ORGANISMS
ARGENTINA
IMF. May 8, 2018. Statement by the IMF’s Managing Director on Argentina
Ms. Christine Lagarde, Managing Director of the International Monetary Fund, made following statement in Washington D.C. today:
“Argentina is a valued member of the International Monetary Fund. I very much welcome President Macri’s statement today and look forward to our continuing partnership with Argentina. Discussions have been initiated on how we can work together to strengthen the Argentine economy and these will be pursued in short order.”
ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
INVESTIMENTO
MPOG. 09/05/2018. Planejamento divulga quarto boletim de investimentos chineses no Brasil. Documento aponta a diversificação da aplicação de capital chinês no País
A quarta edição do Boletim sobre Investimentos Chineses no Brasil, lançado nesta quarta-feira (09) pelo Ministério do Planejamento, traz como destaque seis projetos multilaterais e ressalta que três destes projetos tiveram aplicações financeiras que totalizaram US$ 992,7 milhões.
O Boletim reúne ações do setor de Petróleo e Gás; Máquinas e Equipamentos; Educação; e Comércio e Varejo.
Entre anunciados e confirmados, a China integrou 262 projetos no Brasil no período entre 2003 e 2018 com valores totais de US$ 126,7 bilhões. Os dados apontam que entre janeiro e abril deste ano o número de projetos confirmados cresceu em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O documento apresenta a concentração do estoque dos investimentos chineses no Brasil, nota-se um aumento da diversificação dos investimentos em variadas áreas, incluindo a participação de investimentos de empresas privadas chinesas.
“Esperamos que os investimentos sejam em projetos greenfield, que tragam novas tecnologias, sejam diversificados e voltados para exportação”, comenta o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento (Seain/MP), Jorge Arbache.
Como oportunidade de inovação, será liberada a versão em inglês do Boletim, dentro de poucos dias.
FUNDO BRASIL-CHINA
A edição também traz informação referente aos encontros do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) do Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva. Após reunião ordinária em abril, foram examinados seis projetos.
Os projetos, que abrangem os setores de energia, logística, infraestrutura e tecnologia, solicitaram ao Fundo Brasil-China um total de US$ 2,4 bilhões. Os projetos selecionados serão analisados por instituições financeiras dos dois países. Após aprovação de um investidor brasileiro e um chinês, os membros do GTT realizarão outra reunião para deliberar sobre a proposta final de classificação, que será encaminhada ao Comitê Diretivo do Fundo, para decisão final.
- Boletim: http://www.planejamento.gov.br/noticias/planejamento-divulga-quarto-boletim-de-investimentos-chineses-no-brasil
- Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/internacionais/fundo-brasil-chinahttp:/www.planejamento.gov.br/assuntos/internacionais/fundo-brasil-china
FGV. IBRE. 09-Mai-2018. Clima Econômico da América Latina piora com expectativas menos favoráveis
Após registrar um saldo positivo de 1,5 ponto em janeiro, o Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico (ICE) da América Latina — elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV — retorna à zona desfavorável no segundo trimestre, com um saldo de -5,2 pontos. A piora do ICE foi influenciada majoritariamente pelo Indicador das Expectativas (IE), que se mantém em patamar positivo mas recuou 16,6 pontos entre janeiro e abril. Já o Indicador da Situação Atual (ISA) ficou relativamente estável em território negativo.
O indicador da região seguiu, em grandes linhas, o comportamento do ICE Mundial, embora este tenha permanecido na zona de avaliação favorável. O ICE Mundial passou de 26,1 pontos, em janeiro, para 16,5 pontos, em abril, com estabilidade do ISA e queda, de 23,9 pontos para 6,1 pontos, do IE, no mesmo período. Esta queda interrompe a trajetória de melhora observada desde outubro de 2017. O resultado indica que a economia mundial continua num ciclo expansivo, mas sinaliza uma possível desaceleração no ritmo de crescimento econômico no segundo semestre
A piora das expectativas ocorre nas principais economias do mundo Embora as principais economias europeias, dos Estados Unidos e do Japão registrem indicadores positivos de clima econômico, as quedas dos Estados Unidos e do Japão, em torno de 22,0 pontos, chamam atenção. Nos Estados Unidos, o IE passou de positivo para negativo; no Japão, continuou positivo, mas recuou 22,3 pontos. O Reino Unido registrou melhora no ICE, mas permaneceu na zona desfavorável.
Entre os países integrantes dos BRICS, a Índia e a África do Sul estão na zona favorável e melhoraram o clima econômico entre janeiro e abril. No caso da África do Sul, o indicador passou de negativo para positivo, associado a um cenário mundial mais favorável devido ao aumento de preços de commodities e à melhora nas expectativas com relação aos investimentos produtivos. Já a Rússia e o Brasil registraram piora. No Brasil, o ICE passou de 4,3 pontos positivos, em janeiro, para 11,4 pontos negativos, em abril. O ISA ficou relativamente estável, mas as expectativas passaram de 85,2 para 47,8 pontos, o pior resultado desde julho de 2017 (34,6 pontos).
Resultados para os países selecionados da América Latina
No grupo de 11 países selecionados para a análise da América Latina, cinco registraram piora no clima econômico. Os maiores recuos entre janeiro e abril ocorreram na Argentina (-17,5 pontos), Brasil (-15,7 pontos) e Peru (-11,3 pontos). Mesmo com esta forte retração, a Argentina e o Peru permaneceram na zona favorável; já o Brasil encaminhou-se para a zona de clima desfavorável. Os outros dois países, Bolívia e Colômbia, também estão com avaliação desfavorável do clima econômico.
A piora do ICE na Colômbia e no Peru está associada a uma deterioração na avaliação da situação atual, pois as expectativas, além de estarem no campo positivo, melhoraram. Na Argentina, tanto a situação atual quanto as expectativas pioraram. Na Bolívia, assim como no Brasil, a piora foi causada pelas expectativas. Diante deste cenário, “Colômbia e Peru estão em melhor situação que Brasil, Argentina e Bolívia que devem esperar piora nas condições do clima econômico nos próximos meses”, segundo Lia Valls Pereira, Pesquisadora da FGV IBRE.
Entre os países que registraram avanço no ICE, o destaque é o Chile, país em que o indicador passou de 26,3 pontos para 49,2 pontos entre janeiro e abril. A melhora deveu-se à forte alta do ISA, que passou de -18,2 pontos, em janeiro, para 30,0 pontos, em abril. As expectativas recuaram, mas se mantiveram em patamar positivo (70,0 pontos) e estão bem acima da média histórica dos últimos dez anos (8,3 pontos). Os ICE de Equador e México, mesmo melhorando, continuam na zona desfavorável. No Equador, é o IE que explica a melhora; e no México, a melhora decorre da percepção em relação à situação atual. No Paraguai, todos os indicadores melhoraram e estão na zona favorável; no Uruguai, os indicadores mantiveram-se estáveis e na zona favorável.
Na América Latina, predominam, portanto, a melhora nas expectativas (ocorreu em 6 países). A piora no ICE da América Latina, portanto, foi puxada pelo comportamento da maior economia da região (Brasil), e da terceira maior em PIB (Argentina). A segunda maior economia, o México, registrou melhora do clima, mas está na zona de avaliação desfavorável desde julho de 2014.
Principais problemas enfrentados pelos países no momento atual
Nos meses de abril e outubro, o Instituto Ifo divulga uma pesquisa sobre os principais problemas enfrentados pelos países, na opinião dos especialistas. O indicador oscila entre 0 e 100 pontos. Quanto mais relevante o problema, maior a sua pontuação. Na região abaixo de 50, o problema é considerado pouco relevante. O quadro a seguir apresenta os resultados para o mundo, América Latina e os países selecionados da região.
No mundo, a maior pontuação se refere ao aumento na desigualdade de renda (72,4 pontos) seguido de falta de mão de obra qualificada (63,8), infraestrutura inadequada (55,0), barreiras legais ao investimento (52,7), corrupção (52,3), falta de inovação (51,9) e falta de confiança na política econômica (50,6). Na América Latina, com pontuação acima de 80 pontos, em ordem decrescente, os especialistas destacaram: infraestrutura inadequada; corrupção; e, falta de inovação. Entre 60 e 70 pontos: falta de competitividade internacional; aumento da desigualdade de renda; e, falta de confiança na política econômica. Entre 50 e 60 pontos os problemas foram: barreiras aos investimentos; demanda insuficiente; falta de mão de obra qualificada; e instabilidade política.
No Brasil, os problemas mais relevantes foram a corrupção e a infraestrutura inadequada, ambos com 90,9 pontos. Acima de 80 pontos foram destacados: demanda insuficiente; aumento na desigualdade de renda; e, falta de competitividade internacional. Só não foram considerados problemas relevantes (abaixo de 50 pontos): gerenciamento da dívida; clima favorável para o investidor estrangeiro; e, atuação do Banco Central.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C563274A5801634487299E1AF5
COMÉRCIO INTERNACIONAL
EUA. CHINA. MERCOSUL. UE. PORTAL G1. RFI. 09/05/2018. Guerra comercial de Trump pode beneficiar acordo entre Mercosul e UE. Diante da ofensiva protecionista que Trump e a consequente cascata de represálias internacionais, acordo com o Mercosul pode se tornar estratégico para União Europeia.
Dois dias de negociações de alto nível entre representantes dos Estados Unidos e da China não bastaram para os países saírem do clima de guerra comercial, desde que o presidente americano, Donald Trump, decidiu diminuir à força o déficit comercial com o país asiático. Neste confronto entre as duas maiores economias do planeta, o resto do mundo assiste ao desfecho de camarote – e a países emergentes como o Brasil, não resta alternativa a não ser aproveitar os poucos efeitos positivos, mas limitados, desse combate.
Na reunião bilateral, ocorrida na semana passada em Pequim, americanos e chineses mantiveram profundas divergências, mas se comprometeram a intensificar a comunicação para tentar chegar a um entendimento. Intempestivo como de costume, Trump anunciou que, mesmo assim, decidira dobrar para US$ 200 bilhões o objetivo de redução do excedente comercial chinês com os Estados Unidos.
Enquanto isso, a metralhadora do imprevisível presidente americano segue apontada para diversos outros países. Ele joga com o tempo nas suas ameaças de barreiras tarifárias contra o alumínio e o aço europeu, canadense e mexicano.
Quanto ao Brasil, Trump teve menos piedade. Desde o dia 26 de abril, Washington impôs um ultimato a Brasília nesta questão: ou o país aceita o aumento das tarifas de importação para 10% e 25%, respectivamente, ou terá de se conformar com uma cota máxima de exportação dessas matérias-primas para os americanos.
O cenário desagrada Brasília, que se vê com pouquíssima margem de manobra: o país é, incontestavelmente, o lado fraco da disputa. “O Brasil não tem muito o que fazer. Em briga de dois elefantes, somos a grama”, ressalta o atual vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Pedro Camargo Neto.
Vácuos na agricultura – mas por pouco tempo
Temporariamente, a briga entre Washington e Pequim tem gerado alguns efeitos positivos para a agricultura brasileira. Graças à retaliação imposta aos americanos, os chineses têm importado mais de outros países. Os preços de carne suína, por exemplo, subiram, e a soja do Brasil poderá se beneficiar do espaço deixado pelos americanos no mercado chinês.
“Ninguém sabe se eles vão entrar em acordo, e nessa guerra o Brasil pode ser beneficiário, com preços melhores. Mas é um enorme risco, porque no dia em que eles entrarem em acordo, os preços voltam ao normal”, nota Camargo Neto. “Às vezes, o Brasil faz investimentos para atender ao preço maior, mas depois esse valor não existirá mais. O Brasil tem competitividade para vender para a China independentemente dessa guerra, e o que queremos é ser um supridor de longo prazo e estável.”
Acordo com o Mercosul: uma resposta da Europa?
Outro ponto que pode ser favorável ao país é mais indireto. Diante da ofensiva protecionista que Trump e a consequente cascata de represálias internacionais, o acordo comercial com o Mercosul pode se tornar estratégico para União Europeia.
A finalização das negociações, que já duram quase 20 anos, seria uma resposta não só comercial, como política às investidas do presidente americano.
“O colapso do acordo Transatlântico (Tafta), devido à postura de Trump, e a necessidade da União Europeia de aprofundar alguns mecanismos do seu processo político – que também está em crise e é questionado pelos populismos europeus – fazem com que se abra uma oportunidade muito particular, favorável a um acordo com os latino-americanos. Com todas as resistências e o custo que têm esse tratado, não se pode perder de vista que há uma oportunidade que pode ser limitada no tempo”, avalia Carlos Winograd, professor da Paris School of Economics, de Paris. “Neste momento, há incentivos muito fortes para negociar o melhor acordo possível.”
China na OMC: o calcanhar de Aquiles de Trump
Experiente nas negociações internacionais agrícolas e nas disputas comerciais envolvendo o Brasil, Camargo Neto avalia que, no fundo, Trump quer rever as condições que marcaram a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), há 17 anos. Desde então, Pequim se transformou em uma máquina exportadora, quase impossível de controlar.
“O que Trump contesta hoje são iniciativas que foram lideradas pelos Estados Unidos. Quando a China entrou na Organização Mundial do Comércio, em 2001, eu achei que o acordo estava bom demais para a China, que passaria a ter acesso a tanta coisa. Me questionei por que os Estados Unidos aceitaram um acordo excessivamente benéfico para os chineses, mas acho que hoje eles se arrependeram”, comenta o empresário.
O momento, complementa Winograd, é de uma discussão profunda da dinâmica do comércio internacional no futuro. Neste contexto, a relevância da própria OMC está à prova.
“O que se observa é uma mudança estrutural entre o modelo industrial do século 20 e um novo modelo de serviços de tecnologia no qual alguns setores e regiões clássicos do emprego nos Estados Unidos estão em queda e parcelas da população se sentem ameaçadas. E não só nos Estados Unidos, como em todas as economias desenvolvidas”, afirma o economista.
EUA. CHINA. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. China confirma que vice-premiê irá aos EUA para discutir comércio
PEQUIM (Reuters) - O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quarta-feira que o vice-primeiro-ministro, Liu He, irá aos Estados Unidos para discutir o comércio em um momento apropriado, aceitando o convite do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.
As delegações da China e dos EUA estão em comunicação próxima, disse o ministério em comunicado em seu site.
EUA. CHINA. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. Mercados acionários da China têm leve queda pressionado pelo setor financeiro
XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários da China recuaram nesta quarta-feira, uma vez que as perdas em ações dos setores financeiro e imobiliário superaram os ganhos em energia.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,18 por cento, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,08 por cento.
O subíndice do setor financeiro recuou 0,35 por cento, o de consumo teve queda de 0,41 por cento, o setor imobiliário caiu 0,95 por cento, enquanto o subíndice de saúde avançou 0,26 por cento.
No restante da região, as novas sanções dos Estados Unidos contra Teerã, que foram consideradas como prejudiciais para muitas empresas que têm acordos com o Irã, pesaram sobre os mercados asiáticos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou na terça-feira o país de um acordo nuclear internacional com o Irã, aumentando o risco de conflitos no Oriente Médio, irritando aliados europeus e lançando incerteza sobre o fornecimento mundial de petróleo.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha ganho de 0,03 por cento às 7:44 (horário de Brasília).
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,44 por cento, a 22.408 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,44 por cento, a 30.536 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,08 por cento, a 3.158 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,18 por cento, a 3.871 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,24 por cento, a 2.443 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,11 por cento, a 10.703 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,15 por cento, a 3.548 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,26 por cento, a 6.108 pontos.
CHINA. JAPÃO. 9 DE MAIO DE 2018. China concede ao Japão cota de investimento pela primeira vez para reforçar laços
PEQUIM (Reuters) - A China concordou em conceder ao Japão uma cota de investimento de 200 bilhões de iuanes (31,4 bilhões de dólares) pela primeira vez para comprar ações chinesas, títulos e outros ativos, disse o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, segundo a agência oficial de notícias Xinhua nesta quarta-feira.
A cota será para investimentos sob o programa Investidor Institucional Estrangeiro Qualificado Renminbi, criado no final de 2011 para permitir que instituições financeiras no exterior usem o iuan para comprar títulos na China, incluindo ações, títulos e investimentos no mercado monetário.
Li também disse que a China tem uma atitude positiva em relação à criação de um banco de compensação em iuan em Tóquio.
Ele fez as declarações em uma reunião com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse o conselho de Estado da China em seu site.
A China vai assinar um acordo bilateral de troca de moedas com o Japão, disse o governo chinês nesta terça-feira, citando um artigo escrito pelo premiê Li que foi publicado no jornal japonês Asahi.
Em 2016, a China concedeu aos Estados Unidos uma cota de 250 bilhões de iuanes sob o mesmo programa para ajudar a aprofundar os laços entre as duas maiores economias do mundo.
A China retomou um esquema de investimento chave no final de abril, concedendo novas cotas a instituições financeiras qualificadas novas cotas para comprar ações e títulos estrangeiros pela primeira vez desde o início de 2015.
MERCADO DE CÂMBIO
BACEN. 09/05/2018. BC divulga Indicadores Econômicos de abril: fluxo cambial e a posição de câmbio dos bancos de abril.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/16469
BACEN. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. Fluxo cambial soma US$14,4 bi em abril, diz BC, maior superávit mensal em quase 7 anos
SÃO PAULO (Reuters) - Depois de dois meses no vermelho, o Brasil voltou a registrar mais entrada do que saída de dólares em abril tanto pela balança comercial quanto pelos investimentos financeiros, em meio à disparada da moeda norte-americana frente ao real.
O fluxo cambial do país registrou superávit de 14,394 bilhões de dólares no mês passado, maior resultado positivo desde julho de 2011, quando totalizou 15,825 bilhões de dólares, informou o Banco Central nesta quarta-feira.
Com isso, no ano até abril, o fluxo cambial acumulava saldo positivo de 17,063 bilhões de dólares.
O BC informou ainda que a conta comercial registrou superávit de 7,638 bilhões de dólares no mês passado, resultado de exportações de 21,517 bilhões de dólares e de importação de 13,878 bilhões de dólares.
A conta financeira —por onde passam investimentos diretos, em portfólio, entre outros— encerrou abril com resultado positivo de 6,756 bilhões de dólares, com compras de 45,505 bilhões e vendas de 38,749 bilhões de dólares.
Apesar do resultado positivo, o dólar fechou abril 6,16 por cento mais caro ante o real, contaminado pelo cenário externo, com a possibilidade de o Federal Reserve ser mais agressivo na política de juros dos Estados Unidos, e com muitos investidores adotando posição de proteção no mercado local.
Parte dos recursos, 4,379 bilhões de reais, ingressou na bolsa de valores, que acumulou em abril em alta de 0,88 por cento. Além disso, até dia 23 de abril, segundo o Banco Central, já tinham ingressado no país em investimento direto 1,5 bilhão de dólares. Profissionais citaram ainda recursos de empréstimos nesta conta.
Entre os dias 1º e 4 de maio, o fluxo cambial estava positivo em 283 milhões de dólares, com a conta financeira exibindo déficit de 640 milhões de dólares e a comercial, superávit de 923 milhões de dólares.
Por Claudia Violante
ERNET & YOUNG. PORTAL BRASIL. 09/05/2018. Negócios. ECONOMIA E EMPREGO. Brasil se torna 2º melhor destino para investimentos no mundo. Levantamento de consultoria internacional aponta o Brasil como um dos melhores países para realizar negócios em 2018
O Brasil reconquistou a atratividade frente aos investidores nos últimos anos diante da recuperação da economia e da estabilidade geopolítica da região. Relatório divulgado pela consultoria Ernst & Young mostra que o País agora ocupa a segunda posição entre os países como melhor destino para investimentos. Ano passado, o Brasil ocupava a oitava posição.
De acordo com o relatório, os empresários continuam dispostos a realizar investimentos em outros países; mais de 81% dos investidores entrevistados pela consultoria dizem ter como prioridade colocar seu dinheiro em outros destinos, principalmente nos Estados Unidos e no Brasil.
Principais investidores
O relatório aponta que os maiores investimentos no Brasil nos próximos 12 meses devem vir dos seguintes países: Estados Unidos, Canadá e México. Os principais setores apontados pelos empresários são: energia e serviços, automóveis e transportes e bens de consumo e varejo.
Para os norte-americanos, que devem ser os maiores investidores na economia brasileira neste ano, o Brasil voltou a se tornar mais atrativo entre as economias da América Latina ao superar a recessão dos últimos anos.
“Ao longo dos últimos 12 meses, nós temos visto um movimento na América Latina em direção a medidas em favor do mercado, privatização de indústrias e outras políticas. Esse ambiente impulsionou a confiança dos investidores, que antes estavam inseguros em colocar seu capital na região”, diz a consultoria.
BACEN. PORTAL G1. 09/05/2018. Dólar sobe e atinge R$ 3,60 pela primeira vez em quase 2 anos. Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,49% sobre o real, vendida a R$ 3,5705.
O dólar operava em alta no início do pregão desta quarta-feira (9), após encostar em R$ 3,60 na véspera. O mercado monitora a trajetória da moeda ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities, um dia depois de os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear do Irã e anunciarem sanções contra o país.
Às 10h46, a moeda norte-americana subia 0,85%, cotada a R$ 3,6011 na venda. Veja mais cotações. A última vez que o dólar fechou acima dos R$ 3,60 foi em 31 de maio de 2016, quando terminou o dia cotado a R$ 3,6142.
Perto do mesmo horário, o dólar turismo era cotado a R$ 3,76.
Os preços do petróleo avançavam cerca de 3% nesta manhã, acima de US$ 70,98 por barril, perto das máximas do fim de 2014. A alta também reflete as sanções anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Irã, integrante da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Em entrevista à Globonews, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, explicou que a alta do dólar é um movimento global e não exclusivo ao Brasil, mas garantiu que a autoridade está monitorando o mercado para seu bom fundamento e intervirá quando necessário.
O Banco Central realiza nesta sessão novo leilão de até 8,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os US$ 5,650 bilhões que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a US$ 2,8 bilhões de adicionais.
Variação do dólar em 2018
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
23/2
● dólar comercial: 3,2402
● dólar comercial: 3,2402
Fonte: Valor PRO
Swap cambial
Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.
Os swaps são contratos para troca de riscos: o BC oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.
Esses contratos servem também para dar “proteção” aos agentes que têm dívida em moeda estrangeira – neste caso, quando o dólar sobe, eles recebem sua variação do BC.
O BC vem usando os swaps desde junho de 2013, quando o dólar atingiu R$ 2,40. O estoque desses títulos hoje está próximo de R$ 370 bilhões (patamar do fim de julho). Mas quando o dólar sobe, o BC registra perdas: em 2015, até 18 de setembro, as perdas do BC com essas operações já somavam R$ 97 bilhões. Se o dólar cair, no entanto, o BC tem lucro com os swaps.
"Os swaps trazem a tranquilidade para que não haja desespero para sair [tirar recursos do país]. Se o sujeito está com o preço protegido, não há porque ter pressa. Isso é verdadeiro, tanto que o fluxo [de dólares para o Brasil] está positivo [mais de US$ 10 bilhões ingressaram no Brasil em 2015]", avaliou o economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora, especialista no mercado de câmbio.
Venda direta
A vendas diretas de dólar são feitas no mercado à vista – ou seja, é dinheiro entrando no mercado. Os recursos saem das reservas internacionais brasileiras. O Banco Central reluta em utilizar este instrumento para evitar uma queda das reservas cambiais – que são consideradas importantes para evitar uma desconfiança maior.
As vendas diretas tendem a reduzir a cotação do dólar frente ao real, seguindo o princípio da oferta e da procura: quanto mais dólares à disposição, mais baratos eles ficam.
A última vez que o BC realizou vendas diretas de dólares ao mercado foi em 3 fevereiro de 2009 – durante a primeira etapa da crise financeira internacional, “inaugurada” em setembro do ano anterior com o anúncio de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers. Naquele ano, assim como em 2015 (por razões diferentes), havia uma pressão maior sobre o dólar.
A venda direta de dólares ao mercado era muito utilizada no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1998, logo após o lançamento do Plano Real. Naquele momento, foi instituída a chamada “âncora cambial”, pelo qual o dólar não podia subir acima de R$ 1,32 - justamente pelo medo do impacto da alta do dólar nos preços em um país que tinha acabado de debelar a hiperinflação.
Para evitar a alta do dólar, o BC vendeu divisas até janeiro de 1999, após a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando jogou a toalha e instituiu o regime de câmbio flutuante e soltou a cotação do dólar. Naquele momento, as reservas já haviam caído para R$ 24,45 bilhões. Atualmente, superam US$ 370 bilhões.
Leilões de linha
Os leilões de linha também são feitos por meio da venda de moeda norte-americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras.
Nesse caso, entretanto, os dólares têm de ser devolvidos ao Banco Central nos meses seguintes. Durante esse período, ficam no mercado. Como retornam às reservas cambiais, o BC considera que essas operações não impactam as reservas cambiais.
Os leilões de linha tendem a reduzir a pressão pela alta da moeda. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tende a ficar menor.
Os leilões de linha são utilizados em momentos de baixa liquidez (falta de dólares) no mercado de câmbio como, por exemplo, no fim de cada ano, quando cresce a procura por moeda norte-americana por conta das férias e viagens de fim de ano. Nas últimas semanas, quando o dólar voltou a registrar uma alta maior, o BC lançou mão destes instrumentos e vem realizado ofertas de leilões de linha para atenuar as pressões sobre o câmbio.
Outros recursos do governo – mudanças em tributos
O governo também pode agir no câmbio fora do Banco Central. Uma dessas medidas é a mudança na tributação, quer seja tentando conter a entrada de dólares no país – recurso utilizado pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega – ou a saída de divisas do país, o que até hoje não foi feito.
Em 2010, quando os Estados Unidos injetavam bilhões no mercado para estimular a economia do país durante a crise financeira internacional, o governo brasileiro agiu para evitar a entrada excessiva de recursos aqui – uma forte entrada de dólares tende a derrubar a cotação da moeda, o que prejudica os exportadores brasileiros.
Para isso, subiu o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa de 2% para 6%, e a aumento da alíquota do tributo para margens de operações no mercado futuro de 0,38% para 6%, assim como também subiu o tributo para empréstimos buscados no exterior.
Posteriormente, em 2010, com a normalização do cenário externo, e o fim da liquidez excedente no mercado internacional de câmbio, o governo brasileiro retomou as alíquotas mais baixas de IOF para o ingresso de recursos no Brasil.
O governo, até este momento, não optou por mexer em alíquotas de tributos, ou tomar outras medidas, para impedir saída de recursos da economia brasileira - expediente já utilizado em outros países, como a Malásia e, mais recentemente, a Argentina. Segundo economistas, isso poderia gerar um efeito contrário pois, se por um lado poderia impedir a saída de dólares do país, por outro também poderia inibir a entrada de recursos na economia brasileira – por receio de que haveria barreiras posteriores para sua retirada.
BC diz que procura ‘evitar a volatilidade’
Apesar das intervenções que o BC vem fazendo no mercado de câmbio brasileiro, não é objetivo do BC tentar conter a alta do dólar, mas sim evitar a volatilidade (sobe e desce da cotação) e permitir que os mercados funcionem normalmente. Além disso, também busca oferecer proteção ("hedge") para as empresas com dívida em moeda americana.
"O BC na realidade não tem mais nada para fazer. O dólar vai subindo simplesmente porque está sendo especulado um fato político, só. Se a situação política for toda aprovada [medidas fiscais], como o governo quer, o preço cai. Tivemos ontem um fato positivo. As contas externas melhoraram muito e trouxeram a tranquilidade, mas isso não repercutiu. A Moody's deu uma declaração disse que o Brasil está melhor do que os outros países rebaixados, mas só repercute o fato negativo", avaliou Sidnei Moura Nehme, economista da NGO Corretora, especialista no mercado de câmbio.
BACEN. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. Dólar sobe e toca em R$3,60 ainda com cena externa desfavorável
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subia e chegou a bater no patamar de 3,60 reais nesta quarta-feira, o maior intradia em quase dois anos, com a cena externa ainda pesando sobre os mercados diante de temores de juros maiores e tensões geopolíticas envolvendo os Estados Unidos e o Irã.
Às 11:08, o dólar avançava 0,80 por cento, a 3,5976 reais na venda, depois de ter subido 0,45 por cento na véspera. Na máxima desta sessão, a moeda norte-americana foi a 3,6017 reais, maior nível intradia desde junho de 2016. O dólar futuro tinha alta de cerca de 1 por cento.
Em maio até a véspera, o dólar já acumulava alta de 1,87 por cento frente ao real, depois de saltar 10 por cento entre fevereiro e abril.
“Após a decisão dos EUA de abandonarem o acordo com o Irã, os mercados monitoram o comportamento do petróleo... que pode influenciar diretamente na inflação do país”, escreveu a Advanced Corretora.
Na véspera, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que seu país estava abandonando o acordo nuclear com o Irã, envolvendo sanções e alimentando temores de que a produção e exportação de petróleo iraniano possam ser afetadas e elevar os preços da commodity.
Esse movimento pode obrigar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a ser mais duro no atual ciclo de aperto monetário, atraindo recursos para o país provenientes de outros mercados mais arriscados, como o brasileiro.
O preço do petróleo subia cerca de 2,5 por cento no mercado externo. Além disso, o rendimento dos Treasuries dos Estados Unidos de 10 anos estava em 3 por cento, nível que no começo do mês passado reacendeu os temores de mais juros pelo Fed.
O dólar no Brasil também registrava altas maiores frente ao real do que divisas de países emergentes nesta sessão por conta do chamado diferencial de juros, diante da expectativa de que o Banco Central brasileiro vai reduzir a Selic na próxima semana para nova mínima histórica, a 6,25 por cento ao ano.
E, diante de temores de que o Fed pode elevar mais os juros nos Estados Unidos, os investidores tendem a migrar para a maior economia do mundo atrás de rendimentos com baixíssimo risco.
“Acredito que se a moeda furar 3,60 reais, o BC voltará a atuar, porque se trata de um movimento especulativo”, afirmou o gerente de câmbio do grupo Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
Neste mês, o BC entrou com mais força no mercado de câmbio e, nesta sessão, realiza novo leilão de até 8,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os 5,650 bilhões de dólares que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.
BACEN. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. Subida do dólar é normal; é preciso olhar expectativa de inflação para decisão sobre juros, diz Ilan à GloboNews
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou na noite de terça-feira que a subida do dólar frente ao real é normal em relação ao que vem ocorrendo no mundo, também destacando que o país está preparado para lidar com a tensão vista nos mercados após os Estados Unidos terem anunciado a saída do acordo nuclear com o Irã.
Questionado em entrevista à GloboNews se o cenário básico do Comitê de Política Monetária (Copom) havia mudado para a reunião que ocorrerá na semana que vem, Ilan respondeu que “o importante é saber o que se tem que olhar num regime de metas da inflação”.
“É expectativa de inflação, é atividade e olhar pra frente”, acrescentou em seguida.
Segundo pesquisa seminal Focus mais recente feita pelo BC junto a uma centena de economistas, as perspectivas são de alta de 3,49 por cento do IPCA para este ano e em 4,03 por cento em 2019, nos dois casos abaixo das metas de 4,5 por cento e 4,25 por cento, respectivamente, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. O levantamento, contudo, ainda não tinha incorporado os efeitos dos acontecimentos mais recentes da cena externa.
Sobre o impacto do avanço do dólar sobre o real e do petróleo na inflação doméstica, Ilan ponderou que a influência desses fatores dependia de atividade e expectativas de inflação ancoradas”, afirmou.
Já em relação ao comportamento recente do câmbio, Ilan avaliou que o que está acontecendo globalmente é um fortalecimento da moeda norte-americana e a normalização das condições monetárias nos Estados Unidos.
“O dólar fica forte, todas as moedas então ficam mais fracas. Não é uma questão de Brasil, não é uma questão de Colômbia, do México, ou só de Argentina. É uma questão do dólar ficar forte”, disse.
“Então nesse caso o que nós temos que fazer é garantir o bom funcionamento dos mercados. Que a mudança de preços ocorra de uma forma normal. E para isso nós vamos estar sempre olhando, monitorando, intervindo quando for necessário. Não deixar nenhum exagero, nenhum excesso, tudo funcionando conforme deveria ser no regime de câmbio flutuante.”
O dólar fechou em alta nesta terça-feira, próximo ao patamar de 3,57 reais, num dia marcado por tensão nos mercados externos após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado que retomará sanções econômicas contra o Irã e retirará seu país do acordo internacional concebido para impedir Teerã de obter uma bomba nuclear.
As sanções econômicas ao Irã podem afetar a produção e exportação de petróleo do país, afetando os preços da commodity. Preços mais caros de petróleo, por sua vez, impactam a inflação e podem levar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a ser mais austero e elevar mais do que o esperado os juros, o que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em mercados considerados de maior risco, como o brasileiro.
“A mensagem é que essas questões aí são questões que ocorrem no mundo, mas que não são problema do Brasil. O Brasil recebe isso como qualquer outro país do mundo. A subida do dólar é uma subida normal, é subida normal em relação ao resto do mundo e não questão do Brasil”, repetiu o presidente do BC, que também destacou que o país “está preparado” e que tem seus “ amortecedores”.
As incertezas em relação à cena externa, inclusive, levaram a uma mudança nas apostas de investidores para a Selic, que agora estão praticamente divididas em relação a uma redução nos juros básicos ou manutenção da taxa no atual patamar, de 6,50 por cento ao ano.
Antes, a crença majoritária era de novo e derradeiro corte na Selic, após o BC indicar em sua última reunião do Copom, em março, que faria mais uma redução neste mês antes de encerrar o ciclo de afrouxamento monetário, em meio ao cenário de inflação e atividade baixa.
Naquele momento, no entanto, o BC ponderou que a reversão do cenário externo favorável para economias emergentes era um risco para provocar eventual pressão inflacionária.
VÍDEO: http://g1.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/videos/v/presidente-do-bc-fala-sobre-juros-inflacao-e-dolar/6721892/
INDÚSTRIA
IBGE. 09/05/2018. Em março, produção industrial cai em oito dos 15 locais pesquisados
No decréscimo de 0,1% da indústria nacional na passagem de fevereiro para março, oito dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas na série com ajuste sazonal.
Os destaques ficaram com os recuos mais acentuados registrados por Bahia (-4,5%), Rio de Janeiro (-3,7%) e Região Nordeste (-3,6%). Santa Catarina (-1,2%), Rio Grande do Sul (-0,9%), Paraná (-0,9%), Minas Gerais (-0,5%) e Ceará (-0,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em março de 2018.
Por outro lado, Pará (9,0%), Mato Grosso (4,7%), Espírito Santo (2,8%), Amazonas (2,6%) e São Paulo (2,0%) registraram os maiores avanços no mês, após os resultados negativos no mês anterior: -11,0%, -4,5%, -0,9%, -6,5% e -0,5%, respectivamente. As demais taxas positivas foram assinaladas por Goiás (1,2%) e Pernambuco (0,2%).
Indicadores Conjunturais da Indústria | ||||
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Resultados Regionais | ||||
Março de 2018 | ||||
Locais | Variação (%) | |||
Março 2018/Fevereiro 2018* | Março 2018/Março 2017 | Acumulado Janeiro-Março | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | 2,6 | 24,3 | 24,4 | 9,7 |
Pará | 9,0 | 10,1 | 8,1 | 10,1 |
Região Nordeste | -3,6 | -3,6 | -0,3 | -0,2 |
Ceará | -0,2 | 2,4 | 3,3 | 3,4 |
Pernambuco | 0,2 | 0,9 | 1,0 | -2,0 |
Bahia | -4,5 | -5,3 | 0,9 | 0,3 |
Minas Gerais | -0,5 | -4,6 | -2,5 | 0,1 |
Espírito Santo | 2,8 | -2,4 | -6,0 | -0,8 |
Rio de Janeiro | -3,7 | -0,3 | 3,0 | 3,6 |
São Paulo | 2,0 | 4,0 | 5,4 | 4,6 |
Paraná | -0,9 | -2,0 | -1,2 | 2,6 |
Santa Catarina | -1,2 | 2,0 | 5,9 | 4,7 |
Rio Grande do Sul | -0,9 | -4,9 | 0,3 | -0,2 |
Mato Grosso | 4,7 | 3,4 | 0,5 | 3,8 |
Goiás | 1,2 | -2,5 | -1,0 | 2,3 |
Brasil | -0,1 | 1,3 | 3,1 | 2,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *Série com Ajuste Sazonal |
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para a indústria mostrou recuo de 0,7% no trimestre encerrado em março de 2018 frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em maio de 2017. Oito locais apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos assinalados por Rio Grande do Sul (-1,6%), Rio de Janeiro (-1,5%), Ceará (-1,1%), Minas Gerais (-0,9%), Região Nordeste (-0,9%) e São Paulo (-0,8%). Por outro lado, Amazonas (1,3%), Pará (1,0%), Pernambuco (0,9%) e Espírito Santo (0,8%) registraram os avanços mais elevados em março de 2018.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 1,3% em março de 2018, com sete dos 15 locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar a influência do efeito calendário, já que março de 2018 (21 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (23). Amazonas (24,3%) e Pará (10,1%) assinalaram as expansões mais intensas. São Paulo (4,0%), Mato Grosso (3,4%), Ceará (2,4%) e Santa Catarina (2,0%) também cresceram acima da média nacional (1,3%). Pernambuco (0,9%) completou o conjunto de locais com alta na produção nesse mês.
Por outro lado, Bahia (-5,3%), Rio Grande do Sul (-4,9%) e Minas Gerais (-4,6%) tiveram os recuos mais elevados em março. Os demais resultados negativos foram na Região Nordeste (-3,6%), Goiás (-2,5%), Espírito Santo (-2,4%), Paraná (-2,0%) e Rio de Janeiro (-0,3%).
No acumulado no ano frente a igual período do ano anterior (3,1%), a expansão observada na produção nacional alcançou dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para o avanço de dois dígitos assinalado pelo Amazonas (24,4%). Pará (8,1%), Santa Catarina (5,9%), São Paulo (5,4%) e Ceará (3,3%) também registraram crescimento acima da média da indústria (3,1%), enquanto Rio de Janeiro (3,0%), Pernambuco (1,0%), Bahia (0,9%), Mato Grosso (0,5%) e Rio Grande do Sul (0,3%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos no fechamento do primeiro trimestre do ano. Já Espírito Santo (-6,0%) apontou o recuo mais intenso no acumulado no ano, seguido por Minas Gerais (-2,5%), Paraná (-1,2%), Goiás (-1,0%) e Região Nordeste (-0,3%).
Em bases trimestrais, a indústria avançou 3,1% no primeiro trimestre de 2018 e prosseguiu crescendo pelo quinto trimestre consecutivo, mas perdeu ritmo frente ao último trimestre de 2017 (4,9%), ambas as comparações com igual período do ano anterior. Nesse mesmo tipo de confronto, 11 dos 15 locais pesquisados assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Goiás (de 10,6% para -1,0%), Mato Grosso (de 11,8% para 0,5%), Rio de Janeiro (de 7,8% para 3,0%), Minas Gerais (de 1,5% para -2,5%), Espírito Santo (de -2,2% para -6,0%), Paraná (de 2,4% para -1,2%), Pará (de 11,1% para 8,1%) e São Paulo (de 8,1% para 5,4%). Amazonas (de 9,2% para 24,4%) e Pernambuco (de -2,2% para 1,0%) apontaram os maiores avanços entre os dois períodos.
Indicadores da Produção Industrial - Resultados Regionais | |||||
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Índice trimestral - Variação percentual (%) (Base: igual trimestre do ano anterior) | |||||
Locais | 2017 | 2018 | |||
1º Tri | 2º Tri | 3º Tri | 4º Tri | 1º Tri | |
Amazonas | 1,0 | 2,3 | 3,8 | 9,2 | 24,4 |
Pará | 7,8 | 9,2 | 12,0 | 11,1 | 8,1 |
Nordeste | -1,5 | -2,2 | 1,6 | 0,0 | -0,3 |
Ceará | -0,7 | 2,0 | 3,4 | 4,6 | 3,3 |
Pernambuco | 6,0 | -4,0 | -2,8 | -2,2 | 1,0 |
Bahia | -7,5 | -5,7 | 6,8 | -0,6 | 0,9 |
Minas Gerais | 3,5 | 1,0 | 0,4 | 1,5 | -2,5 |
Espírito Santo | 4,0 | 5,2 | 0,0 | -2,2 | -6,0 |
Rio de Janeiro | 5,7 | 1,8 | 1,7 | 7,8 | 3,0 |
São Paulo | 0,2 | -0,2 | 5,3 | 8,1 | 5,4 |
Paraná | 6,6 | 1,9 | 6,8 | 2,4 | -1,2 |
Santa Catarina | 5,5 | 1,3 | 4,2 | 7,5 | 5,9 |
Rio Grande do Sul | 1,7 | 1,5 | -1,7 | -1,0 | 0,3 |
Mato Grosso | 1,0 | -3,5 | 6,9 | 11,8 | 0,5 |
Goiás | 6,7 | -2,1 | 2,2 | 10,6 | -1,0 |
Brasil | 1,3 | 0,4 | 3,1 | 4,9 | 3,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
O acumulado nos últimos 12 meses cresceu 2,9% em março e repetiu o resultado do mês anterior, permanecendo com o avanço mais elevado desde junho de 2011 (3,6%) e prosseguindo com a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Em termos regionais, 11 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas em março de 2018, mas apenas cinco apontaram maior dinamismo frente aos índices de fevereiro último. Entre os locais, Amazonas (de 6,9% para 9,7%), Ceará (de 3,0% para 3,4%), Pará (de 9,8% para 10,1%), São Paulo (de 4,4% para 4,6%) e Mato Grosso (de 3,6% para 3,8%) assinalaram os ganhos de ritmo entre fevereiro e março de 2018, enquanto Rio Grande do Sul (de 0,9% para -0,2%), Goiás (de 3,0% para 2,3%), Paraná (de 3,3% para 2,6%) e Minas Gerais (de 0,7% para 0,1%) registraram as principais reduções entre os dois períodos.
Produtos químicos contribuem para queda do setor na Bahia
Motivada por quedas na produção de produtos químicos, derivados do petróleo e combustíveis, a indústria baiana recuou 4,7% em março, em relação a fevereiro, e 5,3% frente a março do ano passado. Foram as maiores baixas entre os 15 locais monitorados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada hoje pelo IBGE.
Com isso, a indústria da Bahia acumulou 0,9% de crescimento no ano e 0,3% nos últimos 12 meses, ficando abaixo da média nacional nos mesmos períodos, 3,1% e 2,9%, respectivamente. O pesquisador do IBGE Bernardo Almeida atribuiu o resultado do estado ao período de entressafra, que diminuiu a demanda por bens intermediários.
“A indústria tem sofrido por causa da baixa procura no mercado interno baiano por produtos químicos, principalmente inorgânicos e intermediários para a elaboração de fertilizantes. Além disso, o chamado efeito calendário também influenciou, já que março deste ano teve dois dias úteis a menos que março de 2017”, explicou.
Na comparação com fevereiro de 2018, também foram registradas quedas no Rio de Janeiro (-3,7%), no Nordeste (-3,6%), em Santa Catarina (-1,2%); Rio Grande do Sul (-0,9%); Paraná (-0,9%); Minas Gerais (-0,5%); e Ceará (-0,2%).
Pará acumula maior resultado nos últimos 12 meses
Influenciado pelo bom desempenho da indústria extrativa, o Pará obteve o maior índice para o mês, com alta de 9,0% frente a fevereiro e 10,1% frente a março de 2017. O estado também registrou o maior resultado no acumulado dos últimos 12 meses, com 10,1%.
Já São Paulo, que possui o maior parque industrial do país, cresceu 2,0% em março frente a fevereiro e 4,0% frente a março de 2017, ficando acima da média nacional nos dois períodos, cujos índices foram de -0,1% e 1,3%, respectivamente.
“São Paulo, assim como a indústria brasileira como um todo, segue com crescimento lento e gradativo, mas ainda não é possível falar em recuperação, pois ainda está longe do patamar histórico observado em 2013”, concluiu o pesquisador do IBGE.
Repórter: João Neto
Imagem: Geraldo Falcão/Agência Petrobras
Arte: Helga Szpiz
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21117-em-marco-producao-industrial-cai-em-oito-dos-15-locais-pesquisados.html
ÍNDICES DE PREÇOS
USP. FIPE. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. IPC-Fipe tem recuo de 0,03% na 1ª quadrissemana de maio
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou variação negativa de 0,03 por cento na primeira quadrissemana de maio, repetindo a taxa com que encerrou abril, informou nesta quarta-feira a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Por Camila Moreira
FGV. IBRE. 09-Mai-2018. Inflação pelo IPC-S recua em quatro das sete capitais pesquisadas
O IPC-S de 07 de maio de 2018 registrou variação de 0,32%, 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C563274A580163447FCBD65F42
AGRICULTURA
PETROBRAS. PORTAL G1. REUTERS. 09/05/2018. Petrobras inicia negociação com empresa russa sobre venda em setor de fertilizantes. Estatal quer vender toda a participação na Araucária Nitrogenados (Ansa) e na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III).
A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (9) o início das negociações com a empresa Acron, com exclusividade por 90 dias, referente ao processo de desinvestimento no setor de fertilizantes, de acordo com comunicado ao mercado.
A petroleira havia anunciado a fase vinculante para venda de sua participação integral na Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) e da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) em dezembro do ano passado.
Conforme a Petrobras, a Acron é uma empresa russa com foco na produção e comercialização de fertilizantes, com vendas em mais de 60 países.
Em 2017, o volume de vendas da Acron atingiu mais de 7,3 milhões de toneladas, com receitas consolidadas de 1,6 bilhão de dólares e Ebitda de 511 milhões de dólares, disse a Petrobras, citando o International Financial Reporting Standards (IFRS).
A Acron é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores de Moscou e de Londres, acrescentou a petroleira brasileira.
Petrobras tem lucro de quase R$ 7 bilhões
Para reduzir o nível de alavancagem, a Petrobras tem como meta vender US$ 21 bilhões em ativos no biênio de 2017 e 2018. Na semana passada, a estatal anunciou a abertura do processo para vender o controle das refinarias Abreu e Lima e Landulpho Alves, no Nordeste, e Alberto Pasqualini e Presidente Getúlio Vargas, no Sul.
DATAGRO. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. Datagro vê superávit recorde de açúcar no mundo, mesmo com Brasil reduzindo produção
NOVA YORK (Reuters) - A consultoria Datagro elevou sua perspectiva de superávit global de açúcar na safra 2018/19, citando o aumento da produção na Ásia, mesmo com o Brasil reduzindo a fabricação do adoçante.
O mundo terá um superávit de 7,56 milhões de toneladas na temporada que começa em 1º de outubro, uma revisão para cima frente os 6,3 milhões estimados anteriormente, disse o presidente da Datagro, Plinio Nastari, a jornalistas durante a Semana do Açúcar, em Nova York.
Esse excedente virá após um superávit de 10,79 milhões de toneladas em 2017/18, levando ao maior superávit combinado de dois anos já registrado, disse Nastari, notando o aumento do fornecimento mesmo quando usinas do centro-sul brasileiro reduzem sua produção de açúcar para produzir mais etanol.
Por Chris Prentice
OIA. REUTERS. 9 DE MAIO DE 2018. OIA estima superávit global de açúcar de 8,5 mi t na safra 2018/19
NOVA YORK (Reuters) - A Organização Internacional do Açúcar (OIA) estimou nesta quarta-feira um excedente mundial de açúcar de 8,5 milhões de toneladas na safra 2018/19, após um superávit de 11 milhões de toneladas no ciclo atual, o 2017/18.
O volume combinado de ambas as temporadas representaria um excedente recorde, destacou a entidade em uma apresentação durante a “Semana do Açúcar”, em Nova York.
A OIA afirmou também que vê crescimento anual da demanda em cerca de 1,6 por cento em 2018/19.
“O aumento abrupto é o que o distingue de outros ciclos”, disse o diretor executivo José Orive.
Conforme a OIA, uma produção recorde de açúcar é esperada, apesar da queda da fabricação no Brasil, graças à oferta de Índia e Tailândia.
Por Chris Prentice
PROMOÇÃO COMERCIAL
EMBRAER. 08/05/2018. EmbraerX revela primeiro conceito do eVTOL
Los Angeles, Estados Unidos, 8 de maio de 2018 – A EmbraerX, uma organização da Embraer dedicada ao desenvolvimento de negócios disruptivos, revelou hoje o primeiro conceito do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, conhecido pela sigla em inglês eVTOL. A apresentação foi feita durante o evento Uber Elevate 2018, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A EmbraerX está envolvida em vários projetos, incluindo o desenvolvimento de conceitos do eVTOL por meio de uma cooperação com a Uber e outras empresas para explorar oportunidades de negócios no ecossistema Uber Elevate.
“Temos nos destacado em nossa jornada de quase 50 anos introduzindo inovações na indústria da aviação e entregando verdadeiro valor aos clientes”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, Presidente & CEO da Embraer. “Somos incansáveis em nossa busca pelo crescimento contínuo e por meio da EmbraerX iremos gerar inovações disruptivas e acelerar a criação de novos negócios com o potencial de crescimento exponencial. A mobilidade urbana está prestes a ser transformada e estamos determinados a ter um papel fundamental nesse importante mercado”.
O conceito do eVTOL apresentado na Uber Elevate Summit 2018 representa uma aeronave com a missão de servir passageiros em um ambiente urbano, com base em segurança, experiência do passageiro, acessibilidade econômica e com baixo impacto para as comunidades, em termos de emissões e ruído.
“Estamos desenvolvendo soluções para trazer transporte aéreo sob demanda para áreas urbanas e assim melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas. Nossa colaboração com as principais partes interessadas irá acelerar a chegada desse novo ecossistema”, disse Antônio Campello, Presidente & CEO da EmbraerX. “Esse é um exemplo de como a EmbraerX está comprometida com a ampla exploração de produtos e serviços que possam revolucionar os negócios de transporte aéreo”.
O primeiro conceito de eVTOL da EmbraerX revelado hoje é o resultado da extensa interação com potenciais passageiros urbanos de transporte aéreo sobre suas expectativas de experiência, da capacidade das equipes da Embraer e da colaboração com várias empresas e instituições. A EmbraerX continuará a engajar comunidades para acelerar o desenvolvimento de soluções desejadas para esse novo mercado.
Ao longo das cinco últimas décadas, a Embraer projetou, desenvolveu e certificou perto de 50 modelos de aeronaves, entregando mais de 8.000 para 100 países. A frota da Embraer acumulou mais de 50 milhões de horas voadas. Com base na experiência da Embraer e de seus sólidos relacionamentos de longa data com autoridades de certificação de aeronaves em todo o mundo, a EmbraerX irá assegurar que os requisitos de segurança do projeto atenderão e excederão os mais altos padrões da indústria.
EmbraerX
A EmbraerX é uma organização da Embraer dedicada ao desenvolvimento de negócios disruptivos que transformem o transporte. Com uma mentalidade de startup, a EmbraerX tem três pilares fundamentais, que são a formação da futura experiência de usuários de transporte aéreo, a aplicação do conhecimento da Embraer e a geração de produtos, serviços e modelos de negócios disruptivos.
A EmbraerX está baseada na cidade de Melbourne, na Flórida, Estados Unidos, com equipes de inovação estabelecidas no Vale do Silício e Boston que estão integrando e colaborando com comunidades de inovação.
DOCUMENTO: EmbraerX.com
EMBRAER. PORTAL G1. 08/05/2018. Embraer apresenta conceito de 'carro voador' nos EUA; veja Modelo, desenvolvido para a Uber, deve entrar em fase de testes em 2020. Autonomia média do veículo deve ser de 100 quilômetros.
A Embraer X, organização ligada à fabricante brasileira de aeronaves, apresentou nesta terça-feira (8), em Los Angeles, o primeiro conceito de veículo elétrico de decolagem e pouso verticais, batizado na indústria como 'carro voador'. A companhia brasileira desenvolve, desde abril do ano passado, um modelo para equipar um sistema de tráfego aéreo para a Uber.
Conhecido pela sigla eVTOL, a expectativa é que os testes do protótipo sejam feitos em 2020, com operação em 2023. O veículo foi apresentado em uma feira na Califórnia e ainda não começou a ser montado.
Equipes trabalham no desenvolvimento do produto em Boston, na Florida, no Vale do Silício e em São José dos Campos.
Os 'carros voadores' serão uma alternativa de meio de transporte em centros urbanos. No contrato firmado com a Uber, a Embraer também tem que desenvolver um 'ecossistema' para operação dos veículos com rotas e plataformas que vão funcionar como pontos de embarque e desembarque de passageiros.
Em entrevista em março, o diretor inovação corporativa da Embraer, Antonio Campello, adiantou que a ideia é que o preço do serviço seja acessível e que garanta acesso a um grande número de pessoas.
Velocidade e alcance
Ainda em fase de desenvolvimento, o 'carro voador' deve ter uma média de autonomia de 100 km, velocidade entre 200 e 250 km/h e a altitude alcançada vai considerar uma faixa acima da altura de edifícios e abaixo das rotas operadas por aeronaves.
VENEZUELA
VENEZUELA. BRASIL. PORTAL G1. 08/05/2018. Governo brasileiro tem 30 dias para cobrir calote de US$ 275 milhões da Venezuela. Governo venezuelano não pagou parcela de dívida para financiar obras vencida em janeiro; operação é segurada por fundo vinculado ao Ministério da Fazenda, que deve ressarcir bancos credores.
Por Luísa Melo, G1
O governo brasileiro, por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), tem 30 dias a partir desta terça-feira (8) para ressarcir em US$ 275 milhões bancos que financiaram exportações para a Venezuela, entre eles o BNDES. O valor corresponde a uma parcela de dívida vencida em janeiro e terá de ser reembolsado caso as tentativas de renegociação não tenham sucesso.
O FGE é um fundo vinculado ao Ministério da Fazenda e foi criado para dar cobertura a garantias prestadas pela União em operações de seguro para a exportações brasileiras. Essas garantias asseguram que as empresas nacionais recebam pelos serviços e produtos vendidos lá fora mesmo em caso de calote do comprador.
A dívida atrasada Venezuela é referente ao pagamento de garantias dadas pelo Tesouro Nacional a empresas brasileiras que fizeram obras de infraestrutura no país. Elas foram dadas dentro de um convênio para exportações entre países latinoamericanos, o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR).
Na prática, essas empreiteiras receberam de bancos no Brasil (em reais) o dinheiro necessário para custear as obras no país vizinho e o governo venezuelano, o importador dos serviços, passou a ter uma dívida (em dólares) com esses bancos.
Como a Venezuela não fez o pagamento em janeiro, o FGE precisa indenizar os bancos, a menos que a dívida seja renegociada.
“A parcela vencida em janeiro de 2018 e ainda não paga pela Venezuela (US$ 274,96 milhões) poderá ser honrada pelo FGE a partir de 8 de maio. Os garantidos devem notificar o não pagamento e o FGE terá 30 dias para honrar a indenização. Há tratativas em curso para a renegociação da dívida”, explicou a Fazenda em nota.
Segundo o Ministério da Fazenda, as garantias do fundo para financiamentos à exportação para a Venezuela envolvem várias operações cursadas no CCR e cobrem operações feitas pelo BNDES, Credit Suisse e Bank of China. O órgão não revelou a quantia devida a cada banco individualmente.
O G1 entrou em contato com o BNDES e aguarda informações sobre a dívida com o banco público.
Outros atrasos
Essa não é a primeira vez que a Venezuela fica inadimplente com bancos no Brasil. Em agosto do ano passado, o país também atrasou pagamentos dentro do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos, mas a dívida foi renegociada e o governo brasileiro não precisou indenizar os credores.
Além do país vizinho, Moçambique também tem uma parcela de garantia em atraso que deve ser ressarcida pelo FGE no valor de US$ 7,3 milhões. Os outros países com débitos cobertos pelo fundo estão com os pagamentos em dia, segundo a Fazenda.
Dinheiro para o fundo
O Congresso Nacional aprovou no último 2 um projeto que libera R$ 1,1 bilhão do orçamento da União para capitalizar o FGE e cobrir as garantias atrasadas da Venezuela e de Moçambique. O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Michel Temer.
O dinheiro virá do cancelamento de despesas previstas pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
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LGCJ.: