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July 26, 2017

e-Gonomics. BACEN. COPOM. Taxa Básica de Juros SELIC

BACEN. 26/07/2017. Copom reduz a taxa Selic para 9,25% ao ano

​O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em um ponto percentual, para 9,25% a.a., sem viés.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia brasileira no curto prazo e recuperação gradual. O recente aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia impactou negativamente índices de confiança dos agentes econômicos. No entanto, a informação disponível sugere que o impacto dessa queda de confiança na atividade tem sido, até o momento, limitado;

O cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global tem se recuperado gradualmente, sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas. Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes. Além disso, houve arrefecimento de possíveis mudanças de política econômica em alguns países centrais;

O comportamento da inflação permanece favorável com desinflação difundida, inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Até o momento, os efeitos de curto prazo do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia não se mostram inflacionários nem desinflacionários;

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 3,3% para 2017 e para 4,2% para 2018 e encontram-se em torno de 4,25% para 2019 e 4,0% para 2020; e

No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom recuaram para em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se nesse patamar até o final de 2018. 

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto percentual, para 9,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

O Copom ressalta que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá de fatores conjunturais e das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. O Comitê entende que a evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia (principalmente das fiscais e creditícias) é importante para a queda das estimativas da taxa de juros estrutural.  Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.

O Copom ressalta que a manutenção das condições econômicas, até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização nesta reunião. Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo. O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

BACEN. PORTAL G1. 26/07/2017. Na 7ª queda seguida, juro básico da economia recua para 9,25% ao ano. Essa é a 1ª vez desde o final de 2013 que a taxa Selic cai para um patamar abaixo de 10% ao ano. Mercado financeiro vê juro básico em 8% ao ano no fim de 2017.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (26), por unanimidade, baixar os juros básicos da economia brasileira de 10,25% para 9,25% ao ano. Foi o sétimo corte seguido na taxa Selic.
Com a decisão, que confirmou a expectativa dos economistas do mercado financeiro, o BC manteve o ritmo de redução de um ponto percentual verificado na última reunião, realizada no fim de maio.
Em 9,25% ao ano, os juros recuam ao patamar de um dígito, algo que não acontecia desde o final de 2013, ou seja, em quase quatro anos.
A previsão dos economistas das instituições financeiras é de que a taxa básica de juros continue a recuar nos próximos meses e chegue a 8% ao ano no final de 2017, permanecendo neste patamar até 2021.



Como as decisões são tomadas
A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, que é fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central é de 4,5% para 2017 e 2018, podendo a inflação oscilar entre 2,5% e 6,5% nestes anos sem que o objetivo seja formalmente descumprido.
Normalmente, quando a inflação está em alta o BC eleva a Selic na expectativa de que o encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação caia. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo agora.

Em razão do fraco nível de atividade, a inflação está bem comportada. No primeiro semestre deste ano, segundo o IBGE, a inflação oficial (IPCA) ficou em 1,18%. Para 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação deve ficar em 3,33%, abaixo da meta de 4,5%.
O que diz o Banco Central
O Banco Central informou nesta quarta-feira que, para a próxima reunião do Copom, marcada para o começo de setembro, a manutenção deste ritmo de corte de juros, de um ponto percentual, "dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo."
"O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", acrescentou a autoridade monetária.
A instituição informou ainda que, no cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, suas projeções de inflação recuaram para em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se nesse patamar até o final de 2018.
"O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária [corte de juros]", acrescentou, indicando que o processo de redução da taxa Selic deverá ter continuidade nos próximos meses.
Ranking mundial de juros reais
Com a redução de juros promovida pelo Copom nesta quarta-feira, o Brasil caiu do segundo para o terceiro lugar no ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.
Com os juros básicos em 9,25% ao ano, a taxa real do Brasil soma 3,71% ao ano, atrás da Rússia, com juros reais de 4,59% ao ano, e da Turquia (3,93%). Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 0,2% ao ano.

Rendimento da poupança
De acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com a redução dos juros para 9,25% ao ano, os fundos de renda fixa "começam a perder competitividade frente às cadernetas de poupança principalmente nas aplicações de baixo valor."
Nesses casos, observa a Anefac, os fundos têm taxas de administração mais elevadas. "Assim sendo, a caderneta de poupança vai continuar sendo uma excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano", acrescentou a entidade.
Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos.

BACEN. PORTAL G1. 26/07/2017. Minutos após corte da Selic, bancos anunciam redução de juros para o consumidor
Por G1

Minutos após o Banco Central anunciar a redução da taxa básica de juros brasileira, a Selic, os grandes bancos divulgaram comunicados com o corte das taxas nas linhas de crédito para o consumidor. A estratégia de comunicação vem sendo adotada desde janeiro.
Bradesco, Banco do Brasil e Itaú enviaram comunicado para a imprensa informando novas taxas. O Santander se antecipou ao corte e anunciou a redução dos juros na segunda-feira (24).
Bradesco
O banco informou que "vai repassar o corte de 1 ponto porcentual da taxa Selic para as principais linhas de crédito de pessoa física e pessoa jurídica". O banco não especificou quais linhas serão beneficiadas e o tamanho dos cortes.
Itaú
O Itaú também disse que vai repassar "integralmente a seus clientes o corte de 1 ponto percentual da taxa básica (Selic) anunciado nesta quarta-feira". O banco lembrou que essa é a quinta vez que o banco reduz suas taxas de juros no ano.
Para a pessoa física, serão reduzidas as taxas do empréstimo pessoal e cheque pessoal. Já as empresas terão juros menores nas linhas de capital de giro.
O Itaú também lembrou que os juros do crédito para compra de veículos "já vêm reduzindo ao longo do ano a taxa de financiamento, convergindo com a queda da Selic".
O não divulgou o valor das novas taxas, mas disse que elas entram em vigor no próximo dia 1º. O banco ressaltou que as taxas variam com o perfil e histórico de relacionamento de cada cliente com o Itaú.
Banco do Brasil
Veja o comunicado do banco do Brasil:
"Para pessoas físicas, o destaque são as operações de crédito imobiliário, que terão taxas menores nas modalidades Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e Carteira Hipotecária (CH).
Na SFH, as taxas que estavam entre 9,99% e 10,94% ao ano serão reduzidas para 9,74% a 10,69% ao ano.
Na Carteira Hipotecária, as taxas eram de 10,90% a 11,99% ao ano e serão reduzidas para o intervalo entre 10,65% e 11,74% ao ano.
O BB também reduzirá as taxas mínimas do cheque especial (de 4,31% para 2,20% ao mês) e do CDC (1,97% para 1,79% ao mês).
Canais digitais
Os clientes do Banco do Brasil que utilizam canais digitais para contratar operações de crédito perceberão reduções mais significativas nos juros. Para aquisição de veículos, a redução de taxas é exclusiva para as operações contratadas pelo aplicativo do BB para mobile. A taxa mínima será reduzida de 1,23% para 1,19% ao mês.
Já para linhas de crédito destinadas a clientes proventistas a redução contemplará as operações contratadas em todos os canais digitais do BB (internet, terminais de autoatendimento e mobile). As taxas do BB Crédito Salário e Renovação que variavam de 3,30% a 6,97% ao mês passarão para 3,22% a 6,89% ao mês. Já o BB Crédito Benefício (para pensionistas e beneficiários do INSS) cairá do intervalo entre 2,95% e 5,67% ao mês para 2,87% e 5,59% ao mês.
Para empresas
O Banco do Brasil também anunciou redução de taxas para pessoas jurídicas. As taxas mínimas para as linhas Cheque Ouro Empresarial PJ e Giro Rápido Rotativo serão reduzidas de 8,33% para 8,28% ao mês, enquanto as máximas caem de 13,50% para 13,45% ao mês."

BACEN. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 26/07/2017. Juro deve cair ao menor nível em 4 anos, mas analistas veem risco
FLAVIA LIMA

A Selic, a taxa básica de juros, deve ser reduzida nesta quarta (26) para um dígito e atingir seu menor nível em quatro anos. Economistas, no entanto, sinalizam que o movimento pode não ser duradouro e o BC tenha de voltar a elevar a taxa em 2018.

Não seria a primeira vez que o alívio na política monetária permaneceria por pouco tempo. No fim de 2012, os juros chegaram ao piso histórico —7,25%, em outubro—, mas voltaram a subir no início do ano seguinte, como aumento da pressão inflacionária.

Desta vez, é consenso entre economistas que inflação abaixo do centro da meta, câmbio comportado e fraca atividade econômica conspiram para que o juro siga em queda nos próximos meses.

A trajetória, no entanto, pode ser revertida, caso as reformas no campo fiscal não saiam do papel ou o bom humor do investidor externo com o Brasil se arrefeça.

A percepção é que a reforma da Previdência seria crucial para colocar a trajetória da dívida pública sob controle, mas, abandonada, levaria o real a se desvalorizar, o que contaminaria a inflação e pressionaria os juros.

SELIC EM QUEDA - Taxa básica de juros se aproxima do patamar de 2013

Uma mudança no cenário de liquidez externa teria efeito parecido, com saída de recursos do país, pressão sobre o câmbio e efeito nos preços.

Por enquanto, a expectativa é que o corte seja de um ponto percentual nesta quarta, reduzindo a Selic de 10,25% para 9,25% ao ano, menor nível desde agosto de 2013.

Também não está excluída a hipótese de os juros se aproximarem de 7% no fim de 2017, um recorde de baixa.

RISCO POLÍTICO

Mas o risco político em 2018 pode levar a uma depreciação do real, conjuntura que faria o BC ter de voltar a elevar a Selic, diz André Duarte, da gestora de recursos Truxt.

"A alta da Selic não é o nosso cenário-base, nem tampouco pode ser descartada no próximo ano", diz Duarte, que contempla taxa de juro de 7,75% ao longo de 2018.

Na mesma linha, Fernando Rocha, da JGP, não desconsidera que as eleições possam trazer maior volatilidade e valorização do dólar, forçando a alta do juro. Por enquanto, mantém perspectiva de taxa em 7,5% em 2017 e em 2018.

O Votorantim já prevê Selic em 9% em 2018, após encerrar 2017 em 8%.

Carlos Lopes, economista da banco, diz que o juro em 8% serve como estímulo à atividade ainda muito fraca. Diante da aceleração do crescimento em 2018, será necessário normalizar os juros para não pressionar a inflação.

O Votorantim espera alta de 0,5% para o PIB deste ano e de 2,4% para 2018.

Lopes diz que a reforma da Previdência poderia abrir espaço para a economia crescer um pouco mais sem pressionar a inflação, mas não conta com a aprovação.

Para o BTG Pactual, as incertezas políticas não impedem, como se chegou a imaginar, um corte maior do juro no curto prazo.

O banco revisou suas projeções e agora espera que a Selic encerre o ano não mais em 8,5%, mas em 8%.

A equipe liderada pelo ex-diretor do BC Eduardo Loyo diz que o adiamento da reforma da Previdência eleva o risco de que o Copom tenha de voltar atrás em algum ponto no futuro, ainda que não especifique em que momento.

Em relatório, o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore espera que a Selic chegue ao fim de 2017 em 7,5%, mas aponta dois riscos ao cenário: mudança no quadro internacional e agravamento da crise política doméstica, levando a uma piora no quadro do ajuste fiscal.

A alta do risco levaria a uma queda nos ingressos de capitais, depreciando o real, com efeitos inflacionários.


BACEN. REUTERS. 26 DE JULHO DE 2017. BC mantém ritmo e reduz Selic a 9,25% ao ano

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central cortou nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 9,25 por cento ao ano, dentro do esperado e mantendo o ritmo diante do comportamento favorável da inflação e fracos sinais de recuperação econômica.

"Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo.", destacou o BC em comunicado. "O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", completou.

O BC também diminuiu a projeção de inflação pelo cenário de mercado para em torno de 3,6 por cento em 2017, ante 3,8 por cento em sua última estimativa, feita em junho no relatório trimestral de inflação. Para 2018, a perspectiva de alta do IPCA caiu a 4,3 por cento, contra 4,5 por cento antes.

Em pesquisa Reuters, 33 de 36 analistas consultados previam um corte desta magnitude.

Em maio, na reunião anterior, o BC chegou a dizer que uma desaceleração do ritmo de corte seria adequada agora em julho em função do cenário com mais incertezas, após delações de executivos da JBS colocarem em xeque o governo do presidente Michel Temer.

Por Marcela Ayres


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LGCJ.: