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July 17, 2017


INDICADORES/INDICATORS




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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)

ANÁLISE


BACEN. PORTAL G1. 17/07/2017. Mercado estima inflação menor em 2017 e 2018 e vê juros mais baixos. Expectativa dos analistas para o IPCA de 2017 recuou de 3,38% para 3,29%. Mercado financeiro também estimou redução mais forte dos juros.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente suas estimativas de inflação para os anos de 2017 e de 2018 e também baixaram sua previsão para a taxa básica de juros neste ano.
As expectativas foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (17) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 – a inflação oficial do país –, o mercado baixou sua previsão de 3,38% para 3,29%. Foi a sétima queda seguida do indicador.
Com isso, manteve-se a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN.
Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação caiu de 4,24% para 4,20% na sexta redução consecutiva. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento em 0,34%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão da economia em 2%.
Taxa de juros
O mercado financeiro baixou sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 8,25% para 8% ao ano no fechamento de 2017.
Ou seja, os analistas passaram a estimar uma redução mais forte dos juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic permaneceu 8% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio do dólar no fim de 2017 caiu de R$ 3,35 para R$ 3,30. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana permaneceu em R$ 3,45.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 59,5 bilhões para US$ 60 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 46,5 bilhões para US$ 47,8 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.

BACEN. REUTERS. 17 DE JULHO DE 2017. Economistas voltam a reduzir projeção para a Selic em 2017 na Focus; Top-5 vê juros em 7,75%

SÃO PAULO (Reuters) - Os analistas reduziram novamente a expectativa para a taxa básica de juros ao final deste ano a 8 por cento, ante previsão anterior de 8,25 por cento, de acordo com relatório semanal Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, em um cenário de inflação cada vez mais baixa.

Na semana anterior, os analistas já haviam diminuído as previsões de Selic para este ano de 8,5 por cento para 8,25 por cento.

No Top-5, grupo que mais acerta as previsões, a expectativa é que a Selic recue ainda mais e encerre este ano em 7,75 por cento, na mediana das projeções, uma queda na estimativa da leitura anterior que era 8 por cento.

Dessa forma, os economistas consultados pela pesquisa também projetam que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser mais agressivo na reunião de julho, que ocorre na semana que vem, e reduzir a Selic em 1 ponto percentual, ante a expectativa de corte 0,75 ponto percentual. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,25 por cento.

Para 2018, a projeção do mercado para a Selic permaneceu em 8 por cento. O Top-5 vê os juros em 7,75 por cento, na mediana das projeções, ante 7,88 por cento na semana anterior.

A redução da expectativa para a taxa básica de juros vem na esteira da fraqueza da inflação. A projeção para o IPCA neste ano passou a 3,29 por cento, ante 3,38 por cento no levantamento anterior, segundo o relatório Focus. Para o ano que vem, a estimativa é de 4,20 por cento, ante 4,24 por cento.

Para o crescimento econômico, os analistas mantiveram projeção da avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 a 0,34 por cento e de 2 por cento para 2018.

MF. MPOG. PORTAL G1. 16/07/2017. Para economistas, restrição de recursos deve seguir afetando serviços públicos. Nas últimas semanas, a PF suspendeu a emissão de passaportes e a PRF reduziu o policiamento por falta de verbas. Mesmo assim, para o TCU, há risco de o governo não cumprir a meta fiscal.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Economistas ouvidos pelo G1 avaliaram que a restrição de recursos para os gastos dos ministérios deverá seguir afetando os serviços públicos. Isso porque há uma demora na retomada do crescimento econômico, com impacto negativo direto na arrecadação federal.
Há relatos de falta de recursos para Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, faculdades e obras de infraesturutra, entre outros. A escassez de verbas é fruto do bloqueio de R$ 39 bilhões feito no Orçamento deste ano.
O objetivo do corte de gastos é tentar atingir a meta fiscal deste ano, que prevê déficit primário (sem contar despesas com juros) de até R$ 139 bilhões.
Nas duas últimas semanas, por exemplo, por falta de verbas, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes (o Congresso aprovou um projeto que libera R$ 102,3 milhões para a impressão do documento) e a Polícia Rodoviária Federal reduziu o policiamento nas estradas.
Verba para passaportes é aprovada, mas problema não está resolvido
Levantamento da Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado, mostra que, nos cinco primeiros meses deste ano, quase todas as áreas do governo foram afetadas pela limitação das chamadas despesas discricionárias (que podem ser cortadas), 38,5% menores se comparadas ao mesmo período de 2016.
De acordo com o Tesouro Nacional, o governo também reduziu (de janeiro a maio), em R$ 8,06 bilhões, os pagamentos dos programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida.
As despesas também caíram no Legislativo (-20,2%), no Judiciário (-22,3%) e no Ministério Público (-25,9%).
O que dizem os especialistas
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a chamada "prévia do PIB", divulgada nesta semana com retração de 0,51%, mostra que o nível de atividade continua fraco.
Além disso, ele avaliou que mudanças no novo Refis (programa de parcelamento do governo), introduzidas pelo Congresso, vão gerar novas perdas para a União neste ano. A previsão da Receita Federal é de que a arrecadação do governo com o programa cairia de R$ 13 bilhões para menos de R$ 500 milhões em 2017.
"É muito provável que a rigidez na execução fiscal vai continuar. Parte da receita que ele contava com concessões não aconteceu, principalmente após a delação da JBS. Tudo isso acabou complicando a gestão fiscal do país", disse ele, acrescentando que, neste cenário, não tem como o serviço público não ser comprometido. "O que já não era bom, vai continuar ruim e piorando", declarou.
Na opinião do economista Gil Castello Branco, fundador da ONG Contas Abertas, as dificuldades enfrentadas por órgãos públicos vão prosseguir. "Salvo se o governo conseguir realmente receitas extraordinárias para atenuar essa crise, que resolvem o problema desse ano", avaliou.
Para ele, as restrições deverão ter continuidade também em 2018, uma vez que, com o cenário de incertezas políticas, é "quase impossível" conseguir que os empresários possam "alavancar a economia" com investimentos. Isso impedirá, na visão de Castello Branco, uma recuperação maior da arrecadação.
De acordo com a economista Vilma Pinto, pesquisadora de Economia Aplicada do Ibre/FGV, as dificuldades orçamentárias tendem a continuar, uma vez que a arrecadação não está reagindo.
"Em junho, teve um crescimento na receita [ na arrecadação, contra junho do ano passado]. Mas isso porque junho do ano anterior foi o pior junho desde 1999. Não necessariamente porque teve um resultado bom. A receita está muito mal. Enquanto estiver um desempenho ruim na arrecadação, vai ter dificuldades em liberar gastos", avaliou.
Governo libera emendas enquanto faltam recursos para universidades, PF, PRF e órgãos federais
Meta fiscal
Apesar das restrições orçamentárias, o mercado financeiro e a Instituição Fiscal Independente não acreditam que a meta fiscal deste ano será cumprida.
Os economistas das instituições financeiras estimam um déficit primário de R$ 145,26 bilhões neste ano - valor que está acima da meta fiscal fixada para 2017, que é de um resultado negativo de até R$ 139 bilhões. O próprio TCU já alertou sobre o risco de descumprimento da meta de 2017.
"Para o governo descumprir a meta, vai ser muito ruim. O governo vai se esforçar para cumprir a meta e vai ter de contar com uma enxurrada de receitas extraordinárias", avaliou Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas.
O governo, que trabalha para tentar liberar gastos, tem de divulgar, até o próximo sábado (22), o relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre deste ano - documento que pode trazer a autorização para novas despesas, para diminuir as restrições orçamentárias, ou o bloqueio de mais recursos.
A possibilidade de elevar tributos (PIS e Cofins da gasolina, por exemplo) não está descartada.
Apesar das mudanças no Refis, do fraco nível de atividade econômica e da demora nos processo de concessões e permissões, o governo teve uma boa notícia no campo das receitas: o Congresso aprovou medida que autoriza o governo a usar R$ 8,6 bilhões em precatórios (decisões judiciais não pagas) para formar o superávit primário das contas públicas.
As restrições orçamentárias não impediram, porém, o presidente Michel Temer de sancionar a lei que reajusta o salário de oito categorias do serviço público. Ao todo, 68.149 pessoas serão beneficiadas pelo aumento, entre servidores da ativa, aposentados e pensionistas. O texto original previa um impacto em 2017 de R$ 3,7 bilhões e de R$ 10,91 bilhões até 2019.


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PETROBRÁS. 17/07/2017. Produção de petróleo e gás atinge 2,81 milhões de barris/dia em junho

A nossa produção total de petróleo e gás natural, em junho, foi de 2,81 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Desse total, 2,70 milhões boed foram produzidos no Brasil e 113 mil boed no exterior. A produção média de petróleo no país foi de 2,20 milhões de barris por dia (bpd), volume 0,6% superior ao de maio.
O resultado se deve, principalmente, ao retorno à produção, após parada programada, da plataforma P-43 - localizada nos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos- e do FPSO Cidade de Mangaratiba, no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

Em junho, a produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, foi de 80,3 milhões de m³/d, 1,8% acima do mês anterior. Esse aumento decorre, principalmente, do retorno à produção do FPSO Cidade de Mangaratiba.

Pré-sal atinge novos recordes

Em junho, a produção de petróleo operada por nós (parcela própria e dos nossos parceiros), na camada pré-sal, atingiu dois novos recordes: o mensal, com a produção de 1,35 milhão bpd, e o diário, alcançado no último dia 19 de junho, de 1,42 milhão de barris. Além disso, a produção de petróleo e gás natural operada alcançou o novo recorde de 1,69 milhão de boed.

Contribuíram para esse resultado o início de produção da plataforma P-66, no campo de Lula, e a entrada em produção, ao longo deste ano, de novos poços produtores conectados aos FPSOs Cidade de Caraguatatuba, Cidade de Ilhabela, Cidade de Maricá, Cidade de Mangaratiba e Cidade de Saquarema - todos instalados na Bacia de Santos.

Petróleo e gás no exterior

Em junho, a produção de petróleo nos campos do exterior foi de 65 mil bpd, volume 0,1% acima do mês anterior. A produção de gás natural foi de 8,1 milhões de m³/d, 13% abaixo do volume produzido em maio de 2017. Essa redução foi consequência, principalmente, da menor demanda de produção de gás na Bolívia e da redução da produção do campo de Hadrian South, nos EUA.

FGV. IBRE. 17/07/2017. Inflação pelo IPC-S avança na terceira divulgação de julho

O IPC-S de 15 de julho de 2017 apresentou variação de -0,05%, 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.

Nesta apuração, três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (-0,29% para 0,17%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -3,98% para -0,72%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,25% para 0,49%) e Comunicação (-0,06% para 0,14%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: salas de espetáculo (0,15% para 1,42%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,39% para 0,14%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Transportes (-0,51% para -0,55%), Vestuário (0,51% para 0,34%), Despesas Diversas (0,24% para 0,13%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,31%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classe de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: seguro facultativo para veículo (0,99% para 0,81%), roupas (0,59% para 0,21%), cartório (0,96% para 0,39%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,08% para -0,19%), respectivamente.

O grupo Alimentação repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, -0,44%. As principais influências em sentido ascendente e descendente partiram dos itens: frutas (-4,65% para -3,96%) e laticínios (-0,33% para -0,75%), respectivamente.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015D50171A9618DC

FGV. IBRE. 17/07/2017. IGP-10 registra quarta deflação

 O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou -0,84%, em julho. A taxa apurada em junho foi de -0,62%. Em julho de 2016, a variação foi de 1,06%. A taxa acumulada em 2017, até julho, é de -2,25%. Em 12 meses, o IGP-10 registrou taxa de -1,79%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -1,32%, em julho. Em junho, a variação foi de -1,17%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de -1,12%, em julho, ante 0,16%, em junho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,34% para -4,58%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou variação de -0,53%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,21%.

O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de -0,74%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,16%. A principal contribuição por este recuo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de 1,47% para -4,52%. O índice de Bens Intermediários (ex),obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de -0,16%. No mês anterior, este índice registrou variação de -0,04%.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de -2,26%. Em junho, a taxa foi de -4,34%. Contribuíram para a taxa menos negativa do grupo os itens: minério de ferro (-16,54% para -2,67%), cana-de-açúcar (-3,18% para -1,73%) e pedras britadas (-3,39% para 0,91%).Em sentido inverso, destacaram-se os itens: soja (em grão) (3,31% para 1,81%), mandioca (aipim) (-6,78% para -11,62%) e algodão (em caroço) (-2,24% para -8,30%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de -0,17%, em julho, ante 0,21%, em junho. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Habitação (0,83% para -0,16%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 4,76% para -2,79%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (-0,11% para -0,58%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,69% para 0,27%), Alimentação (-0,44% para -0,48%), Despesas Diversas (0,48% para 0,23%) e Vestuário (0,48% para 0,37%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: gasolina (-0,70% para -2,54%), medicamentos em geral (0,49% para -0,23%), laticínios (0,40% para -0,49%), tarifa postal (7,90% para 0,00%) e roupas femininas (0,52% para 0,04%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,20% para 0,31%) e Comunicação (0,01% para 0,05%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: show musical (0,27% para 1,11%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,49% para 0,05%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, taxa de variação de 0,62%, ante 0,92%, no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,10%. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,09%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 1,04%. No mês anterior, este índice variou 1,76%.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015D5025F0E57E87

BNDES. 14/07/2017. BNDES lança o “Livro Verde – Nossa história tal como ela é”. Publicação presta contas à sociedade sobre atuação entre 2001 e 2016. Entre os indicadores apresentados, está a soma do pagamento de tributos e dividendos pagos ao Tesouro Nacional no período: R$ 130 bilhões

VIDEO DA ENTREVISTA: https://www.youtube.com/watch?v=HzjkF4FpNVo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta sexta-feira, 14, o Livro Verde – Nossa história tal como ela é, que faz uma prestação de contas à sociedade brasileira das atividades do Banco no período de 2001 a 2016. Em pouco mais de 200 páginas, a publicação aborda diversos aspectos da atuação, neste século, da instituição que completou 65 anos mês passado.

A publicação se destina a um duplo propósito. Um deles é relatar o conjunto de temas controversos que cercaram o BNDES nos últimos anos. O outro é apresentar, de forma integrada e abrangente, sua atuação nesse período de 16 anos.

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, ressalta a importância do Livro Verde para ampliar o debate qualificado sobre a atuação do Banco. “Encontrei no BNDES uma equipe excepcional, de cerca de 2,8 mil pessoas, em geral jovens de muito talento. O Banco é casado com o desenvolvimento, a geração de emprego e a inovação, portanto casado com o futuro”, afirma Rabello de Castro.

Em seções específicas ou destacadas em boxes, são abordados temas como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), os empréstimos da ordem de R$ 500 bilhões do Tesouro Nacional ao BNDES, o apoio do Banco a empresas de grande porte, o apoio específico ao setor de frigoríficos e o financiamento à exportação de bens e serviços de engenharia e construção.

O balanço de 16 anos é dividido em cinco grandes blocos. O primeiro capítulo apresenta uma visão panorâmica da atuação do Banco na economia no período 2001-2016. O segundo expõe os principais números acerca da evolução dos indicadores financeiros do BNDES e das suas relações com o Tesouro Nacional. No terceiro capítulo, são abordadas as questões relacionadas à carteira de crédito da instituição e os temas ligados à gestão de risco e de conformidade.

O quarto capítulo do livro traz a visão do Banco acerca de diversas questões setoriais, como sua atuação na infraestrutura, apoio às exportações, mercado de capitais, desenvolvimento tecnológico e a temática socioambiental. Já o quinto capítulo trata da presença do BNDES sob a ótica territorial. Finalmente, os dois apêndices do livro incluem uma abordagem histórica do papel do Banco e um levantamento dos seus principais financiamentos, com uma visão histórica, que remonta às suas origens, em 1952.

A publicação mostra que, ao longo da História, o BNDES atuou como órgão executor das políticas definidas pelo Governo Federal. Os indicadores apresentados expõem, de forma transparente, dados fundamentais para uma avaliação completa e fiel das políticas públicas. Sobre o PSI, por exemplo, são apresentadas estatísticas detalhadas, dentro do princípio da transparência e do compromisso com a permanente prestação de contas à opinião pública.

“Como o banco cobra rigorosamente tudo o que empresta e os clientes pagam spreads e taxas sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), acaba havendo reembolso expressivo para a União. O fomento do BNDES deixa de ser pecuniário para ser de qualidade do crédito, pois é disponível e confiável”, afirma Paulo Rabello em relação à aplicação da TJLP sobre os empréstimos concedidos pelo Banco, outro aspecto que costuma gerar debates.

A participação das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) no conjunto do total dos desembolsos do BNDES, que historicamente foi de menos de 15% no quinquênio 1996/2000, alcançou uma média de 32% do total de 2011/2016. Esse dado confirma que o apoio às grandes empresas foi consistente com a ampliação da atuação junto ao segmento de menor porte.

Também o apoio à agropecuária, que, em 2010, respondia por menos de 3% do total de desembolsos da instituição, representou 18% do total em 2016. Essa atuação contribuiu para o fortalecimento de um setor que mitigou em parte a crise enfrentada pelo país nos últimos anos.

O Livro Verde disponibiliza um vasto material, fundamental para a informação sobre o que BNDES fez e está fazendo. Entre os diversos indicadores apresentados, está a soma do pagamento de tributos e dividendos pagos ao Tesouro Nacional, de R$ 130 bilhões entre 2001 e 2016, a valores correntes. O índice de Basileia também mostra que, de modo geral, o BNDES evoluiu em níveis confortavelmente superiores ao mínimo regulatório.

Entre os dados setoriais pouco conhecidos, como os de apoio à infraestrutura, está o aumento da capacidade instalada de energia elétrica no Brasil, entre 2003 e 2015. Nesse período, por exemplo, o BNDES financiou 74% da expansão do parque gerador de energia eólica.

A relevância do BNDES para o desenvolvimento do Brasil também se traduz nos desembolsos anuais médios, no período 2011 a 2016, em que o financiamento à infraestrutura foi de, aproximadamente, R$ 2,3 bilhões/ano para o setor de rodovias; R$ 2,1 bilhões/ano para ferrovias; R$ 1,4 bilhão para portos e hidrovias; R$ 1,3 bilhão/ano para infraestrutura aeroportuária e R$ 4,1 bilhões/ano para obras de mobilidade urbana.

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PORTAL G1. EFE. 16/07/2017. Economia da China cresce 6,9% no segundo trimestre. Alta do PIB ficou acima da expectativa dos analistas. Governo espera que o indicador feche o ano com alta de 6,5%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 6,9% durante o segundo trimestre do ano, frente a 6,7% do mesmo periodo de 2016.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17) pelo Escritório Nacional de Estatísticas.
Este aumento do segundo trimestre é similar ao registrado durante o primeiro, e supera levemente os 6,8% das previsões dos analistas.
"Esta primeira metade (do ano) tem visto um crescimento sustentado e estável da economia" e estes números representam "uma base sólida para atender ou superar as metas anuais" de crescimento, disse Xing Zhihong, diretor-geral Escritório Nacional de Estatísticas.
Entre as principais razões pelas quais o PIB cresceu mais do esperado é porque as empresas estatais investiram 12% a mais que nos primeiros seis meses de 2016, enquanto o setor privado subiu 7,2 %.
O governo chinês estabeleceu para este ano um crescimento econômico de cerca de 6,5%, depois de em 2016 atingir 6,7%, o valor mais baixo no país desde 1990.
Vendas do comércio
As vendas a varejo na China, principal indicador do consumo privado, subiram 10,4% interanual no primeiro semestre do ano, enquanto que a produção industrial aumentou 6,9% no mesmo período, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
Em termos mensais, as vendas varejistas aumentaram 11% a respeito do mesmo mês de 2016, três décimos mais que a alta interanual registrada em maio.
No caso da produção industrial, a alta interanual em junho foi de 7,6%, 1,1 ponto mais que em maio, com alta mês a mês de 0,81%.
O ONE também divulgou os números do investimento em ativos fixos, que cresceram nos primeiros seis meses 8,6% em relação ao mesmo período de um ano antes. Apesar disto, comparado com o primeiro trimestre do ano, aconteceu uma queda de seis décimos.

REUTERS. 17 DE JULHO DE 2017. Economia da China cresce 6,9 no segundo trimestre e supera expectativas

PEQUIM (Reuters) - A economia chinesa cresceu 6,9 por cento no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, mais rápido que o esperado e em linha com o crescimento do primeiro trimestre.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que a economia avançasse num ritmo de 6,8 por cento no trimestre entre abril e junho, ligeiramente mais lento do que o ritmo robusto de 6,9 por cento observado no trimestre anterior.

O governo almeja uma expansão de cerca de 6,5 por cento em 2017, um pouco menor que a de 6,7 por cento do ano passado, ritmo mais fraco em 26 anos.

Muitos analistas esperam que a segunda maior economia do mundo possa perder ritmo no fim do ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) de abril a junho cresceu 1,7 por cento em relação ao trimestre anterior, ante expansão de 1,3 por cento em janeiro a março, informou o escritório nacional de estatísticas nesta segunda-feira.

Analistas esperavam que o crescimento trimestral acelerasse para 1,7 por cento.

Por Kevin Yao

REUTERS. 17 DE JULHO DE 2017. Produção industrial da China cresce 7,6%, acima da expectativa

PEQUIM (Reuters) - A produção industrial da China cresceu 7,6 por cento em junho em relação ao ano anterior, enquanto o investimento em ativos fixos avançou 8,6 por cento nos primeiros seis meses do ano, ambos os números superaram as previsões.

Analistas entrevistados pela Reuters previam que a produção industrial cresceria 6,5 por cento em junho, sem alteração em relação ao mês anterior.

A estimativa para o investimento em ativos fixos era de avanço de 8,5 por cento no primeiro semestre do ano, após alta de 8,6 por cento em janeiro a maio.

O avanço do investimento privado acelerou para 7,2 por cento em janeiro a junho, de 6,8 por cento nos primeiros cinco meses do ano, sugerindo um apetite maior de empresas privadas para investir após uma forte perda de dinâmica nos últimos anos.

As vendas no varejo subiram 11,0 por cento em junho em relação ao ano anterior, acelerando a partir de maio e superando as expectativas dos analistas de um aumento de 10,6 por cento.

O investimento privado representa cerca de 60 por cento do investimento total da China.

Por Kevin Yao e Lusha Zhang

PORTAL G1. BBC. 17/07/2017. Por que a China não quer que suas grandes empresas invistam no exterior. Após relaxar restrições para operações no exterior, governo chinês quer evitar investimentos de risco e garantir aportes ao setor de infraestrutura.

A China anunciou neste ano que destinará US$ 124 bilhões (cerca de R$ 400 milhões) para investir globalmente em uma iniciativa chamada de Nova Rota da Seda. Mas por que o país está limitando os investimentos de suas grandes empresas no exterior?
Parte da resposta se encontra no centro de Madri, na Espanha, num arranha-céu que simboliza uma das maiores preocupações do gigante asiático.
O edifício Espanha foi adquirido em 2014 pelo grupo empresarial chinês Wanda, um conglomerado com investimentos em imóveis, turismo e lazer que pertence ao segundo homem mais rico do país, Wang Jianlin.
Na época, Wang provavelmente pensou que tinha feito um bom negócio: ele pagara 265 milhões de euros (cerca de R$ 990 milhões, em valores atuais) no imóvel - um terço menos do que o valor pago pelo proprietário anterior. Mas às vezes o barato sai caro. Quando Wanda comprou o prédio, ele estava abandonado há quase uma década e precisava de uma reforma integral.
Os técnicos então avaliaram que o melhor a ser feito era demolir o edifício e reconstruí-lo. A prefeitura de Madri, por sua vez, reagiu firmemente: se tratava de um dos edifícios mais emblemáticos da cidade e estava protegido pela legislação como patrimônio histórico.
A Wanda prometeu que a reconstrução respeitaria o projeto original. Mesmo assim, o governo local insistiu que a fachada do prédio fosse preservada, embora isso nunca tenha sido feito antes, e especialistas não pudessem garantir que a obra fosse ser bem sucedida, diante do tamanho do edifício.
Três anos depois, Wanda entregou os pontos e pôs o imóvel à venda. Segundo a imprensa chinesa, a aventura espanhola custou ao empresário cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 100 milhões).
Compras compulsivas
Nos últimos anos, empresas chinesas protagonizaram uma onda de compras ao redor do mundo.
A China - que tenta ser uma economia de mercado, mas sem renunciar aos rígidos controles governamentais- reduziu restrições para investimentos de empresas chinesas no exterior na última década.
O objetivo era evitar que as reservas de divisas estrangeiras no país chegassem a um volume incontrolável e também facilitar a aquisição de recursos e tecnologia que permitissem às empresas crescer.
Mas essa etapa parece estar chegando ao fim, já que o governo de Xi Jinping começou, no ano passado, a impor limites que foram ainda mais reforçados na última semana.
"Ele pediu ao setor bancário para ficar alerta para o bem de todos os chineses", disse à BBC Kent Deng, professor de História da Economia da London School of Economics.
O organismo responsável pelo setor bancário determinou que os bancos avaliassem como estão expostos às grandes empresas, ou seja, que consequências sofreriam, caso essas companhias entrassem em crise.
As autoridades não informaram exatamente de que empresas se tratavam, mas as ações da Wanda e dos grupos Fosun e HNA começaram a cair dias depois.
"O dinheiro deve permanecer na economia nacional. Qualquer quantia grande que saia das fronteiras está sujeita ao controle do regulador financeiro desde o último dia 1º de julho", disse Deng.
Investimentos irracionais
Somente em 2016, os investimentos chineses no exterior cresceram para mais de US$ 169 bilhões (cerca de R$ 550 bilhões) no ano, segundo dados do centro de estudos American Enterprise Insitute (AEI).
Neste ano, a quantidade de investimentos anunciados foi ainda maior. Mas quantidade e qualidade são coisas diferentes, e o padrão qualitativo desses aportes não convenceu as autoridades asiáticas.
Segundo o jornal Washington Post, o ministro chinês do Comércio, Zhong Shan, qualificou os investimentos feitos no ano passado como "cegos e irracionais".
Embora tenha admitido que poucas empresas tivessem cometido esses "erros", ele foi contundente: "Algumas já pagaram o preço."
O ministro ainda lamentou que diversas empresas "tiveram impacto negativo na nossa imagem nacional".
O presidente do Banco Popular Chinês foi mais explícito, e afirmou que essas empresas não cumpriam exigências e políticas para investimentos no exterior, já que visavam a setores "que não trazem muito benefício à China", como esportes e entretenimento.
"Projetos de investimento como estes são vistos como um vazio legal para lavagem de dinheiro e saída de capitais", disse Deng.
Uma moeda internacional
A China quer evitar em seu território situações como as que viveu o Japão ou os Estados Unidos.
Por exemplo, empresas americanas acumulam cerca de US$ 2,6 trilhões no exterior (cerca de R$ 8,5 trilhões), segundo a consultoria Capital Economics. Trata-se de dinheiro obtido pelos lucros de suas operações no exterior e que não foi repatriado para evitar a cobrança de impostos por autoridades fiscais americanas.
"As reservas de divisas estrangeiras na China caíram muito rapidamente e são necessárias para dar apoio ao yuan na tentativa de torná-lo uma moeda internacional", afirma Deng.
Apesar das advertências e medidas chinesas, algumas empresas continuaram anunciando investimentos. Algo que, segundo Deng, acabaram tendo que cancelar.
"Os investimentos recentes serão cancelados pelo Estado de forma unilateral", disse.
"Empresas chinesas pararam com essa onda de compras descontroladas. Na verdade, aquelas firmas bem informadas e conectadas completaram antes do fim de 2016 todas as compras que interessavam", garantiu.
Para ele, as restrições anunciadas pelo governo são "muito pequenas e chegam tarde demais".
Então por que a China impulsiona uma campanha de investimentos globais para a qual destina milhões de dólares?
Porque o país asiático quer ter operações no exterior, mas em setores que lhe interessam. A Nova Rota da Seda está dedicada a investimentos em infraestrutura.
"A maioria desses projetos ajudam a China a exportar o seu excedente de aço, cimento, locomotivas, navios, barcos e contêineres. Estes são os projetos que se promovem nas mais altas esferas", concluiu Deng.

BANCO MUNDIAL. PORTAL G1. BBC. 16/07/2017. As 10 economias que crescem mais rápido em 2017 (e nenhuma delas é a China). Países ficam na Ásia e na África; segundo Banco Mundial, PIB dessas nações avançará a taxas entre 6,9% e 8,3%.

Em um mundo que ainda se recupera a duras penas da crise financeira global iniciada em 2008, alguns países crescem a uma velocidade vertiginosa.
Eles se localizam na Ásia e África, de acordo com levantamento do Banco Mundial (Bird). O Produto Interno Bruto (PIB) dessas nações crescerá neste ano a taxas entre 6,9% e 8,3%.
Um ritmo invejável quando se considera que a média mundial ficará em torno de 2,7%, de acordo com o estudo do Bird Global Economic Prospects (perspectivas econômicas globais).
Na América Latina e Caribe, o crescimento médio será de apenas 0,8%.
A estimativa para o Brasil é de alta de 0,3%.
Saiba quais são as economias que terão um desempenho notável neste ano.
1. Etiópia
Com alta do PIB estimada em 8,3%, o país africano está no topo da lista de previsão de crescimento, impulsionado pelo investimento público em infraestrutura, um boom no setor de serviços e a recuperação da agricultura.
No entanto, o Banco Mundial alerta que o financiamento da infraestrutura levou a um aumento da dívida pública do país em mais de dez pontos percentuais, que já ultrapassa 50% de seu PIB.
Um país pode ter dificuldade para se financiar quando sua dívida pública cresce, pois, aos olhos dos investidores, sua capacidade de honrar pagamentos fica comprometida.
2. Uzbequistão
É o único país da Ásia Central que aparece no top 10. A previsão é que o Uzbequistão cresça 7,6% neste ano.
Sua economia foi beneficiada por um ambiente externo favorável, assim como a impulsão de programas de desenvolvimento para o período 2016-2020 em infraestrutura, indústria, agricultura e serviços.
O Uzbequistão é o sétimo maior produtor de algodão do mundo. Além desta matéria prima, exporta gás natural e ouro.
3. Nepal
Em abril de 2015, o Nepal sofreu um terremoto devastador que deixou cerca de 9 mil mortos e afetou muitas de suas principais atrações turísticas, incluindo templos e monumentos históricos.
Em 2016, a economia do país cresceu apenas 0,4%.
No entanto, espera-se que em 2017 o PIB nepalês avance 7,5%, graças a uma temporada favorável de chuvas, a obras de reconstrução do país e à normalização do comércio com a Índia, afetado por problemas na fronteira entre os dois países.
4. Índia
A Índia ocupa a quarta posição na lista de países cujas economias mais crescerão em 2017.
O Banco Mundial estima que o país alcançará uma taxa de 7,2%, graças ao aumento do investimento em infraestrutura e dos gastos públicos em geral.
A Índia também se beneficiou da boa estação de chuvas, que impulsionou a agricultura e o consumo em áreas rurais.
5. Tanzânia
Durante a última década, a Tanzânia registrou uma taxa elevada e estável taxa de crescimento do PIB, de cerca de 6% a 7%. A estimativa para 2017 é de 7,2%.
O Banco Mundial observa que a economia do país, localizado na África Oriental, vai crescer apoiado por mais investimentos públicos, um forte setor de serviços e pela recuperação da produção agrícola.
6. Djibouti
Localizado no nordeste da África, Djibouti é, ao lado da Etiópia, um dos dois países na lista que não ficam na Ásia.
O país tem poucos recursos naturais e poucas indústrias. Sua economia é favorecida por sua localização estratégica, como porta de entrada para o mar Vermelho, que tem um porto de águas profundas.
Serve como rota de trânsito para o comércio na região, centro de abastecimento de combustível e também como ponto de transbordo de mercadorias internacionais.
O Banco Mundial estima seu crescimento para 2017 em 7%.
7. Laos
Na última década, Laos tem sido uma das economias que mais crescem na região da Ásia-Pacífico, com um crescimento médio do PIB de 8%.
Para 2017, o Banco Mundial estima que o PIB aumente 7%, impulsionado por uma série de projetos energéticos e devido ao surgimento de oportunidades de negócios com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Nos últimos tempos, o país também tem se beneficiado da exploração de recursos naturais (um terço do crescimento do PIB), além da expansão do setor de construção e serviços.
O Banco Mundial, no entanto, adverte que seu déficit fiscal aumentou substancialmente em 2016, levando a dívida pública a quase 70% de seu PIB.
8. Camboja
Graças a um forte crescimento econômico sustentado ao longo de duas décadas, o país do Sudeste Asiático conseguiu alcançar o status de país com renda de classe média-baixa em 2015.
Este ano deverá registrar um aumento de 6,9% do PIB, graças à exportação de vestuário e ao crescimento do turismo.
9. Filipinas
A economia das Filipinas tem sido impulsionada pelo aumento das remessas, o crescimento do crédito e inflação baixa, que favoreceu o consumo.
O PIB do país do leste asiático deverá crescer 6,9% em 2017.
Em 2016, as autoridades aprovaram um plano de desenvolvimento nacional para o período 2017-2022, que prevê um aumento substancial nos gastos públicos. Espera-se que isso acelere a economia.
Ao mesmo tempo, o Banco Mundial espera uma recuperação das exportações.
10. Myanmar
É um dos países com o maior território e menor densidade populacional do Sudeste Asiático.
Sua localização estratégica entre duas das economias mais dinâmicas do mundo - China e Índia - converte Myanmar em polo comercial na região.
O país também desempenha papel importante pela exportação de minério, gás natural e produtos agrícolas.
O Banco Mundial estima que a economia de Myanmar crescerá 6,9% em 2017.
O órgão destaca que o país fez progressos substanciais contra a pobreza nos últimos anos, apesar de permanecer mal colocado em indicadores como expectativa de vida e mortalidade infantil.
Embora a China não apareça na lista dos dez países que mais irão crescer este ano, a segunda maior economia mundial deverá registrar alta de 6,5% do PIB, apoiada no consumo interno e na recuperação das exportações.

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JBS. PORTAL UOL. 17/07/2017. JBS anuncia venda de divisão de confinamento e fazenda no Canadá

A JBS (JBSS3) anunciou nesta sexta-feira (14) a venda de sua operação de confinamento e de uma fazenda em Brooks, no Canadá, para a MFC Holdings por 50 milhões de dólares canadenses (US$ 40 milhões). "O acordo prevê que a MCF irá continuar fornecendo gado para a unidade de produção de carne bovina da JBS Canadá em Brooks", afirmou a JBS em nota ao mercado. (Com Reuters)

PORTAL G1. 16/07/2017. Canadá recruta brasileiros para atuar no setor de TI e usinagem em Québec. Candidatos devem ter domínio da língua francesa e experiência nas áreas oferecidas; salários podem chegar a R$19 mil.
Por Luis Ottoni*, G1

A Agência de Desenvolvimento Econômico do Québec está recrutando 216 profissionais na América Latina das áreas da tecnologia da informação (TI) e usinagem para trabalhar no Canadá. Para concorrer a uma vaga, é necessário ter domínio da língua francesa, idioma oficial da província canadense, e experiência na área preterida.
Os profissionais de TI devem ser tecnólogos em informática ou possuir graduação em Ciência da Computação, Construção de Computadores, Engenharia Elétrica ou Eletrônica. Já para as vagas de usinagem, é necessário ter experiência em operação e programação de máquinas ou soldagem.
Na área de TI, os salários variam de 77 mil a 95 mil dólares canadenses (R$ 194 mil a R$239 mil) canadenses por ano, enquanto na área de usinagem, os valores variam de 45 mil a 65 mil dólares canadenses (entre R$ 113 mil e R$ 163 mil).
De Curitiba para o Québec
O curitibano Felipe Cruz de Lima, 29, embarcou para o Québec em 2015 para trabalhar na Beton Bolduc Inc, uma empresa de cimento e paisagismo. Eletromecânico de formação, Lima se mudou para o Canadá com a esposa e dois filhos e hoje conta com um salário anual médio de 50 mil a 60 mil dólares canadenses (R$ 126 mil a R$ 151 mil).
"As dificuldades que tive foram com a língua e as expressões locais. Mas hoje já me sinto super bem integrado", explica Lima que, antes de se inscrever para a vaga, estudou francês por três anos. O curitibano não vê perspectiva de crescimento dentro da empresa, mas garante que o país está aberto a empreendedores. "Minha esposa, por exemplo, já trabalha com seu negócio próprio, vendendo bolos e doces típicos do Brasil", disse.
Recentemente, o casal entrou com um pedido de residência e aguarda os trâmites do processo. "Qualidade de vida foi o que mais nos motivou em vir pra cá. Não pensamos mais em voltar", disse.
Formada em Ciência da Computação com mestrado em Engenharia da Computação, Tatyana Mendonça, 27, deixou o Recife e se mudou para o Canadá com o marido. Depois de dois anos no no Canadá, Tatyana prestou concurso público e foi aprovada para trabalhar na Revenu Quebec, a Receita Federal do país. "Nós brasileiros somos bem vistos aqui. O pessoal gosta do nosso trabalho, de como somos polivalentes", disse.
Tatyana afirma ver perspectiva de crescimento onde está e também não vê razões para voltar ao Brasil. O marido de Tatyana, que também é formado em Engenharia da Computação, com mestrado em Ciência da Computação, foi selecionado para a mesma vagas. Recentemente, ambos receberam residência permanente do governo canadense.
Processo seletivo
O processo seletivo ocorre através de uma plataforma on-line, onde os candidatos devem enviar currículo já em francês. As inscrições podem ser realizadas até o dia 13 de agosto no site oficial do governo local. Não há custos para participação do processo seletivo e, caso aprovado, a empresa contratante será responsável pelos trâmites em relação a vistos e documentos de residência.
Os candidatos selecionados passarão por uma entrevista via Skype.
As oportunidades em solo canadense têm duração inicial de um a três anos, mas é possível realizar um pedido de renovação ou residência fixa após um ano de trabalho. "O candidato pode participar do PEQ (Programme de l'experience québécoise), que oferece um certificado seleção Quebec e abre as portas para a demanda da residência permanente", disse ao G1 Janaina Kamide, conselheira em atração de talentos da Agência Québec International.
No ano passado, a concorrência para o programa foi de 39 por vaga. "Mas vale lembrar as vagas não foram todas preenchidas. Se o candidato corresponde ao perfil buscado, como experiência, formação e domínio de língua francesa, suas chances de ser contratado aumentarão", disse Janaina.
Descontentes com a conjuntura política e econômica pela qual o país atravessa, o número de brasileiros que saiu do país aumentou 81% entre 2014 e 2016 comparado aos três anos anteriores, de acordo com dados da Receita Federal.
*Sob supervisão de Marina Gazzoni


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LGCJ.: