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August 29, 2019


AMAZÔNIA



MRE. REUTERS. 28 DE AGOSTO DE 2019. ENTREVISTA-Chanceler Ernesto Araújo diz que Brasil é herói e não vilão ambiental
Por Rodrigo Viga Gaier e Gabriel Stargardter

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil vai provar que o país não é vilão ambiental, mas herói, no momento em que é alvo de críticas pela política na área do meio ambiente.

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Chanceler Ernesto Araújo fala durante entrevista à Reuters no Rio de Janeiro 28/08/2019 REUTERS/Gabriel Stargardter

Em entrevista à Reuters, o ministro avaliou que infelizmente há uma percepção muito equivocada a respeito da política ambiental do Brasil e da Amazônia.

“Isso ganhou uma notoriedade muito grande sem corresponder à realidade. Temos uma política ambiental com compromisso total com o ambiente e com o uso racional dos recursos naturais”, afirmou.

“Temos convicção de que nossa agricultura é inteiramente sustentável e seguramente uma das mais sustentáveis do mundo”, acrescentou.

O governo do presidente Jair Bolsonaro ficou sob forte pressão internacional neste mês por causa do expressivo aumento dos incêndios florestais na Amazônia e também por declarações polêmicas do presidente, que chegou a apontar organizações não-governamentais (ONGs) como suspeitas pelas queimadas.

O chanceler disse que o governo está pronto para disponibilizar os dados que mostram todo o trabalho que vem sendo feito na área ambiental para que o mundo possa avaliar.

“Queremos que as pessoas se sentem, olhem os dados, comparem... estamos fazendo um esforço no combate aos incêndios que nunca foi feito”, argumentou.

“Espero que tudo isso seja valorizado e as pessoas que se preocupam com meio ambiente legitimamente vejam que o Brasil é o herói e não o vilão.”

A polêmica ganhou contornos de crise diplomática após uma troca de farpas entre Bolsonaro e o presidente francês, Emmanuel Macron. O francês acusou Bolsonaro de mentir durante a reunião do G20 por ter declarado compromisso com a questão ambiental.

“Acredito que o presidente Bolsonaro reagiu da maneira que precisava reagir. A gente lamenta que tenha havido esse tipo de comportamento e de ofensa por parte do presidente da França, mas tenho certeza que os brasileiros estão tranquilos com o posicionamento do presidente Bolsonaro a esse respeito”, afirmou.

INTERESSES ECONÔMICOS

Sobre as críticas ao tratamento que está sendo dado em relação à crise na Amazônia, o chanceler afirmou que existe uma unidade absoluta dentro do governo e em torno do presidente da República e do conceito de soberania como base de tudo. “E de não aceitar sugestão que implique em relativizar a soberania do Brasil sobre seu território e na Amazônia. Há uma unidade muito grande”, afirmou.

Araújo reforçou declarações do presidente sobre a existência de interesses econômicos de fora na região. “Sem dúvida eu acho que sim”, disse quando perguntado se a mobilização internacional em torno da Amazônia teria motivação econômica.

“Acho que há setores que por ventura se sentem ameaçados por um Brasil mais competitivo, que começa a fechar acordos que não tinha, começa a se posicionar nas cadeias globais de valor”, disse. “Esses setores instrumentalizam uma questão legítima, explorando uma opinião pública que tem pouquíssimo acesso a informação sobre o Brasil”, disse.

A reação internacional às denúncias de que o Brasil estaria tendo uma postura permissiva em relação à preservação da floresta veio rapidamente. Na semana passada, após se alastrarem notícias e imagens das queimadas pelo mundo, a Finlândia pediu que a União Europeia avaliasse a possibilidade de banir a carne bovina brasileira, e o gabinete de Macron também afirmou que iria se opor ao acordo UE-Mercosul, posição semelhante à divulgada pela Irlanda.

Internamente, o setor do agronegócio reagiu, na tentativa de reforçar que trabalha de forma sustentável, sob temor de retaliação internacional aos produtos brasileiros.

O agronegócio brasileiro representa mais de 40% das exportações do país. Até julho deste ano, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, foram exportados 56,6 bilhões de dólares. Em 2018, os valores foram recordes, de 101,7 bilhões de dólares.

TERRAS INDÍGENAS

Araújo afirmou que no caso de terras indígenas Bolsonaro já deixou claro que a intenção é permitir o uso racional e sustentável dos recursos naturais que existem nessas áreas em benefício do Brasil e das próprias populações.

“Muitos líderes indígenas têm nos procurado para dizer que querem que haja essa exploração. São comunidades que vivem de maneira muito pobre em cima de terras extremamente ricas”, disse, acrescentando que o modelo tem que ser estudado, mas seria dentro do marco legal brasileiro e em benefício das comunidades indígenas.

“O que acontece hoje é que não é permitida a exploração legal, mas há exploração ilegal da riqueza que não redunda em benefício ao país e às populações indígenas”, disse.

Na véspera, em reunião com governadores da região amazônica no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que a contínua demarcação dessas terras tem por objetivo “inviabilizar” o país.

CHINA x EUA

No que diz respeito à disputa comercial entre Estados Unidos e China, principais parceiros comerciais do Brasil, o ministro afirmou que pode vir a gerar algum tipo de redução na demanda global, o que seria prejudicial.

“Esse conflito global gera tensões no comércio e na economia global. Isso nos preocupa como preocupa outros países, porque pode gerar algum tipo de diminuição da demanda global, interromper alguns fluxos e, evidentemente, não é bom para qualquer país exportador”, disse.

Segundo o chanceler, o assunto é acompanhado com muita calma, setor a setor, avaliando os respectivos efeitos.

“No momento não estamos sendo diretamente afetados por essa situação, mas do ponto de vista sistêmico temos todo interesse em livre comércio e que o comércio flua da melhor maneira.”



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US ECONOMICS



GDP



DoC. BEA. US CENSUS. August 29, 2019. Gross Domestic Product, Second Quarter 2019 (Second Estimate); Corporate Profits, Second Quarter 2019 (Preliminary Estimate)

Real gross domestic product (GDP) increased at an annual rate of 2.0 percent in the second quarter of 2019 (table 1), according to the "second" estimate released by the Bureau of Economic Analysis. In the first quarter, real GDP increased 3.1 percent.

The GDP estimate released today is based on more complete source data than were available for the "advance" estimate issued last month. In the advance estimate, the increase in real GDP was 2.1 percent. The revision primarily reflected downward revisions to state and local government spending, exports, private inventory investment, and residential investment that were partly offset by an upward revision to personal consumption expenditures (PCE). Imports which are a subtraction in the calculation of GDP, were unrevised (see "Updates to GDP" on page 2).

Real GDP: Percent change from preceding quarter


The increase in real GDP in the second quarter reflected positive contributions from PCE, federal government spending, and state and local government spending that were partly offset by negative contributions from private inventory investment, exports, residential fixed investment, and nonresidential fixed investment. Imports increased (table 2).

The deceleration in real GDP in the second quarter primarily reflected downturns in inventory investment, exports, and nonresidential fixed investment. These downturns were partly offset by accelerations in PCE and federal government spending.

Real gross domestic income (GDI) increased 2.1 percent in the second quarter, compared with an increase of 3.2 percent in the first quarter. The average of real GDP and real GDI, a supplemental measure of U.S. economic activity that equally weights GDP and GDI, increased 2.1 percent in the second quarter, compared with an increase of 3.2 percent in the first quarter (table 1).

Current dollar GDP increased 4.6 percent, or $240.3 billion, in the second quarter to a level of $21.34 trillion. In the first quarter, current-dollar GDP increased 3.9 percent, or $201.0 billion (tables 1 and 3).

The price index for gross domestic purchases increased 2.2 percent in the second quarter, compared with an increase of 0.8 percent in the first quarter (table 4). The PCE price index increased 2.3 percent, compared with an increase of 0.4 percent. Excluding food and energy prices, the PCE price index increased 1.7 percent, compared with an increase of 1.1 percent.

Updates to GDP

The percent change in real GDP in the second quarter was revised down 0.1 percentage point from the advance estimate, primarily reflecting downward revisions to state and local government spending, exports, private inventory investment, and residential investment that were partly offset by an upward revision to PCE. For more information, see the Technical Note. A detailed "Key Source Data and Assumptions" file is also posted for each release. For information on updates to GDP, see the "Additional Information" section that follows.

Advance EstimateSecond Estimate
(Percent change from preceding quarter)
Real GDP2.12.0
Current-dollar GDP4.64.6
Real GDI2.1
Average of Real GDP and Real GDI2.1
Gross domestic purchases price index2.22.2
PCE price index2.32.3

For the first quarter of 2019, revised tabulations from the BLS Quarterly Census of Employment and Wages program were incorporated into the estimates; the percent change in real GDI was unrevised at 3.2 percent.

Corporate Profits (table 10)

Profits from current production (corporate profits with inventory valuation and capital consumption adjustments) increased $105.8 billion in the second quarter, in contrast to a decrease of $78.7 billion in the first quarter (table 10).

Profits of domestic financial corporations increased $4.0 billion in the second quarter, compared with an increase of $22.2 billion in the first quarter. Profits of domestic nonfinancial corporations increased $43.5 billion, in contrast to a decrease of $108.2 billion. Rest-of-the-world profits increased $58.3 billion, compared with an increase of $7.3 billion. In the second quarter, receipts increased $39.9 billion, and payments decreased $18.5 billion.

FULL DOCUMENT: https://www.bea.gov/system/files/2019-08/gdp2q19_2nd.pdf



INTERNATIONAL TRADE



DoC. U.S. Census Bureau. 08/29/2019. Advance U.S. International Trade in Goods

The advance international trade deficit in goods decreased to $72.3 billion in July from $74.2 billion in June as exports increased and imports decreased.

  • July 2019: 72.3° $ billion
  • June 2019: 74.2° $ billion

 (*) The 90% confidence interval includes zero. The Census Bureau does not have sufficient statistical evidence to conclude that the actual change is different from zero.

 (°) Statistical significance is not applicable or not measurable for these surveys. The Manufacturers’ Shipments, Inventories and Orders estimates are not based on a probability sample, so we can neither measure the sampling error of these estimates nor compute confidence intervals.

(r) Revised.

All estimates are seasonally adjusted except for the Rental Vacancy Rate, Home Ownership Rate, Quarterly Financial Report for Retail Trade, and Quarterly Services Survey. None of the estimates are adjusted for price changes.



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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS



PIB



IBGE. 29/08/2019. PIB varia 0,4% no 2º trimestre de 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) registrou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2019 (comparado ao primeiro), na série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1,0%. No ano (primeiro semestre), a alta é de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2019 alcançou 1,0%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

PERÍODO DE COMPARAÇÃOINDICADORES
PIBAGROPECINDUSSERVFBCFCONS. FAMCONS. GOV
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (c/ ajuste sazonal)0,4%-0,4%0,7%0,3%3,2%0,3%-1,0%
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior (s/ ajuste sazonal)1,0%0,4%0,3%1,2%5,2%1,6%-0,7%
Acumulado em 4 trimestres / mesmo período do ano anterior(s/ ajuste sazonal)1,0%1,1%-0,1%1,2%4,3%1,5%-0,2%
Valores correntes no trimestre (R$)1,780 trilhão86,9 bilhões324,4 bilhões1,112 trilhão282,7 bilhões1,133 trilhão349,5 bilhões
TAXA DE INVESTIMENTO (FBCF/PIB) no 2º trimestre de 2019 = 15,9% 
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) no 2º trimestre de 2019 = 15,2% 

Variação trimestral do PIB — Foto: Rodrigo Sanches/G1

Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2019 totalizou R$ 1,780 trilhão, sendo R$ 1,523 trilhão referente ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 256,9 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

No segundo trimestre de 2019, a taxa de investimento foi de 15,9% do PIB, acima da observada no mesmo período de 2018 (15,3%).

Principais resultados do PIB a preços de mercado do 2º Trimestre de 2018 ao 2º Trimestre de 2019
Taxas (%)2018.II2018.III2018.IV2019.I2019.II
Acumulado ao longo do ano / mesmo período do ano anterior < Anexo: Tabela 3 >1,11,11,10,50,7
Últimos quatro trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores < Anexo: Tabela 4 >1,41,41,10,91,0
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior < Anexo: Tabela 2 >0,91,31,10,51,0
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal) < Anexo: Tabela 7 >-0,10,50,1-0,10,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.  

PIB varia 0,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior

O PIB registrou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2019 comparado ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. A maior alta foi da Indústria (0,7%), seguida de Serviços (0,3%). A Agropecuária variou -0,4%.

O crescimento na Indústria se deve à expansão de 2,0% nas Indústrias de Transformação e de 1,9% na Construção. Indústrias Extrativas (-3,8%) e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,7%) recuaram no período.

Nos Serviços, as Atividades imobiliárias (0,7%), Comércio (0,7%), Informação e comunicação (0,5%) e Outras atividades de serviços (0,4%) apresentaram resultados positivos. Já as atividades de Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%), Transporte, armazenagem e correio (-0,3%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,1%) registraram desempenho negativo.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), avançou 3,2%, e o Consumo das Famílias, 0,3%. Já Consumo do Governo recuou 1,0% no trimestre.

No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 1,6%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços cresceram 1,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

PIB avança 1,0% na comparação com o 2º tri de 2018

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 1,0% no segundo trimestre de 2019, o 10° resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 0,9%, e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 1,7%.

A Agropecuária variou 0,4% em relação em relação ao segundo trimestre de 2018. Este resultado se explica, principalmente, pelo desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada e pelo bom desempenho da pecuária.

A Indústria teve expansão de 0,3%. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos registrou a maior expansão (2,4%), favorecida pelo efeito das bandeiras tarifárias, que tiveram melhor resultado no segundo trimestre de 2019.

A Construção subiu 2,0%, após 20 trimestres consecutivos de queda nessa comparação. As Indústrias de Transformação cresceram 1,6%, influenciadas pela alta da produção de produtos de metal; máquinas e equipamentos; produtos químicos; metalurgia e bebidas.

Já as Indústrias Extrativas caíram 9,4%, resultado do desempenho negativo da extração de minérios ferrosos, ainda por conta do desastre de Brumadinho e suas consequências.

Os Serviços cresceram 1,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para Informação e comunicação (3,0%) e Atividades imobiliárias (2,7%). Ainda com resultados positivos, houve avanço em Comércio – atacadista e varejista – (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), e Transporte, armazenagem e correio (0,3%). Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,1%) apresentaram resultados negativos.

O Consumo das Famílias teve expansão 1,6%, o nono avanço consecutivo nesta comparação, explicado, principalmente, pelo comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, bem como da expansão da massa salarial no segundo trimestre de 2019.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 5,2% no segundo trimestre de 2019, o sétimo resultado positivo após 14 trimestres de recuo. Este aumento é justificado pelo crescimento na importação e produção de bens de capital e na construção. A Despesa de Consumo do Governo teve queda de 0,7% em relação ao segundo trimestre de 2018.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços (1,8%) e as Importações de Bens e Serviços (4,7%) cresceram. Dentre as exportações de bens, o crescimento é explicado, principalmente, pelo acréscimo nos produtos de extração de petróleo e gás natural; produtos alimentícios, produtos derivados de petróleo; produtos químicos, metalurgia e celulose. Na pauta de importações de bens, os aumentos mais relevantes ocorreram em máquinas e equipamentos; produtos de metal; máquinas aparelhos e materiais elétricos; extração de petróleo e gás natural e produtos derivados do petróleo.

PIB cresce 1,0% no acumulado em quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2019 cresceu 1,0% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 1,0% do Valor Adicionado a preços básicos e de 0,9% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,1%), Indústria (-0,1%) e Serviços (1,2%).

Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 4,3% e a Despesa de Consumo das Famílias registrou expansão de 1,5%. Por outro lado, a Despesa de Consumo do Governo recuou 0,2%. No âmbito do setor externo, tanto as Exportações de Bens e Serviços (4,3%) quanto as Importações de Bens e Serviços (5,4%) cresceram.

PIB acumula alta de 0,7% no semestre

O PIB cresceu 0,7% no 1º semestre de 2019 frente a igual período de 2018, o que representa uma desaceleração em relação à expansão de 1,2% no semestre encerrado em dezembro de 2018. Nesta base de comparação, houve desempenho positivo nos Serviços (1,2%) e na Agropecuária (0,1%). Na Indústria (-0,4%) o desempenho foi negativo.

Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (-6,3%) e a Construção (-0,1%) apresentaram desempenho negativo no primeiro semestre do ano. As Indústrias de Transformação (0,0%) ficaram estáveis, enquanto houve crescimento das atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%).

Nos Serviços, houve avanços em Informação e comunicação (3,4%), Atividades imobiliárias (2,8%), Outras atividades de serviços (1,5%), Comércio (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,2%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%). As Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,0%) ficaram estáveis.

Nessa comparação, destaca-se aumento de 3,1% da Formação Bruta de Capital Fixo. O Consumo das Famílias cresceu 1,5%, enquanto que o Consumo do Governo recuou em 0,3%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços e as Importações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 1,4% e 1,0%, respectivamente.

Variação trimestral do PIB da indústria, comércio e serviços — Foto: Juliane Souza/G1

Taxa de Investimento foi de 15,9% no 2º trimestre

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2019 foi de 15,9% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,3%). A taxa de poupança foi de 15,2% no segundo trimestre de 2019 (ante 15,8% no mesmo período de 2018).

A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 11,0 bilhões ante R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre de 2018. Esse aumento é explicado, principalmente, pela redução no montante de R$ 1,5 bilhão no saldo externo de bens e serviços e aumento de R$ 8,8 bilhões em Renda Líquida de Propriedade enviada ao Resto do Mundo.

PIB pela ótica da demanda — Foto: Rodrigo Sanches/G1

Indústria e serviços puxam crescimento de 0,4% no PIB no 2º trimestre. A indústria de transformação subiu 2,0% no 2° trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2019, frente ao trimestre anterior. O resultado foi puxado, principalmente, pelos ganhos da indústria (0,7%) e dos serviços (0,3%). Já a agropecuária caiu 0,4%. Na comparação com o 2º trimestre de 2018, o aumento foi de 1,0%. As informações, que fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, foram divulgadas hoje pelo IBGE.

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,78 trilhão. Na comparação com o 1º trimestre, o crescimento na indústria foi influenciado pela expansão das indústrias de transformação (2,0%) e construção (1,9%). Já as indústrias extrativas registraram recuo (-3,8%) no período.

“Juntas, as indústrias de transformação e construção respondem por cerca de 70% do setor. Além disso, a indústria de transformação tem peso no segmento de bens de capital, que contribuem para os investimentos internos e externos”, explica a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio.


Taxa trimestre contra trimestre imediatamente anterior (%)


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Agropecuária - total | BrasilIndústria - total | BrasilServiços - total | BrasilPIB a preços de mercado | Brasil1º trimestre 20182º trimestre 20183º trimestre 20184º trimestre 20181º trimestre 20192º trimestre 2019-202463º trimestre 2018-0,3 %
Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais

Nos serviços, os resultados positivos foram das atividades imobiliárias (0,7%), comércio (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e outras atividades (0,4%).

Pela ótica da despesa, as variações positivas ficaram com as despesas de consumo das famílias (0,3%) e a formação bruta de capital fixo (3,2%), enquanto que as despesas de consumo do governo recuaram 1,0%.

PIB aumenta 1,0% em relação ao 2º trimestre de 2018, apesar da queda recorde na indústria extrativa

Na comparação com o 2º trimestre de 2018, o PIB cresceu 1,0%, o décimo resultado positivo seguido nesse tipo de comparação. A agropecuária registrou variação positiva de 0,4%, graças a lavouras como a do algodão e do milho, que tiveram crescimento na estimativa de produção anual de 32,5% e 21,4%, respectivamente.

A indústria também teve expansão, de 0,3%, devido principalmente à atividade de eletricidade e gás, água e esgoto, que cresceu 2,4% por conta do efeito das bandeiras tarifárias. A construção cresceu 2,0%, primeiro resultado positivo após 20 trimestres consecutivos de queda nessa base de comparação. As indústrias de transformação também tiveram crescimento (1,6%) na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Por outro lado, a indústria extrativa (-9,4%) teve sua queda mais acentuada na série histórica.

“A extração mineral ainda sofre os efeitos de Brumadinho e da paralisação de outras barragens para vistoria. As chuvas no Pará também impactaram a indústria de minério de ferro”, explica a gerente de Contas Nacionais.

Os serviços apresentaram aumento de 1,2%, com destaque para os serviços de informação e comunicação (3,0%) e atividades imobiliárias (2,7%). O comércio atacadista e varejista (2,1%) também cresceu.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias continua puxando o avanço, com expansão de 1,6%, nono trimestre seguido de resultados positivos. A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 5,2%.

“Mais uma vez, vemos o consumo das famílias influenciando a demanda, além de ter puxado o aumento do comércio varejista. Já o comércio por atacado cresceu graças às indústrias de transformação, principalmente a metalurgia e produção de máquinas e equipamentos. Junto com a importação, a produção doméstica de bens de capital e a construção explicam a aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo”, conclui Claudia Dionísio.

Variação do PIB dos países — Foto: Rodrigo Sanches/G1

DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25298-pib-varia-0-4-no-2-trimestre-de-2019



INFLAÇÃO



FGV. IBRE. 29/08/19. Índices Gerais de Preços. IGP-M. IGP-M varia -0,67% em agosto

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,67% em agosto, percentual inferior ao apurado em julho, quando a taxa foi de 0,40%. Com este resultado, o IGP-M acumulada alta de 4,09% no ano e de 4,95% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2018, o índice havia subido 0,70% no mês e acumulava alta de 8,89% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,14% em agosto, após alta de 0,40% em julho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou -0,48% em agosto, contra -0,09% no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,58% para -3,92%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,02% em agosto, após subir 0,25% no mês anterior.

A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de -0,83% em julho para -0,72% em agosto. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -4,68% para -1,69%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,56% em agosto, contra queda de 0,14% em julho.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou de 2,34% em julho para -2,30% em agosto. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (11,34% para -7,47%), milho (em grão) (3,28% para -2,82%) e suínos (7,49% para -9,68%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja (em grão) (-1,36% para 1,80%), leite in natura (-6,91% para -0,43%) e aves (-2,24% para 3,23%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,23% em agosto, após alta de 0,16% em julho. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (-0,60% para 0,03%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou -2,36% para -0,43%.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,55% para 0,87%), Vestuário (-0,28% para -0,01%) e Comunicação (0,03% para 0,25%). As principais influências para a aceleração dos grupos partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (2,53% para 4,11%), acessórios do vestuário (-0,46% para 1,04%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para 1,03%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,39% para -0,35%), Alimentação (0,22% para -0,04%), Despesas Diversas (0,25% para 0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,29%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados para os seguintes itens: passagem aérea (7,06% para -10,61%), hortaliças e legumes (1,60% para -6,77%), alimentos para animais domésticos (1,42% para -0,47%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,47% para 0,16%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,34% em agosto, ante 0,91% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (0,04% para 0,22%), Serviços (0,20% para 0,29%) e Mão de Obra (1,63% para 0,44%).

DOCUMENTO: https://portalibre.fgv.br/navegacao-superior/noticias/igp-m-varia-0-67-em-agosto.htm

IBGE. 29/08/2019. Em julho, IPP recua 1,24%

Em julho de 2019, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve queda (-1,24%) em relação a junho. O acumulado no ano foi de 1,50% e o dos 12 meses, de 1,33%. Cinco das 24 atividades industriais investigadas tiveram alta de preços.

PeríodoTaxa
Julho de 2019-1,24%
Junho de 2019-1,13%
Julho de 20181,13%
Acumulado no ano1,50%
Acumulado 12 meses1,33%

Em julho/2019, em relação ao mês anterior, cinco das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra oito do mês anterior.

As quatro maiores variações observadas em julho/2019 se deram nas seguintes atividades industriais: metalurgia (-3,74%), refino de petróleo e produtos de álcool (-2,67%), outros produtos químicos (-2,20%) e alimentos (-1,81%).

Já as influências mais intensas sobre o IPP de julho (-1,24%), na mesma comparação, foram alimentos (-0,40 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,27 p.p.), metalurgia (-0,23 p.p.) e outros produtos químicos (-0,18 p.p.).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Indústria Geral e SeçõesVariações (%)
Variação no mêsAcumulado AnoAcumulado em 12 meses
MAI/19JUN/19JUL/19MAI/19JUN/19JUL/19MAI/19JUN/19JUL/19
Indústria Geral1,39-1,13-1,243,952,781,507,323,761,33
B - Indústrias Extrativas6,50-0,10-1,2722,7522,6321,0736,1028,6224,04
C - Indústrias de Transformação1,14-1,18-1,243,131,910,656,142,700,36
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Em julho/2019, o acumulado no ano (julho/2019 contra dezembro/2018) atingiu 1,50%, contra 2,78% em junho/2019. As atividades com as maiores variações percentuais foram: indústrias extrativas (21,07%), refino de petróleo e produtos de álcool (8,26%), farmacêutica (7,93%) e papel e celulose (-6,84%).

Já os setores de maior influência foram: indústrias extrativas (0,88 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,77 p.p.), outros produtos químicos (-0,41 p.p.) e farmacêutica (0,24 p.p.).

Em relação ao mesmo mês de 2018, os preços subiram 1,33% em julho, depois da alta de 3,76% em junho/2019, nessa mesma comparação. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (24,04%), farmacêutica (10,74%), fabricação de máquinas e equipamentos (8,18%) e papel e celulose (-7,14%).

Entre as Grandes Categorias Econômicas, a variação de -1,24% frente a junho repercutiu da seguinte maneira: 0,15% em bens de capital; -1,79% em bens intermediários; e -0,72% em bens de consumo, sendo 0,06% para bens de consumo duráveis e -0,89% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Indústria Geral e SeçõesVariações (%)
Variação no mêsAcumulado AnoAcumulado em 12 meses
MAI/19JUN/19JUL/19MAI/19JUN/19JUL/19MAI/19JUN/19JUL/19
Indústria Geral1,39-1,13-1,243,952,781,507,323,761,33
Bens de Capital (BK)0,77-0,560,153,352,772,929,477,776,28
Bens Intermediários (BI)1,80-1,16-1,793,782,580,747,463,26-0,12
Bens de consumo(BC)0,93-1,19-0,724,313,072,326,433,552,51
Bens de consumo duráveis (BCD)0,150,040,062,762,802,876,786,446,02
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)1,10-1,45-0,894,653,122,216,142,631,47
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

As influências das Grandes Categorias Econômicas foram: 0,01 p.p. de bens de capital, -0,98 p.p. de bens intermediários e -0,28 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,28 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,00 p.p. nos bens de consumo duráveis.

As variações acumuladas no ano entre as Grandes Categorias foram: 2,92% a variação de bens de capital (com influência de 0,22 p.p.), 0,74% de bens intermediários (0,40 p.p.) e 2,32% de bens de consumo (0,88 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,19 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,69 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Em relação a julho de 2018, os preços da indústria subiram 1,33%, com as seguintes variações: bens de capital, 6,28%; bens intermediários, -0,12%; e bens de consumo, 2,51%.

A seguir são analisados com mais detalhes seis setores que, no mês de julho de 2019, encontravam-se entre os principais destaques.

Indústrias extrativas: em julho, houve queda dos preços (-1,27%), em relação ao mês anterior. A variação acumulada no ano ficou em 21,07%. Na comparação com julho de 2018, os preços variaram 24,04%.

Na influência, destacou-se o indicador acumulado no ano do setor sobre o indicador da indústria geral (0,88 p.p. em 1,50%).

Em relação aos produtos pesquisados no setor, destacaram-se as variações dos preços dos minérios de ferro e de “óleos brutos de petróleo”.

Alimentos: em julho de 2019, a variação média de preços do setor, na comparação contra o mês imediatamente anterior, foi de -1,81%. Esta foi a quarta menor taxa da série, sendo que -2,58% (fevereiro de 2013), -2,23% (janeiro de 2017) e -2,08% (julho de 2017) foram as taxas mais negativas.

Janeiro e fevereiro são meses de baixa no setor, devido à colheita da soja e ao abate de reses. Nos meses de julho de 2017 e de 2019, houve apreciação do Real, respectivamente, de 2,7% e de 2,1%.

No ano, o setor acumulou queda de -0,51%, voltando ao patamar negativo do qual saíra em março de 2019 (-0,96%). Já em relação ao mesmo mês de 2018, a taxa de -0,93% é a primeira negativa desde abril de 2018 (-0,67%).

O destaque dado ao setor se deveu ao fato de, além de ser o setor que mais contribui no cálculo do índice (23,17%), ter sido a quarta maior variação (em módulo) entre todas as atividades que compõem o total das indústrias extrativa e de transformação e a primeira influência na comparação julho 2019/junho 2019 (-0,40 p.p., em -1,24%).

Na comparação com junho, os quatro produtos de maior destaque em termos de influência responderam por -1,17 p.p. da variação de -1,81%. Dois deles (“açúcar cristal” e “resíduos da extração de soja”) apareceram como destaque também em termos de variação. Completam os produtos destacados em termos de influência, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “açúcar VHP (very high polarization)”. Em linha com a apreciação do Real, os preços dos quatro produtos (de perfil exportador) caíram.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em média, os preços do setor, na passagem de junho para julho, retraíram em 2,67%, segunda variação negativa, com o que a variação acumulada de maio a julho foi de -9,72%. Com a variação de julho, o acumulado no ano, que já foi de 19,91% em maio, chegou a 8,26%. Por fim, na comparação com julho de 2018, houve queda de -0,58%, o primeiro resultado negativo desde de julho de 2017, -0,78%.

Além de ter dado a segunda maior contribuição ao índice (10,45%), o setor destacou-se como a segunda maior variação em relação ao mês anterior e no acumulado do ano, além da segunda maior influência sobre a variação mensal (-0,27 p.p., em -1.24%) e o acumulado (0,77 p.p., em 1,50%).

As maiores influências no resultado de julho contra junho (-2,66 p.p. em -2,67%) vieram dos derivados de petróleo, cujos preços recuaram, em linha com o óleo bruto.

Outros produtos químicos: em relação a junho, os preços do setor caíram (-2,20%), o que não ocorria desde fevereiro deste ano (-1,89%). Apesar das variações positivas entre março e junho, o acumulado no ano permaneceu negativo (-4,68%). Já o acumulado em 12 meses ficou negativo (-5,77%) pela primeira vez desde julho de 2017 (-0,16%).

O setor deu a quarta maior contribuição (8,60%) ao índice do mês, pelas seguintes razões: foi a terceira maior variação de preços, em módulo; a quarta influência, na comparação com junho (-0,18 p.p., em -1,24%); e a terceira no acumulado (-0,41 p.p., em 1,50%, a única negativa entre os quatro setores destacados).

Farmacêutica: queda de -1,30% em relação a junho, revertendo a série de aumentos iniciada em fevereiro deste ano. Foi a queda mais intensa desde abril/2018 (-1,48%). Entre os setores da indústria geral, esse segmento teve a terceira maior variação de preços no acumulado do ano (7,93%) e a segunda maior no acumulado dos últimos 12 meses (10,74%).

Apesar da queda (-1,30%), alguns aumentos de 2019 foram os maiores da série histórica do setor farmacêutico. O acumulado do ano (7,93%) foi o maior para um mês de julho desde o início da série. Já o dos últimos 12 meses (10,74%) foi o segundo maior da série, ficando atrás apenas do índice de junho (11,26%). O setor está entre os de maior influência no acumulado do ano, sendo o quarto de maior importância em julho.

Os quatro produtos com maior influência no mês contribuíram com -1,17 p.p. na variação de -1,30%, e os demais oito produtos, com -0,13 p.p. Dois deles também estiveram dentre os de maior influência na comparação com junho, na categoria de Bens de Consumo Não Duráveis. São eles: “medicamentos à base de hormônios para uso humano, exceto contraceptivos” e “heterocíclicos exclusivos de nitrogênio ou inibidores da bomba de prótons (por ex. omeprazol)”.

Metalurgia: queda de -3,74% contra junho, a primeira desde fevereiro deste ano e a maior em toda a série histórica. Esse resultado se deve, principalmente, aos produtos cujos preços dependem do mercado internacional e do câmbio, num mês em que o Real teve apreciação de 2,1% frente ao Dólar. São eles: “ferro-gusa”, “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2mm” e “óxido de alumínio (alumina calcinada)”, todos com influência negativa sobre o índice do mês. Em conjunto, esses quatro produtos representaram -3,35 p.p., e os demais 20 produtos, -0,39 p.p.

O setor acumulou queda de -2,21% no ano, valor distante do acumulado em julho de 2018 (13,49%). O acumulado em 12 meses também recuou (-2,19%), interrompendo uma sequência de 32 variações positivas iniciada em novembro de 2016.

Dos quatro produtos com maior influência no acumulado no ano, dois deles também impactaram negativamente o índice: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” e “óxido de alumínio (alumina calcinada)”. Já os produtos “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2mm” e “ouro para usos não monetários” tiveram impacto positivo no indicador acumulado no ano.

Preços da indústria têm terceira maior queda desde 2013. Indústria de alimentos contribui para queda do IPP em julho

A queda das exportações e a valorização do Real frente ao Dólar fizeram os preços industriais do país caírem novamente. É o que mostra o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de julho, que recuou 1,24% frente ao mês anterior, depois de também ter ficado negativo em junho (-1,14%).


IPP - Variação mês/mês imediatamente anterior (M/M-1) (%), julho 2018 - julho 2019


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Indústria geral | Brasiljulho 2018agosto 2018setembro 2018outubro 2018novembro 2018dezembro 2018janeiro 2019fevereiro 2019março 2019abril 2019maio 2019junho 2019julho 2019-2-101234abril 20191,22 %
Notas:
Fonte: IBGE - Índice de Preços ao Produtor

Entre as atividades industriais abrangidas pelo IPP do IBGE, as quatro quedas mais intensas em julho foram na metalurgia (-3,74%), no refino de petróleo e produtos de álcool (-2,67%), em outros produtos químicos (-2,20%) e na indústria de alimentos (-1,81%). E foi justamente a queda nos preços dos alimentos industrializados que exerceu a influência mais negativa (-0,40 p.p.) sobre o IPP de julho (-1,24%).

“A apreciação do Real frente ao Dólar e as condições do mercado externo derrubaram os preços da indústria geral”, diz Murilo Alvim, analista do IBGE. Ele lembra que o recuo em julho foi a terceira queda mais intensa do IPP desde dezembro de 2013, quando começou a série histórica do índice.

Das atividades industriais de maior peso no IPP, a única a se manter no campo positivo foi a dos veículos automotores, com variação de 0,26%. Alvim explica que essa modesta alta foi puxada por algumas montadoras, que lançaram seus modelos automotivos 2020 em julho.

DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25296-em-julho-ipp-recua-1-24


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