BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA JANEIRO-MARÇO/2018
MDIC. 02 de Abril de 2018. Saldo comercial do primeiro trimestre bate recorde de US$ 14 bilhões. Nos três primeiros meses do ano, exportações somaram US$ 54,4 bi e importações, US$ 40,4 bi; em março, superávit foi de US$ 6,3 bi
Brasília (2 de abril) - O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou hoje o resultado das exportações do mês de março que chegaram a US$ 20,1 bilhões. Houve crescimento de 9,6% sobre março de 2017, pela média diária. No mês, as importações totalizaram US$ 13,8 bilhões, com acréscimo de 16,9% sobre o mesmo período do ano passado. No mesmo comparativo, a corrente de comércio alcançou valor de US$ 33,8 bilhões, com alta de 12,5%, e o saldo comercial mensal apresentou superávit de US$ 6,3 bilhões, valor 12% inferior ao alcançado em igual período de 2017 (US$ 7,136 bilhões).
Com os números do último mês, o acumulado de 2018 bateu recorde de vendas externas. De janeiro a março, as exportações chegaram a US$ 54,4 bilhões, crescimento de 11,3%, pela média diária. As importações foram de US$ 40,4 bilhões, 15,8% a mais, pela média diária, sobre o mesmo período anterior (US$ 36 bilhões). De janeiro a março, a corrente de comércio, de US$ 94,7 bilhões, representou aumento de 13,2% sobre o mesmo período do ano anterior. O saldo comercial acumulou superávit de US$ 13,9 bilhões, valor 3,1% inferior ao alcançado em igual período de 2017, US$ 14,4 bilhões.
Para o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, o desempenho na balança no primeiro trimestre mostra um resultado positivo da economia brasileira. “Temos uma série de cinco trimestres consecutivos de crescimento. Março foi o oitavo mês seguido de aumento das importações de bens de capital, o que significa um interesse e uma disposição maior com investimentos produtivos no Brasil”, explicou.
A previsão é que, em 2018, a balança comercial brasileira tenha um superávit comercial na casa dos US$ 50 bilhões.
Mês
Em março, as exportações por fator agregado chegaram a US$ 9,9 bilhões para produtos básicos, US$ 7,1 bilhões para manufaturados e US$ 2,5 bilhões para semimanufaturados. Na comparação com o mesmo período de 2017, cresceram as exportações de semimanufaturados (16,8%), básicos (8,4%) e manufaturados (8,3%). No mesmo comparativo, no grupo dos básicos, cresceram as vendas principalmente de milho em grão (168,5%), fumo em folhas (127,2%), petróleo em bruto (41,7%), carne bovina (31,3%), farelo de soja (27,9%), minério de cobre (22,6%), soja em grão (6,4%) e carne de frango (2,9%).
Entre os manufaturados, cresceram as vendas principalmente de óleos combustíveis (149,7%), suco de laranja não congelado (120,2%), tubos de ferro fundido (99,4%), tratores (68%), máquinas para terraplanagem (51,1%), aviões (39,3%), motores e geradores elétricos (33,8%), veículos de carga (28,9%), motores para veículos e partes (27,8%), autopeças (25,7%), óxidos e hidróxidos de alumínio (7,1%) e laminados planos (6,1%).
No grupo dos semimanufaturados, quando comparado com março do ano passado, aumentaram as vendas de zinco em bruto (95,5%), celulose (92,1%), ferro ligas (48,3%), madeira serrada (24,2%) e óleo de soja em bruto (13,3%).
Por mercados compradores, ampliaram-se as exportações para a Oceania (50,3%), América Central e Caribe (40,4%), Mercosul (20,6%) União Europeia (17,2%) África (9,8%), Estados Unidos (7,8%) e Ásia (5%). No período, os cinco principais destinos das exportações brasileiras foram China (US$ 5,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,2 bilhões), Argentina (US$ 1,7 bilhão), Países Baixos (US$ 740 milhões) e Chile (US$ 517 milhões).
Em março de 2018, cresceram as importações de todas as grandes categorias econômicas: combustíveis e lubrificantes (46,5%), bens de capital (20,5%), bens de consumo (16,4%) e bens intermediários (12,2%).
Por mercados fornecedores, na comparação com o mesmo período do ano passado, aumentaram as compras originárias dos principais mercados: Oriente Médio (93,4%), Ásia (28,7%), Estados Unidos (18,1%), América Central e Caribe (12,1%), Mercosul (11,5%) e União Europeia (7,8%).
Por outro lado, diminuíram as compras originárias da Oceania (-55%) e África (-9,6%). No período, os cinco principais fornecedores para o mercado brasileiro foram China (US$ 2,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,3 bilhões), Argentina (US$ 876 milhões), Alemanha (US$ 802 milhões) e Coreia do Sul (US$ 530 milhões).
Acumulado do ano
Nas exportações, todas as categorias de produtos registraram crescimento em relação a igual período de 2016. Os manufaturados (23,1%), os semimanufaturados (6,5%) e os básicos (3,7%).
No grupo dos manufaturados, houve crescimento principalmente em plataforma para extração de petróleo (de zero para US$ 1,5 bilhão), tubos de ferro fundido (145,1%), suco de laranja congelado (102,8%), máquinas para terraplanagem (85,5%), tratores (84,2%), óleos combustíveis (48,5%), chassis com motor (38,1%), motores para veículos e partes (29%), autopeças (27,9%), óxidos e hidróxidos de alumínio (18,6%), bombas e compressores (17%), suco de laranja não congelado (16,7%), aviões (12,2%), automóveis de passageiros (9,6%), motores e geradores elétricos (6,4%).
Na categoria dos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de celulose (56,6%), madeira serrada (19,7%), ferro-ligas (19,2%), óleo de soja em bruto (12,8%), semimanufaturados de ferro e aço (9,3%) e ouro em forma semimanufaturada (6,8%).
Com relação à exportação de produtos básicos, houve aumento nas receitas de algodão em bruto (122,6%), milho em grão (114,5%), fumo em folhas (100,2%), carne bovina (24,4%), farelo de soja (18,1%), minério de cobre (13,4%) e petróleo em bruto (6,7%).
Por mercados compradores, cresceram as vendas para os principais destinos: União Europeia (42,1%), América Central e Caribe (27,2%), Oceania (22,4%), Mercosul (17,5%), Estados Unidos (8,9%) e África (7,9%).
No primeiro trimestre deste ano, os principais países de destino das exportações brasileiras foram China (US$ 12,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 6,3 bilhões), Argentina (US$ 4,4 bilhões), Países Baixos (US$ 3,9 bilhões) e Chile (US$ 1,5 bilhão).
Nas importações, houve crescimento em combustíveis e lubrificantes (44,9%), bens de consumo (18,8%), bens de capital (18,2%) e bens intermediários (9,8%).
Por mercados fornecedores, na comparação com o mesmo período do ano passado, cresceram as compras originárias dos principais mercados: América Central e Caribe (61,7%), Oriente Médio (31,8%), Ásia (28,1%) União Europeia (14,1%), Estados Unidos (10,1%) e Mercosul (7,5%),
Os principais países de origem das importações de janeiro a março de 2018 foram China (US$ 8 bilhões), Estados Unidos (US$ 6,9 bilhões), Alemanha (US$ 2,5 bilhões), Argentina (US$ 2,4 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 1,5 bilhão).
MDIC. PORTAL G1. 02/04/2018. Exportações brasileiras superam importações em US$ 6,28 bilhões em março. Valor é 12% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado. No primeiro trimestre, superávit da balança foi de US$ 13,95 bilhões e caiu 3,1%.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,281 bilhões em março, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Isso significa que o valor das exportações brasileiras superou o das importações em US$ 6,281 bilhões no mês passado. Apesar de positivo, o resultado é 12% menor que o registrado em março de 2017 (superávit de US$ 7,136 bilhões, recorde para o mês).
A última vez que a balança comercial registrou queda no superávit foi em novembro de 2017 - o alto valor das exportações em novembro de 2016, porém, foi influenciado pela exportação de plataforma de petróleo.
Balança Comercial
Para meses de março, em US$ bilhões
Fonte: MDIC
Segundo o governo, as exportações somaram US$ 20,089 bilhões em março, com aumento de 9,6% sobre o mesmo mês de 2017. As três categorias de produtos registraram alta nesta comparação: semimanufaturados (+16,8%), manufaturados (+8,3%) e básicos (+8,4%).
Já as importações avançaram 16,9% na comparação com março de 2017, para US$ 13,809 bilhões. Cresceram, no último mês, as compras de todas as categorias de produtos: combustíveis (+46,5%), bens intermediários (+12,2%), bens de capital (+20,5%) e bens de consumo (+16,4%).
O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, afirmou que a expectativa do governo é de que as exportações cresçam menos do que as importações neste ano. Por isso, o superávit da balança comercial em 2018 deve ficar mais baixo que o de 2017.
Ainda assim, Neto estimou um saldo positivo "na casa" de US$ 50 bilhões, valor considerado por ele como "extremamente robusto".
Primeiro trimestre
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, informou o governo, a balança comercial registrou um superávit de US$ 13,952 bilhões. O valor é 3,1% menor que o registrado em igual período do ano passado (US$ 14,402 bilhões - recorde para os três primeiros de um ano).
Movimentação de contêineres no Porto de Santos; superávit da balança caiu 3,1% no primeiro trimestre de 201 (Foto: Divulgação/Codesp) Movimentação de contêineres no Porto de Santos; superávit da balança caiu 3,1% no primeiro trimestre de 201 (Foto: Divulgação/Codesp)
Movimentação de contêineres no Porto de Santos; superávit da balança caiu 3,1% no primeiro trimestre de 201 (Foto: Divulgação/Codesp)
Na parcial de 2018, as exportações somam US$ 54,370 bilhões, com média diária de US$ 891 milhões (alta de 11,3% sobre o mesmo período do ano passado).
As importações, por sua vez, somaram US$ 40,417 bilhões, ou US$ 662 milhões por dia útil, com aumento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2017.
Estimativas para 2018
A expectativa do mercado financeiro para este ano é de piora do saldo comercial na comparação com 2017, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 55 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2018. Para o Ministério da Indústria, o saldo positivo ficará em cerca de US$ 50 bilhões neste ano.
O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 56 bilhões para este ano, com exportações em US$ 225 bilhões e importações no valor de US$ 169 bilhões.
MDIC. REUTERS. 2 DE ABRIL DE 2018. Brasil tem superávit comercial de US$6,281 bi em março, importações mostram fôlego
BRASÍLIA (Reuters) - (Corrige no 7º parágrafo que a projeção do superávit comercial de 2018 pode ser revisada e não reduzida) O Brasil registrou superávit comercial de 6,281 bilhões de dólares em março, queda de 12 por cento sobre igual período do ano passado sobretudo pelo aumento das importações no período, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira.
O resultado veio em linha com pesquisa Reuters feita com analistas, com expectativa de saldo positivo de 6,4 bilhões de dólares.
No mês, as importações subiram 16,9 por cento sobre março do ano passado, pela média diária, a 13,809 bilhões de dólares, em meio à retomada do crescimento econômico.
As exportações também avançaram, mas em menor ritmo. A alta foi de 9,6 por cento sobre o mesmo mês do ano passado, a 20,089 bilhões de dólares.
No primeiro trimestre de 2018, o saldo positivo das trocas comerciais soma 13,952 bilhões de dólares, recuo de 3,1 por cento sobre igual intervalo do ano passado.
Para 2018 todo, o ministério já havia previsto que a aceleração da atividade iria elevar as importações e reduzir o superávit da balança comercial brasileira ao patamar de 50 bilhões de dólares, ante 67 bilhões de dólares de 2017.
Mas a projeção pode ser revisada se os Estados Unidos mantiverem as tarifas sobre a importação de aço brasileiro, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto.
Em coletiva de imprensa, ele disse ainda que é muito cedo para avaliar o impacto do aumento de tarifas pela China como reação à investida norte-americana. No entanto, pontuou que uma escalada das tensões comerciais pode ser “muito prejudicial” para a economia global.
A China elevou tarifas em até 25 por cento sobre 128 produtos dos Estados Unidos, de carne suína congelada e vinho a certas frutas e nozes, ampliando a disputa entre as duas maiores economias do mundo em resposta à tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio.
No fim de março, a Casa Branca anunciou que o Brasil terá isenção temporária das tarifas de 25 por cento sobre aço e de 10 por cento sobre alumínio enquanto negocia com o governo norte-americano exclusão definitiva das sobretaxas a produtos do país.
DESTAQUE
Em março, a compra de produtos importados pelo Brasil foi forte especialmente na categoria de combustíveis e lubrificantes, com alta de 46,5 por cento sobre igual mês do 2017. Também subiram as importações de bens de capital (+20,5 por cento), bens de consumo (+16,4 por cento) e bens intermediários (+12,2 por cento).
O desempenho das exportações também foi positivo em todas as categorias, puxado pelo avanço de 16,8 por cento em semimanufaturados. Neste caso, o destaque ficou com a venda de celulose, com alta de 92,1 por cento sobre março do ano passado, a 765 milhões de dólares.
Já as exportações de básicos subiram 8,4 por cento, ao passo que na categoria de manufaturados o crescimento foi de 8,3 por cento.
Por Marcela Ayres e Mateus Maia
MDIC. REUTERS. 2 DE ABRIL DE 2018. Exportação de soja do Brasil salta 208% em março ante fevereiro, diz Secex
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de soja do Brasil saltaram quase 208 por cento em março ante fevereiro, para 8,81 milhões de toneladas, e ficaram bem próximas das 8,97 milhões de igual mês do ano passado, com o ritmo diário de embarques mais forte em 2018.
Dados divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que em março foram vendidas ao exterior, em média, 419,7 mil toneladas da oleaginosa por dia, contra 390,4 mil toneladas/dia há um ano.
O Brasil é o maior exportador mundial de soja, e seus embarques costumam aumentar a partir de março, à medida que avança a colheita país afora.
O rimo de exportação mais acentuado neste ano, contudo, pode indicar uma maior procura pela commodity brasileira, uma vez que a Argentina, outro importante fornecedor mundial, viu sua safra quebrar em razão de uma severa estiagem.
Os problemas no país vizinho acabaram por dar sustentação aos preços internacionais da soja, estimulando os produtores brasileiros a comercializar.
MILHO
As exportações de milho do Brasil também cresceram em março na comparação anual, embora tenham caído em relação a fevereiro.
Segundo a Secex, foram exportadas 605,3 mil toneladas do cereal no mês passado, contra 1,25 milhão em fevereiro e 243 mil um ano antes.
Por José Roberto Gomes; Edição de Luciano Costa
MDIC. REUTERS. 2 DE ABRIL DE 2018. Projeção de saldo comercial do Brasil pode cair se EUA mantiverem tarifas, diz secretário
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto, afirmou nesta segunda-feira que o governo pode mudar sua projeção para o superávit da balança comercial deste ano, de 50 bilhões de dólares, se os Estados Unidos mantiverem tarifas sobre a importação de aço brasileiro.
Em coletiva de imprensa, ele disse ainda que é muito cedo para avaliar o impacto do aumento da tarifa da China. No entanto, pontuou que uma escalada das tensões comerciais pode ser “muito prejudicial” para a economia global.
Reportagem de Bruno Federowski
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