ORGANISMS
EMPLOYMENT
ILO. 18 March 2020. COVID-19 pandemic. Almost 25 million jobs could be lost worldwide as a result of COVID-19, says ILO
An initial assessment of the impact of COVID-19 on the global world of work says the effects will be far-reaching, pushing millions of people into unemployment, underemployment and working poverty, and proposes measures for a decisive, co-ordinated and immediate response.
GENEVA (ILO News) – The economic and labour crisis created by the COVID-19 pandemic could increase global unemployment by almost 25 million, according to a new assessment by the International Labour Organization (ILO).
However, if we see an internationally coordinated policy response, as happened in the global financial crisis of 2008/9, then the impact on global unemployment could be significantly lower.
The preliminary assessment note, COVID-19 and the world of work: Impacts and responses , calls for urgent, large-scale and coordinated measures across three pillars: protecting workers in the workplace, stimulating the economy and employment, and supporting jobs and incomes.
These measures include extending social protection, supporting employment retention (i.e. short-time work, paid leave, other subsidies), and financial and tax relief, including for micro, small and medium-sized enterprises. In addition, the note proposes fiscal and monetary policy measures, and lending and financial support for specific economic sectors.
Different scenarios
Based on different scenarios for the impact of COVID-19 on global GDP growth, the ILO estimates indicate a rise in global unemployment of between 5.3 million (“low” scenario) and 24.7 million (“high” scenario) from a base level of 188 million in 2019. By comparison, the 2008-9 global financial crisis increased global unemployment by 22 million.
Underemployment is also expected to increase on a large scale, as the economic consequences of the virus outbreak translate into reductions in working hours and wages. Self-employment in developing countries, which often serves to cushion the impact of changes, may not do so this time because of restrictions on the movement of people (e.g. service providers) and goods.
Falls in employment also mean large income losses for workers. The study estimates these as being between USD 860 billion and USD 3.4 trillion by the end of 2020. This will translate into falls in consumption of goods and services, in turn affecting the prospects for businesses and economies.
Working poverty is expected to increase significantly too, as “the strain on incomes resulting from the decline in economic activity will devastate workers close to or below the poverty line”. The ILO estimates that between 8.8 and 35 million additional people will be in working poverty worldwide, compared to the original estimate for 2020 (which projected a decline of 14 million worldwide).
Swift and coordinated policy responses
“This is no longer only a global health crisis, it is also a major labour market and economic crisis that is having a huge impact on people,” said ILO Director-General Guy Ryder. “In 2008, the world presented a united front to address the consequences of the global financial crisis, and the worst was averted. We need that kind of leadership and resolve now,” he added.
“This is no longer only a global health crisis, it is also a major labour market and economic crisis that is having a huge impact on people."
Guy Ryder, ILO’s Director-General
The ILO note warns that certain groups will be disproportionately affected by the jobs crisis, which could increase inequality. These include people in less protected and low-paid jobs, particularly youth and older workers. Women and migrants too. The latter are vulnerable due to the lack of social protection and rights, and women tend to be over-represented in low-paid jobs and affected sectors.
“In times of crisis like the current one, we have two key tools that can help mitigate the damage and restore public confidence. Firstly, social dialogue, engaging with workers and employers and their representatives, is vital for building public trust and support for the measures that we need to overcome this crisis. Secondly, international labour standards provide a tried-and-trusted foundation for policy responses that focus on a recovery that is sustainable and equitable. Everything needs to be done to minimize the damage to people at this difficult time,” concluded Ryder.
FULL DOCUMNENT: https://www.ilo.org/global/about-the-ilo/newsroom/news/WCMS_738742/lang--en/index.htm
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US ECONOMICS
CORONAVIRUS
DoS. MARCH 18, 2020. Secretary Pompeo’s Call with Mexican Foreign Secretary Marcelo Ebrard
The below is attributable to Spokesperson Morgan Ortagus:
Secretary of State Michael R. Pompeo spoke yesterday with Mexican Foreign Secretary Marcelo Luis Ebrard Casaubon to discuss the containment and mitigation of the COVID-19 outbreak. Secretary Pompeo expressed his interest in preventing further community transmission and in developing an effective, coordinated COVID-19 response. The United States continues to work closely with Mexico on the full range of foreign policy issues, among them securing our shared border.
U.S. Department of State. 03/18/2020. Secretary Pompeo’s Call with Canadian Deputy Prime Minister Freeland
The below is attributable to Spokesperson Morgan Ortagus:
Secretary Michael R. Pompeo spoke today with Canadian Deputy Prime Minister Chrystia Freeland to discuss how the United States and Canada can work together to prevent further COVID-19 transmissions. They discussed restrictions for non-essential travel and coordinated measures to protect our citizens along our shared border.
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
CORONAVÍRUS
PR. 18/03/2020. PANDEMIA. Bolsonaro detalha ações do Governo Federal de enfrentamento ao coronavírus. Presidente solicitou ao Congresso Nacional o reconhecimento de estado de calamidade pública; ministro da Saúde conclama profissionais e estudantes de saúde a estarem na linha de frente
Nesta quarta-feira (18), o presidente da República, Jair Bolsonaro, liderou entrevista coletiva com ministros de Estado para detalhar como cada pasta está atuando durante a emergência de saúde pública de importância internacional em decorrência do coronavírus (Covid-19). Logo no início do dia, o presidente encaminhou mensagem ao Congresso Nacional pedido de reconhecimento de estado de calamidade pública com efeitos até 31 de dezembro de 2020.
Bolsonaro iniciou a coletiva relatando quando surgiu o "sinal amarelo" para o coronavírus. Destacou que o Governo Federal iniciou os preparos para combater o vírus logo no início dos alertas. "Mesmo sem ter recursos, mesmo sem ter o apelo para que todos os poderes agissem na mesma direção, começamos a nos preparar", lembrou o presidente.
O presidente externou a preocupação com a situação da pandemia. "O problema está aí. Está batendo à nossa porta. Teremos dias difíceis, dias duros pela frente. Agora, serão menos difíceis se cada um de vocês se preocupar consigo, com seus parentes e amigos. Somente dessa forma, seguindo os preceitos ditados pelo Ministério da Saúde, como medidas básicas de higiene, nós podemos alongar a curva da infecção de modo que o Poder Executivo possa atender aqueles que necessitarem e atendê-los com qualidade. ", asseverou Bolsonaro.
Ele também enalteceu o apoio dos demais poderes. "Mais uma vez, agradeço aos poderes da República pela compreensão e apoio em buscar soluções para atenuar esse problema. Podemos não resolver, não existe vacina, mas podemos atenuar muito com as medidas tomadas por vocês [cidadãos] e atendendo aqueles [pacientes graves] com as medidas adequadas nos hospitais. Pânico não leva a lugar nenhum. É um momento de preocupação, mas devemos evitar que esse clima chegue a nós", concluiu o presidente da República.
Confira os destaques apresentados por cada ministro:
Ministério da Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que estão suspensas a metas de resultado primário para este ano com base no artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Também relembrou que a equipe econômica já destinou quase R$ 10 bilhões ao Ministério da Saúde para o combate inicial a epidemia. Destacou ainda:
- Edição Extra do Diário Oficial da União (18/03) publicou decreto de estado de calamidade com o objetivo de garantir saúde e emprego para a população brasileira.
- Diferimento (atraso) para o recolhimento do FGTS (governo vai arrecadar menos R$ 30 bilhões).
- Diferimento, por parte da União, do Simples Nacional por três meses.
- Banco do Brasil vai liberar R$ 24 bilhões de linha de crédito para pessoa física e R$ 48 bilhões para linha de crédito para empresas.
Ministério da Infraestrutura
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, destacou ações emergenciais na aviação civil com foco na continuidade dos serviços, na saúde do trabalhador e na continuidade do direito do consumidor.
"A logística é fundamental no esforço de guerra para ganhar esse combate. O setor impactado mais rapidamente é o de aviação. Algumas medidas foram tomadas para preservar essas empresas, mas com foco no consumidor: evitar quebra das empresas e manter oferta ao consumidor; diferimento no reembolso de passagens; regras pelas quais se darão esse reembolso de forma que o consumidor não seja prejudicado; manter o sistema aéreo funcionando e as localidades atendidas; e [adoção de] medidas de proteção em saúde nos portos que serão equipamentos importantes nesse momento de crise", detalhou Freitas.
Ministério da Justiça
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, falou da preocupação com as fronteiras brasileira. A primeira medida adotada pela pasta foi a publicação de portaria para restrição da entrada de estrangeiros da Venezuela no Brasil, dado o colapso do sistema público daquele país.
"Está em avaliação pelo Governo Federal o fechamento da fronteira do Brasil com outros países em termos semelhantes ao da Venezuela. Também há preocupação com o Sistema de Segurança Pública e o Sistema Penitenciário. A segurança pública não pode parar, já que os criminosos não reduzem suas atividades em razão da epidemia. No que se refere aos presos, as medidas tomadas são para restringir as visitas total ou parcial, esclarecendo aos presos que não é uma punição, mas uma proteção", disse Moro. O ministro também destacou portaria conjunta com o Ministério da Saúde para a adoção de medidas profiláticas nos presídios, com o fornecimento de insumos e equipamentos para a proteção dos presos.
Ministério das Relações Exteriores
O presidente da República lembrou que há brasileiros em todo o mundo, em parte turistas, que querem voltar para o Brasil. A pasta está em contato com as embaixadas brasileiras para buscar soluções.
Ministério do Desenvolvimento Regional
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ressaltou que a estrutura de mensagens por SMS da Defesa Civil Nacional está à disposição do Ministério da Saúde passar informes à população. Atualmente, mais de 7 milhões de celulares estão habilitados, segundo dados do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do ministério. "Também colocamos unidades do Minha Casa, Minha Vida [empreendimentos prontos ou em vias de acabar] para deixar pessoas em quarentena fora da estrutura dos hospitais. E, ainda, estamos esperando o decreto do Ministério da Economia para tratar dos fundos constitucionais'’, concluiu.
Anvisa
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra, relembrou algumas medidas já adotadas pelo órgão. O presidente Bolsonaro complementou a fala informando que a indústria sucroalcooleira se dispôs a doar todo insumo necessário para a produção do álcool gel..
Ministério da Defesa
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, asseverou que trata-se de uma guerra com um inimigo invisível, feroz, e dedicado. "Quando tem uma guerra, os brasileiros podem contar com as Forças Armadas. Em todos os momentos delicados e importantes no Brasil, os brasileiros tiveram presentes as Forças Armadas, e com sucesso. Estamos trabalhando nas possíveis ajudas e auxílios que podemos dar. Comitê de crise do Ministério da Saúde é que coordena isso. Há várias dificuldades, como a logística, [a exemplo da] da região amazônica. Temos meios de chegar lá. Temos hospitais de campanha que podem ajudar. Os brasileiros, mais uma vez, podem contar com o apoio das Forças Armadas", comprometeu-se Azevedo.
Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, encerrou a fala dos ministros destacando que o foco das ações está na saúde da família brasileira. "O primeiro foco é no cuidado com as famílias, com os idosos. Brasil tem pontos muito positivos, muito bons. O primeiro, ações interministeriais e equipes extremamentes técnicas. Segundo, o SUS presente em todos os municípios brasileiros. Podemos ter dificuldades? Podemos! Mas o sistema de saúde estará ao lado dos 215 milhões de brasileiros", garantiu.
Mandetta conclui a fala conclamando todos os profissionais de saúde do Brasil, inclusive os estudantes universitários da área, a trabalhar na linha de frente para o enfrentamento do coronavírus. "As ações todas estão acontecendo. Não temos nenhum impedimento. Nunca tivemos um momento tão bom para a Saúde", concluiu.
PR. 18/03/2020. CORONAVÍRUS. Bolsonaro solicita ao Congresso Nacional reconhecimento de calamidade pública no País. Pedido é amparado nos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na saúde e na economia brasileiras; medida viabilizaria funcionamento do Estado e reduziria danos negativos para o País
Opresidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (18), um despacho em que solicita o reconhecimento de estado de calamidade pública no País, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), com efeitos até o dia 31 de dezembro de 2020. A medida, prevista no Artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), dispensa a União do cumprimento da meta de resultado fiscal prevista para este ano.
O documento explica que os impactos ocasionados pela pandemia internacional ultrapassam a questão da saúde pública e causam forte desaceleração nas atividades econômicas. "Essas medidas envolvem, por exemplo, reduzir interações sociais, manter trabalhadores em casa e fechar temporariamente estabelecimentos comerciais e industriais. Se, por um lado, são medidas necessárias para proteger a saúde e a vida das pessoas, por outro lado, as mesmas medidas devem causar grandes perdas de receita e renda para empresas e trabalhadores", diz o documento.
O reconhecimento do estado de calamidade pública também dispensaria a limitação de empenho prevista no art. 9º da referida Lei Complementar. "Viabilizará o funcionamento do Estado, com os fins de atenuar os efeitos negativos para a saúde e para a economia brasileiras", diz a nota.
O texto diz ainda que o desafio para as autoridades governamentais em todo o mundo, além das evidentes questões de saúde pública, agora está em ajudar empresas e pessoas, especialmente aquelas mais vulneráveis à desaceleração do crescimento econômico, "garantindo que estejam prontas para a retomada quando o problema sanitário tiver sido superado."
No documento, o Governo Federal lembrou que já houve a abertura de crédito extraordinário na Lei Orçamentária Anual no importe de mais de R$ 5 bilhões, conforme Medida Provisória nº 924, de 13 de março de 2020, mas que a medida não é suficiente para dar cobertura às consequências decorrentes da pandemia.
A pandemia causada pelo novo coronavírus tem provocado fortes efeitos na economia em todo o mundo. De acordo com algumas estimativas, pode levar a uma queda de até dois por cento no Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2020.
Nota: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/despacho-do-presidente-da-republica-248641738
PR. 18/03/2020. CORONAVÍRUS. Entrada de estrangeiros vindos da Venezuela está suspensa por 15 dias. Portaria publicada nesta quarta-feira permite, no entanto, tráfego de mercadorias
Uma portaria publicada nesta quarta-feira (18) determina a restrição de entrada no Brasil de estrangeiros vindos da Venezuela pela fronteira, conforme recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida busca conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e foi assinada pelos ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto. O prazo de restrição parcial da fronteira é de 15 dias, podendo per prorrogado.
Na terça-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, explicou que não é um fechamento total da fronteira para não prejudicar a economia de estados como Roraima. “Não é um fechamento total. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo”, destacou.
Continuam sendo permitidos o livre tráfego do transporte rodoviário de carga e a execução de ações humanitárias transfronteiriças previamente autorizadas pelas autoridades sanitárias locais.
A restrição não se aplica a brasileiro, nato ou naturalizado, imigrante com prévia autorização de residência definitiva em território brasileiro, ao profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado, e ao funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro.
Como sanção ao descumprimento da determinação, foi definida a responsabilização civil, administrativa e penal do agente infrator e sua deportação imediata, com a inabilitação de pedido de refúgio.
PR. 17/03/2020. CORONAVIRUSBRASIL. Presidente Jair Bolsonaro institui Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19. O Comitê será coordenado pela Casa Civil
Foi instituído, nessa segunda-feira (16), pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, um "Gabinete de Crise" para articular e monitorar as ações interministeriais de enfrentamento ao Coronavírus (Covid-19) e para assessoramento da presidência.
O Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19 será coordenado pela Casa Civil e atuará de forma integrada com o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, de que trata o Decreto nº 10.211, de 30 de janeiro de 2020.
O Ministro-Chefe da Casa Civil, General Walter Braga Netto, será o coordenador do comitê e contará como secretário-executivo, o subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Heitor Freire de Abreu. O coordenador, além do voto ordinário, terá direito a um voto de desempate nas deliberações do grupo e poderá designar quais ministros, integrantes dos poderes Legislativo e Judiciário, autoridades públicas e especialistas serão ouvidos.
O gabinete conta com representantes de ministérios, empresas públicas e agências reguladoras. Além da Casa Civil, as outras pastas representadas serão Saúde, Justiça e Segurança Pública; Defesa; Relações Exteriores; Economia; Cidadania; Mulher, Família e Direitos Humanos; Secretaria-Geral da Presidência; Secretaria de Governo; Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Advocacia-Geral da União (AGU); Controladoria-Geral da União (CGU) e do Banco Central. Além de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Banco do Brasil, pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Nesta terça-feira (17), foi realizada a primeira reunião, na qual foram definidas as rotinas e processos do Comitê. Foram também operacionalizadas as atividades e acertados os detalhes de como fluirão as informações, além de elucidadas as ações de cada ministério no enfrentamento ao Coronavírus que contribuirá para esclarecer a população.
De acordo com a Casa Civil, as próximas reuniões do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19 serão realizadas em meio digital.
MEconomia. 18/03/2020. ECONOMIA. Covid-19. Governo suspende meta do resultado primário de 2020 para enfrentar coronavírus. Contingenciamento previsto para cumprimento da meta seria de R$ 40 bilhões; haverá “camada de proteção” para trabalhador informal
O governo federal irá suspender a meta de resultado primário de 2020, estimada em um déficit de R$ 124, 1 bilhões, abrindo espaço fiscal para a adoção de medidas para enfrentamento do novo coronavírus, a Covid-19. A informação foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (18/3).
Guedes afirmou que havia previsão de contingenciamento no valor de R$ 40 bilhões para garantir o cumprimento da meta deste ano, mas em função do Covid-19 essa meta fica suspensa. “Para garantir a saúde e a manutenção do emprego, a solução é utilizar o artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o ministro sobre o amparo legal da medida.
“No momento em que a Saúde precisa de gastos adicionais, o contingenciamento não era razoável”, Paulo Guedes
O ministro refere-se ao pedido de reconhecimento de calamidade pública encaminhada hoje ao Congresso Nacional. O artigo 65 da LRF diz que em estado de calamidade pública será dispensado o atingimento do resultado fiscal. “No momento em que a Saúde precisa de gastos adicionais, o contingenciamento não era razoável”, indicou.
Guedes destacou que o presidente Bolsonaro está priorizando a saúde dos brasileiros e também se preocupa com a economia informal. Segundo ele, com mais espaço fiscal o governo poderá ampliar o leque de proteção social. “Vamos lançar uma camada de proteção”.
Ele anunciou ainda que os trabalhadores informais receberão ajuda mensal de aproximadamente R$ 200,00 por pessoa serem pagos pela Caixa e pelo INSS, durante três meses. O gasto estimado é de R$ 15 bilhões no período.
O ministro ainda citou medidas já adotadas pelo governo para minimizar os impactos do coronavírus, entra as quais a liberação de R$ 4,5 bilhões do DPVAT para o Ministério da Saúde. “Já tínhamos transformando dinheiro da disputa política (emendas parlamentares) em dinheiro para a saúde. Com mais dinheiro do DPVAT, o ministro [da Saúde], [Luiz Henrique] Mandetta começa a batalha com R$ 9,5 bilhões”, completou.
MEconomia. 18/03/2020. ECONOMIA. COVID-19. Receita simplifica e agiliza despacho aduaneiro de produtos médicos importados. Medidas anunciadas vão tornar mais rápidos os trâmites para importação de produtos para combate ao coronavírus
Álcool em gel, antissépticos, máscaras e outros produtos de proteção ou para uso hospitalar, como luvas e vestuários, adquiridos no exterior para fins de combate ao Covid-19, terão o despacho aduaneiro simplificado e agilizado, podendo ser entregues antes da conclusão da conferência aduaneira. É o que determina a Instrução Normativa nº 1.927, de 17 de março, publicada nesta quarta-feira (18/3) no Diário Oficial da União.
A medida, que já havia sido anunciada, visa manter um fluxo rápido de abastecimento de bens, mercadorias e matérias-primas destinadas ao combate da pandemia, como também evitar gargalos nos recintos aduaneiros ao agilizar a entrega das cargas. A alteração prevista nos trâmites de importação terá validade até o fim do período de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) declarada pelo Ministério da Saúde.
Outra alteração relevante promovida pela instrução normativa é a inclusão das importações promovidas por importadores certificados na modalidade Operador Econômico Autorizado (OEA) num rito mais simplificado de importação.
Esta medida visa mitigar os efeitos de eventual sobrecarga logística ao possibilitar maior celeridade às operações aduaneiras de operadores confiáveis, notadamente grandes importadores.
A lista dos produtos de uso médico-hospitalar que terão despacho simplificado consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 1.927: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-1.927-de-17-de-marco-de-2020-248562092
MEconomia. 18/03/2020. ECONOMIA. Covid-19. Confira as medidas tomadas pelo Ministério da Economia em função do Covid-19 (Coronavírus). Ministério instituiu grupo de monitoramento dos impactos econômicos da pandemia do Covid-19
Medidas tomadas pelo Ministério da Economia por causa do Covid-19 (Coronavírus):
16 de março de 2020:
- Algumas medidas já tomadas podem injetar R$ 147,3 bilhões na economia. A maior parte (R$ 83,4 bilhões) direcionados para a população mais idosa e quase R$ 60 bilhões irão para a manutenção de empregos;
- Para dar mais capital de giro para as empresas, o governo suspendeu por três meses o prazo para empresas pagarem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e também a parte referente à parcela da União no Simples Nacional;
- Nesse sentindo ainda, as contribuições devidas ao Sistema S sofrerão redução de 50% por três meses para não afetar o caixa das empresas;
- O governo antecipou a segunda parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS para o mês de maio. Antes, já tínhamos anunciado que a primeira parcela seria antecipada para abril;
- Para colocar ainda mais recursos na praça para movimentar a economia, vamos transferir os valores não sacados do PIS/Pasep para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para permitir novos saques;
- E antecipar para junho o pagamento do abono salarial;
- Para reforçar a Saúde, o governo vai destinar o saldo do fundo do DPVAT para o Sistema Único de Saúde (são mais R$ 4,5 bilhões);
- Cortamos temporariamente o IPI para bens produzidos internamente ou importados, que sejam necessários ao combate do Covid-19;
- Facilitamos a renegociação de operações de créditos de empresas e de famílias porque dispensamos os bancos de aumentarem a poupança que têm de deixar em caixa (provisionamento) caso essa repactuação ocorra nos próximos seis meses;
- Demos mais artilharia aos bancos para realizar as eventuais renegociações e de manter o fluxo de novos empréstimos porque baixamos a necessidade de capital próprio para a chamada "alavancagem". Na prática, os bancos vão precisar ter menos dinheiro em caixa para fazerem as operações. Só essa mudança pode aumentar a capacidade de concessão de crédito em torno de R$ 637 bilhões.
- A taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passará dos atuais 2,08% ao mês para 1,80% ao mês, enquanto a taxa para o cartão de crédito será reduzida de 3% ao mês para 2,70% ao mês;
- Pedimos ao Congresso Nacional para declarar Estado de Calamidade para que o governo possa gastar mais recursos para garantir a saúde e o emprego dos brasileiros. Com isso, o Ministério da Economia poderá reavaliar a meta de resultado primário de 2020;
- Reduzimos a zero as alíquotas de importação de produtos de uso médico-hospitalar;
- Camex zera Imposto de Importação de 50 produtos para o combate ao coronavírus. A Resolução abrange desde luvas, máscaras e álcool etílico até respiradores, para facilitar o atendimento da população e minimizar os impactos econômicos da pandemia;
- A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) suspenderá atos de cobrança e facilitará a renegociação de dívidas em decorrência da pandemia. As medidas serão publicadas no Diário Oficial da União;
- A Receita Federal simplifica despacho aduaneiro de produtos de uso médico-hospitalar destinados ao combate da Covid-19;
- Suspensão, por cento e vinte dias, da exigência de recadastramento anual de aposentados, pensionistas e anistiados políticos civis, e também da realização de visitas técnicas, para comprovação de vida.
O Ministério da Economia autorizou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com fundamento na Medida Provisória nº 899/2019 (MP do Contribuinte Legal), para que adote um conjunto de medidas de suspensão de atos de cobrança e de facilitação da renegociação de dívidas, em razão da pandemia relacionada ao coronavírus (Covid-19), declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As medidas autorizadas com base na Medida Provisória nº 899/19 foram as seguintes:
- Suspensão por 90 dias:
a) de prazos para os contribuintes apresentarem impugnações administrativas no âmbito dos procedimentos de cobrança;
b) da instauração de novos procedimentos de cobrança;
c) do encaminhamento de certidões da dívida ativa para cartórios de protesto;
d) da instauração de procedimentos de exclusão de parcelamentos em atraso;
- Disponibilização de condições facilitadas para renegociação de dívidas, incluindo a redução da entrada para até 1% do valor da dívida e diferimento de pagamentos das demais parcelas por 90 dias, observando-se o prazo máximo de até oitenta e quatro meses ou de até cem meses para pessoas naturais, microempresas ou empresas de pequeno porte, bem como as demais condições e limites estabelecidos na Medida Provisória nº 899/2019.
As medidas adotadas serão publicadas no Diário Oficial da União - DOU e valem, em princípio, até o dia 25 de março de 2020, data final de vigência da Medida Provisória nº 899/2019.
MEconomia. 18/03/2020. ECONOMIA. Covid-19. Camex zera Imposto de Importação de 50 produtos para combate ao coronavírus. Resolução abrange desde luvas, máscaras e álcool etílico até respiradores, para facilitar o atendimento da população e minimizar os impactos econômicos da pandemia
O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia aprovou, nesta terça-feira (17/3), a zeragem da alíquota do Imposto de Importação para 50 produtos médicos e hospitalares necessários ao combate à pandemia causada pelo Covid-19. A medida faz parte do pacote anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no último dia 16, para facilitar o atendimento à população e minimizar os impactos econômicos da pandemia do coronavírus no Brasil.
A lista, elaborada em coordenação com o Ministério da Saúde, abrange produtos que tiveram importações totais de aproximadamente US$ 1,3 bilhão em 2019. Alguns produtos, como luvas médico-hospitalares, eram tributados a alíquotas que chegavam a 35%.
Além de luvas, a medida zera as tarifas de importação para álcool em gel, máscaras, termômetros clínicos, roupas de proteção contra agentes infectantes, óculos de segurança e equipamentos respiradores, dentre outros. No total, a resolução da Camex reduz para zero por cento, até o dia 30 de setembro de 2020, a alíquota do Imposto de Importação de produtos de 33 códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
A resolução também determina que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal que exerçam atividades de licenciamento, controle ou fiscalização de importações desses itens adotem tratamento prioritário para a liberação das mercadorias. A medida (Resolução nº 17, de 17 de março de 2020) entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (18/03): http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-17-de-17-de-marco-de-2020-248564246.
Produtos que terão o Imposto de Importação zerado: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-17-de-17-de-marco-de-2020-248564246
MRE.DCOM. NOTA-44. 18 de Março de 2020. Declaração presidencial do PROSUL sobre ações conjuntas para enfrentar a pandemia do coronavírus
Os Chefes de Estado e Altos Representantes da República Federativa do Brasil, da República do Chile, da República da Colômbia, da República do Equador, da República do Paraguai e da República do Peru, bem como do Estado Plurinacional da Bolívia, em sua qualidade de Estado observador, e da República Oriental do Uruguai, convidada especialmente para esta ocasião, participaram de uma videoconferência presidida pelo Chile, na qualidade de Presidente Pro Tempore do PROSUL, na segunda-feira, 16 de março de 2020. Nesse contexto, os líderes e altos funcionários;
Preocupados com a expansão da cepa de coronavírus (COVID-19) e sua propagação vertiginosa na região; e considerando que o novo vírus foi classificado pelo Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia global, sendo que este exortou os países a aumentar as ações de mitigação, prevenção de contágio, bem como as ações voltadas ao cuidado com as pessoas.
Analisando as consequências sanitárias, sociais e econômicas da pandemia, seu impacto no contexto regional e os esforços que a luta contra o COVID-19 exigirá a médio e longo prazo, que deverão concentrar-se no bem-estar dos cidadãos.
Reconhecendo que a atenção a essa situação exigirá esforços de médio e longo prazo focados no bem-estar dos cidadãos.
Conscientes do desafio representado pela nova pandemia e da conveniência de se coordenarem ações e de fortalecer a cooperação regional para enfrentar esse desafio de forma concertada, ágil, efetiva e eficiente;
DECLARAMOS NOSSA VONTADE DE:
- Adotar critérios para a tomada de decisões no gerenciamento da emergência causada pelo coronavírus, compartilhando diagnósticos confiáveis e informações epidemiológicas sobre o vírus.
- Promover a elaboração e implementação de políticas, planos e ações que facilitem o trânsito e o retorno dos nacionais dos Estados da região a seus países de residência ou origem, para os quais devem trabalhar em estreita coordenação os ministérios do Interior, Relações Exteriores, Saúde, Transporte e outras instituições competentes, dentro de um marco de concertação e com pleno respeito à soberania e ao sistema jurídico vigente em cada país.
- Trocar periodicamente informações sobre a evolução de medidas com impacto no transporte aéreo, terrestre e marítimo, especialmente no que se refere à suspensão de voos e outras medidas que restrinjam ou afetem a mobilidade das pessoas.
- Evitar que as medidas adotadas possam ter um impacto negativo sobre a livre circulação de bens, especialmente aqueles necessários ou indispensáveis aos cuidados de saúde.
- Trocar informações sobre experiências, campanhas e materiais que contribuam para a criação de políticas públicas e a adoção de medidas de mitigação para impedir a propagação da epidemia e ajudar a combater notícias falsas e especulações que gerem inquietação social.
- Estabelecer medidas de coordenação com vistas a compras conjuntas de insumos médicos, no âmbito da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), especialmente no que diz respeito a insumos para diagnóstico e para as equipes de saúde.
- Coordenarmo-nos com os organismos financeiros regionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), medidas de auxílio econômico para enfrentar a crise.
- Manter contato permanente, por meio de canais oficiais, para a avaliação das medidas acordadas e/ou para a formulação de outras medidas necessárias, criando um Grupo Ad Hoc para acompanhamento e coordenação dos temas tratados nesta declaração.
TAXA BÁSICA DE JUROS SELIC
BACEN. 18 Março 2020. Copom reduz a taxa Selic para 3,75% a.a.
Em sua 229ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 3,75% a.a.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
- No cenário externo, a pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros. Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulo monetário pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador;
- Dados de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom vinham em linha com o processo de recuperação gradual da economia brasileira. Entretanto, esses dados ainda não refletem os impactos da pandemia de COVID-19 na economia brasileira;
- O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária;
- As expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,1%, 3,65% e 3,5%, respectivamente;
- No cenário híbrido, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante a R$4,75/US$*, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 3,75% a.a. e se eleva até 5,25% a.a. em 2021; e
- No cenário com taxa de juros constante a 4,25% a.a. e taxa de câmbio constante a R$4,75/US$*, as projeções situam-se em torno de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021.
Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado. Esse risco se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque aumento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado.
Por outro lado, o aumento da potência da política monetária, a deterioração do cenário externo ou frustrações em relação à continuidade das reformas podem elevar os prêmios de risco e gerar uma trajetória da inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 3,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário 2020 e, principalmente, de 2021.
O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.
O Copom enfatiza que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas têm o potencial de elevar a taxa de juros estrutural da economia. Nessa situação, relaxamentos monetários adicionais podem tornar-se contraproducentes se resultarem em aperto nas condições financeiras.
O Copom entende que a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária, e neste momento vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos.
O Banco Central do Brasil ressalta que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fábio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.
*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do Copom.
PIB
MEconomia. REUTERS. 18 DE MARÇO DE 2020. Waldery admite PIB "bem abaixo" das estimativas; novo número será apresentado na 6a
Por Gabriel Ponte
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira que o governo já revisou a previsão para o crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) neste ano, e que o valor “está bem abaixo” do previsto anteriormente pelas estimativas da Secretaria de Política Econômica (SPE), de 2,1%.
“(É) um valor em linha com o mercado. De fato, várias projeções já indicaram valores entre 0,5% e 0%. Os nossos números refletem todas essas alterações”, complementou Waldery.
Segundo o secretário, a nova estimativa será apresentada pela pasta na próxima sexta-feira, 20, quando a equipe econômica divulgará o primeiro Relatório de Divulgação de Receitas e Despesas.
Waldery também destacou a forte depreciação da cotação do barril de petróleo tipo Brent, que impacta as receitas da União.
Nesta quarta-feira, instituições financeiras voltaram a revisar as estimativas para o crescimento econômico do Brasil.
O JPMorgan, por exemplo, projeta declínio de 1% no PIB em 2020, ante a expectativa anterior, de crescimento de 1,6%. O Goldman Sachs também foi outra instituição a reduzir a sua projeção para o crescimento econômico neste ano, de expansão de 1,5% para contração de 0,9%.
O UBS também reduziu, a 0,5%, a sua expectativa para o crescimento do PIB neste ano, ante taxa já revisada para baixo, de 1,3%.
CONTAS PÚBLICAS
BACEN. 18 Março 2020. BC passa a fazer repos de títulos soberanos em dólar
O Banco Central passará a fazer operações de compra com compromisso de revenda (repos) de títulos soberanos do Brasil denominados em dólar (global bonds) de posse de instituições financeiras nacionais.
Os títulos serão comprados pelo Banco Central com desconto de 10% em relação aos preços de mercado. Haverá transferência de margem durante a vigência da operação sempre que a exposição for igual ou superior a US$ 500 mil.
As condições de cada operação serão definidas pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais do Banco Central. A medida entra em vigor nesta data (18/03), e visa a garantir o bom funcionamento dos mercados.
Circular nº 3.990: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Circular&numero=3990
INFLAÇÃO
FGV. IBRE. 18/03/20. Índices Gerais de Preços. IGP-M Segundo Decêndio. IGP-M avança para 0,99% na 2ª prévia de março
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,99% no segundo decêndio de março. No segundo decêndio de fevereiro, este índice não apresentou variação.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de -0,15% no segundo decêndio de fevereiro para 1,41% no segundo decêndio de março. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram 0,97% em março, após cair 1,18% em fevereiro. A maior contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -3,29% para 1,47%.
O índice referente a Bens Intermediários variou -0,03% no segundo decêndio de março, ante -0,12% no mesmo período de fevereiro. O destaque coube ao subgrupo matérias e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,49% para 1,45%.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas foi de 0,92% no segundo decêndio de fevereiro para 3,45% em igual período em março. Contribuíram para o movimento do grupo os seguintes itens: soja (em grão) (-3,34% para 3,50%), bovinos (-2,23% para 4,11%) e café (em grão) (-7,33% para 8,34%). Em sentido oposto, destacam-se os itens milho (em grão) (4,63% para 3,02%), mandioca (aipim) (5,49% para 1,88%) e leite in natura (3,48% para 1,94%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,04% no segundo decêndio de março, ante 0,25% no mesmo período de coleta de fevereiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,44% para -1,04%), Transportes (0,15% para -0,01%), Despesas Diversas (0,16% para -0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,33%) e Habitação (-0,08% para -0,13%). Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados nas taxas dos itens: passagem aérea (4,95% para -11,24%), gasolina (-0,42% para -0,95%), tarifa postal (6,80% para 3,57%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,69% para 0,32%) e eletrodomésticos e equipamentos (-0,15% para -0,38%).
Em contrapartida, três classes de despesa apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,25% para 0,63%), Vestuário (-0,31% para -0,11%) e Comunicação (0,04% para 0,08%). Nestes grupos, as maiores influências partiram dos seguintes itens: carnes bovinas (-4,38% para -0,33%), roupas (-0,35% para -0,12%) e tarifa de telefone residencial (0,28% para 0,77%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,37% no segundo decêndio de março. No mês anterior, o índice foi 0,44%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem do segundo decêndio de fevereiro para o segundo decêndio de março: Materiais e Equipamentos (0,86% para 0,37%), Serviços (1,02% para 0,15%) e Mão de Obra (0,06% para 0,40%).
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/igp-m-avanca-para-0-99-na-2-previa-de-marco.htm
INDÚSTRIA
IPEA. 17/03/2020. Ipea indica alta de 9,3% no Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais em janeiro. As importações avançaram 14,6% no mesmo período
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, que mede a produção industrial interna não exportada, acrescida das importações, cresceu 9,3% no mês de janeiro de 2020, em comparação com dezembro de 2019, na série com ajuste sazonal. O acumulado nos doze meses encerrados em janeiro teve variação positiva (0,1%), enquanto a produção industrial apresentou baixa de 1%, medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do IBGE. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 17, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O trimestre móvel encerrado em janeiro registrou recuo de 4,3%, ainda afetado pelas quedas de 3,1% e 8,3% ocorridas nos dois meses anteriores. Na comparação com janeiro de 2019, a demanda cresceu 5,4%.
O resultado foi positivo em todos os componentes do consumo aparente: avanço de 8% na demanda por bens industriais e de 14,6% nas importações de bens industriais.
No que diz respeito às grandes categorias econômicas, o bom desempenho foi disseminado entre os segmentos. Alta de 18,3% nos bens de capital e 5,8% nos bens intermediários. A variação negativa ficou por conta dos bens de consumo semi e não duráveis, queda de 1,5%. O resultado da comparação com janeiro de 2019 foi similar: desempenho positivo para os segmentos de bens de capital e intermediários e recuo nos bens de consumo.
Nas classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação cresceu 6,2% em janeiro (comparativamente com dezembro) e a indústria extrativa mineral avançou 23,3% no mesmo período.
Dezessete dos 22 segmentos da indústria de transformação avançaram, com destaque positivo para o segmento outros equipamentos de transporte, com alta de 31,9%. Na comparação com janeiro de 2019, 14 segmentos tiveram variação positiva, com destaque também para outros segmentos de transporte, que cresceu 97,7%, influenciado pela importação de plataforma de petróleo. No acumulado em doze meses, 13 segmentos tiveram alta, entre eles metal (9,1%) e máquinas e equipamentos (5,1%).
Indicador: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2020/03/17/indicador-ipea-de-consumo-aparente-de-bens-industriais-janeiro-de-2020/
CNI. 18/03/2020. Confiança do empresário segue acima da média histórica, informa CNI. O Índice de Confiança do Empresarial Industrial (ICEI) recuou 4,4 pontos em março, na comparação com fevereiro, e marcou 60,3 pontos. A média histórica é de 53,8 pontos
A confiança do empresário industrial caiu 4,4 pontos em março, na comparação com fevereiro, para 60,3 pontos. É a segunda queda mensal apontada pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mesmo assim o indicador permanece acima da média histórica de 53,8 pontos.
A coleta de dados ocorreu entre 2 e 11 de março com a participação de 2.420 empresas em todo o Brasil. O índice varia de 0 a 100 e valores acima de 50 pontos são considerados positivos.

No entanto, desde janeiro de 2010, quando o ICEI passou a ser medido mensalmente, o índice só havia recuado mais de quatro pontos entre um mês e outro em três momentos críticos para a economia brasileira. Ocorreu pela primeira vez em julho de 2013, após as manifestações populares daquele ano, em fevereiro de 2015, no início da crise econômica, e em junho de 2018 foi pressionado pela paralisação dos caminhoneiros.
“É importante observar que o índice permanece distante da linha divisória dos 50 pontos, o que ainda mostra a confiança dos empresários. Essa queda de 4,4 pontos foi muito elevada e, historicamente, só vimos essas grandes variações em épocas de crise. Por isso, diante do quadro atual, não é uma surpresa”, diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
Segundo Abijaodi, é urgente que o governo federal e o Congresso Nacional atuem em conjunto para implementar as medidas emergenciais e as reformas necessárias para que os efeitos da pandemia no desenvolvimento econômico e social do país sejam reduzidos e que o Brasil volte a crescer.

CONFIANÇA POR REGIÃO – As quedas dos índices de confiança das diferentes regiões são expressivas. Recuou 5,2 pontos no Norte e 5,1 pontos no Sul. A menor queda ocorreu no Centro-Oeste, onde o ICEI caiu 3,8 pontos.
Mesmo assim, a confiança segue alta. O Sul registrou 61,7 pontos, Centro-Oeste marcou 61,6 pontos, Norte obteve 59,6 pontos, Nordeste apontou 59,6 pontos e Sudeste ficou com 59,3 pontos.

ICEI POR PORTE DE EMPRESA – O tamanho da empresa refletiu diretamente a queda no índice de confiança. Quanto maior o porte, maior foi o recuo. A diferença dos índices entre grandes e pequenas empresas, que era de três pontos em dezembro de 2019 e janeiro de 2020, está em 0,5 ponto.
DOCUMENTO: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/confianca-do-empresario-segue-acima-da-media-historica-informa-cni/
ENERGIA
OPEP. REUTERS. 18 DE MARÇO DE 2020. Preços do petróleo têm mínima de 17 anos nos EUA com aumento de medidas de isolamento
Por Ahmad Ghaddar
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo caíam pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, com os futuros nos Estados Unidos tocando mínima de 17 anos à medida que restrições a viagens e medidas para isolamento social se espalham para tentar conter a disseminação do coronavírus.
O petróleo Brent recuava 1,05 dólar, ou 3,65%, a 27,68 dólares por barril, às 8:26 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 1,61 dólar, ou 5,97%, a 25,34 dólares por barril.
Mais cedo, o Brent tocou o menor nível desde o início de 2016, a 27,56 dólares, enquanto o WTI chegou a tocar 25,06 dólares, menor nível desde o fim de abril de 2003.
A última vez em que o petróleo nos EUA chegou a esse nível foi quando os Estados Unidos invadiram o Iraque e a China havia apenas iniciado sua ascensão como potência global que impulsionou o consumo de petróleo para níveis recordes nos anos seguintes.
“O colapso na demanda por petróleo devido à propagação do coronavírus parece cada vez maior”, disse o Goldman Sachs em nota, projetando que o Brent pode cair a até 20 dólares por barril no segundo trimestre, um nível não visto desde o início de 2002.
O banco espera uma contração na demanda de 8 milhões de barris por dia no final de março e uma queda anual em 2020 de 1,1 milhão de bpd, o que afirma que seria a maior já registrada.
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LGCJ.: