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March 9, 2017


FED. 03/09/2017. Financial Accounts of the United States

These data are typically released during the second week of March, June, and December, and the third week of September.

FULL DOCUMENT: https://www.federalreserve.gov/releases/z1/Current/z1.pdf

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IBGE. 09/03/2017. Em fevereiro, IBGE prevê safra de grãos 21,8% maior que a de 2016

Estimativa de fevereiro para 2017
224,2 milhões de toneladas
Variação fevereiro / janeiro 2017
1,3 % (+ 2,9 milhões de toneladas)
Variação safra 2017 / safra 2016
21,8 % (+ 40,2 milhões de toneladas)
A segunda estimativa de 2017 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 224,2 milhões de toneladas, 21,8% superior à obtida em 2016 (184,0 milhões de toneladas). A estimativa da área a ser colhida é de 60,3 milhões de hectares, apresentando acréscimo de 5,7% frente à área colhida em 2016 (57,1 milhões de hectares). Frente à informação de janeiro, a produção variou positivamente 1,3% e a área 0,8%. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 93,0% da estimativa da produção e responderam por 87,1% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,1% na área da soja, de 11,1% na área do milho e de 2,0% na área de arroz. No que se refere à produção, houve acréscimos de 13,2% para a soja, de 11,1% para o arroz e de 39,6% para o milho.
Nessa avaliação para 2017, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,3%, seguido pelo Paraná (18,7%) e Rio Grande do Sul (14,8%), que, somados, representaram 60,3% do total nacional previsto. Outros estados importantes na produção de grãos foram Goiás (10,1%), Mato Grosso do Sul (7,7%), Minas Gerais (5,9%), Bahia (3,6%), São Paulo (3,6%), Santa Catarina (2,9%) e Maranhão (2,0%) que integram também o grupo dos dez maiores produtores do País.
Estimativa de fevereiro para a safra 2017 é 1,3% maior que a de janeiro
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, comparativamente ao mês de janeiro: café canephora (3,8%), soja (1,3%), arroz (1,0%), milho (0,5%) e algodão (-2,0%).
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) - A estimativa da produção brasileira de algodão para 2017 foi reduzida em 2,0% frente ao mês anterior, passando para 3.650.823 toneladas. A área a ser plantada foi reduzida em 0,8%, passando a 956.254 hectares, enquanto que o rendimento médio foi reduzido em 1,2%. O GCEA/BA reduziu em 4,4% a estimativa da produção da Bahia, segundo maior produtor do país, em decorrência da reavaliação do rendimento médio, que apresentou queda de 5,1% frente ao mês anterior. Já Goiás, teve sua estimativa de produção reduzida em 26,0% pelo GCEA/GO, que constatou uma redução de mesmo percentual na área plantada com a cultura. O GCEA/MT manteve as estimativas de MT, maior produtor do país com participação de 66,3% do total a ser colhido este ano.
ARROZ (em casca) - O ano de 2017 segue apresentando condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da cultura nos principais estados produtores, fato que reflete numa expectativa de crescimento na produção nacional do cereal. O país deve produzir um total de 11.759.096 toneladas, numa área de 1.977.433 hectares, com rendimento médio de 5.947 kg/ha. Em fevereiro, houve um acréscimo de 1,0% na estimativa de produção nacional com relação ao mês anterior, influenciada principalmente pelo aumento de 1,0% na área plantada e a ser colhida no Rio Grande do Sul onde, de acordo com a Emater/Ascar, boa parte dos municípios superou a intenção de plantio informada. Com isso, estima-se que o estado deve alcançar 1.102.383 hectares de área plantada. Nas demais regiões do país não houve significativa alteração na estimativa de produção, o que acaba por não impactar de forma sensível os números da produção nacional até então levantados.
CAFÉ CANEPHORA (em grão) - A estimativa da produção alcança 540.189 toneladas, ou 9,0 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 3,8% frente ao mês anterior. A área plantada e a área a ser colhida aumentaram 14,4% e 0,7%, respectivamente, enquanto o rendimento médio aumentou 3,0%. O GCEA/ES revisou as estimativas para o Espírito Santo, maior produtor nacional do café canephora (conillon). A estimativa da produção deve alcançar 339. 367 toneladas, aumento de 6,1% frente ao mês anterior, reflexo dos aumentos de 1,1% na área a ser colhida e de 4,9% no rendimento médio. A área plantada foi revista para 312.255 hectares, aumento de 24,0%, renovando o ânimo dos produtores em investir nas lavouras e recuperar a capacidade de produção dos cafezais para os próximos anos. Em 2015 e 2016, em decorrência da seca que assolou as principais regiões produtoras do estado, as lavouras sentiram em diferentes graus as condições climáticas adversas, muitas, inclusive, sem condições de recuperação, havendo necessidade de replantio. Após o retorno das chuvas no final de 2016, os técnicos vêm avaliando as condições das lavouras e melhorando mês a mês as estimativas de produção para 2017.
MILHO (em grão) - A estimativa de produção de milho em 2017 segue em elevação, alcançando em fevereiro um volume esperado de 88.458.923 toneladas, aumento de 0,5% em relação ao mês anterior. Tanto a produção de milho de 1ª safra quanto a de 2ª safra colaboraram para a elevação do volume previsto para 2017. A estimativa da produção do milho 1ª safra passou a 29.838.994 toneladas, um acréscimo de 0,6%. Este aumento foi motivado principalmente pela expectativa de maior produtividade na Região Sul, maior produtora da safra de verão com 43,7% do volume total, e que elevou o rendimento médio esperado em 1,2%, podendo alcançar 7.672 kg/ha. Minas Gerais, que mais uma vez deve ocupar o posto de maior produtor de milho na 1ª safra, teve suas áreas reavaliadas positivamente em 1,9% pelo GCEA/MG, com destaque para as regiões de Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro, e São João del Rei, na Região Central, impactando sua produção em 1,0%. O Estado deve produzir 5.693.048 toneladas neste ano. Já na 2ª safra, a Região Centro-Oeste deve responder por 65,7% da produção nacional com 38 505 429 toneladas. Esse volume representa um acréscimo de 0,6% na produção da região comparado aos previsto no mês anterior. O GCEA/GO aumentou em 179 719 toneladas a estimativa da produção de Goiás, em razão de um acréscimo de 2,2% na área plantada. Esta estimativa, juntamente com um aumento de 98.500 hectares de área cultivada no Pará, prevista pelo GCEA/PA, que também aumentou em 375.750 toneladas sua estimativa de produção em relação ao mês anterior, contribuiu para o aumento de 0,5% do volume produzido na 2ª safra no país, que passa a ser de 58.619.929 toneladas, representando 66,3% da produção nacional do grão.
SOJA (em grão) - Com a colheita adiantada nos principais estados produtores, a expectativa de safra recorde em 2017 está mantida e segue em crescimento, com uma produção estimada em 108.404.791 toneladas, valor 1,3% superior ao divulgado em janeiro, o que representou um crescimento de 1.365.383 toneladas. As boas condições climáticas neste início do ano favoreceram o desenvolvimento das lavouras e, conseqüentemente, elevou em 1,1% o rendimento médio. O Mato Grosso do Sul, através do seu GCEA, aumentou sua estimativa de produção em 6,5%, que deve atingir 8.262.000 toneladas um novo recorde no estado. Com o andamento da colheita e a manutenção das boas condições climáticas, a produtividade das lavouras do estado foi elevada em 5,9% este mês. O mesmo ocorreu nos estados do Paraná (1,4%), Rio Grande do Sul (1,1%), e Goiás (2,1%). Além das boas condições climáticas, os preços elevados na época do plantio proporcionaram um alto investimento dos produtores em tecnologia, alcançando recorde de produção em vários estados. Porém, a expectativa de safra recorde no Brasil e nos Estados Unidos tem influenciado os preços do produto nas bolsas internacionais. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), os preços da soja nos últimos 30 dias no porto de Paranaguá (PR), passou de R$ 79,60 para R$ 72,50, uma queda em torno de 9,0%.
Estimativa de fevereiro de 2017 em relação à produção de 2016
Dentre os vinte e seis principais produtos, dezesseis apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (8,2%), amendoim em casca 2ª safra (35,7%), arroz em casca (11,1%), batata-inglesa 1ª safra (4,9%), batata-inglesa 2ª safra (3,6%), cacau em amêndoa (28,4%), café em grão-canephora (15,3%), cebola (0,2%), feijão em grão 1ª safra (40,1%), feijão em grão 2ª safra (37,8%), mamona em baga (18,4%), milho em grão 1ª safra (22,7%), milho em grão 2ª safra (50,2%), soja em grão (13,2%), sorgo em grão (62,4%) e triticale em grão (11,9%). Com variação negativa foram dez produtos: amendoim em casca 1ª safra (-2,3%), aveia em grão (-20,5%), batata-inglesa 3ª safra (-16,1%), café em grão - arábica (-16,7%), cana-de-açúcar (-1,0%), cevada em grão (-1,0%), feijão em grão 3ª safra (-0,8%), laranja (-7,4%), mandioca (-12,5%) e trigo em grão (-3,6%).Os levantamentos de Cereais, leguminosas e oleaginosas foram realizados em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra das principais lavouras brasileiras, iniciado em outubro de 2007.


MAPA. Conab. 09/03/2017. Safra de grãos eleva recorde histórico para 222,9 milhões de toneladas

A produção brasileira de grãos 2016/17 deve alcançar 222,9 milhões de toneladas, um recorde histórico, segundo o 6º levantamento da safra, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (9), em Brasília.A estimativa indica um aumento de 19,5% – ou 36,3 milhões de toneladas – em relação ao ciclo 2015/2016, quando foram colhidas 186,6 milhões de t. Soja e milho representam quase 90% do total de grãos produzido no país.

O crescimento se deve à recuperação da produtividade média das culturas, que nesta temporada não foram prejudicadas com más condições climáticas, algo que ocorre na safra passada, e ao aumento de área. A previsão é de ampliação de 2,8% na área total em relação à safra anterior, podendo chegar a 60 milhões de hectares. Esse prognóstico de área inclui as culturas de segunda safra.

A soja deve ter crescimento de 12,8% na produção, devendo atingir 107,6 milhões de toneladas, com aumento de 12,2 milhões de t em comparação com a safra anterior. A previsão é que a área aumente 1,9%, chegando a 33,9 milhões de hectares.

Já o milho total deve alcançar 89 milhões de toneladas (33,7% superior à safra 2015/2016), com 29,3 milhões de toneladas para a primeira safra e 59,7 milhões para a segunda. A área total grão é estimava em 16,8 milhões de hectares (5,3% acima da safra anterior).

Desde o último levantamento, a Conab vem apresentando a estimativa desagregada de produção de arroz cultivado nos sistemas sequeiro e irrigado, além dos números da expansão da irrigação no Brasil e sua importância na safra de grãos. A previsão total de arroz, neste 6º levantamento, é de 12 milhões de toneladas e aumento de 12,9% frente à safra anterior, com 1,2 milhão de t de sequeiro e 10,8 milhões de irrigado.

A produção do feijão primeira safra deve chegar a 1,38 milhão de toneladas, resultado 33,6% superior à safra passada. São 862,2 mil toneladas para o tipo carioca, 318,3 mil para o preto e 201,5 mil para o caupi. Já o algodão pluma pode ter incremento de 11,9% e chegar a 1,44 milhão de toneladas, mesmo com uma redução de 3,1% na área cultivada. A preferência pelo cultivo de soja teve reflexo na redução de áreas do algodão e do arroz, o que não acontece com as demais culturas de primeira safra.

Exportações

O estudo traz também dados sobre as principais rotas de escoamento da soja destinada ao mercado internacional. De acordo com a Segunda Estimativa das Exportações do Complexo Soja por Portos - Safra 2016/17, os embarques de soja devem chegar a 74,9 milhões de toneladas. Os portos mais utilizados continuam sendo o de Santos/SP, que tem como principais usuários os produtores de Mato Grosso, e Paranaguá/PR, preferido pelos produtores paranaenses.

CNA. 07/03/2017. Queda de safra impacta PIB da agropecuária

Brasília/Distrito Federal (07/03/2017) – A queda da safra devido aos problemas climáticos impactou negativamente o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária, divulgado nesta terça (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise está no Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo o IBGE, o PIB agropecuário teve queda de 6,6% em 2016 na comparação com 2015, reflexo da seca no início do ano passado, que afetou a colheita da safra 2015/2016 e a produção de milho safrinha.
Segundo o IBGE, o PIB total brasileiro recuou 3,6% em 2016 em relação ao ano anterior. Além da queda na agropecuária (6,6%), indústria e serviços tiveram retração de 3,8% e 2,7%, respectivamente.

Comunicado Técnico do PIB: http://www.cnabrasil.org.br/artigos-tecnicos/comunicado-tecnico-pib-marco-2017

FGV. IBRE. 09/03/2017. IGP-M avança na primeira prévia de março

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou taxa de variação de 0,25%, na apuração referente ao primeiro decêndio de março. No mesmo período de apuração do mês anterior, este índice registrou taxa de 0,10%. A apuração referente ao primeiro decêndio do IGP-M de março compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 28 do mês de fevereiro.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,23%, no primeiro decêndio de março. No mesmo período do mês de fevereiro, o índice variou 0,01%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais passou de -1,02% para 0,03%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,36% para 2,27%. O índice correspondente aos Bens Intermediários variou -0,02%, ante 1,32%, no mês anterior. A principal contribuição para este recuo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção,que passou de 2,67% para -2,01%.

O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de 0,71%. No mês anterior, a taxa foi de -0,18%. Entre os itens com taxas em trajetória crescente, destacam-se: minério de ferro (-0,76% para 5,84%), aves (-7,22% para  3,66%) e leite in natura (0,04% para 6,93%). Em sentido oposto, vale mencionar: mandioca (aipim) (15,85% para -2,61%), soja (em grão) (-1,48% para -4,00%)e café (em grão) (4,55% para -1,67%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou taxa de variação de 0,17%, no primeiro decêndio de março. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,22%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (1,75% para -0,44%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 3,56% para 0,00%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos:Vestuário (0,69% para 0,14%) e Comunicação (0,27% para -0,01%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: calçados masculinos (1,33% para -2,22%) e tarifa de telefone móvel (0,60% para 0,00%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (-0,41% para -0,19%), Transportes (0,29% para 0,64%), Habitação (0,17% para 0,27%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,51%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,45%). Nestas classes de despesa, vale mencionar: hortaliças e legumes (-3,86% para -0,87%), gasolina (-0,81% para 0,33%), móveis para residência (-1,01% para 0,62%), medicamentos em geral (-0,04% para 0,40%) e cigarros (0,00% para 0,40%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 0,54%, no primeiro decêndio de março. No mês anterior, esse índice apresentou taxa de variação de 0,39%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,23%. No mês anterior, este índice variou 0,52%. O índice que representa o custo da Mão de Obra apresentou variação de 0,80%. No mês anterior, este índice variou 0,28%.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015AB299138351BD

EMBRAER. 09/03/2017. EMBRAER DIVULGA OS RESULTADOS DO 4º TRIMESTRE, DO ANO DE 2016 E ESTIMATIVAS PARA 2017

DESTAQUE

  • No 4º trimestre de 2016 (4T16), a Embraer entregou 32 aeronaves comerciais e 43 executivas (25 jatos leves e 18 grandes). No ano, a Companhia entregou um total de 108 aeronaves comerciais e 117 aeronaves executivas (73 jatos leves e 44 grandes), alcançando sua estimativa de entregas para 2016;
  • A Receita líquida atingiu R$ 6.702,2 milhões no 4T16 e R$ 21.435,7 milhões no ano, levemente superior às estimativas da Companhia para o ano; 
  • As margens EBIT  e EBITDA² atingiram 13,7% e 18,8%, respectivamente, no 4T16 e no ano ficaram em 3,3% e 8,7% respectivamente;
  • Durante o 4T16, a Embraer apresentou alguns itens não recorrentes relacionados ao pedido de concordata da Republic Airways, ao programa de demissão voluntária (PDV) e ao encerramento da investigação do FCPA. Excluindo-se esses itens, no 4T16 as margens EBIT e EBITDA ajustadas foram de 12,2% e 17,2% e no ano foram de 7,9% e 13,3%, respectivamente. As margens EBIT e EBITDA ajustadas ficaram dentro das estimativas anuais da Companhia de 7,0% a 8,0% e de 12,7% a 13,5%, respectivamente;
  • A Geração livre de caixa ajustado quanto aos impactos no caixa dos itens não recorrentes foi de R$ 962,8 milhões no 4T16 e encerrou o ano negativo em R$ 1.478,7 milhões, dentro das estimativas da Companhia;
  • No 4T16, a Embraer apresentou Lucro líquido de R$ 648,3 milhões e Lucro por ação de R$ 0,8813 (R$ 694,2 milhões e R$ 0,9437, excluindo-se impostos diferidos e itens não recorrentes). No ano, o Lucro líquido total foi de R$ 585,4 milhões e o Lucro por ação ficou em R$ 0,7959 (R$ 969,4 milhões e R$ 1,3179 excluindo esses mesmos itens);
  • Para 2017, a estimativa da Companhia é de atingir Receita líquida de US$ 5,7 a US$ 6,1 bilhões, impulsionada pelas entregas estimadas de 97 a 102 jatos na Aviação Comercial e de 105 a 125 jatos na Aviação Executiva. A estimativa é de que a margem EBIT consolidada fique entre 8,0 a 9,0% e que o Fluxo de caixa livre seja de um consumo máximo de US$ 150 milhões. Mais detalhes sobre as estimativas da Companhia para 2017 são apresentados na página 10.

DOCUMENTO: http://www.embraer.com.br/Documents/noticias/Embraer_Release%20BR%204T16_FINAL.pdf

CNI. 09/03/2017. Cresce a importância do mercado externo para a indústria. Estudo da CNI mostra que empresas exportaram 16,3% da produção em 2016. Participação de importados no mercado interno diminuiu para 16,9% e houve substituição de insumos industriais estrangeiros por nacionais 

O coeficiente de exportação da indústria brasileira alcançou 16,3% no ano passado. O indicador, que mostra a parcela da produção industrial vendida para o exterior, é 4,2 pontos percentuais maior que os 12,1% registrados em 2014, informa o estudo Coeficientes de Abertura Comercial, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (9). Entre os setores cujo coeficiente de exportação teve crescimento mais expressivo no ano passado estão fumo, madeira, veículos automotores, máquinas e equipamentos, metalurgia e celulose e papel.

De acordo com a CNI, o mercado externo ganhou importância para a indústria por causa da desvalorização do real, que aumentou a competitividade do produto brasileiro. Além disso, o aumento do coeficiente de exportação reflete o encolhimento do consumo interno. "A preços de 2007, o valor da produção acumulou queda de 17% entre 2014 e 2016", diz o estudo, feito em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

"A desvalorização do real deixou os produtos brasileiros mais competitivos, o que foi positivo. Mas teve o lado negativo, que foi a queda no consumo interno. A medida que as pessoas reduziram as compras de produtos industrializados, as exportações passaram a ser uma saída para a indústria evitar uma queda maior na produção", avalia o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

A desvalorização do real também estimulou a substituição de produtos estrangeiros por nacionais. O coeficiente de penetração das importações, que revela a participação dos produtos estrangeiros no mercado brasileiro, caiu de 17,8% em 2014 para 16,9% no ano passado.

Gráfico-coeficientes-760-090317.jpg

SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES - A indústria também reduziu o uso de insumos importados. O coeficiente de insumos industriais importados caiu de 24,7% em 2015 para 23,3% em 2016. Isso é resultado do aumento de preços das importações. Somente três dos 23 setores pesquisados aumentaram o uso de insumos industriais importados entre 2015 e 2016: químicos, farmoquímicos e farmacêuticos e minerais não metálicos. "Os resultados setoriais revelam diferenças quanto à facilidade em substituir insumos importados por produção doméstica", analisa a CNI.

O estudo mostra ainda que a receita da indústria com as exportações superou os gastos com a importação de insumos industriais. O coeficiente de exportações líquidas subiu de 4,1% em 2015 para 7,4% em 2016. Com isso, o indicador acumula um aumento de 7,2 pontos percentuais na comparação com 2014.

Coficientes de Abertura Comercial

Os Coeficientes de Abertura Comercial são importantes porque mostram o grau de integração da indústria brasileira à economia mundial e é um  indicador da competitividade do país, explica Renato da Fonseca.  “Quanto mais competitiva a indústria, menor é o coeficiente de penetração das importações, porque menor é a participação dos produtos estrangeiros no seu mercado", afirma. Além disso, quando um país é competitivo, os coeficientes de exportações são altos, porque há uma maior presença da indústria no mercado externo.

  • Coeficiente de Penetração das Importações: mede a participação dos produtos estrangeiros no consumo nacional. Quanto maior o coeficiente de penetração, maior é a participação de importados no mercado interno.
  • Coeficiente de Exportação: avalia a participação das vendas externas no valor da produção industrial. Quanto maior o coeficiente de exportação, maior é a importância do mercado externo para o setor.
  • Coeficiente de Insumos Industriais Importados: mostra a participação dos insumos industriais estrangeiros no total de insumos industriais utilizados pela indústria. Quanto maior o coeficiente, maior é a utilização de insumos importados pela indústria.
  • Coeficiente de Exportações Líquidas: aponta o saldo entre a receita obtida com as vendas externas e as despesas com insumos industriais importados, ambas medidas em relação ao valor da produção. 

Coeficientes de Abertura Comercial. Mercado externo fica mais importante para a indústria

O coeficiente de exportação da indústria de transformação a preços constantes sobe de 14,3% em 2015 para 16,3% em 2016. O indicador acumula aumento de 4,2 pontos percentuais frente a 2014, ano de seu menor percentual desde o início da série em 2003. O aumento do coeficiente de exportação deve-se tanto ao crescimento das quantidades exportadas como à queda nas vendas domésticas.



Coeficientes de Abertura Comercial: https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/9b/c9/9bc9f808-9c59-4fab-83e4-e7512098ae0d/coeficientesdeaberturacomercial_numero1_2017.pdf

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ANÁLISE

Bloomberg Brasil. 02/03/2017. O paradoxo do ciclo de corte da Selic
Por Josué Leonel.

Ao mesmo tempo em que mantém a porta aberta a uma aceleração do corte da Selic, a ata do Copom mostra que os membros do comitê estão cientes de um aspecto paradoxal no cenário para a taxa de juros. Caso perceba o espaço para um ciclo mais estendido de cortes, o BC pode acelerar o ritmo. Ou seja, a extensão total do ciclo é crucial para determinar o passo em cada Copom. Este ritmo, porém, também pode influenciar o tamanho do ciclo.

Dois ditados populares podem ilustrar o paradoxo: “devagar se vai ao longe” e “a pressa é inimiga da perfeição”. Traduzindo para a economia, cortar mais rapidamente os juros e antecipar parte do corte total poderia levar a uma elevação também antecipada da atividade e inflação, exigindo que o BC pare de cortar a Selic antes do previsto. Ir mais devagar, por outro lado, diminuiria o risco de uma recidiva inflacionária, podendo permitir que o processo de alívio perdure por muito mais tempo, levando a uma Selic final menor.

Em um exemplo, se o BC tiver em mente um ciclo total de corte de 400 pontos e acelerar o ritmo para 100 pontos a cada Copom, em apenas três reuniões o corte já seria de 300 pontos, consumindo a maior parte do ciclo. A dúvida seria como as expectativas de inflação iriam se comportar em um quadro de corte rápido do juro, diz Alberto Ramos, economista do Goldman Sachs em Nova York. “A velocidade do corte tem implicação diferente para a inflação projetada.”

No parágrafo 19 da ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, o BC diz que, em relação ao ritmo de flexibilização ao longo do ciclo, para uma dada estimativa de sua extensão, uma intensificação do ritmo equivale a um maior grau de antecipação do ciclo. Logo em seguida, contudo, o parágrafo mostra que, para alguns membros do Copom, o ritmo de corte também pode afetar o tamanho do ciclo. “Alguns membros do Comitê ponderaram que
essa estimativa de extensão poderá ser revisada também em função do grau de antecipação do ciclo”, diz a ata.

2017-03-02_15-43-10

Embora considere a reforma da Previdência a de maior peso para a política fiscal, Ramos não a vê no curto prazo como decisiva para a definição do juro neutro da economia, como vem sendo avaliado no mercado. Do ponto de vista da produtividade, por exemplo, outras reformas, como a trabalhista, podem ter peso até maior, diz o economista. Para Ramos, um juro neutro menor depende de uma ampla agenda de mudanças macro e microeconômicas que tornem a economia mais competiviva.

A reforma da Previdência, contudo, mesmo sem afetar o juro neutro no curto prazo, pode afetar a decisão do Copom pelo canal da confiança. Por ser considerada a mais desafiadora politicamente, esta reforma geraria maior confiança na capacidade do governo de cumprir sua agenda de mudanças, possivelmente gerando mais entradas de capital e apreciação da moeda. Por essa via da confiança, haveria espaço para uma aceleração do corte da Selic para um ponto percentual, diz Ramos.

O BC acelerar o ritmo de corte da Selic de 0,75 pp para 1 pp não significaria que o ciclo total de cortes também será maior, diz Luis Otavio Leal, economista-chefe do ABC Brasil. O BC poderia estar fazendo um “trade off” com a questão de antecipação do ciclo. O BC pode chegar no mesmo lugar, mas em uma reunião antes”, diz o economista. “Neste momento, parece bem claro que qualquer tipo de aceleração é alguma antecipação, não aumento do ciclo, mas o BC deixou porta aberta inclusive para isso, para acelerar em qualquer momento”, diz Leal.

No caso de tudo caminhar bem, com aprovação das reformas, com o câmbio permanecendo calmo e sem sustos na política, alguns analistas também não descartam a possibilidade de ocorrer os dois desdobramentos positivos: um ciclo mais rápido de cortes e ao mesmo tempo mais profundo. O Banco Fibra, por exemplo, prevê uma redução de 0,5 ponto percentual da taxa neutra da economia com o avanço da reforma da Previdência. O banco vê espaço para o BC para acelerar o ritmo de corte para 1 pp nas próximas reuniões, com a Selic chegando a 8,5% ao longo do ano.

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