/2016. Retomada da economia brasileira deve demorar anos, indica FGV
ÉRICA FRAGA
MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
O Brasil está deixando a crise para trás, mas indicadores sugerem que o ritmo da retomada será lento. Analistas do mercado financeiro preveem que a recessão deverá terminar neste segundo semestre, e o país poderá voltar a crescer em 2017.
Integrantes da equipe econômica do governo começaram a falar nos últimos dias na possibilidade de a economia crescer acima de 1,5% no ano que vem. Grandes bancos, como o Bradesco e o Itaú, têm projeções positivas. O Bradesco prevê uma expansão de 1,5% e o Itaú, de 1%.
O ritmo da expansão promete ser mais fraco do que após as últimas crises, prevê o economista Paulo Pichetti, da FGV, responsável pelos indicadores usados na datação dos ciclos econômicos.
"Esta recessão está fora do padrão das últimas quatro", diz Pichetti, referindo-se à dificuldade de se confirmar a saída da atual contração econômica. "A natureza da recuperação, quando ela vier, será de menor intensidade, mais fraca."
Em sua opinião, o ajuste nas contas do governo, prometido pelo presidente interino, Michel Temer, "não é expansionista", o que não ajuda a estimular uma taxa de crescimento muito acelerada nos anos seguintes à crise.
O economista José Márcio Camargo, sócio da gestora de investimentos Opus, diz que é "possível, porém improvável" que o Brasil alcance a expansão acima de 1,5%. Em sua estimativa, o crescimento será de 0,5%.
"Os economistas dizem que o Brasil sempre se recupera rápido. Depende da recessão", diz Camargo. "As empresas e as famílias estão endividadas, os bancos continuam restringindo crédito, é pouco provável que cresça mais do que 1%, é um sonho."
Esse e outros problemas estruturais farão com que a saída desta recessão seja diferente das mais recentes, na avaliação de Camargo.
MOTORES
Economistas do Itaú Unibanco analisaram o que ocorreu em países que tiveram recessões de, no mínimo, dois anos desde 1980. São crises parecidas com a que o Brasil atravessa hoje, iniciada no segundo trimestre de 2014.
Concluíram que, após o último ano de contração do PIB, eles cresceram, em média, 4,7% por três anos seguidos. Com isso, conseguiram recuperar o patamar de produção pré-crise em quase cinco anos.
"Os motores das recuperações normalmente são depreciação cambial e corte de juros", diz Laura Pitta, uma das economistas do banco responsáveis pelo estudo.
Segundo ela, o real se depreciou bastante em relação ao dólar desde o início da crise e os juros devem começar a cair em outubro. Mas esses fatores, diz Pitta, não são garantia de que o ritmo de recuperação do país será forte.
Segundo previsões coletadas pelo Banco Central, o Brasil deverá crescer em média 1,8% ao ano entre 2017 e 2019, menos da metade do ritmo observado pelos países estudados pelo Itaú Unibanco.
Se isso se confirmar, o país vai demorar para retomar a produção anterior à da crise.
Apesar do ritmo lento da retomada, Igor Velecico, economista do Bradesco, ressalta que o fato de a economia estar entrando em uma fase de estabilização já é positivo.
"Há dois meses não havia consenso nem sobre isso", diz o economista.
Segundo ele, alguns dados como importações de bens de capital e confiança de empresários na retomada têm vindo fortes. Mas Velecico concorda que esse ritmo é relativamente lento. A principal diferença é que, ao contrário do ocorrido após recessões do passado, o país não conta a expansão da economia mundial, que continua a se recuperar a passos lentos.
"O Brasil deverá sair num ritmo mais devagar dessa recessão do que das outras crises que já atravessou. Isso porque das outras vezes houve forte contribuição do crescimento global, que não ocorrerá dessa vez", afirmou.
RECUPERAÇÃO?
Indicadores sugerem que retomada está por vir, mas com menos força
Número índice, base 2010=100
IACE: Indicador Antecedente Composto da Economia
ICCE: Indicador Coincidente Composto da Economia
Número índice, base 2010=100
IACE: Indicador Antecedente Composto da Economia
ICCE: Indicador Coincidente Composto da Economia
65,3
63,5
80
106,5
jan-96
jul-97
jan-99
jul-00
jan-02
jul-03
jan-05
jul-06
jan-08
jul-09
jan-11
jul-12
jan-14
jul-16
ICCE
IACE
70,60
65,3
- Janeiro de 1998 e Março de 1999: Mudança forçada de política econômica, com o abandono do câmbio fixo, deprime economia
- Abril de 2001 a dezembro de 2001: Apagão energético mina atividade econômica e afugenta investimentos
- Janeiro de 2003 a setembro de 2003: Crise de confiança provocada pela eleição de Lula provoca alta forte do dólar, inflação dispara e economia se contrai. Economia mundial e política econômica interna revertem queda
- Outubro de 2008 a Março de 2009: Crise financeira global atinge Brasil, mas expansão de crédito de bancos públicos e demanda chinesa fazem país sair rápido de recessão
- Abril de 2014 a ...: Atual recessão já é a mais longa em 25 anos. Embora indicadores antecedentes sugiram saída de crise, dados sobre a atividade mostram que fim da recessão ainda não ocorreu e, quando retomar vier, será lenta
CONAB. 17/08/2016. Safra de cana-de-açúcar é estimada em 684,77 milhões de toneladas
De acordo com o segundo levantamento da safra 2016/2017 de cana-de-açúcar, o Brasil deverá produzir 684,77 milhões de toneladas do produto. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (27), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números representam um crescimento de 2,9% em relação à safra anterior.
Entre os produtos beneficiados, a produção de açúcar deverá atingir 39,96 milhões de toneladas, 19,3% superior à safra 2015/16, em função de preços mais rentáveis. Já a produção de etanol deve se manter acima de 27,8 bilhões de litros, redução de apenas 8,5%, em função da preferência pela produção de açúcar.
A produção de etanol anidro, utilizada na mistura com a gasolina, deverá ter aumento de 2,5%, alcançando 11,49 bilhões de litros. Para a produção de etanol hidratado, o total poderá atingir 16,38 bilhões de litros, redução de 14,9% ou 2,87 bilhões de litros, resultado do menor consumo deste combustível.
Área – A estimativa de área a ser colhida foi avaliada em 8,97 milhões de hectares, que representa um aumento de 3,7% comparada à safra anterior. O incremento de mais 318,4 mil hectares é resultado da cana bisada da safra 2015/16, do aumento de área própria de algumas unidades de produção e da reativação de uma unidade em São Paulo. Se confirmada, será a segunda maior área colhida no Brasil.
Na região Sudeste como um todo a área colhida deverá aumentar, uma vez que as chuvas atrasaram a colheita da safra anterior e aumentou a quantidade de cana colhida na safra seguinte, refletindo em um aumento de 3,4% na produção total. As produtividades também foram excelentes na safra anterior e as expectativas são boas para esta safra.
Já a região Nordeste deve aumentar a área colhida nesta safra, mas é a segunda menor área da série histórica. As unidades de produção têm concentrado a colheita nas lavouras próprias, em detrimento aos dos fornecedores. O aumento de produtividade nesta safra é uma recuperação em relação às secas ocorridas na safra passada.
ABRAPA. REUTERS. 17/08/2016. Produção de algodão do Brasil 15/16 tem quebra superior à esperada, diz Abrapa
SÃO PAULO (Reuters) - A produção de algodão do Brasil na temporada 2015/16, cuja colheita está caminhando para a etapa final, deverá ter uma queda de cerca de 20 por cento na comparação com o potencial produtivo, uma quebra superior àquela já contabilizada pelo Ministério da Agricultura, afirmaram dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
O Brasil deverá produzir 1,2 milhão de toneladas da pluma, ante 1,5 milhão de toneladas na projeção inicial e 1,35 milhão da atual projeção do governo, com as colheitas mais recentes indicando problemas acima do esperado em Mato Grosso e na Bahia, devido a irregularidades climáticas.
(Por Roberto Samora)
SOMAR METEOROLOGIA. REUTERS. 17/08/2016. Lavouras de trigo do Sul têm risco de geadas no fim de semana
SÃO PAULO (Reuters) - Lavouras de trigo do Sul do Brasil correm risco de danos provocados por geadas no fim de semana, alertou nesta quarta-feira o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia.
"Há previsão de temperaturas muito baixas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e até no Paraná... Algumas regiões podem ter temperaturas negativas", disse ele.
Há risco de condições propícias para geadas, como céu aberto, poucos ventos e temperaturas congelantes, nas madrugadas de sábado para domingo e de domingo para segunda-feira.
O especialista lembrou que muitas lavouras de trigo --gaúchos e paranaenses são os principais produtores do grão-- estão em fases finais de desenvolvimento, onde as baixas temperaturas podem danificar a estrutura das plantas e dos grãos.
No Paraná, por exemplo, 71 por cento das lavouras de trigo já ultrapassaram a fase de desenvolvimento vegetativo e encontram-se em floração e frutificação, segundo relatório do Departamento de Economia Rural do Estado (Deral).
Danos à safra de trigo poderia aumentar a necessidade de importação do Brasil, que importa cerca de metade de seu consumo anual.
A intensidade do frio e dos riscos de geada ficarão mais claros com os modelos climáticos de quinta e sexta-feira, alertou Santos. Já eventuais perdas em lavouras seriam visíveis muitos dias após a ocorrência das geadas.
A MetSul Meteorologia reforçou que dados atualizado "mantêm a projeção de neve para o fim de semana" no Rio Grande do Sul, embora esse tipo de fenômeno não seja comum em áreas de cultivo de grãos.
Segundo Santos, há poucos riscos de a frente fria avançar mais ao norte, prejudicando áreas de cana e café do Sudeste.
(Por Gustavo Bonato)
Anay Cury
Do G1, em São Paulo
A utilização de sementes transgênicas tem sido cada vez mais presente nas lavouras brasileiras, seja pelo menor custo de produção ou pela praticidade no manejo das culturas. Na safra 2016/17, essa tecnologia deverá ser observada em 49 milhões de hectares.
Isso significa que as sementes transgênicas estarão em 93,4% da área total onde são produzidos soja, milho (verão e inverno) e algodão no país, de acordo com a previsão da consultoria Céleres, especializada na análise do agronegócio, para o próximo ano. O aumento em relação à safra 2015/16 passa de 7%.
Taxa de adoção da biotecnologia
nos estados, em %
Fonte: Céleres
Entre essas três culturas, é na da soja que se observa a maior presença de sementes transgênicas, chegando perto de 100%. Segundo a consultoria, a soja deverá totalizar 32,7 milhões de hectares, que equivalem à adoção de 96,5%. De uma safra para a outra, o crescimento registrado é estimado em 4%.
Para se ter uma ideia de como essa tecnologia vem sendo mais utilizada ao longo dos anos, na safra 2003-2004, quando o plantio foi regulamentado, a adesão era de 22,1% do total de terras onde a soja era cultivada. A produção da oleaginosa foi a primeira a receber autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O levantamento da consultoria também aponta que a área total de milho verão avançará pela primeira de uma safra para a outra desde 2013. Em 2017, o grão geneticamente modificado deverá estar presente em 5,3 milhões de hectares – ou seja, em 82,3% da área total semeada.
Quanto ao milho inverno, a adoção das sementes transgênicas é ainda maior. O cultivo deverá chegar a 10,4 milhões de hectares, ou 91,8% da área total, de acordo com a Céleres.
Considerando os dois tipos de milho, a área total plantada com sementes geneticamente modificadas deverá somar 15,7 milhões de hectares, o equivalente a 88,4%.
1 hectare corresponde a
10.000 m²
Apesar de a produção ser menor do que as outras, a adoção das sementes transgênicas nas lavouras de algodão deverá ser recorde no próximo ano, chegando a 78,3% ou 789 mil hectares.
Entre os estados que adotam essa técnica, o Mato Grosso aparece em primeiro lugar (13,8 milhões de hectares), seguido por Paraná (7,9 milhões de hectares) e Rio Grande do Sul (6,3 milhões de hectares).
Maturidade
De acordo com Anderson Galvão, CEO da Céleres, tanto para a soja quanto para o milho, o Brasil já pode ser considerado um país que atingiu o nível de maturidade na adoção dessas tecnologias, exceto o caso do algodão.
"Por isso, já nos últimos dois ou três anos, em termos percentuais, o crescimento tem sido pequeno e assim deve permanecer nos próximos anos. No caso da soja, diferentemente da Argentina, o Brasil deve manter-se com um padrão de adoção semelhante ao dos Estados Unidos, com uma taxa ao redor dos 95% da área total”, disse.
Experiência brasileira
A experiência brasileira com a biotecnologia agrícola começou pela soja, quando os produtores brasileiros, no final da década de 1990, trouxeram variedades da Argentina.
“O maior tempo de experiência com a soja transgênica permitiu um maior contato com essa tecnologia e a constatação das suas vantagens que por sua vez, incentivou as empresas, principalmente após a aprovação da nova lei de biossegurança, em 2005, a investirem no desenvolvimento de variedades de soja adaptadas as mais diferentes condições de produção de soja no Brasil, de Norte a Sul. Como consequência, o Brasil, já há alguns anos, tem padrão de adoção similar ao dos Estados Unidos”, afirmou.
DOCUMENTO: http://www.celeres.com.br/
DÓLAR/ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 17/08/2016. Dólar opera em alta nesta terça e volta a ser vendido acima de R$ 3,20. Na terça, a moeda norte-americana subiu 0,17%, vendida a R$ 3,194. No mês, o dólar acumula queda de 1,51% e no ano, de 19,1%.
Do G1, em São Paulo
O dólar opera em alta em relação ao real nesta quarta-feira (17), voltando a ser vendido acima de R$ 3,20. A moeda segue o exterior, onde a moeda norte-americana ganhava força ainda sob a influência dos comentários na véspera do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, de que o banco central norte-americano poderia elevar os juros no mês que vem.
Às 12h, a moeda norte-americana subia 0,68%, a R$ 3,2153 na venda.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
- Às 9h10, alta de 0,61%, a R$ 3,2135
- Às 10h19, alta de 1%, a R$ 3,2258
Operadores aguardam a ata da reunião do Fed, que será divulgada nesta tarde, em busca de mais pistas sobre o próximo passo da política monetária nos Estados Unidos. Juros mais altos naquele país devem atrair para lá recursos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando uma tendência de alta do dólar em relação a outras moedas.
O Banco Central anunciou mais um leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares, de até 15 mil contratos.
Último fechamento
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (16), após passar o dia todo em queda após dados fracos sobre a inflação nos Estados Unidos. O recuo foi limitado por declarações do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano) de Nova York, William Dudley, afirmando que o banco central norte-americano pode elevar os juros no mês que vem.
A moeda norte-americana subiu 0,17%, vendida a R$ 3,194. O dólar chegou a R$ 3,1561 na mínima do dia, de acordo com a Reuters. No mês, o dólar acumula queda de 1,51% e no ano, de 19,1%.
BACEN. PORTAL G1. 17/08/2016. Brasil tem saída de quase US$ 2 bilhões na parcial de agosto. No acumulado do ano, retirada de recursos supera entrada em US$ 11 bilhões. Informações foram divulgadas nesta quarta-feira (17) pelo Banco Central.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A saída de dólares superou o ingresso de recursos no país em US$ 1,97 bilhão na parcial de agosto, até a última sexta-feira (12), informou o Banco Central nesta quarta-feira (17). Em julho, o BC registrou movimento inverso, ou seja, a chegada de dólares foi maior que a saída, em US$ 1,29 bilhão.
Já no acumulado do ano, também até a última sexta-feira, os números do BC mostram que US$ 11,08 bilhões deixaram a economia brasileira. Em igual período do ano passado, a entrada de dólares superou a retirada em US$ 8,1 bilhões.
Impacto no dólar
A saída de dólares na parcial de agosto favoreceria, em tese, a alta da moeda. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a subir. No acumulado deste mês, porém, o dólar vem registrando queda.
No fechamento de agosto, estava em R$ 3,24, recuando para R$ 3,20 nesta quarta-feira (17), por volta das 12h40. Veja a cotação
O movimento pode estar relacionado com a atuação do Banco Central brasileiro, que vem fazendo intervenções para sustentar as cotações do dólar no decorrer deste mês por meio de swaps reversos - que funcionam como uma compra da moeda no mercado futuro.
Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares
Na terça (16), o dólar fechou em alta depois de passar o dia todo em queda, influenciado por dados fracos sobre a inflação nos Estados Unidos.
O recuo foi limitado por declarações do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano), William Dudley, afirmando que o banco central norte-americano pode elevar os juros no mês que vem.
Operadores aguardam a ata da reunião do Fed, que será divulgada nesta tarde, em busca de mais pistas sobre o próximo passo da política monetária nos Estados Unidos.
Juros mais altos naquele país devem atrair para lá recursos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando uma tendência de alta do dólar em relação a outras moedas.
BACEN. PORTAL UOL. 17/08/2016. Dólar sobe mais de 1%, perto de R$ 3,23; Bolsa opera em queda de 1%
O dólar comercial operava em alta e a Bolsa caía nesta quarta-feira (17). Por volta das 13h15, a moeda norte-americana avançava 1,1%, a R$ 3,229 na venda. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha baixa de 1,06%, a 58.229,57 pontos. Investidores aguardam a divulgação, na tarde de hoje, da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) em busca de indicações sobre quando os juros devem voltar a subir nos EUA. Nesta manhã, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. (Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 17/08/2016. Dólar sobe 1% e supera R$3,20, com cautela antes de ata do Fomc
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava 1 por cento e voltava acima de 3,20 reais nesta quarta-feira, em meio a expectativas de que a ata da última reunião do Federal Reserve reforce nesta tarde o recado de que o banco central norte-americano pode elevar os juros ainda neste ano.
Às 11:04, o dólar avançava 1,10 por cento, a 3,2292 reais na venda, após subir 0,17 por cento na véspera. O dólar futuro subia cerca de 0,90 por cento nesta manhã.
"O dólar está fortalecendo globalmente, com os investidores se posicionando antes da divulgação da ata do Fed. As declarações de Dudley ontem sugeriram um viés de alta de juros", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.
Eles se referiam ao presidente do Fed de Nova York, William Dudley, que afirmou ver possibilidade de alta de juros já em setembro, o que tenderia a atrair para a maior economia do mundo recursos alocados em outros países, como o Brasil.
Os comentários ofuscaram dados fracos de inflação nos EUA publicados no mesmo dia e elevaram as cotações do dólar globalmente.
Até então, investidores vinham reduzindo cada vez mais as apostas em aumento de juros em 2016. Agora, esperam a divulgação da ata do Fed, às 15:00 (horário de Brasília), para calibrar suas expectativas sobre a política monetária norte-americana.
No Brasil, dúvidas sobre a estratégia de intervenções do Banco Central deixavam as cotações sensíveis. "Esses ruídos sobre o BC arranharam um pouco as cotações, deixaram o mercado desconfortável", disse o estrategista de um banco internacional.
Declarações do presidente interino Michel Temer demonstrando preocupação com a queda da moeda norte-americana levaram alguns investidores a apostar que o governo almejasse evitar impactos sobre a atividade do dólar fraco, mas o presidente do BC, Ilan Goldfajn, vem reforçando seu compromisso com o câmbio flutuante.
O BC vem vendendo diariamente 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, após elevar o ritmo na semana passada quando o dólar rondava as mínimas em mais de um ano.
(Por Bruno Federowski)
BOVESPA/ANÁLISE
BOVESPA. PORTAL G1. 17/08/2016. Bovespa opera em baixa, antes de ata do Fed. Na véspera, principal índice de ações brasileiro perdeu 0,49%. No mês de agosto, avançou 2,67% e, no acumulado de 2016, 35,7%.
Do G1, em São Paulo
O principal índice da Bovespa opera em queda nesta quarta-feira (17), seguindo o movimento da véspera, com investidores à espera da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e o índice futuro.
Às 12h17, o Ibovespa, principal indicador da bolsa, caía 0,71%, a 58.439 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras subiam 0,24%, mas as da Vale caíam um pouco mais de 1%.
Investidores aguardam a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, prevista para as 15h (horário de Brasília), em busca de sinais sobre o rumo dos juros dos Estados Unidos, após a autoridade monetária deixar os juros inalterados no final de julho.
Na véspera, o indicador caiu 0,49%, a 58.855 pontos. Na semana, a bolsa subiu 0,95%. No mês de agosto, avançou 2,67% e, no acumulado de 2016, 35,7%.
Na segunda-feira, a alta de 1,45%, a 59.145 pontos, foi o maior patamar desde o dia 8 de setembro de 2014, quando a bolsa fechou aos 59.192 pontos. A alta foi puxada pela Petrobras, Vale e bancos Itaú Unibanco e Bradesco, devido à relevante fatia que detêm no índice.
ECONOMÁTICA. BOVESPA. PORTAL G1. 17/08/2016. Com recuo do dólar, dívida das empresas com ações na bolsa diminui. Dívida bruta teve queda de cerca de 7,4% no segundo trimestre. Dados foram divulgados nesta quarta pela Economatica.
Do G1, em São Paulo
A dívida das empresas com ações negociadas na bolsa caiu no segundo trimestre de 2016, influenciadas pela desvalorização do dólar em relação ao real. Segundo dados divulgados pela Economatica nesta quarta-feira (17), 259 empresas de capital aberto brasileiras acumulavam dívida bruta de R$ 1,23 trilhões no segundo trimestre de 2016 (queda de aproximadamente 7,4% em relação ao trimestre anterior). O valor teve queda pelo terceiro trimestre consecutivo.
O estudo mostra ainda que, entre dezembro de 2010 e junho de 2016, a dívida bruta das empresas de capital aberto analisadas cresceu 120,2%. No terceiro trimestre de 2015 a dívida das empresas atingiu seu maior patamar, com R$ 1,43 trilhões.
Já a dívida total líquida das 259 empresas no segundo trimestre de 2016 é de R$ 958 bilhões, queda pelo terceiro trimestre consecutivo. Em dezembro de 2010 a dívida total líquida era de R$ 316 bilhões, o que representa crescimento de 203,4 % até junho de 2016, destacou a Economatica.
O setor de petróleo e gás acumula o maior valor de dívida total bruta em reais, com 32,6% do total (R$ 402 milhões). O segundo maior valor de dívida é o setor de energia elétrica, com R$ 173 milhões (14% do total).
_________________
LGCJ.: