Translate

April 3, 2017

US ECONOMICS

Export-Import Bank of the U.S. (ExIm Bank). 04/03/2017. Country Limitation Schedule Update

The Country Limitation Schedule (CLS) issued by the Export-Import Bank of the United States (Ex-Im Bank) has been updated. The new CLS is effective April 6, 2017.

The new CLS may be accessed on-line on April 6, 2017 at: http://www.exim.gov/tools-for-exporters/country-limitation-schedule. See the CLS and Cover Letter PDF files at: http://www.exim.gov/tools-for-exporters/country-limitation-schedule.

The CLS indicates where EXIM Bank is "open for cover" and where EXIM Bank is "off-cover." The "open for cover" designation refers to the possibility, rather than the certainty of EXIM Bank support in particular cases. Where the CLS presents an X mark, EXIM Bank is "off-cover," and is therefore not willing to consider approval of routine transactions. These "off-cover" determinations are due to economic and/or political risks associated with the country.

Where the CLS indicates support is not available, EXIM Bank can still consider financing arrangements that eliminate or externalize country risks. Potentially acceptable transactions include structured transactions that earn revenues offshore in a country with no CLS restrictions and are held in a bank or trust account acceptable to EXIM Bank; third-party support from creditworthy entities in countries with no CLS restriction; and asset-backed lease and financing structures involving equipment such as aircraft.

It should be noted that these exceptions do not apply in countries where EXIM Bank is legally prohibited from operating.

No limitation for Brazil:

COUNTRYSECTORUp to 11 to 7Over 7 Years

Brazil
Public Sector
Private Sector
________________


BACEN. PORTAL G1. 03/04/2017. Mercado financeiro baixa estimativa de inflação para 2017 e vê juro menor. Essa foi a quarta redução seguida da previsão de inflação para este ano, informou o Banco Central, que realizou pesquisa com o mercado financeiro.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Os analistas das instituições financeiras baixaram sua estimativa de inflação para este ano e passaram a estimar um corte maior da taxa básica de juros no decorrer de 2017.
As previsões do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (3) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017, a "inflação oficial" do país, o mercado baixou sua previsão de 4,12% para 4,10%. Foi a quarta redução seguida do indicador.
Com isso, manteve a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo.
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
No ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo BC - naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 4,50%. O índice está em linha com a meta de inflação do período (4,5%) e também abaixo do teto de 6% para o ano que vem.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,47%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em 2,50%.
Taxa de juros
Na semana passada, o mercado financeiro baixou sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 9% para 8,75% ao ano no fechamento de 2017 - ou seja, passou a projetar um corte maior de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que o processo de corte dos juros terá continuidade no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 caiu de R$ 3,28 para R$ 3,25. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar ficou estável em R$ 3,40.
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 49,5 bilhões para US$ 50 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 41,2 bilhões para US$ 41,9 bilhões.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2017 subiu de US$ 73,5 bilhões para US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas avançou de US$ 74 bilhões para US$ 74,5 bilhões.

BACEN. PORTAL UOL. 03/04/2017. Mercado reduz previsão para a inflação e vê juros abaixo de 9% neste ano

Economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão para a inflação no final deste ano. Eles também passaram a prever que a taxa básica de juros, a Selic, terminará 2017 abaixo de 9%. Na última reunião, o Copom cortou os juros de 13% para 12,25% ao ano, no quarto corte seguido.
Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo BC:

  • PIB: foi mantida em 0,47%;
  • Inflação: caiu de 4,12% para 4,1;
  • Taxa de juros: caiu de 9% para 8,75% ao ano;
  • Dólar: caiu de R$ 3,28 para R$ 3,25.

A projeção de 4,1% na alta dos preços deixaria a inflação abaixo do centro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%).
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)

BACEN. REUTERS. 03/04/2017. Mercado reduz previsão e passa a ver Selic a 8,75% neste ano, mostra Focus

SÃO PAULO (Reuters) - Os economistas de instituições financeiras reduziram ainda mais a expectativa para a taxa básica de juros ao fim deste ano, em meio à perda de força da inflação e a economia ainda fraca, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

O relatório mostrou que os analistas consultados passaram a projetar a Selic a 8,75 por cento em 2017, sobre 9 por cento no levantamento da semana anterior. Para 2018, as contas continuaram em 8,50 por cento.

Atualmente, a taxa básica de juros está em 12,25 por cento, após dois cortes seguidos de 0,25 ponto percentual e outros dois de 0,75 ponto. Na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana, os investidores continuam esperando corte de 1 ponto na Selic.

Entre o grupo que mais acerta a previsão, o chamado Top-5, a expectativa é que a taxa de juros encerre este ano em 8,5 por cento, sem mudanças sobre a semana anterior.

Os economistas também passaram a projetar ligeira queda na inflação esperada para este ano, com o IPCA encerrando 2017 com alta de 4,10 por cento, ante 4,12 na pesquisa anterior. Para 2018, a expectativa segue em 4,5 por cento.

A meta oficial de inflação para 2017 e 2018 é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

No Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na semana passada, o BC passou a ver inflação menor em 2017, de 4 por cento, e também informou que fará uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos.

Já a perspectiva de expansão do Produto Interno Bruto este ano ficou inalterada em 0,47 por cento ao ano neste ano e 2,5 por cento em 2018.

Veja abaixo as principais projeções do mercado para a economia brasileira, de acordo com a pesquisa semanal do BC com cerca de 100 instituições financeiras.

(Por Luiz Guilherme Gerbelli)

________________


FGV. IBRE. 03/04/2017. Monitor do PIB mostra retração em janeiro em comparação à dezembro de 2016
“O Monitor do PIB-FGV, com informações até janeiro do corrente ano, mostra retração de 0,06% do PIB em janeiro comparativamente a dezembro de 2016. Apesar do desempenho ainda negativo na margem, essa taxa é a menos negativa observada nos últimos onze meses. Com relação ao mesmo período do ano anterior, o PIB recuou 0,3% em janeiro, o resultado menos negativo dos últimos vinte e dois meses. Esses resultados apontam que a recuperação da economia continua, a despeito do lento ritmo que se tem observado”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

1) O PIB brasileiro recuou 0,22% no trimestre findo em janeiro quando comparado ao trimestre findo em outubro de 2016, segundo a série ajustada sazonalmente. Conforme ilustrado no Gráfico 1, essa taxa é a menos negativa dos últimos oito trimestres. Também na análise dos dados ajustados sazonalmente, o recuo de janeiro foi de 0,06% quando comparado a dezembro.
g1
2) A taxa trimestral móvel do PIB no trimestre findo em janeiro, comparada com o mesmo período do ano anterior, apresentou queda de 1,1%. Embora seja uma taxa negativa é, nesta comparação, superior aos -2,5% observado no último trimestre de 2016, e também a menor apresentada desde o trimestre findo em janeiro de 2015. Os principais destaques positivos entre as atividades são a extrativa mineral (+7,5%) e eletricidade (+5,7%) enquanto construção (-6,5%) e transportes (-5,1%) são os principais destaques negativos.
g2
3) O consumo das famílias recuou 2,6% no trimestre findo em janeiro na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O componente ‘bens duráveis’ apresentou crescimento de 0,5%. Apesar de modesta, esta taxa é a primeira positiva após trinta e dois meses consecutivos de taxas negativas, nesta comparação.
g3
4) A formação bruta de capital fixo (FBCF) teve contração de 3,9% no trimestre findo em janeiro em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Merece destaque o desempenho do componente ‘máquinas e equipamentos’ que já havia apresentado modesta contribuição positiva para a taxa trimestral interanual no quarto trimestre de 2016 (0,2p.p.) e chegou em janeiro como uma contribuição de 1,4p.p.
g4

5) A exportação apresentou crescimento trimestral de 1,7%, no trimestre findo em janeiro, em comparação ao mesmo trimestre em 2016. Esta variação atenuou a tendência de queda observada nos últimos trimestres. Todos os componentes da exportação apresentaram recuperação na comparação com o trimestre findo em dezembro.
g5

6) A importação cresceu 8,2% no trimestre findo em janeiro, na comparação com igual período do ano anterior. Esta variação apresenta tendência consistente de retomada. Apesar dessa tendência positiva, o componente de ‘bens de capital’ ainda se encontra em patamar negativo com queda de 15,2% registrada no trimestre móvel findo em janeiro.
g6
7) Chama-se a atenção para as novas séries divulgadas por este Monitor com os valores correntes e a preços de 1995. Verifica-se que em termos monetários, o PIB do mês de janeiro em valores correntes alcançou a cifra aproximada 520 bilhões, 231 milhões de Reais.

APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA

O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE (Tabelas de Recursos e Usos, até 2014, último ano de divulgação) bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado (terceiro trimestre de 2016).

O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.

Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem o PIB-Tri do IBGE nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes.

O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB. Apresenta também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são:

Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados;

Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados;

Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços.

São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior.


DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015B336C23752F57

MDIC. 03/04/2017. Balança comercial registra superávit recorde de US$ 14,4 bilhões no primeiro trimestre. Superávit foi resultado de exportações de US$ 50,5 bilhões e importações de US$ 36 bilhões

Brasília (3 de abril) – Com exportações no valor de US$ 50,5 bilhões e importações de US$ 36 bilhões, a balança comercial brasileira registrou um superávit recorde para o primeiro trimestre do ano de US$ 14,4 bilhões. É o melhor resultado para o período desde o início da série histórica em 1989.

Nos três primeiros meses do ano, as exportações registraram crescimento de 20,4%, em relação a 2016. Houve aumento das remessas de produtos básicos (34,7%), semimanufaturados (11,2%) e manufaturados (8,1%), com destaque para as vendas de óleos combustíveis (265,5%), petróleo em bruto (171,7%), semimanufaturados de ferro e aço (92,1%), veículos de carga (62,7%), carne suína (43,2%) e carne de frango (20,1%).

As importações cresceram 8,4% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2016, quando foram registradas compras de US$ 36 bilhões. Aumentaram os gastos com combustíveis e lubrificantes (20,9%) e bens intermediários (16,2%). Por outro lado, caíram as compras de bens de capital (-22,6%) e bens de consumo (-0,6%).

Março

No terceiro mês de 2017, as vendas externas atingiram US$ 20 bilhões, com crescimento de 20,1% em relação a 2016, e as importações, US$ 12,9 bilhões, o que representou um aumento de 7,1%. Com esses resultados, o saldo comercial de março também foi recorde, atingindo a cifra de US$ 7,1 bilhões. O valor é 61,2% superior ao alcançado no ano passado, US$ 4,4 bilhões.

Quando comparadas a março de 2016, as exportações de produtos básicos apresentaram crescimento de 29,7% devido, principalmente, a venda de minério de ferro (186,7%), petróleo em bruto (145,9%), carne suína (33,4%) e carne de frango (7%).

Também cresceram as exportações de manufaturados (12,3%) e semimanufaturados (7,4%), por conta de hidrocarbonetos (170,9%), óleos combustíveis (161,7%), borracha sintética (111,9%), semimanufaturados de ferro e aço (109,3%), tubos flexíveis de ferro e aço (94,6%) e veículos de carga (67,1%).

Nas importações, aumentaram os gastos com combustíveis e lubrificantes (14,4%), bens intermediários (10,6%) e bens de consumo (1%), enquanto caíram as compras de bens de capital (-10,5%).

Exportações de carne

No grupo de carnes, que agrupa bovinos, suínos, aves e carnes industrializadas, foi observado um aumento de 4,4% nas exportações em relação a março de 2016. Já na comparação com fevereiro deste ano, houve uma queda de 6,2%.

Na coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, em Brasília, o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação, Herlon Brandão, destacou as iniciativas do governo federal para assegurar a remessa de carnes produzidas no Brasil.

“O governo tomou todas as medidas necessárias para não perder nenhum mercado comprador. Após um breve susto observado no começo da quarta semana de março, quando houve uma queda na média diária do setor, os embarques já se normalizaram. Enviamos carnes para 137 países neste mês”, destacou.

Março Final

PMI. REUTERS. 03/04/3017. Produção da indústria cresce em março pela 1ª vez em pouco mais de 2 anos, aponta PMI

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria brasileira registrou em março o primeiro aumento no volume de produção e de novos pedidos em pouco mais de dois anos, reduzindo com força o ritmo de contração da atividade, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

O PMI da indústria do Brasil avançou a 49,6 em março de 46,9 no mês anterior, recorde de alta de 25 meses de acordo com o IHS Markit, porém ainda abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

"Embora a melhora na produção industrial seja uma boa notícia, ainda é cedo demais para dizer que o avanço econômico será sustentado nos próximos meses", avaliou a economista do IHS Markit Pollyanna de Lima, destacando que a perda de empregos deve fazer com que a demanda seja ainda fraca no curto prazo.

O volume de produção aumentou em março em cada uma das três principais áreas do setor industrial, com destaque para bens de consumo.

Isso foi sustentado pelo ligeiro aumento na quantidade de novos pedidos após contração nos 25 meses anteriores diante do fortalecimento da demanda, com melhora também no volume de novos negócios para exportação.

Frente a esse cenário, os entrevistados apontaram expectativa de aumento da produção durante o próximo ano, com mais de dois terços das empresas mostrando otimismo sobre a perspectiva de negócios.

As empresas citaram esperança de recuperação econômica e previsões de demanda externa mais forte, bem como planos de investimentos de capital, como motivos para a melhora da expectativa.

Ainda assim, diante da capacidade ociosa na indústria, o número de funcionários foi reduzido pelo 25º mês seguido, porém ao ritmo mais fraco em um ano e meio.

Em relação à inflação, a desvalorização do real frente ao dólar continuou pesando e os custos de insumos registraram novo aumento. Algumas empresas repassaram isso aos clientes, mas ainda assim a inflação de preços cobrados chegou a um recorde de baixa de três meses.

Em janeiro, a produção da indústria recuou 0,1 por cento em relação ao mês anterior segundo dados do IBGE, porém o resultado foi melhor que o esperado.

(Por Camila Moreira)

CNI. PORTAL G1. 03/04/2017. Atividade e emprego industrial sobem em fevereiro, mas uso do parque fabril recua. Confederação Nacional da Indústria divulgou indicadores nesta segunda (3). Na avaliação da entidade, resultados 'não apontam retomada' do setor.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou nesta segunda-feira (3) que o faturamento real da indústria, as horas trabalhadas (indicador de atividade) e o emprego no setor registraram alta em fevereiro na comparação com o mês de janeiro (saiba todos os resultados mais abaixo).
No mesmo boletim, contudo, a CNI informou que a massa salarial, o rendimento do trabalhador e o nível de uso do parque fabril recuaram no mesmo período. As variações foram calculadas após ajuste sazonal.
"Os indicadores ainda não apontam retomada. Os dados da indústria seguem caracterizados pela ambiguidade. Ao longo dos últimos meses, dados positivos são sucedidos por acomodações ou quedas. Dentro do mesmo mês, parte dos indicadores mostra evoluções positivas, enquanto outra caminha na direção contrária", avaliou a entidade.
A CNI também avaliou que a "longa e difícil trajetória de queda em todos indicadores da indústria parece ter se encerrado".
"Contudo, ainda não há uma recuperação forte e sustentada em curso. Com isso, os indicadores de atividade industrial e do mercado de trabalho permanecem em patamares muito baixos", acrescentou.
Resultados de fevereiro
Segundo a CNI, o faturamento real da indústria subiu 0,4% em ferevereiro, na comparação com janeiro, e avançou pelo segundo mês seguido. No primeiro bimestre, avançou 1%. "Apesar do aumento recente, o faturamento industrial cai 8,4% ao se comparar o primeiro bimestre de 2017 com igual período de 2016", informou.
Já o emprego industrial, após aumentar 0,2% em dezembro e recuar 0,5% em janeiro, registrou alta de 0,4% em fevereiro, considerando a série livre de influências sazonais. "Na comparação entre os primeiros bimestres de 2017 e de 2016, o emprego recua 4,3%", informou a CNI.
A massa salarial, porém, recuou 0,7% em fevereiro e o rendimento médio real caiu também 0,7% na comparação com janeiro.
Horas trabalhadas e capacidade instalada
As horas trabalhadas na produção, aumentaram 0,2% em fevereiro. "O pequeno aumento não reverte a queda de janeiro, que havia sido de 0,9% frente ao mês anterior.
O total de horas trabalhadas no primeiro bimestre de 2017 é 2,9% inferior ao acumulado no primeiro bimestre de 2016", acrescentou a entidade.
A chamada utilização da Capacidade Instalada, por sua vez, o nível de uso do parque fabril, ficou em 77,3% em fevereiro, 0,4 ponto percentual abaixo do registrado em janeiro.
"O recuo interrompe sequência de 3 meses sem queda da UCI, que em outubro de 2016 havia registrado 76,1% – o menor valor da série histórica, que tem início em 2003. Na comparação entre os primeiros bimestres de 2017 e 2016, a UCI média recua 0,4 ponto percentual", avaliou a CNI.

Indicadores Industriais. Indicadores ainda não apontam retomada

Em fevereiro, quando descontados os efeitos sazonais, faturamento real, horas trabalhadas e emprego mostraram variações mensais positivas. Por outro lado, massa salarial, rendimento e utilização da capacidade instalada recuaram.



DOCUMENTO: https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/29/4b/294bb9e0-c49e-4d50-99f7-647ab70d660d/indicadoresindustriais_fevereiro_2017.pdf

ANP. 03/04/2017. Produção de petróleo aumenta 14,6% na comparação com fevereiro de 2016

Em fevereiro de 2017, a produção de petróleo no Brasil totalizou 2,676 milhões de barris por dia (bbl/d). O volume representa um crescimento de 14,6% em relação ao mesmo mês em 2016 e uma queda de 0,4% na comparação com o mês anterior. Já a produção de gás natural foi de 106,6 milhões de metros cúbicos por dia, superando em 9,2% a produção do mesmo mês em 2016. Houve queda de 3% em relação ao mês anterior. A produção total de petróleo e gás natural no País foi de aproximadamente 3,346 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

Pré-sal

A produção do pré-sal em fevereiro totalizou aproximadamente 1,535 milhão de barris de óleo equivalente por dia. A produção, oriunda de 74 poços, foi de aproximadamente 1,233 milhão de barris de petróleo por dia e 48 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, uma redução de 3,3% em relação ao mês anterior. A produção do pré-sal correspondeu a 46% do total produzido no Brasil. Os poços do “pré-sal” são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.

Queima de gás

O aproveitamento de gás natural no mês alcançou 96,3%. A queima de gás em fevereiro foi de 4 milhões de metros cúbicos por dia, uma redução de 7,6% se comparada ao mês anterior e de 16% em relação ao mesmo mês em 2016.

Campos produtores

O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, produzindo, em média, 690,7 mil bbl/d de petróleo e 30,1 milhões de m³/d de gás natural.

Os campos marítimos produziram 95% do petróleo e 82% do gás natural. A produção ocorreu em 8.476 poços, sendo 821 marítimos e 7.655 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 94% do petróleo e gás natural.

Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.104. Dom João Mar, na Bacia do Recôncavo, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 64.

A FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Lula, produziu, por meio de 6 poços a ela interligados, 190,1 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.

Outras informações

Em fevereiro de 2017, 289 concessões, operadas por 25 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 81 são concessões marítimas e 208 terrestres. Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, duas encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras sete são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. O grau API médio foi de 26,3, sendo 31,5% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 50,2% óleo médio (>=22 API e <31 18="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 139,7 mil boe/d, sendo 113,7 mil bbl/d de petróleo e 4,1 milhões de m³/d de gás natural. Desse total, 134,6 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 5 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 333 boe/d em Alagoas, 2.189 boe/d na Bahia, 53 boe/d no Espírito Santo, 2.247 boe/d no Rio Grande do Norte e 227 boe/d em Sergipe.

BOLETIM: http://www.anp.gov.br/wwwanp/images/publicacoes/boletins-anp/Boletim_Mensal-Producao_Petroleo_Gas_Natural/Boletim_de_fevereiro-2017.pdf

FGV. IBRE. 03/04/2017. Inflação pelo IPC-S registra crescimento na última semana de março

O IPC-S de 31 de março de 2017 apresentou variação de 0,47%1, 0,08 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 1,48%, no ano e, 4,55%, nos últimos 12 meses.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,42% para 0,71%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 3,30 % para 5,45%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,94% para 1,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,71%), Despesas Diversas (0,80% para 0,90%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,18% para -0,11%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (4,62% para 6,15%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para 1,25%), clínica veterinária (0,25% para 1,26%) e passagem aérea (-12,19% para -6,58%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Transportes (-0,03% para -0,30%), Comunicação (-0,77% para -0,95%) e Vestuário (0,12% para 0,11%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: gasolina (-1,22% para -1,93%), tarifa de telefone residencial (-2,96% para -3,55%) e blusa feminina (-0,74% para -1,18%), respectivamente.

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 07.04.2017, será divulgada no dia 10.04.2017.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015B335D01AF5250

BUILDINGS CONSULTORIA IMOBILIÁRIA. 02/04/2017. Crise e excesso de oferta deixam prédios comerciais vazios em SP e no Rio. Mercado de escritórios registra vacância recorde e preços caem para valores de 2010. Empresas aproveitam descontos para migrar para prédios melhores.
Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1

Alugam-se. Muitas salas. Andares inteiros. E até o prédio todo. A quantidade de espaços vazios em edifícios de escritórios aumentou e a taxa de vacância nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro atingiu patamar recorde, segundo os indicadores das principais consultorias e empresas de pesquisa imobiliária corporativa.
Em meio ao prolongamento da crise econômica e ao boom de novos empreendimentos, o percentual de imóveis comerciais não ocupados saltou de 3,56% em 2010 para 17,47% em 2016, segundo monitoramento da Buildings. No Rio, o índice passou em 7 anos de 2,03% para 18,8%.
Já nos espaços corporativos de alto padrão ou classe A, categoria que reúne os prédios com melhor infraestrutura e com lajes de até mais de 2 mil metros quadrados por andar, a taxa de vacância é ainda maior. De acordo com a Buildings, o índice fechou 2016 em 23,42% em SP e em 38,33% no Rio.
“Com crise ou sem crise, há excesso de oferta. Esse é o ponto”, resume o diretor da Buildings, Fernando Libardi. Ele explica que a quantidade de espaços vagos de alto padrão passa de 600 mil metros quadrados no Rio de Janeiro e de 860 mil metros quadrados em São Paulo. Em 2012, a vacância era de 280 mil m² em SP e de 52 mil m² no Rio.
'Cartão postal' para alugar
Entre os prédios que continuam com vacância elevada estão megaempreendimentos e vários dos novos “cartões postais” da capital paulista como o Pátio Victor Victor Malzoni (o da casa bandeirista), que ocupa um quarteirão na Avenida Faria Lima e foi anunciado na sua inauguração em 2012 como mais caro de SP.
Também estão com grandes espaços vagos o edifício Tower Bridge, ao lado da Ponte Estaiada, no Brooklin, o complexo corporativo do shopping JK Iguatemi, no Itaim, e a recém-concluída Torre Sul do São Paulo Corporate Towers, também no Itaim, que ainda não ocupou nenhum dos seus 30 andares.
O G1 pediu para visitar os espaços disponíveis nestes prédios, mas os proprietários ou administradores não autorizaram e não quiseram comentar o ritmo de ocupação nestes empreendimentos.
A EZ Towers foi a única que autorizou fotos no interior do empreendimento e dos espaços vazios. Na Torre B, inaugurada no ano passado, a área ocupada ainda é inferior a 60%. Por enquanto, são apenas 2 inquilinos: Amil e Coca-Cola.
Ainda que a vacância seja um assunto tabu para as incorporadoras e investidores, as placas de aluga-se, os letreiros vazios nas recepções e os andares às escuras nos prédios dão uma dimensão do tamanho do encalhe.
O grande número de espaços vazios reflete o descompasso entre a aposta dos investidores e a evolução da atividade econômica do país. Muitos dos prédios ociosos começaram a ser erguidos no começo da década de 2010, quando a economia brasileira ia bem, havia uma demanda crescente novos escritórios, pouca oferta e preços de aluguel em alta. Como as construções costumam levar de 5 a 6 anos, muitos prédios erguidos em meio à euforia desenfreada do setor imobiliário acabaram ficando prontos em plena recessão.
Rio de Janeiro
No Rio, a estimativa dos analistas é de que a taxa de vacância possa aumentar em, pelo menos, 6% ao término do primeiro trimestre deste ano. O aumento será puxado pela devolução dos dois edifícios antes ocupados pela Petrobras, além da entrega do Passeio Corpore – centro empresarial que conta com três torres integradas e um mall – no Centro.
Olhando de fora, o Passeio Corpore está totalmente desocupado. O edifício ainda passa por obras no térreo, embora a informação da Construtora Dominus indique 100% de finalização do projeto. O empreendimento foi vendido pelo Banco Opportunity à BR Properties em dezembro de 2016.
Com quase 5 mil metros quadrados, 17 pavimentos e heliporto, o Eco Sapucaí chegou a ser cotado pelo governo do estado para sediar todos os órgãos estaduais no mesmo local. A penúria financeira impediu que o intento fosse levado adiante.
Já a Zona Portuária do Rio, que sofreu intenso processo de revitalização em função da realização da Olimpíada, era apontada pela prefeitura como principal aposta para instalação de um novo polo empresarial na cidade. O primeiro grande empreendimento construído na região foi o Port Corpore Tower.
À época de sua inauguração, em 2014, o então prefeito Eduardo Paes disse que se tratava do “primeiro presente que a cidade ganha nessa revitalização”. Até hoje, segundo fontes do mercado, ele segue ocupado apenas pela empresa que o construiu - a Tishman Speyer, responsável por empreendimentos como o Rockfeller Center, em Nova York, e CBX Tower, em Paris.
Devoluções de espaços
O professor da Poli/USP e especialista em mercado imobiliário João da Rocha Lima Junior, destaca que o número de devoluções também contribui para a vacância ser recorde. "A economia retraída provocou uma não demanda e o aumento dos espaços vazios por causa das movimentações das empresas, seja para reduzir espaço, seja para fazer migração", afirma.
Com a crise, muitas empresas acabaram reduzindo o quadro de funcionários, fechando escritórios e até mesmo devolvendo andares ou prédios inteiros. A Petrobras, por exemplo, concluiu em fevereiro a devolução de 2 prédios inteiros no Centro do Rio de Janeiro – os edifícios Torre Almirante e Castelo – em meio à reestruturação e enxugamento impostos após a detonação da operação Lava Jato. "A força de trabalho foi transferida para prédios já em uso pela Petrobras e não houve locação de área nova", explicou a estatal, em nota.
Segundo os dados da Buildings, o mercado total de imóveis comerciais registrou no ano passado, pela primeira vez desde 2010, absorção líquida (balanço entre espaços ocupados e devolvidos) negativa tanto no Rio (-29 mil m2) como em São Paulo (-84 mil m2). Ou seja, a área total devolvida superou a área contratada para ocupação.
Com a virada do mercado, as construtoras e incorporadoras colocaram o pé no freio e interromperam os lançamentos. Em 2016, o volume de área corporativa em construção somou cerca de 650 mil m² em São Paulo, caindo para cerca de metade da média dos anos anteriores.
O PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil como um todo no país caiu 5,2% em 2016, segundo o IBGE, contribuindo para a pior recessão da história do Brasil. Em 2015, o setor já havia recuado 6,5%.
"O setor imobiliário tem enfrentado uma situação sem precedentes de devolução de imóveis, com penalidades aplicadas aos incorporadores que, neste momento, colocam em pausa qualquer programa de novos investimentos que possibilitam retomada da atividade econômica e do emprego no curto prazo, afirma Emílio Fugazza, diretor financeiro e de relação com investidores da Eztec.
Risco de bolha mais à frente
Segundo pesquisa da Cushman & Wakefield, está prevista para 2017 a entrega de mais 203 mil m² de espaços corporativos de alto padrão em São Paulo e de mais 175 mil m² no Rio.
Pelas previsões dos analistas, as taxas de vacância em SP e no Rio devem começar a cair a partir de 2018, na medida em que também deve recuar significativamente o volume de construções e entregas.
"2017 é o fundo do vale. A partir de 2018 deveremos estar em recuperação dos preços de aluguéis", avalia Lima Junior. O professor da USP alerta, entretanto, para o risco de uma disparada nos preços a partir de 2020 caso não ocorra desde já uma nova leva de lançamentos.
"Os investidores nesse momento estão totalmente recuados. Sem novos projetos, quando chegar 2021, 2022 vai ter uma demanda forte e não vai ter oferta. E é muito provável que os aluguéis sofram uma bolha", afirma.
Um novo ciclo de expansão imobiliária só é esperado para a partir de 2022, após a absorção do atual estoque. Construtoras e incorporadoras vem cobrando uma regulamentação sobre a questão do distrato após a compra de imóveis de forma a conter as compras puramente especulativas e permitir maior segurança jurídica para a retomada de lançamentos e vendas.
"Por enquanto, perde também o consumidor, que sem contar com novos produtos em lançamento, verá os estoques diminuírem e uma possível elevação de preços nos próximos anos", afirma Fugazza, da Eztec.
O gerente de pesquisa e inteligência de mercado da Cushman & Wakefield, Gustavo Garcia, prevê que o mercado deva voltar a uma situação de maior equilíbrio entre oferta e procura somente a partir de 2020 e recomenda cuidado e planejamento para as empresas que decidiram aproveitar o momento favorável para dar um upgrade no escritório.
"Dependendo do tempo do contrato, os inquilinos precisam prestar atenção na curva de volta do mercado", alerta o especialista, citando o risco de daqui a alguns anos as empresas não conseguirem renovar os aluguéis pelo preço desejado e terem maior dificuldade de barganhar ou encontrar outra opção.
Ele explica que a partir de uma ocupação de 50% um empreendimento corporativo já costuma operar sem prejuízo e que, com a desaceleração do ritmo de novas entregas e retomada da economia, a tendência é de redução dos descontos e alta dos preços, mesmo em meio a uma vacância ainda acima do chamado ponto de equilíbrio - algo entre 10% e 15%.
"Não temos mais um grande volume de prédios em construção. A partir de 2020, não teremos mais prédios inteiros vazios. Então, o inquilino terá mais dificuldade para mudar", afirma Garcia.
Ou seja, os descontos de hoje podem acabar sendo pagos pelos inquilinos de amanhã.

USP. FIPE. ZAP IMÓVEIS. 02/04/2017. Preços de aluguel de escritórios cai e empresas aproveitam para mudar de endereço. Empresários aproveitam baixa do mercado para mudar para escritórios melhores; empresas conseguem bons preços, auxílio em reformas e até carência no aluguel.
Por Darlan Alvarenga, G1

Com espaços de sobra e baixa procura, os preços despencaram mais de 30% e recuaram para valores de cerca de 6 anos atrás. Segundo o índice FipeZap, o preço médio anunciado caiu 7,07% em São Paulo em 2016, na comparação com 2015. No Rio, a queda foi maior, de 14,4%.



Com a virada do mercado, o momento passou a ser favorável ao inquilino, que tem conseguido descontos tanto parar permanecer onde está como também para migrar para espaços maiores e melhores.
Segundo agentes do mercado ouvidos pelo G1, entre o preço pedido e preço fechado, os descontos tem ficado, na média, em cerca de 20% pelo menos. Também tem sido praxe a oferta de outros atrativos como auxílio em alguma etapa da reforma e carência de vários meses no pagamento do aluguel.
Entre as empresas que aproveitaram o momento para mudar de endereço está a americana UnitedHealth Group, dona da Amil. O grupo conclui em fevereiro a transferências dos seus escritórios para a Torre B da EZ Towers, projeto da Eztec inaugurado no ano passado na região da Avenida Chucri Zaidan, ao lado da Marginal Pinheiros, na Zona Sul da capital Paulista. No lugar de 8 diferentes endereços em Alphaville e São Paulo, a empresa irá ocupar agora 14 andares do prédio, num total de 24,7 mil m2 – os únicos dos 33 andares que estavam ocupados até o início de março.
As companhias não revelam detalhes da negociação. O diretor de Projetos da UnitedHealth Group, Marcelo Leme, diz ter visitado 26 opções de locação antes de fechar o contrato de aluguel de 15 anos. "Encontramos muita opção. Posso dizer que visitei quase todos os prédios disponíveis em São Paulo, entre novos e antigos", afirma.
O executivo admite, entretanto, que o fato da Amil ter sido a primeira locatária da torre garantiu uma boa vantagem e afirma que, se a situação do mercado imobiliário fosse outra, a mudança não seria viável.
"É custo de oportunidade. Ocupamos praticamente 60% do prédio. Por isso as condições foram muito boas para ambas as partes", afirma. "A ideia era pelo menos empatar [em relação custo anterior de locação]. Eu diria que tivemos sucesso na nossa negociação".
Em São Paulo, segundo pesquisa da Buildings, o preço do m2 de edifícios classe A caiu para R$ 93,07 em 2016, o menor valor desde 2010 (R$ 82,37). No Rio, os preços tiveram queda nominal pelo 4º ano seguido, com o valor médio recuando para R$ 101,48 o m2. No pico, em 2012, o preço médio do m² chegou a R$ 138 em SP e a R$ 128 no Rio.
Carência de meses no aluguel
O grupo Gouveia de Souza é outro que aproveitou os preços em queda para migrar para um prédio melhor na Avenida Paulista. Pelo mesmo preço de m², a empresa está trocando 3 andares em um prédio antigo e todo recortado por duas lajes de 800 m² no edifício Top Center, a poucas quadras de distância do escritório em que estava instalada há 18 anos. "Aproveitamos a oportunidade de mercado para dar um upgrade. Se fosse 2 anos atrás seria impossível", afirma Rodrigo Lucindo, diretor administrativo do grupo.
A empresa de tecnologia Nimbi, especializada em gestão da cadeia de suprimentos, conseguiu uma carência de 4 meses na sua mudança de endereço em abril de 2016 e na virada do ano recebeu 8 meses de carência para fechar o aluguel da área vazia de 600 m² ao lado do escritório e dobrar o seu espaço.
"Eu sei que vou ter que expandir, então falei assim [para o proprietário]: você está com um mico. Vamos fechar nas mesmas condições e negociar mais carência. E você sai do risco", conta Felipe Almeida, sócio-fundador da Nimbi, que está instalada no edifício Central Vila Olímpia, que está com 6 dos 14 andares vazios.



________________

LGCJ.: