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October 27, 2017

2ª e a 3ª Rodadas de Partilha da Produção no Pré-sal - RESULTADO


ANP. 27 de Outubro de 2017. Rodadas do pré-sal consolidam retomada do setor de Petróleo e Gás no Brasil

A 2ª e a 3ª Rodadas de Partilha da Produção no Pré-sal, realizadas hoje (27/10) pela ANP, consolidaram a retomada do setor de petróleo e gás no Brasil. Foram arrematados seis blocos, dos oito oferecidos nos dois leilões, gerando R$ 6,15 bilhões de arrecadação em bônus de assinatura de R$ 760 milhões em investimentos previstos.

Estiveram presentes no evento os diretores da ANP, ex-diretores e autoridades, como o ministro de Minas e Energia, Décio Oddone, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco.

“O Brasil está de volta ao cenário do mercado de petróleo mundial”, afirmou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone.

Na 2ª Rodada, o ágio do excedente em óleo ofertado foi de 260,98% e, na 3ª Rodada, de 202,18%. A 1ª Rodada de Partilha, realizada em 2013, que ofereceu a área de Libra, teve ágio zero, uma vez que a área foi arrematada pelo excedente em óleo mínimo definido no edital.

Nas licitações sob o regime de partilha da produção, as empresas vencedoras são as que oferecem ao Estado brasileiro, a partir de um percentual mínimo fixado no edital, a maior parcela de petróleo e gás natural produzido (ou seja, a maior parcela de excedente em óleo). Os bônus de assinatura, também determinados no edital, são fixos.

O sucesso das rodadas reflete as mudanças regulatórias realizadas pelo Governo brasileiro, que tornaram o ambiente de negócios no País mais atraente a empresas de diferentes portes, e a própria atratividade das áreas, uma vez que o pré-sal brasileiro possui um dos maiores potenciais de reservas a serem desenvolvidas no planeta.

Entre os aprimoramentos na legislação esteve o fim da obrigatoriedade de a Petrobras ser operadora única no pré-sal, abrindo oportunidade para a entrada de outras empresas.

De acordo com a legislação atual, a Petrobras tem o direito de preferência para atuar como operadora nos blocos do pré-sal. A empresa optou por ser operadora com no bloco unitizável ao Campo de Sapinhoá (Entorno de Sapinhoá), da 2ª Rodada, e também nos blocos de Peroba e Alto de Cabo Frio - Central, da 3ª Rodada. Nos três blocos, as ofertas vencedoras foram de consórcios liderados pela própria Petrobras.

Veja abaixo o resultado de cada rodada:


2ª Rodada de Partilha
Bacia
Setor
Blocos
Empresa/consórcio vencedor
Excedente em óleo ofertado
Santos
SS-AUP2
Sul de Gato do Mato
Shell Brasil (80%*) e Total E&P do Brasil (20%)
11,53%
Entorno de Sapinhoá
Petrobras (45%*), Shell Brasil (30%) e Repsol Sinopec (25%)
80%
Norte de Carcará
Statoil Brasil O&G (40%*), Petrogal Brasil (20%) e ExxonMobil Brasil (40%)
67,12%
3ª Rodada de Partilha
Bacia
Setor
Blocos
Empresa/consórcio vencedor
Excedente em óleo ofertado
Santos
SS-AUP2
Peroba
Petrobras (40%*), CNODC Brasil (20%) e BP Energy (40%)
76,96%
SS-AP1
Alto de Cabo Frio Oeste
Shell Brasil (55%*), CNOOC Petroleum (20%) e QPI Brasil (25%)
22,87%
Campos
SC-AP5
Alto de Cabo Frio Central
Petrobras (50%*) e BP Energy (50%)
75,8%

*Operadora
Diferenças entre as rodadas

A 2ª Rodada ofereceu quatro blocos com jazidas unitizáveis, ou seja, adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área contratada: Sul de Gato do Mato, Norte de Carcará e Entorno de Sapinhoá (Bacia de Santos) e sudoeste de Tartaruga Verde (Bacia de Campos). A unitização ocorre quando uma jazida se estende por áreas pertencentes a operadores diferentes ou entre áreas contratadas e ainda não contratadas.

Já a 3ª Rodada ofertou quatro blocos localizados nas bacias de Campos e Santos, na região do polígono do pré-sal, relativas aos prospectos de Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central.

PORTAL BRASIL. 27/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Óleo e gás. Empresas pagam R$ 6,15 bilhões para explorar seis blocos do pré-sal. Primeiro a ser realizado sob novas regras, leilão deve gerar US$ 36 bilhões em investimento e o pagamento de US$ 130 bilhões em royalties. Expectativa é de retomada dos investimentos, crescimento econômico e geração de empregos

No primeiro leilão a ser realizado após as mudanças na legislação, os consórcios liderados pela Petrobras, Statoil e Shell, em parceria com outras grandes empresas do setor de óleo e gás, arremataram nesta sexta-feira (27) seis blocos nas bacias de Campos e Santos por R$ 6,15 bilhões. Foram licitados os blocos de Sapinhoá, Norte Carcará, Gato do Mato, Peroba e Alto do Cabo Frio oeste e central.

Devido ao regime de partilha, que é aplicado em todos os leilões do pré-sal, essas empresas ganharam o direito de explorar os blocos porque, além de pagar o preço mínimo estabelecido pela ANP, tiveram de oferecer o percentual mais vantajoso de petróleo a ser direcionado aos cofres públicos.

No certame, os percentuais de petróleo oferecidos à União variaram até 80%, como foi no caso do bloco de Sapinhoá, arrematado pelo consórcio formado pela Petrobras, Repsol Sinopec (Espanha) e Shell (Reino Unido). Nesse caso, o ágio – valor da oferta acima do percentual mínimo – foi de 673,69%

São esperados investimentos na ordem de US$ 36 bilhões – mais de R$ 100 bilhões – e a criação de 500 mil empregos diretos e indiretos em função da retomada da cadeia de produção de petróleo nos próximos anos.

Atratividade e impactos

Considerado um dos mais promissores leilões do setor diante das grandes reservas contidas nessas áreas, o leilão foi o primeiro do pré-sal desde a aprovação da lei que desobriga a Petrobras de ser a operadora única dos blocos dessa área. “O governo tentou criar um ambiente regulatório mais favorável e atrativo ao setor privado”, comentou o advogado especializado em óleo e gás João Paulo Naegele, do escritório Vinhas e Redenschi Advogados.

Na avaliação dele, as mudanças regulatórias envolvendo a atuação da Petrobras e as regras de conteúdo local tornaram o leilão mais atrativo e com o potencial de gerar efeitos muito positivos ao Brasil. “Em razão da situação das contas públicas, [a geração de receita] é um efeito direto, primário... fora o efeito secundário de geração de serviços e empregos”, apontou.

Opinião similar tem o secretário executivo do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Bicombustíveis (IBP), Antonio Guimarães. Segundo ele, a retomada dos leilões e as mudanças regulatórias serão importantes para o desenvolvimento econômico brasileiro. “Com isso, pode-se rapidamente dinamizar o PIB brasileiro, gerando emprego, renda e investimentos”, afirmou.

Calendário intenso

A partir da nova política de petróleo, foi possível planejar os próximos leilões até 2019, entre eles mais duas rodadas do pré-sal. São esperados mais de US$ 100 bilhões em royalties, US$ 80 bilhões em investimentos e geração de empregos nos próximos dez anos.

Para Naegele, isso impacta não só a economia nacional como um todo, mas também os estados e municípios que dependem desse dinheiro da exploração, como Macaé, no Rio de Janeiro. “É uma cadeia muito extensa [do petróleo]. A retomada dessa atividade de exploração e produção de petróleo não se limita a esse setor. Exemplo disso é Macaé, cuja atividade de exploração beneficia todos os serviços da cidade”, apontou.

PORTAL BRASIL. 26/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Óleo e gás. Lucros do pré-sal vão resultar em mais investimentos em educação e saúde. Parte do dinheiro da exploração do petróleo será dividido com União, estados e municípios. Verba tem grande peso social

Entenda como funciona a divisão dos lucros do petróleo

Compensação financeira paga pelas empresas após a exploração de petróleo, os royaltiesajudam a impulsionar a economia, custear os serviços públicos – como saúde e educação – e, em alguns casos, são essenciais para os locais que têm na atividade exploratória sua principal fonte de renda e financiamento.

Pelas regras atuais, parte do lucro obtido durante a exploração do petróleo é dividido entre a União, governos estaduais e municipais. Além do bônus de assinatura que as empresas precisam dar no leilão, elas também precisam oferecer um percentual mínimo do óleo extraído à União, de acordo com o regime de partilha.

Com a volta dos leilões de petróleo, em especial as rodadas de pré-sal, a expectativa é de que esses recursos voltem a gerar benefícios para a sociedade. Nas contas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a previsão é de que as rodadas programadas até 2019 gerem lucro superior a US$ 100 bilhões.

Reforço financeiro e impactos sociais

Secretário-executivo de Exploração e Produção do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Antônio Guimarães destaca atenção para os impactos positivos dos lucros do pré-sal, para além de seus efeitos fiscais, já que esses recursos têm peso, também, nas áreas da saúde e educação.

"Além do impacto econômico, a distribuição de royalties tem um peso social muito grande, com a destinação prevista de parte dos recursos do pré-sal para saúde e educação, além de reforçar o caixa de União, estados e municípios em um momento de fragilidade fiscal que ainda deve perdurar por algum tempo", apontou.

Estados como o Rio de Janeiro, cuja atividade econômica é muito ligada à exploração de petróleo e gás natural, vivem hoje sob a expectativa de retomar essas receitas dentro dos próximos anos. Apenas com os leilões de pré-sal, a estimativa é de R$ 2,5 bilhões em royalties por ano na próxima década, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro).

É como aponta o prefeito de Macaé, Aluízio Junior, município cuja economia é diretamente dependente dos dividendos de petróleo. "O petróleo hoje representa 30% do PIB [Produto Interno Bruto] do estado do Rio de Janeiro. E para essa região é quase a âncora econômica", afirmou. "A expectativa agora é de um recrudescimento dessa indústria. É como se essa indústria pudesse ressurgir frente a esses novos leilões", completou.

Como os royalties são calculados?

Os dividendos são pagos ao Tesouro nacional até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. Na sequência, são repassados aos beneficiários. O pagamento é calculado com base na alíquota do campo produtor, que varia de 5% a 10%, na produção mensal e no preço de referência dessa matéria-prima.

E no caso do pré-sal? Como funciona?

A alíquota sobre a produção, tanto no caso do petróleo quanto do gás natural, é de 15%. Por ter um risco de investimento mais baixo, já que a possibilidade de se encontrar óleo nessas áreas é muito alta, o percentual é mais alto.

PORTAL BRASIL. 27/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Leilões do pré-sal. Autoridades apontam para novo ciclo de crescimento com leilão do pré-sal. Leilão realizado nesta sexta-feira (27) arrecadou R$ 6,15 bilhões aos cofres públicos e foi marcado pela presença de empresas estrangeiras. Expectativa é que exploração do petróleo impulsione crescimento e geração de empregos

As rodadas de licitações do pré-sal realizadas nesta sexta-feira (27) representam um novo momento de crescimento e desenvolvimento para o País. No certame, seis blocos localizados na área foram arrematados por R$ 6,15 bilhões, em consórcios liderados pela Petrobras, Statoil e Shell .

“É uma perspectiva real de trazermos para o século 21 todo o esforço de explorar nosso potencial econômico, energético e a vitalidade e a força do empreendedorismo brasileiro em um setor que é importante para o País”, disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, ao abrir o certame.

Visão semelhante tem o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, que classificou o dia como “histórico para o setor de óleo e gás. "Esse leilão representa a retomada dos investimentos no setor”, apontou. De acordo com ele, o leilão é importante pois é o primeiro na área do pré-sal desde a recessão econômica.

Regras e investimentos

Já o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, chamou atenção para a grande atenção mostrada pelos investidores nas áreas ofertadas pelo governo. “Um ânimo novo, entusiasmo novo, no claro sinal de que o Brasil voltou à rota de investimentos de muitas dessas empresas”, afirmou.

Antes do leilão, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, apontou as mudanças de regras no regime do pré-sal como benéficas para todo o setor de óleo e gás brasileiro. “A mudança que foi promovida, de deixar de obrigar a Petrobras de operar em todos os blocos certamente vai acelerar essa exploração em um momento onde a indústria de óleo e gás enfrenta desafios importantes”, concluiu.

PORTAL BRASIL. 27/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Pré-sal. População de Macaé projeta recuperação da cidade após leilões de petróleo. Expectativa de empresários locais é de que cidade viva um novo ciclo de desenvolvimento, com mais emprego e renda depois dos leilões
 
Cidade com forte vocação para produção petroleira, Macaé vive em clima de expectativa nos últimos dias. Após sofrer com a crise econômica, a população local vê nos leilões desta sexta-feira (27) e na nova gestão da Petrobras a oportunidade de recuperar empregos e de fortalecer a região.

Dono de um restaurante na cidade há 26 anos, Luiz Renato Lucas Martins acredita que Macaé pode viver um novo ciclo de crescimento depois dos leilões de petróleo. “A gente viveu uma época de ouro durante 20 anos. Macaé era uma grande referência em negócios, era uma cidade que era invadida por profissionais”, afirmou.

“O petróleo é muito importante para a economia da cidade”, reforçou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), Emerson Esteves. Para ele, com os novos leilões, a cidade e o País passarão por um novo ciclo de desenvolvimento. “Isso passa uma expectativa positiva”, disse.

Para o prefeito de Macaé, Aluízio dos Santos Júnior (PMDB), a exploração nas novas áreas tornará o Brasil em um dos principais produtores de petróleo do mundo. “O momento é extremamente auspicioso, é um momento extremamente forte para todo o País”, afirmou. Para ele, é um marco importante que reforça que a crise ficou para trás.

Retomada

Pelas projeções da associação comercial, os leilões vão reativar a economia da cidade e impulsionar a venda de bens, serviços, a geração de empregos e a arrecadação de impostos. O presidente da entidade considera que os investimentos derivados desses leilões vão beneficiar a todos.

Técnico de inspeção de equipamentos aposentado pela Petrobras, Elcione Simor já acredita em uma retomada da economia municipal com o resultado. “Eu acredito que vai haver um novo movimento para gerar ação de emprego e tudo o mais [...], isso [os leilões] pode ser importante para a cidade”, afirmou.

Ele explica que, com a crise, a cidade “levou um baque muito grande”, mas que agora esse cenário deve mudar. “Nós estamos ansiosos para que isso volte acontecer [investimentos do setor de petróleo] e que o mercado tenha essa retomada de crescimento. A gente sabe da importância que é o segmento [de petróleo]”, afirma.

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. ANP diz que Brasil retoma espaço na 1ª liga do mercado de petróleo com leilões do pré-sal

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil retomará seu espaço na “primeira liga” do mercado global de petróleo com os leilões do pré-sal que estão acontecendo nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, disse na abertura do evento o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Decio Oddone.

Segundo ele, houve uma perda de tempo no desenvolvimento de áreas do pré-sal, em meio a regras anteriores que restringiam a participação de grandes petroleiras.

“Esse atraso para o leilão do pré-sal foi a maior oportunidade perdida em uma geração, nós estamos deixando esse tempo para trás”, disse Oddone.

O diretor-geral da ANP destacou ainda que, com os leilões desta sexta-feira, o Estado de São Paulo ganhará mais relevância na produção de petróleo nacional, uma vez que grandes áreas estão dentro das fronteiras paulistas.

“Carcará, parte de Sapinhoá e parte de Peroba estão localizados em frente ao Estado de São Paulo, o resto das áreas está no litoral do Rio de Janeiro. Fruto desse leilão, São Paulo vai se converter em um dos principais produtores do Brasil...”, disse ele.

Ele ponderou ainda que o Rio de Janeiro “voltará a ser a capital brasileira do petróleo”.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

PORTAL G1. 27/10/2017. Com lances altos, Petrobras leva 3 blocos do pré-sal e oferece até 80% da produção à União. No regime de partilha, que rege o pré-sal, vence a disputa quem oferecer a maior fatia de petróleo para a União; valores foram até 674% acima do lance mínimo e superam oferta de 2013 por Libra.
Por Daniel Silveira, G1*, Rio

O leilão de 8 áreas de exploração do pré-sal registrou ofertas elevadas, especialmente da Petrobras. A estatal levou as três áreas que declarou interesse e aceitou ceder até 80% da produção para a União. Esse percentual é muito acima dos valores mínimos propostos no edital e do valor oferecido no leilão de Libra, em 2013.
Dos 8 blocos ofertados, 6 tiveram proposta. No regime de partilha, que rege o pré-sal, vence a disputa quem oferecer a maior fatia de petróleo ou gás excedente da produção futura para a União. Esse excedente é o volume de petróleo ou gás que resta após a descontar os custos da exploração e investimentos.
Além da produção futura, as empresas terão de pagar um bônus ao governo na assinatura do contrato. A União receberá R$ 6,15 bilhões das concessões vendidas no leilão desta sexta-feira.
Se a licitação fosse feita em regime de concessão, o governo receberia mais dinheiro à vista, mas no futuro só receberia royalties. Nas concessões, o governo não tem direito a parte da produção futura.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), os investimentos previstos nas áreas vendidas nesta sexta-feira somam R$ 760 milhões.

Ofertas ousadas

Venceu a concessão a empresa que ofereceu o maior volume de óleo excedente à União. Os valores mínimos previstos no edital variam de 10,34% a 22,87%. As empresas ofereceram até 80% da produção.
As ofertas mais ousadas foram feitas pelos consórcios que tinham a Petrobras como líder e que ela tinha manifestado direito de preferência:

  • 80% de óleo excedente pelo bloco de Sapinhoá, que tinha lance mínimo de 10,34%;
  • 76,96% de óleo excedente pelo bloco de Peroba, que tinha lance mínimo de 13,89%;
  • 75,86% de óleo excedente para Alto de Cabo Frio Central; lance mínimo era de 21,38%

Após o leilão, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que lances altos foram para garantir áreas que a empresa queria. “Nós não podíamos nos dar ao luxo de perder essas oportunidades”, argumentou o executivo.
No leilão de Libra, em 2013, única área do pré-sal leiloada até então, o consórcio da Petrobras foi o único a fazer proposta, pelo lance mínimo de 41,65% de óleo excedente.
O diretor-geral da ANP, Decio Oddone, declarou que o alto percentual de excedente em óleo ofertado surpreendeu a agência. "Superou em muito as nossas expectativas", afirmou após a realização do evento.
No Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado. Já o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse o mercado aceitou o regime de partilha, mas que o governo poderia ter ganhado um bônus maior se o leilão fosse no regime de concessão.

Quem venceu

As empresas estrangeiras ficaram com 3 das 8 áreas do pré-sal vendidas no leilão desta sexta-feira (27). Já o consórcio liderado pela Petrobras, que antes era operadora exclusiva do pré-sal, ficou com 3 áreas. Duas áreas não receberam proposta.
Entre as estrangeiras, a Shell foi a que levou a maior quantidade de áreas. A petroleira anglo-holandesa está em três consórcios vencedores. Já a norueguesa Statoil liderou o consórcio que ficou com a área mais cara e deverá fazer o maior pagamento de bônus (veja abaixo).



1º leilão sem monopólio da Petrobras

Essa foi a primeira vez que as petroleiras puderam participar sozinhas de um leilão para a exploração do pré-sal. Antes elas só podiam participar junto com a Petrobras e não podiam ser operadoras da área.
O leilão ocorre após a mudanças nas regras do regime de partilha de produção, que rege as áreas dentro do polígono do pré-sal. Antes a Petrobras era obrigada a ser a controladora de todas as áreas do pré-sal, com participação mínima de 30% nos consórcios formados para a exploração.
A regra foi alterada pelo Congresso, a pedido da própria estatal que, endividada, considerou não ter condições de investir na exploração de todas as áreas. Na prática, a mudança abriu a possibilidade de empresas estrangeiras operarem o pré-sal sozinhas.
Disputa judicial
Uma disputa judicial de última hora marcou o leilão desta sexta-feira. Na madrugada desta sexta-feira, a Justiça Federal do Amazonas conseguiu uma liminar que suspendeu o leilão por mais de duas horas.
A cerimônia só começou depois que a Advocacia-Geral da União (AGU), órgão responsável pela defesa do governo federal na Justiça, conseguiu reverter a decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no fim da manhã de sexta-feira.

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Petrobras aposta alto para não perder boas oportunidades no pré-sal, diz Parente
Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier e Luciano Costa

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras apostou em parcerias com grandes petroleiras internacionais e em propostas com ágios elevados nos leilões do pré-sal desta sexta-feira para não perder as importantes oportunidades oferecidas pelo governo na província petrolífera, disse a jornalistas o presidente da companhia, Pedro Parente.

Os certames ofereceram oito áreas no polígono do pré-sal, das quais três foram arrematadas por consórcios com a Petrobras como operadora, que ofereceram os maiores ágios ao definir o percentual de excedente em óleo a ser direcionado ao governo no futuro.

Na área do Entorno de Sapinhoá, o consórcio liderado pela Petrobras ofereceu ágio de quase 675 por cento, o maior do certame, seguido pelos lances, também com participação da estatal, de ágio de 454 por cento em Peroba e quase 255 por cento em Alto de Cabo Frio Central.

O forte interesse pela área do Entorno de Sapinhoá, no pré-sal de Santos, explica-se porque está adjacente a Sapinhoá, um dos maiores campos produtores de petróleo do Brasil, já operado pela Petrobras.

“O que nós observamos é que havia grandes empresas globais, com alto grau de interesse, e nessa situação não poderíamos nos dar ao luxo de perder essas oportunidades, por isso fomos no valor que estávamos autorizados a pagar”, disse Parente a jornalistas ao final da disputa.

Ele ressaltou, no entanto, a associação da companhia com grandes empresas globais, como a anglo-holandesa Shell, a britânica BP, as chinesas CNODC e a Repsol Sinopec, que evidenciariam a atratividade dos negócios no certame.

“Ganhamos essas participações com parceiros... realmente empresas de primeira grandeza, o que atesta também o valor do ágio (oferecido nos lances)”, disse Parente. Segundo o executivo, os investimentos nas áreas vão gerar “retorno adequado” para os acionistas e não irão impactar o planejamento financeiro da companhia.

“Todos investimentos estão nos limites do plano estratégico e do planejamento financeiro da companhia, é uma questão de priorização”, disse.

Ele defendeu, ainda, que a Petrobras foi “seletiva” nos leilões e optou pelas áreas com maior potencial, uma estratégia que deverá ser seguida também nas próximas licitações.

A Petrobras ficou com as áreas de Entorno de Sapinhoá, Peroba e Alto de Cabo Frio Central.

Na primeira, a petroleira terá como sócios Repsol Sinopec e Shell. Na segunda, compôs um consórcio com a britânica BP e a chinesa CNODC, enquanto na última área repetiu-se a associação com a BP.

A ação preferencial da Petrobras operava em alta de 1,7 por cento às 16:27, enquanto o Ibovespa subia 0,3 por cento no mesmo horário.

Com reportagem adicional de Alexandra Alper e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Petrobras fez lances altos para não "se dar ao luxo de perder", diz Parente

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras venceu disputas com ágio elevado nas três áreas que arrematou nos dois leilões do pré-sal desta sexta-feira porque não poderia “se dar ao luxo de perder”, afirmou o presidente da empresa, Pedro Parente, após os resultados.

“O que nós observamos é que havia grandes empresas globais, com alto grau de interesse, e nessa situação não poderíamos nos dar ao luxo de perder essas oportunidades, por isso fomos no valor que estávamos autorizados a pagar”, afirmou Parente.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Shell se destaca em leilão com pré-sal; Petrobras garante espaço, além de Exxon
Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier e Luciano Costa

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os dois leilões do pré-sal nesta sexta-feira tiveram seis blocos arrematados, dos oito ofertados, com a arrecadação de um total de 6,15 bilhões de reais, com destaque para a participação da Shell, segunda maior produtora de petróleo do Brasil, que participou de lances por todas as áreas negociadas e levou três prospectos.

Leilão do pré-sal no Rio de Janeiro 27/10/2017 REUTERS/Pilar Olivares
Apesar de o bônus ter ficado abaixo do previsto (7,7 bilhões de reais), uma vez que o governo tinha a expectativa de que todos os blocos seriam arrematados, o governo levou elevados percentuais de óleo nas rodadas, que foram sob partilha de produção, com forte competição nas áreas de Peroba e Norte de Carcará.

Nas licitações de partilha, as empresas vencedoras são as que oferecem ao Estado brasileiro, a partir de um percentual mínimo fixado, o maior percentual de excedente em óleo. O bônus é fixo.

Apenas consórcios liderados por empresas que já são operadoras no pré-sal brasileiro (Petrobras, Shell e Statoil) venceram o leilão, ante expectativa do governo de ver uma diversificação das lideranças na importante província petrolífera.

“Nossa participação foi super ativa, estou extremamente feliz e seremos operadores em dois blocos, o que é extremamente importante para nós”, disse o CEO da Shell no Brasil, André Araújo, a jornalistas.

Apesar de a operação das novas áreas seguir nas mãos das companhias que já atuam no Brasil, o leilão mostrou a entrada de novas empresas no polígono do pré-sal, como a norte-americana Exxon.

Na lei atual, áreas do polígono do pré-sal apenas podem ser leiloadas sob regime de partilha de produção.

Como esperado pelo mercado, as áreas de Entorno de Sapinhoá e Gato do Mato foram arrematadas por consórcios que já atuam em áreas adjacentes.

No caso do Entorno de Sapinhoá, o consórcio vencedor foi Petrobras, Shell e Repsol Sinopec. Já no caso de Gato do Mato, venceram as petroleiras Shell e Total.

Peroba, área bastante concorrida no dia, com a disputa de três consórcios, foi vencida por Petrobras, BP e CNODC, com oferta de 76,96 por cento de óleo à União.

A área de Carcará foi vencida pelo consórcio Statoil, Exxon e Petrogal, marcando novamente o interesse da gigante Exxon no pré-sal brasileiro.

A área de Alto de Cabo Frio Central foi levada por Petrobras e BP e Alto de Cabo Frio Oeste, por Shell, QPI e CNOOC.

Pau Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde não receberam lances, mesmo após duas oportunidades oferecidas para cada uma durante os leilões. Ambas as áreas voltarão a ser ofertadas em algum momento, segundo a reguladora ANP.

Com reportagem adicional de Simon Webb e Alexandra Alper

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Shell celebra vitória para a operação em 2 áreas no pré-sal

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O resultado do leilão do pré-sal, realizado nesta sexta-feira no Rio de Janeiro, foi considerado ótimo pelo CEO da Shell no Brasil, André Araújo, que celebrou o fato de a companhia estar na operação de duas áreas.

Segundo ele, os lances da Shell no pré-sal consolidam a posição da companhia no Brasil. A anglo-holandesa venceu em três áreas.

“Nossa participação foi super ativa, estou extremamente feliz e seremos operadores em dois blocos, o que é extremamente importante para nós”, disse ele a jornalistas.

“Buscávamos oportunidade como operador. O apetite nosso não é novo, temos há muito tempo... o Brasil oferece condições de investimento e oportunidades”, afirmou.

O consórcio entre a Shell, a chinesa CNOOC e a QPI, do Catar, foi o único a apresentar proposta para arrematar a área de Alto de Cabo Frio Oeste, no pré-sal da Bacia de Santos.

A Shell ficou com 55 por cento da área, a CNOOC com 20 por cento, enquanto a QPI compôs o consórcio com 25 por cento.

A empresa ainda arrematou junto com a Petrobras e Repsol Sinopec a área de Entorno de Sapinhoá com um lance de 80 por cento de óleo à União, versus percentual mínimo de 10,34 por cento.

Um outro consórcio formado pela anglo-holandesa Shell e a francesa Total foi o único a apresentar oferta pela área de Sul de Gato do Mato, no pré-sal da bacia de Santos.

Em relação ao resultado da área de Gato do Mato, ele afirmou que tem de ser “muito comemorado”, pois permite solução para projeto, situado numa área adjacente da Shell.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Shell e Total arrematam área no pré-sal de Santos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um consórcio formado pela anglo-holandesa Shell e a francesa Total foi o único a apresentar oferta pela área de Sul de Gato do Mato, no pré-sal da bacia de Santos, de acordo com resultado do leilão realizado nesta sexta-feira pela reguladora ANP.

O lance do consórcio de Shell e Total foi de 11,53 por cento de óleo à União, sem ágio ante o percentual inicial.

A Shell já é operadora da área de Gato do Mato (área adjacente a Sul de Gato do Mato) com 80 por cento de participação, enquanto a Total tem os outros 20 por cento.

Pouco antes, a primeira área a ser leiloada, Sudoeste de Tartaruga Verde (adjacente ao de Tartaruga Verde), no pré-sal da bacia de Campos, não recebeu ofertas. A área pode ser relicitada ainda nesta sexta-feira.

O campo de Tartaruga Verde é detido 100 por cento pela Petrobras. A Petrobras anunciou anteriormente o interesse de vender Tartaruga Verde, mas não obteve sucesso até o momento.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Shell, chinesa CNOOC e QPI arrematam área no pré-sal de Santos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O consórcio entre a Shell, a chinesa CNOOC e a QPI, do Catar, foi o único a apresentar proposta para arrematar a área de Alto de Cabo Frio Oeste, no pré-sal da Bacia de Santos, de acordo com resultado de leilão da reguladora ANP nesta sexta-feira.

A lance do consórcio levou a área com oferta de 22,87 por cento de óleo à União, sem ágio.

A Shell ficou com 55 por cento da área, a CNOOC com 20 por cento, enquanto a QPI compôs o consórcio com 25 por cento.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Petrobras, chinesa CNODC e BP arrematam área de Peroba no pré-sal

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O lance do consórcio entre Petrobras, a chinesa CNODC e a britânica BP arrematou a área de Peroba, na Bacia de Santos, com oferta de 76,96 por cento de óleo à União, versus percentual mínimo de 13,89 por cento, de acordo com resultado de leilão promovido pela reguladora ANP no Rio de Janeiro.

Em Peroba, a Petrobras ficou como operadora com 40 por cento da área, a CNODC com 20 por cento e a BP com 40 por cento.

Em outra rodada, a área de Pau Brasil, no pré-sal da Bacia de Santos, não recebeu ofertas. O percentual mínimo de óleo à União para essa área era de 14,40 por cento.

A área pode ser relicitada ainda nesta sexta-feira.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Consórcio entre Petrobras e BP arremata área de Alto de Cabo Frio Central

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O consórcio entre a Petrobras e a britânica BP arrematou a área de Alto de Cabo Frio Central com oferta de 75,86 por cento de óleo à União, versus percentual mínimo de 21,38 por cento, de acordo com resultado de leilão da reguladora ANP promovido nesta sexta-feira.

A área na Bacia de Campos terá a Petrobras como operadora, com 50 por cento de participação. A BP ficou com a outra metade.

Por Marta Nogueira, Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Statoil, Petrogal e Exxon arrematam área de Norte de Carcará no pré-sal de Santos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O consórcio entre a norte-americana Exxon Mobil, a norueguesa Statoil e a Petrogal arrematou a área de Norte de Carcará com um lance de 67,12 por cento de óleo à União, versus percentual mínimo de 22,08 por cento, de acordo com resultado do leilão realizado pela reguladora ANP nesta sexta-feira.

As três empresas disputaram a área, na Bacia de Santos, com a Shell.

No consórcio de Norte de Carcará, a Statoil ficou com 40 por cento de participação, a Exxon com outros 40 por cento, e a Petrogal, com 20 por cento.

Norte de Carcará é uma área adjacente a Carcará, onde a Statoil detém participação majoritária, após acordo com a Petrobras de 2,5 bilhões de dólares.

As petroleiras Galp, com 14 por cento de participação em Carcará, e Barra Energia, com 10 por cento, estão entre as outras sócias da área.

A área de Sudoeste de Tartaruga Verde, no pré-sal da Bacia de Campos, que não havia registrado lances quando foi leiloada pela primeira vez, também não recebeu oferta em rodada de “repescagem”.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Petrobras, Repsol Sinopec e Shell arrematam Entorno de Sapinhoá no pré-sal

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras, Repsol Sinopec e a Shell arremataram nesta sexta-feira a área de Entorno de Sapinhoá com um lance de 80 por cento de óleo à União, versus percentual mínimo de 10,34 por cento.

O forte interesse pela área no pré-sal de Santos se explica porque está adjacente a Sapinhoá, um dos maiores campos produtores de petróleo do Brasil.

A Petrobras, operadora do consórcio vencedor, ficou com 45 por cento da área, seguida por Repsol Sinopec, com 25 por cento, e Shell, com 30 por cento.

Em Sapinhoá, área adjacente a Entorno de Sapinhoá, a Petrobras já detém a operação, também com 45 por cento de participação. A Shell, com 30 por cento, e a Repsol Sinopec, com 25 por cento, também são sócias de Sapinhoá.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

REUTERS. 27 DE OUTUBRO DE 2017. Ministro diz que governo discutirá continuidade do modelo de partilha do pré-sal

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O modelo de partilha do pré-sal tem sido bem aceito pelas empresas, é “exitoso” e respondeu “positivamente” a ajustes, mas o governo vai discutir “amplamente” se tal modelo continuará ou não, disse nesta sexta-feira o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

As declarações foram dadas após as 2ª e 3ª Rodadas do pré-sal, realizadas no Rio de Janeiro, que garantiram ao governo bônus de 6,15 bilhões de reais, fora o percentual em óleo.

Já segundo o diretor-geral da ANP, Decio Oddone, o Estado de São Paulo conseguirá produzir mais de 1 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo na próxima década graças ao resultado do leilão.

Ele acrescentou que as duas áreas que não foram arrematadas no certame (Pau Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde) voltarão a ser oferecidas “em algum momento”, mas não deu prazo.

Por Marta Nogueira; Rodrigo Viga Gaier, Alexandra Alper, Luciano Costa e Simon Webb

PORTAL G1. 27/10/2017. Sob regime de concessão, leilão teria bônus mais elevados, diz ministro. Segundo Fernando Coelho Filho, da pasta de Minas e Energia, governo vai discutir se mantém regime de partilha para próximas disputas.
Por Daniel Silveira, G1 Rio

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o resultado do leilão do pré-sal realizado nesta sexta-feira (27) prova que o mercado aceitou o modelo de partilha, mas admitiu que o governo arrecadaria mais caso a disputa tivesse ocorrido sob o regime de concessão.
"Pelo percentual [acima do mínimo exigido em óleo excedente] que foi ofertado a gente viu aqui que teria [se fosse em regime de concessão] um ágio bastante expressivo. Teria um ágio muito elevado em bônus", disse.
Segundo o ministro, o Congresso fará uma "ampla discussão" sobre a manutenção do regime de partilha para os próximos leilões. Ele afirmou ainda que está aberto a debater "alterações que venham a melhorar o ambiente de negócios".
"Tudo que se tem a fazer para melhorar o ambiente de negócios é oportuno e acredito que a vontade do Congresso é nesse sentido e é o que a gente do governo tem procurado fazer desde o ano passado".
Ele enfatizou que "se for ter alguma mudança, isso será feito sob muita discussão". Coelho Filho enfatizou que o importante é manter as rodadas de licitação com atratividade para os investidores. "Cada leilão como esse aqui significa bilhões em investimentos no país, milhares e milhares de empregos, e por isso a gente não pode parar como aconteceu no passado."

Partilha ou Concessão

O regime de partilha é o que rege os contratos do pré-sal. Nesse modelo, a empresa contratada para explorar uma área cede parte da produção futura ao governo e paga um valor (bônus) na assinatura do contrato.
O governo, na prática, compartilha o risco com a empresa e recebe parte significativa do pagamento pela cessão da área no futuro pela cessão da área. Na partilha, ganha a concessão a empresa que oferecer o maior volume do chamado excedente em óleo à União. O valor oferecido é o volume de petróleo ou gás que resta após a empresa descontar os custos da exploração e investimentos.
Já na concessão, a empresa paga um bônus maior à vista ao governo, mas não precisa compartilhar a produção futura com a União. A empresa assume o risco de encontrar ou não petróleo - se encontrar muito petróleo, não precisa dividir a produção com a União, apenas pagar royalties.
O regime de concessão é usado na licitação de blocos de exploração de petróleo fora da área do pré-sal.

Ofertas ousadas

O leilão desta sexta registrou ofertas elevadas, especialmente da Petrobras. A estatal levou as três áreas pelas quais declarou preferência e aceitou ceder até 80% da produção para a União. Esse percentual está muito acima dos valores mínimos propostos no edital e do valor oferecido no leilão de Libra, em 2013.
Dos 8 blocos ofertados, 6 tiveram proposta. Além da produção futura, as empresas terão de pagar um bônus ao governo na assinatura do contrato. A União receberá R$ 6,15 bilhões das concessões vendidas.

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LGCJ.: