ORGANISMOS
DESENVOLVIMENTO HUMANO
PNUD. 9 de Dezembro de 2019. Condições de partida podem determinar desigualdades no futuro: relatório do PNUD lança luz sobre nova geração de desigualdades
O Índice de Desenvolvimento Humano é um indicador que vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano. O índice mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: renda, saúde e educação.
O mundo alcançou ganhos substanciais nos níveis básicos de saúde, educação e padrão de vida. No entanto, as necessidades de muitas pessoas permanecem não atendidas e, paralelamente, uma próxima geração de desigualdades se inicia, colocando os ricos à frente no desenvolvimento.
É o que aponta o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) nesta segunda-feira (9/12) em seu Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019, intitulado "Além da renda, além das médias, além do hoje: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI".
O relatório analisa a desigualdade em três aspectos: além da renda, além das médias e além do hoje, propondo diversas recomendações de políticas públicas para superá-la.
"Propomos que as políticas de combate à desigualdade devem ir além da renda, focalizando também em intervenções ao longo da vida, em esferas como saúde e educação, e começando antes mesmo do nascimento", declara a Representante Residente do PNUD no Brasil, Katyna Argueta.
Para o PNUD, as desigualdades entre os grupos populacionais, em diferente locais e ao longo do tempo, também devem ser observadas. As desigualdades atuais e as novas deverão interagir no futuro com as principais forças sociais, econômicas e ambientais para determinar a vida dos jovens de hoje e das futuras gerações.
Nova geração de desigualdades no desenvolvimento humano
Segundo o relatório, as condições de partida podem determinar os avanços que uma pessoa consegue alcançar ao longo de sua vida. As desigualdades nas capacidades básicas – ligadas às privações mais extremas – estão diminuindo. Ao mesmo tempo, as desigualdades estão aumentando em capacidades avançadas – refletindo aspectos da vida que provavelmente se tornarão mais importantes no futuro, porque serão mais empoderadores. As pessoas empoderadas hoje parecem mais preparadas para avançar ainda mais amanhã.
A proporção da população adulta com ensino superior, por exemplo, está crescendo seis vezes mais rápido em países com desenvolvimento humano muito alto que em países com baixo desenvolvimento humano. As assinaturas de banda larga fixa estão crescendo 15 vezes mais rápido nos países de desenvolvimento humano muito alto, enquanto para os países de baixo desenvolvimento este serviço não chega a atender 1% da populaçao.
Orientadores dos resultados de desenvolvimento no próximo século
Os desafios da mudança do clima e das transformações tecnológicas são duas forças que moldarão o desenvolvimento humano no próximo século. Os mais pobres estão mais vulneráveis aos impactos da mudança do clima e terão mais dificuldades para superá-los. Ao mesmo tempo, os avanços tecnológicos não estão favorencendo a sociedade igualitariamente. Pessoas com capacidades avançadas se beneficiam mais dos progessos tecnológicos, e isso pode lançar os ricos ainda mais à frente no futuro.
No acesso à tecnologia, por exemplo, os países em desenvolvimento possuem 67 assinaturas de telefonia móvel por 100 habitantes, metade do número em países de desenvolvimento humano muito alto.
Investimentos em pesquisa e tecnologia têm elevado impacto na produtividade e no crescimento econômico. Segundo o relatório, o Brasil possui bons resultados neste ponto: dirigiu cerca de 1,3% do PIB a investimentos nessas duas àreas nos últimos anos, equiparando-se a países desenvolvidos como a Irlanda (3º melhor IDH do mundo), Itália, Portugal, Nova Zelândia e Canadá, com gastos entre 1,2% e 1,5% do PIB. Esse resultado também coloca o Brasil à frente de todos os países da América Latina.
IDH do Brasil mantém tendência de avanço, mas desigualdades permanecem
Entre 1990 e 2018, o país apresenta aumento consistente do seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), um crescimento de 24%.
Em relação a 2017, o Brasil apresentou leve crescimento de 0,001 no seu IDH, passando de 0,760 para 0,761. Esse resultado mantém o Brasil no grupo de países com Alto Desenvolvimento Humano. Sua posição no ranking de 189 países é a 79ª, juntamente com a Colômbia.
Na América do Sul, o Brasil é o 4º país com maior IDH. Chile, Argentina e Uruguai aparecem na frente. Teve o quinto maior crescimento no IDH na região entre 2010 e 2018.
No entanto, quando o valor do IDH do Brasil tem descontada a desigualdade, ele apresenta uma perda de 24,5%. A parcela dos 10% mais ricos do Brasil concentram cerca de 42% da renda total do país.
Possibilidades de ação
O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019 faz um chamado para a ação e recomenda políticas públicas que podem apoiar os governos de todo o mundo no combate às novas e variadas formas de desigualdade, que vão para além da renda, das médias e do hoje.
Políticas antitruste, por exemplo, auxiliam os países a progredir em equidade e eficiência ao mesmo tempo. Elas restringem a capacidade das empresas, nivelando o campo de atuação e aumentando a eficiência, e levam a resultados mais equitativos, reduzindo a concentração da renda. O caminho é fortalecer o arcabouço regulatório, garantindo o funcionamento do mercado concorrencial. Tais medidas contribuem para a redução da pobreza e para impulsionar o crescimento e a produtividade.
A promoção do desenvolvimento na primeira infância tem papel importante para garantir boas condições de partida, logo nos primeiros anos de vida das pessoas. Instalar uma estrutura política abrangente com diretrizes, ferramentas e padrões nacionais, envolvendo os principais atores (pais, famílias e instituições educacionais) na tomada de decisão, é uma das recomendações do relatório.
RELATÓRIO: http://hdr.undp.org/en/2019-report
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INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados (disponível até 01/10/2019)
- BACEN. Indicadores Econômicos Selecionados (disponível a partir de 02/10/2019)
- BACEN. IBC-Br (disponível a partir de 02/10/2019)
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN, PORTAL G1. 09/12/2019. Mercado aumenta estimativa de inflação e de crescimento da economia em 2019. Previsão de inflação passou de 3,52% para 3,84%, na quinta alta seguida. Economistas elevam estimativa de crescimento do PIB para este ano de 0,99% para 1,10%.
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano pela quinta semana seguida, e também passaram a projetar um crescimento maior da economia brasileira.
As projeções constam no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Os dados resultam de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2019 de 3,52% para 3,84%.
VEJA AS EXPECTATIVAS DO MERCADO PARA O IPCA DESTE ANO
06/12/2019
● : 3,84
● : 3,84
Fonte: Banco Central
A expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%.
Produto Interno Bruto
Na semana passada, o mercado financeiro também elevou a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano, que passou de 0,99% para 1,10%.
Para o ano que vem, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 2,22% para 2,24% – na quinta alta seguida.
O crescimento na expectativa de alta do PIB de 2019 aconteceu após a divulgação do resultado do terceiro trimestre - que apontou para uma expansão de 0,6% contra os três meses anteriores.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Outras estimativas
- Taxa de juros: o mercado manteve a previsão para a taxa Selic no fim de 2019 em 4,5% ao ano. Atualmente, a taxa de juros está em 5% ao ano. Com isso, o mercado segue prevendo queda nos juros em 2019. Para o fim de 2020, a projeção continuou em 4,5% ao ano, de modo que o mercado mantém a previsão de juros estáveis no ano que vem.
- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15 por dólar. Para o fechamento de 2020, subiu de R$ 4,01 para R$ 4,10 por dólar.
- Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 subiu de US$ 43,50 bilhões para US$ 43,60 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 40 bilhões para US$ 38,95 bilhões.
- Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 75 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 80 bilhões.
BACEN. REUTERS. 9 DE DEZEMBRO DE 2019. Economistas veem no Focus crescimento e dólar mais altos este ano, Top-5 calcula Selic a 4,25% em 2020
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado passou a ver um crescimento melhor da economia neste ano, elevando também a expectativa para a taxa de câmbio, ao mesmo tempo em que os investidores começam a indicar taxa básica de juros mais alta em 2020.
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou a 1,10%, de 0,99% antes. Para 2020 melhorou a 2,24%, de 2,22%.
A mudança vem na esteira de um resultado mais forte do que o esperado no terceiro trimestre, quando a economia expandiu 0,6% em relação aos três meses anteriores.
Mas ao mesmo tempo a projeção para o dólar subiu a 4,15 reais no final deste ano, de 4,10 reais. Para 2020 também houve ajuste para cima, a 4,10 reais, de 4,01 reais antes.
A pesquisa com uma centena de economistas continua apontando que a Selic deve terminar tanto este ano quanto o próximo a 4,50%. Entretanto, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, passou a ver a taxa básica de juros a 4,25% ao final de 2020, de 4,0% no levantamento anterior.
O BC reduziu em outubro a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 5% ao ano, e indicou com clareza que deverá repetir a dose em sua próxima decisão, nesta semana.
Para a inflação, também houve alta relevante na projeção para este ano, a 3,84%, de 3,52% na semana anterior. Mas para 2020 permanece a conta de alta do IPCA de 3,60%.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Por Camila Moreira
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
MERCOSUL
MEconomia. 06/12/2019. Automotivo Brasil-Paraguai
O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e a ministra da Indústria e Comércio do Paraguai, Liz Cramer, firmaram nessa quinta-feira (06/12), em Bento Gonçalves (RS), entendimentos políticos que permitirão o avanço das negociações do Acordo Automotivo Brasil-Paraguai.
Entre as linhas principais que deverão constar do futuro Acordo Automotivo bilateral, estabeleceu-se que Brasil e Paraguai concederão mutuamente, como regra geral, livre comércio imediato para produtos automotivos. Para algumas exceções se aplicará um cronograma de desgravação gradual e crescente do Paraguai ao Brasil que atingirá o livre comércio até 2023.
Como regra de origem geral para veículos, definiu-se que o Índice de Conteúdo Regional (ICR) a ser cumprido por ambas as partes será de 50%. Como forma de promover o desenvolvimento e a comercialização de veículos com motorizações alternativas, o compromisso prevê condições de acesso preferencial, com margem de preferência de 100%, para 10 mil unidades anuais, desde que cumpram com um ICR mínimo de 35%, no caso do Brasil, e de 30% a 35% nos próximos cinco anos, no caso do Paraguai. Ademais, estabeleceu-se uma quota gradual que chegará a 3 mil unidades anuais de veículos em 3 anos, desde que cumpram com um ICR de 35% ao final do período.
No caso das autopeças paraguaias produzidas sob o regime de maquila, acordou-se que estas gozarão de livre acesso ao mercado brasileiro pelos próximos cinco anos, desde que cumpram com as regras de origem do acordo, com um ICR mínimo de 50% no componente de valor da fórmula, quando aplicável. Foram definidas ainda condições diferenciadas de acesso para as autopeças brasileiras e paraguaias com ICR reduzido por um período de cinco anos.
Tema de grande importância para o setor produtivo brasileiro, o Paraguai se comprometeu a isentar os produtos automotivos originários do Brasil da cobrança de taxas consulares, a partir do oitavo ano da entrada em vigor do futuro acordo.
No que diz respeito às tarifas cobradas pelas partes na importação de produtos automotivos de terceiros parceiros comerciais, estabeleceu-se que cada parte continuará a aplicar suas tarifas nacionais atualmente vigentes, até que se implemente, no âmbito do MERCOSUL, a aplicação da Tarifa Externa Comum (TEC) para os produtos do setor.
Com relação à importação de veículos usados, o Paraguai se comprometeu a revisar sua política nacional de importação de tais produtos nos termos do que vir a ser acordado no âmbito do regime automotivo do MERCOSUL, levando-se em conta, também, normas ambientais, de saúde pública e de segurança.
Determinou-se, por fim, que as delegações de ambos os países deverão se reunir, com a brevidade possível, a fim de concluir as negociações e subscrever o Acordo Automotivo bilateral.
Importância do Acordo Automotivo bilateral
Atualmente, o Paraguai é o único país do MERCOSUL com o qual o Brasil não tem um acordo automotivo bilateral. Este, quando for concluído, conferirá maior previsibilidade para os investimentos bilaterais e maior segurança jurídica para o comércio bilateral, tendo em vista que, em função de o setor automotivo não estar incorporado ao regime geral do MERCOSUL, o comércio automotivo entre Brasil e Paraguai carece, ainda, de arcabouço jurídico específico. Comércio bilateral de produtos automotivos Historicamente, o comércio de produtos automotivos entre Brasil e Paraguai é baixo: em 2018, a corrente de comércio somou US$ 763 milhões, o que correspondeu a 1,7% da corrente de comércio global de produtos automotivos do Brasil (US$ 44,7 bilhões). Na última década, porém, o comércio bilateral de produtos do setor tem crescido consideravelmente, sobretudo em função das importações brasileiras de autopeças (principalmente de chicotes elétricos). Em 2018, o comércio bilateral registrou exportações no valor de US$ 540 milhões e importações no valor de US$ 223 milhões, o que resultou em superávit de US$ 317 milhões para o Brasil.
INFLAÇÃO
FGV. IBRE. 09/12/19. Índices Gerais de Preços. IGP-DI. IGP-DI sobe 0,85% em novembro
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,85% em novembro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice havia variado 0,55%. Com este resultado, o índice acumula alta de 5,85% no ano e de 5,38% em 12 meses. Em novembro de 2018, o índice havia caído 1,14% e acumulava elevação de 8,38% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,11% em novembro, ante 0,84% em outubro. Na análise por estágios de processamento, o grupo Bens Finais acelerou de 0,40% em outubro para 1,74% em novembro. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo alimentos processados, que passou de 1,37% para 4,25%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,71% em novembro, contra alta de 0,48% em outubro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,30% em outubro para -0,20% em novembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 5,13% para -2,07%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,15% em novembro, ante alta de 0,63% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 1,90% em novembro. Em outubro, a taxa havia subido 0,82%. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: bovinos (2,85% para 15,63%), café (em grão) (-0,83% para 9,63%) e soja (em grão) (1,72% para 2,60%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (-3,01% para -6,75%), milho (em grão) (9,54% para 7,19%) e laranja (8,66% para 4,66%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,49% em novembro. Em outubro, o índice caiu 0,09%. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (-0,40% para 0,50%), Alimentação (-0,28% para 0,42%), Despesas Diversas (0,38% para 3,14%), Educação, Leitura e Recreação (-0,03% para 0,59%), Transportes (0,20% para 0,33%), Comunicação (-0,09% para 0,14%) e Vestuário (0,13% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-3,33% para 2,52%), carnes bovinas (1,07% para 8,00%), jogo lotérico (0,00% para 26,16%), passagem aérea (-2,95% para 12,35%), automóvel novo (0,15% para 0,27%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,00% para 0,56%) e roupas (0,15% para 0,38%).
Em contrapartida, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,26%) apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, o maior recuo foi observado na taxa do item protetores para a pele (1,68% para -0,02%).
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,23% em novembro, ante 0,15% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 40 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 21 apresentaram taxas abaixo de -0,03% linha de corte inferior, e 19 registraram variações acima de 0,47%, linha de corte superior. Em novembro, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 57,99%, ficando 3,85 pontos percentuais acima do registrado em outubro, quando o índice foi de 54,14%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,04% em novembro, ante 0,18% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,50% para 0,06%), Serviços (0,06% para 0,18%) e Mão de Obra não variou pelo segundo mês consecutivo.
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/igp-di-sobe-0-85-em-novembro.htm
FGV. IBRE. 09/12/19. Índices Gerais de Preços. IPC-S. Inflação pelo IPC-S avança na primeira semana de dezembro com destaque para o item carnes bovinas
O IPC-S de 07 de dezembro de 2019 subiu 0,74%, ficando 0,25 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,42% para 1,34%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item carnes bovinas, cuja taxa passou de 8,00% para 11,84%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (3,14% para 5,11%), Educação, Leitura e Recreação (0,59% para 0,86%), Transportes (0,33% para 0,50%), Comunicação (0,14% para 0,24%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,26% para 0,27%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: jogo lotérico (26,16% para 35,18%), passagem aérea (12,35% para 18,56%), gasolina (0,99% para 1,54%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,56% para 0,96%) e aparelhos médico-odontológicos (-0,40% para 0,18%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,50% para 0,18%) e Vestuário (0,26% para 0,09%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: tarifa de eletricidade residencial (2,52% para 0,61%) e calçados (0,18% para -0,27%).
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/inflacao-pelo-ipc-s-avanca-na-primeira-semana-de-dezembro-com-destaque-para-o-item-carnes-bovinas.htm
INDÚSTRIA
IPEA. 09/12/2019. Demanda industrial inicia último trimestre de 2019 em alta. Indicador Ipea que mede a demanda de bens industriais registra crescimento pelo segundo mês consecutivo, com alto grau de disseminação entre os segmentos
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou alta pelo segundo mês consecutivo, iniciando o quarto trimestre do ano em 1,8%, na comparação com setembro. Com esse resultado, o trimestre móvel encerrado em outubro registrou crescimento de 2,4%. Os números foram divulgados nesta segunda, 09/12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Basicamente, o indicador calcula tudo que foi produzido pela indústria no país, mas não foi exportado – ou seja, ficou para consumo interno (ou estoques) –, e adiciona as importações. Portanto, o consumo aparente (CA) é medido pela produção líquida das exportações, adicionadas as importações. Entre os componentes do CA, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional cresceu 4,4% em outubro, as importações de bens industriais registraram queda de 5,8%.
A alta disseminação do crescimento entre os segmentos industriais chama a atenção na análise: já é o segundo mês com um índice de difusão maior que 70% – ou seja, a maior parte dos componentes apresentou crescimento. Em outubro, na comparação com o mês anterior, 17 segmentos avançaram, de um total de 22, chegando a um índice de difusão de 77%, seguido de 73% em setembro. O setor de metalurgia, grande destaque entre os segmentos com peso relevante, registrou avanço de 5,9% na margem.
A indústria da transformação, responsável pelo peso de 95% dos resultados da indústria geral, registrou em outubro crescimento de 2,6% – terceira alta consecutiva. Já a extrativa, responsável pelos outros 5% da indústria geral, recuou 4,5% no mesmo mês. A indústria geral avançou 2,4% no trimestre móvel encerrado em outubro.
Autor do estudo e pesquisador do Grupo de Conjuntura do Ipea, Leonardo Mello de Carvalho explica que os números refletem uma melhora já expressa no crescimento do PIB
Industrial. “É um processo que vem sendo encorpado, corroborando os números positivos identificados no desempenho do PIB geral até o terceiro trimestre do ano”, ressalta.
INDICADOR: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2019/12/09/indicador-ipea-de-consumo-aparente-de-bens-industriais-outubro-de-2019/
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LGCJ.: