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July 4, 2017


IBGE. 04/07/2017. Produção Industrial sobe 0,8% em maio

Em maio de 2017, a produção industrial nacional mostrou avanço de 0,8% frente a abril (série com ajuste sazonal). Essa é a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período crescimento de 1,9%, o que elimina a queda de 1,6% observada em março. No confronto com igual mês do ano anterior (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou expansão de 4,0% em maio de 2017, avanço mais intenso desde fevereiro de 2014 (4,8%).

Nos cinco primeiros meses de 2017, o setor industrial acumulou acréscimo de 0,5%. Com o recuo de 2,4% em maio de 2017, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prosseguiu com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).

Indústria registra segunda taxa positiva, mas continua 18,5% abaixo do patamar recorde

Com o crescimento de 0,8% na passagem de abril para maio, a produção industrial nacional registra a segunda taxa positiva consecutiva e acumula um crescimento de 1,9% no período, eliminando a queda de 1,6% observada em março. É o que mostra a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje pelo IBGE.

Todas as atividades econômicas e 17 dos 24 ramos pesquisados tiveram resultados positivos. A principal influência ficou por conta do aumento do número de automóveis e caminhões fabricados, o setor teve um avanço de 9,0%, o mais elevado desde dezembro de 2016 (10,4%).

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, apesar dos últimos resultados positivos, a Indústria ainda está 18,5% abaixo do patamar recorde de produção, registrado em junho de 2013.

“Esse aumento da produção industrial precisa ser relativizado. É claro que houve uma melhora de ritmo, mas ainda há um espaço importante a ser percorrido para a Indústria recuperar as perdas do passado”, comenta André Macedo.

Nos últimos doze meses, a Indústria acumulou recuou de 2,4%. Já o acumulado de 2017 teve um acréscimo de 0,5%. No confronto com maio de 2016, a Indústria cresceu 4,0%.



FENABRAVE. 04/07/2017. Emplacamentos de automóveis e comerciais leves crescem 4,25% no 1º semestre

Com o aumento da média diária de vendas e as boas notícias vindas da área econômica, a Fenabrave reviu suas projeções para 2017.
A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou hoje (4), durante coletiva de imprensa, o desempenho do setor automotivo no mês de junho e do acumulado de 2017.
Para todo o setor da Distribuição de Veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), o mês de junho apresentou retração de 3% em relação a maio (277.194 unidades em junho, contra 285.757 no mês anterior). Na comparação entre os meses de junho 2017 e o mesmo mês de 2016, o setor teve alta de 5,15%.
De acordo com a Fenabrave, no acumulado do ano, houve baixa de 5,48% para todos os setores somados. No primeiro semestre de 2017 foram emplacadas 1.505.453 unidades, contra 1.592.711 no mesmo período de 2016.

Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, ficaram praticamente estáveis, com leve queda de 0,47% em junho em relação ao mês anterior. Foram emplacadas 189.229 unidades, contra 190.122 em maio de 2017. Se comparado com junho do ano passado (166.416 unidades), o resultado aponta alta de 13,71%. No acumulado do ano, esses segmentos cresceram 4,25%. Foram comercializadas 991.475 unidades no 1º semestre de 2017, contra 951.098 no mesmo período de 2016.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., apesar do mês de junho ter tido um dia útil a menos (21 dias contra 22 dias em maio), o crescimento da média diária, em 4,5% para automóveis e comerciais leves, que chegou a 9 mil unidades emplacadas, praticamente, anulou este efeito. “O mês de junho mostrou-se bastante agitado politicamente, gerando, inclusive, uma pequena queda nos índices de confiança de curto prazo. Porém, isso não afetou a tendência de melhora, resultando num encerramento de 1º semestre positivo em 4,25%”, declarou.
Projeções Revisadas:
Durante a coletiva de imprensa, a Fenabrave apresentou novas projeções para o ano 2017.

Com base nos estudos realizados pela Federação, o setor como um todo deverá apresentar pequena queda em 2017, chegando a -1,6% para todos os segmentos somados.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 4,3% sobre os resultados.

Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta retração de 10,2%, sendo -11,5% para caminhões, -5,5% para ônibus e -7,1% para implementos rodoviários.

O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, deverá apresentar retração estimada em 13,5%.

Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de emplacamentos

novos1semestre2017

Transações de Usados cresceram 8,63% no 1ºsemestre
As transações de veículos usados, considerando todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) apresentaram queda de 4,82% em junho, na comparação com o mês anterior. Foram transacionadas 1.211.753 unidades de veículos usados em junho, contra 1.273.117 em maio. Já na comparação com o mês de junho/2016, o resultado geral apresentou alta de 9,82% nos emplacamentos. Também houve crescimento no acumulado do ano. Entre janeiro e junho de 2017 houve alta de 8,63 % sobre o acumulado de 2016.
As transferências de automóveis e comerciais leves usados apresentaram retração de 4,06% em junho, na comparação com o mês anterior. Foram transacionadas 918.741 unidades em junho, contra 957.579 em maio. Em relação a junho/2016, houve alta de 10,47% nas transações destes veículos. No acumulado de 2017, houve crescimento de 9,89% sobre o mesmo período de 2016.
Do total de automóveis e comerciais leves transacionados, os usados (de 1 a 3 anos de fabricação) representaram 14,49% das negociações realizadas em junho, e 13,81% no 1º semestre do ano.
Segundo o presidente da Fenabrave, o mercado de veículos usados continua estável, mantendo sua tendência. "Se comparados os meses de maio e junho, o mês passado apresentou crescimento de 0,5%. Já no acumulado, o semestre fechou em alta de 9,89%, fomentado, em grande parte, pelas operações de troca com troco", comentou o presidente da Fenabrave.
Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de emplacamentos de veículos USADOS para cada segmento automotivo.

usados1Semestre2017

Serasa. 03/07/2017. Consumidor. Número de inadimplentes bate recorde histórico ao atingir 61 milhões. Entre abril e maio deste ano cerca de 1 milhão de consumidores entraram na lista. O ingresso ou a manutenção do nome no cadastro é um dos fatores que faz o score de crédito ser baixo

Em maio de 2017, o número de consumidores inadimplentes no país chegou a 61 milhões, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Trata-se do maior número da série histórica desde 2012. Somente no mês de maio, cerca de 900 mil consumidores ingressaram no cadastro de inadimplência. Em maio do ano passado, eram 59,5 milhões de pessoas na lista. Segundo os economistas da Serasa, o desemprego e a recessão econômica são os principais motivos para os altos índices de inadimplência no país.
O ingresso e a manutenção do nome nos cadastros de proteção, além de restringir diretamente o acesso ao crédito e desorganizar a vida financeira das famílias, também contribui para que o score de crédito do consumidor seja baixo. Os pontos do Serasa Score são resultantes do relacionamento do consumidor com o mercado e vão de zero a 1.000. Cada pessoa é pontuada de acordo com a análise de uma série de fatores, como pagamentos de contas em dia, histórico de dívidas negativadas, relacionamento financeiro com empresas e dados cadastrais atualizados. Quanto mais baixo o score, maiores são as chances de o cidadão não honrar seus compromissos financeiros nos próximos 12 meses ou ter acesso facilitado ao crédito.
Porém, ao deixar a lista de inadimplentes, o consumidor começa a melhorar sua pontuação, conquistando uma reputação melhor junto ao mercado de crédito. “Vale lembrar que cada caso é um caso: a elevação ou decréscimo do score após entrada ou saída da lista de inadimplentes dependerá de uma série de fatores, como valor da dívida, quantidade de parcelas em atraso e quanto tempo aquele CPF permaneceu na lista de inadimplência”, explica Carolina Aragao, diretora do SerasaConsumidor.
Além de limpar o nome, pagar as contas em dia, manter os dados cadastrais atualizados e abrir o Cadastro Positivo ajudam a elevar a pontuação. Acessar o Serasa Score (www.serasascore.com.br) também é uma maneira de fazer o controle do “currículo financeiro”, acompanhando o que o mercado está vendo sobre você. “Entender sua pontuação e o impacto que ela pode causar em seus objetivos de consumo contribuem para a organização de suas finanças”, diz Carolina.

CNI. 03/07/2017. Desempenho da indústria melhora em maio, mas resultado do ano ainda é negativo, informa CNI. Depois das quedas de abril, o faturamento, as horas trabalhadas na produção a massa real de salários e o rendimento dos trabalhadores aumentaram. O emprego teve leve alta de 0,1%

gráfico indicadores industriais de maio 030717

O faturamento da indústria cresceu 5,5%, as horas trabalhadas na produção aumentaram 1,6% e a utilização da capacidade instalada subiu para 77,4% em maio na comparação com abril na série livre de influências sazonais. As informações são dos Indicadores Industriais, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (3).

A pesquisa mostra ainda que os indicadores de mercado de trabalho também ficaram positivos em maio. O emprego teve leve aumento de 0,1%, a massa real de salários  cresceu 0,4% e o rendimento médio real dos trabalhadores subiu 0,7% em maio frente a abril, na série dessazonalizada.

"Esse desempenho favorável ocorre após um mês de números em sua maioria negativos - somente o rendimento médio real havia crescido em abril", observa a CNI. Mesmo assim, na comparação do acumulado entre janeiro e maio com o mesmo período de 2016, todos os indicadores continuam negativos. O faturamento caiu  5,7%, as horas trabalhadas na produção recuaram 3,1%, o emprego diminuiu 4% e a massa real de salários encolheu 4,2%.

Na avaliação do gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a demora na recuperação da indústria mostra a profundidade da crise. "O elevado endividamento das famílias e o aumento do desemprego provocaram forte retração do consumo", afirma Castelo Branco. Ele observa que há sinais positivos, como a queda da inflação e a redução dos juros. "É possível que a indústria tenha um leve crescimento no segundo semestre".

Indicadores Industriais. Maio reverte queda de abril

Todos os índices mostram variações positivas na comparação entre abril e maio de 2017, considerando as séries livres de influências sazonais. Entretanto, na comparação do acumulado do ano até maio em igual período de 2016, as variáveis apresentam queda.



Indicadores Industriais: https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/cc/ec/ccecc0c4-9aae-4ffd-b05a-e59544d3d609/indicadoresindustriais_maio2017.pdf

KANTAR WORLDPANEL. PORTAL G1. 04/07/2017. Cai consumo de fralda, iogurte e lâmina de barbear no Brasil; veja ranking. Com crise, brasileiro passou a racionalizar compras e a substituir itens. Pesquisa da Kantar Worldpanel mostra categorias cujas vendas mais caíram e mais cresceram em 1 ano.
Por Darlan Alvarenga, G1

Em tempos de "dinheiro curto" e altas taxas de desemprego, o brasileiro passou a racionalizar as compras e a substituir alguns produtos por similares mais baratos ou até mesmo por outras categorias. Pesquisa da Kantar Worldpanel, que monitora 11,3 mil lares (representativos de 53 milhões de domicílios), mostra que a composição do carrinho de compras do brasileiro mudou e que, para incluir novas tendências de consumo na "cesta básica", as famílias passaram a comprar menos ou com menos frequência outros itens tradicionais das prateleiras.
Segundo o levantamento, que analisou 96 categorias de alto giro no período de abril de 2016 a março deste ano, os produtos cujas vendas mais cresceram em unidades no último ano foram: chá líquido (+71%), complemento alimentar (+44%), cappuccino solúvel (+25%), molho para salada (+25%) e água de coco (19%).
Na outra ponta, as maiores quedas foram registradas nas vendas de petit suisse ou queijinhos (-39%), fraldas descartáveis (-28%), iogurte (-15%), lâminas de barbear (-12%) e inseticidas (-11%).
Confira abaixo as 10 categorias cujas vendas mais caíram e as 10 cujas vendas mais cresceram no país, na média geral e por faixa etária:



Para a diretora de Negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira, a pesquisa mostra que, além de trocas, está ocorrendo uma racionalização do consumo pelos brasileiros.
De acordo com a empresa de pesquisa e consultoria, o volume de compras dentro dessa cesta de categorias segue sem crescimento significativo desde 2015. No último ano, a alta média em número de unidades adquiridas foi de 2,8%.
"Em crises anteriores, buscava-se a marca de baixo preço. Agora, o bolso está muito mais apertado, mas o consumidor não quer abrir mão de categorias que estão facilitando a vida deles. Se ele enxergar um benefício claro, ele paga e racionaliza em outra coisa", explica Christine.
Ela destaca que os produtos cujas vendas mais cresceram no último ano – chá líquido, complemento alimentar, cappuccino e molho para salada – têm em comum o apelo à praticidade, à saúde e à inovação. "O consumidor quer saudabilidade, mas também quer custo-benefício e que seja fácil de fazer", diz.
Segundo os últimos dados disponíveis da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcóolicas (Abir), a produção de chás prontos no Brasil cresceu 8,8% em 2015, ao passo que a produção de sucos prontos e néctares caiu 3,7% na variação anual. Já a de refrigerantes recuou 6,1%.
Em termos de participação de mercado, entretanto, o volume de chá produzido anualmente ainda é pequeno, de cerca de 150 milhões de litros, o equivalente a apenas 12% do total da categoria sucos, e inferior até mesmo ao de bebidas a base de soja ( 207 milhões de litros/ano).



Produtos em baixa
No caso dos iogurtes, cujo consumo se popularizou nos últimos anos, a diretoria explica que apesar da queda, a penetração do produto nos domicílios permaneceu praticamente a mesma, caindo de 93% para 92%.
"O que caiu foi a frequência de compra. Não se compra mais todo mês", explica. "O bolso do brasileiro está muito apertado. Então ele está tendo que priorizar as escolhas e racionalizar em alguns outros itens", completa, citando também o aumento das vendas de opções de proteína mais baratas que carne como linguiças e presuntaria.
Procuradas pelo G1, Danone e Nestlé não quiseram comentar a queda das vendas de iogurtes e petit suisses.
Com o prolongamento da crise e retomada lenta da economia, as vendas nos supermercados seguem fracas no Brasil. Segundo os dados da associação que representa o setor, a Abras, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as vendas reais (descontada a inflação) avançaram apenas 0,61%.
Brasileiro passa a fazer menos barba
No caso das lâminas, a racionalização significa fazer o produto durar mais, segundo a coordenadora da pesquisa. "Ela deixa de ser descartável e passa a ser usada mais vezes", afirma Christine.
O gerente de lâminas da BIC, Rodrigo Iasi, confirma as tendências apontadas pela Kantar. Segundo ele, com o aumento do desemprego o brasileiro passou a fazer menos a barba. "As pessoas quando não estão trabalhando, tendem a cuidar menos da aparência e a fazer menos barba. De uma frequência de quase três vezes por semana, a média no país caiu para quase duas", afirma.
Segundo ele, a queda do consumo de lâminas também reflete o maior número de homens que passaram a adotar barba e a tendência de fazer o corte em barbearias em vez da própria casa, mas segundo o executivo, o impacto desses fatores ainda é marginal.
A BIC afirma, no entanto, ter conseguido aumentar as suas vendas e sua participação no mercado de lâminas no último ano para 24%, em razão da procura por aparelhos de barbear mais baratos como os descartáveis.
Já a P&G, fabricante da líder de mercado Gillette, afirmou que a queda da categoria "está totalmente em linha com o mercado, seguindo as projeções referentes à queda no PIB (Produto Interno Bruto)" e avaliou que as mudanças na cesta de consumo do brasileiro é "consequência da transformação dos hábitos de compra".
Menos bebês, menos fraldas
Já a queda do consumo de fraldas descartáveis estaria relacionada a outros fatores diferentes da racionalização e do dinheiro mais curto. Segundo a P&G, dona da marca líder de mercado Pampers, inovações têm permitido que "a absorção dos produtos seja tão superior a ponto de precisarem de um pouco menos de troca de fraldas".
Segundo a fabricante, outra explicação para o volume menor de vendas é "a queda de natalidade, fator que vem sendo recorrente no Brasil".
Dados sobre nascimentos no Brasil indicam que a epidemia de zika também pode ter impactado nos planos de gravidez no último ano. Levantamento do G1 mostrou uma redução do número de nascidos vivos a partir do segundo semestre de 2016 em todo o país, em comparação com os anos anteriores, precisamente 9 meses depois do início da emergência por zika e microcefalia no país. No comparativo do total de nascimentos no 2º semestre de 2016 ante o mesmo período de 2015, a queda foi de cerca de 10%.

USP. FIPE. REUTERS. 04/07/2017. IPC-Fipe volta a subir em junho com alta de 0,05%

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo encerrou junho com alta de 0,05 por cento, revertendo a queda de 0,05 por cento vista no mês anterior, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.

Ainda assim, o dado de junho ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,08 por cento.

O resultado teve como destaques a alta de 0,88 por cento dos preços de Habitação após queda de 0,36 por cento em maio, representando um peso de 0,2733 ponto percentual sobre o índice.

Por outro lado, os preços de Alimentos registraram uma queda ainda maior, passando de uma deflação de 0,21 por cento em maio para um recuo de 0,83 por cento em junho.

(Por Camila Moreira)

STRATEGY&. PORTAL G1. JORNAL VALOR ECONÔMICO. 04/07/2017. Empresas investem em inovação, com perspectiva de. sair da crise
Por Felipe Datt e Guilherme Meirelles

As empresas instaladas no país que se destacam no campo da inovação mantiveram ou ampliaram investimentos nessa área, com a perspectiva de sair da recessão. A conclusão é do diretor da Strategy&, Eduardo Fusaro, ao analisar os números da pesquisa feita pela consultoria para a terceira edição do anuário Valor Inovação Brasil que premiou ontem as companhias mais inovadoras do país.

O percentual de empresas que investem mais que 5% da receita líquida em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) aumentou de 20% para 24%. Já entre aquelas que investem entre 3% e 5% houve estabilidade nos aportes. A comparação foi feita com base nas 108 empresas que participaram do ranking do anuário nos dois últimos anos.

Esses números se alinham à Pesquisa de Inovação (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com o recorte temporal diferente - entre 2011 e 2014 - o resultado também aponta estabilidade no percentual de empresas que investiram em inovação na comparação com o triênio anterior - 36% e 35,7%, respectivamente.

A dúvida que permanece é se a continuidade da crise econômica e política afetará o crescimento das práticas inovadoras das empresas brasileiras. Previsões informais sugerem que os investimentos do Brasil em P&D, que beiravam 1,2% do PIB devem cair para 1% neste ano.

"Se você pensar nas consequências disso para uma economia de baixo desempenho como a brasileira, é um tempo que dificilmente conseguiremos recuperar", diz Glauco Arbix, professor titular do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Observatório da Inovação.



Para o grupo que integra o ranking das 150 empresas mais inovadoras do país, o tema ganha importância. A inovação está entre as três prioridades estratégicas de 85% das companhias. Para 20% dos participantes do ranking do Valor, a inovação é a principal estratégia. "É na crise que as práticas inovadoras se mostram mais valiosas. Quem ficar de fora da transformação digital perderá tempo e competitividade", afirma Rafael Aymone, líder do Centro de Pesquisa Global da GE na América Latina.

Um dos efeitos da crise é o contingenciamento de recursos. O orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) foi reduzido em 44%. Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encolheram 40% em 2016, comparado ao recorde de R$ 6,02 bilhões em 2015.

Outro vetor de fomento à ciência e inovação, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do qual a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) é braço executivo, também sofre com o contingenciamento. "Existem atualmente duas Fineps", resume Marcos Cintra, presidente da agência.

De um lado, a "Finep banco", com R$ 6 bilhões em caixa e demanda retraída pela crise. De outro, a Finep que fomenta universidades e laboratórios e que convive com o forte contingenciamento do FNDCT. São R$ 700 milhões em caixa, muito abaixo do orçamento de R$ 4 bilhões do passado. "Hoje, o fundo não alimenta a ciência e a tecnologia, mas o superávit primário do governo", lamenta Cintra.

Na avaliação de Alessandro Mendes, diretor de pesquisa avançada e inovação da Natura, o encolhimento do investimento público é muito grave pois pode significar perda de competitividade no cenário nacional e global. "Precisamos de uma política de Estado forte e perene em favor da inovação no país. Nesse sentido, a preservação dos incentivos fiscais previstos na Lei do Bem é essencial como estratégia de reforço dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento", disse.

Diante desse cenário, a análise da pesquisa feita para o anuário Valor Inovação Brasil mostra que a maneira de inovar ganha novos contornos. É cada vez mais comum a parceria com instituições tecnológicas e de pesquisa, universidades, ONGs e outras organizações. É crescente também o envolvimento de startups com grandes empresas. Das empresas participantes do ranking, 67% fomentam parcerias externas de forma regular e 19% de forma esporádica.

Para Fusaro, da Strategy&, essa estratégia, além de mitigar riscos e pulverizar investimentos, reflete a complexidade do que precisa ser inovado. As empresas, diz ele, buscam fora de casa expertises e capacitações necessárias para alavancar suas estratégias de inovação.

PETROBRÁS. 04/07/2017. Formamos Aliança Estratégica com a CNPC

Nosso presidente, Pedro Parente, e o vice-presidente da CNPC e presidente da PetroChina, Wang Dongjin, assinaram hoje, em Beijing, um Memorando de Entendimento para iniciar tratativas referentes a uma parceria estratégica.

A partir desse Memorando de Entendimento, as empresas se comprometem a avaliar, conjuntamente, oportunidades no Brasil e no exterior em áreas-chaves de interesse mútuo, beneficiando-se de suas capacidades e experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás, incluindo potencial estruturação de financiamento.

Para nós, a realização de parcerias é uma estratégia importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021. As parcerias estratégicas têm como benefícios potenciais o compartilhamento de riscos, o aumento da capacidade de investimentos na cadeia de óleo e gás, o intercâmbio tecnológico e o fortalecimento da governança corporativa. Para a CNPC, a parceria conosco reforça o interesse em investir e aumentar suas atividades no Brasil.

Petrobras e CNPC: Desde 2013, nós e a CNPC somos parceiros na área de Libra, primeiro contrato pelo regime de partilha de produção, localizada no pré-sal da Bacia de Santos.

CNPC

A CNPC é a maior corporação integrada de O&G da China, com atividades nos setores de upstream, midstream, downstream, marketing e comercialização, prestação de serviços petrolíferos, engenharia, construção e fabricação de equipamentos. A CNPC tem presença em mais de 70 países.

BROOKFIELD. REUTERS. 03/07/2017. Brookfield formaliza oferta pelo controle da Renova Energia, dizem fontes
Por Guillermo Parra-Bernal

SÃO PAULO (Reuters) - A canadense Brookfield Asset Management apresentou nesta segunda-feira uma oferta formal pelo controle da Renova Energia, que incluiria 800 milhões de reais em capital novo para a empresa de energias renováveis, disseram duas pessoas com conhecimento da situação.

Sob os termos do negócio, o grupo liderado pela Brookfield compraria a fatia de 16 por cento que a Light tem na Renova a um equivalente a 9 reais por unit, disseram as fontes. Uma unit compreende uma mistura de ações ordinárias e preferenciais da Renova.

A compra permitiria que a Light deixasse o bloco controlador da Renova, que também é formado pela Cemig e pela RR Participações. A partir disso, o grupo liderado pela Brookfield então aplicaria 800 milhões de reais na Renova, efetivamente diluindo a RR e a estatal mineira, segundo as fontes.

A Brookfield, uma gigante com grandes investimentos imobiliários e em infraestrutura no Brasil, também exige diretos totais de controle sobre a Renova, disseram as pessoas, que pediram anonimato para discutir os termos da proposta, que continua privada.

A Renova não quis comentar, assim como a assessoria de imprensa da Brookfield em São Paulo e as demais companhias. A Reuters publicou em 12 de maio que as conversas entre Renova e Brookfield estava em fase avançada.

As units da Renova se valorizaram 18 por cento neste ano, por conta de otimismo que um comprador possa tirar a companhia de problemas financeiros.

As condições de financiamento para a Renova, que foi fundada em 2001, têm piorado significativamente desde o fracasso de uma parceria com a norte-americana SunEdison, após a elétrica estrangeira entrar em recuperação judicial nos EUA.

A Reuters publicou ainda em abril do ano passado que a Renova buscava um novo sócio para injetar capital na companhia.


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ESPECIAL
BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA EM JUNHO/2017


MDIC. 03/07/2017. Com recorde de US$ 36,2 bi no primeiro semestre, governo projeta superávit anual de US$ 60 bi. Junho também obteve recorde histórico ao registrar o melhor resultado para o mês de toda a série histórica

Brasília (3 de julho) – A balança comercial brasileira acumulou recorde histórico de US$ 36,219 bilhões no primeiro semestre de 2017, valor 53,1% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, o que representa o melhor resultado de toda a série histórica, iniciada em 1989. O desempenho recorde se repete na avaliação isolada do mês de junho, cujo superávit (US$ 7,195 bilhões) também foi o melhor da série histórica.

O resultado do semestre provocará uma revisão na previsão de saldo anual de 2017. “A nossa previsão para 2017 era de pouco mais de US$ 55 bilhões. Considerando que em seis meses chegamos a quase US$ 40 bilhões, é possível prever superávit aproximado de US$ 60 bilhões para este ano”, afirma o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

O resultado divulgado hoje sinaliza também o reaquecimento da economia, na avaliação do ministro. “Os números mostram o crescimento da economia e consequentemente a geração de empregos que é o nosso grande desafio”, completa.

Semestre

No semestre, houve crescimento tanto nas exportações quanto nas importações. “Diversos produtos tem apresentado bom desempenho nas exportações, tanto agrícolas, minerais, industrializados como automóveis, semimanufaturados de ferro, aço, veículos de carga”, afirmou Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação. “Há também uma recuperação das importações, principalmente de bens intermediários, de insumos para a agricultura e petroquímica. Isso é um primeiro sinal da recuperação da economia”, acrescentou.

As exportações apresentaram valor de US$ 107,7 bilhões. Sobre 2016, o número representa crescimento de 19,3%, pela média diária. Já as importações somaram US$ 71,5 bilhões, 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 66,6 bilhões). Com isso, corrente de comércio alcançou US$ 179,2 bilhões, o que equivale a 14,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado (US$ 156,9 bilhões), pela média diária.

No acumulado de janeiro a junho deste ano, houve crescimento nas exportações de produtos básicos (+27,2%), semimanufaturados (+17,5%) e manufaturados (+10,1%). Em destaque, o crescimento de receita de petróleo em bruto (+128,2%), no grupo dos básicos, aumento nas vendas de semimanufaturados de ferro/aço (+70,6%), além do comércio de óleos combustíveis (+122%) e veículos de carga (+59,2%) e de passageiros (+52,8%), entre os manufaturados.

Os principais países de destino foram: China (US$ 28,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 12,9 bilhões), Argentina (US$ 8,3 bilhões), Países Baixos (US$ 4,7 bilhões) e Chile (US$ 2,5 bilhões).

As importações no período tiveram desempenho positivo puxado especialmente pelo crescimento na compra de combustíveis e lubrificantes (+30,1%), bens intermediários (+13,0%) e bens de consumo (+5,3%). Em compensação, caíram as compras de bens de capital (-27,6%).

Os principais países de origem das importações foram China (US$ 12,51 bilhões), Estados Unidos (US$ 12,50 bilhões), Argentina (US$ 4,6 bilhões), Alemanha (US$ 4,4 bilhões) e  Coreia do Sul (US$ 2,6 bilhões).

Junho

O mês de junho deste ano obteve maior saldo comercial em relação ao mesmo período, em todos os anos da série histórica, iniciada em 1989. O saldo comercial apresentou superávit de US$ 7,195 bilhões, valor 81,3% superior a igual período de 2016, US$ 3,969 bilhões. O mês obteve também o segundo melhor resultado, para meses, de toda a série. Fica somente atrás de maio de 2017.

As exportações totalizaram US$ 19,788 bilhões, o que representa um crescimento de 23,9% sobre junho de 2016, e de 4,7% em relação a maio de 2017, pela média diária. Já as importações somaram US$ 12,593 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, apresentaram aumento de 3,3%, e de 8,8% sobre maio de 2017, pela média diária.

No período, a corrente de comércio alcançou valor de US$ 32,381 bilhões, crescimento de 15,0%, pela média diária, sobre o ano anterior.

Carne

Apesar das restrições importas à carne brasileira pelo mercado americano, em junho, o impacto no conjunto global de exportações do produto foi baixo. Os EUA representam cerca de 2% dos embarques nacionais do produto in natura.

A exportação para os EUA de carne bovina in natura representou cerca de 2% da exportação brasileira desse tipo de produto. O Brasil exporta para mais de 160 países e o mercado norte-americano havia sido aberto esse ano e apresentou redução de 4,5 mil toneladas em maio para 2,4 mil toneladas em junho. Na avaliação, global, entretanto, o impacto não é significativo.

Segundo Herlon Brandão, a variação nas exportações de carne, no semestre, se deu graças a uma redução nos embarques para o Egito, quarto maior destino comprador do produto brasileiro no ano passado. “O país enfrenta restrições relacionadas a divisas externas, nenhuma relação com questões sanitárias”, explicou.

MDIC. PORTAL G1. 03/07/2017. Balança comercial tem melhor 1º semestre em 29 anos com superávit de US$ 36 bi. Resultado foi divulgado nesta segunda pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Quantidade de produtos exportados e aumento nos preços influenciaram os números.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

O Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou nesta segunda-feira (3) que a balança comercial registrou superávit (exportações maiores que importações) de US$ 36,21 bilhões no primeiro semestre deste ano.
O resultado representa o maior superávit para este período desde o início da série histórica do MDIC (1989), ou seja, o melhor resultado para o primeiro semestre em 29 anos. Até então, o maior saldo positivo havia sido registrado no ano passado (US$ 23,65 bilhões).
Segundo o governo, nos primeiros seis meses deste ano, as exportações somaram US$ 107,71 bilhões, com média diária de US$ 868 milhões (alta de 19,3% sobre o mesmo período do ano passado).
As importações somaram US$ 71,49 bilhões, ou US$ 576 milhões por dia útil (aumento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2016).
O valor registrado nas exportações é resultado de dois fatores: quantidade exportada e o preço do produto.
No primeiro semestre de 2017, a quantidade de produtos exportados subiu 1,8% na comparação com o ano passado, mas o preço dos produtos brasileiros ficou bem maior: 17,6%.
Mês de junho
Os dados oficiais mostram que o mês de junho também registrou superávit. No mês passado, as exportações superaram as importações em US$ 7,19 bilhões.
Com isso, foi o melhor junho desde o início da série histórica. Também foi o segundo melhor mês de todos, perdendo apenas para maio deste ano - quando o saldo positivo somou US$ 7,66 bilhões.
Segundo o governo, as exportações somaram US$ 19,78 bilhões em junho e, com isso, tiveram um aumento de 23,6% sobre o mesmo mês de 2016. A média diária de exportações, por sua vez, somou US$ 942 milhões.
Os produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados registraram aumento de vendas nesta comparação, informou o Ministério da Indústria.
Os dados do governo mostram também que as importações continuaram subindo. No mês passado, avançaram 3,3%, na comparação com junho de 2016, para US$ 12,59 bilhões. A média diária de importações somou US$ 599 milhões em maio.
Cresceram, no último mês, as compras de combustíveis, bens intermediários e bens de consumo, mas recuaram as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos para produção).

Previsões para 2017
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa do Banco Central, é que o saldo positivo da balança comercial neste ano supere o de 2016. O MDIC e a própria autoridade monetária também estimam uma melhora no saldo comercial.
A previsão dos analistas é de superávit de US$ 58,75 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior em 2017. No ano passado, o saldo positivo ficou em US$ 47,7 bilhões e bateu recorde.
Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 51 bilhões para este ano, com exportações em US$ 200 bilhões e importações no valor de US$ 149 bilhões.
O Ministério do Desenvolvimento informou nesta segunda-feira (3) que subiu de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões sua estimativa para o superávit comercial deste ano.

MDIC. REUTERS. 03/07/2017. Brasil tem superávit comercial recorde para junho, de US$7,2 bi

BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 7,195 bilhões de dólares em junho, melhor resultado para o mês desde o início da série histórica em 1989, fechando o segundo trimestre com saldo positivo de 21,821 bilhões de dólares, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O resultado do mês ficou em linha com a expectativa de superávit de 7 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters com analistas, e veio principalmente da expressiva alta nas exportações, que avançaram 23,9 por cento na comparação anual, pela média diária, a 19,788 bilhões de dólares.

Com isso, as vendas de produtos brasileiros deram sequência ao comportamento visto nos últimos meses, em parte impulsionadas por melhores preços de commodities na comparação com igual período de 2016.

As importações também cresceram em junho, mas em ritmo bem mais modesto, em meio à recuperação ainda fraca da economia brasileira. A alta foi de 3,3 por cento sobre igual mês do ano passado, também pela média diária, a 12,593 bilhões de dólares.

No acumulado do primeiro semestre, a balança comercial teve um saldo positivo de 36,219 bilhões de dólares --recorde para o período.

Em função dos expressivos resultados alcançados até agora, o ministério já havia melhorado sua expectativa para o ano, com projeção de saldo positivo de 55 bilhões de dólares nas trocas comerciais, sobre cerca de 50 bilhões de dólares anteriormente. Se confirmado, este será o melhor desempenho já entregue pelo Brasil.

DESTAQUES DE JUNHO

Do lado das exportações, houve aumento expressivo nos embarques de básicos (+28,5 por cento), semimanufaturados (+28,2 por cento) e manufaturados (+16,1 por cento) em junho sobre um ano antes.

Os destaques ficaram por conta das vendas de petróleo em bruto, que saltaram 114,1 por cento na mesma base de comparação, a 2 bilhões de dólares, e de minério de ferro, que cresceram 32,2 por cento, a 1,4 bilhão de dólares. Com importante peso na balança, as exportações de soja em grão também subiram 18,2 por cento sobre junho do ano passado, a 3,4 bilhões de dólares.

Mesmo após os Estados Unidos terem suspendido em meados do mês passado a importação de carne bovina in natura do Brasil após alta porcentagem de embarques não terem passado pelos testes de segurança, as vendas de carne bovina brasileira, de maneira geral, subiram 16,6 por cento em junho sobre igual mês do ano passado, a 422 milhões de dólares.

As importações no mês tiveram comportamento menos uniforme. De um lado, as compras de bens de capital caíram 50,5 por cento e, de outro, subiram as compras de combustíveis e lubrificantes (62,4 por cento), bens intermediários (+13,6 por cento) e bens de consumo (+7,6 por cento).

(Por César Raizer e Marcela Ayres)

MDIC. REUTERS. 03/07/2017. Ministério eleva projeção de superávit comercial do Brasil a US$60 bi neste ano

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) elevou neste segunda-feira sua projeção para o saldo da balança comercial brasileira neste ano a 60 bilhões de dólares, 5 bilhões de dólares a mais do que a estimativa anterior e que, se confirmado, será novo recorde para o país.

"Com o crescimento para praticamente todos os mercados e uma tendência que deve continuar forte para o segundo semestre, esperamos que tenha esse resultado recorde", afirmou a jornalistas o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do ministério, Herlon Brandão.

(Por César Raizer)

MDIC. PORTAL G1. AGÊNCIA ESTADO. 03/07/2017. Exportação de carne bovina e suína cresce em junho. A venda de proteína in natura de frango para outros países, no entanto, recuou em relação a junho de 2016.

As exportações de carne bovina e suína in natura pelo Brasil cresceram em volume e em receita em junho na comparação com junho do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
A venda externa de proteína in natura de frango, no entanto, recuou na mesma base de comparação, embora tenha crescido em relação a maio.
Em carne bovina in natura foram exportadas 100,2 mil toneladas nos 21 dias úteis de junho, 3,73% a mais ante as 96,6 mil toneladas de junho do ano passado (22 dias úteis). O volume é ainda 10,8% superior às 90,4 mil toneladas embarcadas em maio último (22 dias úteis).
A receita com as vendas externas de carne bovina somou US$ 422,3 milhões, 11,3% maior do que os US$ 379,6 milhões obtidos em junho de 2016 e alta de 10,3% ante os US$ 382,8 milhões de maio. O preço médio pago pela tonelada subiu 7,2% ante junho de 2016, para US$ 4.214, e ficou 0,5% menor em relação à média de maio.
Os embarques de carne de frango in natura somaram 343,6 mil toneladas, 10,8% a menos ante junho de 2016, quando foram embarcadas 385,3 mil toneladas. Na comparação com maio, quando o País exportou 319,1 mil toneladas, houve crescimento de 7,7%.
O faturamento atingiu US$ 560,9 milhões, 7,3% abaixo dos US$ 605,2 milhões registrados em igual período de 2016, mas aumento de 6,3% em relação à receita de maio. O preço médio da tonelada embarcada, de US$ 1.632, ficou 4% acima em relação ao registrado em igual período de 2016, mas 1,3% abaixo do de maio.
As vendas externas de carne suína in natura totalizaram 54 mil toneladas, 1,3% acima das 53 mil toneladas embarcadas em junho de 2016 e alta de 30% ante as 41,7 mil toneladas de maio deste ano. A receita somou US$ 141,5 milhões, incremento de 25,2% ante o registrado em igual mês do ano passado e aumento de 26% ante maio. No mês passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 2.620, alta de 23,7% ante junho de 2016 e queda de 2,6% ante maio.
Acumulado
No primeiro semestre de 2017, as vendas de carne bovina totalizaram 525,486 mil toneladas, ante 573,351 mil toneladas em igual período do ano passado. Já o faturamento ficou em US$ 2,179 bilhões este ano, valor 2,1% menor que os US$ 2,226 bilhões obtidos entre janeiro e junho de 2016.
Em relação às vendas externas de carne de frango in natura, houve alta de 4% no volume acumulado até junho, no comparativo anual, para 2,143 milhões de toneladas (ante 2,060 milhões). Em faturamento, o avanço foi de 7%, de US$ 2,957 bilhões para US$ 3,172 bilhões.
Também no acumulado do ano, as exportações de carne suína in natura avançaram 29%, atingindo US$ 740,25 milhões ante US$ 573,649 milhões em 2016. Em volume, o recuo foi de 2,45%, passando de 301,175 mil toneladas para 293,73 mil toneladas.

MDIC. REUTERS. 03/07/2017. Exportação de carne bovina do Brasil cresce em junho; vendas aos EUA diminuem

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - As exportações de carne bovina in natura pelo Brasil cresceram em volumes e valores em junho deste ano na comparação com maio e em relação ao mesmo mês do ano passado, em um período em que a imagem do produto brasileiro foi abalada pela suspensão das vendas brasileiras para os Estados Unidos.

Os EUA suspenderam os embarques do produto brasileiro no dia 22 de junho, alegando problemas sanitários. Ainda que as exportações para aquele país tenham ficado abertas na maior parte do mês, as vendas de carne in natura aos EUA ao final do período caíram para 10,4 milhões de dólares, ante 19 milhões de dólares em maio, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira.

Os negócios do produto in natura com os EUA, que só começaram no segundo semestre do ano passado, ainda representam um percentual pequeno em relação ao total que o Brasil exporta, com a suspensão ao produto nacional pelos norte-americanos tendo muito mais impacto na imagem do que financeiro para a indústria.

Ao todo, o Brasil exportou para todos países em junho o equivalente a 422,3 milhões de dólares de carne in natura, ante 382,8 milhões de dólares em maio e 379,6 milhões em junho de 2016, segundo a Secex.

Os embarques totais do Brasil totalizaram 100,2 mil toneladas em junho, aumento de 10,8 por cento na comparação com os 90,4 mil toneladas de maio e de 3,7 por cento frente os 96,6 mil toneladas de igual mês do ano passado.

O valor médio apurado em junho com os embarques foi de 4.214 dólares por tonelada de carne bovina in natura, contra 4.235,5 dólares em maio e 3.929,2 dólares em junho do ano passado.

Questionado sobre o impacto da suspensão dos EUA, o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, evitou comentar o assunto.

Ele lembrou que uma missão do governo brasileiro deve ir aos EUA em julho para apresentar explicações aos norte-americanos e tentar reverter a suspensão.

"Eu não tenho detalhes, mas isso vai ser negociado", afirmou ele a jornalistas.

O Brasil é o maior exportador global de carne bovina.

AÇÚCAR

As exportações de açúcar bruto pelo Brasil, também o maior exportador global, dispararam em junho para 2,63 milhões de toneladas. O volume é 32,6 por cento maior na comparação com maio e 13,4 por cento superior em relação a junho de 2016.

O período coincide com o pico de safra no centro-sul do Brasil, região que responde por 90 por cento de toda a produção nacional da commodity.

GRÃOS

De acordo com a Secex, as exportações de soja estão se desacelerando após recordes em alguns meses no primeiro semestre.

Em junho, foram embarcados 9,2 milhões de toneladas da oleaginosa, ante quase 11 milhões em maio.

A quantidade, porém, ainda supera os 7,76 milhões de igual momento do ano passado, refletindo a safra robusta deste ano.

Em contrapartida, as exportações de milho, cuja segunda safra está em fase de colheita, começam a deslanchar.

Em junho, o Brasil embarcou 563,2 mil toneladas de milho, ante 310 mil toneladas em maio. Há um ano, foram 19,3 mil toneladas.

(Por José Roberto Gomes e César Raizer)

MDIC. PORTAL G1. REUTERS. 03/07/2017. Exportação de petróleo do Brasil cresce 67% em junho, perto de recorde mensal. Vendas para fora do país foram impulsionadas pelo forte crescimento da produção nas áreas do pré-sal.

As exportações de petróleo do Brasil em junho saltaram 67% ante o mesmo mês de 2016, para 6,195 milhões de toneladas, muito próximo do recorde histórico registrado em fevereiro deste ano, com o impulso do forte crescimento da produção da commodity nas áreas do pré-sal e enquanto refinarias no país registram baixos índices de utilização.
Em relação a maio, as vendas no sexto mês do ano cresceram 75%, mostraram dados publicados nesta segunda-feira (30) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em fevereiro, as vendas externas de petróleo do país haviam somado recorde de 6,23 milhões de toneladas.
Ainda não há dados públicos sobre a produção de petróleo em junho, mas dados da agência reguladora do setor de petróleo (ANP) apontaram para uma alta de 6,7% da extração em maio, ante um ano antes, para 2,653 milhões de barris por dia (bpd), diante da entrada em operação de uma nova plataforma.
Em coletiva de imprensa na sexta-feira (30), executivos da Petrobras explicaram que o parque de refino da empresa está com um nível baixo de utilização, devido a um grande volume de importações de combustíveis por empresas concorrentes, que vêm ganhando mercado da estatal.
A receita do Brasil com as exportações de petróleo em junho, por sua vez, dobrou ante o mesmo mês do ano anterior e avançou 82% ante maio, para US$ 1,975 bilhão.
Além da Petrobras, estão entre os principais produtores no pré-sal a anglo-holandesa Shell --que após a aquisição da BG passou a responder por cerca de 10% da extração nacional de petróleo--, a Petrogal, da Galp, e a sino-espanhola Repsol Sinopec.

MDIC. REUTERS. 03/07/2017. Importação brasileira de diesel bate recorde apesar de queda nas vendas locais
Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As importações brasileiras de diesel saltaram no acumulado do ano até maio, registrando um recorde histórico em um período em que as vendas no mercado interno estão em baixa, indicando queda de participação de mercado da Petrobras.

Nos primeiros cinco meses do ano, as importações de diesel cresceram 60 por cento ante o mesmo período do ano anterior, para o nível histórico de 4,44 bilhões de litros, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados ao final da última semana.

Com a queda nos preços no mercado internacional e valores mais altos praticados pela Petrobras, outras empresas aproveitaram a oportunidade para elevar suas importações de combustíveis.

Em contrapartida, as vendas de diesel no mercado doméstico caíram 2 por cento nos primeiros cinco meses do ano, para 21,6 bilhões de litros, devido à situação econômica do país.

Já em maio, as importações cresceram 20,8 por cento, para 803,5 milhões de litros, enquanto as vendas de diesel avançaram apenas 2,5 por cento, para 4,6 bilhões de litros.

Os dados, publicados pela ANP, ilustram os argumentos apresentados pela Petrobras, na última sexta-feira, para justificar uma revisão de sua recente política de preços, lançada em outubro de 2016.

A mudança, segundo a empresa, permitirá reajustes mais frequentes de valores de gasolina e diesel, como forma de buscar preços competitivos, colocando dificuldades para concorrentes ganharem mercado com o combustível importado.

Desde outubro, a empresa estava revisando pelo menos uma vez ao mês os preços do diesel e da gasolina, em resposta a uma antiga demanda de analistas que gostariam de ver a petroleira operar os valores dentro da lógica de mercado, deixando para trás a interferência histórica do governo neste segmento.

No entanto, ao longo dos últimos meses, a empresa avaliou que a frequência dos reajustes de preços não foi eficaz para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados.

Segundo dados da Petrobras, as importações por terceiros deverão registrar em junho alta de 25 por cento, para 1,2 bilhão de litros.

No caso da gasolina A (antes da adição de etanol anidro), as importações nos primeiros cinco meses do ano cresceram 120,7 por cento ante o mesmo período de 2016, para 2,25 bilhões de litros, o maior volume para o período desde 2013.

Enquanto isso, as vendas de gasolina C (com a adição de etanol anidro) nos postos de gasolina cresceram 6,5 por cento nos primeiros cinco meses do ano, para 18,649 bilhões de litros, diante de uma queda da competitividade do etanol hidratado, seu concorrente nas bombas.

(Por Marta Nogueira)

ANEC. REUTERS. 03/07/2017. Anec eleva previsão de exportação de milho do Brasil para 30 mi t em 2017

SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projetou nesta segunda-feira que os embarques brasileiros de milho deverão atingir cerca de 30 milhões de toneladas em 2017, acima das 28 milhões de toneladas estimadas em maio.

A revisão para cima leva em consideração uma safra maior e a melhora na comercialização do produto, disse a Anec à Reuters.

"Os embarques de milho no último mês de junho foram muito acima da média, totalizando 977 mil toneladas exportadas, sendo este o maior volume já registrado para o mês, o que traz grande confiança ao setor exportador de que este ano deverá concretizar a retomada do mercado perdido no ano anterior", afirmou a Anec em nota.

No acumulado do primeiro semestre, as exportações de milho totalizaram 3 milhões de toneladas, muito próximo ao volume exportado no primeiro semestre de 2015, ano em que foi registrado o maior volume de exportação de milho pelo Brasil, com 30,7 milhões de toneladas, salientou a associação.

Apesar dos baixos preços no mercado, a realização dos leilões de prêmio pelo governo federal para produtores de Mato Grosso contribuiu para alavancar a comercialização do grão, disponibilizando o produto para exportação, disse a associação.

A Anec lembrou ainda que os produtores de Goiás e Mato Grosso do Sul também devem ser contemplados pelos programas de apoio do governo.

"Para o mês de julho, grandes volumes de milho para exportação devem chegar aos portos do país, iniciando com maior intensidade os embarques", disse.

Um total de 2,7 milhões de toneladas de milho já está programado para embarque neste mês, acrescentou.

SOJA

O mês de junho manteve o alto volume das exportações de soja, encerrando com um total de 8,3 milhões de toneladas embarcadas no mês.

Com isso, as exportações brasileiras de soja totalizaram 45,5 milhões de toneladas no primeiro semestre, sendo este o maior volume já registrado no período.

"A eficácia dos portos brasileiros tem sido colocada à prova neste ano, com movimentação de grãos acima das médias dos últimos anos, e estes vêm respondendo de maneira extremamente positiva."

Em julho, a Anec estima exportação de aproximadamente 7 milhões de toneladas, das quais 4,2 milhões já se encontram programadas para embarque pelos diferentes portos do país.

A Anec estimou ainda embarques de soja em 2017 entre 61 milhões e 62 milhões de toneladas, um novo recorde.

(Por José Roberto Gomes e Roberto Samora)

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PROMOÇÃO COMERCIAL

APEX-BRASIL. 03/07/2017. BEBIDAS: INSCRIÇÕES ABERTAS PARA RODADAS DE NEGÓCIOS NOS EUA

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) está com inscrições abertas para a rodada de negócios do Efficient Collaborative Retail Marketing (ECRM), desta vez direcionada ao complexo de empresas produtoras de vinhos, cachaças, cervejas e destilados. O encontro ocorrerá nos dias 27 a 30 de agosto no Chateau Elan Winery & Resort, na cidade norte-americana de Braselton, Georgia. As inscrições vão até o dia 12 de julho.

O objetivo do evento é promover o encontro entre produtores de vinhos, cachaças, cervejas e destilados com compradores relevantes dos Estados Unidos, de forma a apresentar seus produtos e descobrir novas oportunidades de negócios para a indústria. No último ano, 11 empresas brasileiras que participaram das rodadas de negócio revelaram uma estimativa de US$ 5,8 milhões em vendas para um período de 12 meses.

Podem participar empresas que pretendem se consolidar no mercado externo ou expandir seus negócios internacionais. Também devem apresentar todas as condições para atender às especificidades dos negócios varejistas, ou seja, possuir conhecimento em exportação para o mercado norte-americano. A aprovação das empresas inscritas será feita pela Apex-Brasil com base no perfil das empresas e na quantidade de vagas disponíveis.

Serviço

Efficient Collaborative Retail Marketing (ECRM)
Global Wine, Beer & Spirit EPPS
Data: 27 a 30 de agosto
Inscrições: até 12 de julho
Local: Braselton, Georgia, Estados Unidos

Condições para inscrição e participação das empresas na Missão Comercial ECRM Global Wine, Beer & Spirit EPPS (27 a 30/8): http://arq.apexbrasil.com.br/emails/institucional/2017/72/

APEX-BRASIL. 28/06/2017. ALIMENTOS E BEBIDAS GOURMET BRASILEIRAS NA SUMMER FANCY FOOD

A maior feira de alimentos e bebidas gourmet dos EUA, a Summer Fancy Food, realizada em Nova York de 25 a 27 de junho, foi palco de excelente desempenho por parte das empresas brasileiras, que voltam para o Brasil com boas expectativas de inserção ou ampliação da presença no concorrido mercado norte-americano. Foram US$ 14,374 milhões em negócios gerados imediatamente e para os próximos doze meses no Pavilhão do Brasil, organizado pela Apex-Brasil, com apoio do consulado do Brasil em Nova York.

As empresas do pavilhão brasileiro apresentaram produtos inovadores e adequados às tendências mais recentes do setor, como as de gluten-free, dairy-free, sugar-free, produtos feitos à base de plantas ou vegetais, sabores étnicos e exóticos, produtos prontos e saudáveis para consumo rápido (snacks) entre outras demandas do mercado.

O mercado de alimentos e bebidas especiais ou gourmet dos EUA movimentou US$ 127 bilhões em 2016, um crescimento de 15% nos últimos dois anos. Há enormes oportunidades em diversos segmentos. Estudo feito pelo escritório da América do Norte da Apex-Brasil apontou, por exemplo, que água de coco é um produto com grande potencial de crescimento no mercado, já que se encaixa na categoria de bebidas funcionais e vitaminas, que cresceu 15% em 2016. Cafés especiais também estão em um ótimo momento: houve um crescimento de 30% o consumo do setor nos EUA nos últimos cinco anos.

“Esta foi a primeira vez que a Apex-Brasil organizou esta feira, que tem grande relevância para este segmento de mercado. Os resultados superaram nossa projeção inicial e nossa intenção é continuar com este trabalho nos próximos anos”, afirmou Fernando Spohr, gerente de Operações do escritório da América do Norte da Apex-Brasil.

Bons resultados em vários setores

Nô Lopes, proprietário da marca de massa de tapioca Wrapioca, vestiu durante a feira uma camiseta com o slogan “Wrapioca is the new bread" , em português "Wrapioca é o novo pão”. Os estrangeiros que passaram por seu estande se impressionaram com a facilidade de preparo da tapioca partir da massa já hidratada vendida pela empresa. “É um produto sem glúten, com apenas dois ingredientes – a farinha de tapioca e água – que contém fibras, é saboroso e fácil de fazer. Tivemos bons contatos com países como Austrália, Bulgária, Nova Zelândia e França e estamos com boas expectativas de negócios”, comenta.

Já a 3 Minutos Massas veio para a feira com a marca Snacklicious e focou sua estratégia nos snacks de churros, que vêm congelados e ficam prontos após cinco minutos no forno ou na fritadeira. “Conversamos durante a feira com compradores como HEB, Costco e Sam’s Club, e tivemos uma boa receptividade. Nosso produto atende bem ao público que quer ter algo gostoso e rápido para servir quando recebe amigos em casa, é delicioso e prático”, afirma Fellipe Guerra, representante da empresa.

A Peg Açaí trouxe para a feira todo o seu portfólio de açaís prontos para consumo, com frutas adicionadas e em vários tamanhos. “Nos surpreendemos aqui na feira com a demanda por parcerias para desenvolvimento de novos produtos. Recebemos nove propostas neste sentido. Acredito que açaí é algo novo e muitas empresas preferem pegar o produto já com nossa qualidade e tecnologia, ao invés de trabalhar diretamente com a fruta. Uma delas, por exemplo, é a maior fabricante de maple syrup do Canadá, que quer fazer uma versão do seu produto com sabor de açaí”, conta Evandro Macedo, diretor de marketing da empresa.

Para a Natural One, empresa que oferece uma variedade de sucos feitos a partir de frutas e vegetais frescos e minimamente processados, a feira foi uma oportunidade de apresentar seus produtos para tomadores de decisão, formadores de opinião e, até, concorrentes: “muitos empresários do setor que vieram ver nosso produto comentaram que se impressionaram com o alto nível de tecnologia a que chegamos. Participar de eventos como este é uma oportunidade de ter contato com quem decide sobre negócios e receber feedbacks importantes”, comenta Valdenir Soares, representante da empresa.

“Fizemos alguns contatos importantes, tanto com clientes que ainda não conheciam a pimenta rosa como com alguns que conheciam o nosso produto, mas não sabiam que era possível comprar diretamente de nós. Apresentamos como vantagens o fato de sermos uma empresa verticalizada, ou seja, atuamos com a plantação, processamento e exportação e isso garante rastreabilidade, qualidade e segurança alimentar, o que é muito importante aqui nos EUA”, relata Regina Leal, da Agro Rosa.

APEX-BRASIL. 29/06/2017. PRECIOUS BRAZIL APRESENTA JOALHERIA BRASILEIRA EM LAS VEGAS

Apoiadas pelo projeto Precious Brazil, desenvolvido pelo IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), 18 marcas brasileiras, entre elas as empresas Brumani, Miriam Mamber, Yael Sonia, Kosta Finestone for Men e Creative Brazil encantaram Las Vegas ao expor suas novidades na Couture Las Vegas e JCK Las Vegas que aconteceram no ínicio desse mês.

Atualmente, o mercado americano é responsável por 43% do volume das exportações das empresas participantes do projeto Precious Brazil, que, em 2016, exportaram mais 51 milhões de dólares para os USA. Somente durante a JCK Las Vegas, foram comercializados cerca de 400 mil dólares. A expectativa do grupo é de que os contatos realizados resultem, aproximadamente, em 2 milhões de dólares em negócios nos próximos 12 meses.

A Brumani apresentou a primeira coleção de joias assinadas pela estilista brasileira Lethicia Bronstein. Batizada de “Laces”, a linha é inspirada no delicado e sofisticado trabalho das rendas feitas à mão e conta com aneis, brincos, pingentes e pulseiras que expressam a essência, o frescor, a feminilidade e a alegria de viver da mulher brasileira.

Dedicada à joalheria artística, Miriam Mamber exalta em suas joias a diversidade e a infinidade de cores e formas encontradas no Brasil. A marca transforma objetos antigos e fósseis da pré-história em elementos contemporâneos e utiliza pedras brutas em seu estado natural para revelar a generosidade da natureza. Seu trabalho inovador foi reconhecido no Couture Design Awards ao ser indicado para a categoria “Innovative”.

A designer de joias franco-americana Sonia apresentou suas duas novas coleções durante o evento em Las Vegas. Entre os destaques, a linha Spinning Top, traz pedras precisamente lapidadas como piões, com espírito lúdico em constante e rodopiante display. Com 25 joias, a coleção levou mais de seis meses para ser concretizada e uma vez no trilho certo, não para mais de se mover. O destaque fica por conta das variadas formas de uso das peças.

Uma das grandes tendências trazidas para o Couture Las Vegas foi a versatilidade. Com a habilidade de criar peças que se transformam Carol Kauffmann ganhou notoriedade com a gargantilha que vira pulseira, uma das peças da coleção Barrette. A marca também foi premiada com a segunda colocação na categoria “Best Colored Gemstones Below $20K”, com os brincos Evantaille.

Especializada em joias destinadas ao público masculino, a Kosta Finestones for Men guardou, durante anos, gemas coradas únicas para dar forma a peças exclusivas. As joias contemporàneas e sofisticadas conquistaram Las Vegas durante os dois eventos que aconteceram na cidade americana.

Para a Creative Brazil a beleza das jóias não foi o único fator que conquistou os clientes. Este ano eles ganharam destaque e muitos olhos curiosos com o projeto de empreendedorismo social que desenvolveram no interior do Piauí, na cidade de Maramar. A empresa disponibilizou uma montadora, durante 10 dias, para ensinar as mulheres da cidade as técnicas de montagem de 23 peças da atual coleção, agora, as mulheres treinadas estão aptas à desenvolver peças e movimentar a economia local. Além disso, as peças produzidas por elas, com insumos providos pela Creative Brazil e mão de obra devidamente paga, foram direcionadas as feiras e consumidores pontuais da marca.

Precious Brazil

O Projeto Setorial visa apoiar e promover as empresas brasileiras dos segmentos de pedras, bijuterias e joias brasileiras que queiram exportar seus produtos, sejam elas iniciantes, exportadoras ou internacionalizadas. Conduzido pelo IBGM – Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos em parceria com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – o projeto atende atualmente cerca de 160 empresas do setor.


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LGCJ.: