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October 9, 2017

US ECONOMICS


FED. REUTERS. 7 DE OUTUBRO DE 2017. Rosengren, do Fed, cita mercado de trabalho nos EUA e defende aumento dos juros

MONTREAL (Reuters) - O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, deve responder ao “apertado” mercado de trabalho norte-americano aumentando gradualmente as taxas de juros ou corre o risco de atrapalhar a recuperação econômica, disse uma autoridade da instituição neste sábado.

Em discurso preparado que voltou a expor amplamente seus pontos de vista, o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse esperar que o mercado trabalhista melhore ainda mais após o desemprego nos EUA cair para 4,2 por cento no mês passado, no nível mais baixo desde 2001.

”Falhar em responder aos mercados trabalhistas muito apertados, com as taxas (de juros) se mantendo em patamares negativos, em termos reais, pode possivelmente“ prejudicar a recuperação econômica”, disse Rosengren, que falava em uma conferência em Montreal, no Canadá.

Ele não vota sobre política monetária neste ano, mas seus comentários frequentemente prescrevem a política geral do Fed.

O Fed aumentou as taxas de juros três vezes em menos de um ano e deve aumentar novamente em dezembro.

Reportagem de Nelson Wyatt, em Montreal


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INDICADORES/INDICATORS


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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)


ANÁLISE


BACEN. PORTAL G1. 09/10/2017. Após 6 quedas seguidas, mercado sobe estimativa de inflação para este ano. Previsão dos analistas para o IPCA de 2017 avançou de 2,95% para 2,98% na semana passada. Mas, para 2018, mercado prevê menos inflação e mais crescimento econômico.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Após seis semanas seguidas de queda, economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central na semana passada subiram a estimativa para a inflação em 2017.
De acordo com o relatório conhecido como "focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo BC, a inflação deste ano deve ficar em 2,98%, na mediana. No relatório anterior, os economistas estimavam que ela ficaria em 2,95%.
A previsão subiu após a inflação de setembro ter ficado um pouco acima das estimativas dos analistas.
Mesmo com o aumento, a previsão segue abaixo da meta central para a inflação em 2017, de 4,5%, que precisa ser perseguida pelo Banco Central. Além disso, a inflação estimada pelo mercado para este ano também continua abaixo do piso de 3% do sistema brasileiro de metas.
Se a expectativa se confirmar, será a primeira vez que a inflação ficará abaixo do piso do regime de metas, que começou em 1999.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Pelo sistema brasileiro, a meta central é de 4,5% para este ano e para 2018, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, de modo que a inflação pode ficar entre 3% e 6% sem que a meta seja formalmente descumprida.
No caso da inflação para 2018, entretanto, a previsão do mercado recuou de 4,06% para 4,02% na última semana. Foi a sexta redução consecutiva. Com isso, a estimativa do mercado continua abaixo da meta central, mas dentro da banda do sistema de metas (entre 3% e 6%).
PIB e juros
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,70%. Já para 2018, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de expansão do PIB, de 2,38% para 2,43%. Foi a quinta alta seguida na estimativa.
O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, que deve encerrar 2017 em 7% ao ano. Atualmente, a taxa está em 8,25% ao ano.
Ou seja, os analistas continuaram estimando uma redução dos juros neste ano. Se o patamar previsto de 7% ao ano for atingido no fim de 2017, esse será o menor nível já registrado (até então a menor taxa era de 7,25% ao ano).
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic também ficou estável em 7% ao ano. Com isso, continuaram prevendo que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,16.
Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana ficou estável em R$ 3,30.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, subiu de US$ 62 bilhões para US$ 63 bilhões de resultado positivo.
Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 50 bilhões para US$ 50,8 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.

BACEN. REUTERS. 9 DE OUTUBRO DE 2017. Mercado vê inflação mais alta e mais perto da meta em 2017

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado elevou a projeção para a inflação neste ano, praticamente colocando-a de volta dentro do intervalo da meta oficial, após aumentos importantes em alguns preços administrados, mas ainda acredita que a taxa básica de juros vai continuar recuando para nova mínima histórica.

Segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feia, a expectativa é de que o IPCA feche 2017 com alta de 2,98 por cento, contra estimativa anterior de 2,95 por cento. Com isso, a previsão para o IPCA aproximou-se do intervalo da meta do governo, que é de 4,5 por cento com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O IPCA subiu mais do que o esperado em setembro, a 0,16 por cento, sobretudo por conta dos preços dos combustíveis diante da nova política de preços da Petrobras. Daqui para frente, também vai pesar na inflação as tarifas de energia elétrica, após a adoção da bandeira vermelha nível 2 pela primeira vez, o nível mais alto de custo.

Com isso, as estimativas de aumento dos preços administrados subiram a 6,60 por cento neste ano, sobre 6,50 por cento, mostrou o Focus.

O levantamento, que ouve a opinião de uma centena de analistas todas as semanas, mostrou ainda que as projeções para o IPCA em 2018 tiveram leve redução a 4,02 por cento, sobre 4,06 por cento antes.

Para a política monetária, diante de um BC que vem indicando encerramento gradual da flexibilização monetária, o levantamento semanal manteve a projeção de corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros neste mês.

A Selic está atualmente em 8,25 por cento após ter sido reduzida pela última vez em 1 ponto percentual. Tanto para este ano quanto para o próximo permaneceu a expectativa de que a taxa irá a 7 por cento, abaixo da mínima histórica de 7,25 por cento.

O Focus mostrou ainda que as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram mantidas em 0,70 por cento neste ano e levemente elevadas a 2,43 por cento em 2018, sobre 2,38 por cento.

Por Patrícia Duarte


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ECONOMIA BRASILEIRA


FGV. IBRE. 09-Out-2017. Índices Gerais de Preços. IGP-DI. IGP-DI avança em setembro

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,62%, em setembro. A variação registrada em agosto foi de 0,24%. Em setembro de 2016, a variação foi de 0,03%. A taxa acumulada em 2017, até setembro, é de    -2,03%. Em 12 meses, o IGP-DI acumula variação de            -1,04%. O IGP-DI de setembro foicalculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,97%, em setembro. Em agosto, a taxa foi de 0,26%. O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 0,30%. No mês anterior, a taxa de variação foi de -0,39%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,41% para -2,00%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou variação de 0,03%, ante -0,23%, no mês anterior.

O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de 1,39%, ante 0,17%, no mês anterior. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,40% para 0,71%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de 0,55%. No mês anterior, a variação foi de -0,23%.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de 1,21%, em agosto, para 1,34%, em setembro. Os destaques no sentido ascendente foram: soja (em grão) (-4,10% para 2,39%), milho (em grão) (-0,16% para 9,39%) e bovinos (3,94% para 7,48%).Em sentido descendente, vale mencionar: minério de ferro (13,11% para 2,75%), café (em grão) (2,24%para -1,72%) e suínos (8,77% para -0,57%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de -0,02%, em setembro, ante 0,13%, no mês anterior. Três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa do IPC partiu do grupo Habitação (0,23% para -0,40%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,32% para -3,31%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (1,46% para 0,50%) e Comunicação (0,05% para -0,02%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: gasolina (6,42% para 2,70%) e tarifa de telefone móvel (0,12% para -0,17%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Alimentação (-0,83% para -0,48%), Educação, Leitura e Recreação (0,13% para 0,50%), Vestuário (0,12% para 0,64%), Despesas Diversas (0,10% para 0,35%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,27%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: carnes bovinas (-1,52% para 0,32%), passagem aérea (-0,43% para 12,25%), roupas (-0,02% para 0,93%), cigarros (0,00% para 0,72%) e serviços de cuidados pessoais (-0,04% para 0,38%), respectivamente.

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,28%, ante 0,14%, apurada no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 40 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de -0,03%, linha de corte inferior, e 16 registraram variações acima de 0,56%, linha de corte superior. Em setembro, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 52,07%, ficando 7,40 pontos percentuais acima do registrado em agosto, quando o índice foi de 44,67%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, taxa de variação de 0,06%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,36%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou taxa de 0,24%. No mês anterior, este índice variou 0,39%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de -0,08%. No mês anterior, este índice variou 0,33%.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF1015F00BA47697E84

FGV. IBRE. 09-Out-2017. Índices Gerais de Preços. IPC-S. Inflação pelo IPC-S avança na primeira semana de outubro

O IPC-S de 07 de outubro de 2017 apresentou variação de 0,14%1, 0,16 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (-0,40% para -0,09%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -3,31% para -1,78%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (-0,48% para -0,16%), Despesas Diversas (0,35% para 0,49%), Comunicação (-0,02% para 0,11%) e Educação, Leitura e Recreação (0,50% para 0,51%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (-7,31% para -2,27%), cigarros (0,72% para 1,13%), tarifa de telefone móvel (-0,17% para 0,09%) e salas de espetáculo (-0,42% para -0,25%), respectivamente.


Em contrapartida, os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,24%), Transportes (0,50% para 0,48%) e Vestuário (0,64% para 0,62%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: protetores para a pele (-0,56% para -1,78%), gasolina (2,70% para 2,38%) e roupas femininas (1,52% para 1,02%), respectivamente.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF1015F00B36DA751DC

SINICON. PORTAL G1. 08/10/2017. Construção civil se retrai em 2017 e segura recuperação da economia. Setor acumula em 4 anos tombo de 14,3% e perda de quase 1 milhão de vagas; confiança do setor volta a subir e reforça previsão de retomada do crescimento em 2018.
Por Darlan Alvarenga, G1

A construção civil ainda está em retração em 2017 e seu desempenho segura a recuperação da economia brasileira. Um levantamento do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) em parceria com a LCA Consultores mostra que a construção é o componente do Produto Interno Bruto (PIB) com a queda mais intensa entre todos os setores em 2017.
No 1º semestre, o PIB da construção caiu 6,6%, frente ao 1º semestre de 2016, puxando para baixo o resultado geral da indústria (-1,6%) e do PIB total, que acumulou variação zero nessa base de comparação. Veja tabela abaixo



Os dados mostram que a construção caiu mais do que a média da economia nos últimos 3 anos e tem sentido a crise de forma mais profunda. Desde o 2º trimestre de 2013, a queda acumulada é de 14,3%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), enquanto que o PIB total recuou 5,5% nos últimos 4 anos. Neste período, quase 1 milhão dos 2,7 milhões de vagas formais que deixaram de existir no país foram na construção.
No segundo semestre, o emprego no setor ensaia uma leve recuperação e teve a segunda alta mensal em agosto, com a criação de 1.017 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês. No acumulado do ano, a construção civil fechou 30.330 vagas, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.
"A economia brasileira está melhorando, mas a construção que é um setor que tem um impacto enorme não está. O PIB da construção já caiu 3 anos seguidos e continua caindo", resume Petrônio Lerche Vieira, diretor-executivo do Sinicon.
O economista do Ibre/FGV, Júlio Mereb, projeta que a construção civil fechará 2017 com queda de 5,7% ante uma alta de 0,8% do PIB do Brasil.
"Realmente, esse deve ser o último setor da indústria a se recuperar e o desempenho ruim da construção é um dos principais fatores a ainda frear a recuperação do investimento no curto prazo", afirma.
Além de ser um setor intensivo em mão de obra, a retomada mais lenta da construção civil preocupa porque ela responde por cerca de 50% dos investimentos da economia. No 2º trimestre, a taxa de investimentos no país foi de 15,5%, segundo o IBGE, a menor para o segundo trimestre da série histórica iniciada em 1996.
O fraco desempenho da construção civil nos últimos anos é reflexo do encolhimento das construtoras envolvidas na operação Lava Jato, da forte queda nos investimentos públicos e do esfriamento do mercado imobiliário, além da própria crise econômica, disseram os especialistas consultados pelo G1.
'Mão de obra dizimada'
Ao todo, há 2,21 milhões de pessoas trabalhando em vagas com carteira assinada na construção, um número ainda muito aquém dos 3,21 milhões registrados em agosto de 2013.
“A mão de obra do setor foi dizimada. Enquanto a economia perdeu 5% dos empregos com carteira, a construção perdeu 35%. É um número estupidamente maior”, afirma Petrônio Lerche Vieira, diretor-executivo do Sinicon.
Na esquina das ruas Barão de Itapetininga e Dom José de Barros, no Centro de São Paulo, desempregados da construção civil se reúnem diariamente à procura de uma oferta de trabalho. No local, as histórias se repetem.
São pedreiros, marceneiros e ajudantes gerais que afirmam já ter trabalhado em grandes canteiros de obras e que atualmente sofrem para encontrar "bicos". Veja vídeo acima
"Sempre quando eu saía de um emprego, antes de eu receber a rescisão, já me mandava para outro, agora está complicado. Não está aparecendo nada. Só promessa" , diz Francisco Aparecido Siqueira Silva, de 44 anos, desempregado há 2 anos.
José Eduardo de Araújo, de 63 anos, desempregado há 5 meses, diz que em outros tempos andava pela cidade à procura de vaga nos canteiros de obra. "Não existe mais. Você anda em todo lugar tem canteiro de obras, e grandes, mas tudo parado", observa.
A baixa escolaridade e qualificação da mão de obra do setor dificulta a recolocação profissional. Segundo o Sinicon, 50% não têm o ensino médio completo e 53% têm entre 30 e 49 anos.
O pedreiro Santino Borges, de 47 anos, desempregado há 3 meses, diz que os trabalhos que conseguiu nos últimos anos foi como ajudante de limpeza. "Obra fracassou, não tem mais serviço mesmo, é muito difícil", afirma.


Emprego na construção civil
Saldo de demissões e contratações nos últimos anos
347.730347.730235.922235.922156.875156.875104.527104.527-109.019-109.019-416.689-416.689-361.960-361.960-30.330-30.3302010201120122013201420152016jan-ago/2017-600k-400k-200k0200k400k
2010
347.730
Fonte: Caged/Ministério do Trabalho

Obras paradas
A crise fiscal levou o governo federal e os estados e municípios a colocar o pé no freio nos investimentos (veja números no gráfico abaixo). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também emprestou menos. Os desembolsos do banco para projetos de infraestrutura diminuíram pela metade, de R$ 38,8 bilhões em 2015 para R$ 19,5 bilhões em 2016.



As grandes construtoras brasileiras enfrentam uma grave crise econômica. Grupos como Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez encolheram de 2014 para cá. E outras construtoras que vinham em expansão, como UTC e Galvão Engenharia, pediram recuperação judicial.
Há mais de 8,2 mil obras paralisadas em todo o Brasil, segundo um estudo de setembro da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Outras 11,2 mil deveriam estar em andamento, mas não foram sequer iniciadas por atraso no repasse de recursos previstos no orçamento da União.
Imóveis encalhados
Além das obras de infraestrutura, o mercado imobiliário é outro segmento da construção civil que ainda sofre com a crise. O número de imóveis novos ofertados no país começou a cair em 2017. O estoque, no entanto, continua elevado e acima da média do período pré-crise.
Levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostra que a oferta total média disponível em 2017 está em 119.823 unidades, ante 116.308 em 2016.



Evolução da oferta de imóveis novos, em número de unidades
Estoque cresceu mesmo com a queda das vendas e do número de lançamentos
112.323112.323109.723109.723116.308116.308119.823119.823média 2014média 2015média 2016média 2017025k50k75k100k125k150k
média 2015
109.723
Fonte: Abrainc/Fipe

“Essa é a pior crise que o setor já teve. Nessa, a queda foi abrupta", afirma José Carlos Martins, presidente da CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). "Uma coisa é você estar caminhando e tropeçar. Outra, é você estar correndo e tropeçar. O tombo é muito maior”.
Ele explica que a atual crise chegou também após um ciclo de grande aquecimento do mercado, que teve nos últimos anos um "boom" de lançamentos imobiliários.
No mercado imobiliário, a expectativa é que a recuperação comece um pouco antes, uma vez que a atividade é menos dependente de investimento público e de projetos de concessão ou licitação. A retomada dos lançamentos, entretanto, continua sendo limitada pelo excesso de oferta, demanda ainda fraca e preços em queda.
“Por mais que o mercado imobiliário tenha começado a dar uma recuperada, ainda é ínfimo ao que foi há algum tempo atrás. Nos últimos 2 anos, tivemos menos lançamentos do que vendas. Ou seja, mesmo que as vendas tenham caído, os lançamentos caíram muito mais", disse José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Nos últimos meses, os indicadores de vendas e crédito imobiliário começaram a apontar para uma recuperação, mas o mercado imobiliário ainda segue distante dos patamares pré-crise. O crédito imobiliário com recursos da poupança, por exemplo, encolheu de um patamar R$ 112,9 bilhões em 2014 para uma previsão de R$ 45 bilhões em 2017.
Recuperação em 2018
Se por um lado o setor de construção civil tende a se recuperar de maneira mais lenta do que o restante da economia, aumenta o otimismo em relação a 2018. O índice de confiança da construção acumula 4 meses seguidos de alta e já recuperou o patamar de 2015, segundo a FGV.
Para Ventura, por se tratar de um setor em que as decisões são de longo prazo, a recuperação da confiança de investidores e compradores é fundamental. “A demanda existe, a questão que impacta é realmente o contexto econômico e os indicadores como confiança, a disponibilidade de financiamentos e a questão do emprego que acabam impactando o apetite dos investidores, afirma.
Entre os fatores que podem contribuir para a retomada estão a queda das taxas de juros, a melhora do crédito, a própria recuperação da economia e do mercado de trabalho, e a perspectiva de volta dos investimentos em infraestrutura em meio a série de privatizações e concessões promovidas pelo governo federal.
“Em 2018 deve estar começando a decolar as concessões que foram feitas ultimamente e, devem surgir outras, então começa uma reversão”, avalia Martins.
Já o presidente do Sinicon ainda vê pouca garantia de retomada dos investimentos em construção pesada e infraestrutura para patamares de antes do início da crise. "Podem fazer um monte de PPPs, de investimento privado, mas tem coisas que é o governo que faz. Investimento público tem que ter o dedão do governo", resume.

OPEP. REUTERS. 8 DE OUTUBRO DE 2017. Mercado de petróleo pode precisar de medidas extraordinárias em 2018 para reajuste, diz chefe da Opep
Por Nidhi Verma e Promit Mukherjee

NOVA DÉLHI (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores podem precisar tomar “algumas medidas extraordinárias” no próximo ano para reequilibrar o mercado de petróleo, disse neste domingo o secretário-geral da Opep.

“Há um crescente consenso de que... um processo de reequilíbrio está em andamento. Seguimos gradualmente atingindo nossos objetivos comuns e nobres”, disse Mohammad Barkindo a jornalistas no Fórum da Energia da Índia, organizado pela CERAWeek, em Nova Délhi.

“Para sustentar isso no próximo ano, algumas medidas extraordinárias podem ser tomadas para restaurar esta estabilidade de forma sustentável no futuro”, acrescentou, sem elaborar.

Arábia Saudita e Rússia auxiliaram a se fechar um acordo entre a Opep e 10 produtores concorrentes que prevê a redução da produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia (bpd) até o final de março de 2018, em um esforço para reduzir o excesso de oferta.

De acordo com Barkindo, estuda-se a continuidade do acordo após março de 2018, abrindo para adesões de outros produtores. Ele também afirmou que Nigéria e Líbia, que estão isentas do acordo, estão “progredindo na recuperação total” da produção e poderão aderir ao pacto quando se recuperarem.

REUTERS. 7 DE OUTUBRO DE 2017. Petroleira russa Rosneft negocia expansão das atividades em Cuba

MOSCOU (Reuters) - A gigante do petróleo russo, a Rosneft, disse neste sábado estar buscando expandir a cooperação com Cuba e que seu CEO, Igor Sechin, havia discutido o assunto com uma delegação visitante que incluía Alfredo Lopez, ministro de Energia cubano.

A Rússia já fornece petróleo e derivados de petróleo à Cuba, e a Rosneft disse em um comunicado que ambas as partes discutiram entregas maiores, projetos de extração conjunta e uma possível cooperação para modernizar a refinaria de Cuba em Cienfuegos.

No início deste ano, a Rússia começou a enviar grandes quantidades de petróleo para Cuba pela primeira vez neste século, disseram fontes em maio, uma vez que as remessas da quebrada Venezuela diminuíram.    Cuba dependia da Venezuela, um membro da Opep, para cerca de 70 por cento de suas necessidades de combustível. Mas os envios subsidiados pela Venezuela socialista caíram até 40 por cento desde 2014, e Cuba está olhando para novos fornecedores para ajudar a mitigar o racionamento de eletricidade e de combustível para empresas estatais.

Por Andrew Osborn

REUTERS. 7 DE OUTUBRO DE 2017. Furacão corta em 92% produção de petróleo dos EUA no Golfo do México

HOUSTON (Reuters) - O furacão Nate provocou neste sábado a interrupção de 92 por cento da produção de petróleo e de 77 por cento da produção de gás natural no Golfo do México nos Estados Unidos, de acordo com a última estimativa do governo dos EUA.

A tempestade, que deve atingir o centro da Costa do Golfo dos EUA na noite deste sábado, interrompeu a produção offshore em 1,61 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo e em 2,48 bilhões de pés cúbicos por dia de gás natural, afirmou o Departamento de Segurança e Fiscalização Ambiental (BSEE, sigla em inglês) neste sábado.

O furacão Nate se fortaleceu levemente neste sábado conforme se moveu pelo Golfo do México, ameaçando atingir a região central da Costa do Golfo dos Estados Unidos como uma tempestade de categoria 2 após matar ao menos 25 pessoas na América Central.

Por Gary McWilliams


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REUTERS. 9 DE OUTUBRO DE 2017. Norte-americano Richard Thaler ganha Nobel de Economia

Richard H. Thaler venceu o Nobel de Economia  (Foto: Divulgação)
Economista norte-americano Richard Thaler, vencedor do prêmio Nobel de Economia de 2017, posa para foto 09/10/2017 University of Chicago Booth School of Business/Divulgação via REUTERS

ESTOCOLMO (Reuters) - O economista norte-americano Richard Thaler recebeu o prêmio Nobel de Economia de 2017 por suas contribuições no campo da economia comportamental, mostrando como aspectos humanos supostamente afetam mercados racionais, anunciou nesta segunda-feira a Academia Real de Ciências da Suécia.

Thaler deu importância a uma ideia de economia na qual indivíduos são sutilmente guiados a comportamentos benéficos sem necessidade de severa compulsão, tema de um livro de 2008 que ele coescreveu e que chamou atenção de responsáveis por políticas econômicas em todo o mundo.

Ao conceder o prêmio, a Academia disse que sua pesquisa aproveitou suposições psicologicamente realistas na análise de tomadas de decisões econômicas, explorando as consequências da racionalidade limitada, de preferências sociais e da falta de autocontrole.

“No total, as contribuições de Richard Thaler construíram uma ponte entre as análises econômica e psicológica das decisões individuais”, disse a instituição, concedendo o prêmio equivalente a 1,1 milhão de dólares.

“Suas descobertas empíricas e ideias teóricas têm sido fundamentais na criação do novo campo da economia comportamental e de sua rápida expansão, que teve um impacto profundo em muitas áreas de pesquisa e de política econômicas.”

O prêmio de Economia, oficialmente chamado de Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968. A homenagem não fazia parte do grupo original de prêmios estabelecidos pelo testamento do criador da dinamite, em 1895.

O Nobel de Economia é o último concedido este ano. Os prêmios de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz foram concedidos na semana passada.

Reportagem de Niklas Pollard e Anna Ringstrom; Reportagem adicional de Johannes Hellstrom, Daniel Dickson e Johan Sennero


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