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July 22, 2016

BOVESPA. PORTAL G1. 22/07/2016. Estrangeiros põem R$ 4,2 bi na bolsa em julho e impulsionam Bovespa. De janeiro e julho, entrada líquida foi de R$ 16,8 bi e supera saldo de 2016. Para analistas, bolsa antecipa sinais de virada, mas há quem veja exagero.
Darlan Alvarenga
Do G1, em São Paulo

Mesmo com o país ainda em recessão, a melhora das expectativas em relação à recuperação da economia brasileira combinada com ventos um pouco mais favoráveis do exterior tem garantido fortes ganhos da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira acumula alta de quase 10% em julho e de 30,66% no ano.

Capital externo na Bovespa
Entradas líquidas, em R$ bilhões
-1672.3328.3912.733-1.8141.1654.219janeirofevereiromarçoabrilmaiojunhojulho0k5k10k-5k
* Dado de julho é do acumulado até o dia 19

Da mínima de 37.497 pontos atingida em meados de janeiro, o Ibovespa saltou nesta semana para um patamar acima de 56 mil pontos, o maior desde maio do ano passado, chegando a registrar uma sequência de 10 altas seguidas, a série mais longa desde agosto de 2010. Nesta quinta-feira (21), o índice fechou em alta de 0,11%, aos 56.647 pontos.
Os investidores estrangeiros, que respondem por cerca de metade do volume financeiro movimentado na Bovespa, vêm elevando suas apostas e contribuindo para o avanço do índice. Em julho, no acumulado até o dia 19, as entradas de capital externo (compras de ações) superaram as saídas (vendas de ações) em R$ 4,219 bilhões, segundo os últimos números disponibilizados pela BM&FBovespa.
Em junho, o ingresso de recursos externos somou R$ 1,16 bilhão, após uma retirada de R$ 1,8 bilhão em maio. Veja gráfico acima
Entre janeiro e julho, a entrada líquida (entradas menos saídas) de capital estrangeiro na Bovespa está em R$ 16,86 bilhões. O valor já supera o resultado fechado de 2015, quando as compras de ações por investidores e fundos de outros países superaram as vendas em R$ 16,38 bilhões.
Sinais de recuperação mais rápida
Ainda que alguns analistas vejam um “certo exagero” no ritmo de subida do indicador, cresce a percepção de que sinais de melhora no ambiente político e econômico, associados à perspectiva de maior ingresso de recursos estrangeiros, justificam o otimismo e podem dar suporte à manutenção do atual patamar e até mesmo a uma alta adicional até o final do ano.
“A bolsa e os mercados financeiros em geral costumam antecipar os movimentos da economia real e, sem dúvida, a gente vê sinais de virada de preços e da economia”, afirma Phillip Soares, analista da Ativa Investimentos.
“Ainda não estamos vendo uma recuperação agressiva. Mas já parou de cair e está se estabilizando, o que já é grande coisa”, acrescenta o economista, citando ainda a melhora nas previsões para o PIB, como a última divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou a avaliar que o Brasil voltará a crescer em 2017, após 2 projeções de crescimento zero.
Fatores externos
Outro fator que contribui para a alta da Bovespa é a perspectiva de que um aumento de juros nos Estados Unidos irá demorar mais do que se imaginava. Nas últimas semanas, ficaram menores também os temores em relação a uma ruptura na União Europeia após a vitória do Brexit no Reino Unido.

Evolução do Ibovespa
Pontuação máxima, por mês
42.41943.23451.24854.47753.56151.62956.698em pontos

“Há uma percepção clara de que os riscos externos ainda vão permanecer reduzidos e que os juros internacionais vão ficar muitos baixos por um bom tempo”, diz Eduardo Velho, economista-chefe da A2A Asset.

Taxas de juros próximas de zero nos Estados Unidos, Europa e no Japão tendem a fazer com que investidores busquem ativos de maior rentabilidade, como ações, e costumam garantir também um fluxo maior de capital estrangeiro para países emergentes como o Brasil. Com uma taxa de juros básicos em 14,25% ao ano, o país segue na liderança do ranking mundial de juros reais (descontada a inflação), com uma taxa de 8% ao ano – espécie de termômetro do retorno oferecido a detentores de títulos do Tesouro.
O mercado financeiro avalia que a tendência de fluxo cambial negativo (saída de dólares maior que a entrada) vista neste ano deverá ser revertida nos próximos meses. "Não vamos ver uma megaentrada de recursos como vimos anos atrás, mas acredito que a direção está virando", diz Velho.
Na última semana, a entrada total de dólares, somando os canais financeiros e comerciais, superou o saída de recursos no país em US$ 1,1 bilhão, segundo informou o Banco Central. No acumulado no ano até julho, entretanto, US$ 11,04 bilhões deixaram a economia brasileira.
A recente queda do dólar e a redução das projeções de desvalorização do real para o final de 2016 e 2017 também estariam contribuindo para tornar o país mais atrativo para o investidor estrangeiro. "Quando há uma expectativa de desvalorização da moeda internacional frente à local e de maior estabilização do câmbio, o investidor tende a antecipar a entrada e reduzir a saída", explica o analista.


'Cota de exagero'
Para Adeodato Volpi Netto, especialista em Mercado de Capitais da Eleven Financial, apesar da melhora das expectativas em relação à recuperação da economia há uma "cota de exagero" no comportamento das ações na bolsa.


Por que a Bovespa sobe?

  • Bolsa acumula alta de quase 10% em julho e de mais de 30% em 2016 após 3 anos seguidos de perdas
  • O mercado reage à melhora das expectativas em relação à recuperação da economia
  • Perspectivas de privatizações elevam as apostas na melhora da performance de estatais com ações na bolsa
  • Investidores estrangeiros, que respondem por cerca de metade do movimento na bolsa, elevaram o volume de compra de ações
  • Diminuíram as apostas de que os juros nos Estados Unidos devem subir nos próximos meses
  • Taxas de juros próximas de zero nos EUA, Europa e no Japão fazem investidores buscar investimentos em títulos e ações de países emergentes como o Brasil
  • Queda do dólar e maior estabilização do câmbio estimulam o ingresso de capital externo e retenção das remessas de lucros


"Quando há uma mudança de quadro, o mercado começa a precificar a tendência e a antecipar movimentos da economia real, mas na minha leitura o mercado superestima a velocidade da melhora", diz o analista, lembrando que até o momento "praticamente nenhuma medida econômica saiu do papel".
Ele cita, por exemplo, a expectativa em torno de privatizações como as de empresas do setor elétrico. Segundo Netto, a venda de alguns ativos pode sim melhorar a performance de estatais, mas o processo de venda não será simples e enfrentará um cenário ainda repleto de incertezas e obstáculos.
"Sem a aprovação de medidas fiscais e econômicas no Congresso, sem a confirmação do fim da interinidade deste governo, sem que medidas efetivas aconteçam, qualquer patamar no Ibovespa acima de 55 mil pontos tenderá a ser artificial, sem suporte na realidade da economia", avalia Netto.
Dependência de medidas no Congresso
Os analistas alertam que alguns papéis já estariam sobrevalorizados, o que pode motivar a qualquer momento um movimento de venda expressiva de ações para o embolso de ganhos por parte dos investidores, o que faria cair as cotações das ações.
"Hoje ainda existe uma pressão compradora muito grande, mas não se pode esquecer que o lucro só vira lucro quando realizado", observa Netto, lembrando que o o mercado de ações é um investimento de risco, composto por múltiplos ativos e sujeito a mudanças repentinas.
"O movimento ainda é de compra, mas obviamente em algum momento vai ter uma parada para esperar qual vai ser o formato da PEC fiscal, da reforma da Previdência e da capacidade do Banco Central atingir a meta de inflação", avalia Eduardo Velho, da A2A Asset.
Bovespa acumula 3 anos de perdas
A bolsa lidera o retorno de investimentos financeiros feitos no país no 1º semestre, de acordo com ranking elaborado pelo administrador de investimentos Fabio Colombo.
Apesar da alta de mais de 30% no ano, o Ibovespa ainda está bem longe das máximas históricas. O patamar recorde foi registrado em 20 de maio de 2005, quando o índice chegou a 73.516 pontos. Já a barreira dos 60 mil pontos não é rompida desde setembro de 2014.
A bolsa brasileira acumula 3 anos seguidos de perdas. Em 2015, a Bovespa foi o pior investimento do ano, com perda de 13,31%. Em 2014 e 2013, o Ibovespa também acumulou baixas, de 2,91% e de 15,5%, respectivamente.
A série de desempenhos frustrantes levou a uma fuga de investidores do mercado de ações brasileiros. A Bovespa fechou junho com 559.518 investidores individuais pessoas físicas, ante um total de 562 mil em maio e um pico de 610 mil em 2010.
Maiores altas e baixas
Da carteira de 59 ações do Ibovespa, apenas 10 acumulam perda no ano, segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica.
Confira a seguir a variações das ações do Ibovespa no acumulado no ano, até o dia 20 de julho, por ordem de desempenho:

  • CSN ON: 156,25%
  • Bradesparx PN: 99,40%
  • RaiaDrogasil ON: 80,79%
  • BMF&Bovespa ON: 78,73%
  • Petrobras PN: 76,42%
  • Multiplan ON: 69,34%
  • Bradesco PN: 67,89%
  • BR Malls Par ON: 65,72%
  • Usiminas PNA: 63,39%
  • Smiles ON: 62,92%
  • Bradesco ON: 61,76%
  • Sabesp ON: 59,86%
  • Ecorodovias ON: 59,53%
  • Qualicorp ON: 59,48%
  • Petrobras ON: 59,28%
  • Kroton ON: 59,10%
  • Lojas Renner ON 58,89%
  • Cemig PN: 56,60%
  • CPFL Energia ON: 53,88%
  • Localiza ON: 51,2%
  • MRV ON: 50,03%
  • Gerdau Met PN: 49,07%
  • Cyrela Realt ON: 49,06%
  • Brasil ON: 48,75%
  • Equatorial ON: 47,62%
  • Gerdau PN: 46,88%
  • Copel PNB: 45,23%
  • Cosan ON: 44,59%
  • CCR SA ON: 44,20%
  • Itausa PN: 38,33%
  • Estacio Part ON: 36,89%
  • Telef Brasil PN: 34,69%
  • ItauUnibanco PN: 34,56%
  • P.Acucar-CBD PN: 33,96%
  • Vale PNA: 32,98%
  • Cielo ON: 31,52%
  • Ibovespa: 30,52%
  • Santander BR UNT N2: 29,55%
  • BBSeguridade ON: 27,85%
  • Energias BR ON: 27,57%
  • Vale ON: 26,71%
  • Engie Brasil ON: 24,66%
  • Ultrapar ON: 22,43%
  • Natura ON: 20,99%
  • Hypermarcas ON: 19,21%
  • Cetip ON: 17,67%
  • Tim Part S/A ON: 17,49%
  • Lojas Americ PN: 12,52%
  • Cesp PNB: 8,94%
  • Ambev S/A ON: 8,59%
  • Weg ON: -2,50%
  • Rumo Log ON: -5,45%
  • BRF SA ON: -5,93%
  • JBS ON: -11,75%
  • Marfrig ON: -13,70%
  • Braskem PNA: -27,72%
  • Klabin S/A UNT N2: -30,36%
  • Suzano Papel PNA: -40,68
  • Embraer ON: -43,03%
  • Fibria ON: -60,26%
MF. 21/07/2016. Tesouro lança US$ 1,5 bilhão em bônus no mercado norte-americano. Nota à imprensa. Título, que vence em 2047, foi emitido com taxa de 5,875% e cupom de 5,625%.
 
Brasília. O Tesouro Nacional informa o resultado final do lançamento do bônus da República denominado GLOBAL 2047, com vencimento em 21 de fevereiro de 2047, e volume de US$ 1,5 bilhão, emitido no mercado norte-americano com taxa de 5,875% a.a., cupom de 5,625% e spread de 357,20 pontos-base acima da Treasury (título do Tesouro norte-americano).

A emissão, liderada pelos bancos Deutsche Bank, HSBC e Goldman Sachs, foi colocada ao preço de 96,464% do seu valor de face. A liquidação financeira da operação ocorrerá em 28 de julho de 2016 e os cupons começarão a ser pagos no dia 21 de fevereiro de 2017. A partir dessa data, serão feitos pagamentos semestrais até o vencimento em 21 de fevereiro de 2047.

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Essa comunicação não constitui oferta para vender ou solicitação de oferta para comprar, nem haverá qualquer venda de títulos referenciada nessa comunicação em qualquer Estado ou jurisdição na qual tal oferta, solicitação ou venda seria considerada ilegal se emitida antes do devido registro ou qualificação sob as leis que regulamentam a emissão de títulos de quaisquer dos referidos Estado ou jurisdição. Qualquer oferta pública de bônus globais a ser feita nos Estados Unidos será executada por meio de um suplemento ao prospecto do Brasil contido em sua declaração de registro firmada junto a SEC – Securities and Exchange Commission – e que contém informação detalhada sobre o Brasil e os bônus globais.

MDIC. CAMEX. 21/07/2016. Resoluções Camex aprovam duas medidas de defesa comercial para importações brasileiras da China. Decisões entraram hoje em vigor com a publicação das medidas no Diário Oficial da União.

Brasília (21 de julho) - Foram publicadas hoje, no Diário Oficial da União, duas medidas de defesa comercial para importações brasileiras de produtos chineses. As Resoluções Camex que aplicam direitos antidumping foram assinados ontem pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, após a reunião do Grupo Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). O dumping é uma prática desleal de comércio que acontece quando uma empresa exporta seu produto a preços inferiores aos praticados no mercado de origem.

A Resolução Camex nº 65 aplica direito antidumping  por um prazo de até cinco anos às importações brasileiras originárias da China de tubos de aço carbono não ligado com a seguinte descrição técnica: sem costura, de seção circular, com diâmetro externo não superior a 374 mm.

Os tubos de aço são usados em diversos setores da indústria, para condução e armazenamento de fluidos, caldeiraria, fabricação mecânica de peças e no segmento automotivo, e também em usinas de açúcar e álcool, no setor de mineração, de construção civil, de máquinas agrícolas, automotivo, entre outros. O produto está classificado nos códigos 7304.31.10, 7304.31.90, 7304.39.10, 7304.39.20 e 7304.39.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). O direito antidumping será aplicado por alíquota específica, nos montantes abaixo especificados:

OrigemProdutor/ExportadorDireito Antidumping (US$/t)
ChinaYangzhou Lontrin Steel Tube Co., Ltd1.009,29
Hangzhou Zhedong Steel Tube Products Co., Ltd.
Hubei Xinyegang Steel Co. Ltd.
Wuxi Jiangnan High Precision Cold-Drawn Pipe Co., Ltd.
1.356,90
Empresas chinesas identificadas no Anexo e não constantes deste quadro.1.356,90
Demais1.356,90

Magnésio em pó

Além disso, a  Resolução Camex nº 66, também publicada hoje,  prorroga por até cinco anos, o direito antidumping para as importações brasileiras de magnésio em pó (com o mínimo de 90% de magnésio e 10% máximo de cal) originárias da China (NCMs 8104.30.00 e 8104.90.00). O magnésio em pó é utilizado principalmente na indústria siderúrgica, no processo de dessulfuração do ferro gusa, para  fabricação do aço. Além disso, o magnésio em pó é insumo para fabricação de produtos químicos, fogos de artifício, munições e eletrodos de solda. O antidumping será recolhido por alíquota específica, de acordo com o valor abaixo:


OrigemProdutor/ExportadorDireito Antidumping Definitivo
ChinaTodos0,99 US$/kg

MDIC. CAMEX. Resoluções Camex que incentivam investimentos industriais de US$ 375 milhões. 226 máquinas e equipamentos sem produção no Brasil tiveram alíquotas de Imposto de Importação reduzidas.

Brasília (21 de julho) – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, assinou duas novas Resoluções da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que reduzem o Imposto de Importação para 226 máquinas e equipamentos que não são produzidos no Brasil. As medidas entraram hoje em vigor, com a publicação no Diário Oficial da União.

São 221 bens de capital - que tiveram redução de alíquotas entre 14% e 12% para 2% -  e cinco tipos de equipamentos de informática e telecomunicações, que tiveram o imposto para compra no exterior diminuído de 16% para 2%. De acordo com as empresas que solicitaram o benefício, a medida da Camex incentiva investimentos produtivos de US$ 374,5 milhões em diversas regiões brasileiras, por meio da redução de custos com importação.  

Os principais setores beneficiados, em relação à previsão de investimentos, serão farmacêutico e químico (24,8%); de bens de capital (14%); de autopeças (12,7%); de energia (12%); gráfico (6%); de mineração (5,7%); alimentício (3%); automotivo (2,9%) e médico-hospitalar (2,8 %).

Os bens de capital e equipamentos de informática e telecomunicação sem produção nacional que tiveram redução de imposto serão importados, principalmente, da Alemanha (51,61%); dos Estados Unidos (20,36%); da Itália (7,36%); da China (4,47%); do Japão (2,9%); da Espanha (2,78%); do Reino Unido (1,99%) e da Holanda (1,69%).

O que são ex-tarifários

O regime de ex-tarifário reduz temporariamente a alíquota do Imposto de Importação de bens de capital e de Informática e telecomunicações quando não houver produção nacional equivalente. Os ex-tarifários reduzem o custo de projetos industriais, viabilizam o aumento de investimentos em bens que não possuem produção no Brasil, além de possibilitar a geração de empregos e o aumento da inovação por parte de empresas de diferentes segmentos da economia.

FGV. IBRE. 22/07/2016. Prévia do Índice de Confiança da Indústria sinaliza alta

O resultado preliminar de julho de 2016 sinaliza alta de 3,5 pontos do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao número final do mês anterior, ao passar de 83,4 para 86,9 pontos. Com o resultado, o ICI registraria a quinta alta consecutiva e o maior nível desde novembro de 2014 (87,5 pontos).
 
A alta do ICI na prévia de julho foi determinada pela melhora dos dois subíndices que o compõem, com maior contribuição no mês vindo da melhora das avaliações sobre a situação atual. O Índice da Situação Atual (ISA) avançaria 3,8 pontos, para 85,0 pontos, e o Índice de Expectativas (IE), 3,1 pontos, para 88,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) aumentou 0,4 ponto percentual na prévia de julho, para 74,3%, mesmo nível registrado em abril passado.
 
Para a prévia de julho de 2016 foram consultadas 784 empresas entre os dias 04 e 20 deste mês.


FGV. IBRE. 22/07/2016. Expectativa de Inflação dos Consumidores recua em julho

Após ligeira alta no mês anterior, a inflação prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes retoma a tendência de queda iniciada em março, ao passar de 10,5%, em junho, para 10,0%, em julho.
 
“A queda de 0,5 ponto percentual em julho mostra que a alta de 0.2 p.p no mês anterior foi apenas um soluço e que a tendência é realmente de queda do indicador. A percepção de alívio na inflação pelos consumidores respalda-se na já observada queda da inflação acumulada em 12 meses (8,8% em junho), na maior repercussão na mídia de que a inflação será menor no futuro e no recuo contínuo da inflação de preços administrados, que somente neste ano já cedeu 8,1 p.p”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.
 
Em julho, a maior queda ocorreu entre os consumidores de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, com recuo de 0,9 p.p. sobre junho, alcançando 9,9%.

Considerando-se a distribuição de respostas, 36,2% dos consumidores pesquisados esperam inflação superior a 10% nos próximos 12 meses, o menor valor desde setembro de 2015. O intervalo entre 9,0% e 10,0% passou a ser o mais citado pelos consumidores, algo que não ocorria desde novembro de 2015.


FGV. IBRE. 22/07/2016. Quesito especial: PAC e Minha Casa Minha Vida

Desde dezembro de 2014, a Sondagem da Construção da FGV acrescenta, semestralmente, perguntas referentes aos Programas Federais de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa Minha Vida (MCMV).
 
Os quesitos especiais procuram captar a situação atual e as expectativas das empresas que realizam obras no âmbito dos programas governamentais e em que medida a percepção delas se diferencia das empresas que não atuam nestes programas.
 
As empresas que atendem aos Programas Federais são questionadas sobre as expectativas quanto à evolução do volume de obras nos 12 meses seguintes. Em junho de 2015, foi adicionada uma pergunta sobre a incidência de atrasos nos fluxos de pagamento (medições) das obras realizadas.
 
As análises consideram apenas as empresas que atuam exclusivamente no PAC ou no MCMV, não abrangendo aquelas que atuam nos dois programas ao mesmo tempo.
 
A Sondagem da Construção realizada em junho mostrou que as empresas que atuam nos Programas têm a mesma percepção de queda do nível de atividades registradas pelas demais empresas da construção desde dezembro de 2014. Analogamente, observa-se uma melhora das expectativas de todos os subgrupos em relação a dezembro de 2015. Na comparação entre os três grupos, o das empresas que atuam no MCMV se distinguem pelo aumento mais expressivo das expectativas, alimentadas pelas indicações de início das contratações referentes à Fase III do Programa a partir de março de 2016.
 
PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC)

Em junho de 2016, 41,6% das empresas pesquisadas previram que o volume de obras relacionadas ao PAC diminuirá nos próximos 12 meses. Esta proporção havia sido de 50,1%, em junho de 2015, e de 64,3%, em dezembro de 2015. No sentido oposto, 19,2% das empresas sinalizaramque o volume de obras irá aumentar, enquanto que em junho e dezembro de 2015, essa proporção havia sido de 20,0% e 7,1%, respectivamente.  Com isto, mesmo que o saldo – diferença entre as assinalações de aumento e queda – se mantenha no patamar negativo, percebe-se uma melhora por parte das empresas.
 
As empresas que operam no âmbito do PAC também reportaram redução nos atrasos nos fluxos de pagamento pelos serviços prestados (medições): em dezembro de 2015, havia sido registrado o recorde de empresas reportando atraso de pagamento (78,7%); em junho, esta proporção caiu a 62,0% do total.
  
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA (MCMV)

Para as empresas que atuam exclusivamente no MCMV, as mudanças foram mais expressivas. O saldo entre assinalações de aumento e redução no volume de obras saiu de –56,6 pontos percentuais (p.p.), em dezembro de 2015, para -7,9 p.p., em junho de 2016. Entre dezembro passado e junho deste ano, a proporção de empresas prevendo diminuição do volume de obras nos 12 meses seguintes caiu de 65,2% para 29,7% do total. Por sua vez, a proporção de empresas que informaram aumento do volume de obras passou de 8,6% para 21,8%, no mesmo período.
 
Os atrasos relacionados aos fluxos de pagamento pelos serviços também se reduziram: em dezembro de 2015, 51,8% das empresas sinalizaram que os pagamentos estavam atrasados em, pelo menos, 60 dias. Já em junho de 2016, esta proporção caiu a 35,8% do total. 

COMPARAÇÃO DA CONFIANÇA DE EMPRESAS ATUANTES NOS PROGRAMAS FEDERAIS E DEMAIS EMPRESAS NA SONDAGEM DA CONSTRUÇÃO

Entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, o Indicador de Situação Atual (ISA) das empresas do Setor da Construção atuantes no PAC recuou 18,2 pontos. A partir desta data, apresentou queda de 7,7 pontos até junho passado. Sob o ponto de vista das expectativas no curto prazo, o Índice das Expectativas (IE) recuou 6,0 pontos entre os dezembros de 2014 e 2015, e avançou 0,4 ponto desde então, mostrando que ainda não há otimismo em relação à retomada deste programa ao longo dos próximos meses.
Em junho de 2016, o indicador de ímpeto de contratação de mão de obra (para os três meses seguintes) pelas empresas atuantes no PAC apresentou saldo de -17,3 p.p. entre a proporção de empresas prevendo admissões e desligamentos. Há um ano, este saldo havia sido de -27,9 p.p..
 
Assim como o observado em relação ao PAC, houve forte piora do Indicador de Situação Atual (ISA) das empresas atuantes no MCMV nos períodos de dezembro de 2014 a dezembro de 2015 (recuo de 26,0 pontos). Na comparação dezembro de 2015 e junho de 2016, o ISA recuou 8,2 pontos. Sob a ótica de perspectivas de curto prazo, o Índice das Expectativas (IE) recuou 12,6 pontos entre os dezembros de 2014 e 2015, e apresentou expressivo avanço a partir de então (12,2 pontos).
 
No quesito emprego previsto para os próximos três meses, houve melhora considerável, já que, o saldo das empresas prevendo aumento do contingente de mão de obra e as que preveem diminuir passou de -43,1 p.p., em dezembro de 2015, para -7,4, p.p., em junho de 2016, saldo próximo ao de dezembro de 2014 (-6,1 p.p.). Mesmo com patamar negativo, as empresas que atuam no MCMV estão menos propensas a efetuar desligamentos que as atuantes no PAC.
 
Entre as empresas que não estão no âmbito de nenhum dos dois programas, houve queda de 19,0 pontos do ISA entre dezembro de 2014 e de 2015 e continuou de dezembro a junho (queda de 8,8 pontos). No caso das expectativas, as empresas que não atuam tanto no PAC quanto no MCMV estão otimistas com a evolução dos negócios: o índice passou de 69,5 a 75,0 pontos, entre dezembro de 2015 e junho de 2016, respectivamente.
 
Sob o ponto de vista da contratação de mão de obra no curto prazo, as empresas que não atuam nos Programas Federais estão mais pessimistas em julho de 2016 do que há um ano: o saldo foi de -62,7 p.p., em 2016, contra -28,8 p.p., em 2015.
 
COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES-SÍNTESE DA SONDAGEM DA CONSTRUÇÃO

Em relação a dezembro de 2015, apenas as empresas do MCMV registram alta da confiança. Para essas empresas, o aumento das expectativas se contrapôs à redução da atividade e à piora nos negócios.

Comparando-se os Índices de Confiança das empresas que atuam exclusivamente no PAC ou no MCMV com o das empresas que não atuam em nenhum dos Programas Federais – nota-se que a confiança das primeiras se mantém superior à das demais.

CONCLUSÃO

A dificuldade fiscal do governo afetou o ritmo de obras dos principais programas governamentais.  Desde junho de 2015, os atrasos nos fluxos de pagamentos passaram a ocorrer levando à paralisação de obras. Com isso, os programas, que em 2009 foram importantes instrumentos de política anticíclica, perderam força. Especialmente, as sondagens realizadas em junho e dezembro de 2015 mostraram a queda na atividade das empresas e grande pessimismo. Em junho de 2016, a perspectiva de reinício de obras do PAC e o início da nova fase do MCMV trouxeram novamente expectativas positivas para os empresários. A percepção predominante ainda é de que o nível de atividade e o ambiente de negócios mantenha-se ruim, mas, no caso das empresas que operam com o MCMV, o otimismo começa a voltar gradualmente. 


DÓLAR/ANÁLISE

BACEN. PORTAL G1. 22/07/2016. Dólar passa a subir nesta sexta-feira. Na véspera, moeda dos EUA subiu 1,016%, a R$ 3,2816 na venda. Dia foi de realização de lucros após queda recente do patamar da divisa.
Do G1, em São Paulo

O dólar passou a subir após após alternar entre altas e baixas nos primeiros negócios desta sexta-feira (21), após o avanço da sessão anterior, com investidores demonstrando cautela após dados econômicos britânicos mostrarem forte deterioração após o Reino Unido optar por deixar a União Europeia.
Às 13h29, a moeda norte-americana tinha alta de 0,408%, cotada a R$ 3,295 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.
Veja abaixo as cotações do dia:

  • Às 9h20, queda de 0,007%, a R$ 3,2814
  • Às 9h38, queda de 0,07%, a R$ 3,2792
  • Às 10h15, alta de 0,01%, a R$ 3,2820
  • Às 10h42, alta de 0,03%, a R$ 3,2804
  • Às 10h59, alta de 0,13%, a R$ 3,2859
  • Às 11h30, alta de 0,024%, a R$ 3,2824
  • Às 12h29, alta de 0,36%, a R$ 3,2935
  • Às 13h07, alta de 0,17%, a R$ 3,2874

Os contratos futuros de minério de ferro negociados na China recuaram nesta sexta e marcaram uma perda semanal de 4,5%, pressionados pelo crescimento nos estoques portuários e pelo recuo nos preços do aço no maior mercado consumidor do mundo.
Nesta manhã, o BC voltou a vender 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todos os pregões neste mês exceto um.
"O quadro externo está um pouco mais para a cautela e o mercado prefere não fazer grandes movimentos e esperar mais notícias", resumiu o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) apresentou a maior queda em seus 20 anos de história em julho, sugerindo que a economia do Reino Unido pode estar encolhendo no ritmo mais rápido desde a crise financeira na esteira do referendo do mês passado.
Preocupações com os impactos econômicos da decisão chegaram a pressionar fortemente o apetite por ativos de risco, mas essas turbulências perderam força diante de expectativas de estímulos econômicos no exterior e conforme o caos político no Reino Unido assentou.
Nesta sessão, operadores adotavam alguma cautela e o dólar rondava a estabilidade frente às principais moedas emergentes, e as bolsas norte-americanas caíam moderadamente, em um cenário externo misto.
"A correlação com o desempenho dos pares emergentes deve ser grande em dia de agenda interna esvaziada", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.
No cenário local, investidores aguardavam apenas a divulgação do relatório de Receitas e Despesas do governo brasileiro, ainda nesta sexta-feira. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, já confirmou que o governo não vai fazer contingenciamento de gastos.
Última sessão
A moeda norte-americana fechou com avanço de 1,016% na véspera, cotada a R$ 3,2816 na venda. No mês, alta de a moeda acumula alta de 2,12%. No ano, porém, há desvalorização de 16,88%.
A alta do dólar veio mesmo após o Brasil lançar emissão de US$ 1,5 bilhão em bônus nos mercados externos, que não só poderia resultar diretamente em entradas de recursos no Brasil como também abrir espaço para outras emissões de empresas.

BACEN. PORTAL UOL. REUTERS. 22/07/2016. Dólar sobe, vendido perto de R$ 3,30; Bovespa opera em alta

O dólar comercial e a Bovespa operavam em alta nesta sexta-feira (22). Por volta das 13h15, a moeda norte-americana subia 0,44%, a R$ 3,296 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 0,57%, a 56.962,73 pontos. Investidores estavam cautelosos após dados econômicos britânicos mostrarem forte piora depois de o Reino Unido optar por deixar a União Europeia. No Brasil, o Banco Central realizou leilão de swaps reversos (equivalentes à compra futura de dólares). (Com Reuters)

BOVESPA/ANÁLISE

BOVESPA. PORTAL G1. 22/07/2016. Bovespa passa a subir nesta sexta-feira. Na véspera, principal indicador da bolsa subiu 0,11%, aos 56.647 pontos. Na semana, a bolsa acumula alta de 1,91% e no mês, de 9,93%.
Do G1, em São Paulo

O principal índice da bolsa brasileira operava em alta na tarde desta sexta-feira (22), tendo como pano de fundo um cenário externo sem viés definido, com o noticiário corporativo sob os holofotes, incluindo o balanço da Localiza.
Às 13h39, o Ibovespa subia 0,48%, aos 56.915 pontos, renovando máximas desde maio de 2015. Veja a cotação.
A Localiza liderava as altas do dia, com valorização de mais de 5%.
Itaú Unibanco subia ao redor de 1% e ajudava a manter o índice no azul.
No exterior, Wall Stret não mostrava um rumo firme, um dia depois do Dow Jones quebrar uma série de nove altas seguidas, com resultados corporativos no radar, entre eles o da General Electric.
Estrangeiros impulsionam Bovespa
Mesmo com o país ainda em recessão, a melhora das expectativas em relação à recuperação da economia brasileira combinada com ventos um pouco mais favoráveis do exterior tem garantido fortes ganhos da Bovespa, que acumula alta de quase 10% em julho e de 30,66% no ano.
Os investidores estrangeiros, que respondem por cerca de metade do volume movimentado na Bovespa, vêm elevando suas apostas e contribuindo para o avanço. Em julho, até o dia 19, as entradas de capital externo (compras de ações) superaram as saídas (vendas de ações) em R$ 4,219 bilhões.
Última sessão
Na véspera, o Ibovespa subiu 0,11%, aos 56.647 pontos. Na semana, a bolsa acumula alta de 1,91% e no mês, de 9,93%. No ano, há valorização de 30,66%.

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LGCJ.: