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November 10, 2017

US ECONOMICS


PORTAL G1. FRANCE PRESS. 10/11/2017. Trump reclama de abusos do comércio mundial e Xi Jinping pede globalização mais aberta. Presidente dos EUA disse que a Organização Mundial do Comércio (OMC) não trata o país com imparcialidade; líder da China afirmou que globalização é tendência 'irreversível'.

Donald Trump e Xi Jinping discursaram nesta sexta-feira (10) no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), expondo posições antagônicas sobre o comércio mundial. Enquanto o presidente americano denunciou "abusos crônicos", o chefe de Estado chinês pediu uma globalização "mais aberta", que beneficie o mundo todo.
"Não podemos continuar tolerando os abusos comerciais crônicos e não os toleraremos", disse Trump a uma plateia de empresários de todo o mundo reunidos na cidade vietnamita de Danang.
Trump foi muito crítico ao sistema multilateral que regula o comércio mundial, encarnado pela OMC.
"Para dizer de maneira clara, a Organização Mundial de Comércio não nos tem tratado com imparcialidade", assegurou.
Alinhado a sua intenção de afastar-se de grandes tratados comerciais (como o Nafta, integrado por EUA, México e Canadá), Trump disse que fará negócios bilaterais com qualquer país "que queira ser nosso parceiro e que respeite os princípios de comércio justo e recíproco".
"Sempre colocarei a América em primeiro lugar", acrescentou, assegurando que seu país "não voltará a entrar em grandes acordos que nos deixam de mãos atadas".
Poucos minutos depois, na mesma sala, o presidente Xi Jinping disse que a globalização é "uma tendência histórica irreversível".
"Temos que apoiar o sistema multilateral de comércio e praticar um regionalismo aberto, para permitir que os países em desenvolvimento se beneficiem mais do comércio e dos investimentos internacionais", disse.
O fórum Apec, que reúne 21 economias representando cerca de 60% do PIB mundial, é um dos encontros econômicos e diplomáticos mais importantes do ano, com a presença de dezenas de líderes políticos e mais de 2.000 empresários.
O presidente Vladimir Putir também está em Danang, mas a Casa Branca informou que não há previsão de um encontro bilateral com Trump.
A visita do presidente americano ao Vietnã faz parte de sua primeira viagem oficial à Ásia, que incluiu o Japão, a Coreia do Sul e a China, com uma longa agenda comercial e política com a qual também busca apoios para conter as ambições nucleares da Coreia do Norte.
Em seu discurso desta sexta-feira, Trump não hesitou em denunciar as "fantasias distorcidas de um ditador", em referência ao líder norte-coreano Kim Jong-Un.
Nacionalismo econômico
Segundo Ian Bremmer, um analista da consultora Eurasia, Washington está praticando um "nacionalismo econômico" que empurra seus sócios para os braços da China. "Embora muitos países não gostem necessariamente o modelo chinês, eles têm que se contentar com o que têm", indica.
A chegada de Trump à Casa Branca com seu célebre slogan "America First" ("Estados Unidos primeiro") causou uma reviravolta após décadas de defesa americana ao livre-comércio e à abertura de mercados.
Este "efeito Trump", como classifica um dos diplomatas da cúpula de Danang, está sendo sentido em todo o mundo, começando por seu vizinho mais próximo, México, um dos três membros latino-americanos da Apec junto com Chile e Peru.
A possível retirada dos Estados Unidos do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), em vigor desde 1994 e que inclui Canadá e México, poderá ter consequências graves para a economia norte-americana.
O presidente mexicano Enrique Peña Nieta chegou quinta-feira a Danang com uma agenda cheia, na tentativa de diversificar seu comércio para limitar sua dependência dos Estados Unidos.
O "efeito Trump" também afetou outro ambicioso tratado comercial, o Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica.
Após anos de preparação e longas negociações, Trump surpreendeu ao anunciar em janeiro a retirada dos Estados Unidos do acordo.
Agora os 11 países restantes, entre eles Austrália, Japão, México, Chile e Peru, estão tentando revertê-lo e poderão anunciar um acordo durante a Apec.

REUTERS. 10 DE NOVEMBRO DE 2017. Trump apresenta mensagem forte sobre comércio para Ásia

DANANG, Vietnã (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma mensagem forte sobre o comércio em uma reunião com países da região Ásia-Pacífico no Vietnã nesta sexta-feira, dizendo que o seu país já não pode mais tolerar abusos comerciais crônicos e que vai insistir em políticas justas e igualitárias.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante pronunciamento em cúpula da Cooperação Econômica da região Ásia-Pacífico em Danang, no Vietnã 10/11/2017 REUTERS/Nyein Chan Naing
Trump disse que os EUA estavam prontos para fazer um acordo bilateral com qualquer país da região Ásia-Pacífico, mas apenas com base em “respeito e benefício mútuos”.

”Quando os EUA entrarem em um relacionamento comercial

com outros países ou outros povos, vamos esperar de agora em diante que nossos parceiros sigam fielmente as regras”, disse ele em Danang.

”Esperamos que os mercados estejam abertos em igual nível

de ambos os lados e que o investimento privado, e não os planejadores do governo, direcione o investimento”, disse ele em um discurso antes da cúpula dos líderes para a Cooperação Econômica da região Ásia-Pacífico.

Trump chegou ao Vietnã depois de visitar a China, em sua quarta etapa de uma viagem de 12 dias pela Ásia. Corrigir a balança comercial entre a Ásia e os Estados Unidos está no centro das políticas de Trump que ele diz que vão proteger os trabalhadores dos EUA.

A diferença entre as abordagens de Trump e da China ficou

mais evidente por comentários do presidente chinês, Xi Jinping, que disse que a globalização é uma tendência irreversível e expressou apoio por acordos comerciais multilaterais.

Embora a China tenha, de longe, o maior superávit comercial com os EUA, o Vietnã também está na lista dos países com superávit que a administração de Trump procura reduzir.

Por Steve Holland e Matthew Tostevin


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ECONOMICA BRASILEIRA


MDIC. 10 de Novembro de 2017. Governo Federal lança sistema para identificação de barreiras às exportações. Ferramenta vai permitir que exportador informe entraves tarifários e não tarifários identificados em mercados estrangeiros. Expectativa do governo é aumentar as vendas externas

Brasília (10 de novembro) – O Diário Oficial da União publicou hoje o Decreto 9.195 que trata do “Sistema Eletrônico de Monitoramento de Barreiras às Exportações Brasileiras – SEM Barreiras”.  A ferramenta vai auxiliar o governo federal na gestão de barreiras enfrentadas pelos exportadores brasileiros.  Na avaliação do ministro Marcos Pereira, o objetivo da iniciativa é o “aumento do acesso das exportações brasileiras a mercados estrangeiros por meio da redução ou remoção de entraves comerciais”. 

Elaborado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), e com contribuições do setor privado, o SEM Barreiras está disponível para acesso a partir desta sexta-feira (10), com a publicação de um Decreto que define a governança entre os órgãos que trabalham no acompanhamento e possível redução ou eliminação dessas barreiras.  A criação do Sistema contou também com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os exportadores podem acessar o sistema no endereço www.sembarreiras.gov.br. A ferramenta permite ainda que o setor privado acompanhe as ações realizadas pelo governo com relação ao pleito apresentado.

Marcos Pereira ressalta ainda que o sistema “vai garantir uma atuação mais eficiente e coordenada entre os diversos órgãos do governo federal e o setor privado”. Para o ministro, o SEM Barreiras é um “instrumento fundamental para estreitar a relação entre setor privado e governo, uma vez que permitirá a atuação conjunta na identificação de barreiras, e também auxiliará no trabalho do MDIC e do governo como um todo nas gestões com autoridades estrangeiras para a diminuição ou remoção dessas barreiras”, disse.

Com esse novo sistema, o governo atende a um pleito antigo do setor privado. “As barreiras podem aumentar desproporcionalmente os custos do comércio exterior, sobretudo para as pequenas e médias empresas. Nos últimos meses, já levantamos barreiras em mais de 40 setores e lançamos um manual para auxiliar as associações setoriais e empresas exportadoras a identificar os obstáculos ao comércio e aos investimentos. O que faltava era justamente um sistema de monitoramento permanente, como fazem importantes economias do mundo, entre elas Estados Unidos, União Europeia e Japão”, diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Barreiras

As exportações brasileiras sofrem com barreiras de ordem tarifária ou não-tarifária, que representam dificuldades de acesso a mercados estrangeiros, geram custos e, em alguns casos, causam impactos que até mesmo impedem as exportações.

As formas de enfrentar essas barreiras passam pela necessidade de adaptação do setor produtivo, de aperfeiçoamento dos produtos, serviços e processos, bem como pela atuação do Governo em defesa dos interesses do setor exportador, em prol de uma melhor e mais qualificada inserção internacional.

De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), a quantidade de barreiras cresceu de 3,3 mil em 2013 para 3,5 mil em 2016. Segundo a UNCTAD, países em desenvolvimento perdem cerca de US$ 23 bilhões anualmente, o equivalente a cerca de 10% de suas exportações para o G20, por conta de barreiras não tarifárias. 

Sistema SEM Barreiras

O SEM Barreiras não altera as competências que diversos órgãos brasileiros têm para atuar na análise e no tratamento de barreiras às exportações. O sistema busca a racionalização e organização das informações, com o devido acompanhamento pelo setor empresarial. Dentre os avanços proporcionados pelo SEM Barreiras, está o registro coordenado de análises e ações tomadas pelo governo para solução de cada entrave comercial reportado pelo exportador. 

De acordo com o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, para que a ferramenta possa cumprir apropriadamente seus objetivos, “é imprescindível a participação dos exportadores e a sua adoção por parte de todos os entes envolvidos, o que é definido pelo decreto presidencial”. 

Para o secretário, “com a disponibilização do Sem Barreiras e a possibilidade de comunicação em um único canal de potenciais barreiras às exportações brasileiras, o País fortalecerá sua atuação para ampliar a inserção comercial de produtos, serviços e investimentos brasileiros”.

IBGE. 10/11/2017. IPCA fica em 0,42% em outubro
 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de outubro ficou em 0,42%, 0,26 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de setembro (0,16%). No ano, o índice acumula 2,21%, bem abaixo dos 5,78% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de outubro desde 1998 (1,44%). Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 2,70%, resultado superior aos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,26%.

PERÍODOTAXA
Outubro0,42%
Setembro0,16%
Outubro 20160,26%
Acumulado no ano2,21%
Acumulado 12 meses2,70%

Em outubro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de residência (-0,39%) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaca-se o grupo Habitação, com 1,33% de variação e 0,21 p.p. de impacto no índice do mês. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.

IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal    
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
SetembroOutubroSetembroOutubro
Índice Geral0,160,420,160,42
Alimentação e Bebidas-0,41-0,05-0,10-0,01
Habitação-0,121,33-0,020,21
Artigos de Residência0,13-0,390,00-0,02
Vestuário0,280,710,020,04
Transportes0,790,490,140,09
Saúde e Cuidados Pessoais0,320,520,040,06
Despesas Pessoais0,560,320,060,04
Educação0,040,060,000,00
Comunicação0,500,400,020,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preço

Pelo sexto mês consecutivo, o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,05%), porém bem menos intensa do que a registrada em setembro (-0,41%). Tal sequência de variações negativas ocorreu, também, no período de abril a setembro de 1997, com seis meses seguidos de queda nos alimentos. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,14%. No ano, tal variação está em -2,02% sendo que, dos dez meses já transcorridos, sete apresentaram variação negativa. O acumulado no ano é o menor registrado para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.

Os alimentos para consumo em casa passaram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa (que passou de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro) e o tomate (de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro). Por outro lado, vieram em queda: o feijão-mulatinho (-18,41%), o alho (-7,69%), o feijão-carioca (-3,29%), o açúcar cristal (-3,05%), o leite longa vida (-2,99%) e o arroz        (-1,14%). As regiões pesquisadas apresentaram variação entre -1,08%, em Recife, e 0,61%, em Curitiba.

Já a alimentação fora apresentou alta de 0,16%, com as regiões pesquisadas indo de         -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém.

No grupo Artigos de residência, a queda de 0,39% foi impulsionada, principalmente, pelos eletrodomésticos (-1,10%).

Pelo lado das altas, o grupo Habitação, com variação de 1,33% e impacto de 0,21 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por metade dele. Isso por conta da energia elétrica, em média 3,28% mais cara. A partir de 1º de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, representando uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Em setembro, a bandeira tarifária vigente era a amarela, incidindo um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos.

Nas regiões pesquisadas, o item variou de -2,27%, em Vitória, até 18,77%, em Goiânia. Nesta, além do reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas (a partir de 22 de outubro), houve aumento na alíquota do PIS/COFINS. Já em Vitória, a queda foi em função da redução da alíquota do imposto. Cabe também destacar os reajustes médios de 6,84% em Brasília (em vigor desde 22 de outubro) e de 22,59% em uma das empresas pesquisadas em São Paulo a partir de 23 de outubro.

Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 4,49%, reflexo do reajuste médio, nas refinarias, de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 11 de outubro.

Registre-se, também, a variação de 4,71% no gás encanado em Curitiba. Tal variação reflete o reajuste de 5,19% em vigor desde 1º de outubro.

Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre -0,10%, registrado em Vitória, e 1,52%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,77%) e pelos combustíveis (7,75%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. Em Vitória, o movimento foi inverso, com a energia elétrica em queda de 2,27%, e a gasolina registrando redução de 1,22%.

A tabela a seguir apresenta os resultados por região pesquisada.

IPCA - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses 
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%) 
SetembroOutubroAno12 meses
Goiânia3,590,041,522,282,01
Curitiba7,790,140,712,993,30
São Paulo30,670,190,502,403,02
Brasília2,800,220,482,684,12
Salvador7,350,240,462,302,58
Fortaleza3,490,160,411,892,63
Belo Horizonte10,860,240,341,782,19
Porto Alegre8,400,070,321,682,01
Campo Grande1,510,330,321,452,60
Belém4,650,330,311,261,32
Recife5,05-0,260,132,603,67
Rio de Janeiro12,060,130,102,212,51
Vitória1,780,54-0,102,173,12
Brasil100,000,160,422,212,70
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).

 INPC varia 0,37% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,37% em outubro. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 6,36% registrados em igual período do ano passado, sendo a menor variação acumulada para o período desde a implantação do Plano Real. Considerando-se os últimos 12 meses, o índice foi de 1,83%, ficando acima do 1,63% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o INPC registrou 0,17%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,11% em outubro. Em setembro, o resultado havia sido de -0,57%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,58%, acima da taxa de 0,22% de setembro.

Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,22%, registrado no Rio de Janeiro, e 1,50%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,55%) e pelos combustíveis (7,89%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. No Rio de Janeiro, a queda foi impulsionada pela refeição fora   (-2,15%). A tabela abaixo apresenta os resultados por região pesquisada.

INPC - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses 
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%) 
AgostoSetembroAno12 meses
Goiânia4,150,031,501,661,22
Curitiba7,29-0,010,672,952,86
São Paulo24,240,020,511,711,93
Fortaleza6,61-0,040,431,712,48
Salvador10,670,090,412,162,40
Brasília1,88-0,160,382,363,58
Belo Horizonte10,600,090,341,071,21
Porto Alegre7,38-0,020,311,331,40
Campo Grande1,640,030,290,261,07
Belém7,030,320,241,050,92
Recife7,17-0,280,052,093,16
Vitória1,830,24-0,191,652,19
Rio de Janeiro9,51-0,48-0,220,750,50
Brasil100,00-0,020,371,621,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).

Bandeira vermelha na energia elétrica acelera inflação em outubro
 
Influenciada pelo aumento médio de 3,28% na energia elétrica, a inflação subiu de 0,16% em setembro para 0,42% em outubro. A adoção da bandeira vermelha no mês contribuiu para a aceleração no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta manhã pelo IBGE. Por outro lado, a taxa acumulada no ano (2,21%) foi a menor registrada para este período do ano desde 1998. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 2,70%.

O aumento dos preços da energia elétrica (3,28%) e do botijão de gás (4,49%), que sofreu reajuste de 12,9% na refinaria, fizeram com que Habitação apresentasse a maior inflação (1,33%) entre os grupos, sendo responsável por quase metade do índice no mês, ou seja, 0,21 ponto percentual.



O analista da pesquisa, José Fernando Gonçalves, afirmou que a passagem da bandeira amarela para a vermelha determinou a aceleração da inflação em outubro. E ressaltou: “No próximo mês, continuará vigorando a bandeira vermelha, porém o preço da energia elétrica passará de R$ 3,50 para R$ 5,00 por cada 100 kWh”, aumentando a pressão nos preços da energia.

O grupo alimentos (-0,05%) apresentou queda pelo sexto mês consecutivo, ainda que menos intensa que a verificada em setembro (-0,41%). A deflação deveu-se à redução de 0,74% no preço médio dos alimentos para consumo em casa, com quedas no feijão mulatinho (-18,41%), alho (-7,69%), açúcar cristal (-3,05%), entre outros produtos. A alimentação fora de casa, por sua vez, aumentou 0,16%.

Texto: Adriana Saraiva
Arte: Helena Pontes
Imagem: Licia Rubinstein

DOCUMENTO: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html

IBGE. 10/11/2017. Índice Nacional da Construção Civil varia 0,16% em outubro
 
O Índice Nacional da Construção Civil - SINAPI apresentou variação de 0,16% em outubro, ficando 0,11 ponto percentual abaixo dos 0,27% do mês de setembro. Esta foi uma das menores taxas observadas no ano, ficando acima somente do índice registrado no mês de abril, 0,15%. Os últimos doze meses ficaram em 3,75%, resultado abaixo dos 4,25% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016 o índice foi significativamente mais alto, 0,64%. Clique aqui para ter acesso à publicação completa.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em setembro fechou em R$ 1.057,99, em outubro subiu para R$ 1.059,68, sendo R$ 540,58 relativos aos materiais e R$ 519,10 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,20%, caindo 0,25 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,45%). A variação da parcela da mão de obra foi de 0,12%, índice ligeiramente superior ao do mês anterior (0,08%), porém, diferente do mês de outubro de 2016, quando a taxa apresentou alta de 1,23%, devido a reajustes salariais nos estados do Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo.

De janeiro a outubro deste ano os acumulados foram 1,78% (materiais) e 4,65% (mão de obra), sendo que em doze meses ficaram em 1,73% (materiais) e 6,00% (mão de obra).

Região Centro-Oeste registra maior variação mensal

Com alta na parcela dos materiais em 3 estados, e com a variação captada na mão de obra em Goiás, consequência de reajuste salarial de acordo coletivo, a Região Centro-Oeste apresentou a maior variação regional em outubro (0,96%). Já a menor taxa ficou com a região Sudeste (0,01%), que apresentou índices negativos para a parcela de materiais no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Nas demais regiões os resultados foram: 0,27% (Norte), 0,09% (Nordeste) e 0,10% (Sul).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram para: R$ 1.062,53 (Norte); R$ 983,76 (Nordeste); R$ 1.104,90 (Sudeste); R$ 1.101,80 (Sul) e R$ 1.071,77 (Centro-Oeste).

Goiás registra a maior alta

Decorrente de pressão exercida pelo reajuste salarial do acordo coletivo e de aumento na parcela dos materiais, Goiás, com 2,47%, foi o estado com a mais elevada variação mensal. A seguir veio Roraima, com 1,35%, também sob impacto de reajuste definido em convenção coletiva.

SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Outubro/2017
considerando a desoneração da folha de pagamento de empresas do
setor da construção civil

ÁREAS GEOGRÁFICAS
CUSTOS
MÉDIOS
NÚMEROS
ÍNDICES
VARIAÇÕES PERCENTUAIS 
R$/m2JUN/94=100MENSALNO ANO12 MESES 
       
BRASIL             1059,68530,460,163,143,75 
       
REGIÃO NORTE       1062,53529,420,272,282,37 
Rondônia           1102,66614,790,483,473,07 
Acre               1170,03621,060,483,804,60 
Amazonas           1030,32504,440,374,654,25 
Roraima            1109,99460,981,352,172,17 
Pará               1043,33500,090,010,14-0,01 
Amapá              1052,09511,030,343,543,64 
Tocantins          1122,18590,040,383,816,58 
       
REGIÃO NORDESTE    983,76531,410,093,704,57 
Maranhão           1013,36533,83-0,224,445,00 
Piauí              1009,55670,880,042,165,71 
Ceará              986,33569,64-0,213,363,71 
Rio Grande do Norte939,93473,780,063,406,59 
Paraíba            1035,15572,380,704,074,35 
Pernambuco         958,46512,450,122,475,43 
Alagoas            981,91490,660,584,034,08 
Sergipe            925,67491,99-0,252,392,21 
Bahia              980,15518,770,224,594,18 
       
REGIÃO SUDESTE     1104,90528,840,012,912,94 
Minas Gerais       1000,04550,360,014,294,14 
Espírito Santo     965,87535,69-0,132,144,57 
Rio de Janeiro     1188,32541,59-0,153,513,62 
São Paulo          1145,72517,580,082,031,95 
       
REGIÃO SUL         1101,80526,890,103,195,40 
Paraná             1076,56514,880,141,866,23 
Santa Catarina     1196,55648,170,315,586,26 
Rio Grande do Sul  1052,86477,97-0,202,953,09 
       
REGIÃO CENTRO-OESTE1071,77547,200,963,283,89 
Mato Grosso do Sul1056,21496,600,113,854,16 
Mato Grosso        1061,16605,430,611,501,58 
Goiás              1062,33561,142,474,454,52 
Distrito Federal   1109,80490,07-0,013,615,83 
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços.
SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Outubro/2017
não considerando a desoneração da folha de pagamento de empresas do
setor da construção civil

ÁREAS GEOGRÁFICAS
CUSTOS
MÉDIOS
NÚMEROS
ÍNDICES
VARIAÇÕES PERCENTUAIS 
R$/m2JUN/94=100MENSALNO ANO12 MESES 
       
BRASIL             1139,52570,140,153,243,90 
       
REGIÃO NORTE       1137,36566,710,272,492,60 
Rondônia           1178,99657,290,443,513,12 
Acre               1251,50664,170,453,884,60 
Amazonas           1102,04539,770,344,904,53 
Roraima            1195,42496,441,462,312,27 
Pará               1117,33535,350,010,300,16 
Amapá              1124,13545,890,313,843,93 
Tocantins          1200,50631,110,364,057,05 
       
REGIÃO NORDESTE    1053,61569,060,093,764,69 
Maranhão           1083,82571,16-0,204,585,11 
Piauí              1077,40715,890,042,045,90 
Ceará              1053,66608,24-0,203,313,64 
Rio Grande do Norte1003,94505,930,083,216,72 
Paraíba            1106,99612,280,664,244,49 
Pernambuco         1027,17548,940,112,565,66 
Alagoas            1049,91524,600,534,084,12 
Sergipe            991,40526,97-0,232,562,39 
Bahia              1053,66557,370,204,724,34 
       
REGIÃO SUDESTE     1192,90570,810,013,033,07 
Minas Gerais       1073,76590,840,014,494,35 
Espírito Santo     1039,56576,71-0,122,284,83 
Rio de Janeiro     1286,22586,40-0,143,563,65 
São Paulo          1239,50559,890,082,132,07 
       
REGIÃO SUL         1189,18568,580,093,285,71 
Paraná             1165,21557,150,131,986,74 
Santa Catarina     1294,81701,200,295,706,56 
Rio Grande do Sul  1127,62511,99-0,193,063,19 
       
REGIÃO CENTRO-OESTE1146,71585,340,973,313,95 
Mato Grosso do Sul1129,03530,480,103,974,25 
Mato Grosso        1135,80647,980,571,391,46 
Goiás              1136,87600,102,564,604,68 
Distrito Federal   1187,16524,44-0,033,696,09 
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços.

Preços da construção civil registram queda em sete estados
 
Em outubro, o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) apresentou uma das menores taxas do ano (0,16%), registrando queda em sete estados, com destaque para Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ainda em outubro, a parcela dos materiais apresentou uma variação menor (0,20%) que a verificada em setembro (0,45%), em especial no Maranhão, Ceará, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. “Não houve destaque para nenhum segmento da construção civil”, explica Augusto Oliveira, pesquisador do IBGE.

Nos estados de Goiás e Roraima foi observada uma variação significativa no índice devido à ocorrência de reajustes salariais. No entanto, essas variações não impactaram o índice nacional porque esses estados têm um peso menor no cálculo. Outro fator, segundo Augusto, é que em outubro desse ano menos estados realizaram dissídios coletivos em comparação com outubro de 2016.

Já o custo nacional da construção por metro quadrado subiu, passando de R$ 1.057,99, em setembro, para R$ 1.059,68 em outubro. O gráfico a seguir mostra os valores regionais:

#pracegover Gráfico de Outubro de 2017 comparando o custo médio em Reais por metro quadrado construído

Texto: Marcelo Benedicto
Arte: Marcelo Barroso
Imagem: Pixabay

DOCUMENTO: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/precos-e-custos/9270-sistema-nacional-de-pesquisa-de-custos-e-indices-da-construcao-civil.html?redirect=1

FGV. IBRE. 10/11/2017. 10-Nov-2017. Índices Gerais de Preços. IGP-M Primeiro Decêndio. IGP-M recua na 1ª prévia de novembro

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou taxa de variação de -0,02%, na apuração referente ao primeiro decêndio de novembro. No mesmo período de apuração do mês anterior, este índice registrou taxa de 0,32%. A apuração referente ao primeiro decêndio do IGP-M de novembro compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de outubro.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de -0,09%, no primeiro decêndio de novembro. No mesmo período do mês de outubro, o índice variou 0,42%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais passou de 0,25% para 0,19%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de          -1,26% para -4,44%. O índice correspondente aos Bens Intermediários variou 1,70%, ante 1,10%, no mês anterior. A principal contribuição para este avanço partiu do subgrupo suprimentos,que passou de -0,30% para 2,88%.

O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -2,62%. No mês anterior, a taxa foi de -0,17%. Entre os itens com taxas em trajetória decrescente, destacam-se: minério de ferro (-2,53% para -14,95%), bovinos (1,05% para -1,67%)e cana-de-açúcar (0,29% para -1,80%). Em sentido oposto, vale mencionar: aves (-0,99% para 3,50%), mandioca (aipim) (-1,72% para 2,80%) e pedras britadas (-4,29% para 0,73%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou taxa de variação de 0,03%, no primeiro decêndio de novembro. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,17%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Vestuário (1,18% para -0,35%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do itemroupas, cuja taxa passou de 1,56% para -0,30%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,49% para 0,11%), Educação, Leitura e Recreação (0,07% para -0,59%), Alimentação (-0,14% para -0,28%) e Despesas Diversas (0,62% para              -0,01%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: gasolina (1,75% para 0,51%), passagem aérea (-1,19% para                 -12,92%), carnes bovinas (0,82% para -0,45%) e cigarros (0,97% para 0,17%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (-0,05% para 0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,52%) e Comunicação (0,12% para 0,20%). Nestas classes de despesa, vale mencionar: tarifa de eletricidade residencial (-1,20% para 1,51%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,81% para 0,50%) e tarifa de telefone móvel (0,10% para 0,56%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 0,29%, no primeiro decêndio de novembro. No mês anterior, esse índice apresentou taxa de variação de 0,06%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,64%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,04%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não apresentou variação. No mês anterior, este índice variou 0,08%.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF1015FA542455042F6

MF. STN. 09/11/2017. Brasil exercerá opção de compra do 5,875% Global 2019 no mercado externo

Em 14 de novembro de 2017, o Tesouro Nacional vai exercer a opção de compra embutida no 5,875% Global 2019, retirando integralmente do mercado o título denominado em dólares pertencente à carteira da Dívida Pública Federal Externa (DPFe). O título, emitido em 6 de janeiro de 2009, será resgatado ao preço de 104,373% do seu valor de face.

A emissão do 5,875% Global 2019 foi uma das colocações de título soberano brasileiro pioneiras a contar com a Make-Whole Call. A partir dela, todos os títulos da República em dólares emitidos no mercado internacional passaram a contar com essa opção, uma vez que sua inclusão não resulta em custos adicionais à emissão, além de conferir flexibilidade ao emissor para gerenciar seus passivos. Esta foi a primeira vez que a República exerceu uma Make-Whole Call, uma decisão que depende dos benefícios econômicos para o país. A Make-Whole Call é uma opçao de compra embutida nos títulos que permite ao emissor recomprá-lo em qualquer data por um preço definido pelo somatório do fluxo de pagamentos remanescentes (principal e cupons) descontados pela taxa da Treasury de referência* acrescida de 50 (cinquenta) pontos-base (bps).

O valor referente ao exercício dessa opção totaliza US$ 1.710.832.000,00 (um bilhão, setecentos e dez milhões, oitocentos e trinta e dois mil dólares) em valor de face. Em valor financeiro, por sua vez, corresponde a US$ 1.818.871.278,42, sendo US$ 33.224.595,06 (trinta e três milhões, duzentos e vinte e quatro mil, quinhentos e noventa e cinco dólares e seis centavos) referentes a juros acruados.

A recompra de títulos emitidos há mais tempo e que já não representam adequadamente o crédito da República está em linha com as diretrizes do Plano Anual de Financiamento (PAF)**, ao minimizar eventuais distorções na curva de juros e aumentar a sua eficiência, beneficiando também as captações de empresas brasileiras no longo prazo, que passam a ter referências de preços mais adequadas. Além disso, a operação reduz de forma relevante as maturações de curto prazo da DPFe, o que minimiza o risco de financiamento.

*A Treasury de referência (1.125% US Treasury com vencimento em 15 de janeiro de 2019) é definida por um banco de investimentos escolhido pela República (Deutsche Bank), com um prazo de vencimento comparável à maturação do título resgatado (5.875% Global 2019 com vencimento em 15 de janeiro de 2019). Adicionalmente, a Treasury de referência também deve ser definida de acordo com as práticas costumeiras do mercado financeiro. A taxa da referida Treasury foi obtida pela média das cotações, excluindo a maior e a menor taxa, fornecidas por cinco instituições: Goldman Sachs, Merrill Lynch, Deutsche Bank, Citigroup e Morgan Stanley.

DOCUMENTO: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/269391/PAF_2017_pt-br.pdf/2271dcc2-079b-406b-acf7-5dd29f3abd3d

BNDES. 10 de novembro de 2017. Energia. BNDES e BID celebram linha de crédito de até US$ 2,4 bilhões. Primeiro programa será de US$ 900 milhões para apoiar energias renováveis no Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, e o vice-presidente de Países do BID, Alexandre Meira da Rosa, celebram nesta sexta-feira (10/11), em São Paulo, convênio de linha de crédito condicional no valor de US$ 2,4 bilhões. O objetivo do convênio é promover a produtividade brasileira mediante o financiamento de médio e longo prazo a investimentos privados em projetos de infraestrutura, de energia sustentável, e projetos produtivos das pequenas e médias empresas.

No marco do convênio, também foi assinado o primeiro contrato de empréstimo para o Programa de Financiamento para Energia Sustentável, cujo valor totaliza US$ 900 milhões, sendo US$ 750 milhões provenientes do BID e US$ 150 milhões aportados como contrapartida do BNDES.
A maior parte dos recursos desse primeiro contrato de empréstimo será alocada em projetos de geração de energia eólica e tem potencial para financiar investimentos em capacidade instalada que superam os 600 MW.

O BID é historicamente o principal credor internacional do BNDES. Atualmente, o BNDES possui seis operações ativas com o BID, cujo saldo devedor, em junho de 2017, era de R$ 10,6 bilhões. Esse valor representa 55% do saldo total de captações externas realizadas pelo BNDES junto a organismos internacionais.

O relacionamento entre as instituições iniciou-se em 1964 e resultou, até então, na celebração de 21 contratos, com valor histórico que totaliza mais de US$ 8 bilhões. O último contrato de empréstimo foi celebrado em dezembro de 2010, no valor de US$ 1 bilhão, destinado ao apoio de projetos implementados por micro, pequenas e médias empresas.

A presente operação é resultado do memorando de entendimento celebrado em 2016, que formalizou a cooperação entre as instituições em diversas áreas, dentre as quais se destacam:

  • “Financiamento verde”, incluindo, mas não se limitando às energias renováveis, eficiência energética e estruturação de títulos verdes (green bonds);
  • Cofinanciamento de projetos estratégicos e estruturação de instrumentos que promovam a alocação de recursos privados, tais como a estruturação de mecanismos de garantia tanto pública como privada e de mercado de capitais; e
  • Cofinanciamento a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), preferencialmente orientadas à modernização, ampliação de capacidade, inovação, tecnologia da informação e às tecnologias digitais, que contribuam para o aumento da produtividade e competitividade das MPMEs.

CECAFÉ. REUTERS. 9 DE NOVEMBRO DE 2017 / ÀS 13:43 / ATRÁS 17 HORAS ATRÁS
Brasil exporta 17,7% menos café verde em outubro, diz Cecafé

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de café verde pelo Brasil caíram 17,7 por cento em outubro ante igual mês do ano passado, para 2,485 milhões de sacas de 60 kg, informou nesta quinta-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Do total embarcado, 2,47 milhões de sacas foram de café verde arábica (queda de 17,9 por cento) e 16,6 mil sacas, de robusta (alta de 44,5 por cento).

No acumulado do ano (janeiro a outubro), as vendas externas de café verde somam 21,92 milhões de sacas (queda de 10,5 por cento).

Também foram embarcadas 261,06 mil sacas de café solúvel no mês passado, recuo de 23,6 por cento na comparação com o registrado em outubro de 2016. No acumulado do ano, são 2,80 milhões de sacas (queda de 12,5 por cento).

Por José Roberto Gomes

MJ. PORTAL BRASIL. 10/11/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Mercosul. Mercosul terá base comum em defesa do consumidor. O grupo de trabalho vai retomar as discussões para o desenvolvimento de um Código de Defesa do Consumidor do Mercosul. Cada país poderá formatar legislação de acordo com as características locais

Com o objetivo de fortalecer os vínculos e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos que integram o Mercosul, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e representantes do bloco econômico fecharam um acordo de unificação em defesa ao consumidor.

A inciativa prevê o desenvolvimento de uma base comum de princípios que, posteriormente, serão incorporados às leis de proteção do consumidor de cada país. “Queremos unificar os princípios que regem as relações de consumo para termos uma base de legislação do Mercosul”, destacou o secretário da Senacon, Arthur Rollo.

O grupo de trabalho do Mercosul que trata da defesa do consumidor (CT-7) vai retomar as discussões por um Código de Defesa do Consumidor do Mercosul, que terá como base a harmonização dos princípios fundamentais das relações de consumo, entre eles as definições de fornecedor, direitos básicos e proteção à saúde.

Com a integração, cada país poderá formatar sua própria legislação, levando em conta as características locais. O objetivo, ao final, é que haja um sistema de responsabilização dos fornecedores unificado para o Mercosul.

As reuniões entre os membros do bloco econômico (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) seguem até esta sexta-feira (10).

IPEA. 10/11/2017. Seminário no Ipea discute os fenômenos da desglobalização e reglobalização. Instituto recebeu o professor da Columbia University Marcos Troyjo para falar sobre tendências no mundo e projeções para o Brasil

A desglobalização é um fenômeno no mundo desde 2008. Paulo de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa em Relações Internacionais (Ipri/Funag), explica que esse conceito diz respeito, em linhas gerais, "à nova globalização sob a liderança chinesa". Mas de que forma esse processo impacta nas relações entre os países? O que existe de oportunidade para o Brasil nessa nova fase de globalização? Essas foram algumas questões discutidas no Seminário Desglobalização, nesta quarta-feira, 08, realizado na sede do Ipea, em Brasília.

Segundo o palestrante convidado Marcos Troyjo, diretor do Centro de Estudos sobre Brasil, Rússia, Índia e China (BRINClab) da Columbia University, em Nova York,  que também é autor do livro "Desglobalização – crônica de um mundo em mudança", a desglobalização é um fenômeno no mundo desde 2008. "O mundo que está por vir é o da ‘reglobalização’. Enquanto isso, a desglobalização não significa o fim da globalização, mas que essa está perdendo velocidade", explica.

Na palestra, Troyjo criticou ideias e conceitos do senso comum que tentam explicar o motivo de nações tornarem-se próximas e prestigiosas. Ele defende que as nações que ascendem são aquelas que conseguem se adaptar adequadamente à globalização. "Mas que globalização é essa?", provocou.

De acordo com ele, o maior milagre econômico da humanidade não se deu sem clara separação entre os poderes, sem imprensa livre, sem instituições reguladoras, sem democracia representativa, sem livre mercado e sem uma noção muito específica sobre o que é comércio internacional. "E por trás de tudo isso, o êxito das nações combina instituições fortalecidas e uma porção de estratégia", acrescenta.

Desafios para o Brasil

Para Troyjo, nesse contexto, o Brasil deve fazer mais investimentos horizontais, como a educação, e em uma indústria específica, além de ficar mais aberto às exportações. "O Brasil é a economia mais fechada entre os vinte países de maior PIB do mundo. E não há países que ascenderam sem ter 35 a 40% do PIB para ações de exportações", destaca.

O diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, Sergio Abreu e Lima Florencio, destaca que, mesmo com todos os desafios impostos ao país, conseguimos nos diferenciar em relação à América Latina por nossas instituições sólidas. "Na primeira metade dos anos 2000, o Brasil crescia 4% ao ano, se revelava uma economia emergente, com uma influência crescente no comércio e na economia internacional. Isso ajudou a projetar a nossa política externa", finalizou.

MAPA. 09/11/2017. Combustível. Com voto do Mapa Conselho de Política Energética antecipa aumento do uso de biodiesel. Produto será acrescido ao diesel usado no mercado interno a partir de março. Medida gera emprego, ajuda a diminuir emissões e diminui gasto com importações. Segundo Novacki, a expectativa é de que caia o preço final do diesel usado no Brasil

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, durante reunião extraordinária nesta quinta-feira (9), a antecipação para 1º de março de 2018 da mistura de 10% de biodiesel ao diesel usado no mercado interno (B10). A decisão teve o voto favorável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), representado na reunião pelo secretário- executivo, Eumar Novacki.

De acordo com a Lei 13.263/16, o prazo final para o aumento dos atuais 8% para 10% de biodiesel no diesel seria 1º de março de 2019. A decisão de antecipar em um ano o prazo para a mistura visa reduzir as importações brasileiras de diesel para atender ao mercado interno.

Segundo Novacki, a expectativa é de que caia o preço final do diesel usado no Brasil. “Essa decisão é uma sinalização do governo de que estamos prestigiando a produção, além de ser uma boa notícia para os consumidores, já que a medida pode baixar o preço final”, observou o secretário-executivo do Mapa.

O óleo de soja é a principal matéria-prima utilizada na fabricação de biodiesel no Brasil, com participação de cerca de 80% da produção. Novacki destacou que a medida poderá gerar emprego e renda para os trabalhadores do setor, além de contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera em mais de 70% em relação ao diesel fóssil.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o B10 deverá aumentar o processamento de soja para 43 milhões de toneladas, ou cerca de 1,5 milhões de toneladas a mais do que neste ano. Isso poderá gerar mais de 20 mil postos de trabalho. Além disso, amedida, também segundo a Abiove, significará economia de cerca de US$ 2,2 bilhões em importação do diesel mineral.

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LGCJ.: