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April 9, 2018



INDICADORES/INDICATORS



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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)


ANÁLISE


BACEN. PORTAL G1. 09/04/2018. Mercado vê inflação menor e reduz previsão para alta do PIB em 2018. Previsão dos analistas dos bancos para inflação deste ano caiu de 3,54% para 3,53%. Para o PIB, estimativa de alta passou de 2,84% para 2,80%.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central baixaram a previsão para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.

Esses economistas, de mais de 100 instituições financeiras, foram ouvidos pelo BC na semana passada. O resultado dessa pesquisa foi divulgado nesta segunda-feira (9) dentro do relatório de mercado, também conhecido como "Focus".

O relatório é disponibilizado pelo Banco Central todas as segundas e tem sempre como base a previsão dos analistas colhida da semana anterior.

Inflação

A previsão do mercado para a inflação em 2018, que na semana retrasada era de 3,54%, na semana passada ficou ficou em 3,53%. Foi a décima queda seguida no indicador.

O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta central que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2019, porém, o mercado financeiro subiu sua expectativa de inflação de 4,08% para 4,09%. Mesmo assim, a estimativa do mercado está em linha com a meta central do próximo ano e também dentro da banda do sistema de metas (entre 2,75% e 5,75%).

PIB e juros

Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,84% para 2,80%. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.

Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano.

A redução na expectativa do mercado veio após o próprio Banco Central ter indicado que pode continuar reduzindo a taxa básica de juros nos próximos meses.

Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Câmbio, balança e investimentos

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,30 por dólar. Para o fechamento de 2019, caiu de R$ 3,40 para R$ 3,39 por dólar.

A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, continuou em US$ 55 bilhões de resultado positivo.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu estável ao redor de US$ 45 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 80 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.

BACEN. REUTERS. 9 DE ABRIL DE 2018. Mercado reduz projeções para inflação e crescimento econômico neste ano, mostra Focus

SÃO PAULO (Reuters) - A projeção para a inflação neste ano foi reduzida pela 10ª vez seguida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, caminhando na direção do piso da meta oficial, enquanto a visão para a economia teve ligeira piora.

Os economistas consultados no levantamento passaram a calcular a alta do IPCA em 2018 agora em 3,53 por cento, ante 3,54 por cento na semana anterior. A meta oficial para este ano é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto porcentual.

Para 2019, o cálculo também sofreu um ajuste de 0,01 ponto percentual, mas para cima, a 4,09 por cento.

O IBGE divulga na terça-feira os dados de março do IPCA, e pesquisa da Reuters aponta que a inflação provavelmente desacelerou em março à mínima em cinco meses de 2,72 por cento em 12 meses, sugerindo que o BC pode ter esperado tempo demais para sinalizar novo corte de juros.

Ao mesmo tempo, a expectativa para o desempenho da economia brasileira piorou. A projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) registre uma expansão de 2,80 por cento neste ano, contra 2,84 por cento antes, avançando a 3 por cento em 2019, em projeção inalterada no levantamento.

A pesquisa mostra ainda que o mercado continua vendo que a Selic terminará 2018 a 6,25 por cento e 2019, a 8 por cento. Atualmente, a taxa básica de juros está em 6,5 por cento.

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LGCJ.: