DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2016/07/br201607P.pdf
APRESENTAÇÃO: http://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Apresentacao_Boletim_Regional_Curitiva_05082016.pdf
Sumário executivo
A economia brasileira manteve-se, no primeiro
semestre de 2016, na trajetória recessiva iniciada em
2014, processo associado em grande parte à crise de
confiança dos agentes econômicos e aos impactos do ajuste
macroeconômico em curso no país, com reflexos que
abrangem os setores monetário, externo e fiscal.
Ressalte-se que, nos meses mais recentes, os
impactos negativos desse cenário sobre os gastos com
investimentos e consumo apresentaram relativa acomodação,
evidenciada na evolução dos principais indicadores
econômicos. No mesmo sentido, o desempenho dos índices
de confiança de consumidores e empresários, registaram
recuperação importante no trimestre encerrado em maio
– disseminada nas cinco regiões geográficas do país – que
sugerem perspectivas mais favoráveis para a economia do
país nos próximos trimestres.
A trajetória das economias regionais repercute, além
do cenário mencionado, as especificidades das respectivas
cadeias produtivas. No Norte, a evolução da atividade
econômica no trimestre encerrado em maio foi favorecida
pela reação da indústria, que cresceu 4,6% em relação
ao trimestre terminado em fevereiro, impulsionada pelos
aumentos na produção de bebidas, no Polo Industrial de
Manaus, e na extração de minério de ferro, no Pará. Nesse
contexto, o Índice de Atividade Econômica Regional – Norte
(IBCR-N) aumentou 1,1%, em relação ao trimestre findo
em fevereiro, quando declinara 1,8%, no mesmo tipo de
comparação, de acordo com dados dessazonalizados.
As economias dos três principais estados do
Nordeste – consideradas estimativas para os respectivos
Produto Interno Bruto (PIB) – registaram desempenho
negativo no primeiro trimestre do ano. Dados mais recentes,
no entanto, indicaram arrefecimento do processo de retração
atividade no trimestre finalizado em maio, quando o Índice
de Atividade Econômica Regional – Nordeste (IBCR-NE)
recuou 0,4%, em relação ao encerrado ao trimestre terminado
em fevereiro, período em que havia recuado 1,4%, no
mesmo tipo de comparação. Destacou-se, no trimestre, o
aumento de 2,9% na produção industrial, impulsionada por
expansões nas atividades produtos alimentícios e bebidas,
e consistente com as melhoras nos indicadores de confiança
dos empresários.
O desempenho da economia do Centro-Oeste
repercutiu, no trimestre encerrado em maio, os impactos
negativos do encerramento da colheita da soja e da quebra
da safra de milho, em virtude da estiagem durante a safra
de inverno. A safra de grãos do Centro-Oeste deverá recuar
11,2% no ano, impactando importante fonte de renda da
região. O comércio registrou, igualmente, comportamento
desfavorável no trimestre, evidenciado em reduções
acentuadas nas vendas do varejo e do comércio ampliado,
e no corte de postos de trabalho observado no segmento.
Nesse contexto, o Índice de Atividade Econômica Regional
– Centro-Oeste (IBCR-CO)retraiu 1,2% em relação ao
trimestre finalizado em fevereiro, quando crescera 0,1%, na
mesma base de comparação.
A trajetória de retração da atividade econômica
do Sudeste apresentou sinais de acomodação no trimestre
encerrado em maio, apesar do ambiente de distensão do
mercado de trabalho, contração da renda e acomodação das
operações de crédito. Nesse contexto, em que a persistência
de resultados negativos no comércio e no setor de serviços se
contrapôs a sinais de recuperação da indústria em São Paulo e
em Minas Gerais, o Índice de Atividade Econômica Regional
– Sudeste (IBCR-SE) cresceu 0,4% em relação ao trimestre
finalizado em fevereiro, quando recuara 2,0%, no mesmo
tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados.
A evolução recente dos principais indicadores
econômicos do Sul também sinaliza acomodação do processo
de retração da atividade regional. Nesse cenário, os níveis de
confiança dos agentes econômicos apresentaram reação no
trimestre encerrado em maio, as vendas varejistas registraram
retração mais moderada e a produção da indústria, relativa
estabilidade. O Índice de Atividade Econômica Regional
– Sul (IBCR-S), favorecido pela apropriação das safras
de verão, em especial de soja, cresceu 1,6% no trimestre
finalizado em maio, em relação ao encerrado em fevereiro,
quando recuara 0,5% nesse tipo de comparação, de acordo
com dados dessazonalizados.
PR. 05/08/2016. Para voltar a crescer, Brasil aposta em ampliar parcerias internacionais. Recuperação econômica. Ações integradas do governo federal resultam em novos acordos de comércio, como os que foram fechados recentemente com os EUA, com a Argentina e com a União Europeia
O Brasil tem se tornado um país mais aberto para os parceiros internacionais. Negociações capitaneadas pelo Itamaraty, pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços diminuíram burocracia e entraves para a realização de negócios.
Para especialistas, a longo prazo, essa nova estratégia do governo federal deve resultar na ampliação da participação brasileira nas transações internacionais.
Na agropecuária, um dos pontos mais fortes do País, o governo deu início a um projeto para ampliar a fatia do Brasil nas exportações globais. Em cinco anos, a meta é elevar de 7% para 10% a participação da produção brasileira nas vendas globais do agronegócio.
Por meio do Programa Acesso a Mercados (PAM-Agro), o Brasil espera atrair investimentos estrangeiros que contribuam para a retomada do Produto Interno Bruto (PIB). Nesse sentido, o País tem trabalhado para minimizar burocracia e retirar entraves desnecessários ao comércio exterior.
Recentemente, fechou acordo sanitário e fitossanitário com os Estados Unidos para a comercialização de carne bovina in natura, o que colocou a defesa sanitária dos dois países em equidade. “Além do ganho financeiro, esse acordo é um reconhecimento da qualidade da defesa sanitária brasileira”, ponderou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
A partir desse acordo, o Brasil terá acesso a países que hoje não posssuem sistema de defesa sanitária e que, por isso, só aceitam os mesmos produtos que são aceitos pelos EUA. A entrada de carne in natura brasileira na maior economia do mundo reforça também argumentos para as negociações internacionais em andamento com outras potências, considerando que os norte-americanos estão entre os mais rígidos do mundo na liberação de mercadorias in natura para seu consumo interno.
O Brasil também tem avançado nas negociações com a União Europeia. Um acordo fechado recentemente vai ampliar em R$ 250 milhões as vendas brasileiras para o bloco.
O acordo foi assinado na Organização Mundial do Comércio (OMC) e permite a ampliação das vendas de alguns produtos agrícolas e animais. Segundo o Itamaraty, a intenção do governo é que os exportadores brasileiros se beneficiem do acordo comercial a partir do segundo semestre de 2016.
O País também tem buscado melhorar as relações com os vizinhos mais próximos e fechou dois acordos com a Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, com corrente de comércio de cerca de US$ 23 bilhões, com superávit de US$ 2,5 bilhões para o Brasil.
Para elevar o comércio bilateral com a Argentina, foram adotadas duas medidas. A primeira delas cria o Certificado de Origem Digital. Já a segunda estabelece um acordo de cooperação para facilitação de comércio entre os dois países e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Essas duas ações têm objetivo de diminuir burocracia, tempo e custos nas transações comerciais entre os dois países.
MTE. 04/08/2016. EMPREGO. PPE proporciona a manutenção de 59,7 mil empregos. Já são 135 solicitações aprovadas ao programa, com investimento de 162,3 milhões.
O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) já possibilitou a manutenção de 59.762 empregos, com pagamentos de 162,3 milhões em recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ao todo foram deferidos pelo Comitê do programa 135 solicitações de adesão de 107 empresas que buscaram, por meio do PPE, uma alternativa para manutenção da sua força de produção. O balanço mais recente foi divulgado nesta quinta-feira (04) pelo ministério do Trabalho.
Ao aderir ao Programa a empresa solicita a redução de jornada de trabalho de seus funcionários em até 30%, tendo garantido pelo governo uma complementação de 50% da perda salarial, pago com recurso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O valor é limitado a 65% do maior benefício do seguro-desemprego. “A vantagem, além da manutenção dos empregos – que é a finalidade do programa – é que com a adesão ao Programa a empresa mantém o recolhimento dos encargos sociais, impostos e FGTS”, explica o ministro o Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O programa foi instituído pela Lei Nº 13.189, em novembro do ano passado, com uma expectativa inicial do governo de proporcionar a manutenção de 50 mil empregos, meta já alcançada. Além das 135 solicitações já publicadas, outras 32 aguardam autorização do comitê do PPE e, caso autorizadas, serão 62.430 postos mantidos pelo programa. No setor fabril, estão concentradas mais solicitações de adesão, com 86 pedidos, seguido do setor Automobilístico, com 26 solicitações. Entre os estados, a maior parte se concentra em São Paulo (94), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (18) e Minas Gerais (16).
O período de adesão ao PPE vai até o fim deste ano, podendo as empresas participar do programa por um prazo de seis a 12 meses. Após a adesão, as empresas não podem dispensar os empregados que tiveram sua jornada de trabalho reduzida temporariamente. No final do período, o vínculo trabalhista terá estabilidade pelo prazo equivalente a um terço do período envolvido.
Programa de Proteção ao Emprego – PPE
BACEN. PORTAL G1. 04/08/2016. Poupança perde R$ 43,7 bilhões e tem saída recorde de recursos até julho. Somente no mês passado, retirada de recursos somou R$ 1,11 bilhão. Movimento é provocado por crise econômica e baixa rentabilidade.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
As retiradas de recursos da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 43,72 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, informou o Banco Central nesta quinta-feira (4). Foi a maior evasão de recursos para este período desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 22 anos.
O movimento acontece em meio à recessão da economia brasileira, ao aumento do desemprego e da inadimplência. A baixa rentabilidade frente a outras opções de investimentos também tem levado poupadores a fazer retiradas.
Poupança - meses de julho
Em R$ bilhões
Fonte: Banco Central
Em todo ano passado, R$ 53,36 bilhões deixaram a poupança. Foi a primeira vez em dez anos que mais recursos saíram que entraram da caderneta. Também foi a maior fuga de valores desde o início da série histórica do BC para um ano fechado.
Somente em julho, a saída de recursos da poupança somou R$ 1,11 bilhão, valor menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando as retiradas ficaram em R$ 2,45 bilhões.
O volume total aplicado, ou seja, o estoque da caderneta, recuou ao final de julho para R$ 641 bilhões. No fim do ano passado, estava em R$ 656 bilhões. A queda no estoque é inferior ao valor total das retiradas porque àquele se somam os rendimentos pagos aos aplicadores da poupança, que foram de R$ 28,42 bilhões nos primeiros sete meses do ano.
Baixo rendimento
Enquanto o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic (a taxa básica de juros determinada pelo Banco Central), o das cadernetas fica limitado a 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR) quando a Selic está acima de 8,5% ao ano.
Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), como a Selic está em 14,25% ao ano (o maior nível em dez anos), as aplicações em renda fixa, como fundos de investimento, ganham mais atratividade porque o rendimento fica acima do da poupança na maioria das situações. A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano.
Poupança - janeiro a julho
Em R$ bilhões
Fonte: Banco Central
No ano passado, a rentabilidade da poupança foi de 8,15%. Ou seja, ficou abaixo da inflação, que alcançou 10,67%. Descontada a inflação, portanto, quem manteve recursos na poupança ao longo de 2015 viu o dinheiro perder 2,28% do poder aquisitivo, de acordo com a consultoria Economatica. É o pior resultado desde 2002.
Apesar do baixo rendimento, especialistas avaliam que a caderneta de poupança ainda pode ser uma boa opção, mas somente em poucos casos. Por exemplo: para pequenos poupadores (com pouco dinheiro guardado), para pessoas que buscam aplicações de curto prazo (poucos meses) ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências.
A vantagem da poupança em relação a outros investimentos é que não incide Imposto de Renda sobre a aplicação.
Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto (programa do governo de compra de títulos públicos pela internet) há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.
Menos recursos para casa própria
O menor interesse na poupança também afeta os financiamentos imobiliários, uma vez que a modalidade é fonte de recursos para a casa própria. Pelas regras, os bancos precisam destinar parte dos saldos da poupança (SBPE) para o crédito imobiliário.
Em março deste ano, a Caixa Econômica Federal informou que aumentou os juros para financiar a casa própria com recursos da poupança. Foi a primeira vez no ano em que a Caixa subiu os juros para crédito imobiliário. O aumento, informou o banco, foi "decorrente de alinhamento ao atual cenário econômico".
Segundo números da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de crédito para a construção e aquisição de imóveis, com recursos da poupança, caiu 49,5% no primeiro semestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado – de R$ 44,8 bilhões para R$ 22,6 bilhões.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/Pre/SalaImprensa/port/poupanca.asp
ANFAVEA. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 05/08/2016. Com venda fraca no Brasil, exportação de veículos cresce 20%. Atividade econômica tem queda no 1º trimestre
ANA PAULA MACHADO
DE SÃO PAULO
Com as vendas fracas de veículos no Brasil, as montadoras se voltam para o mercado externo para sustentar a produção local.
De janeiro a julho, foram exportadas 272,2 mil unidades, aumento de 20% em relação a igual período de 2015, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
No mês passado, foram embarcados 45,55 mil veículos, alta de 61% em relação a julho do ano passado e crescimento de 5% na comparação com junho. No primeiro semestre, o crescimento nas exportações havia sido de 14,2%.
"A capacidade instalada no país é de cerca de 5 milhões de unidades por ano e não há demanda interna que sustente essa produção. A solução para as montadoras é a exportação. Mesmo assim, a ociosidade será alta por um bom tempo", disse João Morais, economista da Tendências Consultoria.
AUTOVEÍCULOS NO BRASIL
Números do setor, em mil
189,9
224,1
Jul
217,8
Ago
174,6
Set
205,1
Out
175,1
Nov
142,8
Dez
150,1
Jan
16
16
142,3
Fev
196,5
Mar
169,8
Abr
175,3
Mai
181,4
Jun
189,9
Jul
AUTOVEÍCULOS NO BRASIL
Números do setor, em mil
110,7
119,2
Jul
118,3
Ago
117,7
Set
116,9
Out
115,4
Nov
114,3
Dez
113,7
Jan
16
16
115,0
Fev
113,5
Mar
113,1
Abr
111,8
Mai
111,8
Jun
110,7
Jul
AUTOVEÍCULOS NO BRASIL
Números do setor, em mil
181,4
227,6
Jul
207,3
Ago
200,1
Set
192,1
Out
195,2
Nov
227,8
Dez
155,3
Jan
16
16
146,8
Fev
179,2
Mar
162,9
Abr
167,5
Mai
171,8
Jun
181,4
Jul
AUTOVEÍCULOS NO BRASIL
Números do setor, em mil
45.552
28.296
Jul
34.431
Ago
33.502
Set
39.887
Out
36.531
Nov
46.230
Dez
23.834
Jan
16
16
36.104
Fev
38.569
Mar
37.851
Abr
46.903
Mai
43.392
Jun
45.552
Jul
Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, há otimismo em relação às exportações. "Podemos melhorar o nosso desempenho nos próximos anos com os acordos que estão sendo firmados pelo governo brasileiro", afirmou Megale. A estimativa da entidade é exportar 500 mil veículos neste ano.
Segundo o executivo, o governo trabalha para firmar novos acordos na América Latina e na África. Neste ano, o Brasil já acertou novas bases de exportação com Argentina, México e Uruguai, além de Colômbia e Peru.
"A Argentina vem melhorando o seu mercado interno, já cresceu 6% neste ano. Isso é positivo para o Brasil. É o nosso maior parceiro com cerca de 60% das exportações", disse Megale.
RECEITA MENOR
Apesar do aumento no volume das exportações, a receita com as vendas do setor caiu 8,1% no acumulado deste ano, para US$ 5,79 bilhões.
Isso ocorreu devido à mudança do mix de exportação –hoje se exporta mais automóveis do que caminhões e ônibus, que possuem maior valor agregado.
Em julho, a receita somou US$ 940 milhões, alta de 24,6% ante julho de 2015.
A produção de veículos no Brasil recuou 20,4% de janeiro a julho na comparação com o mesmo período do ano passado, para 1,205 milhão.
No entanto, os dados de julho, mostram uma ligeira melhora nas linhas de montagem. Foram produzidas 189,9 mil unidades, alta de 4,7% na comparação com junho.
As vendas internas recuaram 24,7% no acumulado deste ano, para 1,164 milhão de unidades licenciadas.
Já os estoques de veículos somaram 222,2 mil unidades, o que equivale a 37 dias de vendas. Isso mostra que houve melhora no giro em relação a junho, quando havia 225,6 mil veículos estocados, representando 39 dias de vendas.
CARTA DA ANFAVEA, AGOSTO/2016: http://www.anfavea.com.br/cartas/carta363.pdf
BOMBARDIER. REUTERS. 05/08/2016. Canadense Bombardier tem perda trimestral acima do esperado
(Reuters) - A fabricante de aviões e trens canadense Bombardier divulgou perda trimestral ligeiramente superior ao esperado, uma vez que a receita caiu em seu negócio de jatos executivos e margens ficaram mais fracas na divisão de aviação comercial.
A receita do negócio de jatos executivos da empresa, importante fonte de fluxo de caixa, declinou quase 19 por cento, para 1,47 bilhão de dólares no segundo trimestre.
A receita do negócio de jatos comerciais da Bombardier subiu mais de um quarto para 764 milhões de dólares, mas as margens ficaram negativas, conforme a companhia desembolsa recursos em seu programa das aeronaves CSeries.
Em fevereiro, a companhia recebeu uma encomenda da Air Canada por seus jatos CSeries, primeiro acordo pela aeronave em quase um ano e meio.
A Bombardier disse que o uso de fluxo de caixa livre caiu para 490 milhões de dólares ante 808 milhões. A companhia tinha 3,34 bilhões de dólares em caixa e equivalentes ao fim de junho.
A Bombardier divulgou prejuízo líquido de 490 milhões de dólares, para o trimestre encerrado em 30 de junho, ante lucro de 125 milhões de dólares, ou 0,06 dólar por ação, um ano antes.
Excluindo itens extraordinários, a companhia teve perda de 0,06 dólar, contra previsão de 0,05 dólar de analistas, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
A receita caiu 6,7 por cento, para 4,31 bilhões de dólares.
(Por Amrutha Gayathri e Allison Lampert)
Bombardier Reports Second Quarter 2016 Results
August 5, 2016MontréalBombardier Inc., Press Release
- Reaffirms full year guidance for 2016
- Reports margin expansion at Business Aircraft and Transportation for Q2
- Improved cash performance in line with turnaround plan
- C Series enters service; begins revenue generation
Bombardier (TSX: BBD.B) today reported its second quarter 2016 results and reaffirmed its full year guidance.
“We continue to make very good progress executing our turnaround plan,” said Alain Bellemare, President and Chief Executive Officer, Bombardier Inc. “We delivered on our financial commitments, achieved our program milestones and positioned Bombardier to meet both our full year guidance and 2020 goals.”
Highlighting the company’s recent progress is the C Series entry-into-service and the certification of the CS300 aircraft - the larger version of the C Series. These significant milestones reflect the completion of the C Series’ development phase and transition into production ramp-up. As the industry's first clean-sheet designed narrow-body aircraft in nearly 30 years, theC Series offers the best passenger experience, environmental performance and operating costs in the 100- to 150-seat class.
“This was a pivotal quarter for the C Series as both variants are now certified and the program has begun generating revenue,” Bellemare continued. “Having firmly placed Bombardier on a path to profitable earnings growth and cash generation, we remain focused on delivering customer and shareholder value by improving productivity, executing flawlessly on our programs and applying a disciplined and proactive approach to our portfolio.”
Bombardier reported consolidated revenues of $4.3 billion in the quarter and $8.2 billion for the first six-month period, relative to $4.6 billion and $9.0 billion for the same periods last year, explained for the most part by the planned reduction in business aircraft revenues. EBIT before special items was $106 million and $236 million respectively for the quarter and year-to-date, as margin improvements at Business Aircraft and Transportation were offset by the production ramp-up effect of the C Series, as it entered into service. Improved free cash flow usage for the first six months of the year and the completion of the equity investment by the Government of Québec (through Investissement Québec) have resulted in pro forma liquidity of $4.9 billion as at June 30, 2016. These results place Bombardier on track to meet its full year guidance of revenues between $16.5 billion and $17.5 billion, EBIT between $200 million and $400 million, and free cash flow usage between $1.0 billion and $1.3 billion.
SEGMENTED RESULTS AND HIGHLIGHTS
Business Aircraft
- In the first half of 2016, we delivered 73 aircraft and achieved a book-to-bill ratio of 1.0 validating the strategic decisions we took in 2015 to re-align aircraft supply to market demand. We also realized an improved EBIT margin before special items of 6.7% in what continued to be a challenging market environment.
- As outlined in our latest 10-year forecast, we remain confident in the significant long-term growth potential of the industry primarily driven by wealth creation, globalization of trade and replacement demand.
Commercial Aircraft
- The C Series aircraft program is transitioning from the development phase to the revenue-generating phase, a historic milestone as we bring to market the first clean-sheet designed narrow-body aircraft in nearly 30 years.
- On June 29, 2016, we delivered the first CS100 aircraft to launch operator Swiss International Air Lines (SWISS). The aircraft achieved successful entry-into-service on July 15, 2016 with its maiden commercial flight taking passengers from Zurich to Paris.
- Recent significant orders totalling 127 firm orders and 80 options from Delta, Air Canada and airBaltic solidified theC Series aircraft program in the 100- to 150-seat category. These firm orders are valued at $9.9 billion based on list prices. The program entered into service with a firm order backlog above our target of 300 aircraft.
- In the quarter, we signed a firm order for 10 CRJ900 aircraft with an undisclosed customer. Based on list price, the firm order is valued at $472 million.
- On June 30, 2016, we closed the $1.0-billion investment by the Government of Québec (through Investissement Québec) in return for a 49.5% equity stake in a newly created limited partnership, the C Series Aircraft Limited Partnership (CSALP). We also received the first $500-million installment and the second $500-million installment is expected on September 1, 2016.
- Free cash flow usage of approximately $470 million on a year-to-date basis, as we ramp-up production for theC Series aircraft, is on track to our full year target of $1.0 billion.
- Subsequent to the end of the second quarter, we restructured the purchase agreement signed in 2013 with Ilyushin Finance Co. (IFC), a Moscow-based leasing company, to align with their current market needs. The firm order has been modified from 32 CS300 aircraft and options for an additional 10 CS300 aircraft to 20 CS300 aircraft and oneQ400 aircraft with options for five additional Q400 aircraft.
Aerostructures and Engineering Services
- The level of commercial aircraft intersegment revenue is driven more and more by the C Series aircraft program, as it ramps up towards full production.
Transportation
- Transportation had a solid quarter as its EBIT margin before special items improved by 80 basis points to 6.3%. Our operational transformation is gaining traction, driven by procurement savings and functional cost optimization.
- Transportation has won several orders across various regions for established rolling stock platforms in the second quarter of 2016 and, in line with our strategy, increased the share of services contracts in the order backlog.
CIA VALE DO RIO DOCE. 02/08/2016. Finanças. Vale precifica US$ 1,0 bilhão em bônus com vencimento em 2026. Os bônus têm um cupom de 6,250% ao ano, pagos semestralmente.
Vale informa que precificou a oferta de bônus de sua subsidiária integral Vale Overseas de US$ 1.000.000.000 com cupom de 6,250% para os bônus com vencimento em agosto de 2026.
Os bônus têm um cupom de 6,250% ao ano, pagos semestralmente, e foram precificados a 100,000% do valor de face do título. Esses bônus têm vencimento em 10 de agosto de 2026 e foram emitidos com um spread de 470,3 pontos-base sobre os títulos do Tesouro dos EUA, resultando em um rendimento para o investidor de 6,250% ao ano.
Os bônus são classificados BBB- pela Standard & Poor’s Rating Services, Ba3 pela Moody’s Investor Services, BBB low pela Dominion Bond Rating Service e BBB pela Fitch Ratings. Os bônus serão obrigações não garantidas da Vale Overseas e contarão com a garantia completa e incondicional da Vale. As garantias serão pari passu a todas as obrigações da Vale de natureza semelhante.
A Vale pretende utilizar os recursos líquidos dessa oferta para pagar parte do preço de resgate dos bônus com cupom de 6,250% e com vencimento em 2017, emitido pela Vale Overseas e garantidos pela Vale, com vencimento em janeiro de 2017.
Banco Bradesco BBI S.A., BB Securities Ltd., BNP Paribas Securities Corp., Citigroup Global Markets, Inc. e Morgan Stanley & Co. LLC foram os joint lead managers e joint bookrunners e o CIBC World Markets Corp., Credit Agricole Securities (USA) Inc., Mizuho Securities USA Inc., MUFG Securities Americas Inc., Natixis Securities Americas LLC, SMBC Nikko Securities America, Inc. e SG Americas Securities, LLC foram os co-managers.
A Vale e Vale Overseas apresentaram a declaração de registro (incluindo o prospecto) na U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) sobre esta oferta. Antes de investir, devem ser lidos o prospecto preliminar aditado e outros documentos que a Vale e a Vale Overseas protocolaram na SEC para informações completas sobre as empresas e a oferta. Quando disponíveis, esses documentos poderão ser obtidos gratuitamente acessando ao EDGAR no website da SEC, www.sec.gov.
DOCUMENTO: http://saladeimprensa.vale.com/Paginas/Releases.aspx?r=Vale_precifica_US_10_bilhao_em_bonus_com_vencimento_em_2026&s=Financas&rID=1845&sID=5
DÓLAR/ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 05/08/2016. Dólar passa a subir após atingir nova mínima em 1 ano. Na véspera, moeda caiu 1,43% em relação ao real, cotada a R$ 3,1945. Foi o menor valor de fechamento desde julho de 2015.
Do G1, em São Paulo
O dólar mudou de rumo e passou a subir, após atingir mais cedo novas mínimas em 1 ano frente ao real, com investidores repercutindo a criação de vagas no mercado de trabalho norte-americano que podem levar a ajustes nas apostas sobre alta de juros pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.
Às 11h40, a moeda norte-americana subia 0,113%, vendida a R$ 3,19,81. Na mínima da sessão, segundo a Reuters, atingiu R$ 3,16, menor nível intradia desde 17 de julho de 2015 (R$ 3,1520). Veja a cotação do dólar hoje.
A mudança de movimento ocorreu, segundo a reuters, após os preços do petróleo firmarem a queda, limitando a demanda por ativos de risco. Operadores citavam ainda fluxos de ingresso de recursos ao Brasil, que já haviam contribuído para levar o dólar abaixo de R$ 3,20 na sessão passada.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
- Às 9h09, queda de 0,51%, a R$ 3,1781
- Às 10h19, queda de 0,61%, a R$ 3,175
- Às 11h29, queda de 0,207%, a R$ 3,1879
Cenário externo e local
A criação de vagas fora do setor agrícola nos EUA somou 255 mil no mês passado, acima das expectativas.
"(Os números) não são suficientes para mudar a avaliação de que os juros nos EUA só subirão, no mínimo, em dezembro", disse à Reuters o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
Após a divulgação dos números, investidores elevaram suas apostas no mercado de juros futuros norte-americanos em aumento da taxa de juros neste ano, mas continuaram sendo minoritárias. A demora para retomar o aperto monetário tende a ajudar ativos que oferecem rendimentos elevados, como aqueles denominados em reais.
No cenário local, operadores citavam fluxos de ingresso de recursos como um dos motivos por trás da queda da moeda norte-americana, como na véspera. Diversas grandes empresas vêm angariando recursos nos mercados externos.
Atuação do BC
Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. O BC vem realizando essa operação praticamente todos os dias, mas mudou o horário do leilão desta sexta-feira.
Último pregão
Na véspera, o dólar caiu 1,43% em relação ao real, cotado a R$ 3,1945 na venda. Foi o menor valor de fechamento desde o dia 21 de julho do ano passado, quando a moeda terminou o dia cotada a R$ 3,1732. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 3,1991 nesta quinta.
BACEN. PORTAL UOL. 05/08/2016. Dólar passa a subir, perto de R$ 3,20; Bovespa opera em queda.
O dólar comercial passava a subir e a Bovespa operava em queda nesta sexta-feira (5). Por volta das 11h40, a moeda norte americana tinha alta de 0,11%, a R$ 3,198 na venda, após atingir o menor valor em um ano mais cedo. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha queda de 0,52%, a 57.296,82 pontos. Nos primeiros negócios, o Ibovespa se aproximou dos 58 mil pontos, em meio a dados de emprego nos Estados Unidos mais fortes do que o esperado. O índice perdeu força conforme o declínio dos preços do petróleo no mercado externo pressionava a queda das ações da Petrobras (PETR4; PETR3). (Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 05/08/2016. Dólar cai e chega a nova mínima em 1 ano frente ao real, mesmo após dados fortes nos EUA
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava a novas mínimas em mais de um ano frente ao real nesta sexta-feira, com operadores avaliando que mesmo os dados fortes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos divulgados nesta manhã não convencerão o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar os juros tão cedo.
A moeda norte-americana se afastou das mínimas da sessão após os preços do petróleo firmarem a queda, limitando a demanda por ativos de risco. Operadores citavam ainda fluxos de ingresso de recursos ao Brasil, que já haviam contribuído para levar o dólar abaixo de 3,20 reais na sessão passada.
Às 11:25, o dólar recuava 0,30 por cento, a 3,1850 reais na venda. A moeda norte-americana atingiu 3,1600 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 17 de julho de 2015 (3,1520 reais).
O dólar futuro perdia cerca de 0,25 por cento nesta manhã.
"(Os números) não são suficientes para mudar a avaliação de que os juros nos EUA só subirão, no mínimo, em dezembro", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
A criação de vagas fora do setor agrícola nos EUA somou 255 mil no mês passado, contra expectativas de 180 mil em pesquisa da Reuters.
Após a divulgação dos números, investidores elevaram suas apostas no mercado de juros futuros norte-americanos em aumento da taxa de juros neste ano, mas continuaram sendo minoritárias. A demora para retomar o aperto monetário tende a ajudar ativos que oferecem rendimentos elevados, como aqueles denominados em reais.
Muitos operadores acreditam que o Fed deve esperar sinais mais contundentes de aceleração da inflação nos Estados Unidos e o impacto da opção britânica pela saída da União Europeia para voltar a elevar os juros.
Por outro lado, o tombo dos preços petróleo contribuía para limitar o apetite por ativos emergentes, em meio a persistentes preocupações com o excesso de oferta e a fraqueza da demanda pela commodity.
No cenário local, operadores citavam fluxos de ingresso de recursos como um dos motivos por trás da queda da moeda norte-americana, como na véspera. Diversas grandes empresas vêm angariando recursos nos mercados externos.
"Desde ontem, estamos ouvindo muitas conversas sobre fluxos de empresa. Parece que o Brasil está ficando atraente", disse o operador da corretora de um banco internacional.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. O BC vem realizando essa operação praticamente todos os dias, mas mudou o horário do leilão desta sexta-feira.
Até a sessão passada, o leilão acontecia entre 9:30 e 9:40, com o resultado divulgado a partir das 9:50, uma hora antes do que o leilão deste pregão. O horário anterior coincidiria com a divulgação dos dados de emprego dos EUA.
Segundo sua assessoria de imprensa, "o BC avaliou que, para hoje, o horário do leilão de swaps é o mais adequado".
(Por Bruno Federowski)
BOVESPA/ANÁLISE
BOVESPA. PORTAL G1. 05/08/2016. Bovespa muda de rumo e passa a cair nesta sexta-feira. Dados de emprego dos EUA foram mais fortes do que o esperado. Bovespa acumula alta de 0,5% na semana e no mês. No ano, é de 32,86%.
Do G1, em São Paulo
O principal índice da Bovespa mudou de rumo e operava em queda nesta sexta-feira (5), após ter fechado na véspera no maior patamar em 15 meses.
Às 11h42, o Ibovespa caía 0,515%, a 57.299 pontos. Acompanhe a cotação.
O índice era pressionado pelo recuo das ações do Itaú Unibanco, Bradesco e Petrobras.
Cemig liderava as quedas, com baixa de mais de 3%.
Na outra ponta, Gerdau liderava as altas com valorização de quase 4%.
As ações da Vale subiam após o preço do minério de ferro saltar para mais de US$ 60 na China.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta, renovando máximas em 15 meses, com as ações da petroquímica Braskem disparando mais de 10% após resultado trimestral.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, subiu 0,91%, aos 57.593 pontos – maior patamar de fechamento desde 5 de maio de 2015 (58.051 pontos). Com a alta desta quinta-feira, a Bovespa acumula valorização de 0,5% na semana e no mês. No ano, a alta é de 32,86%.
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LGCJ.: