US ECONOMICS
BRAZIL - OECD
U.S. Department of State. 10/10/2019. U.S. Fully Supports Brazil’s Steps Towards OECD Membership. Michael R. Pompeo, Secretary of State
Contrary to media reports, the United States, consistent with the March 19 Joint Statement from President Trump and President Bolsonaro, fully supports Brazil beginning the process to become a full member of the OECD. We have welcomed Brazil’s ongoing efforts regarding economic reforms, best practices, and a regulatory framework in line with the standards of the OECD. The leaked letter does not accurately represent the United States’ position with respect to OECD enlargement. We are enthusiastic supporters of Brazil’s entry into this important institution and the United States will make a strong effort to support Brazil’s accession.
MONETARY POLICY
FED. October 11, 2019. Statement Regarding Monetary Policy Implementation
Consistent with its January 2019 Statement Regarding Monetary Policy Implementation and Balance Sheet Normalization, the Committee reaffirms its intention to implement monetary policy in a regime in which an ample supply of reserves ensures that control over the level of the federal funds rate and other short-term interest rates is exercised primarily through the setting of the Federal Reserve's administered rates, and in which active management of the supply of reserves is not required. To ensure that the supply of reserves remains ample, the Committee approved by notation vote completed on October 11, 2019 the following steps:
- In light of recent and expected increases in the Federal Reserve's non-reserve liabilities, the Federal Reserve will purchase Treasury bills at least into the second quarter of next year in order to maintain over time ample reserve balances at or above the level that prevailed in early September 2019.
- In addition, the Federal Reserve will conduct term and overnight repurchase agreement operations at least through January of next year to ensure that the supply of reserves remains ample even during periods of sharp increases in non-reserve liabilities, and to mitigate the risk of money market pressures that could adversely affect policy implementation.
These actions are purely technical measures to support the effective implementation of the FOMC's monetary policy, and do not represent a change in the stance of monetary policy. The Committee will continue to monitor money market developments as it assesses the level of reserves most consistent with efficient and effective policy implementation. The Committee stands ready to adjust the details of these plans as necessary to foster efficient and effective implementation of monetary policy.
In connection with these plans, the Federal Open Market Committee voted unanimously to authorize and direct the Federal Reserve Bank of New York, until instructed otherwise, to execute transactions in the System Open Market Account in accordance with the following domestic policy directive:
"Effective October 15, 2019, the Federal Open Market Committee directs the Desk to undertake open market operations as necessary to maintain the federal funds rate in a target range of 1-3/4 to 2 percent. In light of recent and expected increases in the Federal Reserve's non-reserve liabilities, the Committee directs the Desk to purchase Treasury bills at least into the second quarter of next year to maintain over time ample reserve balances at or above the level that prevailed in early September 2019. The Committee also directs the Desk to conduct term and overnight repurchase agreement operations at least through January of next year to ensure that the supply of reserves remains ample even during periods of sharp increases in non-reserve liabilities, and to mitigate the risk of money market pressures that could adversely affect policy implementation. In addition, the Committee directs the Desk to conduct overnight reverse repurchase operations (and reverse repurchase operations with maturities of more than one day when necessary to accommodate weekend, holiday, or similar trading conventions) at an offering rate of 1.70 percent, in amounts limited only by the value of Treasury securities held outright in the System Open Market Account that are available for such operations and by a per-counterparty limit of $30 billion per day.
The Committee directs the Desk to continue rolling over at auction all principal payments from the Federal Reserve's holdings of Treasury securities and to continue reinvesting all principal payments from the Federal Reserve's holdings of agency debt and agency mortgage-backed securities received during each calendar month. Principal payments from agency debt and agency mortgage-backed securities up to $20 billion per month will continue to be reinvested in Treasury securities to roughly match the maturity composition of Treasury securities outstanding; principal payments in excess of $20 billion per month will continue to be reinvested in agency mortgage-backed securities. Small deviations from these amounts for operational reasons are acceptable.
The Committee also directs the Desk to engage in dollar roll and coupon swap transactions as necessary to facilitate settlement of the Federal Reserve's agency mortgage-backed securities transactions."
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ORGANISMS
GLOBAL ECONOMY
IMF. 8 de outubro de 2019. Cada vez mais distantes: a desigualdade regional nas economias avançadas
John Bluedorn, Weicheng Lian, Natalija Novta e Yannick Timmer
As diferenças de desempenho econômico entre regiões de um mesmo país podem ser grandes e, às vezes, até maiores do que entre os países.
Por exemplo, o PIB real médio per capita nos Estados Unidos é cerca de 90% maior do que o da Eslováquia. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, o PIB per capita do estado de Nova Iorque é 100% maior do que o do Mississipi.
Muitos estão preocupados que essas brechas profundas e persistentes sejam um sinal de que certas regiões e populações estão sendo deixadas para trás, solapando o crescimento inclusivo. O fraco desempenho regional pode gerar descontentamento e minar a confiança e a coesão sociais.
O Capítulo 2 da mais recente edição do relatório World Economic Outlook examina as brechas entre as regiões de melhor e pior desempenho nas economias avançadas e constata que essas brechas se acentuaram em muitos casos. Além disso, analisamos como os mercados de trabalho regionais reagem a choques comerciais e tecnológicos, capturados pelo aumento da concorrência das importações nos mercados externos e pelo recuo do investimento em máquinas e equipamentos nas regiões mais vulneráveis à automação. As constatações indicam que apenas os choques tecnológicos têm efeitos duradouros, sobretudo nas regiões de pior desempenho.
Medir as diferenças regionais
Uma maneira de medir a desigualdade regional é calcular a razão 90/10, ou seja, dividir o PIB real per capita das regiões entre os 10% superiores (ou no percentil 90) pelo dos 10% inferiores dentro de um país. Na Itália, a razão 90/10 é de cerca de 2, o que significa que o PIB per capita da rica província de Trento é cerca de duas vezes maior do que o da Sicília. Em contrapartida, a razão 90/10 no Japão é baixa: 1,35.
As disparidades regionais nos países avançados têm aumentado gradativamente desde o fim da década de 1980, revertendo parte do acentuado declínio das três décadas anteriores. A razão 90/10 nas economias avançadas, como os Estados Unidos, está em cerca de 1,7, indicando que a região do percentil 90 é, em média, 70% mais rica do que a região do percentil 10. Dito isso, a variação da renda tende a ser bem maior dentro das regiões do que entre elas.
O aumento das disparidades também significa que as regiões mais pobres nas economias avançadas não estão mais encurtando a distância que as separa das regiões ricas tão rapidamente quanto antes.
Grandes diferenças
Segundo o capítulo do WEO, uma região ficou para trás, ou seja, é uma região com atraso, se duas condições forem satisfeitas: o PIB per capita real inicial da região em 2000 é inferior ao da região mediana do país e o crescimento médio da região no período de 2000 a 2016 é inferior ao crescimento médio do país nesse mesmo período.
Mas o produto não é a única diferença. Em média, as pessoas nas regiões com atraso estão em pior situação no que se refere à saúde, com maiores índices de mortalidade infantil e menor expectativa de vida. Além disso, têm uma proporção menor de trabalhadores com curso superior e pessoas no auge da sua vida produtiva (de 25 a 54 anos), taxas de desemprego mais altas e um menor percentual de pessoas na força de trabalho.
Em linha com esses dados demográficos desfavoráveis, as regiões com atraso tendem a ter uma produtividade do trabalho (ou seja, produto por trabalhador) menor em todos os setores. Isso varia de cerca de 5% menos nos serviços públicos a cerca de 15% menos nas indústrias transformadoras e nos serviços financeiros e profissionais.
Ademais, as regiões mais pobres tendem a se especializar na agricultura e nas indústrias transformadoras e não em setores de serviços de alta produtividade, como a tecnologia da informação, as comunicações e as finanças. As alterações climáticas podem agravar as disparidades à medida que o aumento das temperaturas reduza a produtividade do trabalho na agricultura e nos setores expostos ao calor, o que costuma afetar mais as regiões com atraso.
Respostas a choques
Para entender melhor as diferenças regionais, nosso estudo analisa os efeitos dos choques comerciais e tecnológicos sobre o desemprego e a migração regionais.
Constatamos que os choques comerciais — o aumento da concorrência das importações nos mercados externos — não têm efeitos significativos sobre o desemprego regional, em média, tanto no geral como no caso específico das regiões com atraso. Embora esses choques tendam a reduzir a participação na força de trabalho após um ano, esse efeito desaparece rapidamente. Essas constatações podem até surpreender quem considera o comércio internacional um grande fator de perturbação do crescimento regional.
Com a tecnologia, no entanto, é outra história. Verificamos que um choque tecnológico negativo — indicado por um declínio no custo das máquinas e equipamentos — aumenta o desemprego em todas as regiões mais vulneráveis à automação, mas as regiões com atraso são particularmente afetadas.
Foco nas pessoas e lugares
Nosso estudo também mostra que as regiões com atraso propensas à automação registram uma queda estatisticamente significativa na saída de pessoas após o choque. Isso sugere que em sair em busca de melhores empregos é mais difícil para os trabalhadores dessas regiões do que para os de outras regiões. O ajuste da mão de obra aos choques tecnológicos nas regiões com atraso acaba sendo prejudicado.
As políticas que reduzem as distorções e incentivam a abertura e flexibilização dos mercados podem ajudar as regiões a minimizar o aumento do desemprego decorrente de choques e a melhorar a realocação do capital e da mão de obra. As políticas trabalhistas para requalificar os deslocados e acelerar a recolocação também podem ajudar, sobretudo nas regiões com atraso. Os mercados de produtos mais abertos — graças a barreiras menores à entrada e a uma abertura comercial maior — podem facilitar o fluxo de capital para regiões e empresas em que os retornos são mais altos.
Além disso, aumentar a qualidade do ensino e da capacitação para adaptar-se à evolução do mercado de trabalho — uma recomendação fundamental da bibliografia especializada — beneficiaria desproporcionalmente as regiões com atraso onde o desemprego é maior.
Por último, as políticas fiscais que visam reduzir as brechas entre as regiões — como direcionar o apoio fiscal para as regiões com atraso e implementar programas para facilitar a realocação de trabalhadores — e amortecer o impacto de choques regionais também podem cumprir um papel importante. Mas essas políticas localizadas precisam ser formuladas cuidadosamente para ajudar, em vez de dificultar, o ajuste.
John Bluedorn é economista sênior na Unidade de Reformas Estruturais do Departamento de Estudos do FMI. Anteriormente, participou da equipe da área do euro no Departamento da Europa e trabalhou no World Economic Outlook, tendo contribuído para vários capítulos desse relatório. Antes de ingressar no FMI, lecionou na Universidade de Southampton, no Reino Unido, após receber uma bolsa de pós-doutorado na Universidade de Oxford. Já publicou sobre uma série de temas em finanças internacionais, macroeconomia e desenvolvimento. É doutor pela Universidade da Califórnia, Berkeley.
IMF. 9 de outubro de 2019. Como Reativar o Crescimento em Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento
Romain Duval e Davide Furceri
As economias de mercados emergentes e em desenvolvimento registraram boas taxas de crescimento nas duas últimas décadas. Mas muitos países ainda não alcançaram os padrões de vida das economias desenvolvidas.
Às taxas de crescimento atuais, seriam necessários mais de 50 anos para que uma economia de mercado emergente típica eliminasse metade da sua disparidade de renda em termos de padrões de vida, e 90 anos para uma economia em desenvolvimento.
Nosso estudo apresentado no Capítulo 3 da edição de outubro de 2019 do World Economic Outlook revela que a implementação simultânea de grandes reformas em seis áreas‑chave – financiamento interno, financiamento externo, comércio, mercados de trabalho, mercados de produtos e governança – pode dobrar a velocidade de convergência da renda de uma economia de mercado emergente ou em desenvolvimento típica para os padrões de vida das economias avançadas, o que poderia elevar os níveis de produção em mais de 7% em seis anos.
Mais margem para reformas
Políticas que alteram a forma como os governos trabalham (conhecidas como reformas estruturais) são difíceis de mensurar porque muitas vezes envolvem políticas ou questões que não são fáceis de quantificar, como a legislação de proteção ao emprego ou a qualidade da supervisão do sistema bancário nacional.
Para abordar esta questão, o FMI desenvolveu recentemente um amplo conjunto de dados que abrange regulamentos estruturais nas áreas de financiamento interno e externo, comércio e mercados de trabalho e de produtos. Os dados cobrem uma amostra de 90 economias desenvolvidas e em desenvolvimento nos últimos 40 anos. Além desses cinco indicadores, incluímos a qualidade da governança (por exemplo, como os países controlam a corrupção) extraída dos Indicadores Globais de Governança.
Os novos indicadores mostram que após uma importante onda de reformas no final dos anos 80 e, principalmente, nos anos 90, o ritmo diminuiu em mercado emergentes e economias em desenvolvimento durante os anos 2000, em especial nos países em desenvolvimento de baixa renda.
Apesar desta desaceleração refletir a geração anterior de reformas, como no caso das economias avançadas, ainda há ampla margem para uma nova onda reformas, sobretudo nas economias em desenvolvimento – especialmente na África Subsaariana e, em menor grau, no Oriente Médio e Norte de África e na região Ásia‑Pacífico.
As reformas podem impulsionar o crescimento e os padrões de vida
Com base na nossa pesquisa empírica de reformas em 48 atuais e antigos mercados emergentes e 20 economias em desenvolvimento, descobrimos que as reformas podem produzir benefícios consideráveis. Mas esses ganhos demoram a se concretizar e variam dependendo do tipo de regulamentação. Por exemplo, uma reforma do financiamento interno do tamanho da que ocorreu no Egito em 1992 produz um aumento de cerca de 2% na produção, em média, seis anos após sua implementação. O mesmo resultado é obtido nas medidas anticorrupção, cujos efeitos são substanciais a curto prazo e estabilizam em cerca de 2% a médio prazo. Nas outras quatro áreas de reformas – financiamento externo, comércio, mercados de produtos e mercados de trabalho – os ganhos são de cerca de 1% seis anos após a reforma.
Para uma economia de mercado emergente e em desenvolvimento média, os resultados sugerem que grandes reformas simultâneas em todas as seis áreas consideradas neste capítulo podem elevar a produção em mais de 7% no prazo de seis anos, levando a um acréscimo de cerca de 1 ponto percentual no crescimento do PIB per capita anual e dobrando a velocidade média de convergência da renda para os níveis dos países desenvolvidos. A análise baseada em modelos – que captura o efeito a longo prazo de reformas e dá pistas sobre os canais pelos quais elas podem afetar a atividade econômica —aponta para ganhos de produção cerca de duas vezes maiores que o modelo empírico a longo prazo (após os primeiros seis anos).
Um dos canais pelos quais as reformas aumentam a produção é a redução da informalidade. Por exemplo, reduzir barreiras ao acesso das empresas ao setor formal incentiva algumas empresas informais a se formalizarem. Por sua vez, a formalização impulsiona a produção ao aumentar a produtividade e o investimento de capital das empresas. Por esse motivo, os benefícios das reformas tendem a ser maiores quando a informalidade é generalizada.
Escolher a forma, a sequência e o momento certos
Algumas reformas funcionam melhor quando a economia é robusta. Em épocas favoráveis, a redução dos custos de demissão faz com que os empregadores estejam mais dispostos a contratar novos trabalhadores, enquanto em períodos adversos eles ficam mais dispostos a demitir os atuais, exacerbando os efeitos de uma recessão. Do mesmo modo, o aumento da concorrência no setor financeiro em épocas de pouca demanda por crédito pode levar certos intermediários financeiros a fechar as portas, debilitando ainda mais a economia.
Em países com uma economia fraca, os governos podem priorizar certas reformas, como o reforço da concorrência no mercado de produtos (que gera benefícios independentemente das condições econômicas), formular outras para aliviar os custos de curto prazo – como introduzir reformas de proteção ao emprego agora presumindo que produzirão efeitos mais tarde – e conjugá-las com o apoio das políticas monetária ou fiscal sempre que possível.
As reformas também funcionam melhor se tiverem a forma e a sequência corretas. Normalmente os ganhos são maiores em países cuja governança é mais forte. Isso significa que fortalecer a governança pode servir de apoio ao crescimento econômico e à convergência de renda não apenas diretamente, incentivando mais empresas produtivas formais a investir e a contratar, mas também indiretamente, potencializando o efeito das reformas em outras áreas.
Por último, para que cumpram sua promessa de melhorar os padrões de vida, as reformas têm de ser apoiadas por políticas redistributivas que repartam os ganhos de forma ampla, por toda a população – como redes de proteção social fortes e programas de auxílio à recolocação profissional. Para que as reformas sejam sustentáveis e, por conseguinte, eficazes, precisam beneficiar a todos e não a apenas alguns.
Davide Furceri é Subchefe de Divisão no Departamento de Estudos do FMI. É doutor em Economia pela Universidade de Illinois. Antes de ingressar no Fundo, foi economista na Divisão de Política Fiscal do Banco Central Europeu e na Divisão de Análise Macroeconômica do Departamento de Economia da OCDE. É autor de numerosos artigos nas principais revistas acadêmicas e voltadas para políticas, sobre uma vasta gama de tópicos na área da macroeconomia, finanças públicas, macroeconomia internacional e reformas estruturais.
Romain Duval é assessor do Departamento de Estudos do FMI, onde lidera o programa de reformas estruturais. É autor de numerosos estudos em publicações acadêmicas e especializadas em políticas sobre uma variedade de temas, como as reformas estruturais, o crescimento, o desemprego, a economia política das reformas, os ciclos econômicos, a política monetária, as taxas de câmbio e a mudança climática. É doutor em Economia.
IMF. 11 de outubro de 2019. Bancos globais podem se tornar mais vulneráveis a perturbações no fluxo de dólares
Claudio Raddatz e Adolfo Barajas
Quando uma companhia aérea mexicana compra aviões fabricados no Brasil, é provável que financie a compra com um empréstimo em dólares obtido de um banco não americano. Esse é apenas um exemplo da enorme importância do dólar nas transações financeiras internacionais entre contrapartes não americanas.
O que aconteceria se, de repente, os bancos não americanos se vissem sem dólares? Foi o que ocorreu durante a crise financeira mundial de 2007-2008, quando as empresas financeiras americanas hesitaram em emprestar dólares às suas contrapartes estrangeiras. Para evitar o colapso do sistema financeiro mundial, o Federal Reserve forneceu mais de US$ 500 bilhões em recursos emergenciais a bancos centrais estrangeiros, que poderiam então repassar esse dinheiro aos bancos que necessitassem de dólares em seus respectivos países.
Como explicamos no Capítulo 5 do mais recente Global Financial Stability Report, os bancos não americanos continuam a ter uma participação fundamental no crédito em dólares em todo o mundo. De fato, seus ativos em dólares aumentaram de US$ 9,7 trilhões em 2012 para US$ 12,4 trilhões em meados de 2018 e permanecem comparáveis aos níveis anteriores à crise em relação ao seu total de ativos. Embora as reformas adotadas após a crise tenham fortalecido os sistemas bancários em todo o mundo, nossa análise mostra que os bancos não americanos continuam vulneráveis a perturbações no fluxo de dólares que poderiam transmitir choques a suas economias nacionais e aos países que recorrem a eles para obter empréstimos. O primeiro passo para resolver o problema é medi-lo corretamente; elaboramos um conjunto de indicadores para ajudar as autoridades nessa tarefa.
Como os bancos não americanos conseguem os dólares de que necessitam para financiar ativos como empréstimos a compradores mexicanos de aviões brasileiros? Ao contrário dos bancos americanos, eles têm acesso limitado a uma base estável de depósitos em dólares. Assim, dependem fortemente de fontes de financiamento de curto prazo e possivelmente mais voláteis, como papeis comerciais e empréstimos de outros bancos. Se essas fontes forem insuficientes, os bancos não americanos recorrem a instrumentos conhecidos como swaps cambiais, mais caros e talvez não tão confiáveis em momentos de tensão.
Utilizamos três indicadores para analisar a exposição dos bancos não americanos ao financiamento em dólares e sua vulnerabilidade a possíveis perturbações. Um deles mostra que a diferença entre os ativos e passivos denominados em dólares aumentou de US$ 1 trilhão, ou 10% dos ativos, em meados de 2008 para cerca de US$ 1,4 trilhão, ou 13% dos ativos, atualmente. Esse indicador, que chamados de hiato de financiamento cruzado em divisas, reflete a parcela do financiamento que precisa ser completada usando instrumentos como os swaps cambiais, o que torna os bancos mais vulneráveis.
Outro indicador que desenvolvemos diz respeito aos ativos em dólar altamente líquidos, que podem ser vendidos rapidamente em momentos de tensão para compensar uma súbita retirada do financiamento em dólares. Esse indicador mostra que a liquidez em dólares melhorou desde a crise, mas permanece inferior à liquidez global dos balanços dos bancos.
Um terceiro indicador reflete a capacidade dos bancos de financiar seus ativos em dólar em um horizonte de longo prazo recorrendo a fontes estáveis. Esse indicador, que chamamos de coeficiente de financiamento estável em dólares, teve uma melhora apenas moderada desde 2008.
Como a crise demonstrou, um aumento dos custos de financiamento em dólares pode repercutir em todo o sistema financeiro mundial. Em nossa análise, constatamos que custos mais elevados aumentam a probabilidade de inadimplência bancária nas economias de origem de bancos não americanos que dependem do financiamento em dólares. Além disso, aumentam a pressão em países terceiros que recebem empréstimos de bancos não americanos, e os mutuários de mercados emergentes são os mais vulneráveis porque não conseguem encontrar facilmente fontes alternativas de recursos. Ademais, verificamos que a fragilidade do financiamento em dólares pode funcionar como um amplificador, pois esses efeitos negativos são mais pronunciados quando qualquer um dos indicadores apresentados no capítulo do GFSR aponta para um aumento da vulnerabilidade.
Do lado positivo, nosso estudo indica que vários fatores, alguns diretamente relacionados com a política econômica, podem mitigar esses efeitos; assim, as autoridades dispõem de meios para proteger suas economias no caso de perturbações no fluxo de dólares. Uma forma de oferecer proteção é assegurar a saúde geral do sistema bancário, com bancos mais rentáveis e mais bem capitalizados. Um volume maior de reservas nos bancos centrais também pode ser usado para compensar a eventual falta de liquidez em dólares. Por último, os acordos de swap entre bancos centrais que oferecem acesso a dólares durante períodos de tensão podem ter uma função importante, como ocorreu durante a crise mundial.
Adolfo Barajas é Economista Sênior na Divisão de Análise da Estabilidade Financeira Mundial do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI, onde se ocupa principalmente de capítulos analíticos para o relatório semestral Global Financial Stability Report. Durante sua carreira no Fundo, trabalhou no Instituto para o Desenvolvimento das Capacidades, ministrando cursos sobre temas macroeconômicos e financeiros, e nos Departamentos do Hemisfério Ocidental e do Oriente Médio e Ásia Central. Nesses dois últimos departamentos, participou de missões relacionadas a programas e à supervisão, e contribuiu para a supervisão e análise multilaterais como autor de capítulos do relatório sobre as perspectivas econômicas regionais da região do Oriente Médio e Ásia Central. Doutorou-se em Economia pela Universidade de Stanford e já publicou artigos e estudos sobre temas como desenvolvimento financeiro e inclusão financeira, efeitos macroeconômicos das remessas, política cambial e vulnerabilidades dos balanços das empresas.
Claudio Raddatz Kiefer é Chefe da Divisão de Análise da Estabilidade Financeira Mundial do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI. Anteriormente, foi Diretor de Política Financeira (2014–2017) e Chefe de Estudos Econômicos (2011–2014) do Banco Central do Chile e Economista Sênior do Grupo de Economia do Desenvolvimento do Banco Mundial (2008–2011), onde também foi Economista. Publicou numerosos estudos acadêmicos sobre questões macrofinanceiras. Formou-se e obteve seu mestrado na Universidade do Chile, e é doutor em Economia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, 2003).
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
PIB
CNI. 11/10/2019. Economia se recupera, mas crescimento do PIB ainda fica abaixo de 1%. Fraco desempenho é explicado por avanços insuficientes na agenda de redução do custo Brasil e no sentimento de que a aprovação das reformas estruturais será lenta. Retomada depende de alta do investimento
Diante do cenário de lenta recuperação econômica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) e de 0,4% do PIB industrial em 2019 no Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado nesta sexta-feira (11).
O estudo explica o fraco desempenho da atividade econômica e industrial por dois fatores: o sentimento crescente de que o processo de aprovação das reformas indispensáveis ao crescimento da economia será mais demorado e complexo do que inicialmente percebido e os poucos avanços na agenda de redução do custo Brasil.
O consumo das famílias, com um crescimento estimado de 1,5%, será novamente o principal motor do crescimento do PIB em 2019. Na comparação com anos anteriores, a taxa de 1,5% é inferior ao registrado em 2018 (1,9%) e levemente superior ao registrado em 2017 (1,4%). O Informe Conjuntural indica um descolamento entre o ritmo de crescimento do consumo e da produção industrial.
“As vendas no comércio varejistas têm crescido, mas este movimento não tem sido transmitindo para a indústria, que segue quase estagnada principalmente por conta da falta de competitividade”, comentou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Para Castelo Branco, é preciso promover reformas estruturais que impactem de forma concreta no custo Brasil. “Perdemos competitividade tanto nos mercados internos quanto internacionais por conta das adversidades como os logística ineficiente, tributação onerosa, burocracia excessiva e elevado custo de capital. Nesse cenário adverso, vendemos menos e, consequentemente, a produção da indústria é menor”, explicou.
O investimento passou por uma leve revisão, passando de 2,1% no Informe do segundo trimestre para 2,5% no terceiro, como resultado da melhora gradual da economia – o que é um ponto positivo. O documento revisou também a taxa média de desemprego, que deve ficar em 11,9% em 2019, um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao verificado em 2018 (12,3%).
JUROS BÁSICOS - A taxa de juros, que está em 5,5% ao ano, ainda deve sofrer duas reduções, nas reuniões de outubro e bezembro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A perspectiva de continuidade na queda dos juros domésticos segue também a tendência do resto do mundo, com reduções dos juros básicos de países avançados e emergentes.

DÍVIDA BRUTA - O déficit nominal deve recuar de 7,14% do PIB, em 2018, para 6,43%, em 2019. A redução é explicada pela manutenção do patamar de déficit primário e a redução de 0,7 ponto percentual do PIB nas despesas com juros nominais. O déficit nominal, no entando, continua a ser superior ao necessário para estabilizar a relação Dívida Bruta/PIB, que deve passar de 77,2%, em 2018, para 78,4%, em 2019.

CÂMBIO - A elevação em relação ao Informe Conjuntral do segundo trimestre (R$ 3,75) é justificada pelo crescente impacto de fatores conjunturais, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise na Argentina. A presença de mudanças estruturais, pelo menos no médio prazo, da política monetária doméstica também afeta a desvalorização do real frente ao dólar.

BALANÇA COMERCIAL - A CNI projeta o saldo comercial de US$ 49,2 bilhões, com as exportações registrando US$ 228,4 bilhões e as importações US$ 179,2 bilhões. Se confirmar a projeção, o superávit será 16,12% menor que o registrado em 2018 – R$ 58,659 bilhões.

DOCUMENTO: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/
SERVIÇOS
IBGE. 11/10/2019. Em agosto, setor de serviços varia em –0,2%
Em agosto de 2019, o setor de serviços variou -0,2% em relação ao mês anterior (série com ajuste sazonal), após avançar 0,7% em julho. Na comparação com agosto de 2018 (série sem ajuste sazonal), o setor recuou 1,4%, quarta taxa negativa não sequencial deste ano.
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Agosto de 2019 | ||
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Agosto 19 / Julho 19* | -0,2 | -0,1 |
Agosto 19 / Agosto 18 | -1,4 | 2,3 |
Acumulado Janeiro-Agosto | 0,5 | 4,1 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 0,6 | 3,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
No acumulado do ano, os serviços avançaram 0,5%, mas com ligeira perda de dinamismo frente aos primeiros sete meses de 2019 (0,8%). No acumulado dos últimos doze meses, ao avançar 0,6%, o setor perde ritmo em comparação a junho (0,7%) e a julho (0,9%).
A queda de 0,2% no volume de serviços, observada na passagem de julho para agosto de 2019, foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%), que elimina integralmente o ganho de 0,8% acumulado entre junho e julho.
Os demais recuos vieram dos setores de outros serviços (-2,7%) e de serviços prestados às famílias (-1,7%), com o primeiro devolvendo parte do avanço de 5,1% registrado em julho; e o segundo emplacando a terceira taxa negativa seguida, com perda acumulada de 2,7%.
Em contrapartida, os serviços de informação e comunicação (0,4%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,5%) registraram as únicas taxas positivas de agosto, com o primeiro acumulando ganho de 2,3% nos últimos dois meses; e o segundo recobrando parte da perda de 1,7% observada entre junho e julho.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução da média móvel trimestral do volume de serviços variou negativamente (-0,1%) no trimestre encerrado em agosto, eliminando a alta de mesma magnitude verificada em julho.
Entre os setores, o ramo de serviços prestados às famílias (-0,9%) assinalou o resultado negativo mais relevante nesse mês, intensificando o ritmo de queda verificado em julho (-0,2%). A outra atividade que caiu foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%), repetindo a magnitude de queda observada em julho. Todos os três setores restantes registraram estabilidade em agosto (0,0%), com serviços de informação e comunicação e outros serviços alcançando o quarto mês seguido sem resultados negativos, ao passo que o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio ficou estável nesse mês, após apontar variação positiva em julho (0,3%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Agosto 2019 - Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
JUN | JUL | AGO | JUN | JUL | AGO | JAN-JUN | JAN-JUL | JAN-AGO | Até JUN | Até JUL | Até AGO | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,7 | 0,7 | -0,2 | -3,5 | 1,8 | -1,4 | 0,6 | 0,8 | 0,5 | 0,7 | 0,9 | 0,6 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,6 | -0,3 | -1,7 | 5,7 | 2,9 | 0,9 | 4,8 | 4,5 | 4,1 | 3,5 | 3,8 | 3,4 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 0,1 | -0,3 | -2,0 | 6,4 | 2,7 | 1,2 | 5,0 | 4,6 | 4,2 | 3,9 | 4,1 | 3,7 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -3,9 | -1,0 | -1,8 | 1,6 | 4,0 | -0,9 | 3,9 | 3,9 | 3,3 | 1,3 | 1,9 | 2,0 |
2. Serviços de informação e comunicação | -2,1 | 1,9 | 0,4 | -1,0 | 3,7 | 4,6 | 2,6 | 2,8 | 3,0 | 1,9 | 2,2 | 2,7 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -1,7 | 1,5 | 0,4 | 0,3 | 4,5 | 4,8 | 3,8 | 3,9 | 4,0 | 3,1 | 3,4 | 3,9 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,1 | 0,1 | -0,6 | -1,4 | -1,0 | -1,7 | -0,5 | -0,6 | -0,7 | -0,6 | -0,6 | -0,6 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -10,2 | 8,7 | 1,7 | 3,5 | 16,4 | 18,6 | 13,1 | 13,6 | 14,2 | 11,0 | 12,0 | 13,6 |
2.2 Serviços audiovisuais | -3,3 | 2,8 | 2,2 | -9,3 | -1,1 | 3,2 | -4,8 | -4,2 | -3,3 | -5,8 | -5,7 | -5,1 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -0,4 | -1,3 | 0,5 | -1,0 | 0,9 | -2,6 | -0,3 | -0,2 | -0,5 | -1,0 | -0,7 | -0,9 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 0,6 | -1,3 | -1,6 | -2,2 | 2,2 | -2,5 | -0,6 | -0,2 | -0,5 | -1,7 | -1,5 | -1,9 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,5 | -0,3 | 0,2 | -0,5 | 0,5 | -2,7 | -0,3 | -0,1 | -0,5 | -0,7 | -0,4 | -0,6 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 0,1 | 0,7 | -0,9 | -10,8 | -1,5 | -7,9 | -2,6 | -2,5 | -3,2 | -0,4 | -0,7 | -1,8 |
4.1 Transporte terrestre | 0,1 | 0,8 | -1,3 | -11,5 | -4,6 | -7,8 | -1,4 | -1,9 | -2,8 | 0,9 | -0,1 | -1,4 |
4.2 Transporte aquaviário | -3,1 | 6,0 | 0,3 | -2,2 | 12,8 | 4,3 | 1,1 | 2,7 | 2,9 | -0,4 | 1,5 | 2,0 |
4.3 Transporte aéreo | -4,4 | -4,8 | -5,2 | -18,3 | -1,1 | -23,2 | -6,4 | -5,6 | -8,3 | 0,8 | 1,3 | -2,4 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,7 | 2,8 | -0,8 | -9,1 | 1,1 | -5,7 | -4,4 | -3,6 | -3,9 | -3,0 | -2,6 | -3,1 |
5. Outros serviços | -2,2 | 5,1 | -2,7 | 0,9 | 10,4 | 5,7 | 3,4 | 4,4 | 4,6 | 2,3 | 3,0 | 3,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume de serviços recuou 1,4% em agosto de 2019, com retração em apenas duas das cinco atividades de divulgação e em 52,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Vale destacar que agosto de 2019 (22) teve um dia útil a menos do que agosto de 2018 (23), o que acabou contribuindo para uma menor efetivação de contratos de prestação de serviços.
Entre as atividades, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,9%) exerceu a influência negativa mais relevante em agosto de 2019. O outro recuo ficou com o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Em contrapartida, a principal contribuição positiva ficou com o ramo de serviços de informação e comunicação (4,6%). Os demais avanços vieram de outros serviços (5,7%) e de serviços prestados às famílias (0,9%).
No acumulado dos oito primeiros meses de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços avançou 0,5%, com expansão em três das cinco atividades de divulgação e em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,0%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,1%) e de outros serviços (4,6%). Em contrapartida, as influências negativas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,2%), seguido por serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,5%).
Volume de serviços cai em 19 das 27 das unidades da federação
Das 27 unidades da federação, 19 assinalaram queda no volume de serviços em agosto, na comparação com julho. Entre os locais que apontaram resultados negativos, destaque para São Paulo (-1,0%), seguido por Rio de Janeiro (-0,9%) e Distrito Federal (-3,3%), com o primeiro eliminando integralmente o ganho observado em julho (1,0%); e os dois últimos devolvendo parcialmente os avanços registrados no mês anterior: 3,1% e 6,6%. Vale mencionar ainda os recuos de Minas Gerais (-1,0%), do Ceará (-2,6%) e do Paraná (-0,8%). Em contrapartida, os principais resultados positivos vieram do Espírito Santo (2,8%) e da Bahia (1,3%), com ambos alcançando a segunda taxa positiva seguida e expansão acumulada de 3,7% e de 3,8%.
Na comparação com igual mês do ano anterior, 20 das 27 unidades da federação também mostraram queda. As principais influências negativas ficaram com Distrito Federal (-7,6%), Paraná (-4,0%), Rio Grande do Sul (-4,7%) e Rio de Janeiro (-1,4%). Vale destacar que em todos esses locais o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio exerceu o impacto negativo mais importante. Por outro lado, as contribuições positivas mais relevantes vieram do Espírito Santo (8,0%) e do Mato Grosso do Sul (5,6%), ambos apontando crescimento em 4 dos 5 setores pesquisados.
No acumulado de janeiro a agosto de 2019, frente a igual período do ano anterior, apenas 10 das 27 unidades da federação mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo ocorreu em São Paulo (3,2%), seguido por Santa Catarina (2,4%) e Amazonas (2,7%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,0%) registrou a influência negativa mais relevante sobre o índice nacional.
Índice de atividades turísticas cai 4,2%
Em agosto de 2019, o índice de atividades turísticas caiu 4,2% frente ao mês anterior, após assinalar alta de 0,2% em julho. Regionalmente, onze das doze unidades da federação acompanharam este movimento de queda, com destaque para São Paulo (-7,1%), seguido por Rio de Janeiro (-2,3%) e Paraná (-4,8%). Em sentido contrário, o único resultado positivo veio da Bahia (0,9%).
Na comparação agosto de 2019 contra agosto de 2018, as atividades turísticas recuaram 2,9%, pressionadas, principalmente, pela queda de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros. Em sentido oposto, os segmentos de locação de automóveis e de hotéis apontaram as principais contribuições positivas sobre a atividade turística.
Em termos regionais, oito das doze unidades da federação investigadas mostraram recuo nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-4,5%), seguido por Paraná (-10,5%) e Distrito Federal (-13,4%). Em contrapartida, os impactos positivos mais importantes vieram do Rio de janeiro (1,1%), da Bahia (2,8%) e de Minas Gerais (1,7%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2019, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 2,4% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de locação de automóveis, de hotéis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros.
Regionalmente, oito dos doze locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,5%), seguido por Ceará (6,4%) e Minas Gerais (1,7%). Por outro lado, Distrito Federal (-7,8%), Paraná (-3,1%) e Santa Catarina (-3,2%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.
Volume de serviços recua 0,2% em agosto, a quinta queda do setor no ano. Setor de serviços está 1,5% abaixo do patamar de dezembro de 2018
O volume de serviços recuou 0,2% em agosto, na comparação com julho, o quinto resultado negativo do setor em 2019. Já em relação a agosto de 2018, a queda foi de 1,4%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje pelo IBGE. No acumulado do ano, o setor avançou 0,5%.
Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as cinco taxas negativas definem o panorama do ano até aqui. “A variação negativa de 0,2% é moderada, mas as cinco taxas negativas foram mais intensas do que as positivas, fazendo o setor de serviços ficar 1,5% abaixo do nível de dezembro de 2018”, explicou.
De julho para agosto, houve quedas em três das cinco atividades: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%), outros serviços (-2,7%) e serviços prestados às famílias (-1,7%).
Volume de serviços (mês/mês anterior)
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Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Serviços
Em contrapartida, as taxas foram positivas nos serviços de informação e comunicação (0,4%) e nos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%). Regionalmente, em relação a julho, os serviços recuaram em 19 das 27 unidades da federação.
Na comparação com agosto de 2018, o recuo do setor de serviços ficou concentrado em duas das suas cinco atividades: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Ainda em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor recuou em 20 das 27 unidades da federação.
Para o gerente da pesquisa, o desempenho dos transportes explica as quedas nas duas comparações, pois essa atividade participa com cerca de 30% no setor de serviços: “transportes estão em queda em todas as comparações, incluindo os índices acumulados no ano e em 12 meses. Sua grande aderência com a atividade industrial explica esse comportamento”, disse Rodrigo.
Considerando toda a série histórica, iniciada em 2011, o volume de serviços do país se encontra 12,1% abaixo do recorde, alcançado em novembro de 2014.
Atividades turísticas caem 4,2% em agosto
Em agosto de 2019, o índice de atividades turísticas caiu 4,2% frente ao mês anterior, após alta de 0,2% em julho. Na comparação com agosto de 2018, a atividade recuou 2,9%, pressionada, principalmente, pela queda de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros. Em sentido oposto, os segmentos de locação de automóveis e de hotéis apontaram as principais contribuições positivas sobre a atividade turística.
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25675-em-agosto-setor-de-servicos-varia-em-0-2
INFLAÇÃO
FGV. IBRE. 11/10/19. Índices Gerais de Preços. IPC-3i. Inflação da terceira idade supera o IPC-BR no terceiro trimestre de 2019
O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no terceiro trimestre de 2019, variação de 0,48%. Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 3,78%. Com este resultado, a variação do indicador ficou acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, que foi de 3,51%, no mesmo período.
Na passagem do segundo trimestre de 2019 para o terceiro trimestre de 2019, a taxa do IPC-3i registrou decréscimo de 0,49 ponto percentual, passando de 0,97% para 0,48%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 0,02% para -1,76%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi hortaliças e legumes, que variou de -22,26 no terceiro trimestre, ante 3,45%, no anterior.
Contribuíram também para o decréscimo da taxa do IPC-3i os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (2,05% para 1,01%), Transportes (0,77% para -0,37%), Educação, Leitura e Recreação (1,90% para -0,34%), Vestuário (2,09% para -0,59%) e Despesas Diversas (0,68% para 0,34%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: medicamentos em geral (3,11% para 0,33%), gasolina (2,02% para -2,58%), passagem aérea (12,77% para -10,75%), roupas (2,29% para -0,74%) e bilhete lotérico (31,63% para 0,00%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,79% para 2,14%) e Comunicação (0,13% para 1,07%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: tarifa de eletricidade residencial (0,18% para 9,49%) e tarifa de telefone residencial (-0,20% para 1,73%).
DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/inflacao-da-terceira-idade-supera-o-ipc-br-no-segundo-trimestre-de-2019-2.htm
BRASIL - HUNGRIA
MRE. DCOM. NOTA-255. 09 de Outubro de 2019. Comunicado Conjunto Brasil-Hungria – Visita Oficial do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Exterior da Hungria, Péter Szijjártó – Brasília, 8 de outubro de 2019
1. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, realizou visita ao Brasil no dia 07 e 08 de outubro. Em Brasília, no dia 8, reuniu-se com o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem copresidiu a 5ª Comissão Mista Econômica Brasil-Hungria, O Ministro Szijjártó foi recebido em visita de cortesia pelo Presidente Jair Bolsonaro.
2. Os Ministros destacaram que o Brasil e a Hungria compartilham valores e princípios comuns firmemente alicerçados na convicção de que a identidade nacional constitui direito humano fundamental e base para uma sociedade sadia.
3. Os Ministros coincidiram em que temas globais ou transnacionais não podem servir de pretexto para a imposição de políticas em detrimento das instituições nacionais ou para a violação da identidade nacional, ignorando a vontade de cada povo. Na nação e no povo reside a legitimidade internacional.
4. Ressaltaram, ainda, que o sistema multilateral deve ser fundamentalmente espaço de coordenação entre nações soberanas para garantir uma convivência internacional próspera e pacífica.
5. Brasil e Hungria escolheram caminho que combina a liberdade econômica com forte sentimento de identidade nacional e seus valores. Estão convencidos de que essas duas dimensões – a da liberdade econômica e a dos valores – se reforçam mutuamente.
6. Brasil e Hungria reiteram a importância prioritária da proteção do meio ambiente e seus compromissos internacionais nessa matéria. Entendem que a preservação ambiental deva ser conjugada com as necessidades de desenvolvimento de cada país segundo as suas prioridades e em pleno respeito às suas soberanias.
7. Os ministros saudaram os recentes encontros bilaterais de alto nível. O Primeiro-Ministro Viktor Orbán compareceu à posse do Presidente Jair Bolsonaro, em janeiro passado. Em maio, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, realizou a primeira visita oficial de um chanceler brasileiro a Budapeste em 92 anos de relações bilaterais.
8. Em Brasília, os ministros decidiram revigorar a parceria econômica e os investimentos bilaterais, em estreita coordenação com os setores privados dos dois países, no marco da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Hungria (Comista).
9. Brasil e Hungria comprometeram-se a intensificar esforços em favor da ratificação do Acordo de Associação Inter-regional entre o Mercosul e a União Europeia, para que seja instrumento de criação de oportunidades de negócios e de investimentos, promoção da competividade e fomento da sustentabilidade.
10. A economia da Hungria é uma das mais dinâmicas da Europa, tendo crescido mais do que a média da União Europeia. No primeiro semestre deste ano, seu crescimento atingiu cerca de 5%. A Hungria torna-se ator econômico cada vez mais importante para o Brasil.
11. Durante a Comista, exploraram iniciativas para o aprofundamento da cooperação bilateral nas seguintes áreas: gestão de recursos hídricos, cooperação em ciência e tecnologia, cooperação em tecnologia espacial e cooperação em agricultura e cooperação educacional e cultural.
12. As partes ressaltaram a importância do programa de bolsas de estudo “Stipendium Hungaricum” e congratularam-se pelas avançadas negociações para assinatura de ajuste complementar ao Acordo de Cooperação Cultural com vistas à renovação do mencionado programa de cooperação para os anos 2020-2022. Concordaram, ademais, em alocar 30 das bolsas de estudo concedidas anualmente ao amparo do programa a estudos no campo da energia nuclear.
13. Durante a última Assembleia Geral da ONU, Brasil e Hungria copresidiram o evento de alto nível “Reconstruindo Vidas, Reconstruindo Comunidades: Assegurando um Futuro para Cristãos Perseguidos”, que defendeu a adoção, pela comunidade internacional, de medidas concretas tanto para evitar ataques motivados por religião ou credo, como para garantir a santidade dos locais de culto para todas as fés.
14. Os ministros ressaltaram a realização, em novembro próximo, da 2ª Conferência Internacional sobre Perseguição de Cristãos, organizada pelo governo húngaro. Brasil e Hungria estão na vanguarda dessa importante questão internacional de direitos humanos e acreditam que não há melhor modo de preservar a paz e a segurança do que protegendo e promovendo um dos valores humanos fundamentais: a liberdade religiosa.
15. Ambos reiteraram o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, com o mandato de organizar, o mais breve possível, eleições presidenciais livres e justas. Solidarizaram-se com o povo venezuelano e comprometeram-se a seguir trabalhando em favor da democracia naquele país.
16. Os ministros saudaram, por fim, a presença de aproximadamente cem mil descendentes húngaros no Brasil, sobretudo em São Paulo e nos estados do Sul.
Relações bilaterais
As relações diplomáticas entre Brasil e Hungria foram estabelecidas em 1927 – e, no período recente, têm adquirido nova dinâmica, com expansão do intercâmbio comercial e intensificação de visitas de alto nível. Em 2011, o Governo húngaro lançou documento de planejamento estratégico, que incluiu o Brasil entre suas prioridades de política externa. Em 2017, os dois países celebraram 90 anos de relações diplomáticas.
Registraram-se, ainda, outros encontros de alto nível, entre os quais a visita a Budapeste do então Vice-Presidente Michel Temer, em 2013. O Presidente János Áder esteve presente na reunião Rio+20 em 2012, na abertura dos jogos olímpicos de 2016 e participou no segmento de alto nível da oitava edição do Fórum Mundial da Água, em 2018. Em 2017, o então Subsecretário-geral de Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores esteve em Budapeste para participar da IV Reunião da Comissão Econômica Mista Brasil-Hungria e do III Fórum Hungria-América Latina.
A convergência de posições entre o governo brasileiro e o governo do Primeiro-Ministro Viktor Orbán abre espaço para uma aproximação ainda maior entre os dois países. Em janeiro de 2019, o primeiro-ministro húngaro participou da cerimônia de posse do Presidente da República Jair Bolsonaro. Em maio de 2019, o Ministro das Relações Exteriores realizou visita a Budapeste.
O intercâmbio comercial Brasil-Hungria alcançou US$ 480,1 milhões em 2018, sendo US$ 364,4 constituídos de importações brasileiras. O Brasil é o segundo maior parceiro comercial da Hungria na América Latina.
As relações bilaterais beneficiam-se de expressiva comunidade húngara residente no Brasil, estimada em cerca de 100 mil pessoas, concentradas sobretudo no Estado de São Paulo.
Cronologia das relações bilaterais
1871 – Visita do Imperador D. Pedro II à Hungria, então parte do Império Austro-Húngaro
1873 – Abertura, pelo Império do Brasil, do Consulado em Budapeste
1923 – O Brasil reconhece a independência da Hungria
1927 – A Hungria cria Legação no Rio de Janeiro
1929 – O Brasil cria Legação em Budapeste
1942 – Interrupção das relações diplomáticas devido à II Guerra Mundial
1961 – Restabelecimento diplomáticas das relações bilaterais
1962 – Reabertura da Legação do Brasil em Budapeste
1974 – Elevação ao nível de Embaixada da Legação do Brasil em Budapeste
1988 – Abertura, pela Hungria, de Consulado-Geral em São Paulo
1992 – Visita ao Brasil do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Géza Jeszenszky. Entrada em vigor do Acordo de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica
1993 – Visitas ao Brasil do Presidente da Assembleia Nacional, György Szabad
1994 – Visita à Hungria do Presidente-Eleito Fernando Henrique Cardoso
1997 – Visita ao Brasil do Presidente Árpád Göncz
2000 – Visita ao Brasil do então Presidente da Assembleia Nacional da Hungria, János Áder
2008 – Reconhecimento, pelo Brasil, da Hungria como economia de mercado. Entrada em vigor do Acordo de Cooperação Econômica
2011 – Visita ao Brasil do Presidente da Assembleia Nacional, László Kövér
2012 – Realização, em Budapeste, da I Reunião de Consultas Políticas Brasil-Hungria
2012 – Visita ao Brasil do Ministro dos Negócios Estrangeiros, János Martoni (15 a 18 de maio)
2012 – Participação do Presidente da Hungria, János Áder, como Chefe da delegação húngara à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)
2012 – Realização, em Brasília, da I Reunião da Comissão Mista Econômica Brasil-Hungria
2013 – Visita à Hungria do Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella
2013 – Realização, em Budapeste, da II Reunião de Consultas Políticas
2013 – Visita à Hungria do então Vice-Presidente Michel Temer (7 de junho). Inclusão da Hungria no programa Ciência sem Fronteiras. Em três anos, foram concedidas quase 3 mil bolsas de estudo para estudantes universitários brasileiros em 14 universidades húngaras [Discurso] [Declaração à imprensa]
2013 – Realização, em Budapeste, da II Reunião da Comissão Mista Econômica
2013 – Realização do VI Fórum Mundial de Ciências, no Rio de Janeiro, primeira vez que o evento foi organizado fora de Budapeste
2015 – Realização, em Brasília, da III Reunião da Comissão Mista Econômica (abril)
2016 – Realização, em Brasília, da III Reunião de Consultas Políticas
2016 – O Presidente, János Áder, e o Primeiro-Ministro da Hungria, Viktor Orbán, respectivamente, participaram das cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro
2017 – Realização, em Budapeste, da IV Reunião de Consultas Políticas Bilaterais, da IV Reunião da Comissão Econômica Mista e da II Reunião de Consultas entre o Brasil e o Grupo de Visegrado (V4)
2017 – Declaração Conjunta por ocasião dos 90 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Brasil e Hungria (17 de novembro)
2018 – Visita do presidente da Hungria, János Áder, a Brasília, por ocasião do Fórum Mundial da Água
2019 – Visita do Primeiro-Ministro Viktor Orbán para participar da cerimônia de posse do Presidente da República Jair Bolsonaro (janeiro)
2019 – Visita do Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo a Budapeste (9 de maio) [Atos assinados]
2019 – Assinatura do Comunicado Conjunto Brasil-Hungria durante a visita Oficial do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Exterior da Hungria, Péter Szijjártó (Brasília, 8 de outubro)
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LGCJ.: