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August 24, 2016

MF. MPOG. BACEN. 24/08/2016. Meirelles defende PEC dos gastos em audiência pública na Câmara dos Deputados. PEC 241/2016. Ministro reafirma que medida faz parte da estratégia do governo para enfrentar crise e retomar investimento
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participa de audiência pública na Comissão Especial do Novo Regime Fiscal, na Câmara dos Deputados, que está em andamento. Ele apresentou os principais argumentos para aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita o crescimento dos gastos públicos federais.

Em sua explanação aos parlamentares, o ministro fez um resumo da proposta do Executivo para conter o aumento das despesas, encaminhada ao Congresso Nacional. Explicou que os gastos da União nos próximos 20 anos não podem ser superior à inflação, mas lembrou que após 10 anos sob o novo regime o Legislativo pode rever a medida e definir as regras para os 10 anos seguintes.

Também citou que a PEC não implica em punição ou paralisia de programas governamentais, mas o descumprimento aciona medidas automáticas de controle das despesas no ano seguinte.

A PEC dos gastos, disse Meirelles,  faz parte da estratégia de enfrentamento da crise e retomada do investimento, pois ela cria condições para a volta do equilíbrio fiscal com visão de longo prazo.  “A proposta cria regras que contenham a pressão por expansão dos gastos além da capacidade de pagamento do governo”.

Meirelles defendeu ainda que a experiência internacional mostra que um ajuste das contas públicas bem sucedido e com impacto positivo sobre o crescimento de longo prazo coloca ênfase na contenção da despesa. Além disso, disse, é um ajuste de longa duração e enfoque no longo prazo, em vez de constituído por medidas pontuais de ajuste, que podem ser revertidas.

Segundo o ministro, em ajustes dessa natureza, a confiança das empresas e dos consumidores reage fortemente, permitindo a recuperação do investimento e do crescimento. “Com isso, os investimentos crescem, os empregos voltam e a economia se recupera.”

Saúde e Educação

Mereilles esclareceu que a PEC 241 não obriga qualquer redução de gastos com saúde e educação, apenas altera a fórmula de cálculo do limite mínimo (piso) dessas despesas. No caso da saúde, a proposta é vincular o limite mínimo do gasto ao IPCA e não mais à Receita Corrente Líquida (RCL), como é atualmente.

“Em momentos de crise a correção pela inflação protege o investimento em saúde, enquanto a vinculação á receita nem sempre gera um limite mais alto”, argumentou o ministro.

Ele citou que em 2014, os gastos com saúde pelo critério de 13,2% da RCL totalizaram R$ 84,7 bilhões; em 2015, R$ 89 bilhões; e em 2016 R$ 91,7 bilhões. Pelo critério de piso vinculado à inflação, esses valores subiriam, respectivamente, para R$ 87,7 bilhões; R$ 93,3 bilhões; e R$ 103,2 bilhões.

Imposto

Meirelles apontou que há um desequilíbrio estrutural das contas públicas brasileiras e defendeu que o problema do déficit e da dívida pública não pode ser resolvido por meio de aumento de impostos, porque a carga tributária do Brasil já está entre as mais altas do mundo.

Mesmo assim, não descartou aumento de tributos no futuro, em caso de “absoluta prioridade e necessidade”. O ministro ponderou, no entanto, que esse não é o caminho para resolver uma questão estrutural. “Não é caminho para equacionar o problema em longo prazo. O desequilíbrio fiscal é forte, mas precisamos de um ajuste gradual, persistente e com credibilidade.”

Crise

O ministro também destacou as causas da crise atual, como “as desonerações fiscais seletivas” e “abandono da prudência fiscal”.  Citou a queda do investimento, de 21,5% do PIB em 2012 para 16,9% em 2016 e comparou a situação da dívida pública do Brasil com outros países .

Meirelles enfatizou que a questão fiscal foi o motivador da crise.  Ele avaliou que a desconfiança na capacidade futura do governo se financiar aumentou o risco País, aumentou o custo do financiamento do Tesouro e, consequentemente, a dívida pública. “O governo passa a cobrar da sociedade um volume maior de recursos para financiar sua dívida e sobra menos recursos para o consumo”.

O ministro observou que solucionar a crise é a mais importante política social a ser colocada em prática para recuperar o emprego e a renda. “Os mais prejudicados são os mais pobres renda. A crise atinge fundamente os de renda mais baixa”, destacou ao apresentar dados do IPEA mostrando que em 2014  o desemprego atingiu 20% da população de menor renda e apenas 1,9% da população mais rica.

APRESENTAÇÃO: http://fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/apresentacoes/2016/apresentacao-pec-241-ministro-da-fazenda-h-meirelles.pdf

MF. 23/08/2016. PEC dos gastos está sendo aperfeiçoada para ir à votação, diz Meirelles. Após reunião com parlamentares da Comissão Especial do Novo Regime Fiscal, ministro afirma que teto não está sob questionamento
Gustavo Raniere/GMF

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (22/08) que o governo iniciou uma fase de aperfeiçoamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita o crescimento dos gastos públicos federais à inflação do ano anterior. Após reunião com deputados da Comissão Especial sobre o Novo Regime Fiscal, Meirelles ressalvou que o estabelecimento do teto “não está sob questionamento.”

Henrique Meirelles esclareceu que o aperfeiçoamento da proposta está ocorrendo nas comissões técnicas da Câmara e com o relator do projeto, deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS). “Através do relatório do deputado Perondi nós teremos o texto base final para que seja submetido a votação. O importante é que o teto é algo que não está sob questionamento”, relatou o ministro a jornalistas após café da manhã com os  deputados.

Participaram da reunião o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Geddel Vieira Lima, e 22 deputados, entre os quais o líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC/SE), o relator da PEC 241, deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS), e o presidente da comissão especial, Danilo Forte (PSB/CE).

Henrique Meirelles reafirmou que a PEC que estabelece o teto para os gastos é o primeiro movimento estrutural efetivo de controle da evolução dos gastos públicos do Brasil nas últimas três décadas.  “É um movimento fundamental para [resgatar] a confiança da sociedade brasileira de que as contas públicas estão sob controle, de que o estado brasileiro, no futuro, será capaz de pagar as suas contas, de que é solvente”, enfatizou o ministro.

Na avaliação do titular da Fazenda, controlar as despesas públicas num momento crucial de retração econômica é uma ação necessária para restaurar a confiança, retomar o crescimento, recuperar os empregos, aumentar a renda e reduzir a inflação.

Meirelles disse ainda ter a expectativa de que a votação da PEC ocorra este ano, mas lembrou que no Orçamento de 2017  o governo já prevê um teto para o crescimento dos gastos. “É uma prerrogativa de votação no Congresso para que isso seja votado, idealmente,  esse ano ou no ano que vem o mais cedo possível. É importante mencionar que no orçamento de 2017 nós já estamos considerando o teto como diretriz, independentemente da PEC”.

Café da manhã

Durante o café da manhã com o ministro Geddel Vieira Lima e deputados, Meirelles esclareceu algumas dúvidas dos parlamentares sobre a PEC, entre as quais, o porquê do prazo de 20 anos para o cumprimento do teto. O ministro esclareceu que se trata de uma sinalização de equilíbrio das contas públicas no longo prazo de forma a atrair investimentos.

“Para que a economia se recupere precisamos de investimentos de longo prazo. Para isso, precisamos sinalizar que as contas públicas estarão controladas por um período longo. Quanto mais medidas de curto prazo menor é a dose de confiança”, disse o ministro.

Ele reforçou aos parlamentares que a finalidade do novo regime fiscal é a retomada do crescimento econômico. “O Brasil está caindo no abismo com a inflação subindo e o PIB caindo. É importante que tenhamos condições de estancar esse processo”.

APEX-BRASIL. 23/08/2016. BE BRASIL: IMPULSO PARA A PROMOÇÃO DO BRASIL NO EXTERIOR

Com o objetivo de fazer com que o Brasil seja visto como um país atrativo para os negócios, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) lançaram, nesta segunda-feira (22), na Casa Touring (Casa Brasil), no Rio de Janeiro, a nova estratégia de promoção dos negócios brasileiros no exterior, baseada no conceito “Be Brasil” (Seja Brasil).

O lançamento aproveitou o momento de visibilidade do Brasil com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Com as ações, o governo brasileiro pretende estreitar o relacionamento comercial com outros países e atrair investimentos estrangeiros diretos para o país. A estratégia foi construída com base em pesquisas sobre a percepção do Brasil no exterior. Serão divulgados, por exemplo, a sustentabilidade e a tecnologia presentes no agronegócio e a criatividade e inovação de setores como moda, audiovisual, design, entre tantos outros.

“Estamos hoje num mundo em que a competição é árdua e não se faz nada com êxito sem uma visão estratégica. Uma das prioridades do Governo Federal é a ênfase na abertura duradoura de novos mercados, na agenda que vai atrair novos investimentos”, disse o ministro das Relações Exteriores, José Serra, durante o evento de abertura.

Para Serra, “a Olimpíada foi um sucesso, porque teve segurança, bom acesso a todos os jogos e rompeu a expectativa negativa que havia, de que haveria problemas. A Olimpíada melhorou a autoestima do povo brasileiro e a nossa imagem no exterior. Isso ajuda os produtos brasileiros”, disse.

O presidente da Apex-Brasil, embaixador Roberto Jaguaribe, também reforçou a importância de aproveitar este momento especial, em que o foco da atenção global está sobre o país, para o lançamento de uma campanha de reposicionamento do Brasil no mercado internacional.

“O Brasil é percebido como um país amigável, mas a imagem dos negócios ainda sofre um pouco. A nova plataforma de promoção é flexível e agregadora. Pode acomodar exportações, investimentos ou muito mais. A Apex-Brasil começa hoje esse movimento que requer esforço conjunto e será sustentado ao longo dos anos por meio de um trabalho consistente de inteligência e prospecção”, afirmou.

O secretário executivo do Programa de Parcerias e Investimentos da Presidência da República, Moreira Franco, também presente à cerimônia, ressaltou que é necessário um esforço para mostrar a capacidade de inovação e realização do brasileiro: “É indispensável que se faça esse trabalho no mundo. É preciso garantir que a produtividade que temos não se perca”.

O ministro José Serra destacou em seu discurso, ainda, que o lançamento da estratégia é o primeiro fruto da integração da Apex-Brasil ao Itamaraty. “Essa integração era indispensável, pois o trabalho de promoção de nossas exportações deve estar em perfeita sintonia com a estratégia mais ampla de nossa política externa e de nossa diplomacia econômica”, afirmou.

Na campanha de comunicação, que será veiculada no país e no exterior, serão apresentados os atributos dos setores, produtos e serviços nacionais com o uso dos conceitos: Be Brasil, Be Sustainable (Seja Brasil, Seja Sustentável), Be Brasil, Be Creative (Seja Brasil, Seja Criativo), Be Brasil, Be Innovative (Seja Brasil, Seja Inovador). A campanha usará,  de forma integrada, ferramentas de relações públicas e assessoria de imprensa, eventos, marketing, mídias sociais e publicidade e se apoiará em depoimentos e histórias reais, de compradores e investidores que estão satisfeitos com seus negócios com o Brasil.

FGV. IBRE. 24/08/2016. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem do Consumidor. Confiança do Consumidor cresce e atinge maior nível desde janeiro de 2015

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas subiu 2,6 pontos entre julho e agosto, ao passar de 76,7 para 79,3 pontos, o maior desde janeiro de 2015 (81,2 pontos). Esta foi a quarta alta consecutiva do índice, a partir do mínimo histórico, de 64,4 pontos, registrado em abril passado.

“Aproximadamente 90% da alta da confiança dos consumidores nos últimos quatro meses anteriores foi determinada pela melhora das expectativas. Em agosto, no entanto, a maior contribuição veio do aumento da satisfação com a situação presente, um sinal favorável, considerando que houve uma melhora na percepção dos consumidores tanto em relação ao mercado de trabalho quanto à situação financeira das famílias. O resultado dá maior consistência à tendência de recuperação do ICC.“, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.

O grau de satisfação dos consumidores com a situação presente aumentou pelo segundo mês consecutivo. Após atingir o mínimo histórico em junho, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos, atingindo 69,5 pontos em agosto, o maior desde setembro passado (69,8 pontos). Já as expectativas melhoraram pelo quarto mês consecutivo: o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,6 pontos, atingindo 86,9 pontos, o maior desde dezembro de 2014 (87,2 pontos).

As avaliações dos consumidores brasileiros em relação ao presente melhoraram em relação à a situação econômica geral e quanto à situação financeira das famílias. O indicador que mede a satisfação com a situação econômica local foi o quesito que mais influenciou o ICC pelo terceiro mês consecutivo, em agosto, ao subir3,6 pontos atingiu 76,6 pontos, o maior nível desde maio de 2015 (77,6 pontos).
Com relação às expectativas futuras, o indicador que mede o grau de otimismo em relação à Situação Econômica Local Futura aumentou 1,7 ponto ao passar de 109,9 para 111,6 pontos, o maior desde setembro de 2012 (111,9 pontos) após cinco meses de consecutivos em alta.

Houve aumento da confiança em todas as quatro classes de renda pesquisadas. A melhora mais expressiva ocorreu entre os consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, em que o ICC aumentou 5,2 pontos em agosto e 14,3 pontos no acumulado do trimestre. Para os consumidores de menor poder aquisitivo (renda familiar inferior a R$ 2.100), a confiança aumentou 3,0 pontos em agosto e acumulou 50% menos do que a faixa citada anteriormente, 7,1 pontos no acumulado do trimestre.

A edição de agosto de 2016 coletou informações de 2047 domicílios entre os dias 1 e 20 de agosto.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F20156BC02618735E6

FGV. IBRE. 24/08/2016. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram queda na inflação pelo IPC-S

O IPC-S de 22 de agosto de 2016 registrou variação de 0,39%, 0,09 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.

A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.
Capturar22ago

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F20156BC157FC70BCD

IBGE. 24/08/2016. Em agosto, IPCA-15 fica em 0,45%

PERÍODO
TAXA
Agosto
0,45%
Julho
0,54%
Agosto 2015
0,43%
Acumulado no ano
5,66%
Acumulado em 12 meses
8,95%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,45% em agosto. Com este resultado, o acumulado no ano está em 5,66%, bem abaixo dos 7,36% registrados em igual período do ano anterior. Já o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 8,95%, próximo dos 8,93% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2015 a taxa havia sido 0,43%.
Os preços dos alimentos tiveram alta de 0,78% e mostraram desaceleração quando comparados a julho (1,45%). Os maiores resultados do grupo foram registrados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (1,31%), Rio de Janeiro (1,15%) e Fortaleza (1,10%), enquanto o mais baixo ficou com a região metropolitana de Recife (0,32%). O feijão-carioca, tipo mais consumido no País, que havia pressionado o resultado do mês anterior com o forte aumento (58,06%), desacelerou de forma acentuada, passando para 4,74%, embora os preços tenham continuado a subir. Alguns produtos chegaram a ficar bem mais baratos de julho para agosto, a exemplo da cebola (-22,81%), da batata-inglesa
(-18,00%) e das hortaliças (-9,01%). Mesmo assim, Alimentação e Bebidas exerceu impacto de 0,20 p.p. sobre o IPCA-15 do mês, sendo responsável por uma parcela de 44% do índice. Na tabela a seguir, os resultados dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados:

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Julho
Agosto
Julho
Agosto
Índice Geral
0,54
0,45
0,54
0,45
Alimentação e Bebidas
1,45
0,78
0,37
0,20
Habitação
0,04
-0,02
0,01
0,00
Artigos de Residência
0,27
0,34
0,01
0,01
Vestuário
-0,08
-0,13
0,00
-0,01
Transportes
0,17
0,10
0,03
0,02
Saúde e Cuidados Pessoais
0,56
0,87
0,06
0,10
Despesas Pessoais
0,52
0,85
0,06
0,09
Educação
0,10
0,90
0,00
0,04
Comunicação
0,00
0,01
0,00
0,00
Além dos alimentos (0,78%), outros três grupos de produtos e serviços apresentaram desaceleração na taxa de crescimento em relação ao mês de julho: Vestuário (-0,13%), Habitação (-0,02%) e Transportes (0,10%).
No grupo Habitação (-0,02%), o destaque ficou com o item energia elétrica (-1,87%), devido às quedas registradas nas seguintes regiões metropolitanas: Curitiba (-4,76%), cuja redução de 13,83% nas tarifas passou a vigorar em 24 de junho; São Paulo (-3,94%), onde a redução nas tarifas foi de 7,30% a partir de 04 de julho, em uma das concessionárias; e Porto Alegre (-0,34%), com redução de 7,50% em vigor desde 19 de junho, também em uma das concessionárias. Além disso, houve redução nas alíquotas do PIS/COFINS em seis das 11 regiões pesquisadas. Já em Belém a alta de 1,12% reflete o reajuste de 7,50% em vigor a partir do dia 7 de agosto.
Nos demais grupos pesquisados, destaca-se a alta de 0,90% em Educação, a maior de grupo, que reflete o resultado apurado na coleta de agosto, a fim de captar a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de 0,97%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) subiram 1,13%.
Quanto aos índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,88%), pressionado pela alta de 69,97% nas diárias dos hotéis, aliado à alta de 1,15 % dos alimentos, que ficou bem acima da média nacional (0,78%). O menor índice foi o de Curitiba, com 0,01%, sob influência da queda de 4,76% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho.

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Julho
Agosto
Ano
12 meses
Rio de Janeiro
12,46
0,46
0,88
5,89
9,49
Salvador
7,35
0,50
0,75
6,54
9,34
Belo Horizonte
11,23
0,59
0,60
6,15
8,67
Fortaleza
3,49
0,64
0,52
6,94
10,94
Goiânia
4,44
0,91
0,47
5,08
9,26
Porto Alegre
8,40
0,20
0,45
6,09
8,99
Belém
4,65
0,69
0,39
6,19
10,04
São Paulo
31,68
0,60
0,34
5,52
8,83
Brasília
3,46
0,60
0,34
3,71
8,05
Recife
5,05
0,58
0,15
5,69
8,51
Curitiba
7,79
0,38
0,01
4,19
7,61
Brasil
100,00
0,54
0,45
5,66
8,95
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de julho a 12 de agosto (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3238

ECONOMÁTICA. PORTAL G1. 24/08/2016. Dívida de curto prazo de empresas atinge maior patamar desde 2010. Em junho, valor somou R$ 255 bilhões ou de 20,8% do total das dívidas. Economatica avaliou endividamento de 213 empresas de capital aberto.
Do G1, em São Paulo

Com a queda do dólar, a dívida total das empresas brasileiras de capital aberto recuou nos últimos dois trimestres. Por outro lado, a dívida de curto prazo aumentou e atingiu o maior patamar desde dezembro de 2010, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.
saiba mais
Com recuo do dólar, dívida das empresas com ações na bolsa diminui
Em junho, a dívida total bruta de 213 empresas com ações na bolsa somou R$ 1,22 trilhão contra R$ 255 bilhões de dívida de curto prazo – com vencimento nos próximos 12 meses. Em dezembro de 2010, a dívida de curto prazo era de R$ 107 bilhões ante uma dívida total de R$ 556 bilhões.
Já relação entre a dívida de curto prazo e a dívida total atingiu 20,8%, o maior percentual desde dezembro de 2011, quando a fatia chegou a 20,5%.
Em junho do ano passado, a dívida de curto prazo estava em junho R$ 217 bilhões, ou o equivalente a 17,9% da dívida total de R$ 1,21 trilhão.
Segundo a Economatica, as empresas com maior estoque de dívida de curto prazo em junho eram: Oi (R$ 46,6 bilhões), Petrobras (R$ 36,5 bilhões), JBS (R$ 18,4 bilhões), Vale (R$ 10,12 bilhões) e Pão de Açúcar (R$ 6,1 bilhões).

Empresas com maior estoque de dívida de curto prazo em junho de 2016 (Foto: Divulgação)Empresas com maior estoque de dívida de curto prazo em junho de 2016 (Foto: Divulgação)

ANP. REUTERS. 24/08/2016. Vendas de diesel no Brasil em julho caem 5%, diz ANP

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de óleo diesel no Brasil caíram 5 por cento em julho ante o mesmo mês de 2015, para 29,5 milhões de barris, segundo dados publicados nesta quarta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Já as vendas de gasolina, no mesmo período, subiram 0,6 por cento, para 21,6 milhões de barris.

(Por Marta Nogueira)

BACEN. 23/08/2016. Setor Externo em Julho de 2016

I - Balanço de pagamentos

Em junho, as transações correntes apresentaram deficit de US$4,1 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, deficit de US$27,9 bilhões, equivalente a 1,57% do PIB. Na conta financeira, as captações líquidas superaram as concessões líquidas em US$3,6 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de US$3,4 bilhões em passivos de investimentos em carteira.

A conta de serviços registrou despesas líquidas de US$2,3 bilhões no mês, redução de 30,4% comparativamente ao resultado de julho de 2015, em decorrência de recuos nas receitas e nas despesas brutas de 4,2% e 18,0%, respectivamente. As despesas líquidas com serviços de transportes e de aluguel de equipamentos reduziram, na ordem, 46,2% e 13,8%, em relação ao ocorrido em mesmo mês do ano anterior. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$895 milhões, recuo de 25,9%, na mesma base de comparação, resultado de relativa estabilidade nas receitas referentes a turistas estrangeiros no Brasil, e recuo de 18,8% nas despesas de turistas brasileiros no exterior.

As despesas líquidas de renda primária somaram US$6,3 bilhões em julho de 2016, aumento de 20,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As despesas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$1,6 bilhão, decorrente de retração de 24,0% nas receitas e expansão de 75,1% nas despesas. As despesas líquidas de juros somaram US$4,7 bilhões, comparativamente a US$4,6 bilhões ocorridos em mês correspondente do ano anterior. As saídas líquidas de renda de investimento direto totalizaram US$1,9 bilhão, ante saídas líquidas de US$671 milhões observadas em mês equivalente do ano anterior. As despesas líquidas de renda de investimentos em carteira totalizaram US$4,2 bilhões, compostas por despesas líquidas de lucros e dividendos, US$223 milhões, de juros de títulos negociados no mercado externo, US$1,1 bilhão, e de juros de títulos negociados no mercado doméstico, US$2,8 bilhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos atingiu US$474 milhões, aumento de 10,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto a receita de juros gerada pela carteira de reservas internacionais cresceu 21,3%, em igual período comparativo.

A conta de renda secundária registrou ingressos líquidos de US$226 milhões em julho de 2016. As receitas líquidas de transferências pessoais alcançaram US$83 milhões no mês, 27,4% inferiores ao observado em período correspondente do ano anterior.

INVESTIMENTOS

Os investimentos diretos no exterior expandiram US$178 milhões no mês, concentrados em participação no capital e incluído o reinvestimento de lucros, ante aplicações líquidas no exterior de US$1,5 bilhão ocorridas no mesmo mês do ano anterior.

Os investimentos diretos no país somaram ingressos líquidos de US$78 milhões, resultado de saídas líquidas de US$2,0 bilhões em participação no capital, incluídos os ingressos líquidos de US$758 milhões decorrentes de lucros reinvestidos, e créditos recebidos do exterior de US$2,1 bilhões em operações intercompanhia. Em doze meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país totalizaram US$72,0 bilhões, equivalentes a 4,06% do PIB.

Os investimentos em carteira passivos registraram ingressos líquidos de US$3,4 bilhões em julho, compostos por receitas líquidas em ações, US$2,3 bilhões, em fundos de investimentos, US$611 milhões, e em títulos de renda fixa negociados no mercado externo, US$756 milhões, incluída a emissão do Global 47, realizada pela República, no valor de US$1,5 bilhão. As saídas líquidas em títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico totalizaram US$328 milhões.

Os outros investimentos ativos cresceram US$3,9 bilhões, compreendendo redução de US$9,0 bilhões em depósitos de bancos brasileiros mantidos no exterior, concessão de US$4,1 bilhões em créditos comerciais e adiantamentos, e ampliação de US$1,0 bilhão em depósitos de propriedade de empresas não financeiras.

Os outros investimentos passivos apresentaram ingressos líquidos de US$1,6 bilhão. Os créditos comerciais e adiantamentos cresceram US$2,8 bilhões, fundamentalmente em operações de curto prazo. As amortizações líquidas de empréstimos de longo e de curto prazo atingiram, respectivamente, US$1,0 bilhão e US$31 milhões, no mês.

II - Reservas internacionais

Em julho, o estoque de reservas internacionais no conceito liquidez totalizou US$377,5 bilhões, aumento de US$809 milhões em relação ao mês anterior. O estoque de linhas com recompra atingiu US$8,2 bilhões, diminuição de US$4,4 bilhões em relação à posição de junho de 2016. A receita de remuneração das reservas somou US$257 milhões. O estoque de reservas recuou US$119 milhões em função das variações de preços dos ativos que compõem a carteira, e aumentou US$487 milhões por variações de paridade. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$369,3 bilhões em junho, aumento de US$5,2 bilhões em relação ao mês anterior.

III - Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para julho de 2016 totalizou US$338,1 bilhões, aumento de US$3,4 bilhões em relação ao montante apurado em março de 2016. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$274,1 bilhões, aumento de US$815 milhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$64 bilhões, incremento de US$2,6 bilhões, no mesmo período.

Dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo no período, destacam-se as amortizações de empréstimos e de títulos de dívida do setor financeiro, US$3,6 bilhões; o aumento de preço dos títulos da República, US$2,9 bilhões, e variações por paridade, que aumentaram o estoque em US$885 milhões. A elevação do estoque de dívida externa de curto prazo no período é explicada, principalmente, pelas amortizações de empréstimos pelo setor financeiro de US$2,5 bilhões.

DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/htms/notecon1-p.asp

DÓLAR/ANÁLISE

BACEN. PORTAL G1. 24/08/2016. Dólar opera instável, à espera de discurso do Fed. Na terça, a moeda norte-americana subiu 1%, vendida a R$ 3,2335. No mês e no ano, o dólar tem queda de 0,29% e 18%, respectivamente.
Do G1, em São Paulo

O dólar opera instável nesta quarta-feira (24), após o Congresso aprovar nesta madrugada o texto-base do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, mas com investidores ainda adotando cautela antes do discurso da chefe do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, na sexta-feira.
Às 13h09, a moeda norte-americana caía 0,08%, a R$ 3,2309 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:

  • Às 9h09, alta de 0,12%, a R$ 3,2375
  • Às 10h19, alta de 0,26%, a R$ 3,2419
  • Às 10h49, alta de 0,1%, a R$ 3,2369
  • Às 11h40, queda de 0,09%, a R$ 3,2305

O mercado acompanha a participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em audiência pública na comissão especial que avalia a proposta de emenda constitucional que institui um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, também participa da audiência.
O Banco Central anunciou mais um leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, com oferta de até 10 mil contratos.
De olho em juros nos EUA
"O evento mais importante da semana é o discurso de Yellen na sexta-feira. Se não tivermos muitas surpresas até lá, o mercado vai evitar grandes movimentos", disse à Reuters o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.
Yellen falará na conferência anual de bancos centrais em Jackson Hole, nos EUA, e investidores buscarão pistas sobre a possibilidade de os juros norte-americanos subirem neste ano, após declarações recentes de autoridades do banco central fortalecerem as apostas nesse sentido.
Dúvidas sobre ajuste fiscal
No Brasil, o cenário fiscal também era motivo de cautela, destaca a Reuters. O governo do presidente em exercício Michel Temer vem enfrentando dificuldades para angariar apoio legislativo a medidas de ajuste fiscal, em especial o projeto que limita o crescimento das despesas federais.
"O governo sofre para aprovar matérias consideradas pouco polêmicas na Câmara e Senado. Essa sinalização é péssima para quem tem grandes desafios pela frente", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.
A maioria dos investidores ainda aposta, porém, que o governo enrijecerá sua postura após a confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, cujo julgamento no Senado começará na quinta-feira.
Último fechamento
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (23), após dados mais fortes que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos alimentarem expectativas de alta de juros neste ano e depois do cancelamento de audiência pública com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no Senado. Operadores seguem ainda à espera do início do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
A moeda norte-americana subiu 1%, vendida a R$ 3,2335. No mês e no ano, o dólar acumula queda de 0,29% e 18,1%, respectivamente.

BACEN. PORTAL UOL. 24/08/2016. Dólar opera quase estável, perto de R$ 3,23; Bolsa passa a subir

O dólar comercial operava praticamente estável e a Bovespa passava a subir nesta quarta-feira (24). Por volta das 13h10, a moeda norte-americana tinha leve queda de 0,08%, a R$ 3,231 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 0,22%, a 58.146,11 pontos. Na madrugada desta quarta-feira, o Congresso Nacional aprovou o texto-base do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio nesta sessão. No exterior, investidores adotavam cautela antes do discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na sexta-feira. (Com Reuters)

BACEN. REUTERS. 24/08/2016. Dólar recua ante real, à espera de Yellen e de olho em fiscal no Brasil
Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha leve queda frente ao real nesta quarta-feira, com investidores ainda preferindo a cautela antes do discurso na sexta-feira da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, e diante de preocupações com a capacidade do governo brasileiro de avançar com o ajuste fiscal no Congresso Nacional.

Às 11:44, o dólar recuava 0,12 por cento, a 3,2295 reais na venda, após subir 1 por cento na sessão anterior. O dólar futuro rondava a estabilidade nesta manhã.

"O evento mais importante da semana é o discurso de Yellen na sexta-feira. Se não tivermos muitas surpresas até lá, o mercado vai evitar grandes movimentos", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.

Yellen falará na conferência anual de bancos centrais em Jackson Hole, nos EUA, e investidores buscarão em suas palavras novas pistas sobre a possibilidade de os juros norte-americanos subirem neste ano, após declarações recentes de autoridades do banco central fortalecerem as apostas nesse sentido.

No Brasil, o cenário fiscal também era motivo de cautela. O governo do presidente interino Michel Temer vem enfrentando dificuldades para angariar apoio legislativo a medidas de austeridade fiscal, em especial o projeto que limita o crescimento das despesas federais.

"O governo sofre para aprovar matérias consideradas pouco polêmicas na Câmara e Senado. Essa sinalização é péssima para quem tem grandes desafios pela frente", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.

A maioria dos investidores ainda aposta, porém, que o governo enrijecerá sua postura após a confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, cujo julgamento no Senado começará na quinta-feira.

Outro fator que vem suscitando dúvidas no mercado é a postura do Banco Central no mercado de câmbio. Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, atendo-se ao script dos últimos dias.

(Por Bruno Federowski)

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