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July 7, 2016

FGV. IBRE. 07/07/2016. Índices Gerais de Preços. IGP-DI. IGP-DI acelera em junho.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 1,63%, em junho. A variação registrada em maio foi de 1,13%. Em junho de 2015, a variação foi de 0,68%. A taxa acumulada em 2016, até junho, é de 6,02%. Em 12 meses, o IGP-DI acumulou alta de 12,32%. O IGP-DI de junhofoicalculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou, em junho, variação de 2,10%. Em maio, a taxa foi de 1,49%. O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 2,68%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,18%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,41% para 16,07%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 1,24%, ante 0,29%, no mês anterior.

O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de 1,36%, ante 1,08%, no mês anterior. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de -0,53% para 0,40%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de 1,51%. No mês anterior, a variação foi de 1,32%.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de 3,58%, em maio, para 2,22%, em junho. Os destaques no sentido descendente foram: minério de ferro (2,88% para -7,45%), milho (em grão) (9,61% para -0,23%) e laranja (8,33%para -6,15%).Em sentido ascendente, vale mencionar: bovinos (-2,25%para 1,22%), aves (-2,67% para 3,43%) e suínos (-0,64% para 18,20%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,26%, em junho, ante 0,64%, no mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa do IPC partiu do grupo Alimentação (0,77% para 0,07%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de 1,03% para -11,75%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (3,65% para 0,41%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,36% para 0,54%), Habitação (0,77% para 0,63%), Vestuário (0,65% para 0,37%) e Comunicação (0,29% para 0,11%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: cigarros (8,70% para -0,06%), medicamentos em geral (2,83% para 0,11%), tarifa de eletricidade residencial (2,20% para 0,44%), roupas (0,71% para 0,15%) e tarifa de telefone móvel (0,46% para 0,25%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes         (-0,42% para -0,22%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,13% para 0,26%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: etanol (-7,06% para -2,24%) e passagem aérea (-3,33% para 6,55%), respectivamente.

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,49%, ante 0,61%, apurada no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 23 apresentaram taxas abaixo de 0,14%, linha de corte inferior, e 21 registraram variações acima de 0,85%, linha de corte superior. Em junho, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 62,13%, ante 66,27%, no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em junho, taxa de variação de 1,93%, acima do resultado do mês anterior, de 0,08%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou variação de 0,23%. No mês anterior, a taxa foi de 0,07%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 3,43%. No mês anterior, este índice variou 0,09%.


IBGE. 07/07/2016.   Indústria cai em oito dos 14 locais pesquisados em maio

Com a variação nula (0,0%) da atividade industrial nacional na passagem de abril para maio de 2016, série com ajuste sazonal, oito dos 14 locais pesquisados apontaram taxas negativas. Os recuos mais intensos ocorreram no Paraná (-3,5%), Goiás (-2,3%), Pará (-1,9%) e São Paulo (-1,6%).
Com esses resultados, o primeiro local apontou a segunda queda consecutiva, acumulando redução de 4,3%; o segundo eliminou o avanço de 1,5% registrado no mês anterior; o terceiro mostrou perda de 6,4% nos últimos três meses; e o último devolveu parte do ganho de 3,6% acumulado nos meses de março e abril. Pernambuco (-1,1%), Minas Gerais (-0,9%), Bahia (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.
Amazonas (16,2%) apontou o resultado positivo mais acentuado nesse mês e eliminou a queda de 12,5% verificada no mês anterior. As demais taxas positivas foram assinaladas por Rio Grande do Sul (4,4%), Espírito Santo (3,8%), região Nordeste (1,6%), Ceará (1,4%) e Santa Catarina (0,1%).

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Maio de 2016
LocaisVariação (%)
Maio 2016/
Abril 2016*
Maio 2016/
Maio 2015
Acumulado
Janeiro-Maio
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas
16,2
-6,3
-18,8
-17,5
Pará
-1,9
7,8
9,6
4,7
Região Nordeste
1,6
0,3
-3,2
-2,3
Ceará
1,4
-2,3
-5,8
-8,5
Pernambuco
-1,1
-3,8
-18,7
-10,4
Bahia
-0,3
-2,9
1,2
-2
Minas Gerais
-0,9
-7,2
-9,4
-8,3
Espírito Santo
3,8
-18,9
-21,6
-11,2
Rio de Janeiro
-0,1
-7,6
-9,5
-9,1
São Paulo
-1,6
-5,8
-9,8
-11,5
Paraná
-3,5
-11
-8,9
-9,4
Santa Catarina
0,1
-6,2
-7,3
-8
Rio Grande do Sul
4,4
-3,6
-6,2
-10,2
Mato Grosso
-
14,6
7,4
5,5
Goiás
-2,3
-8,5
-8,1
-2,9
Brasil
0
-7,8
-9,8
-9,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em maio frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Em termos regionais, dez locais mostraram taxas positivas, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Amazonas (6,7%), Pernambuco (3,9%), região Nordeste (2,3%), Bahia (1,4%), Rio de Janeiro (0,8%), Minas Gerais (0,7%) e São Paulo (0,7%). Pará (-2,2%) e Goiás (-1,1%) registraram os principais recuos em maio de 2016.
Em relação a maio de 2015, indústria recuou em 12 dos 15 locais pesquisados
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 7,8% em maio, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Maio de 2016 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20). Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Espírito Santo (-18,9%) e Paraná (-11,0%), pressionados pela queda na produção dos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis, óleo diesel, álcool etílico e gasolina automotiva), no segundo.
Goiás (-8,5%) também apontou resultado negativo mais acentuado do que a média nacional (-7,8%), além do Rio de Janeiro (-7,6%), Minas Gerais (-7,2%), Amazonas (-6,3%), Santa Catarina (-6,2%), São Paulo (-5,8%), Pernambuco (-3,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%), Bahia (-2,9%) e Ceará (-2,3%).
Mato Grosso (14,6%) e Pará (7,8%) assinalaram os avanços mais elevados em maio de 2016, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no segundo. A região Nordeste, com ligeiro acréscimo de 0,3%, completou o conjunto de locais com taxas positivas nesse mês.
No acumulado do ano, indústria recuou em 12 dos 15 locais
No indicador acumulado para o período janeiro-maio de 2016, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com três recuando com intensidade superior à média nacional (-9,8%): Espírito Santo (-21,6%), Amazonas (-18,8%) e Pernambuco (-18,7%).
São Paulo (-9,8%), Rio de Janeiro (-9,5%), Minas Gerais (-9,4%), Paraná (-8,9%), Goiás (-8,1%), Santa Catarina (-7,3%), Rio Grande do Sul (-6,2%), Ceará (-5,8%) e região Nordeste (-3,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no índice acumulado em 2016. Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, produtos têxteis, vestuário e bebidas).
Pará (9,6%), Mato Grosso (7,4%) e Bahia (1,2%) assinalaram os avanços no índice acumulado no ano, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no primeiro local; de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleos de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja), no segundo; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva) e metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), no último.
No acumulado em 12 meses, indústria recuou em 13 dos 15 locais
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a queda de 9,5% em maio para o total da indústria, praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado em março e abril últimos, quando assinalou a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%). Em termos regionais, 13 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em maio, mas dez apontaram maior dinamismo frente ao índice de abril.
Os principais ganhos de ritmo entre abril e maio foram registrados por Mato Grosso (de 3,6% para 5,5%), Ceará (de -9,3% para -8,5%), Rio Grande do Sul (de -10,9% para -10,2%), São Paulo (de -12,1% para -11,5%) e Pará (de 4,1% para 4,7%), enquanto Espírito Santo (de -8,6% para -11,2%) mostrou a maior perda entre os dois períodos.


IBGE. 07/07/2016. Em junho, IBGE prevê safra de grãos 8,4% menor que a de 2015

Estimativa de JUNHO para 2016
191,8 milhões de toneladas
Variação JUNHO 2016/MAIO 2016
-2,1% (-4,0 milhões de toneladas)
Variação da safra 2016/safra 2015
-8,4% (-17,6 milhões de toneladas)
A sexta estimativa de 2016 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 191,8 milhões de toneladas e recuou 8,4% (ou menos 17,6 milhões de toneladas) quando comparada a 2015 (209,4 milhões de toneladas). Em relação à avaliação de maio, a queda foi de 2,1% (-4,0 milhões de toneladas).
A estimativa da área a ser colhida (57,5 milhões de hectares) recuou 0,1% (-105.923 hectares) frente a 2015 (57,6 milhões de hectares). Em relação a maio, houve recuo de 0,3% (-146.847 hectares). Arroz, milho e soja são os três principais produtos deste grupo e, somados, representaram 92,4% da estimativa da produção e 87,4% da área a ser colhida. Em relação a 2015, houve acréscimo de 2,8% na área da soja e reduções de 1,2% na do milho e de 9,4% na de arroz. Já as avaliações de produção são negativas: -0,6% para a soja, -12,2% para o arroz e -18,0% para o milho.
Regionalmente, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 79,9 milhões de toneladas; Sul, 74,2 milhões de toneladas; Sudeste, 19,7 milhões de toneladas; Nordeste, 11,7 milhões de toneladas e Norte, 6,3 milhões de toneladas. Em relação à safra de 2015, houve alta no Sudeste (1,9%) e decréscimos nas regiões Norte (-17,8%), Nordeste (-29,2%), Centro-Oeste (-11,1%) e Sul (-2,2%). Nessa avaliação para 2016, o Mato Grosso foi o maior produtor nacional de grãos, com participação de 24,9%, seguido pelo Paraná (18,9%) e Rio Grande do Sul (16,5%). Somados, os três estados representaram 60,3% do total nacional previsto.
Estimativa de junho em relação a maio de 2016
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho destacaram-se as seguintes variações nas estimativas de produção: feijão em grão 3ª safra (11,3%), cebola (9,8%), amendoim em casca 2ª safra (4,9%), soja em grão (-0,2%), cana-de-açúcar (-0,6%), arroz em casca (-0,6%), milho em grão 1ª safra (-2,6%), feijão em grão 1ª safra (-4,3%), milho em grão 2ª safra (-5,6%), café em grão canephora (-10,0%) e sorgo em grão (-22,7%).
AMENDOIM (em casca) - A estimativa da produção em 2016 é de 420,3 mil toneladas, aumento de 0,5% frente a maio, com São Paulo participando com 91,8% desse total. Com produção predominantemente em primeira safra (94,7%), o produto frequentemente é relacionado às áreas de renovação de canaviais antigos. O destaque do mês foi a produção estimada do amendoim 2ª safra, que cresceu 4,9% frente a maio. Ao todo, estão previstas 22,4 mil toneladas em 2016, com destaque para a alta da produção de Alagoas, (100,3%).
ARROZ (em casca) - 10,8 milhões de toneladas, com queda 0,6% em relação à avaliação de maio (-69.511 toneladas). Maranhão, Rondônia, Santa Catarina, Pará, Ceará, Alagoas e Mato Grosso do Sul foram os principais responsáveis pela avaliação negativa em junho. No Norte e no Nordeste, as expectativas do rendimento médio recuaram devido à estiagem e, também, pelos recuos nas avaliações de área plantada para o Maranhão (-3.900 ha), Pará (-1.189 ha), Tocantins (-615 ha) e Ceará (-468 ha). Já em Santa Catarina, o decréscimo de 0,5% na produção esperada resulta de estimativas menores para área colhida (-0,2%) e o rendimento médio (-0,3%). Na Região Sul, ao contrário das demais, a cultura do arroz sofreu com altas precipitações e baixa insolação.
CAFÉ (em grão) - 2,9 milhões de toneladas, ou 48,8 milhões de sacas de 60 kg, com queda de 1,6% em relação ao mês anterior. O café arábica participa com 82,0% e o canephora (conillon), com 18,0%. O Espírito Santo, maior produtor café canephora (60,1% da produção nacional) deve colher uma safra de 316,3 mil toneladas, com queda de 16,0% frente à produção esperada no mês anterior, devido à estiagem que afeta os principais municípios produtores por dois anos consecutivos.
CANA-DE-AÇÚCAR - produção de 726,7 milhões de toneladas, 0,6% inferior a maio. Alagoas (-14,0%) foi o principal responsável por este recuo. A lavoura foi prejudicada pela falta de chuvas e pela falta de recursos financeiros dos fornecedores, o que levou o rendimento médio a um recuo de 7,0%. No Rio de Janeiro, a produção caiu 3,1%, reflexo da menor área plantada. Também houve pequenos ajustes na produção do Paraná (-0,4%), Ceará (-1,6%), Pará (-0,1%), Acre (0,4%) e Espírito Santo (3,0%).
CEBOLA - alta de 9,8% em relação ao mês anterior, com expectativa de produção é de 1,6 milhão de toneladas (contra a de 1,4 milhão divulgada em maio). A alta decorre das informações de Santa Catarina, maior produtor nacional, onde espera-se uma área plantada de 21.277 hectares e um rendimento médio de 23.327 kg/ha. A produção estimada é de 496,3 mil toneladas, alta de 42,1% frente a maio. Com o início da colheita, estima-se para Minas Gerais uma produção de 182,1 mil toneladas (-4,1% em relação a maio). A queda na expectativa do rendimento médio (-3,4%) foi a principal responsável pela baixa na produção.
FEIJÃO (em grão) - redução de 1,0% no mês e de 6,6% no ano, devido às condições climáticas desfavoráveis, o que provocou aumento dos preços, principalmente do feijão carioca. O feijão 1ª safra recuou (-4,3%) em junho, com a queda na produção estimada do Ceará (-47,3%). A seca que atinge o estado também deve influir na 2ª safra, com uma redução esperada de 5,5%. Outros estados apresentaram queda na produção, como Maranhão (-2,2%), Alagoas (-7,9%) Espírito Santo (-48,5%), Rio de Janeiro (-5,6%), Mato Grosso do Sul (-11,1%) e Distrito Federal (-41,8%). Com o aumento do preço, a expectativa é de expansão na 3ª safra, tanto das áreas cultivadas (10,9%) quanto da produção esperada (11,3%), com reavaliações em Minas Gerais (23,4%) e Goiás (7,1%), os principais produtores desta safra. No entanto, a produção ainda está 2,2% abaixo da obtida em 2015.
MILHO (em grão) - As condições climáticas que prejudicaram a 1ª safra persistiram na 2ª safra e trouxeram queda de 4,6% na produção estimada (70,1 milhões de toneladas). A 1ª safra teve nova redução da produção: 25,2 milhões de toneladas (-2,6% em relação a maio). A área colhida (5,3 milhões de ha) também recuou (-0,9%). As maiores influências para redução na produção foram: Ceará (-300.431 t), Maranhão (-204.772 t), Distrito Federal (-90.307 t), Santa Catarina (-74.000 t) e Pará (-20.066 t). A produção estimada da 2ª safra (44,9 milhões de toneladas) recuou 5,6% e o rendimento médio (4.458 kg/ha) caiu 4,9%. Houve recuos na produção estimada do MS (-11,8%), PR (-6,6%), GO (-9,0%), MA (-59,2%), TO (-47,1%), DF (­-57,2%), MG (-2,0%), PA (-9,5%) e ES (-63,2%).
SOJA (em grão) - Com a colheita da leguminosa praticamente encerrada, a estimativa da produção de soja do país em junho é de 96,6 milhões de toneladas, queda de 0,3% frente ao mês anterior. A maior variação do mês ficou com o Paraná que, inclusive, informou a estimativa da produção da safrinha, 317.903 toneladas, abaixo da dimensionada anteriormente. Com isso, a produção do estado em 2016 alcança 17,0 milhões de toneladas, com queda de 0,8% frente ao mês anterior. Já o DF deve colher 208,6 mil toneladas nesta safra, com aumentos esperados na área plantada (89,8%) e na produção (82,9%).
SORGO (em grão) - produção estimada em 1,3 milhão de toneladas, com redução de 22,7% em relação a maio. A redução de 17,3% na estimativa do rendimento médio foi a principal responsável pela queda da produção. Espera-se que o rendimento médio seja de 2.351 kg/ha. Goiás e Minas Gerais são os dois maiores produtores de sorgo do país. Juntos detêm 62,6% da estimativa de produção nacional. Com a seca que assolou o Centro-Oeste, são esperadas quedas no rendimento médio e na área colhida do sorgo goiano, respectivamente de 33,9% e 20,6%, em relação a maio. Por consequência, a produção deve recuar 47,5%, totalizando em 396,9 mil toneladas. Para Minas Gerais a produção estimada é de 391,7 mil toneladas, 1,3% superior à obtida em maio.
Estimativa de junho em relação à produção obtida em 2015
Entre os 26 principais produtos, 12 apresentaram alta na estimativa de produção em relação a 2015: amendoim em casca 1ª safra (20,6%), amendoim em casca 2ª safra (4,3%), aveia em grão (34,4%), batata-inglesa 1ª safra (5,0%), batata-inglesa 2ª safra (4,1%), cacau em amêndoa (3,3%), café em grão - arábica (20,3%), cebola (9,9%), cevada em grão (40,7%), mamona em baga (11,4%), trigo em grão (18,4%) e triticale em grão (11,8%). Com variação negativa foram quatorze produtos: algodão herbáceo em caroço (9,6%), arroz em casca (12,2%), batata-inglesa 3ª safra (25,1%), café em grão-canephora (19,6%), cana-de-açúcar (3,1%), feijão em grão 1ª safra (6,4%), feijão em grão 2ª safra (8,4%), feijão em grão 3ª safra (2,2%), laranja (3,2%), mandioca (1,1%), milho em grão 1ª safra (14,0%), milho em grão 2ª safra (20,1%), soja em grão (0,6%) e sorgo em grão (40,7%).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).
Os levantamentos para cereais (arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo e triticale), leguminosas (amendoim e feijão) e oleaginosas (caroço de algodão, mamona, soja e girassol) foram realizados em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do MAPA, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra das principais lavouras brasileiras, iniciado em março de 2007.


BACEN. 06/07/2016. Banco Central divulga o Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro de 2015

​O Banco Central (BC) divulgou o Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro 2015. O documento descreve as ações de vigilância postas em prática durante aquele ano e destaca as políticas que constituem a agenda do BC no tema. O objetivo do relatório é contribuir para a estabilidade financeira do país e explicitar as ações de vigilância do BC de modo a garantir mais transparência.

Como resultado das ações de vigilância nas infraestruturas do mercado financeiro (IMFs) em 2015, conclui-se que os riscos inerentes ao exercício dessas atividades estão sendo gerenciados de forma efetiva. 

Entre as ações do BC para garantir a estabilidade do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), pode-se destacar a continuidade da avaliação do gerenciamento dos riscos gerais de negócio das IMFs que operam no país, assim como o aprofundamento das discussões acerca dos planos de recuperação e da gestão de continuidade de negócio, tendo como diretrizes os padrões internacionalmente adotados para a matéria.

Estatísticas dos Arranjos de Pagamento

De acordo com essas estatísticas de 2015, publicadas no sítio BC na Internet, continuam crescendo os pagamentos efetuados com cartões de crédito e de débito, mas em ritmo menor que o verificado no passado. Foram gastos R$ 678 bilhões em transações no cartão de crédito (+9%) e R$ 390 bilhões em débito (+12%). Para referência, em 2014, a elevação foi de 11% e 19%, respectivamente. Por outro lado, a redução dos cheques foi mais acentuada do que nos anos anteriores, apresentando queda de 12% em quantidade e de 9% em valor.

Comparando-se os dados de final de ano, entre 2008 e 2015, observa-se que houve uma redução nos portfólios de cartões da categoria básica e um aumento nos portfólios de cartões “premium” e “intermediário”, o que se refletiu também na quantidade e no valor das transações com cartões dessas categorias. Esse comportamento se refletiu no aumento da tarifa de intercâmbio média (percentual da transação que o credenciador paga ao emissor do cartão).

No mercado de credenciamento, embora se observe ligeira redução no índice de concentração e na média da taxa de desconto, houve um aumento das despesas dos lojistas com aluguel de POS e conectividade (+65%), reduzindo os benefícios advindos da redução da taxa de desconto. 

O aumento no compartilhamento das redes de ATM começou a surtir efeito, elevando a média da quantidade de transações por terminal de acesso aberto em 12,7%, enquanto foi observada uma queda de 6,8% na média de transações nos terminais de acesso restrito.

O destaque no perfil de utilização dos canais de acesso pelos clientes das instituições foi o crescimento acentuado de operações realizadas por meio de dispositivos móveis, que praticamente dobrou em 2015, em relação ao ano anterior, atingindo 20% da quantidade total de transações de clientes.

Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro 2015: http://www.bcb.gov.br/htms/novaPaginaSPB/Relatorio_de_Vigilancia_do_SPB_2015.pdf

ANEFAC. 07/07/2016. Juros do cartão têm maior taxa desde outubro de 1995, diz Anefac. Taxa média de juros das operações teve o 21º aumento seguido em junho. No cartão de crédito, juros foram de 447,44% ao ano e de 15,22% ao mês.
Do G1, em São Paulo

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em junho, completando 21 meses seguidos de elevações, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (7) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Juros do cartão de crédito
Taxa mensal, em %
12,5413,0313,3713,5913,7313,9414,3514,5614,7214,9515,0115,1215,22em %Jun/15Jul/15Ago/15Set/15Out/15Nov/15Dez/15Jan/16Fev/16Mar/16Abr/16Mai/16Jun/161212,51313,51414,51515,5
Fonte: Anefac

Das seis linhas de crédito pesquisadas, cinco tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal- financeiras) e uma teve sua taxa de juros reduzida no mês (CDC-financiamento de veículos).

No cartão de crédito, os juros foram de 447,44% ao ano (15,22% ao mês) em junho, ante 441,76% ao ano e 15,12% ao mês em maio. Trata-se da maior taxa desde outubro de 1995, quando estava em 459,53% ao ano e 15,43% ao mês.
No cheque especial, os juros foram de 286,27% ao ano (11,92% ao mês) em junho, ante 270,82% em maio. Trata-se da maior desde abril de 1999, quando estava em 12,01% ao mês e 290,02% ao ano.
No empréstimo pessoal em bancos os juros foram de 72,14% ao ano (4,63% ao mês) em junho, ante 71,15% em maio. Trata-se da maior taxa desde abril de 2016, quando estava em 4,64% ao mês e 72,33% ao ano.

A taxa de juros média para pessoa física subiu de 7,96% ao mês em maio (150,70% ao ano)  para 8,06% ao mês em junho (153,50% ao ano). Esse é o maior valor desde setembro de 2003, segundo a Anefac, quando foi de 8,13% ao mês e 155,48% ao ano.
Pessoa jurídica
Das três linhas de crédito pesquisadas para pessoa jurídica, todas subiram em junho, segundo a Anefc. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica passou de 4,62% ao mês (71,94% ao ano) em maio para 4,63% ao mês (72,14% ao ano) em junho - a maior taxa de juros desde fevereiro de 2005.
Fatores
Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos da Anefac, as elevações podem ser atribuídas ao cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência. Os índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzem a renda das famílias. E a recessão econômica deve levar ao crescimento dos índices de desemprego.

"Tudo isso somado, e o fato de que as expectativas para 2016 serem igualmente negativas quanto a todos esses fatores, levam as instituições financeiras a aumentar suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência”, diz.
Segundo Oliveira, como existe a expectativa de que o Banco Central possa vir a reduzir a taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses, isso pode ajudar na redução das taxas de juros das operações de crédito.

ANEFAC. PORTAL UOL. JORNAL A TARDE. 07/07/2016. Taxa de juros ao consumidor atinge maior nível desde 2003
Álvaro Campos

Os juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas subiram, no mês passado, aos maiores patamares desde a década de 2000. Segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as taxas subiram em junho pelo 21º mês consecutivo.
No caso das pessoas físicas, houve aumento nos juros em cinco das seis linhas pesquisadas (juros do comércio; cartão de crédito rotativo; cheque especial; empréstimo pessoal-bancos; e empréstimo pessoal-financeiras). A única queda foi em CDC-financiamento de veículos. O juro médio subiu 0,10 ponto porcentual em junho ante maio, para 8,06% ao mês (153,50% ao ano), o maior nível desde setembro de 2003.
No cartão de crédito, a taxa subiu 0,10 pp, para 15,22% ao mês (447,44% ao ano) em junho, o maior nível desde outubro de 1995. Em relação aos juros do comércio (crediário), houve alta em 11 dos 12 tipos de lojas pesquisadas, com a média geral subindo 0,02 pp, para 5,86% ao mês (98,05% ao ano). A única queda foi em veículos, onde a taxa recuou 0,01 pp, para 2,31% aos mês (31,53% ao ano). No geral, a taxa mais alta foi registrada em Minas Gerais, com 5,97% ao mês (100,54% ao ano).
Entre as pessoas jurídicas, houve alta nas três linhas (capital de giro; desconto de duplicatas, e conta garantida). O juro médio avançou 0,01 pp no mês passado ante o anterior, para 4,63% ao mês (72,14% ao ano), o patamar mais alto desde fevereiro de 2005.
No caso da conta garantida, a taxa subiu 0,02 pp, para 8,05% ao mês (153,22% ao ano), o patamar mais elevado desde o início da série histórica, em 1995.
Segundo a Anefac, as altas podem ser atribuídas a alguns fatores, como o cenário macroeconômico que aumenta o risco de elevação da inadimplência. "Este cenário se baseia no fato dos índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias. Agregado a isto a recessão econômica, que deve promover o crescimento dos índices de desemprego", diz o diretor executivo de estudos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira. "O futuro é um pouco incerto. Como existe a expectativa de que o Banco Central possa vir a reduzir a taxa básica de juros (Selic), nos próximos meses, este fato pode contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito", acrescenta.
A Anefac lembra que, considerando todas as elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve aumento de 7,00 pontos porcentuais (ou alta de 96,55%) na taxa básica de juros, para o nível atual de 14,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou elevação de 65,53 pp (+74,49%). Já na pessoa jurídica, houve elevação de 28,56 pp (+65,53%).

OECD. 07/07/2016. Job market recovering but wage growth remains weak
 
7/7/2016 - Labour markets are continuing to recover from the crisis and employment is set to return to pre-crisis levels in 2017, but wage growth remains weak, according to a new OECD report.
 
The OECD Employment Outlook 2016 shows that with the global economy stuck in a low‑growth trap, better skills use and further structural reforms are needed to boost productivity, support job creation, improve job satisfaction and raise living standards.
 
 
“The job of healing the employment market is only half done: back at work, but out of pocket” said OECD Secretary-General Angel Gurría, launching the report in Paris ahead of next week’s meeting of G20 Labour and Employment Ministers in Beijing, China. “Comprehensive and ambitious policy action is needed to kick start labour productivity growth, raise wages, and reduce rising job market inequalities.” (read the full speech)
 
The proportion of people aged 15 to 74 in work in OECD countries will be 61% by the end of next year, slightly above the level recorded at the end of 2007. In some OECD countries, notably Chile, Germany, and Turkey, employment rates already exceed pre-crisis levels, while the jobs gap with the end of 2007 remains large in some European countries, notably Greece, Ireland and Spain (at 9, 7.9 and 8.5 percentage points, respectively).

 
Wage growth remains subdued in many countries. Productivity growth has stagnated over the past years and many of the workers who lost their jobs in manufacturing and construction during the crisis have regained employment in the services sector in jobs that often do not match their skills and are lower-paid.
 
Real wages fell sharply during the crisis in Greece, Ireland, Japan, Portugal, Spain, and the Baltic States. Comparing real wage growth during 2000-07 with 2008-15, a number of other countries, including the Czech Republic, Estonia, Latvia, and the United Kingdom, experienced a sharp deceleration. By 2015, real hourly wages in these countries were more than 25% below where they would have been if wage growth had continued at the rate observed during 2000-07. This wage gap exceeded 20% in Greece, Hungary, and Ireland.
 
Job quality, and in particular the situation of certain groups, is also a source of concern. For instance, in the OECD the rate of young people neither in employment nor in education ─ so-called NEETs ─ was still higher in 2015 (15%) than in 2007 (13.5%), with significant increases in several countries. Gender gaps in the labour market also persist, and female workers continue to have worse jobs than men.
 
While unemployment in the OECD will ease to 6.1% by the end of 2017, 39 million people will remain out of work ─ 6.3 million more than before the crisis. Around one in three unemployed people have been out of work for 12 months or more, a rise of 54.6% since the end of 2007. More than half of this group has been out of work for two years or longer, increasing the risk they will drop out of the labour force.
 
An adequate skills policy has an important role to play in reducing inequalities in the labour market and boosting productivity and wages. While expanding education and training programmes and improving their quality is critical, the Outlook shows that it is equally important to improve the recognition and use of skills at work: among equally educated and skilled workers, those who use their skills at work are more productive and earn higher wages.
 
Boosting productivity, wages and job creation also requires further structural reforms to product and labour markets. The Outlook finds that potential short-term labour market costs from structural reforms can be minimised, if not eliminated, by implementing reforms during economic upswings ─ complemented by more effective unemployment benefits ─ when firms are more able to adapt wages and working conditions. Given most countries are on a recovery path, albeit weak, the Outlook concludes that the time is ripe for structural reforms.


OCDE. PORTAL G1. PORTAL UOL. 07/07/2016. Brasil é último em ranking de criação de emprego da OCDE. Segundo relatório, país terá, em 2016, maior saldo negativo (quando demissões superam contrações ) - de 1,6% - entre 44 nações pesquisadas.
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil

Em razão da crise econômica, o Brasil deve ter, em 2016, o pior desempenho na criação de empregos na comparação com outros 43 países, de acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado nesta quinta-feira (7).
Segundo o relatório, o Brasil deve registrar um saldo negativo de empregos (quando as demissões superam as contratações) de 1,6% neste ano, enquanto nos países da OCDE a previsão é de crescimento de 1,5% dos postos de trabalho em 2016.
Nas projeções da OCDE, apenas quatro outros países, além do Brasil, terão saldo negativo de empregos neste ano, com quedas bem menores, que vão de apenas -0,1%, como a Finlândia, a -0,9%, no caso da Costa Rica.
Em 2017, afirma o estudo, a situação no Brasil deve melhorar, com previsão de crescimento de 0,7% do emprego.
O estudo, intitulado "Perspectivas do Emprego 2016", leva em conta os dados dos 35 países membros da organização (a Letônia aderiu ao grupo em junho) e de nove outras economias, como Brasil e China.
Em junho, a OCDE já havia estimado, em outro estudo, que o Brasil deverá sofrer em 2016 a maior queda do PIB entre as 44 economias analisadas, com recuo de 4,3%, e atribuiu a "recessão profunda", que deve durar no país até 2017, ao "contexto de grande incerteza política" e também aos casos de corrupção que abalam a confiança de consumidores e investidores.
A OCDE prevê que a taxa de desemprego no Brasil deverá atingir 11,3% neste ano contra 8,5% em 2015, segundo o estudo divulgado nesta quinta.
Apesar da crise, as taxas de desemprego no Brasil permanecem bem mais baixas do que as previstas neste ano para países como a Grécia (23,9%), Espanha (19,3%) ou a África do Sul, onde o índice estimado é de 26,5%.
'Recuperação dolorosa'
O estudo afirma que a situação do mercado de trabalho continua melhorando nos países da OCDE após a crise internacional dos últimos anos, "mas de maneira lenta e dolorosa" em inúmeros países que integram a organização.
Isso é devido, diz a organização, ao fato de que a economia mundial está "colada em um crescimento tímido caracterizado por um baixo nível de investimento, ganhos anêmicos de produtividade e poucas criações de empregos, além de uma estagnação dos salários", destaca o estudo.
Os salários, no entanto, não têm acompanhado a evolução dos níveis de emprego, acrescenta a OCDE, ressaltando que em muitos casos os ganhos são, em média, pelo menos 5% inferiores aos patamares que deveriam ter atingido se o crescimento econômico dos anos 2000 a 2007 tivesse se mantido.
"São numerosos os trabalhadores que arrumaram emprego após a recessão, mas o crescimento dos salários permanece moroso e o stress no trabalho afeta inúmeras pessoas", diz o estudo, acrescentando que poderá ser difícil recuperar esse atraso nos valores.
O estudo também prevê que a taxa de emprego nos países da OCDE deverá, em 2017, voltar ao nível registrado antes da crise financeira mundial.
O deficit de empregos nos países membros, que chegou a ser, no início de 2010, de mais de 20 milhões de postos de trabalho perdidos, caiu para 5,6 milhões em 2015.
Para a OCDE, esse déficit de empregos será "totalmente absorvido" ao longo de 2017.
"É evidentemente uma boa notícia, mas o fato de que a recessão pesou sobre o emprego durante cerca de dez anos atesta a severidade da crise e o preço que os trabalhadores tiveram de pagar", destaca o relatório.
O documento também alerta para o caso dos jovens com baixa qualificação que saíram do sistema escolar e do mercado de trabalho e que correm o risco de "serem definitivamente deixados de lado" na sociedade.
No ano passado, 15% dos jovens de 15 a 29 anos se enquadravam nessa categoria nos países da OCDE, o que representa um leve aumento em relação aos níveis que existiam em 2007, antes da crise mundial.
Segundo a OCDE, "é urgente" colocar em ação políticas nacionais e internacionais para estimular o crescimento e colocá-lo em uma trajetória durável.

FAO. 07/07/2016. FAO Food Price Index posts biggest monthly jump in four years. Weather conditions crimp sugar output, but also leads to expectations of a larger wheat harvest

7 July 2016, Rome- International food commodity prices shot up 4.2 percent in June, their steepest monthly increase of the past four years.

The FAO Food Price Index, released today, averaged 163.4 points in June and is now one percent below the level reached a year earlier. The June rise, which affected all commodity categories except vegetable oils, was the fifth consecutive monthly increase.

The price movement reflects FAO's  updating of its cereal supply and demand forecasts for the 2016/17 marketing season. 
FAO's Food Price Index is a trade-weighted index tracking international market prices for key traded food groups.

The FAO Sugar Price Index rose 14.8 percent from May, as Brazil, the world's largest sugar producer and exporter, endured heavy rains that hindered harvesting and dented yields.

The FAO Cereal Price Index rose 2.9 percent in the month and is now 3.9 percent below its level of June 2015. Maize prices drove that increase, primarily due to tightening spot export supplies from Brazil. Ample wheat supplies and reports of record yields in the United States held down wheat prices.

The FAO Dairy Price Index rose 7.8 percent from May, spurred by an uncertain outlook in Oceania and slower production growth in the European Union. Nonetheless, the index remained 14 percent below its level of  a year ago.

The FAO Meat Price Index rose 2.4 percent from its revised May value, as average quotations for pork, beef and poultry all rose for the third consecutive month. 

The FAO Vegetable Oil Price Index defied the trend, declining 0.8 percent from its May level.

Higher forecasts for wheat output and cereal consumption in 2016/17

FAO's Cereal Supply and Demand Brief, also released today, pointed to improved production prospects primarily for wheat.

Global wheat production is now pegged at 732 million tonnes, more than one percent higher than anticipated in June, mainly due to improved prospects in the EU, the Russian Federation and the U.S., as a result of better weather conditions.

The forecast for world maize production in 2016 was, however, cut down as prospects for the second crop in Brazil have dimmed and as reduced government support in China led to lower planting. Overall coarse grain production for this year is now expected to be 1 316.4 million tonnes, some 0.6 percent lower than last month's forecast.

World total cereal utilization in the 2016/17 marketing year, meanwhile, is now projected at 2 555.6 million tonnes, 1.3 percent higher than the estimate for 2015/16.

As a result, global cereal stocks by the end of farming season in 2017 are expected to stand at 635 million tonnes, 1.5 percent below their opening level. The resulting world stocks-to-use ratio for cereals would stand at 24.2 percent in 2016/17, compared to the 2007/08 historical low of 20.5 percent.


DÓLAR/ANÁLISE

BACEN. PORTAL G1. 07/07/2016. Dólar segue exterior e passa a subir ante real, à espera de meta fiscal. Na véspera, moeda teve valorização de 1,09%, cotada a R$ 3,337. Avanço nas quatro sessões anteriores acumulando valorização de 3,85%. Dólar passou de R$ 3,30 no início do pregão desta quarta-feira (6). 
Do G1, em São Paulo

O dólar passou a subir frente ao real nesta quinta-feira (7) conforme a queda dos preços do petróleo esvaziou o bom humor visto mais cedo nos mercados globais, mas os investidores adotavam cautela antes da divulgação da meta fiscal para o ano que vem.
Às 13h49, a moeda norte-americana subia 0,279%, vendida a R$ 3,3463. Veja a cotação
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
  • Às 9h20, queda de 0,23%, a R$ 3,3292
  • Às 9h59, queda de 0,33%, a R$ 3,3257
  • Às 10h19, queda de 0,19%, a R$ 3,3306
  • Às 10h49, queda de 0,1%, a R$ 3,3335
  • Às 11h40, atla de 0,08%, a R$ 3,3399
  • Às 12h20, alta de 0,4%, a R$ 3,3505
  • Às 13h20, alta de 0,1%, a R$ 3,3406
A moeda chegou a R$ 3,3535 na máxima e R$ 3,3207 na mínima.
A moeda norte-americana já havia avançado nas quatro sessões anteriores, acumulando valorização de 3,85%.
"Houve uma piora relevante nos mercados lá de fora e o clima aqui ainda é moderado, de prudência", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano à Reuters.
Pela manhã, o dólar havia recuado em relação às principais moedas emergentes, em alívio após vários dias de mau humor. Esse movimento perdeu força, porém, após os preços do petróleo voltarem a cair, revivendo a aversão a risco nas praças financeiras internacionais.
A alta do dólar nos últimos dias veio em meio à apreensão nos mercados globais com as possíveis consequências econômicas da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE), além da atuação do Banco Central brasileiro.
Nesta quinta-feira, o BC ofertou e vendeu integralmente pela quinta sessão seguida 10 mil swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares. A interpretação da maioria dos operadores é que o BC quer corrigir o recente ritmo exageradamente rápido de desvalorização do dólar, que marcou em junho a maior queda mensal em 13 anos.
Operadores também adotavam cautela antes da definição da meta fiscal do ano que vem, às 18h.
"O assunto principal do dia é a questão da meta fiscal", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na véspera, a alta da moeda norte-americana havia sido influenciada por preocupações com a possibilidade de o governo se contentar com uma meta fiscal pouco ambiciosa para 2017. O dólar teve valorização de 1,09%, cotado a R$ 3,337 na venda.
"Vai ser difícil o mercado comprar o discurso do gradualismo no ajuste. Já faz anos que ouvimos essa história e agora é a hora de ações, não palavras", resumiu o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos internacional.

BACEN. PORTAL UOL. 07/07/2016. Dólar avança, vendido perto de R$ 3,34; Bovespa opera em alta

O dólar comercial e a Bovespa operavam em alta nesta quinta-feira (7). Por volta das 13h30, a moeda norte-americana subia 0,11%, a R$ 3,341 na venda. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, 0,71%, a 52.270 pontos, com investidores aguardando a definição da meta fiscal para 2017. O Banco Central fez intervenção no mercado de câmbio nesta sessão, com leilão de swap reverso (equivalente à compra futura de dólares). No exterior, o bom humor visto pela manhã deu lugar ao pessimismo com a queda nos preços do petróleo. (Com Reuters)

BACEN. REUTERS. 07/07/2016. Dólar segue exterior e passa a subir ante real, à espera de meta fiscal
Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a subir frente ao real nesta quinta-feira conforme a queda dos preços do petróleo esvaziou o bom humor visto mais cedo nos mercados globais, mas os investidores adotavam cautela antes da divulgação da meta fiscal para o ano que vem.

Às 12:55, o dólar avançava 0,28 por cento, a 3,3462 reais na venda, após chegar a 3,3535 reais na máxima e 3,3207 reais na mínima.

A moeda norte-americana já havia avançado nas quatro sessões anteriores, acumulando valorização de 3,85 por cento. O dólar futuro subia cerca de 0,4 por cento no início da tarde.

"Houve uma piora relevante nos mercados lá de fora e o clima aqui ainda é moderado, de prudência", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Pela manhã, o dólar havia recuado em relação às principais moedas emergentes, em alívio após vários dias de mau humor. Esse movimento perdeu força, porém, após os preços do petróleo voltarem a cair, revivendo a aversão a risco nas praças financeiras internacionais.

A alta do dólar nos últimos dias veio em meio à apreensão nos mercados globais com as possíveis consequências econômicas da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE), além da atuação do Banco Central brasileiro.

Nesta quinta-feira, o BC ofertou e vendeu integralmente pela quinta sessão seguida 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. A interpretação da maioria dos operadores é que a autoridade monetária quer corrigir o recente ritmo exageradamente rápido de desvalorização do dólar, que marcou em junho a maior queda mensal em 13 anos.

Operadores também adotavam cautela antes da definição da meta fiscal do ano que vem, às 18:00.

"O assunto principal do dia é a questão da meta fiscal", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Uma fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que o governo deve fixar rombo primário de 140 bilhões a 150 bilhões de reais para 2017, abaixo dos 170,5 bilhões de reais previstos para este ano.

Na véspera, a alta da moeda norte-americana havia sido influenciada por preocupações com a possibilidade de o governo se contentar com uma meta fiscal pouco ambiciosa para 2017.

"Vai ser difícil o mercado comprar o discurso do gradualismo no ajuste. Já faz anos que ouvimos essa história e agora é a hora de ações, não palavras", resumiu o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos internacional.

(Por Bruno Federowski)

BOVESPA/ANÁLISE

BOVESPA. PORTAL G1. 07/07/2016. Bovespa sobe, puxada por ações da Petrobras e atenta a meta fiscal. As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras operam em alta. Na véspera, Ibovespa fechou em alta de 0,11%, a 51.901 pontos.
Do G1, em São Paulo

O principal índice da Bovespa firmava-se no azul nesta quinta-feira (7), guiado pelas ações Petrobras diante do avanço do petróleo e anúncio de que planeja emissão, além de melhora na recomendação de seus ADRS pelo Morgan Stanley.
Às 13h39, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subia 0,92%, 52.380 pontos. Veja a cotação.
Os investidores seguem na expectativa do anúncio do governo brasileiro sobre o déficit primário de 2017. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto disse que a meta será anunciada na tarde desta quinta-feira. Na véspera, não houve acordo sobre o valor.
No exterior, o petróleo valorizava-se amparado em dados de estoques dos Estados Unidos, enquanto Wall Street mostrava ganhos, tendo no radar dados de emprego do setor privado norte-americano considerados fortes.
Petrobras tinha as preferenciais em alta de 0,84% e as ordinárias subindo 2,4%, amparadas no avanço dos preços do petróleo. A companhia também anunciou que planeja nova emissão de títulos, enquanto o Morgan Stanley elevou sua recomendação para as ações da empresa para "overweight".
Vale mostrava as preferenciais com alta de 1,59% e as ordinárias de 1,84%, acompanhando melhora dos preços das commodities, embora o minério de ferro à vista tenha recuado na China.
Na véspera, as perdas ao longo do dia seguiram o movimento no exterior, com queda nas bolsas e nos preços das commodities.
O Ibovespa fechou em alta de 0,11%, a 51.901 pontos. As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 2,26%, enquanto as ordinárias da Vale subiram mais de 1,43%.

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LGCJ.: