US ECONOMICS
CORONAVIRUS
U.S. Department of State. 06/15/2020. Secretary Pompeo’s Participation in the EU Foreign Affairs Council
The below is attributable to Spokesperson Morgan Ortagus:
Secretary Michael R. Pompeo spoke today by video conference with EU High Representative Josep Borrell and EU member state foreign ministers during the Foreign Affairs Council (FAC). Secretary Pompeo, High Representative Borrell, and the ministers discussed the importance of the Transatlantic partnership in rebuilding our economies post-COVID, as well as upholding our shared commitment to democratic values that serve as a bulwark against Russian and PRC attempts to undermine democratic societies. The Secretary highlighted joint U.S. and EU resolve to uphold Ukraine’s sovereignty and territorial integrity and our insistence that Russia cease its aggressive actions in the Donbas region.
ECONOMY
FED. REUTERS. 14 DE JUNHO DE 2020. Racismo sistêmico retarda crescimento econômico dos EUA, diz Kaplan, do Fed
WASHINGTON (Reuters) - O racismo sistêmico e os altos níveis de desemprego entre norte-americanos negros e hispânicos criam um empecilho para a economia dos EUA, disse o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, neste domingo.
“Uma economia mais inclusiva, em que todos tenham oportunidade, significará um crescimento mais rápido da força de trabalho, um crescimento mais rápido da produtividade e um crescimento mais rápido. E, portanto, acho que estamos certos em nos concentrar nisso e nos aprofundarmos nisso”, disse Kaplan em entrevista à CBS.
“É do interesse dos EUA. Os grupos demográficos que mais crescem neste país são negros e hispânicos. Se eles não participarem da mesma forma, vamos crescer mais lentamente”, acrescentou.
Reportagem de Doina Chiacu
FED. REUTERS. 12 DE JUNHO DE 2020. Fed diz em relatório ver "fragilidades persistentes" para famílias e empresas
Por Lindsay Dunsmuir e Jonnelle Marte e Ann Saphir
(Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) projeta que as finanças das famílias norte-americanas e os balanços das empresas vão sofrer “fragilidades persistentes” como resultado do choque da atividade econômica em decorrência da pandemia do coronavírus, informou o banco central em relatório ao Congresso nesta sexta-feira.
Em seu Relatório de Política Monetária semestral para parlamentares dos EUA, o Fed também delineou uma série de riscos que, na avaliação do BC dos EUA, vão perseguir qualquer recuperação na produção após colapso causado pelas paralisações generalizadas impostas a fim de conter a disseminação do Covid-19.
“As tensões para famílias e para balanços de empresas devido a choques econômicos e financeiros desde março provavelmente criarão fragilidades persistentes”, afirmou o relatório.
O banco central listou uma série de outras preocupações, como perspectiva altamente incerta de contenção do surto, com risco substancial de ressurgimento de infecções; potencial onda de falências de empresas —em particular firmas pequenas— decorrente do colapso da demanda dos consumidores; incerteza sobre perspectivas de recuperação da demanda por parte dos trabalhadores e possíveis pressões negativas sobre salários; grandes pressões nas finanças dos governos estaduais e locais; e uma reconfiguração potencialmente cara das cadeias de suprimentos globais, fraturadas pela interrupção das atividades comerciais.
Além disso, a recessão causada pelo Covid-19 —iniciada oficialmente em fevereiro, conforme informado nesta semana— pesou ainda mais no crucial setor de serviços, o qual responde por cerca de dois terços da produção econômica dos EUA, e isso pode dificultar a recuperação.
“Diferentemente das recessões passadas, a atividade de serviços caiu mais acentuadamente do que a manufatura —com restrições no movimento reduzindo severamente gastos com viagens, turismo, restaurantes e recreação—, e os requisitos e atitudes de distanciamento social podem pesar ainda mais na recuperação desses setores”, disse o relatório.
O Fed disse que o impacto da pandemia no mercado de trabalho foi “repentino, severo e generalizado”, mas apontou que as perdas de emprego afetaram desproporcionalmente trabalhadores de baixos salários, que podem estar menos preparados para um longo período sem remuneração.
O banco central também observou que governos estaduais e locais estão sob “estresse significativo” depois de enfrentarem queda acentuada nas receitas. Governos estaduais e locais continuaram a fechar empregos em maio, mesmo com a economia geral criando postos de emprego, em dado que forneceu sinalização inicial de que o pior da perda de empregos relacionada ao coronavírus pode ter passado.
A divulgação do relatório do Fed —que precede dois dias de depoimentos ao Congresso pelo chair do BC dos EUA, Jerome Powell, na terça e quarta-feira da semana que vem— ocorreu dois dias após o Fed encerrar sua última reunião de política monetária.
Na reunião, o banco central sinalizou que a economia dos EUA enfrenta uma recuperação árdua e incerta ante a recessão desencadeada pela pandemia de coronavírus.
“É um longo caminho. Vai levar algum tempo”, disse o chair do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva via webcast após a reunião.
Em suas projeções econômicas divulgadas na quarta-feira, as primeiras desde dezembro, os formuladores de política monetária do banco central previram encolhimento da economia a uma taxa anualizada de 6,5% em 2020 e taxa de desemprego de 9,3% ao fim do ano —abaixo do nível de 13,3% de maio, porém mais de duas vezes e meia superior à taxa de fevereiro (3,5%), quando uma expansão econômica recorde foi interrompida abruptamente em razão da pandemia.
Essa avaliação sombria da perspectiva ofuscou grande parte do otimismo em relação a uma rápida recuperação econômica —que havia sido desencadeado pelo surpreendente crescimento do emprego em maio— e foi fortemente responsável pela dramática liquidação de quinta-feira em Wall Street, quando as ações norte-americanas sofreram a maior queda desde março.
FED. 12 DE JUNHO DE 2020. Powell promete foco em retorno a forte mercado de trabalho
Por Ann Saphir
SAN FRANCISCO (Reuters) - O chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, reiterou nesta sexta-feira sua promessa de fazer o que puder para trazer o mercado de trabalho dos EUA de volta à sua força pré-coronavírus, especialmente devido ao forte impacto da pandemia sobre as minorias e os pobres do país.
Powell fez as observações em um relatório divulgado nesta sexta-feira detalhando avaliações a partir de 15 eventos de consultas à comunidade que o Fed realizou em todo o país no ano passado, como parte de uma revisão de sua estrutura de política monetária que ainda está em curso.
“O Federal Reserve permanece focado em suas metas e em estabelecer as bases para um retorno ao forte mercado de trabalho que vimos no momento de nossas conversas do Fed Listens em 2019, afirmou Powell no relatório.
Todos os eventos, com exceção de um, a partir dos quais o relatório foi elaborado ocorreram antes da pandemia de coronavírus.
Porém, mesmo antes de a economia começar a entrar em colapso em meio a quarentenas generalizadas para conter a propagação da doença, os participantes dos eventos disseram às autoridades do Fed que as condições de trabalho “apertadas” que muitas pequenas empresas mencionaram como uma dificuldade para contratação acabaram por dispensar muitos norte-americanos.
Depois veio a recessão que, segundo participantes do painel, está afetando principalmente as pessoas mais pobres e ameaça agravar a desigualdade já existente.
O Fed levantou preocupações semelhantes em sua política monetária nesta sexta-feira, dizendo ao Congresso que o emprego caiu 35% para trabalhadores mal-remunerados ante níveis pré-crise, em comparação a uma queda de apenas 5% a 15% para trabalhadores com salários mais altos.
O relatório também observou a falta de preocupação da maioria das pessoas com a inflação baixa, que as autoridades de política monetária do Fed alegam que atrapalha o uso da taxa de juros para estimular o crescimento.
É um ponto relevante durante a atual recessão e enquanto o Fed considera como refazer sua abordagem de política monetária para ajudar a impulsionar a inflação: um objetivo importante na visão do Fed, mas que muitas pessoas podem simplesmente ver como um enfraquecimento do poder de compra.
VENEZUELA
U.S. Department of State. 06/15/2020. The United States Condemns Maduro’s Latest Step to Rig the Next Venezuelan Election. Michael R. Pompeo, Secretary of State
Free elections are the path out of Venezuela’s deep political crisis. Unfortunately, on June 12, the Maduro regime-controlled Supreme Court continued to manipulate the Venezuelan Constitution by illegally naming a new, regime-aligned National Electoral Council (CNE).
Venezuelans deserve an independent CNE. The Venezuelan Constitution gives the democratically elected National Assembly the responsibility of electing the CNE members. Without following this process, elections that represent the will of the people are impossible.
The regime has selected a CNE that will rubber-stamp its decisions and ignore the conditions required for free elections.
As we have previously stated, an independent CNE is a central prerequisite for free and fair elections. https://www.state.gov/free-and-fair-presidential-and-parliamentary-elections-in-venezuela
Key areas include:
- Lifting the ban on political parties and candidates
- Lifting politically motivated judicial procedures against opposition politicians
- Releasing all political prisoners
- Respecting freedom of speech, the press, and association
- Resolving in a transparent manner all the technical challenges to free and fair elections including registration of voters and the procurement and handling of voting machines
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ORGANISMS
CORONAVIRUS
IMF. 06/15/2020. COMBATING COVID-19: HOW SHOULD BANKING SUPERVISORS RESPOND?
- Tobias Adrian (IMF), Financial Counsellor and Director of the IMF's Monetary and Capital Markets Department
- Ceyla Pazarbasioglu (World Bank), Vice President for Equitable Growth, Finance and Institutions at the World Bank Group
The massive macro-financial shock caused by the pandemic continues to ravage the global economy and has put both banks and borrowers under severe strain. Supervisors find themselves confronted with unprecedented challenges which call for decisive action to ensure that banking systems support the real economy while preserving financial stability. This blog introduces nine joint IMF-World Bank recommendations to help supervisors navigate these uncharted waters and calls for vigilance regarding policy measures taken that are not consistent with international standards. This is critical to prevent the health and economic crisis morphing into a financial crisis.
The banking sector plays a critical role in mitigating the unprecedented macroeconomic and financial shock caused by the pandemic through supporting affected borrowers and maintaining the flow of credit to the real sector while preserving financial stability. The global banking system is on a much stronger footing now than during the 2008 financial crisis due to the implementation of the G20 financial regulatory reforms. Still, as acute liquidity challenges give way to structural solvency problems, defaults on debt will rise and the pressure on the banking system will grow. Further adverse shocks to economic and financial conditions could realize. The lingering uncertainties about the ultimate length and impact of the shocks poses profound challenges to banking supervisors.
The IMF and the World Bank share a long-standing and key strategic partnership to help our member countries preserve financial sector stability and promote financial development. Our joint efforts are more important now than ever.
Banking supervision and regulation is an area in which both organizations have extensive experience. Drawing from insights of IMF-World Bank operations across our universal membership and our joint Financial Sector Assessment Program we have published a joint IMF-World Bank staff position note that sets out nine recommendations which can serve as a guide for banking supervisors to help navigate these uncharted waters.
What have policymakers done?
To provide immediate relief to affected borrowers and maintain adequate liquidity in the financial system, many national authorities have deployed support measures such as debt repayment postponement, stimulus packages, and credit guarantees.
Supervisors have been an integral part of this policy response. Building on the guidance of standard-setting bodies, many supervisory authorities have implemented a wide range of interventions in the financial sector. The measures target utilization of available bank capital and liquidity buffers, provide clarity on regulatory treatment, promote balance-sheet transparency, and maintain operational and business continuity of banks as well as payment systems.
What should supervisors bear in mind?
We provide nine recommendations that recognize the continued effort to support the immediate needs of the real economy, while ensuring financial stability. They encourage national authorities to employ the embedded flexibility of regulatory, supervisory, and accounting frameworks, while upholding internationally-agreed minimum regulatory standards and supervisory principles. Abandoning such principles could sow the seeds of future risks that potentially undermines the medium-term soundness and health of the banking system.
Particular vigilance is necessary regarding measures that are not consistent with internationally-agreed frameworks. Indeed, some developing countries have fewer policy options at their disposal due to limited policy buffers, weaker implementation capacity, and less-sophisticated regulatory frameworks. This could explain their higher reliance on policy responses that are not in line with our recommendations. These risk jeopardizing some of the hard-won gains in regulation and supervision in developing countries that underpin financial stability.
The role of the bank supervisor has never been so essential.

How do the recommendations help keep the financial system in good health?
If the blood pressure of a person increases, adjusting the medically-acceptable blood pressure range upwards may prevent a red alert on the hospital’s monitor, but it does not mean that the patient is not at risk. Similarly, changing the way in which the “vital signs” of the banking sector (capital, liquidity, asset quality) are defined and measured will not help to keep the banking system healthy.
For example, some jurisdictions have frozen the asset classification status and provisioning requirements for loans that were performing before the start of the pandemic or changed the definition of non-performing loans by extending the number of past-due days. This approach risks missing vital signs if part of the loan portfolio is structurally impacted and performance weakens. While temporary measures may help to buy time until a clearer view on the impact of the pandemic is possible, recommendation 4 calls for supervisory action to ensure that banks continue to monitor their asset quality using well-established standards and build adequate provisions over time. This approach ensures that the banks’ vital signs are properly measured, which facilitates management actions and prompts early supervisory actions if and when warranted. Providing clear guidance on asset classification and provisioning, ensuring that measures are well designed, time-bound and targeted are also essential to lay the foundation for a sustainable recovery.
By encouraging the use of the flexibility in the framework, while upholding minimum standards, the recommendations seek to ensure that healthy vital signs of the banking system are transparently maintained and supervised. This will help to minimize the risks of a damaging financial crisis that would compound the major economic costs of the pandemic.
The IMF and the World Bank have taken a unified position to assist and support our member countries. These joint recommendations aid the development, monitoring, and strengthening of policies to sustain financial health during this pandemic and, equally important, for the road to recovery.
FULL DOCUMENT: https://blogs.imf.org/2020/06/15/combating-covid-19-how-should-banking-supervisors-respond/?utm_medium=email&utm_source=govdelivery
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INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Indicadores Econômicos Selecionados
- BACEN. IBC-Br
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 15/06/2020. Mercado financeiro passa a estimar retração de 6,51% para o PIB em 2020. É a décima oitava semana seguida em que a previsão do PIB tem queda. Economistas também elevaram de 1,53% para 1,60% a estimativa de inflação para este ano.Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
Os economistas do mercado financeiro revisaram a previsão para o tombo Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 6,48% para 6,51% e baixaram a expectativa de inflação para 2020.
As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Essa foi a décima oitava redução seguida da expectativa para o nível de atividade deste ano. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
A nova redução da expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.
PREVISÕES DO MERCADO PARA O PIB DE 2020
(EM %)
12/06/2020
● : -6,51
● : -6,51
Fonte: BANCO CENTRAL
Em 13 de maio, o governo brasileiro estimou uma queda de 4,7% para o PIB de 2020, tendo como base a perspectiva de que as medidas de distanciamento social terminarão no fim de maio.
O Banco Mundial prevê uma queda de 5% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,3% em 2020.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira.
Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável em 3,50%.
Inflação abaixo de 2%
Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro elevaram, de 1,53% para 1,60%, a estimativa de inflação para 2020.
Se a previsão for confirmada, será o menor patamar da inflação desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), em 1995. O menor nível já registrado foi em 1998 (1,65%).
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro baixou de 3,10% para 3% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Taxa básica de juros
O mercado segue prevendo corte na taxa básica de juros da economia brasileira neste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 3% ao ano. A previsão dos analistas para a taxa Selic, no fim de 2020, ficou estável em 2,25% ao ano.
Para o fim de 2021, a expectativa do mercado recuou de 3,50% para 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem, mas em menor intensidade.
Outras estimativas
- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, caiu de R$ 5,08 para R$ 5 por dólar.
- Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 subiu de US$ 47,75 bilhões para US$ 52,50 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 47,35 bilhões para US$ 55 bilhões de superávit.
- Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, ficou estável em US$ 60 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 75 bilhões.
Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) - A projeção para a contração da economia brasileira neste ano chegou a 6,51% e o mercado passou a ver a taxa básica de juros mais baixa em 2021, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira.
O cenário para o Produto Interno Bruto (PIB) agora é de contração de 6,51% em 2020, contra queda de 6,48% na semana anterior, enquanto a expectativa de crescimento em 2021 de 3,50% foi mantida.
O levantamento semanal mostrou ainda que a Selic deve terminar este ano em 2,25% depois de um corte de 0,75 ponto percentual esta semana. Mas a projeção para o final de 2021 caiu a 3,0%, de 3,50%.
Entretanto o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, vê a taxa básica de juros ainda mais baixa no próximo ano, terminando tanto 2020 quanto 2021 a 2,25%, respectivamente de 2,13% e 2,75% no levantamento anterior.
Para a inflação, o mercado elevou a previsão para a alta do IPCA este ano a 1,60%, de 1,53%, mas para o ano que vem caiu a 3,0%, de 3,10%.
O centro da meta oficial de 2020 é de 4 por cento e, de 2021, de 3,75 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Já a expectativa para o déficit em conta corrente caiu a 13,95 bilhões de dólares em 2020, de um saldo negativo de 20,50 bilhões esperado antes. Para 2021 é esperado um déficit de 20,88 bilhões de dólares, contra saldo negativo de 32,75 bilhões antes.
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
ECONOMIA
MEconomia. STN. 15 DE JUNHO DE 2020. Mansueto diz que há tempo para "transição com calma" no Tesouro e prevê saída em agosto
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, confirmou à Reuters que deixará o cargo em agosto deste ano, em uma decisão tomada de comum acordo com o Ministério da Economia, após ficar mais tempo do que havia programado.
“Sim, estou saindo mas não é agora, de imediato, apenas em agosto” , disse o secretário à Reuters na noite de domingo, explicando que não sabe quem assumirá o cargo, mas que terá tempo para “fazer uma transição com calma”.
Mansueto comandou o Tesouro Nacional no governo Michel Temer e foi mantido no cargo após o presidente Jair Bolsonaro assumir. Antes disso, respondia pela Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria do Ministério da Fazenda.
Dentro do Ministério da Economia a saída de Mansueto já vinha sendo ventilada desde o ano passado.
“A minha decisão era sair agora em agosto ou ir até o final do governo. Confesso que depois de quatro anos aqui (ficar) até o final do governo para mim é muito tempo”, explicou.
Mansueto já teve seu nome especulado em organismos internacionais, mas disse que seu futuro ainda é incerto.
“Não sei ainda o que vou fazer. Isso vai ficar para ser resolvido ao longo da quarentena”, disse, referindo-se ao período que ficar sem assumir novo cargo após deixar o Tesouro.
Uma fonte do governo afirmou que o substituto de Mansueto não foi definido e estariam entre os cotados funcionários da pasta, como Bruno Funchal e Caio Megale, além de Jeferson Bittencourt e Pricilla Santana.
Edição de Camila Moreira e Maria Pia Palermo
MEconomia. REUTERS. 14 DE JUNHO DE 2020. Mansueto deixará cargo de secretário do Tesouro, diz fonte
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, está deixando o cargo, disse neste domingo à Reuters um fonte com conhecimento direto da decisão.
A saída de Mansueto, que já era especulada desde o fim do ano passado, pode ser consumada a qualquer momento, acrescentou a fonte, que falou sob condição de anonimato. “Sim, chegou a hora”, afirmou a fonte.
“Ele iria ficar seis meses e ficou um ano e meio, um ano além do previsto”, acrescentou a fonte.
Mansueto assumiu o cargo de secretário do Tesouro Nacional em abril de 2018, ainda durante o governo de Michel Temer. Antes disso, respondia pela Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria do Ministério da Fazenda.
Considerado um técnico respeitado da área econômica, Mansueto é um dos principais especialistas em questões fiscais do país. Uma das várias reformas que são gestadas pela área econômica do governo, a do pacto federativo, foi inclusive batizada com o nome do secretário e chamada de Plano Mansueto.
FGV. IBRE. 15/06/2020. Prévia do IIE-Br de junho sinaliza estabilização dos níveis elevados de incerteza da economia
Em apuração preliminar, com dados coletados até o dia 9 deste mês, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sinaliza uma queda de 3,1 pontos em junho, para 187,2 pontos. Após a segunda queda consecutiva, o IIE-Br devolveria 24% da alta de 95,4 pontos observada no bimestre março-abril.
“Após recuar mais de 20 pontos em maio, a tímida queda de junho sugere uma estabilização dos níveis de incerteza em patamar próximo aos 190 pontos, cerca de 50 pontos acima do recorde anterior à crise atual, que era de 136,8 pontos, em setembro de 2015. Além das dúvidas relacionadas à evolução da pandemia e das medidas de isolamento social no Brasil, fatores econômicos, como as dificuldades de acesso a crédito pelas empresas e, políticos têm contribuído para a manutenção de níveis elevados de incerteza. O componente de Expectativa vem subindo desde o início da crise, confirmando a enorme dificuldade de se fazer previsões econômicas em 2020”, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia, cairia 5,2 pontos, para 165,9 pontos, após recuar 24,2 pontos no mês anterior. E o componente de Expectativa, subiria em 6,4 pontos, para 236,5 pontos, o segundo maior nível da série, ficando abaixo apenas do nível de outubro de 2002, quando chegou a 257,5 pontos.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/previa-do-iie-br-de-junho-sinaliza-estabilizacao-dos-niveis-elevados-de-incerteza-da
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
FGV. IBRE. 15/06/2020. ICOMEX: “commoditização" da indústria de transformação não impulsionou as exportações em maio
O mês de maio confirmou a tendência já observada nos meses anteriores: aumento das exportações para o mercado asiático pautada em commodities e queda para os outros destinos. A desvalorização do real num cenário de elevada instabilidade não auxilia um desempenho favorável das vendas externas de produtos industriais, que continuam em queda. A desvalorização da taxa de câmbio efetiva real foi de 40%, entre dezembro de 2019 e maio de 2020, quando alcançou um valor superior aos dos meses turbulentos entre meados de 2015 e início de 2016. No início de junho, o câmbio valorizou, o que mostra o cenário atual de instabilidade.
O saldo da balança comercial foi de US$ 4,5 bilhões em maio, abaixo US$ 1,1 bilhões do valor de maio de 2019. No acumulado do ano até maio, o saldo foi de US$ 15,5 bilhões, resultado inferior em US$ 4,8 bilhões a igual período de 2019. A piora na balança é explicado pela queda mais acentuada das exportações (-7,2%) em relação às importações (-2,5%) na comparação interanual do acumulado até maio.
Observa-se, porém, que os dados de importações foram afetados pelas plataformas de petróleo em maio de 2020. Essas operem no país, porém eram registradas em subsidiárias da Petrobras no exterior para obtenção de isenções fiscais. Com a instituição do regime aduaneiro especial Repetro-Sped, em 2018, as plataformas têm sido nacionalizadas, o que influencia o valor das importações. Sem as plataformas, as importações em
maio teriam recuado em 29% e o saldo seria de US$ 7,3 bilhões, o maior saldo desde 2018. O saldo seria maio, mas explicado pela queda das importações puxada pela retração da atividade econômica.
Após registrarem queda no volume entre os meses de abril de 2019 e 2020, o volume exportado aumentou 4,1% e o importado, 0,9% na comparação interanual dos meses de maio. Observa-se, porém o efeito das plataformas de petróleo nas importações. Excluindo esse item, o recuo nas importações foi de 19,6%. em volume. A maior queda, desde abril de 2016, na série que analisa as importações exclusive plataformas.
No acumulado ano até maio, as exportações recuaram 1,5% e as importações aumentaram 4% - mas recuaram 0,9%, se excluirmos as plataformas.
O aumento do volume exportado é explicado pelas commodities, que aumentaram 23,7% na comparação entre os meses de maio e 10,9%, na comparação interanual do acumulado até maio. Em termos de valor, as exportações de commodities caíram 1,5% e aumentaram 4%, respectivamente entre os meses de maio e no acumulado do ano até maio. Ressalta-se que o aumento no volume tem sido compensado pela retração dos preços em maio (-20,5%) e no período de janeiro/maio (-5,2%), o que explica o comportamento do valor.
As vendas de não commodities caem na comparação de maio (-27,7%) e no acumulado (-20,3%), com queda de preços em ambos os casos.
As commodities explicaram 71% das exportações brasileiras em maio e, logo, influenciam no comportamento dos termos de troca. O recuo de 14,3% nos preços desse grupo entre abril e maio levaram a uma queda nos termos de troca ilustrada no Gráfico 4 - no press release. Na comparação interanual do mês de maio, os termos de troca caíram 5,6%.
A liderança das commodities nos volumes exportados está associado ao setor de agropecuária que registrou uma variação de 44,2% entre os meses de maio de 2019 e 2020, seguido do aumento de 11,3% da indústria extrativa. A indústria de transformação teve nova queda (-13,7%), o que vem correndo desde o início do ano, exceto março, na comparação interanual mensal entre 2019 e 2020. No acumulado do ano até maio, porém, somete a agropecuária registrou variação positiva no volume exportado em relação a 2019.
Em termos de participação no valor, a agropecuária explicou 32% do total exportado em maio de 2020, extrativa, 16% e transformação, 51% - a indústria extrativa registrou queda de 5%. A indústria de transformação não se beneficia da desvalorização cambial num cenário de queda no comércio mundial e recuou 17,1%, na mesma base de comparação. O resultado desse desempenho é que entre os primeiros quadrimestres de 2019 e 2020, todas as indústrias, exceto agropecuária mostraram queda nos volumes exportados.
Ressalta-se a crescente “comoditização” da indústria de transformação. Em maio, 50% das exportações desse setor eram de commodities. No início dos anos 2000, esse percentual ficava ao redor de 30%. As exportações de commodities da indústria de transformação recuaram 8% e as não commodities do setor, 35%, entre maio de 2019 e 2019, enquanto a agropecuária elevou em 39%, suas exportações. Logo, as commodities de maior valor adicionado que estão na transformação não têm apresentado bom desempenho.
Já destacada no ICOMEX de abril, a dependência das exportações das commodities, em especial do setor agropecuário, se traduz na crescente e contínua importância da China na pauta de exportações do Brasil. Em maio, o volume exportado para a China cresceu 64,7% em relação a igual mês de 2019 e caiu para o restante da Ásia. Mesmo assim, China e o restante da Ásia são os únicos mercados com variação positiva na comparação do período de janeiro/maio entre 2019 e 2020.
Em todos os outros mercados destacados no Gráfico 6 - no press release - o volume exportado recuou seja na comparação mensal ou no acumulado do ano até maio. Destacam-se as quedas para a Argentina (-55,2%), México (-46,6%), Estados Unidos (-36,8%) e demais América do Sul (-30%). A menor queda da União Europeia em relação aos Estados Unidos está relacionada à maior presença de commodities na pauta de exportações para esse mercado.
Confirma-se, portanto, a importância do mercado da China para que a crise no comércio mundial atenue a queda nas exportações brasileiras. Como pode ser observado no Gráfico 7 - no press release-, a China explicou 32,5% das exportações brasileiras e 20,8% das importações, no período de janeiro a maio de 2020. O mercado chinês é, portanto, vital para um desempenho favorável das exportações brasileiras. Ao mesmo tempo, as oportunidades para a diversificação da pauta exportadora caminham devagar. Em maio, 78% das exportações para a China foram compostas de soja em grão (52,8%), minério de ferro (13,4%) e petróleo (12,2%). As carnes bovina, suína e de frango somaram 9,5% das exportações para o país.
A variação nas exportações por categoria de uso da indústria de transformação é negativa na comparação mensal ou no acumulado até maio, exceto para bens não duráveis de consumo e bens intermediários.
No caso das importações, a variação de 78,7% (maio) e de 22,2 % (no acumulado) é influenciada pelas plataformas de petróleo, como já mencionado. Se excluirmos as plataformas, há uma queda nos bens de capital de 39,9% (maio) e de 3,7% no acumulado até maio que passa para 10,2%. Esse resultado afeta a indústria de transformação. Havíamos registrado uma queda de 13,7% na comparação interanual entre maio de 2019 e 2020 e sem as plataformas passa para um recuo maior de 19,5.
O cenário recessivo da economia explica a queda nas compras de máquinas e equipamentos para o setor de agropecuária e indústria. Para o setor agropecuário, os resultados no nível de atividade são positivos, mas a desvalorização do real encarece a compra de novos equipamentos. Por outro lado, as compras de insumos não produzidos no mercado doméstico são indispensáveis para a garantia das safras, o que explica o aumento dessas compras. Para a indústria, a queda no nível de atividade é refletida no recuo das compras de bens intermediários.
Perspectivas
O início de junho iniciou com uma perspectiva moderadamente otimista sobre retomada das atividades nos mercados dos países europeus, asiáticos e os Estados Unidos. No final da segunda semana de junho, a divulgação de uma possível segunda onda de epidemia na China acendeu novamente o alerta de um cenário ainda incerto. A projeção da OMC de uma queda no comércio mundial entre 13% e 32% continua no radar.
No Brasil, a queda das importações e um desempenho favorável das commodities no primeiro semestre atenuam pressões sobre o déficit da conta corrente. No segundo semestre, os resultados dependem de como será uma possível retomada da atividade econômica o mundo e no mercado doméstico.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/icomex-commoditizacao-da-industria-de-transformacao-nao-impulsionou-exportacoes-em-maio
CONTAS PÚBLICAS
MEconomia. REUTERS. 12 DE JUNHO DE 2020. Economistas pioram estimativa para déficit primário de 2020 a R$709 bi
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Economia pioraram expressivamente sua estimativa para o rombo primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) neste ano a 708,876 bilhões de reais, conforme Prisma Fiscal divulgado nesta sexta-feira.
No relatório anterior, de maio, o déficit havia sido projetado em 571,409 bilhões de reais, pela mediana dos prognósticos. O dado mais recente também veio acima da última estimativa oficial do Ministério da Economia, de rombo de 675,7 bilhões de reais para o governo central neste ano.
O ajuste vem a reboque de novo crescimento calculado para as despesas, refletindo forte impacto da crise do coronavírus sobre a atividade e as ações do governo para tentar mitigá-lo.
No Prisma, com dados coletados até o quinto dia útil deste mês, os economistas elevaram em 85,079 bilhões de reais os gastos previstos para 2020, a um total de 1,844 trilhão de reais.
Já para a receita líquida, linha que desconta as transferências a Estados e municípios, o cálculo foi de queda de 22,128 bilhões de reais, a 1,166 trilhão de reais.
A meta para o governo central neste ano é de déficit de 124,1 bilhões de reais, mas o governo não precisará cumpri-la em função do estado de calamidade pública.
Para 2021, economistas também pioraram suas estimativas a um rombo de 200 bilhões de reais, frente ao patamar de 169,402 bilhões de reais da previsão anterior.
O governo fixou meta de déficit primário de 149,61 bilhões de reais para o ano que vem, mas pediu flexibilidade no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que ela seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas, já admitindo que o oitavo déficit anual consecutivo do país deve ser muito pior.
Com a deterioração das contas públicas, a expectativa agora é que a dívida bruta sobre o Produto Interno Bruto (PIB) suba a 92,68% em 2020 e a 92,79% em 2021. No Prisma anterior, as projeções eram de 89,95% e 88,60%, respectivamente.
AVIAÇÃO
EMBRAER. 15 DE JUNHO DE 2020. Embraer substitui chefe da aviação comercial após fracasso em acordo com Boeing
(Reuters) - A Embraer disse nesta segunda-feira que estava substituindo o presidente-executivo de sua unidade de aviação comercial após o fracasso do acordo para vender o controle da divisão para a Boeing em abril.
A Embraer disse que havia promovido Arjan Meijer para substituir John Slattery, que segundo o plano original se tornaria um executivo da Boeing encarregado da parceria com a Embraer. Slattery se tornará presidente e presidente-executivo da GE Aviation, segundo informou a empresa de leasing e financiamento de aeronaves separadamente nesta segunda-feira.
Por Marcelo Rochabrun
ENERGIA
PETROBRÁS. VENEZUELA. REUTERS. 13 DE JUNHO DE 2020. Petrobras diz que não contratará petroleiros que estiveram na Venezuela
Por Sabrina Valle
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras informou a fornecedores que não vai contratar qualquer navio petroleiro que tenha visitado a Venezuela nos últimos 12 meses, disse a empresa na sexta-feira, sinalizando adesão às sanções impostas pelos Estados Unidos ao país.
Os EUA impuseram sanções este ano a petroleiros e empresas de transporte marítimo devido a negócios feitos com a Venezuela, na tentativa de reduzir as receitas obtidas com a exportação de petróleo pelo governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O governo norte-americano anunciou que pode ampliar a lista de sanções, o que teria impacto no comércio marítimo ao inflacionar o valor dos fretes.
A Petrobras disse em nota enviada por email à Reuters que reforçou a seus fornecedores que não vai aceitar ofertas de navios que “operaram na Venezuela durante o período de sanções (12 meses)”.
A empresa acrescentou que tratou especificamente sobre seus contratos de fretamento para evitar a contratação de navios que não estejam em conformidade com os regulamentos determinados pelo governo norte-americano.
PETROBRÁS. REUTERS. 12 DE JUNHO DE 2020. Petrobras refina mais com melhora do mercado, queda na importação e maior exportação
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - As refinarias de petróleo da Petrobras tiveram boa recuperação na taxa de utilização de capacidade, com uma melhora no mercado de combustíveis no Brasil, uma queda na importação de derivados e exportações recordes de óleo combustível, especialmente do produto para navios (“bunker”), afirmou a empresa à Reuters.
As unidades de refino do país, quase que todas elas pertencentes à Petrobras, voltaram a operar no patamar de utilização de cerca de 75%, bem próximo aos 77% verificados no período anterior ao início da pandemia de coronavírus, em 15 de março, conforme o mais recente boletim do Ministério de Minas e Energia (MME), com base em informação do final da semana passada.
Mas o MME não detalhou por que a Petrobras elevou a taxa de utilização das refinarias, ainda que o consumo de combustíveis no país esteja em patamar inferior ao normal, por conta das medidas de isolamento contra o coronavírus.
Em resposta a perguntas enviadas pela Reuters, a Petrobras disse que contribuíram para uma maior utilização das refinarias as exportações de óleo combustível, “impulsionadas pelo bom preço do produto no mercado internacional, bem como a recuperação da demanda de derivados no Brasil”.
A Petrobras exportou um recorde de 1,1 milhão de toneladas de óleo combustível em maio, em desempenho que superou em 10% a melhor marca anterior, registrada em fevereiro de 2020.
“O mercado internacional, desde os preparativos para mudança de especificação do ‘bunker’ (IMO2020) nos últimos meses de 2019, vem valorizando fortemente o óleo combustível de baixo teor de enxofre”, disse a estatal, citando o diferencial de seu produto, refinado em grande parte a partir do petróleo do pré-sal.
“Em função disto temos visto recordes sucessivos nos volumes que exportamos, com aproveitamento de um momento extremamente favorável em termos de margens do produto.”
A empresa também disse que menores “menores importações de derivados pelos concorrentes, associadas à recuperação da demanda interna, em maio, também contribuíram para o aumento de nossas vendas e consequente elevação da taxa de utilização das refinarias”.
Por fim, a empresa comentou que observou “recuperação nas vendas de diesel (o combustível mais consumido no país) no mercado brasileiro e isso contribuiu para o aumento na utilização de nossas refinarias”.
A companhia não detalhou até que ponto houve uma recuperação de demanda interna de combustíveis, em meio a medidas de flexibilização do comércio e outras atividades em várias partes do país. A empresa também não indicou qual a taxa atual de uso da capacidade de refino.
Dados divulgados nesta sexta-feira pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), referentes às vendas pelas usinas no mês de maio, indicam que o mercado de combustíveis do chamado ciclo Otto (etanol e gasolina) ainda está distante de uma normalidade.
O volume total de etanol comercializado pelas unidades produtoras do centro-sul no mercado doméstico atingiu 2,04 bilhões de litros em maio, com queda de 29,43% na comparação com o valor registrado em igual período de 2019 —o ano passado, contudo, teve um consumo recorde durante o ano.
OPEP. PORTAL G1. 15/06/2020. Dólar opera em alta e vai a R$ 5,18. Na sexta-feira, moeda dos EUA fechou em alta de 2,18%, voltando a romper a barreira dos R$ 5.
O dólar opera em forte alta nesta segunda-feira (15), dando continuidade ao movimento observado na sexta-feira, quando voltou a romper a barreira dos R$ 5, e em início de semana marcado pela aversão a risco nos mercados internacionais.
Às 10h25, a moeda norte-americana subia 2,75%, vendida a R$ 5,1799. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,1814. Veja mais cotações.
Já o Ibovespa opera em queda de mais de 2%.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 2,18%, a R$ 5,0411. Na parcial do mês, entretanto, ainda acumula queda de 5,53%. No ano, o avanço é de 25,72%.
Neste pregão, o Banco Central fará leilão de até 7.600 contratos de swap tradicional para rolagem com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021, destaca a Reuters.
Cenário externo e interno
Depois de um início de mês positivo para ativos arriscados, os mercados globais pareciam retomar posições cautelosas em meio a temores sobre uma segunda onda de infecções por Covid-19, principalmente depois que Pequim e alguns Estados norte-americanos registraram altas nos casos da doença no fim de semana.
No cenário doméstico, permaneceram as incertezas sobre a perspectivas de recuperação da economia, em meio a um cenário de permanente avanço do número de novos casos diários da Covid-19 e elevadas tensões políticas.
No domingo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou que a corte jamais se sujeitará a qualquer tipo de ameaça e irá recorrer a todos os meios constitucionais e legalmente postos para sua defesa, de seus ministros e da democracia, após novos protestos no fim de semana contra o STF por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, estuda nomes de dentro e de fora do governo para substituir o atual secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, segundo informa o Blog da Ana Flor. Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, o secretário disse que já vinha pensando em deixar o governo. Ao comentar a crise causada pela pandemia de coronavírus, ele afirmou que o mundo todo foi pego de surpresa e que o país vai ter que aprender a reagir melhor a esse tipo de desafio.
No radar dos investidores na semana está a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa básica de juros. Uma pesquisa da Reuters apontou que a Selic deve cair para a mínima de 2,25% ao ano nesta quarta-feira, com o BC ampliando um esforço emergencial para revigorar a atividade econômica prejudicada pela pandemia de coronavírus. Atualmente, a Selic está em 3% ao ano.
Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,48% para um tombo de 6,51%.
A projeção do mercado brasileiro para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, caiu de R$ 5,08 para R$ 5 por dólar. Já a estimativa para a inflação em 2020 foi elevada, de 1,53% para 1,60%.
O dólar já perdeu muito terreno desde que tocou máximas recordes em meados de maio, mas também recuperou alguma força após ter ficado abaixo de 5 reais pela primeira vez em mais de dois meses na primeira semana de junho.
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CORONAVÍRUS
FGV. IBRE. 12/06/2020. Conjuntura Econômica. Entrevista: Fernando Abrucio, FGV Eaesp
Em meio à tríade de crises -– sanitária, econômica e política -–, o presidente Jair Bolsonaro passou a ceder cargos no governo em troca de apoio de partidos, rendendo-se ao que chamava de velha política. Isso pode colaborar para a retomada da agenda de reformas?
As contas respondem por si. Esse novo Centrão conta com cerca de 200 deputados. É um apoio insuficiente para aprovar emendas constitucionais. Só salva o presidente da abertura de impeachment, que é barrada com 172 votos. E os outros 313 deputados na Câmara não serão fáceis de ser convencidos, pois parte gostaria de ganhar algo do governo, e não vai ganhar. Além disso, o governo está brigando fortemente com DEM e MDB, que juntos ao PSDB –- como brinco, os partidos do governo Fernando Henrique –- foram os que coordenaram a reforma da Previdência no ano passado, que fizeram o trabalho pesado, conseguindo apoio até de parte do PDT e PSB. Esses três não estarão com o governo. E os interesses deles vão bater cada vez mais de frente com os de Bolsonaro nas eleições municipais.
Da mesma forma que ocorreu na Previdência, será possível pensar na continuidade da agenda de reformas com uma concertação legislativa independente do apoio ao governo?
Depois que a pandemia arrefecer –- a tendência é que isso aconteça a partir de outubro –-, teremos eleições municipais, em dezembro ou fevereiro. Aí não se vota mais nada na Câmara. E, nesse momento, estaremos falando de outra realidade. Há estimativas de que até setembro teremos contabilizado 120 mil mortos por Covid-19. É muita coisa, irá desestruturar a vida de muitas famílias. Além disso, o governo ainda não teve sucesso em prestar ajuda às empresas, e não sabemos qual impacto isso terá. Então, para recuperar uma agenda de reformas, ela terá que ser reconstruída, pois muita coisa terá mudado.
Tome o exemplo da PEC do Pacto Federativo. Como se pode pensar em apoio à desvinculação de receitas depois do que aconteceu na saúde? A classe médica vai se juntar como nunca depois do que passou. Os prefeitos se unirão. Na educação, é provável que se aprove um Fundeb igual ao que temos hoje, mas acho que nunca mais se aprovará desvinculação. Pois todo o grosso de educação –- estou falando de um grupo de 180 deputados na Câmara -– não vai apostar nisso. Essa agenda já foi. Imagine defender agora que desvinculação é uma forma de estados e municípios decidirem melhor os seus gastos com educação e saúde. Há estados que sequer conseguiram comprar equipamentos, e entre os que conseguiram teve casos de roubo… Não dá para voltar ao mesmo ponto.
Quais conjugar responsabilidade fiscal e social numa agenda de reformas?
É possível pensar numa fórmula de ajuste fiscal com aumento de gastos sociais, e provavelmente isso também incluirá mexer na receita. Uma agenda só fiscalista em meio à depressão econômica não vai resolver, ainda que considere correta algumas das medidas fiscais colocadas no Congresso.
Isso não quer dizer, insisto, que seja irresponsabilidade fiscal. Mas que terá que haver um modelo de responsabilidade fiscal que preste mais atenção na à desigualdade e nas às questões que afloraram com a pandemia. Veja, Os os países que conseguiram conter mais rapidamente a Covid-19 têm uma diferença importante com o Brasil, pois eles não têm desigualdade social. Aqui, a desigualdade ficou escancarada na nossa cara. Não tem ninguém que ganhará a eleição de 2022 sem falar desse tema.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/noticias/conjuntura-economica-entrevista-fernando-abrucio-fgv-eaesp
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LGCJ.: