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April 25, 2017


BLOOMBERG. 24/04/2017. ANÁLISE. Armínio Fraga: Cenário político nebuloso atrasa crescimento
Por Cristiane Lucchesi.

Os escândalos de corrupção tornam nebuloso o cenário político brasileiro, o que impede uma recuperação plena da economia, disse o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

“Seria de se esperar que uma recessão tão violenta fosse seguida de um salto na economia, mas atualmente parece mais um pequeno pulinho”, disse Fraga, sócio da empresa de hedge fund e private equity Gávea Investimentos, em entrevista. “A única razão pela qual não tivemos ainda uma forte recuperação é pela incerteza que ainda nos ronda.”

Apesar de mais de dois anos de uma contração econômica que atingiu quase 10 por cento — um recuo que Fraga chamou de “depressão” –, muitos empresários ainda têm capacidade ociosa e estão pensando duas vezes antes de investir em uma produção maior, disse ele. Há questões ainda sem resposta, como se o governo vai ou não elevar impostos, reduzir subsídios ou cortar seus próprios gastos, ou se o próximo presidente da República mudará a direção da economia do país nos próximos anos.

As novas revelações da Operação Lava Jato, com a divulgação de horas de vídeos com os depoimentos dos executivos e donos da Odebrecht contando como subornaram políticos de diferentes governos nas últimas décadas, também aumentam o descontentamento e a incerteza, segundo Fraga.

“O que nós estamos vendo é esse surpreendente espetáculo de corrupção completamente generalizada, e isso é venenoso”, disse Fraga, acrescentando que isso cria um solo fértil para um tipo de populismo que poderia acabar minando as tentativas de equilibrar o orçamento federal. Uma opção desse tipo seria “mais dolorosa do que a opção de ajustar”, disse ele.

Caso Odebrecht

A popularidade do presidente Michel Temer caiu para 9% na última pesquisa Ibope, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 17 de abril. “Nesse momento não há visibilidade, há uma completa falta de confiança na política, nos políticos”, disse Fraga.

Nesse ambiente político já difícil, o governo tenta aprovar reformas impopulares que visam a reduzir o déficit fiscal cortando benefícios dos aposentados. E provavelmente também terá que aumentar os impostos, segundo o ex-presidente do BC.

“O governo anterior gerou o maior buraco já feito no orçamento, uma deterioração de 6 a 7 pontos do PIB”, disse Fraga, que presidiu o BC de 1999 até o fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso e que chegou a ser anunciado como futuro ministro da Fazenda em 2014 caso Aécio Neves fosse eleito presidente da República no pleito daquele ano.

Necessário fazer mais

Um quarto da deterioração no déficit no orçamento pode ser atribuído à queda da arrecadação por conta da recessão, e isso pode retornar facilmente, disse Fraga. “Se você desfaz incentivos fiscais e todos os subsídios, isso também pode ajudar, mas muito mais vai ser necessário.”
Não será fácil cortar despesas porque boa parte do orçamento tem destinação certa, disse Fraga, o que significa que os impostos terão que subir para evitar um aumento na relação entre a dívida e o PIB.

“Eu tenho pregado a necessidade de impedir o crescimento das despesas do governo há muito tempo, mas o governo decidiu não fazer isso antecipadamente, e com isso nos resta um tipo de ajuste atrasado que pode a curto prazo exigir alguns impostos maiores”, disse ele. “Isso trará muito descontentamento.”

“Mas ainda acho que um aumento de impostos nesse momento é um mal menor”, completou.

PR. PORTAL BRASIL. 24/04/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Crescimento econômico. Economia brasileira dá sinais de recuperação, diz presidente do BNDES. Maria Silvia Bastos reforçou a necessidade de aprovação das reformas para incentivar a retomada do emprego e a sustentabilidade das contas públicas

A economia brasileira dá sinais de recuperação, e as reformas trabalhista e a da Previdência devem garantir a retomada econômica do País. A avaliação foi feita pela presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos, durante seminário no Rio de Janeiro.

Segundo notícias veiculadas na imprensa, Maria Silvia reforçou a necessidade de aprovação dessas reformas para incentivar a retomada do emprego e a sustentabilidade das contas públicas. Na visão dela, os sinais de recuperação econômica são consistentes, mas será necessário realizar reformas para garantir a saída da recessão.

Como exemplos dos sinais de retomada, a presidente do BNDES adiantou que as aprovações da Finame, uma linha de crédito para financiamento de máquinas e equipamentos, subiram 32% nos primeiros três meses do ano frente a igual período do ano passado.

Além disso, os projetos de infraestrutura subiram 25% nesse mesmo período e os desembolsos do Progeren, um programa de financiamento de capital de giro, cresceram 345% no primeiro trimestre.

Maria Silvia enfatizou, de acordo com as publicações, a importância da reforma da Previdência nesse contexto, afirmando que o limite de gastos públicos, aprovado no ano passado, não irá se sustentar sem a alteração nas regras de aposentadoria.

Atualmente, a reforma da Previdência está sendo analisada por uma comissão especial da Câmara dos Deputados. O novo texto apresentado ao colegiado propõe a adoção de uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres acessarem ao benefício.

A presidente do banco de desenvolvimento aproveitou o seminário para enfatizar a importância de investimentos na área de infraestrutura, gestão e produtividade no contexto da retomada do crescimento econômico.

CEPAL. 24/04/2017. Actividad económica de América Latina y el Caribe se expandirá 1,1% en 2017. CEPAL actualizó sus proyecciones de crecimiento para los países de la región.

PERSPECTIVAS PARA EL CRESCIMENTO DEL PIB DE BRASIL: 0,4%

La Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) actualizó las proyecciones de crecimiento de la actividad económica de la región para 2017 y espera una expansión promedio de 1,1% durante este año, según informó hoy el organismo de las Naciones Unidas mediante un comunicado de prensa. Esta proyección se encuentra levemente por debajo de la estimada en diciembre de 2016 la cual era de 1,3%.

Al igual que en años anteriores, durante 2017 el crecimiento mostrará dinámicas diferenciadas entre países y subregiones, indica la CEPAL. Las economías de América del Sur, especializadas en la producción de bienes primarios, en especial petróleo, minerales, y alimentos registrarán un crecimiento promedio de 0,6%. Esto representa una leve revisión a la baja respecto del 0,9% proyectado en diciembre pasado. La dinámica de crecimiento en 2017 da cuenta de un aumento de la demanda externa para estas economías –se prevé un mayor crecimiento de los socios comerciales de los países de la subregión- y de precios de productos básicos que resultarán en 2017 más altos en promedio que los vigentes en 2016.

Mientras tanto, para las economías de Centroamérica se espera una tasa de crecimiento de 3,6% en 2017, en lugar del 3,7% proyectado en diciembre. Esto se explica básicamente por la resiliencia observada en la demanda interna -que se prevé sea el motor principal este año- así como también por un buen pronóstico de crecimiento para el principal socio comercial de estas economías: Estados Unidos.

Para el Caribe de habla inglesa u holandesa se estima un crecimiento promedio de 1,4% para 2017, levemente por encima de la tasa proyectada en diciembre (1,3%).

Según la CEPAL, para sostener el mayor crecimiento esperado en 2017 es necesario dar un mayor dinamismo a la inversión y aumentar la productividad vía innovación, con sostenibilidad ambiental y protegiendo el empleo. En este contexto la inversión en infraestructura debe jugar un papel primordial ya que se encuentra en la base de un crecimiento sustentable.

Asimismo, la CEPAL señala que es necesario potenciar la inversión social y productiva en un marco de ajustes fiscales inteligentes. En este sentido, se debe procurar la sostenibilidad de las finanzas públicas de la región pero en un contexto de políticas que tomen en cuenta tanto el impacto sobre la capacidad de crecimiento en el largo plazo, como las condiciones sociales de los habitantes de la región.

DOCUMENTO: http://www.cepal.org/sites/default/files/pr/files/tabla-actualizacion_proyeccionesabril2017.pdf

Instituto Aço Brasil. 25/04/2017. Indústria brasileira do aço deve fechar 2017 em ritmo lento

O consumo aparente de aço no 1º trimestre deste ano apresentou um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando que as vendas internas tiveram nesse mesmo período uma queda de 0,5%, o crescimento verificado no consumo aparente foi suprido pelo aumento das importações, que foi de 73,1%. De janeiro a março desse ano, a produção apresentou um crescimento de 10,9%, canalizado basicamente para as exportações, que tiveram um crescimento de 17,4%.

O significativo crescimento das exportações deve-se à entrada em operação de uma nova usina - a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) -, voltada para o mercado externo e ao enorme esforço despendido pelas demais usinas brasileiras, que por operarem, atualmente, com 40% de ociosidade, aumentaram suas exportações para evitar novos fechamentos de equipamentos e demissões de colaboradores, dado que o mercado interno continua deprimdo. Deve ser considerado ainda que a base de comparação dessas exportações, no 1º trimestre de 2016, é extremamente baixa, o que ajuda a impulsionar as variações percentuais.

Apesar dos resultados do 1º trimestre, para 2017, o Instituto Aço Brasil prevê que a produção brasileira de aço bruto encerre o ano com um crescimento de 3,8% em relação a 2016, totalizando 32,5 milhões de toneladas. Já para as vendas internas de produtos siderúrgicos, está previsto alta de 1,3%, chegando a 16,7 milhões de toneladas, patamar similar ao de 2006. O consumo aparente de aço no País deve ser de 18,7 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 2,9% em comparação com o ano passado. Caso esse resultado seja confirmado, serão mantidos os padrões de uma década atrás.

As previsões do Aço Brasil para esse ano ratificam o que vem sendo alertado pela Coalizão composta pelos segmentos automotivo, produtos químicos, máquinas e equipamentos, têxteis/confecção, calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças, siderurgia, papel e celulose, de que não ocorrerá retomada do mercado interno em 2017. Estes segmentos, que representam 48,5% da produção e 68,5% das exportações da indústria de transformação do País, operam em média com 50% de ociosidade e demitiram, nos últimos 2 anos, cerca de 500 mil colaboradores.

O incremento das exportações de produtos industrializados no curto prazo é a única saída para evitar o agravamento da situação da indústria de transformação e o aumento do desemprego. As exportações podem contribuir de forma decisiva para a retomada rápida e sustentada do crescimento econômico do País. Para tanto, é imprescindível que o governo restitua os tributos não recuperáveis já pagos no consumo de elos anteriores da cadeia produtiva, através do mecanismo do REINTEGRA, elevando a alíquota atual em 3 pontos percentuais (dos atuais 2% para 5%).

A correção dessa assimetria permitirá o aumento imediato das exportações, sem pressões inflacionárias, mantendo o nível de arrecadação tributária e criando mais de 400 mil novos postos de trabalho e injetando mais de US$ 15 bi na economia. Além disso, no curto prazo, o Governo deveria incentivar a exigência de conteúdo local. Esta é uma estratégia adotada por diversos países, como os Estados Unidos e Índia, para manter o desenvolvimento da indústria nacional frente à guerra de mercado no cenário internacional.

BACEN. 25/04/2017. Setor Externo em março/2017

I - Balanço de pagamentos - Março de 2017

Em março, as transações correntes apresentaram superavit de US$1,4 bilhão, determinado por expressivo saldo comercial. Foi o melhor resultado para meses de março, desde 2005. Nos doze meses encerrados em março, as transações correntes registraram deficit de US$20,6 bilhões, equivalente a 1,10% do PIB. Na conta financeira, os ingressos líquidos de investimentos diretos no país somaram US$7,1 bilhões no mês, acumulando US$85,9 bilhões nos últimos doze meses, ou 4,62% do PIB.

A conta de serviços registrou deficit de US$2,5 bilhões em março, diminuição de 13,1% com relação ao mesmo mês do ano anterior. As despesas líquidas com viagens internacionais totalizaram US$ 880 milhões, acréscimo de 26,8% comparadas ao resultado de março de 2016, derivado principalmente de elevação de 18,5% nos gastos em viagens ao exterior. A conta de aluguel de equipamentos apresentou deficit de US$1,6 bilhão em março, redução de 8,5% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.

As despesas líquidas de renda primária totalizaram US$3,2 bilhões no mês, incremento de 30,8% com relação a março de 2016. As despesas líquidas com juros atingiram US$1,3 bilhão, 27,5% acima do ocorrido em março do ano anterior. As remessas líquidas de lucros e dividendos somaram US$1,9 bilhão no mês, aumento de 32,7% quando comparadas aos fluxos observados em março de 2016.

A conta de renda secundária registrou ingressos líquidos de US$178 milhões, recuo de 25,8% em relação a março do ano anterior. As receitas brutas em transferências pessoais totalizaram US$235 milhões, elevação de 14,4% na comparação com março de 2016.

INVESTIMENTO

Os investimentos diretos no exterior apresentaram regressos líquidos de US$12 milhões no mês. No primeiro trimestre, a conta soma aplicações líquidas de US$705 milhões, 52,3% inferiores aos investimentos ocorridos em período correspondente do ano anterior.

Os investimentos diretos no país totalizaram ingressos líquidos de US$7,1 bilhões no mês, aumento de 27,9% com relação ao mesmo mês do ano anterior, destacando-se ingressos líquidos de US$4,2 bilhões na modalidade participação no capital. Os ingressos líquidos de empréstimos intercompanhia somaram US$2,9 bilhões em março.

Os passivos de investimento em carteira registraram saídas líquidas de US$1,4 bilhão no mês, com destaque para fluxos líquidos negativos em ações, US$2,9 bilhões. Os títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico apresentaram saídas líquidas de US$59 milhões, enquanto aqueles negociados no mercado externo propiciaram ingressos líquidos de US$881 milhões, incluída a reabertura de bônus soberano, Global 2026, US$1,1 bilhão em valor de mercado.

As aplicações líquidas de outros investimentos ativos totalizaram US$6,9 bilhões no mês, destacando-se constituição líquida de depósitos no exterior, US$4,1 bilhões, e US$2,7 bilhões em concessões líquidas de créditos comerciais e adiantamentos.

Em março, houve captação líquida de US$1,6 bilhão em passivos de outros investimentos, composto por ingresso líquido de US$2,1 bilhões em créditos comerciais e adiantamentos, e saídas líquidas de US$345 milhões em empréstimos.

II - Reservas internacionais

Em março de 2017, as reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$375,3 bilhões, redução de US$20 milhões em relação ao mês anterior. O estoque de linhas com recompra atingiu US$5,2 bilhões, recuo de US$1,2 bilhão, comparativamente à posição de fevereiro. A receita de remuneração das reservas somou US$314 milhões no em março, enquanto as variações por preços e paridades contribuíram para modificar o estoque com reduções de US$454 milhões e US$47 milhões, na ordem. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$370,1 bilhões em março, aumento de US$1,1 bilhão em relação ao mês anterior.

III - Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para março de 2017 totalizou US$313,7 bilhões, redução de US$7,6 bilhões em relação à posição de dezembro de 2016. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$263,6 bilhões, redução de US$1,4 bilhão no mesmo período comparativo, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$50,1 bilhões, recuo de US$6,3 bilhões.

Dentre os determinantes de variação da dívida externa de longo prazo, destacaram-se as amortizações de US$2,5 bilhões, US$1,3 bilhão e US$1,1 bilhão, respectivamente, de empréstimos tomados por outros setores, títulos emitidos por empresas não financeiras, e bônus da República. Adicionalmente, o estoque cresceu US$587 milhões devido a variações cambiais, e US$1,8 bilhão por elevação de preço dos títulos soberanos. A retração da dívida externa de curto prazo decorreu, principalmente, de amortizações líquidas de US$6,1 bilhões em empréstimos contraídos pelo setor financeiro.

DOCUMENTO: https://www.bcb.gov.br/htms/notecon1-p.asp

PR. MDIC. MRE. REUTERS. PORTAL G1. 24/04/2017. Acordo Mercosul-UE pode entrar em vigor no começo de 2019, diz embaixador. Negociações devem ganhar os contornos finais por volta de outubro, segundo o português João Cravinho.
Por Reuters

O acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia pode entrar em vigor no início de 2019, disse nesta segunda-feira (24) o embaixador da UE no Brasil, o português João Cravinho.
"Vejo um calendário em que o acordo pode ser concluído neste ano, ratificado por autoridades governamentais em 2018 para entrar em vigor no início de 2019", disse Cravinho a jornalistas às margens do I Fórum Espanha Brasil.
De acordo com o embaixador, as negociações devem ganhar os contornos finais por volta de outubro. Para Cravinho, é provável que algumas questões mais sensíveis nas negociações, como a abertura de mercados europeus para o agronegócio da América Latina, com a contrapartida de mais facilidade para produtos de serviços no mercado latino-americano, tenda a ser resolvido por autoridades de mais alto escalão, antes de o acordo ser selado.
Presente no mesmo evento, o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso disse a jornalistas que o temor de que a China se aproprie de crescentes fatias de negócios na América Latina tende a apressar as negociações de europeus e latinos.
"O acordo deve sair por uma questão de necessidade", disse o ex-presidente.
Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer disse que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, prometeu ajuda da Espanha para a finalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer disse que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, prometeu ajuda da Espanha para a finalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
O bloco de países sul-americanos, composto por Brasil, Argentina, Venezuela, Paraguai e Uruguai, negocia um acordo comercial com o bloco de países europeus. Para entrar em vigor, porém, as duas partes precisam apresentar suas propostas.
(Por Aluísio Alves)

PR. MDIC. MRE. REUTERS. PORTAL G1. 25/04/2017. Premiê espanhol diz que UE e Mercosul podem fechar acordo comercial neste ano. Mariano Rajoy participa de evento em São Paulo nesta terça-feira (25).
Por Reuters

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse nesta terça-feira que um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia pode ser fechado neste ano.
Rajoy afirmou, durante participação em um evento em São Paulo, que o acordo está "mais perto do que nunca".
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse no mesmo evento que o Mercosul precisa derrubar barreiras comerciais internas para facilitar um possível acordo comercial com a UE.

CONSULTORIA SAFRA & MERCADO. REUTERS. 24/04/2017. Vendas antecipadas de milho 2ª safra atingem apenas 17% do total, diz consultoria

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas antecipadas da segunda safra de milho do Brasil 2016/17 atingiram 17,1 por cento da colheita prevista, ante 44,5 por cento neste mesmo estágio da temporada passada, estimou nesta segunda-feira a consultoria Safras & Mercado.

As regiões mais avançadas nas vendas estão em Mato Grosso, com 28 por cento da safra vendida, e Goiás/Distrito Federal, com 23 por cento, disse a Safras.

A consultoria projeta a chamada "safrinha" em 58,26 milhões de toneladas neste ano.

Ao contrário do ano passado, quando os preços do milho eram atrativos para produtores rurais, após fortes exportações em meses anteriores, as atuais cotações apresentam forte recuo em meio às projeções de uma colheita recorde.

SAFRA DE VERÃO

Sobre a colheita do milho de verão de 2016/17, a Safras disse que os trabalhos avançaram, até a semana passada, para 83 por cento da área total semeada.

No mesmo período do ano passado, os trabalhos de colheita estavam mais rápidos e haviam sido concluídos em 90,5 por da área estimada, disse a consultoria, em nota à imprensa.

Os trabalhos atingem 92 por cento da área no Rio Grande do Sul, 92 por cento no Paraná, 78 por cento em Goiás/Distrito Federal e 62 por cento em Minas Gerais.

A Safras disse também que a colheita de soja do Brasil em 2016/17 já está 93 por cento da área total, ante 87,4 por cento uma semana antes e 92 por cento um ano antes.

(Por Gustavo Bonato)

CNI. 24/04/2017. Confiança do industrial cai após três meses de crescimento. O ICEI recuou 0,9 ponto em abril frente a março, mas permanece acima da linha dos 50 pontos, o que sinaliza empresários confiantes
Por Maria José Rodrigues
Da Agência CNI de Notícias

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Após três meses consecutivos de crescimento, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 0,9 ponto em abril frente a março e atingiu 53,1 pontos neste mês. Apesar da queda, o indicador permanece acima da linha dos 50 pontos, o que sinaliza empresários otimistas. A informação é da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira, (24). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando ficam acima de 50 pontos mostram industriais confiantes; abaixo dessa linha, indicam empresários com falta de confiança.

O ICEI está 16,3 pontos acima do registrado em abril de 2016, mas abaixo da média histórica, que é de 54 pontos. De acordo com o levantamento, o recuo do indicador frente a março ocorreu, principalmente, por uma acomodação das expectativas em relação à própria empresa e à economia, cujo índice caiu 1,4 ponto, de 58 para 56,6 pontos. “Apesar da queda, o índice permanece acima dos 50 pontos, o que indica que as perspectivas seguem positivas – ainda que o otimismo seja mais moderado do que o registrado em março”, destaca a pesquisa da CNI.

Já o índice sobre condições atuais da empresa e da economia ficou praticamente estável, com queda de apenas 0,3 ponto. No entanto, esse indicador, que registrou 46 pontos em abril, continua abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando percepção negativa dos empresários em relação ao momento presente dos negócios.

O levantamento foi feito entre 3 e 17 deste mês com 2.952 empresas. Dessas, 1.172 são de pequeno porte, 1.106 são médias e 674 grandes.

ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial. Confiança interrompe crescimento

Depois de crescer por três meses consecutivos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 0,9 ponto em abril na comparação com março. Com isso, o indicador recuou para 53,1 pontos, o mesmo valor de fevereiro.

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI): https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/29/55/29556b5f-ab69-4336-b710-6f3ba64c7eea/indicedeconfiancadoempresarioindustrial_abril2017.pdf

FGV. IBRE. 25/04/2017. Inflação prevista pelos consumidores se mantém estável pelo terceiro mês consecutivo

Em abril de 2017, a expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes manteve-se estável pelo terceiro mês consecutivo, em 7,5%. Na comparação com o mesmo período no ano anterior, o indicador recuou 3,2 pontos percentuais.

“O resultado de abril mostra que uma parcela importante da queda nas expectativas dos consumidores nos meses anteriores foi reflexo da surpresa com relação à inflação realizada e da repercussão dessa notícia na mídia. Assumindo que a inflação realizada continuará sua trajetória de queda, espera-se que ao longo dos próximos meses a expectativa de inflação dos consumidores volte a cair, mantendo-se um pouco acima da inflação medida pelo IPCA acumulado em 12 meses”, afirma oeconomistaPedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.

Em abril de 2017, 48,6% dos consumidores consultados previram uma inflação nos 12 meses seguintes inferior a 6,5%, o limite superior de tolerância da meta de inflação do Banco Central. Em dezembro passado, apenas 16,0% dos entrevistados previam inflação neste intervalo.  Entre as três faixas inferiores, o intervalo mais citado continua sendo entre 4,5% e 5,5%, com um aumento de frequência relativa de 1,6 p.p. em relação ao mês anterior. A proporção de consumidores indicando uma inflação abaixo da meta também cresceu entre março e abril, de 11,2% para 16,3% do total de entrevistados. No extremo oposto, a faixa entre 10 e 12% apresentou um aumento de 0,9 p.p, ao passar de 5,8% para 6,7%.

A inflação prevista ficou relativamente estável nas diferentes faixas de renda, exceto pela faixa de renda familiar até R$ 2.100,00, em que a inflação prevista subiu 1,4 ponto em relação ao mês anterior, passando a 9,8%.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015BA4B116957C12

USP. FIPE. ZAP IMÓVEIS. 25/04/2017. Preços de locação e venda de imóveis comerciais caem no 1º trimestre. Entre janeiro e março, indicadores de venda e locação recuaram 1,18% e 0,74%, respectivamente, aponta pesquisa FipeZap.
Por G1

Os preços de locação dos imóveis comerciais fecharam o 1º trimestre em queda, segundo o índice FipeZap, que acompanha o mercado do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. De acordo com o levantamento, o preço médio do metro quadrado caiu 1,18% no acumulado nos 3 primeiros meses do ano, ao passo que os preços de locação recuaram 0,74%.
No acumulado nos últimos 12 meses, os preços anunciados de venda e de aluguel recuaram 3,19% e 6,90%, respectivamente. Descontada a inflação do período, de 4,57% (medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE), os preços dos imóveis comerciais acumulam queda de 7,42% para venda e de 10,97% para locação.
O indicador acompanha o preço médio de conjuntos e salas comerciais de até 200 m² com base em anúncios da internet.
As maiores quedas foram registradas no Rio de Janeiro, com recuo de 6,31% nos preços para venda e de 13% nos preços para locação. Em São Paulo, houve baixa de 2,86% e 5,52% respectivamente.
Entre as 4 cidades pesquisadas, o Rio continua sendo o local com os imóveis comerciais mais caros para venda. Em março, o valor médio do m² foi de R$ 11.214, enquanto São Paulo segue com o preço mais caro de locação: R$ 45,35 o metro quadrado.
A pesquisa compara ainda o investimento em imóveis com uma alternativa considerada de menor risco, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). O levantamento aponta que quem optou por imóveis tem registrado perdas desde 2015, em geral.
Segundo o estudo, em março os proprietários de salas comerciais locadas tiveram um retorno médio de 2% (resultado da combinação entre o recebimento dos aluguéis e da desvalorização dos bens), enquanto que o CDI rendeu 13,9%.

BNDES. 25/04/2017. Aprovações de financiamentos do BNDES para máquinas e equipamentos sobem 32% no 1º trimestre. Estatísticas operacionais apontam sinais de recuperação da demanda por crédito para bens de capital e infraestrutura. BNDES desembolsa R$ 15,1 bilhões nos três primeiros meses do ano. Participação de micro, pequenas e médias empresas no total de desembolsos do Banco atinge 41%. Linha de capital de giro mantém destaque com R$ 1,8 bilhão liberado no trimestre, alta de 345%

As estatísticas operacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro trimestre de 2017 reforçam a expectativa de melhora da atividade econômica, com recuperação gradual da demanda por recursos do BNDES ao longo do ano. Um sinal importante aparece nos números da linha BNDES Finame, que financia a aquisição de máquinas e equipamentos. As aprovações dessa linha (etapa anterior ao desembolso) subiram 32% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. Foram R$ 4,6 bilhões aprovados entre janeiro e março deste ano contra R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2016.

As consultas para financiamentos na área de Infraestrutura também cresceram 25% no primeiro trimestre de 2017, com projetos somando R$ 9,3 bilhões. No setor de Comércio e Serviços, as consultas subiram 14% na mesma comparação com igual trimestre do ano anterior, somando R$ 5,3 bilhões. Outro destaque positivo no trimestre foi a alta de 46% dos desembolsos para inovação, que somaram R$ 590 milhões.

Os números globais de desembolsos, no entanto, por espelharem consultas em anos passados, demoram um pouco mais a reagir. Ainda refletindo o quadro econômico de baixa demanda por financiamentos dos últimos dois anos, o total de desembolsos nos três primeiros meses deste ano somou R$ 15,1 bilhões, com recuo de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em março o BNDES desembolsou R$ 5,1 bilhões, com queda de 18% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram desembolsados R$ 6,2 bilhões. Os desembolsos da Finame somaram R$ 4,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 11% abaixo do liberado no mesmo período do ano passado.

Cabe ressaltar, entretanto, que a queda dos desembolsos está desacelerando. Na primeira metade de 2016, os desembolsos caíram 42% ante o mesmo período do ano anterior. O segundo semestre mostrou retração mais amena, de 28%, também em relação ao mesmo período de 2015. A queda de 17% no primeiro trimestre de 2017 confirma essa tendência.

Capital de giro e MPMEs – Ainda em consequência do contexto econômico, a linha BNDES Progeren, que financia capital de giro para empresas com dificuldade de acesso a crédito de curto prazo, seguiu como principal destaque nos desembolsos do primeiro trimestre. A linha desembolsou R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 345% na comparação com o mesmo período de 2016. Em apenas três meses o BNDES Progeren desembolsou mais do que a metade do volume de crédito liberado nessa linha em todo o ano passado, que foi de R$ 2,7 bilhões. No acumulado em 12 meses, foram R$ 4 bilhões, alta de 138% em relação a igual período imediatamente anterior. Cerca de 80% desses recursos foram para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), ajudando a aumentar a participação do segmento no volume total de desembolsos do Banco, e cumprindo o objetivo de evitar que mais empresas entrem em recuperação judicial ou falência, com a consequente perda de ativos produtivos e empregos.

Entre janeiro e março deste ano, o BNDES desembolsou R$ 6,2 bilhões em mais de 80 mil operações com MPMEs, 41% de tudo o que o Banco emprestou no período. É a maior fatia alcançada por esse segmento nos desembolsos do Banco em um trimestre nos últimos três anos. No primeiro trimestre de 2015 e no de 2016, essa participação havia ficado em, respectivamente, 30% e 39%. Nos últimos 12 meses, entre abril de 2016 e março de 2017, o segmento respondeu por 31%.

O crescimento da participação das MPMEs nos desembolsos do BNDES reflete uma série de iniciativas lançadas nos últimos meses para ampliar e simplificar o acesso desse segmento ao crédito do Banco. Entre elas, criação de novos canais de distribuição do Cartão BNDES, aumento de prazos, a maior agilidade nos processos e a ampliação de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões do limite de faturamento para o enquadramento de empresas nas condições de financiamento do BNDES para esse segmento.

O primeiro trimestre deste ano registrou alta de 27% nas liberações para médias empresas, mas houve estabilidade entre as pequenas empresas e queda de 33% do desembolso para microempresas. É o que explica o recuo de 11% dos desembolsos para MPMEs no período, apesar do avanço da participação do segmento no desembolso total do Banco. A retração dos desembolsos para grandes empresas foi quase duas vezes maior: 20%, sempre na comparação com igual período do ano anterior.

Agropecuária em alta – Entre os setores econômicos, a Agropecuária segue em destaque com R$ 3,3 bilhões liberados entre janeiro e março deste ano, alta de 6% em relação a igual período do ano passado. Motivado pela safra recorde, o setor ficou com pouco mais de 22% de tudo o que o BNDES emprestou para investimentos nos três primeiros meses deste ano, refletindo diversos programas agrícolas do Governo Federal.

A maior parcela dos desembolsos do BNDES foi para a Infraestrutura, que respondeu por 33,5% do total com pouco mais de R$ 5 bilhões no trimestre. Apesar dessa cifra significar queda de 13% em relação ao primeiro trimestre de 2016, três segmentos de Infraestrutura destacaram-se positivamente. Transporte ferroviário e energia elétrica tiveram, respectivamente, alta de 106% e 9%. Já o setor de telecomunicações somou desembolsos de R$ 693 milhões nos três primeiros meses do ano, alta de 929% ante igual período do ano passado, com uma concentração de investimentos em modernização de redes.

O setor de Comércio e Serviços ficou com quase 24% dos recursos liberados pelo BNDES no primeiro trimestre, somando R$ 3,6 bilhões (-2%). A maior queda na comparação com o mesmo trimestre do ano passado foi a da Indústria (-43%), cuja capacidade ociosa não tem estimulado investimentos. Foram R$ 3,1 bilhões liberados, pouco mais de 20% do desembolso total do BNDES.

No recorte regional, a liberação de crédito para investimentos no Nordeste e no Centro-Oeste subiu, respectivamente, 14% e 29%, no primeiro trimestre, enquanto houve retração nas outras regiões na comparação com o mesmo período de 2016. A maior foi na região Sul, com redução de 35% dos desembolsos.

Boletim de Desempenho: http://www.bndes.gov.br/wps/contenthandler/site/!ut/p/spa/Z6_L9KEH4O0L05T40AD374U7E0K82/html/www.bndes.gov.br/desembolsos

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