ORGANISMS
WORLD FOOD PRICES
FAO. 5 March 2020. World food prices drop in February. Coronavirus outbreak helps push FAO Food Price Index down
Rome - World food prices declined in February for the first time in four months due to a sharp fall in the export prices of vegetable oils, partly driven by fears that the coronavirus (COVID-19) outbreak will slow global demand.
The FAO Food Price Index, which tracks monthly changes in the international prices of commonly-traded food commodities, averaged 180.5 points in February, down 1.0 percent from the previous month but still 8.1 percent higher than a year earlier.
The FAO Vegetable Oil Index declined 10.3 percent from January, with international palm oil prices falling by even more on account of higher-than-expected output in Malaysia, a temporary drop in India's import demand and concerns over the spread of COVID-19.
The FAO Cereal Price Index declined 0.9 percent in February. Wheat prices were lower, reflecting well-supplied markets, while maize prices retreated as demand from the livestock feed sector dipped amid expectations of a weakening global economy. By contrast, international rice prices rose, buoyed by strong demand from Far Eastern and East African buyers.
The FAO Meat Price Index was down by 2.0 percent from January, influenced by reduced imports by China impacted by delays in cargo handling in ports. Drought-induced slaughter in New Zealand exerted further pressure on ovine meat price quotations, while poultry meat prices were affected by lower imports by Asia.
The FAO Dairy Price Index rose 4.6 percent, led by surging price quotations for cheese, partly linked to reduced milk output in Australia. Milk powders, by contrast, dipped as logistical bottlenecks slowed purchases by China, the world's largest milk powder importer.
The FAO Sugar Price Index rose 4.5 percent amid prospects of lower production in India as well as in Thailand, combined with a strong global import demand.
World cereal production estimates revised upwards
FAO also issued a new Cereal Supply and Demand Brief, raising its estimates for 2019 world cereal production to 2 719 million tonnes due to higher maize outputs in West Africa and Ukraine.
The brief offers a preliminary forecast of 763 million tonnes for 2020 worldwide wheat production - very close to the near-record level of 2019 - and indicates that coarse grain output in 2020 will likely be strong in Argentina, Brazil and South Africa.
World cereal utilization in the 2019/20 cycle is now forecast to reach a record level of 2 721 million tonnes, driven by higher food, feed and industrial usages.
FAO raised its forecast for world cereal stocks at the close of the 2020 seasons to nearly 866 million tonnes, resulting in the global cereals stock-to-use ratio staying at a comfortable level of 30.9 percent.
FAO also forecasts world trade in cereals to rise by 2.3 percent to 420 million tonnes in 2019/20, the second-highest level on record, with wheat shipments accounting for more than half of the expected increase.
FULL DOCUMENT: http://www.fao.org/worldfoodsituation/foodpricesindex/en/
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
ECONOMIA
MEconomia. STN. PORTAL G1. 05/03/2020. Crescimento ainda é 'muito baixo' e causa frustração na sociedade, reconhece secretário do Tesouro. Mansueto Almeida comentou o PIB de 2019, alta de 1,1%, a menor em três anos. Para ele, não é normal um país em desenvolvimento, como o Brasil, crescer a taxas de 1% ao ano.
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou nesta quinta-feira (5) que o crescimento econômico brasileiro ainda é "muito baixo" e causa "frustração em vários segmentos da sociedade". As declarações foram dadas na abertura do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), em Brasília.
"Nós somos um país que ainda está passando por enormes dificuldades. Se me perguntarem se eu durmo tranquilo, eu não durmo tranquilo. Eu estou muito preocupado, porque a gente está ainda em um país em que o crescimento é muito baixo. Não é normal o país em desenvolvimento como o é Brasil crescer 1% ao ano. Isso é normal? Isso não é normal. Um país com tanta carência, com uma desigualdade tão grande, crescer 1% ao ano, claramente causa frustração em vários segmentos da sociedade", afirmou o secretário.
Nesta quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019. Foi o desempenho mais fraco em 3 anos, com o resultado afetado principalmente pela perda de ritmo do consumo das famílias e dos investimentos privados.
Foi a terceira alta anual consecutiva após dois anos de retração, mas a recuperação lenta ainda mantém a economia do país abaixo do patamar pré-recessão. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Por conta do atual cenário, explicou Mansueto Almeida, é importante chegar a um entendimento sobre o que o país precisa fazer para o crescimento econômico e o investimento público e privado serem maiores.
"Esse é um bom debate. E aí a gente vai para o orçamento. O orçamento é, por natureza, uma peça politica, e é bom que a gente entenda isso de uma forma muito clara. Eles [parlamentares] são os representantes da sociedade. A gente tem de respeitar o orçamento e fazer o debate das nossas prioridades com o que está no orçamento", afirmou.
Ele disse, porém, que fica assustado porque atualmente "se dá pouca importância, ou se conhece pouco, sobre as decisões que são tomadas no orçamento". "A gente tem de melhorar muito a transparência", acrescentou. Para ele, a divergência é o "cerne do bom debate político", que deve ser feito com "serenidade, calma e transparência". "Precisamos ter um bom diálogo para debater essas diferenças", disse.
De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, o que não pode é "querer aprovar coisas de forma desesperada". "O Congresso não está atrasando, está debatendo. Ele tem o seu 'timing' de discutir reformas, está debatendo", declarou. Concluiu dizendo que o Congresso "está muito aberto ao debate". "A gente nem sempre concorda com tudo, muitas vezes concorda, muitas vezes discorda. Mas há um ambiente muito favorável ao debate econômico".
Avaliação da área econômica
Também nesta quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 ficou "dentro do previsto".
"À medida que as reformas vão acontecendo, e elas vão ser implementadas, o Brasil vai reacelerando. Então, está tudo dentro do previsto. Eu nem entendi essa comoção toda: 'Ah, 1,1%'. O que que eles esperavam? Era 1% que nós tínhamos dito que ia crescer no primeiro ano. No segundo ano, a gente acha que é acima de 2%, prosseguindo com as reformas", declarou o ministro na ocasião.
O secretário-especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quarta que o resultado do PIB no ano passado veio em linha com o esperado. Para ele, a dinâmica do ano passado, separada por semestres, "mostra um segundo mais forte e dinâmico do que o primeiro".
Para este ano, o secretário afirmou que é importante manter a agenda de reformas, com a votação da PEC dos fundos públicos, além das PECs da emergência fiscal, do pacto federativo, e mudanças no regime de recuperação fiscal dos estados. Também defendeu a aprovação das reformas administrativa e tributária, e afirmou que os estímulos ao crédito ajudarão a impulsionar o ritmo da economia.
MEconomia. STN. REUTERS. 5 DE MARÇO DE 2020. Não durmo tranquilo, não é normal país como Brasil crescer 1%, diz Mansueto
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta quinta-feira que não é normal país em desenvolvimento como o Brasil crescer 1% ao ano e que, neste cenário, ele mesmo não dorme tranquilo.
“Estamos em um país que ainda está passando por enorme dificuldade ... eu não durmo tranquilo, estou muito preocupado, estamos ainda em país com crescimento muito baixo”, disse Mansueto no Fórum Conjunto Consad/Conseplan, realizada pelos conselhos nacionais de secretários estaduais da Administração e do Planejamento.
Na véspera, o IBGE divulgou uma alta de apenas 1,1% do PIB em 2019, após expansão de 1,3% registrada tanto em 2018 quando em 2017.
Mansueto avaliou que esse crescimento claramente causa frustração em vários segmentos da sociedade e, por isso, é necessário que o país siga comprometido com a agenda de reformas.
Na visão do secretário do Tesouro, o cenário para o debate hoje é diferente e mais favorável, permitindo espaço para que temas como a autonomia do Banco Central sejam discutidos, algo que classificou como impensável quatro ou cinco anos atrás.
“O que não pode é a gente querer fazer debate, querer aprovar coisas de forma desesperada”, disse.
“Algumas pessoas falam: ‘mas o Congresso está atrasando’. O Congresso não está atrasando, o Congresso está debatendo, o Congresso tem o seu ritual, o Congresso tem o seu timing de discutir reformas”, acrescentou.
Mansueto também afirmou que “todo mundo” quer ajuste fiscal, até para que o governo tenha capacidade de aumentar o investimento público.
Nesse sentido, ele pontuou que também não é normal que o Brasil, com uma carga tributária perto de 34% do PIB, tenha um investimento público equivalente a menos de 2,5% do PIB para o setor público consolidado.
Por Marcela Ayres
INFLAÇÃO
FGV. IBRE. 05/03/20. Índices Gerais de Preços. IPC-C1. Inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos recua mas fica acima do IPC-BR
O Índice de Preços ao Consumidor -Classe 1 (IPC-C1) de fevereiro variou 0,02%, ficando 0,53 ponto percentual (p.p.) abaixo de janeiro, quando o índice registrou taxa de 0,55%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 0,57% no ano e 4,06% nos últimos 12 meses.
Em fevereiro o IPC-BR variou -0,01%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 3,76%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1
Nesta apuração, sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (0,37% para -0,54%), Educação, Leitura e Recreação (2,48% para -0,32%), Transportes (0,50% para -0,03%), Alimentação (0,83% para 0,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,26%), Comunicação (0,15% para 0,11%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,15%).
Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (0,86% para -2,60%), cursos formais (5,07% para -0,02%), gasolina (1,02% para -1,64%), frutas (3,32% para 1,41%), serviços de cuidados pessoais (0,35% para 0,17%), mensalidade para TV por assinatura (1,00% para 0,21%) e alimentos para animais domésticos (0,66% para -2,19%).
Em contrapartida, o grupo Vestuário (-0,24% para 0,32%) apresentou avanço em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale citar o item roupas (-0,52% para 0,48%).
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/inflacao-para-familias-com-renda-ate-2-5-salarios-minimos-recua-mas-fica-acima-do-ipc-br.htm
ENERGIA
ANP. 02 de Março de 2020. RJ, SP e AM respondem por 82% da produção nacional de gás natural
A ANP está divulgando o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural com dados detalhados de janeiro de 2020. A produção de gás natural superou o recorde do mês anterior, registrando um aumento de 0,7% e alcançando a média de 139 milhões de metros cúbicos por dia (MMm3/d). Em relação a janeiro de 2019, a variação foi de 22,6%. Os campos localizados nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas foram responsáveis por 58%, 13% e 11% do volume total produzido, respectivamente.
A produção de petróleo foi de 3,168 milhões de barris por dia (MMbbl/d), superando em 2% o recorde registrado no mês anterior e em 20,4% a produção de janeiro de 2019. A produção total foi de 4,041 milhões de barris equivalentes por dia (MMboe/d), superando pela primeira vez a marca dos 4 MMboe/d.
Pré-sal
A produção no Pré-sal em janeiro teve origem em 119 poços e correspondeu a 66,4% da produção nacional, totalizando 2,682 MMboe/d, sendo 2,150 MMbbl/d de petróleo e 84,572 MMm3/d de gás natural. Em relação ao mês anterior, a produção total aumentou 1% e, em relação a janeiro de 2019, 46%.
Aproveitamento do gás natural
Em janeiro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,1%. Foram disponibilizados ao mercado 67,9 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 4,034 MMm³/d, um aumento de 9,6% se comparada ao mês anterior e uma redução de 28,5% se comparada ao mesmo mês em 2019.
Origem da produção
Os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 80,8% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras produziram 93,3% do petróleo e do gás natural. Com relação aos campos operados pela Petrobras e com participação exclusiva da empresa, produziram 41,5% do total.
Destaques
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 1,052 MMbbl/d de petróleo e 44,1 MMm3/d de gás natural.
A plataforma FPSO Cidade de Maricá, produzindo no campo de Lula por meio de sete poços a ela interligados, produziu 150,234 Mbbl/d e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação Polo Arara, produzindo nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste Urucu, por meio de 35 poços a ela interligados, produziu 8,482 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.085.
Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 70.
Campos de acumulações marginais
Esses campos produziram 59,3 bbl/d de petróleo e 7,3 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 43,1 boe/d.
Outras informações
No mês de janeiro de 2020, 295 áreas concedidas, duas áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 34 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 74 são marítimas e 228 terrestres, sendo 10 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 7.227 poços, sendo 649 marítimos e 6.558 terrestres.
O grau API médio foi de 27,6, sendo 3,1% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 83,4% óleo médio (>=22 API e <31 13="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 104,8 Mboe/d, sendo 82,6 mil bbl/d de petróleo e 3,5 MMm³/d de gás natural. Desse total, 92,1 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 12,8 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 337 boe/d em Alagoas, 4.323 boe/d na Bahia, 15 boe/d no Espírito Santo, 7.892 boe/d no Rio Grande do Norte e 200 boe/d em Sergipe.
BOLETIM: http://www.anp.gov.br/arquivos/publicacoes/boletins-anp/producao/2020-01-boletim.pdf
OPEP. RÚSSIA. REUTERS. 5 DE MARÇO DE 2020. Opep apoiará corte adicional de produção de 1,5 mi bpd se tiver adesão da Rússia
Por Shadia Nasralla e Ahmad Ghaddar e Alex Lawler
VIENA (Reuters) - A Opep chegou a um acordo nesta quinta-feira para cortes adicionais de produção de petróleo de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) no segundo trimestre de 2020, em medida que visa apoiar os preços da commodity, mas o pacto está condicionado à adesão da Rússia, disseram duas fontes do grupo.
A Arábia Saudita sugeriu que a Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, realizassem os cortes adicionais de oferta no segundo trimestre para compensar efeitos da epidemia de coronavírus, mantendo ao mesmo tempo restrições à oferta já em vigor, de 2,1 milhões de bpd, que expirariam neste mês e seriam prorrogados até o final de 2020.
Mas o governo saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ainda precisam obter o apoio da Rússia para o acordo. Até o momento, o governo russo indicou que apoiaria uma prorrogação dos cortes atuais, mas não uma ampliação.
O governo da Rússia, que tem cooperado com a Opep em suas políticas de produção desde 2016, por meio de um grupo informal conhecido como Opep+, já mostrou no passado relutância durante negociações para depois concordar com os acordos no último minuto.
Fontes da Opep, no entanto, sinalizaram que as conversas preliminares com a Rússia nesta semana em Viena têm sido mais difíceis que no passado.
Os preços do petróleo Brent, referência internacional, avançavam 0,6%, para 51,50 dólares, com a notícia sobre o corte da Opep.
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