INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- CANADA INDICATORS
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 16/04/2018. Mercado baixa expectativa de inflação e de alta do PIB em 2018. Previsão dos analistas dos bancos para inflação deste ano caiu de 3,53% para 3,48%. Para o PIB, estimativa de alta passou de 2,80% para 2,76%.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
As previsões do mercado estão no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (16).
A previsão do mercado para a inflação em 2018 passou de 3,53% para 3,48% na semana passada. Foi a décima primeira queda seguida no indicador.
O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta central que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, o mercado financeiro baixou sua expectativa de inflação de 4,09% para 4,07%. A estimativa do mercado está em linha com a meta central do próximo ano, de 4,25%, e também dentro da banda do sistema de metas (entre 2,75% e 5,75%).
PIB e juros
Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,80% para 2,76%. Foi a terceira queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano.
A redução na expectativa do mercado veio após o próprio Banco Central ter indicado que pode continuar reduzindo a taxa básica de juros nos próximos meses.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,30 por dólar. Para o fechamento de 2019, permaneceu inalterada em 3,39 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 55 bilhões para US$ 55,8 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 45,8 bilhões para US$ 48 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 80 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.
BACEN. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. FOCUS-Mercado vê inflação e PIB mais baixos; Top 5 projeta juros menores em 2019
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado reduziu suas perspectivas de crescimento da economia e da inflação, em meio a sinais cada vez mais claros de que a atividade iniciou este ano patinando mais do que o esperado, mantendo o caminho aberto para mais redução na taxa básica de juros, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Ao mesmo tempo, o grupo de economistas que mais acerta as projeções, o Top 5, passou a ver que a Selic subirá menos do que o esperado até então em 2019.
A alta do IPCA foi calculada agora em 3,48 por cento em 2018 e em 4,07 por cento em 2019, sobre 3,53 e 4,09 por cento na pesquisa anterior, respectivamente.
O IPCA teve variação positiva de apenas 0,09 por cento em março, nível mais baixo para o mês em 24 anos, acumulando em 12 meses avanço de 2,68 por cento, ainda mais abaixo do piso da meta deste ano, de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O nível baixo de inflação ratifica a indicação do BC de novo corte da Selic em maio, antes de encerrar o ciclo de flexibilização. Hoje, a taxa básica de juros está na mínima histórica de 6,50 por cento ao ano e, pelo Focus, deve fechar 2018 a 6,25 por cento, mesmo cenário visto no levantamento anterior.
Para 2019, as projeções também não mudaram na mediana geral do mercado, com a taxa indo a 8 por cento.
Mas a cena mudou quando se olha para o Top 5, com a Selic fechando o próximo ano a 7,50 por cento, sobre 8 por cento, no cenário de médio prazo. As contas mudaram também no cenário de curto prazo, com a Selic sendo vista no fim de 2019 a 7,75 por cento, sobre 8 por cento até então.
A perspectiva de menor inflação e juros vem junto com as expectativas de atividade econômica acelerando menos. O Focus mostrou que, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções apontou para expansão de 2,76 por cento este ano, contra 2,80 por cento calculados antes, chegando a 3 por cento em 2019, mesmo número do levantamento anterior.
O grande destaque foi para a perda de força esperada na produção industrial, com a projeção de crescimento recuando a 3,97 por cento neste ano, sobre 4,29 por cento antes. Para 2019, as estimativas continuaram de crescimento de 3,50 por cento do setor, apontou o Focus.
O BC informou nesta manhã ainda que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB, registrou ligeira alta de 0,09 por cento em fevereiro na comparação com janeiro.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de crescimento de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados.
Veja abaixo as principais projeções do mercado para a economia brasileira, de acordo com a pesquisa semanal do Banco Central com cerca de 100 instituições financeiras.
Por Patrícia Duarte; Edição de Marcela Ayres
BACEN. 16/04/2018. BC divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de fevereiro de 2018.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/16443
BACEN. PORTAL G1. 16/04/2018. 'Prévia' do PIB do Banco Central tem alta de 0,09% em fevereiro. Índice tenta antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Após crescimento de 1% em 2017, previsão de analistas para o 1° trimestre deste ano tem piorado.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
O economia brasileira registrou pequeno crescimento em fevereiro, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (16).
O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma "prévia" do resultado do PIB, teve alta de 0,09% em fevereiro, na comparação com janeiro, quando foi verificada queda de 0,65% (valor revisado). O percentual foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.
Na parcial do ano, houve um crescimento de 1,80% e, em doze meses até fevereiro, aconteceu uma alta de 1,32%. Essas comparações foram feitas sem ajuste sazonal, consideradas mais apropriadas pelo BC.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Em 2017 a economia cresceu 1% e interrompeu a pior recessão já registrada no país. Para 2018, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de cerca de 2,8%. Entretanto, nas últimas semanas a projeção de analistas para o desempenho da economia no primeiro trimestre tem piorado.
Para o governo, o crescimento em 2018 será um pouco maior, ao redor de 3% em 2018.
PIB x IBC-Br
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB.
O cálculo dos dois é um pouco diferente - o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Definição dos juros básicos da economia
O IBC-Br ajuda o Banco Central na definição dos juros básicos da economia. Atualmente, a taxa Selic está em 6,5% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que recue para 6,25% ao ano em meados de maio.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
BACEN. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. Economia brasileira fica praticamente estagnada em fevereiro, indica o BC, pior que o esperado
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A economia brasileira ficou praticamente estagnada em fevereiro, performance menor que a esperada por analistas e que destaca a dificuldade que o país enfrenta de imprimir ritmo mais consistente de expansão no início do ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta segunda-feira, apresentou expansão de apenas 0,09 por cento em fevereiro na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de crescimento de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados. Ao mesmo tempo, o BC piorou o desempenho de janeiro, para mostrar recuo de 0,65 por cento na comparação mensal, após informar anteriormente queda de 0,56 por cento. Os diferentes setores da economia brasileira exibiram performance lenta em fevereiro, mostrando a irregularidade e inconsistência da atividade para voltar a crescer com vigor após profunda recessão. A produção industrial brasileira teve o resultado mais fraco para fevereiro em dois anos ao crescer 0,2 por cento, com perdas na fabricação de bens intermediários e de consumo semiduráveis e não duráveis. Em um ambiente de inflação e juros baixos, mas com desemprego em alta e mercado de trabalho ainda baseado na informalidade, as vendas varejistas encolheram 0,2 por cento em fevereiro, enquanto o setor de serviços teve crescimento inesperadamente fraco de 0,1 por cento. Na comparação com fevereiro de 2017, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve alta de 0,66 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses apresentou expansão de 1,32 por cento, segundo dados observados. A pesquisa Focus realizada pelo BC semanalmente com uma centena de economistas mostrou que a expectativa para o PIB este ano é de expansão de 2,76 por cento, cenário que vem perdendo força há algumas semanas.
Para 2019, a estimativa é de alta de 3 por cento do PIB.
Edição de Patrícia Duarte
BACEN. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. Economia brasileira cresce 0,09% em fevereiro, indica o BC, abaixo do esperado
BRASÍLIA (Reuters) - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou ligeira alta de 0,09 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, informou o BC nesta segunda-feira. O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados.
Por Marcela Ayres; Edição de Patrícia Duarte
FGV. IBRE. 16-Abr-2018. ICOMEX: Os termos de troca do Brasil crescem no 1ºTri de 2018 liderado pelo comércio com a China
A China é o principal mercado para as exportações brasileiras e o percentual da participação nas importações brasileiras é próximo ao da União Europeia. No primeiro trimestre, a China explicou 23,2% das exportações brasileiras e 19,8% das importações (União Europeia, 20,7%). O ICOMEX passará a divulgar mensalmente os índices de exportações e importações do comércio bilateral China e Brasil a partir desse boletim e novos índices por países serão incorporados na base de dados do ICOMEX ao longo dos próximos meses.
O saldo da balança comercial caiu de US$ 14,4 bilhões para US$ 13,9 bilhões do primeiro trimestre de 2017 para o mesmo período em 2018. Em termos de valor, as exportações diminuíram o crescimento passando de 24,3% para 7,8% e as importações ficaram relativamente estáveis em 12%.
Para a China, o crescimento das exportações no primeiro trimestre foi de 1%. O Gráfico 1.A compara o desempenho do volume exportado para a China e para o mundo. Observa-se que o crescimento do volume exportado para a China supera o total para o Brasil. Entretanto, nos primeiros meses de 2018, a queda das exportações para a China supera a das exportações totais. Assim, no primeiro trimestre de 2018, o volume exportado pelo Brasil recuou em 4,2% e para a China em 12,9%. A demora no embarque da soja é um dos fatores para explicar esse resultado que deverá mudar nos próximos meses para positivo.
Nas importações, a comparação mensal tende a ser mais favorável para a China e no primeiro trimestre desse ano, os volumes totais e oriundos da China diminuíram relação ao ano de 2017 (Gráfico 1.B). No trimestre, o volume importado total caiu em 1% e o da China em 2,2%.
“A análise dos indicadores de comércio no primeiro trimestre mostra que o ritmo de crescimento das exportações em termos de volume é menor do que em 2017 com melhor desempenho para o grupo de não commodities. Nas importações há sinais de que a desvalorização da taxa de câmbio efetiva real está atenuando o crescimento das importações em uma fase de lenta recuperação do nível de atividade”, segundo Lia Valls.
Os índices de comércio exterior
Será comparado o desempenho entre os resultados do acumulado do ano até março 2017/2018 e igual período para 2016/2017.
Os preços de exportações crescem a um ritmo inferior passando de 18,6% (jan-mar17/jan-mar16) para 12,3% entre os dois primeiros trimestres de 2017/18. O volume exportado que tinha sido positivo no ano anterior (7,4%) fica negativo (-4,2%). Nas importações, os preços registram aumento de 14,3%, uma alta a ser destacada em comparação com 2017 (2,9%) e o volume importado cai entre os primeiros trimestres de 2017 e 2018.
Os dados mostram, portanto, um comércio menos dinâmico no primeiro trimestre de 2018 em comparação com 2017.
A queda no volume exportado é explicada pelas exportações de commodities (Gráfico 3) que caíram 11,1% entre 2017/2018, enquanto as não commodities registraram crescimento de 5,1%. Além disso, na comparação dos trimestres de 2016/2017, chama atenção o elevado crescimento nos preços das commodities (35,9%) comparado com igual período de 2017/2018 (13,4%). Em síntese, as exportações de não commodities registraram melhor desempenho em volume e próximo ao dos preços das commodities no primeiro trimestre de 2018.
Os termos de troca (preços de exportações/preços das importações) registram movimentos cíclicos nos últimos anos (Gráfico 4). Caem entre janeiro de 2015 e abril de 2016, voltam a crescer até março de 2017 caem novamente e, desde agosto de 2017 mostram tendência de alta.
Observa-se que os termos de troca do comércio Brasil-China eram inferiores ao dos termos de troca total até dezembro de 2017. Isso se explica pela maior redução nos preços exportados da China influenciados basicamente por 3 commodities (soja, petróleo e minério de ferro), enquanto a cesta de commodities é composta por 23 produtos. Com o aumento no preço do petróleo, em especial, os termos de troca para a China melhoraram. Essa tendência poderá se acentuar, com o aumento nos preços da soja pela seca na Argentina e o protecionismo de Trump em relação à China.
Índices por indústria e categoria de uso
Por tipo de indústria, o maior volume exportado foi da agropecuária (6,1%), seguido da indústria de transformação (2,5%) e o da extrativa caiu 33,2%. Na comparação com o 2016/2017, piorou o desempenho da indústria extrativa e melhorou da transformação e da agropecuária. O mesmo comportamento é observado entre os dois primeiros bimestres de 2017 e 2018. Em termos de preços, apenas a indústria de transformação registrou aumento de preço superior na comparação do bimestre 2017/2018 do que 2016/2017. Na agropecuária os preços recuaram em 4,1% e na extrativa o aumento, embora elevado, 42%, foi menor do que em 2016/2017, 94,8% (Gráfico 5).
O volume importado cai na agropecuária e extrativa, e cresce 1,1% na indústria de transformação, porém um percentual menor do que 2016/2017 (18,5%). Em termos de preços, é registrado aumento apenas na indústria de transformação. O menor crescimento no volume importado da indústria de transformação em comparação com 2016/2017 leva a que se observe a decomposição desse resultado por categoria de uso.
Observa-se no Gráfico 7 que o aumento no volume exportado da indústria de transformação está concentrado em bens de capital (38,2%), liderado pela venda de plataformas de petróleo. Ressalta-se o baixo crescimento dos bens duráveis de consumo, 3,2%, quando comparamos o desempenho entre os dois primeiros trimestres de 2016 e 2017. O impulso das compras de automóveis observado em 2017 está arrefecendo. Bens intermediários e bens semiduráveis recuam na comparação dos trimestres.
Os volumes importados (Gráfico 8) registram alta nos bens duráveis de consumo (36,7%), semiduráveis (29,6%) e não duráveis (4,7%). Os indicadores de nível de atividade e retomada do investimento que são os índices de volume das importações de bens de intermediários e de capital recuam na comparação dos dois primeiros trimestres de 2017 e 2018. Chama atenção a comparação com o período de 2016/2017, quando os bens intermediários subiram 25,5%. Uma explicação seria que em 2017 estava se partindo de um nível muito baixo de importações associado ao período recessivo. No entanto, seria esperado uma variação positiva.
O Gráfico 9 mostra o volume importado de bens de capital na formação bruta de capital fixo da economia e no setor de agropecuária e de bens intermediários utilizados na indústria de transformação e na agropecuária. Essa comparação permite concluir que a retomada do investimento da economia ainda é muito incipiente (0,1%) e está concentrada na agropecuária (64,4%), pois como vimos anteriormente o volume importado pela indústria de transformação caiu 1%. Recuam as compras de bens intermediários na indústria de transformação e na agropecuária.
Consideração final
O menor ritmo de crescimento das exportações de duráveis (automóveis) pode ser explicado com o ciclo de estoques e sua renovação. Em 2017 as compras de automóveis pela Argentina, que representa cerca de 80% das vendas brasileiras, foram muito elevadas após a recuperação da economia argentina e a regularização dos acordos Brasil-Argentina. Por outro lado, chamaram atenção o recuo nas compras de bens intermediários e o aumento nas importações de bens duráveis. Nesse caso, o comportamento do câmbio é um dos fatores que influencia esse resultado.
O Gráfico 10 registra uma aceleração na tendência de desvalorização real da taxa efetiva de câmbio a partir de janeiro de 2018. É certo que o índice é ainda inferior ao do ano de 2015/2016, mas o que queremos enfatizar é o movimento de tendência. Nesse caso, apesar de um possível maior crescimento em 2018 do que em 2017, o câmbio mais desvalorizado encarece as importações. Em adição, como vimos os preços das importações estão mais altos esse trimestre do que na comparação do trimestre de 2016/2017.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162CE1465106D63
FGV. IBRE. 16-Abr-2018. IGP-10 varia 0,56% em abril
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,56% em abril, percentual superior à alta de 0,45% registrada em março. Com este resultado, o índice acumula alta de 2,04% no ano e de 1,31% em 12 meses. Em abril de 2017, o índice havia caído 0,76% e acumulava alta de 3,89% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,70% em abril. Em março, a taxa havia sido de 0,63%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram 0,77% em abril, ante 0,09% em março. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -3,38% para 2,96%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,07% em abril. No mês anterior, a taxa havia caído 0,23%.
O taxa do grupo Bens Intermediários acelerou de 0,49% em março para 0,85% em abril. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -4,26% para 3,00%. O índice de Bens Intermediários (ex),obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou alta de 0,51%. No mês anterior, este índice havia subido 1,27%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,49% em março para 0,43% em abril. Contribuíram para a desaceleração do grupo os seguintes itens: minério de ferro (2,36% para -10,36%), mandioca (aipim) (0,10% para -5,32%) e suínos (-3,93% para -9,91%).Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens milho (em grão) (5,08% para 16,25%), leite in natura (1,77% para 7,18%) e algodão (em caroço) (-1,94% para 5,00%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,28% em abril. Em março, a alta havia sido de 0,10%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (-0,31% para 0,20%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item frutas, que avançou 6,29% em abril após registrar alta de 0,84% no mês anterior.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,15% para 0,36%), Educação, Leitura e Recreação (-0,27% para 0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 0,59%), Vestuário (-0,08% para 0,39%) e Comunicação (0,00% para 0,03%). As maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (0,66% para 1,69%), salas de espetáculo (0,03% para 1,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,26% para 0,47%), roupas (-0,07% para 0,74%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,05% para 0,67%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,69% para 0,22%) e Despesas Diversas (0,17% para 0,03%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados para os seguintes itens: gasolina (0,95% para -0,03%) e alimentos para animais domésticos (0,73% para -0,31%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,30% em abril. No mês de março, o índice havia subido 0,12%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,56%, contra 0,27% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,08% em abril. No mês anterior, este índice não registrou variação.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162CE06EDC303C7
FGV. IBRE. 16-Abr-2018. Inflação pelo IPC-S avança na segunda semana de abril
O IPC-S de 15 de abril de 2018 apresentou variação de 0,35%1, 0,04 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (0,32% para 0,44%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,57% para 1,78%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,73%), Educação, Leitura e Recreação (0,06% para 0,13%) e Comunicação (0,04% para 0,05%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: medicamentos em geral (0,24% para 0,91%), salas de espetáculo (1,03% para 1,63%) e tarifa de telefone móvel (0,13% para 0,29%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Transportes (0,28% para 0,26%), Despesas Diversas (0,02% para -0,03%), Vestuário (0,47% para 0,44%) e Alimentação (0,29% para 0,28%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (0,72% para 0,37%), alimentos para animais domésticos (-0,58% para -1,06%), roupas femininas (1,18% para 0,82%) e frutas (7,93% para 6,97%), respectivamente.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162CE0C934F2836
CAIXA. 16/04/2018. BRASIL. ECONOMIA. CAIXA reduz juros do crédito imobiliário. O banco também aumentou para 70% a cota de financiamento de imóvel usado e retomou as operações com interveniente quitante. A redução das taxas de juros facilitam o acesso à casa própria
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta segunda-feira (16), a redução de até 1,25 p.p. das taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
As taxas mínimas passaram, nesse caso, de 10,25% a.a para 9% a.a, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 11,25% a.a para 10% a.a, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
De acordo com o presidente da CAIXA, Nelson Antônio de Souza, a redução das taxas de juros facilitam o acesso à casa própria e contribuem para estimular o mercado imobiliário. “O objetivo da redução é oferecer as melhores condições para os nossos clientes, além de contribuir para o aquecimento do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas”, destaca.
Novas condições
Além da redução de juros, a CAIXA também promoveu melhoria das condições no financiamento de imóveis para pessoa física.
O limite de cota de financiamento do imóvel usado sobe de 50% para 70%. A CAIXA também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.
A CAIXA possui R$ 82,1 bilhões para o crédito habitacional para 2018. O banco mantém a liderança no setor com cerca de 70% das operações para aquisição da casa própria.
SFH e SFI
Estão enquadrados no SFH os imóveis residenciais de até R$ 800 mil, para todo país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil. Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.
Todas as mudanças começam a valer nesta segunda-feira (16).
CIA VALE DO RIO DOCE. PORTAL G1. REUTERS. 16/04/2018. Vale reduz produção de minério de ferro em 4,9% no 1º tri; vendas crescem. A alta das vendas, segundo a empresa, foi resultado de mudanças na gestão da cadeia de logística.
A produção de minério de ferro da Vale caiu 4,9% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2017, para 81,95 milhões de toneladas, devido principalmente à decisão de reduzir a produção de produtos de menor qualidade e a chuvas intensas, informou a empresa nesta segunda-feira (16).
Na comparação com o quarto trimestre de 2017, a produção caiu 12,2%.
Entretanto, segundo a Vale, as vendas da commodity cresceram 9% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, para 71,221 milhões de toneladas.
Com isso, os volumes de venda de minério de ferro e pelotas atingiram um recorde de 84,3 milhões de toneladas para um primeiro trimestre, alta de 6,4 milhões de toneladas ante o mesmo período do ano passado.
+ Vale tem produção de minério de ferro recorde em 2017
A alta das vendas, segundo a Vale, ocorreu como resultado da flexibilidade e gestão ativa da cadeia de logística, que contribuiu para a realização de preço e margem.
"O mix de vendas da Vale melhorou substancialmente ano contra ano, como resultado do 'ramp up' de S11D e da decisão de reduzir progressivamente a produção de minério de baixa qualidade", disse a companhia em seu relatório de produção.
A participação da venda de pelotas, finos de Carajás e minério blendado aumentou para 76 por cento no primeiro trimestre, contra os 67% sobre as vendas totais ante o mesmo período do ano passado.
Consequentemente, apontou a Vale, o mix de vendas dos produtos da Vale alavancou o impacto do prêmio de mercado, levando a um aumento na qualidade e prêmio médio do preço "CFR/FOB wmt' realizado, que totalizou US$ 5,2 por tonelada no primeiro trimestre deste ano, ante US$ 2,3 no primeiro trimestre de 2017.
DOCUMENTO: http://www.vale.com/pt/investors/information-market/quarterly-results/resultadostrimestrais/preport1t18_p%20.pdf
HYDRO. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. Oferta de alumínio corre risco por corte de produção no Brasil e sanções contra a Rússia, diz Hydro
OSLO (Reuters) - O mercado global de alumínio corre o risco de escassez de oferta por causa das sanções adicionais dos Estados Unidos contra a Rússia, bem com os cortes de produção no Brasil pela Norsk Hydro (NHY.OL), disse à Reuters o presidente-executivo da Hydro.
Indústrias que vão desde de as fabricantes de automóveis a produtores de refrigerantes se preocupam com entregas e aumentos de preços acentuados, disse Svein Richard Brandtzaeg em uma entrevista.
Durante o fim de semana, a Hydro realizou uma redução de 50 por cento produção da Albras, como alertado anteriormente, desencadeada por uma disputa não resolvida em sua refinaria de alumina Alunorte, que fornece a matéria-prima principal.
Os preços do alumínio CMAL3 atingiram os níveis máximos de seis anos na Bolsa de Metais de Londres nesta segunda-feira, dando sequência ao movimento de alta que começou quando os Estados Unidos impuseram sanções contra a UC Rusal (0486.HK), o segundo maior produtor mundial, assim como os cortes da própria Hydro.
Norsk Hydro ASA
51.46
NHY.OLOSLO STOCK EXCHANGE
+1.10(+2.18%)
NHY.OL
NHY.OL0486.HK
“Há uma escassez de alumina, e também haverá escassez de alumínio, a menos que a Rusal possa encontrar novos mercados rapidamente”, disse Brandtzaeg na sede da Hydro em Oslo.
Por Terje Solsvik
EMBRAER. 16 DE ABRIL DE 2018. Embraer entrega 14 jatos comerciais e 11 executivos no 1º trimestre
SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer entregou 14 jatos comerciais e 11 executivos no primeiro trimestre deste ano, e encerrou o trimestre com 421 pedidos firmes para serem entregues na aviação comercial, informou a empresa nesta segunda-feira.
Os jatos comerciais foram entregues para companhias aéreas nos Estados Unidos, Europa e Ásia Pacífico. No segmento de aviação executiva, foram entregues 8 jatos leves e três jatos grandes, informou a Embraer.
O valor consolidado da carteira de pedidos firmes em dólares será divulgado apenas em 27 de abril, com os resultados do primeiro trimestre, disse a empresa.
Por Raquel Stenzel
REUTERS. 14 DE ABRIL DE 2018. Vice dos EUA diz que acordo do Nafta é possível em algumas semanas
LIMA (Reuters) - O vice-presidente americano, Mike Pence, disse neste sábado que deixou a cúpula de países da América Latina, no Peru, muito esperançoso de que Estados Unidos, México e Canadá estejam se aproximando de uma renegociação do Nafta, bloco comercial da América do Norte.
Pence disse a repórteres ser possível que um novo acordo seja alcançado nas próximas semanas.
O vice-presidente também disse que não foi discutido na reunião com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, a proposta do presidente americano Donald Trump de construir um muro na fronteira com o vizinho, que seria pago pelo México.
Reportagem de Roberta Rampton
REUTERS. 15 DE ABRIL DE 2018. Primeiro-ministro do Canadá prepara reunião de emergência para discutir crise sobre oleoduto
Por David Ljunggren
OTTAWA (Reuters) - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, tentará neste domingo enfrentar a crescente disputa sobre um projeto de oleoduto que ameaça prejudicar sua agenda política e econômica.
A Kinder Morgan Canada quer praticamente triplicar a capacidade de seu oleoduto Trans Mountain da região de Alberta, rica em petróleo, para a província da Columbia Britânica, no Pacífico, com fortes oposições à ideia devido a razões ambientais.
Trudeau, que diz que a expansão beneficiará a economia e precisa prosseguir, deve realizar uma reunião de emergência com os governadores de ambas as províncias.
“Isso não é sobre punir os moradores da Columbia Britânica, isso não é sobre prejudicar os canadenses, isso é sobre levar adiante um projeto de interesse nacional”, disse ele a repórteres no Peru no fim do sábado, antes de voltar a Ottawa.
“Faremos isso de uma maneira que não polarize mais ou aumente a temperatura do debate.”
Por David Ljunggren
REUTERS. 15 DE ABRIL DE 2018. Canadá negocia ajuda financeira à empresa de oleoduto para resolver crise, diz primeiro-ministro
Por David Ljunggren
OTTOWA (Reuters) - O governo canadense pretende conversar com a empresa Kinder Morgan Canada sobre uma possível ajuda financeira para acabar com a crise envolvendo um projeto de oleoduto, afirmou neste domingo o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau.
Trudeau falou depois de uma reunião de emergência com o primeiro-ministro da Columbia Britânica, que se opõe aos planos da Kinder Morgan de quase triplicar a capacidade do oleoduto Trans Mountain, da província de Alberta para a costa oeste.
“Instruí o ministro das Finanças a iniciar discussões formais com a Kinder Morgan, cujo resultado será remover a incerteza pendente sobre o projeto de expansão do oleoduto Trans Mountain”, disse Trudeau a jornalistas.
“A construção continuará”, acrescentou o primeiro-ministro, que interrompeu uma viagem ao exterior para voltar a Ottawa para a reunião. A Kinder Morgan Canada, parte da Kinder Morgan Inc, ameaça abandonar o projeto.
Os governos federal e da província de Alberta já sugeriram que podem participar do projeto.
A premiê de Alberta, Rachel Notley, que também participou das negociações em Ottawa, disse que estava convencida de que a expansão seria feita se o acordo de assistência financeira pudesse ser resolvido.
O primeiro-ministro da Columbia Britânica, John Horgan, disse após a reunião que não mudou sua posição de que os riscos de um vazamento do oleoduto são grandes demais.
Por David Ljunggren
REUTERS. 15 DE ABRIL DE 2018. Panamá estuda construir ferrovia até Costa Rica em parceria com a China
Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - O Panamá está considerando construir em conjunto com a China uma linha de trem de passageiros até a Costa Rica, um projeto que exigirá um investimento inicial de 5 bilhões de dólares, disse o presidente do Panamá à Reuters, em um sinal de que o interesse do país asiático na América Latina está aumentando.
O presidente Juan Carlos Varela disse que o Panamá está promovendo investimentos em infraestrutura no geral e também licitará uma terceira linha de metrô, com expectativa de que serão necessários 4 bilhões de dólares em investimentos.
A China tem se envolvido mais na América Latina, com os Estados Unidos, sob o governo do presidente Donald Trump, adotando uma abordagem mais protecionista em relação ao comércio.
“Estamos fazendo com a China um estudo de viabilidade de uma ferrovia de 450 quilômetros entre o Panamá e a fronteira com a Costa Rica”, disse Varela, nos intervalo da Cúpula das Américas, em Lima, na noite de sexta-feira.
Varela também disse que espera que uma mina de cobre avaliada em 6 bilhões de dólares, que está sendo construída pela australiana First Quantum Minerals comece a produzir ano que vem, acrescentando 2,5 por cento ao PIB do Panamá.
Referindo-se à disputa comercial entre China e Estados Unidos, Varela disse que se qualquer país quiser negociar acordos comerciais, deveria fazê-lo sem gerar conflitos. O Panamá recebe investimentos de todos os países, afirmou.
LGCJ.:
BACEN. PORTAL G1. 16/04/2018. Mercado baixa expectativa de inflação e de alta do PIB em 2018. Previsão dos analistas dos bancos para inflação deste ano caiu de 3,53% para 3,48%. Para o PIB, estimativa de alta passou de 2,80% para 2,76%.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
As previsões do mercado estão no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (16).
A previsão do mercado para a inflação em 2018 passou de 3,53% para 3,48% na semana passada. Foi a décima primeira queda seguida no indicador.
O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta central que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, o mercado financeiro baixou sua expectativa de inflação de 4,09% para 4,07%. A estimativa do mercado está em linha com a meta central do próximo ano, de 4,25%, e também dentro da banda do sistema de metas (entre 2,75% e 5,75%).
PIB e juros
Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,80% para 2,76%. Foi a terceira queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano.
A redução na expectativa do mercado veio após o próprio Banco Central ter indicado que pode continuar reduzindo a taxa básica de juros nos próximos meses.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,30 por dólar. Para o fechamento de 2019, permaneceu inalterada em 3,39 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 55 bilhões para US$ 55,8 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 45,8 bilhões para US$ 48 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 80 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.
BACEN. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. FOCUS-Mercado vê inflação e PIB mais baixos; Top 5 projeta juros menores em 2019
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado reduziu suas perspectivas de crescimento da economia e da inflação, em meio a sinais cada vez mais claros de que a atividade iniciou este ano patinando mais do que o esperado, mantendo o caminho aberto para mais redução na taxa básica de juros, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Ao mesmo tempo, o grupo de economistas que mais acerta as projeções, o Top 5, passou a ver que a Selic subirá menos do que o esperado até então em 2019.
A alta do IPCA foi calculada agora em 3,48 por cento em 2018 e em 4,07 por cento em 2019, sobre 3,53 e 4,09 por cento na pesquisa anterior, respectivamente.
O IPCA teve variação positiva de apenas 0,09 por cento em março, nível mais baixo para o mês em 24 anos, acumulando em 12 meses avanço de 2,68 por cento, ainda mais abaixo do piso da meta deste ano, de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O nível baixo de inflação ratifica a indicação do BC de novo corte da Selic em maio, antes de encerrar o ciclo de flexibilização. Hoje, a taxa básica de juros está na mínima histórica de 6,50 por cento ao ano e, pelo Focus, deve fechar 2018 a 6,25 por cento, mesmo cenário visto no levantamento anterior.
Para 2019, as projeções também não mudaram na mediana geral do mercado, com a taxa indo a 8 por cento.
Mas a cena mudou quando se olha para o Top 5, com a Selic fechando o próximo ano a 7,50 por cento, sobre 8 por cento, no cenário de médio prazo. As contas mudaram também no cenário de curto prazo, com a Selic sendo vista no fim de 2019 a 7,75 por cento, sobre 8 por cento até então.
A perspectiva de menor inflação e juros vem junto com as expectativas de atividade econômica acelerando menos. O Focus mostrou que, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções apontou para expansão de 2,76 por cento este ano, contra 2,80 por cento calculados antes, chegando a 3 por cento em 2019, mesmo número do levantamento anterior.
O grande destaque foi para a perda de força esperada na produção industrial, com a projeção de crescimento recuando a 3,97 por cento neste ano, sobre 4,29 por cento antes. Para 2019, as estimativas continuaram de crescimento de 3,50 por cento do setor, apontou o Focus.
O BC informou nesta manhã ainda que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB, registrou ligeira alta de 0,09 por cento em fevereiro na comparação com janeiro.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de crescimento de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados.
Veja abaixo as principais projeções do mercado para a economia brasileira, de acordo com a pesquisa semanal do Banco Central com cerca de 100 instituições financeiras.
Por Patrícia Duarte; Edição de Marcela Ayres
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
PIB
BACEN. 16/04/2018. BC divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de fevereiro de 2018.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/16443
BACEN. PORTAL G1. 16/04/2018. 'Prévia' do PIB do Banco Central tem alta de 0,09% em fevereiro. Índice tenta antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Após crescimento de 1% em 2017, previsão de analistas para o 1° trimestre deste ano tem piorado.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
O economia brasileira registrou pequeno crescimento em fevereiro, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (16).
O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma "prévia" do resultado do PIB, teve alta de 0,09% em fevereiro, na comparação com janeiro, quando foi verificada queda de 0,65% (valor revisado). O percentual foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.
Evolução do IBC-Br
Em %
abr/2017
0,03
0,03
Fonte: Banco Central
Na parcial do ano, houve um crescimento de 1,80% e, em doze meses até fevereiro, aconteceu uma alta de 1,32%. Essas comparações foram feitas sem ajuste sazonal, consideradas mais apropriadas pelo BC.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Em 2017 a economia cresceu 1% e interrompeu a pior recessão já registrada no país. Para 2018, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de cerca de 2,8%. Entretanto, nas últimas semanas a projeção de analistas para o desempenho da economia no primeiro trimestre tem piorado.
Para o governo, o crescimento em 2018 será um pouco maior, ao redor de 3% em 2018.
PIB x IBC-Br
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB.
O cálculo dos dois é um pouco diferente - o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Definição dos juros básicos da economia
O IBC-Br ajuda o Banco Central na definição dos juros básicos da economia. Atualmente, a taxa Selic está em 6,5% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que recue para 6,25% ao ano em meados de maio.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
BACEN. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. Economia brasileira fica praticamente estagnada em fevereiro, indica o BC, pior que o esperado
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A economia brasileira ficou praticamente estagnada em fevereiro, performance menor que a esperada por analistas e que destaca a dificuldade que o país enfrenta de imprimir ritmo mais consistente de expansão no início do ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta segunda-feira, apresentou expansão de apenas 0,09 por cento em fevereiro na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de crescimento de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados. Ao mesmo tempo, o BC piorou o desempenho de janeiro, para mostrar recuo de 0,65 por cento na comparação mensal, após informar anteriormente queda de 0,56 por cento. Os diferentes setores da economia brasileira exibiram performance lenta em fevereiro, mostrando a irregularidade e inconsistência da atividade para voltar a crescer com vigor após profunda recessão. A produção industrial brasileira teve o resultado mais fraco para fevereiro em dois anos ao crescer 0,2 por cento, com perdas na fabricação de bens intermediários e de consumo semiduráveis e não duráveis. Em um ambiente de inflação e juros baixos, mas com desemprego em alta e mercado de trabalho ainda baseado na informalidade, as vendas varejistas encolheram 0,2 por cento em fevereiro, enquanto o setor de serviços teve crescimento inesperadamente fraco de 0,1 por cento. Na comparação com fevereiro de 2017, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve alta de 0,66 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses apresentou expansão de 1,32 por cento, segundo dados observados. A pesquisa Focus realizada pelo BC semanalmente com uma centena de economistas mostrou que a expectativa para o PIB este ano é de expansão de 2,76 por cento, cenário que vem perdendo força há algumas semanas.
Para 2019, a estimativa é de alta de 3 por cento do PIB.
Edição de Patrícia Duarte
BACEN. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. Economia brasileira cresce 0,09% em fevereiro, indica o BC, abaixo do esperado
BRASÍLIA (Reuters) - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou ligeira alta de 0,09 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, informou o BC nesta segunda-feira. O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados.
Por Marcela Ayres; Edição de Patrícia Duarte
COMÉRCIO EXTERIOR / BRASIL-CHINA
FGV. IBRE. 16-Abr-2018. ICOMEX: Os termos de troca do Brasil crescem no 1ºTri de 2018 liderado pelo comércio com a China
A China é o principal mercado para as exportações brasileiras e o percentual da participação nas importações brasileiras é próximo ao da União Europeia. No primeiro trimestre, a China explicou 23,2% das exportações brasileiras e 19,8% das importações (União Europeia, 20,7%). O ICOMEX passará a divulgar mensalmente os índices de exportações e importações do comércio bilateral China e Brasil a partir desse boletim e novos índices por países serão incorporados na base de dados do ICOMEX ao longo dos próximos meses.
O saldo da balança comercial caiu de US$ 14,4 bilhões para US$ 13,9 bilhões do primeiro trimestre de 2017 para o mesmo período em 2018. Em termos de valor, as exportações diminuíram o crescimento passando de 24,3% para 7,8% e as importações ficaram relativamente estáveis em 12%.
Para a China, o crescimento das exportações no primeiro trimestre foi de 1%. O Gráfico 1.A compara o desempenho do volume exportado para a China e para o mundo. Observa-se que o crescimento do volume exportado para a China supera o total para o Brasil. Entretanto, nos primeiros meses de 2018, a queda das exportações para a China supera a das exportações totais. Assim, no primeiro trimestre de 2018, o volume exportado pelo Brasil recuou em 4,2% e para a China em 12,9%. A demora no embarque da soja é um dos fatores para explicar esse resultado que deverá mudar nos próximos meses para positivo.
Nas importações, a comparação mensal tende a ser mais favorável para a China e no primeiro trimestre desse ano, os volumes totais e oriundos da China diminuíram relação ao ano de 2017 (Gráfico 1.B). No trimestre, o volume importado total caiu em 1% e o da China em 2,2%.
“A análise dos indicadores de comércio no primeiro trimestre mostra que o ritmo de crescimento das exportações em termos de volume é menor do que em 2017 com melhor desempenho para o grupo de não commodities. Nas importações há sinais de que a desvalorização da taxa de câmbio efetiva real está atenuando o crescimento das importações em uma fase de lenta recuperação do nível de atividade”, segundo Lia Valls.
Os índices de comércio exterior
Será comparado o desempenho entre os resultados do acumulado do ano até março 2017/2018 e igual período para 2016/2017.
Os preços de exportações crescem a um ritmo inferior passando de 18,6% (jan-mar17/jan-mar16) para 12,3% entre os dois primeiros trimestres de 2017/18. O volume exportado que tinha sido positivo no ano anterior (7,4%) fica negativo (-4,2%). Nas importações, os preços registram aumento de 14,3%, uma alta a ser destacada em comparação com 2017 (2,9%) e o volume importado cai entre os primeiros trimestres de 2017 e 2018.
Os dados mostram, portanto, um comércio menos dinâmico no primeiro trimestre de 2018 em comparação com 2017.
A queda no volume exportado é explicada pelas exportações de commodities (Gráfico 3) que caíram 11,1% entre 2017/2018, enquanto as não commodities registraram crescimento de 5,1%. Além disso, na comparação dos trimestres de 2016/2017, chama atenção o elevado crescimento nos preços das commodities (35,9%) comparado com igual período de 2017/2018 (13,4%). Em síntese, as exportações de não commodities registraram melhor desempenho em volume e próximo ao dos preços das commodities no primeiro trimestre de 2018.
Os termos de troca (preços de exportações/preços das importações) registram movimentos cíclicos nos últimos anos (Gráfico 4). Caem entre janeiro de 2015 e abril de 2016, voltam a crescer até março de 2017 caem novamente e, desde agosto de 2017 mostram tendência de alta.
Observa-se que os termos de troca do comércio Brasil-China eram inferiores ao dos termos de troca total até dezembro de 2017. Isso se explica pela maior redução nos preços exportados da China influenciados basicamente por 3 commodities (soja, petróleo e minério de ferro), enquanto a cesta de commodities é composta por 23 produtos. Com o aumento no preço do petróleo, em especial, os termos de troca para a China melhoraram. Essa tendência poderá se acentuar, com o aumento nos preços da soja pela seca na Argentina e o protecionismo de Trump em relação à China.
Índices por indústria e categoria de uso
Por tipo de indústria, o maior volume exportado foi da agropecuária (6,1%), seguido da indústria de transformação (2,5%) e o da extrativa caiu 33,2%. Na comparação com o 2016/2017, piorou o desempenho da indústria extrativa e melhorou da transformação e da agropecuária. O mesmo comportamento é observado entre os dois primeiros bimestres de 2017 e 2018. Em termos de preços, apenas a indústria de transformação registrou aumento de preço superior na comparação do bimestre 2017/2018 do que 2016/2017. Na agropecuária os preços recuaram em 4,1% e na extrativa o aumento, embora elevado, 42%, foi menor do que em 2016/2017, 94,8% (Gráfico 5).
O volume importado cai na agropecuária e extrativa, e cresce 1,1% na indústria de transformação, porém um percentual menor do que 2016/2017 (18,5%). Em termos de preços, é registrado aumento apenas na indústria de transformação. O menor crescimento no volume importado da indústria de transformação em comparação com 2016/2017 leva a que se observe a decomposição desse resultado por categoria de uso.
Observa-se no Gráfico 7 que o aumento no volume exportado da indústria de transformação está concentrado em bens de capital (38,2%), liderado pela venda de plataformas de petróleo. Ressalta-se o baixo crescimento dos bens duráveis de consumo, 3,2%, quando comparamos o desempenho entre os dois primeiros trimestres de 2016 e 2017. O impulso das compras de automóveis observado em 2017 está arrefecendo. Bens intermediários e bens semiduráveis recuam na comparação dos trimestres.
Os volumes importados (Gráfico 8) registram alta nos bens duráveis de consumo (36,7%), semiduráveis (29,6%) e não duráveis (4,7%). Os indicadores de nível de atividade e retomada do investimento que são os índices de volume das importações de bens de intermediários e de capital recuam na comparação dos dois primeiros trimestres de 2017 e 2018. Chama atenção a comparação com o período de 2016/2017, quando os bens intermediários subiram 25,5%. Uma explicação seria que em 2017 estava se partindo de um nível muito baixo de importações associado ao período recessivo. No entanto, seria esperado uma variação positiva.
O Gráfico 9 mostra o volume importado de bens de capital na formação bruta de capital fixo da economia e no setor de agropecuária e de bens intermediários utilizados na indústria de transformação e na agropecuária. Essa comparação permite concluir que a retomada do investimento da economia ainda é muito incipiente (0,1%) e está concentrada na agropecuária (64,4%), pois como vimos anteriormente o volume importado pela indústria de transformação caiu 1%. Recuam as compras de bens intermediários na indústria de transformação e na agropecuária.
Consideração final
O menor ritmo de crescimento das exportações de duráveis (automóveis) pode ser explicado com o ciclo de estoques e sua renovação. Em 2017 as compras de automóveis pela Argentina, que representa cerca de 80% das vendas brasileiras, foram muito elevadas após a recuperação da economia argentina e a regularização dos acordos Brasil-Argentina. Por outro lado, chamaram atenção o recuo nas compras de bens intermediários e o aumento nas importações de bens duráveis. Nesse caso, o comportamento do câmbio é um dos fatores que influencia esse resultado.
O Gráfico 10 registra uma aceleração na tendência de desvalorização real da taxa efetiva de câmbio a partir de janeiro de 2018. É certo que o índice é ainda inferior ao do ano de 2015/2016, mas o que queremos enfatizar é o movimento de tendência. Nesse caso, apesar de um possível maior crescimento em 2018 do que em 2017, o câmbio mais desvalorizado encarece as importações. Em adição, como vimos os preços das importações estão mais altos esse trimestre do que na comparação do trimestre de 2016/2017.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162CE1465106D63
ÍNDICES DE PREÇOS
FGV. IBRE. 16-Abr-2018. IGP-10 varia 0,56% em abril
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,56% em abril, percentual superior à alta de 0,45% registrada em março. Com este resultado, o índice acumula alta de 2,04% no ano e de 1,31% em 12 meses. Em abril de 2017, o índice havia caído 0,76% e acumulava alta de 3,89% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,70% em abril. Em março, a taxa havia sido de 0,63%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram 0,77% em abril, ante 0,09% em março. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -3,38% para 2,96%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,07% em abril. No mês anterior, a taxa havia caído 0,23%.
O taxa do grupo Bens Intermediários acelerou de 0,49% em março para 0,85% em abril. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -4,26% para 3,00%. O índice de Bens Intermediários (ex),obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou alta de 0,51%. No mês anterior, este índice havia subido 1,27%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,49% em março para 0,43% em abril. Contribuíram para a desaceleração do grupo os seguintes itens: minério de ferro (2,36% para -10,36%), mandioca (aipim) (0,10% para -5,32%) e suínos (-3,93% para -9,91%).Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens milho (em grão) (5,08% para 16,25%), leite in natura (1,77% para 7,18%) e algodão (em caroço) (-1,94% para 5,00%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,28% em abril. Em março, a alta havia sido de 0,10%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (-0,31% para 0,20%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item frutas, que avançou 6,29% em abril após registrar alta de 0,84% no mês anterior.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,15% para 0,36%), Educação, Leitura e Recreação (-0,27% para 0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 0,59%), Vestuário (-0,08% para 0,39%) e Comunicação (0,00% para 0,03%). As maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (0,66% para 1,69%), salas de espetáculo (0,03% para 1,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,26% para 0,47%), roupas (-0,07% para 0,74%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,05% para 0,67%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,69% para 0,22%) e Despesas Diversas (0,17% para 0,03%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados para os seguintes itens: gasolina (0,95% para -0,03%) e alimentos para animais domésticos (0,73% para -0,31%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,30% em abril. No mês de março, o índice havia subido 0,12%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,56%, contra 0,27% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,08% em abril. No mês anterior, este índice não registrou variação.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162CE06EDC303C7
FGV. IBRE. 16-Abr-2018. Inflação pelo IPC-S avança na segunda semana de abril
O IPC-S de 15 de abril de 2018 apresentou variação de 0,35%1, 0,04 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (0,32% para 0,44%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,57% para 1,78%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,73%), Educação, Leitura e Recreação (0,06% para 0,13%) e Comunicação (0,04% para 0,05%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: medicamentos em geral (0,24% para 0,91%), salas de espetáculo (1,03% para 1,63%) e tarifa de telefone móvel (0,13% para 0,29%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Transportes (0,28% para 0,26%), Despesas Diversas (0,02% para -0,03%), Vestuário (0,47% para 0,44%) e Alimentação (0,29% para 0,28%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (0,72% para 0,37%), alimentos para animais domésticos (-0,58% para -1,06%), roupas femininas (1,18% para 0,82%) e frutas (7,93% para 6,97%), respectivamente.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162CE0C934F2836
MERCADO IMOBILIÁRIO
CAIXA. 16/04/2018. BRASIL. ECONOMIA. CAIXA reduz juros do crédito imobiliário. O banco também aumentou para 70% a cota de financiamento de imóvel usado e retomou as operações com interveniente quitante. A redução das taxas de juros facilitam o acesso à casa própria
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta segunda-feira (16), a redução de até 1,25 p.p. das taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
As taxas mínimas passaram, nesse caso, de 10,25% a.a para 9% a.a, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 11,25% a.a para 10% a.a, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
De acordo com o presidente da CAIXA, Nelson Antônio de Souza, a redução das taxas de juros facilitam o acesso à casa própria e contribuem para estimular o mercado imobiliário. “O objetivo da redução é oferecer as melhores condições para os nossos clientes, além de contribuir para o aquecimento do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas”, destaca.
Novas condições
Além da redução de juros, a CAIXA também promoveu melhoria das condições no financiamento de imóveis para pessoa física.
O limite de cota de financiamento do imóvel usado sobe de 50% para 70%. A CAIXA também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.
A CAIXA possui R$ 82,1 bilhões para o crédito habitacional para 2018. O banco mantém a liderança no setor com cerca de 70% das operações para aquisição da casa própria.
SFH e SFI
Estão enquadrados no SFH os imóveis residenciais de até R$ 800 mil, para todo país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil. Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.
Todas as mudanças começam a valer nesta segunda-feira (16).
MINERAÇÃO
CIA VALE DO RIO DOCE. PORTAL G1. REUTERS. 16/04/2018. Vale reduz produção de minério de ferro em 4,9% no 1º tri; vendas crescem. A alta das vendas, segundo a empresa, foi resultado de mudanças na gestão da cadeia de logística.
A produção de minério de ferro da Vale caiu 4,9% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2017, para 81,95 milhões de toneladas, devido principalmente à decisão de reduzir a produção de produtos de menor qualidade e a chuvas intensas, informou a empresa nesta segunda-feira (16).
Na comparação com o quarto trimestre de 2017, a produção caiu 12,2%.
Entretanto, segundo a Vale, as vendas da commodity cresceram 9% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, para 71,221 milhões de toneladas.
Com isso, os volumes de venda de minério de ferro e pelotas atingiram um recorde de 84,3 milhões de toneladas para um primeiro trimestre, alta de 6,4 milhões de toneladas ante o mesmo período do ano passado.
+ Vale tem produção de minério de ferro recorde em 2017
A alta das vendas, segundo a Vale, ocorreu como resultado da flexibilidade e gestão ativa da cadeia de logística, que contribuiu para a realização de preço e margem.
"O mix de vendas da Vale melhorou substancialmente ano contra ano, como resultado do 'ramp up' de S11D e da decisão de reduzir progressivamente a produção de minério de baixa qualidade", disse a companhia em seu relatório de produção.
A participação da venda de pelotas, finos de Carajás e minério blendado aumentou para 76 por cento no primeiro trimestre, contra os 67% sobre as vendas totais ante o mesmo período do ano passado.
Consequentemente, apontou a Vale, o mix de vendas dos produtos da Vale alavancou o impacto do prêmio de mercado, levando a um aumento na qualidade e prêmio médio do preço "CFR/FOB wmt' realizado, que totalizou US$ 5,2 por tonelada no primeiro trimestre deste ano, ante US$ 2,3 no primeiro trimestre de 2017.
DOCUMENTO: http://www.vale.com/pt/investors/information-market/quarterly-results/resultadostrimestrais/preport1t18_p%20.pdf
HYDRO. REUTERS. 16 DE ABRIL DE 2018. Oferta de alumínio corre risco por corte de produção no Brasil e sanções contra a Rússia, diz Hydro
OSLO (Reuters) - O mercado global de alumínio corre o risco de escassez de oferta por causa das sanções adicionais dos Estados Unidos contra a Rússia, bem com os cortes de produção no Brasil pela Norsk Hydro (NHY.OL), disse à Reuters o presidente-executivo da Hydro.
Indústrias que vão desde de as fabricantes de automóveis a produtores de refrigerantes se preocupam com entregas e aumentos de preços acentuados, disse Svein Richard Brandtzaeg em uma entrevista.
Durante o fim de semana, a Hydro realizou uma redução de 50 por cento produção da Albras, como alertado anteriormente, desencadeada por uma disputa não resolvida em sua refinaria de alumina Alunorte, que fornece a matéria-prima principal.
Os preços do alumínio CMAL3 atingiram os níveis máximos de seis anos na Bolsa de Metais de Londres nesta segunda-feira, dando sequência ao movimento de alta que começou quando os Estados Unidos impuseram sanções contra a UC Rusal (0486.HK), o segundo maior produtor mundial, assim como os cortes da própria Hydro.
Norsk Hydro ASA
51.46
NHY.OLOSLO STOCK EXCHANGE
+1.10(+2.18%)
NHY.OL
NHY.OL0486.HK
“Há uma escassez de alumina, e também haverá escassez de alumínio, a menos que a Rusal possa encontrar novos mercados rapidamente”, disse Brandtzaeg na sede da Hydro em Oslo.
Por Terje Solsvik
AVIAÇÃO
EMBRAER. 16 DE ABRIL DE 2018. Embraer entrega 14 jatos comerciais e 11 executivos no 1º trimestre
SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer entregou 14 jatos comerciais e 11 executivos no primeiro trimestre deste ano, e encerrou o trimestre com 421 pedidos firmes para serem entregues na aviação comercial, informou a empresa nesta segunda-feira.
Os jatos comerciais foram entregues para companhias aéreas nos Estados Unidos, Europa e Ásia Pacífico. No segmento de aviação executiva, foram entregues 8 jatos leves e três jatos grandes, informou a Embraer.
O valor consolidado da carteira de pedidos firmes em dólares será divulgado apenas em 27 de abril, com os resultados do primeiro trimestre, disse a empresa.
Por Raquel Stenzel
NAFTA
REUTERS. 14 DE ABRIL DE 2018. Vice dos EUA diz que acordo do Nafta é possível em algumas semanas
LIMA (Reuters) - O vice-presidente americano, Mike Pence, disse neste sábado que deixou a cúpula de países da América Latina, no Peru, muito esperançoso de que Estados Unidos, México e Canadá estejam se aproximando de uma renegociação do Nafta, bloco comercial da América do Norte.
Pence disse a repórteres ser possível que um novo acordo seja alcançado nas próximas semanas.
O vice-presidente também disse que não foi discutido na reunião com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, a proposta do presidente americano Donald Trump de construir um muro na fronteira com o vizinho, que seria pago pelo México.
Reportagem de Roberta Rampton
CANADÁ
REUTERS. 15 DE ABRIL DE 2018. Primeiro-ministro do Canadá prepara reunião de emergência para discutir crise sobre oleoduto
Por David Ljunggren
OTTAWA (Reuters) - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, tentará neste domingo enfrentar a crescente disputa sobre um projeto de oleoduto que ameaça prejudicar sua agenda política e econômica.
A Kinder Morgan Canada quer praticamente triplicar a capacidade de seu oleoduto Trans Mountain da região de Alberta, rica em petróleo, para a província da Columbia Britânica, no Pacífico, com fortes oposições à ideia devido a razões ambientais.
Trudeau, que diz que a expansão beneficiará a economia e precisa prosseguir, deve realizar uma reunião de emergência com os governadores de ambas as províncias.
“Isso não é sobre punir os moradores da Columbia Britânica, isso não é sobre prejudicar os canadenses, isso é sobre levar adiante um projeto de interesse nacional”, disse ele a repórteres no Peru no fim do sábado, antes de voltar a Ottawa.
“Faremos isso de uma maneira que não polarize mais ou aumente a temperatura do debate.”
Por David Ljunggren
REUTERS. 15 DE ABRIL DE 2018. Canadá negocia ajuda financeira à empresa de oleoduto para resolver crise, diz primeiro-ministro
Por David Ljunggren
OTTOWA (Reuters) - O governo canadense pretende conversar com a empresa Kinder Morgan Canada sobre uma possível ajuda financeira para acabar com a crise envolvendo um projeto de oleoduto, afirmou neste domingo o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau.
Trudeau falou depois de uma reunião de emergência com o primeiro-ministro da Columbia Britânica, que se opõe aos planos da Kinder Morgan de quase triplicar a capacidade do oleoduto Trans Mountain, da província de Alberta para a costa oeste.
“Instruí o ministro das Finanças a iniciar discussões formais com a Kinder Morgan, cujo resultado será remover a incerteza pendente sobre o projeto de expansão do oleoduto Trans Mountain”, disse Trudeau a jornalistas.
“A construção continuará”, acrescentou o primeiro-ministro, que interrompeu uma viagem ao exterior para voltar a Ottawa para a reunião. A Kinder Morgan Canada, parte da Kinder Morgan Inc, ameaça abandonar o projeto.
Os governos federal e da província de Alberta já sugeriram que podem participar do projeto.
A premiê de Alberta, Rachel Notley, que também participou das negociações em Ottawa, disse que estava convencida de que a expansão seria feita se o acordo de assistência financeira pudesse ser resolvido.
O primeiro-ministro da Columbia Britânica, John Horgan, disse após a reunião que não mudou sua posição de que os riscos de um vazamento do oleoduto são grandes demais.
Por David Ljunggren
INFRAESTRUTURA - PANAMÁ / COSTA RICA
REUTERS. 15 DE ABRIL DE 2018. Panamá estuda construir ferrovia até Costa Rica em parceria com a China
Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - O Panamá está considerando construir em conjunto com a China uma linha de trem de passageiros até a Costa Rica, um projeto que exigirá um investimento inicial de 5 bilhões de dólares, disse o presidente do Panamá à Reuters, em um sinal de que o interesse do país asiático na América Latina está aumentando.
O presidente Juan Carlos Varela disse que o Panamá está promovendo investimentos em infraestrutura no geral e também licitará uma terceira linha de metrô, com expectativa de que serão necessários 4 bilhões de dólares em investimentos.
A China tem se envolvido mais na América Latina, com os Estados Unidos, sob o governo do presidente Donald Trump, adotando uma abordagem mais protecionista em relação ao comércio.
“Estamos fazendo com a China um estudo de viabilidade de uma ferrovia de 450 quilômetros entre o Panamá e a fronteira com a Costa Rica”, disse Varela, nos intervalo da Cúpula das Américas, em Lima, na noite de sexta-feira.
Varela também disse que espera que uma mina de cobre avaliada em 6 bilhões de dólares, que está sendo construída pela australiana First Quantum Minerals comece a produzir ano que vem, acrescentando 2,5 por cento ao PIB do Panamá.
Referindo-se à disputa comercial entre China e Estados Unidos, Varela disse que se qualquer país quiser negociar acordos comerciais, deveria fazê-lo sem gerar conflitos. O Panamá recebe investimentos de todos os países, afirmou.
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LGCJ.: