US ECONOMICS
INTERNATIONAL TRADE
DoC. BEA. U.S. Census Bureau. May 3, 2018. U.S. International Trade in Goods and Services March 2018
The U.S. Census Bureau and the U.S. Bureau of Economic Analysis announced today that the goods
and services deficit was $49.0 billion in March, down $8.8 billion from $57.7 billion in
February, revised.
Exports, Imports, and Balance (exhibit 1)
March exports were $208.5 billion, $4.2 billion more than February exports. March imports were
$257.5 billion, $4.6 billion less than February imports.
The March decrease in the goods and services deficit reflected a decrease in the goods deficit
of $7.5 billion to $69.5 billion and an increase in the services surplus of $1.3 billion to
$20.5 billion.
Year-to-date, the goods and services deficit increased $25.5 billion, or 18.5 percent, from the
same period in 2017. Exports increased $39.2 billion or 6.8 percent. Imports increased $64.7
billion or 9.1 percent.
Three-Month Moving Averages (exhibit 2)
The average goods and services deficit decreased $1.7 billion to $54.5 billion for the three
months ending in March.
* Average exports increased $1.6 billion to $204.6 billion in March.
* Average imports decreased less than $0.1 billion to $259.1 billion in March.
Year-over-year, the average goods and services deficit increased $8.5 billion from the three
months ending in March 2017.
* Average exports increased $13.1 billion from March 2017.
* Average imports increased $21.6 billion from March 2017.
Exports (exhibits 3, 6, and 7)
Exports of goods increased $3.7 billion to $140.9 billion in March.
Exports of goods on a Census basis increased $3.9 billion.
* Capital goods increased $1.9 billion.
o Civilian aircraft increased $1.9 billion.
* Foods, feeds, and beverages increased $1.0 billion.
o Soybeans increased $0.5 billion.
o Corn increased $0.3 billion.
* Industrial supplies and materials increased $0.9 billion.
o Crude oil increased $0.4 billion.
o Other petroleum products increased $0.3 billion.
Net balance of payments adjustments decreased $0.2 billion.
Exports of services increased $0.4 billion to $67.6 billion in March.
* Maintenance and repair services increased $0.1 billion.
* Travel (for all purposes including education) increased $0.1 billion.
* Transport increased $0.1 billion.
Imports (exhibits 4, 6, and 8)
Imports of goods decreased $3.7 billion to $210.4 billion in March.
Imports of goods on a Census basis decreased $3.6 billion.
* Capital goods decreased $1.5 billion.
o Computer accessories decreased $0.5 billion.
o Telecommunications equipment decreased $0.5 billion.
o Semiconductors decreased $0.5 billion.
* Consumer goods decreased $0.9 billion.
o Toys, games, and sporting goods decreased $0.7 billion.
o Televisions and video equipment decreased $0.7 billion.
* Industrial supplies and materials decreased $0.7 billlion.
o Crude oil decreased $0.5 billion.
Net balance of payments adjustments decreased $0.1 billion.
Imports of services decreased $0.9 billion to $47.1 billion in March.
* Charges for the use of intellectual property decreased $0.9 billion. Charges for February
included payments for the rights to broadcast the 2018 Winter Olympic Games.
* Transport decreased $0.1 billion.
Real Goods in 2009 Dollars – Census Basis (exhibit 11)
The real goods deficit decreased $6.9 billion to $62.1 billion in March.
* Real exports of goods increased $3.7 billion to $133.2 billion.
* Real imports of goods decreased $3.1 billion to $195.3 billion.
Revisions
Revisions to February exports
* Exports of goods were revised down less than $0.1 billion.
* Exports of services were revised down less than $0.1 billion.
Revisions to February imports
* Imports of goods were revised down $0.1 billion.
* Imports of services were revised up $0.2 billion.
Goods by Selected Countries and Areas: Monthly – Census Basis (exhibit 19)
The March figures show surpluses, in billions of dollars, with Hong Kong ($3.3), South and
Central America ($3.1), United Kingdom ($1.2), Brazil ($0.8), and Singapore ($0.3). Deficits
were recorded, in billions of dollars, with China ($35.4), European Union ($12.4), Mexico ($7.0),
Japan ($5.9), Germany ($5.0), Italy ($2.3), France ($1.5), OPEC ($1.4), India ($1.4),
Taiwan ($1.3), South Korea ($1.2), Saudi Arabia ($0.3), and Canada ($0.2).
* The deficit with Germany decreased $1.6 billion to $5.0 billion in March. Exports
increased $0.4 billion to $5.1 billion and imports decreased $1.2 billion to $10.1 billion.
* The deficit with members of OPEC decreased $0.8 billion to $1.4 billion in March. Exports
increased $0.4 billion to $4.9 billion and imports decreased $0.4 billion to $6.3 billion.
* The deficit with China increased $0.7 billion to $35.4 billion in March. Exports increased
$1.6 billion to $12.4 billion and imports increased $2.3 billion to $47.7 billion.
FULL DOCUMENT: https://www.bea.gov/newsreleases/international/trade/2018/pdf/trad0318.pdf
EUA - CHINA
EUA. CHINA. PORTAL G1. REUTERS. 3 DE MAIO DE 2018. Delegação dos EUA chega à China para reuniões sobre comércio; Trump faz elogios a Xi
Por Michael Martina e Ben Blanchard
PEQUIM (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exaltou seu relacionamento com o presidente chinês, Xi Jinping, por ocasião da chegada de uma delegação dos EUA a Pequim nesta quinta-feira para debater tarifas comerciais.
Um acordo pioneiro para mudar fundamentalmente as políticas econômicas da China durante a visita de dois dias é visto como altamente improvável, mas um pacote de medidas chinesas de curto prazo pode adiar uma decisão de Washington de impor tarifas sobre cerca de 50 bilhões de dólares de exportações do país asiático.
Os debates, conduzidos pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e pelo vice-primeiro-ministro chinês Liu He devem cobrir uma gama ampla de queixas dos EUA sobre as práticas comerciais da China, de acusações de transferência de tecnologia forçada a subsídios estatais para o desenvolvimento tecnológico.
“Encantado de estar aqui. Obrigado”, disse Mnuchin à Reuters ao chegar ao seu hotel quando indagado se espera um progresso, sem fazer outros comentários.
Na mesma ocasião Trump tuitou: “Nossa grande equipe financeira está na China tentando negociar condições igualitárias no comércio! Espero estar com o presidente Xi no futuro não muito distante. Sempre teremos um bom (ótimo) relacionamento!”
Não ficou claro quando Trump e Xi podem voltar a se encontrar, mas ambos provavelmente comparecerão a algumas cúpulas multilaterais deste ano, entre elas os encontros do G20 e da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
Durante sua campanha eleitoral de 2016, Trump ameaçou repetidamente impor uma tarifa única de 45 por cento a bens chineses como maneira de obter condições igualitárias para os trabalhadores norte-americanos. À época, ele também acusava a China de manipular sua moeda para obter uma vantagem nas exportações, alegação que seu governo descartou desde então.
A embaixada dos EUA em Pequim disse que a delegação planeja se encontrar com autoridades chinesas nos dois dias, além do embaixador norte-americano, Terry Branstad, antes de partir na noite de sexta-feira.
Indagada sobre as conversas, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse que elas acabaram de começar e que não tem informações.
EUA. CHINA. REUTERS. 3 DE MAIO DE 2018. Índices acionários da China avançam antes de negociações comerciais com os EUA
XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários da China avançaram nesta quinta-feira, impulsionados pelo avanço no setor de tecnologia enquanto uma delegação dos Estados Unidos chegava a Pequim para negociações sobre tarifas e outras questões comerciais.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,78 por cento, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,65 por cento.
Até o momento em 2018, o índice de Xangai recuou 6,2 por cento e o CSI300 caiu 5,9 por cento.
O subíndice do setor financeiro avançou 0,48 por cento, o de consumo teve alta de 1,24 por cento, o setor imobiliário caiu 0,25 por cento, enquanto o subíndice de saúde avançou 0,22 por cento.
No restante da região, os mercados recuaram com pouca esperança de avanços reais nas negociações comerciais entre China e EUA.
As negociações entre o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, começam nesta quinta-feira.
No entanto, um avanço é considerado altamente improvável, especialmente porque a embaixada norte-americana disse que sua delegação voltaria aos EUA já na noite de sexta-feira.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha queda de 0,49 por cento às 7:37 (horário de Brasília).
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,34 por cento, a 30.313 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,65 por cento, a 3.101 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,78 por cento, a 3.793 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,73 por cento, a 2.487 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,99 por cento, a 10.514 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,10 por cento, a 3.575 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,80 por cento, a 6.098 pontos.
CHICAGO (Reuters) - As vendas de soja dos EUA para a China estão paralisadas, disse o presidente-executivo da operadora de commodities Bunge nesta quarta-feira, lembrando dos efeitos da disputa comercial entre os norte-americanos e chineses.
“Todo negócio que está sendo feito com a China agora é realizado a partir de origens não norte-americanas”, disse Soren Schroder em uma entrevista.
“Isso significa que do Brasil primeiro, mas também de lugares como Canadá. Ninguém está disposto a assumir o risco de se comprometer com a soja dos EUA para a China no contexto atual.”
Pequim ameaçou colocar tarifas sobre importações de produtos dos EUA, incluindo soja.
Reportagem de Tom Polansek
US TARIFFS ON STEEL AND ALUMINIUM
EUA. BRASIL. PORTAL G1. 02/05/2018. Definição de quotas para aço deve reduzir volume exportado, mas impacto será limitado, diz associação do setor. Governo dos EUA decidiu interromper negociação com o Brasil e aplicou medidas restritivas.
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1
O sistema de quotas definido pelos Estados Unidos para o aço brasileiro vai reduzir o volume exportado pelo Brasil, mas o impacto deve ser limitado, garantiu o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, nesta quarta-feira (2).
O modelo de quotas definido é o de hard quota (quota dura), ou seja, se o total estipulado de exportação for ultrapassado, não será mais possível vender o produto para os EUA. Os dois países ainda precisam definir detalhes do modelo e, quando o sistema começar a vigorar, terá validade retroativa a janeiro deste ano.
Veja impacto da quota do aço nas exportações esperados pelas siderúrgicas:
- queda de 7,4% na exportação dos produtos semiacabados
- Para os acadados, retração deve ser de 20% a 60% nos acabados
Em relação ao que foi exportado no ano passado, essa média representa uma queda de 7,4% nos produtos semiacabados e de 20% a 60% nos acabados, dependendo da linha do produto.
A avaliação da entidade é que o Brasil será pouco afetado porque 80% do que é exportado para os EUA é de produto semiacabados.
"No caso de semiacabados, o cenário não é todo ruim. O nosso entendimento é de que vai faltar aço nos EUA e que eventuais ajustes poderão ser realizados", disse o presidente do Instituto Aço Brasil.
Capacidade
Atualmente, o setor de aço brasileiro utiliza 68% da capacidade instalada - o ideal é que fique próximo de 80%. Os Estados Unidos adotaram a medida restritiva com o objetivo de elevar o uso da capacidade instalada de 74% para os 80%.
“Com a decisão, conseguimos assegurar a manutenção do uso da capacidade instalada", disse Mello Lopes. “Agora, vamos buscar outros mercados e trabalhar para que o mercado interno tenha uma recuperação mais efetiva.”
Negociação
O governo brasileiro informou nesta quarta-feira que os EUA interromperam as negociações e decidiram aplicar medidas restritivas para a importação de aço e alumínio brasileiro que estavam temporariamente suspensas.
Com a decisão, já conhecida pelo setor na semana passada, a dicussão passou a ser qual opção seria a mais vantajosa – se a adoção de quotas ou a sobretaxa de 25%.
“Foi uma imposição do governo dos EUA de pegar ou largar", diz Mello Lopes.
As novas taxas para a importação de aço e alumínio foram impostas no começo de março pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A medida começou a valer em 23 de março, mas o Brasil e outros parceiros comerciais dos EUA ficaram de fora e tem até 1º de maio para chegar a um acordo. Desde então, os dois países buscaram uma negociação bilateral para o caso.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA e as vendas para o país representam um terço das exportações brasileiras do produto.
EUA. BRASIL. PORTAL G1. 02/05/2018. Sobretaxa para alumínio não vai fazer diferença para os EUA, diz indústria brasileira. Governo dos EUA decidiu sobretaxar as exportações brasileiras em 10%.
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1
A decisão do governo dos Estados Unidos de sobretaxar a exportação de alumínio do Brasil deve ter um impacto muito pequeno na indústria norte-americana, segundo o presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Milton Rêgo. Do montante importado pelos norte-americanos, apenas 1% tem origem no Brasil.
“Essa decisão não vai fazer a menor diferença para os Estados Unidos e também não enfoca a grande questão de que há um excesso de oferta de alumínio no mundo”, afirma Milton.
O governo brasileiro informou nesta quarta-feira que os EUA interromperam as negociações e decidiram aplicar medidas restritivas para a importação de aço e alumínio brasileiro que estavam temporariamente suspensas. As exportações de alumínio serão sobretaxadas em 10%.
Embora tenha uma parcela pequena nas importações dos EUA, o mercado norte-americano é importante para a exportação brasileira. Em 2017, representou quase 14% do total vendido pelo país.
Exportação de alumínio
Venda de alumínios e produtos em 2017
Japão
40,5 %
40,5 %
Fonte: Abal
Até as medidas serem oficializadas e definidas pelos dois países, a indústria de alumínio ainda mantém a esperança de queda na sobretraxa. “Não descarto a possibilidade que essa taxa seja reduzida ou até mesmo retirada”, diz Milton.
A decisão do governo é mais um revés para o setor de alumínio. As empresas do setor ainda não conseguiram se recuperar dos estragos provocados pela crise. Em 2014, por exemplo, o consumo total era de 1,60 milhão de toneladas. No ano passado, encerrou em 1,35 milhão de toneladas.
"Essa taxa repersenta problemas adicionais: o produto brasileiro deverá ficar menos competitivo nos EUA, seja em relação a outros países ou mesmo na comparação com a indústria dos Estados Unidos", afirma o presidente da Abal.
EUA. BRASIL. REUTERS. 2 DE MAIO DE 2018. Casa Branca diz que Trump pode reintroduzir tarifas de aço e alumínio contra Brasil
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca afirmou nesta quarta-feira que os detalhes sobre um acordo para que o Brasil evite sobretaxas de exportação de aço e alumínio para os Estados Unidos não foram finalizados e que o presidente Donald Trump poderá reintroduzir as tarifas contra as vendas brasileiras se eles não forem concluídos em breve.
O governo brasileiro negou nesta quarta-feira ter havido um acordo com os Estados Unidos sobre a imposição de sobretaxas nas importações norte-americanas de aço e alumínio e lamentou a decisão unilateral de Washington de criar cotas de exportação ao país, interrompendo negociações na quinta-feira passada.
“Os Estados Unidos e o Brasil chegaram a um acordo em princípio sobre alternativas satisfatórias para atender a ameaça à nossa segurança nacional gerada pelas importações de aço e alumínio”, disse a porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters, em comunicado.
“Os detalhes deste acordo em princípio não foram finalizados. Além disso, se as alternativas não forem concluídas em breve, o presidente vai considerar reintroduzir as tarifas”, acrescentou.
Por Jeff Mason
EUA. BRASIL. IABr. REUTERS. 2 DE MAIO DE 2018. Volume de exportações de aço do Brasil para EUA deve cair 20% em 2018 com sistema de quotas
SÃO PAULO (Reuters) - As condições impostas pelos Estados Unidos para as exportações brasileiras de aço ao país devem fazer o volume vendido ao mercado norte-americano cair 20 por cento neste ano, segundo números divulgados nesta quarta-feira pela associação que representa as siderúrgicas do Brasil, IABr.
O setor decidiu aceitar a alternativa de “hard quota” apresentada pelos EUA para que suas exportações não sofram incidência de uma sobretaxa de 25 por cento.
O sistema, que segundo o IABr não é previsto no conjunto de regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), define um limite de volume de vendas de aço pelo Brasil aos EUA, com base em uma média de exportações de anos anteriores. Acima deste limite, não é possível mais exportar, nem pagando tarifa.
“Em linhas gerais estamos falando em (quota de aços) semiacabados de 3,5 milhões de toneladas e para acabados... 496 mil toneladas”, disse o presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, em teleconferência com jornalistas. Ele se referiu à projeção de exportações do Brasil para os EUA em 2018, considerando as quotas e o volume que já está bloqueado por medidas antidumping norte-americanas tomadas anos atrás. O setor afirma que em 2017 as exportações de aço para os EUA somaram cerca de 5 milhões de toneladas.
Mais cedo, os ministérios da Indústria e Comércio Exterior e Serviços e de Relações Exteriores denunciaram em nota conjunta que os EUA interromperam na quinta-feira as negociações sobre tarifas impostas pelo governo de Donald Trump e que “medidas restritivas não seriam necessárias e não se justificariam sob nenhuma ótica”.
Lopes afirmou que o período de 2015 a 2017 foi definido pelos EUA para a balizar a criação das cotas e que os norte-americanos deverão criar um sistema de monitoramento para avaliar eventuais mudanças nos limites de exportação caso seja necessário.
A posição do setor siderúrgico brasileiro difere da tomada por produtores de alumínio do Brasil, que preferem ser sobretaxados em 10 por cento a terem de reduzir as exportações neste ano em cerca de 10 mil toneladas. Na avaliação do presidente-executivo da Abal, que representa as usinas de alumínio do Brasil, Milton Rego, os norte-americanos implementaram “uma negociação ao estilo Al Capone. Você consegue resultados melhores com um revólver apontado na cabeça”.
Lopes, do IABr, que classificou as condições de negociação com os EUA como sendo de “pegar ou largar”, disse que de modo geral, a opção de quotas para produtos semiacabados de aço “não é de todo ruim”, uma vez que com base na média de exportações de 2015 a 2017 haverá redução de 7,4 por cento no volume de 2018 sobre o ano passado. Cerca de 80 por cento das 5 milhões de toneladas de aço vendidas aos EUA no ano passado foram de semiacabados. No caso de acabados, deve haver uma queda de 20 a 60 por cento no volume este ano dependendo do produto.
Segundo ele, quando os detalhes do sistema de quotas forem combinados, os volumes passarão a contar desde o começo de 2018. Lopes não comentou o tamanho das exportações para os EUA até agora no ano e afirmou que o setor deve iniciar nesta semana discussões sobre como ficará a distribuição das quotas de exportação entre os fabricantes do país.
Por Alberto Alerigi Jr.
EUA. BRASIL. REUTERS. 2 DE MAIO DE 2018. Brasil mantém expectativa que EUA revejam política de quotas para aço e alumínio
SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro negou nesta quarta-feira ter havido um acordo com os Estados Unidos sobre a imposição de sobretaxas nas importações norte-americanas de aço e alumínio e lamentou a decisão unilateral de Washington de criar cotas de exportação ao país.
Segundo comunicado divulgado à imprensa pelos ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e das Relações Exteriores, os EUA interromperam negociações com o Brasil em 26 de abril, impondo como alternativa o pagamento de sobretaxas ou a limitação das exportações a quotas.
“Não houve ou haverá participação do governo ou do setor produtivo brasileiros no desenho e implementação de eventuais restrições às exportações brasileiras”, afirmaram os ministérios no comunicado, acrescentando que o Brasil “mantém a expectativa de que os EUA não prossigam com a aplicação de restrições” e que “seguirá disposto a adotar, nos âmbitos bilateral e multilateral, todas as ações necessárias para preservar seus direitos e interesses”.
O Brasil, segundo maior exportador de aço para os EUA, vinha negociando com Washington uma eventual isenção permanente das tarifas de importação, de 25 por cento para aço e de 10 por cento para alumínio, impostas em março pelo governo Trump. O país vinha contando com uma isenção temporária enquanto durassem as negociações.
Na véspera, o assessor de comércio da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou que os países que foram isentos das sobretaxas ainda estarão sujeitos a um sistema de cotas de importação, depois que a Casa Branca havia informado na segunda-feira que tinha alcançado “acordos em princípio” com Argentina, Austrália e Brasil.
Segundo o governo brasileiro, o setor siderúrgico avalia que “que a imposição de quotas seria menos restritiva em relação à tarifa de 25 por cento”. Já a indústria brasileira de alumínio sustenta que “a alternativa menos prejudicial a seus interesses seria suportar as sobretaxas de 10 por cento”.
As ações de siderúrgicas que viam risco de crescimento das importações de aço no Brasil por conta do desvio de fluxo de comércio dos Estados Unidos, Usiminas e CSN, estavam entre as principais altas do Ibovespa, enquanto os papéis da Gerdau, que tem importantes operações nos EUA, recuavam 0,96 por cento às 11:52.
Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de Raquel Stenzel e Flavia Bohone
EUA. BRASIL. REUTERS. 2 DE MAIO DE 2018. Volume de exportações de aço do Brasil para EUA deve cair 20% em 2018 com sistema de quotas
SÃO PAULO (Reuters) - As condições impostas pelos Estados Unidos para as exportações brasileiras de aço ao país devem fazer o volume vendido ao mercado norte-americano cair 20 por cento neste ano, segundo números divulgados nesta quarta-feira pela associação que representa as siderúrgicas do Brasil, IABr.
O setor decidiu aceitar a alternativa de “hard quota” apresentada pelos EUA para que suas exportações não sofram incidência de uma sobretaxa de 25 por cento.
O sistema, que segundo o IABr não é previsto no sistema de regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), define um limite de volume de vendas de aço pelo Brasil aos EUA, com base em uma média de exportações de anos anteriores.
“Em linhas gerais estamos falando em (quota de aços) semiacabados de 3,5 milhões de toneladas e para acabados... 496 mil toneladas”, disse o presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, em teleconferência com jornalistas. Ele se referiu à projeção de exportações do Brasil para os EUA em 2018, considerando as quotas e o volume que já está bloqueado por medidas antidumping norte-americanas tomadas anos atrás. Em 2017, o setor afirma que as exportações de aço para os EUA somaram cerca de 5 milhões de toneladas.
Por Alberto Alerigi Jr.
INTELLIGENCE
U.S. Department of State. May 2, 2018. Press Releases: The Global Engagement Center's Technology Series To Counter Foreign Propaganda and Disinformation
Washington, DC - The Department of State is announcing the establishment of the Global Engagement Center’s (GEC) Technology Series to counter foreign propaganda and disinformation. This initiative will convene some of the country’s best technologists, academics, and civil society advocacy groups on a regular basis to identify technological solutions and to encourage stronger public-private partnerships in the fight against foreign propaganda and disinformation.
On May 2, 2018, the GEC held its kickoff event for this technology series and participants agreed to hold short counter foreign propaganda and disinformation technology demonstrations over the next six months. These technologies may include, but are not limited to, bot network detection, blockchain-enabled content authentication, and counter-messaging automation.
Acting Under Secretary of State for Public Diplomacy and Public Affairs Heather Nauert attended the event and emphasized the importance of this initiative. “These demonstrations will show the U.S. interagency how specific technology can be applied to stem the spread of false narratives and to authenticate emerging information,” said Under Secretary Nauert.
The GEC is seeking additional participants in its future GEC Technology Series activities.
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ORGANISMS
IMF. May 3, 2018. Volatility Strikes Back
By Sergei Antoshin, Fabio Cortes, Will Kerry and Thomas Piontek
The bouts of volatility in early February and late March that spooked investors were confined to equity markets. Nevertheless, they illustrate the potential for sudden market moves to expose fragilities in the financial system more broadly.
With central banks in advanced economies set to normalize their monetary policies just as trade and geopolitical tensions flare up, economic and policy uncertainty may rise and financial conditions may tighten abruptly.
All this could lead to a period of renewed volatility.
The burst of turbulence early this year was preceded by a long period of calm marked by low economic uncertainty, low interest rates, easy funding conditions, and improving corporate performance, as shown in the October 2017 Global Financial Stability Report.
This extended period of calm led to the increasing popularity of volatility index-linked investment products. One example: investment strategies that involved selling VIX futures in the Chicago Board Options Exchange (CBOE) equity volatility index with the aim of profiting from declines in the index, known as the VIX. The VIX shows the expected level of price fluctuations in the Standard & Poor’s 500 Index of stocks over the next month.
These so-called short VIX strategies were profitable before the early February spike because, although the VIX index was near historic lows, realized volatility in equity markets was even lower. This premium in implied over-realized equity volatility provided steady returns for those selling VIX futures over the past year. But since the period of volatility that has come to be known as the VIX tantrum, this premium has turned negative, suggesting some of these strategies are now less appealing.
The April 2018 Global Financial Stability Report discusses how some of these short VIX strategies contributed to the February volatility spike. Among them, exchange-traded products that had built up significant bets on low volatility, and which were often sold to retail investors, incurred steep losses. More broadly, investors who expected low volatility to persist were forced to reverse their positions and cover losses by taking bets on higher volatility going forward. This sharp shift in positioning may have exacerbated the surge in the VIX.
The good news is that some of these short-VIX strategies, in particular those marketed to retail investors, appear to have been unwound. The bad news is that other strategies predicated on low volatility reportedly remain widespread, particularly among institutional investors. As a result, a more sustained rise in volatility across asset classes may force a broader class of investors to rebalance their portfolios, which could exacerbate declines in prices, especially if those positions employ financial leverage.
Volatility-targeting strategies are still popular and could be vulnerable. These strategies aim to keep the expected volatility of their investment portfolios at a certain target and use leverage to achieve that. However, their size and flexibility to deviate from their targets can vary significantly. Variable annuities and funds that use trading algorithms are apparently more likely to react to a spike in volatility by selling assets, which could exacerbate turbulence, although the exact extent and speed of such rebalancing are unclear.
Regulators and market participants should remain attuned to the risks associated with higher interest rates and greater volatility. They should ensure that financial institutions maintain robust risk management, including through the close monitoring of exposures to asset classes with valuations judged to be stretched.
Policymakers should develop tools to discourage excessive build-up of leverage that could increase market fragility. They should also be mindful of a migration of activities and risks to more opaque segments of the financial system. To address risks related to investment funds’ activities, regulators should endorse a common definition of financial leverage and strengthen supervision of liquidity risk.
GLOBAL FINANCIAL STABILITY REPORT October 2017: Is Growth at Risk? SUMMARY
The October 2017 Global Financial Stability Report (GFSR) finds that the global financial system continues to strengthen in response to extraordinary policy support, regulatory enhancements, and the cyclical upturn in growth. Global bank balance sheets are stronger because of improved capital and liquidity buffers, amid tighter regulation and heightened market scrutiny. However, some banks are still grappling with legacy issues and business model challenges, where progress has been uneven. The environment of continuing monetary accommodation—necessary to support activity and boost inflation—may lead to a continued search for yield where there is too much money chasing too few yielding assets, pushing investors beyond their traditional habitats. As the search for yield intensifies, vulnerabilities are shifting to the nonbank sector and market risks are rising. This may lead to a further compression of risk compensation in markets and higher leverage in the nonfinancial sector. These challenges must be managed carefully to avoid putting growth at risk. Policymakers at both the national and global level will have to strengthen the financial and macroeconomic policy mix. The October 2017 GFSR also includes a chapter that examines the short- and medium-term implications for economic growth and financial stability of the past decades’ rise in household debt. It documents large differences in household debt-to-GDP ratios across countries but a common increasing trajectory that was moderated but not reversed by the global financial crisis. Another chapter develops a new macroeconomic measure of financial stability by linking financial conditions to the probability distribution of future GDP growth and applies it to a set of 21 major advanced and emerging market economies. The chapter shows that changes in financial conditions shift the whole distribution of future GDP growth.
October 2017 Global Financial Stability Full Report: http://www.imf.org/en/Publications/GFSR/Issues/2017/09/27/global-financial-stability-report-october-2017
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
COMÉRCIO EXTERIOR
PR. MDIC. PORTAL BRASIL. 02/05/2018. ECONOMIA E EMPREGO. Balança comercial. Exportações superam importações e Brasil fica com saldo de US$ 6,1 bi em abril. No acumulado de 12 meses, saldo comercial ficou positivo em US$ 65,7 bilhões. Valor cresceu 17,8%
As exportações continuaram a superar as importações em abril. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o mês passado registrou um saldo comercial positivo de US$ 6,1 bilhões. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (2) pela pasta.
O ministério informou ainda que as exportações ficaram US$ 19,9 bilhões e as importações, em US$ 13,8 bilhões. O resultado das vendas externas do período foi formado por US$ 10,2 bilhões de produtos básicos, US$ 6,8 bilhões de manufaturados e US$ 2,4 bilhões de semimanufaturados.
Ainda no mês passado, as vendas que mais cresceram foram as de motores e geradores elétricos (+67,4%), óleos combustíveis (+57,3%), suco de laranja não congelado (+44,1%), tratores (+39,6%), motores para veículos e partes (+25,7%), máquinas para terraplanagem (+22,4%) e autopeças (+6,5%).
No grupo de produtos básicos, destacaram-se as exportações de bovinos vivos (+178,0%), petróleo em bruto (+60,0%), fumo em folhas (+54,3%), minério de cobre (+12,7%) e farelo de soja (+12,0%).
Países compradores
O Brasil também conseguiu ampliar as vendas para algumas regiões. Na América Central e Caribe, o aumento foi de 10%, resultado influenciado principalmente por petróleo em bruto, óleos combustíveis, arroz em grão, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, chassis com motor, carne de frango e outros.
Os produtos brasileiros também registraram bom desempenho no Mercosul, com alta de 7,6% nas exportações. Somente na Argentina houve aumento de 4,6%. Para a União Europeia, as vendas cresceram 6,7%.
Acumulado do ano
O desempenho do País, no acumulado de janeiro a abril, também é positivo. Apenas nos primeiros quatro meses do ano, as exportações superaram as importações em pouco mais de US$ 20 bilhões. Em 12 meses, o saldo comercial está positivo em US$ 65,7 bilhões, cifra 17,8% maior que a registrada no período anterior.
MDIC. 02 de Maio de 2018. Balança comercial tem superávit de US$ 6,1 bilhões em abril. Acumulado dos quatro meses do ano tem saldo positivo de US$ 20 bilhões. Importações de bens de capital crescem 23,2%
Brasília (2 de maio) - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,1 bilhões em abril, com exportações de US$ 19,9 bilhões e importações de US$ 13,8 bilhões. Este é o segundo melhor saldo comercial para meses de abril da série histórica, atrás apenas do que foi registrado no ano passado, de US$ 6,9 bilhões.
Apesar do superávit, a exportação brasileira teve um leve recuo de 3,4% pela média diária quando comparada com abril de 2017. De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, essa queda se deve principalmente a diferença de dias úteis de abril de 2018 e de 2017: este ano o mês teve três dias úteis a mais. “Isso acaba ajudando a diluir a média diária. Se forem considerados os valores fechados do mês, houve um crescimento em 2018. As exportações de abril do ano passado somaram U$S 17,7 bilhões”, disse.
Herlon também ressaltou o comportamento da safra agrícola neste ano como outro fator para a queda das exportações em abril. “No ano passado, tivemos safra recorde de soja. Além disso, houve uma redução de exportação de açúcar em bruto devido ao excesso mundial de oferta desse item. Isso afeta os preços e faz com que haja uma preferência pela produção do etanol”, enumerou.
Para o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do MDIC, a queda nas vendas externas é pontual. No acumulado de 2018, as exportações apresentaram valor de US$ 74,3 bilhões, um crescimento de 7,7%, pela média diária sobre 2017. Também houve um aumento de 14,5% nas importações entre abril de 2017 e abril de 2017 o que, segundo Brandão, é reflexo do aumento da demanda interna dada a recuperação econômica. “Destaco o aumento das importações de bens de capital, o que mostra um investimento e um desempenho melhor da produção industrial no futuro.”
No acumulado de 2018, quando comparado com igual período do ano anterior, houve crescimento de 23,2% da importação de bens de capital e aumento de 12,7% na exportação de bens industrializados. O saldo comercial acumulou superávit de US$ 20 bilhões nos quatro primeiros meses do ano.
MDIC. PORTAL G1. 02/05/2018. Superávit da balança comercial recua 6% até abril, para US$ 20 bilhões. Somente no mês passado, saldo comercial ficou positivo em US$ 6,14 bilhões, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 20,090 bilhões no acumulado de janeiro e abril, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira (2).
O resultado é 6% menor do que o verificado no mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo da balança foi de US$ 21,365 bilhões.
Quando a balança comercial registra superávit, significa que as exportações brasileiras superaram as importações. Quando ocorre o contrário, tem-se um déficit (resultado negativo).
No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 74,299 bilhões, com média diária de US$ 906 milhões (alta de 7,7% sobre o mesmo período do ano passado).
As importações, por sua vez, totalizaram US$ 54,209 bilhões, ou US$ 661 milhões por dia útil (aumento de 14,5% em relação ao mesmo período de 2017).
Em todo ano passado, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 67 bilhões, o melhor resultado para um ano fechado desde o início da série histórica do ministério, em 1989.
Mês de abril
Somente em abril, ainda segundo informações oficiais, as exportações superaram as importações, resultando em saldo comercial positivo de US$ 6,142 bilhões.
Com isso, registrou queda frente ao mesmo mês do ano passado, quando o superávit da balança comercial somou US$ 6,963 bilhões (recorde para meses de abril).
Segundo o governo, as exportações somaram, em abril, US$ 19,932 bilhões (queda de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado) e, as importações, US$ 13,790 bilhões (alta de 10,3%).
Recuaram, nesta comparação, as vendas externas das três categorias de produtos: semimanufaturados (-2,7%), manufaturados (-4%) e básicos (-2,9%).
Do lado das importações, cresceram as compras bens de consumo (+12,2%), de bens intermediários (+6,3%), de combustíveis e lubrificantes (+6,3%), e bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos para produção (+36,2%).
Estimativas para 2018
A expectativa do mercado financeiro para este ano é de piora do saldo comercial na comparação com 2017, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 56,1 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2018. Para o Ministério da Indústria, o saldo positivo ficará na casa de US$ 50 bilhões neste ano.
O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 56 bilhões para este ano, com exportações em US$ 225 bilhões e importações no valor de US$ 169 bilhões.
MDIC. REUTERS. 2 DE MAIO DE 2018. Superávit comercial do Brasil cai 11,8% em abril, a US$6,142 bi
Por Marcela Ayres e Mateus Maia
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou superávit comercial de 6,142 bilhões de dólares em abril, queda de 11,8 por cento sobre igual período do ano passando diante da piora nas exportações, mas ainda no segundo melhor resultado histórico para o mês, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira.
Em pesquisa da Reuters com analistas, a expectativa era de saldo positivo ligeiramente maior, de 6,3 bilhões de dólares.
Mantendo a toada vista nos meses anteriores, as importações em abril prosseguiram em alta, subindo 10,3 por cento sobre um ano antes, pela média diária, a 13,790 bilhões de dólares.
As exportações, por sua vez, caíram 3,4 por cento na mesma base de comparação, a 19,932 bilhões de dólares.
Nos primeiros quatro meses de 2018, o superávit das trocas comerciais soma 20,090 bilhões de dólares, recuo de 6 por cento sobre igual intervalo de 2017.
No ano, o ministério já havia previsto que a aceleração da atividade iria elevar as importações e reduzir o superávit da balança comercial brasileira ao patamar de 50 bilhões de dólares, ante 67 bilhões de dólares de 2017.
“Como a atividade econômica está mais aquecida este ano, a tendência é que a demanda por bens importados seja maior, então vai haver maior crescimento das importações e isso já é verificado nos primeiros meses do ano”, disse o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do MDIC, Herlon Brandão.
De janeiro a abril, as importações subiram 14,5 por cento, quase o dobro do ritmo exibido pelas exportações, que cresceram 7,7 por cento no período.
Questionado sobre o impacto para o Brasil da escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, Brandão afirmou que não é possível observar ainda algum aumento de demanda pelos produtos brasileiros.
Destacou, em outra frente, que a imposição de barreiras “é negativa para o comércio exterior e para os países como um todo”. Ele lembrou que no caso das sobretaxas norte-americanas para o aço e alumínio brasileiros, a decisão ainda não está valendo e que o governo ainda espera avançar nas negociações.
“Se o Brasil for sobretaxado, o que acreditamos que não seja, poderia ser afetado. O setor já se manifestou que prefere uma cota do que uma sobretaxa. Por enquanto, a exportação brasileira (dos produtos) não foi afetada”, disse.
Após o dólar ter fechado abril com salto de 6,16 por cento sobre o real, Brandão também ponderou que o movimento é recente e que variações pontuais não afetam decisões dos importadores e exportadores.
DESTAQUES
Em abril, as importações foram puxadas pela venda de bens de capital, com alta de 36,2 por cento sobre o mesmo mês do ano passado.
Também subiram as importações de bens de consumo (+12,2 por cento), bens intermediários (+6,3 por cento) e combustíveis e lubrificantes (+6,3 por cento).
Na esteira da retomada econômica, as compras externas de bens de capital que mais cresceram foram de insumos para a produção, como veículos de carga, máquinas/aparelhos mecânicos e colheitadeiras de algodão.
Já no caso das exportações, houve recuo em todas as categorias. Os manufaturados caíram mais em abril (-4,0 por cento), seguidos pelos básicos (-2,9 por cento) e semimanufaturados (-2,7 por cento).
Edição de Iuri Dantas e Patrícia Duarte
MDIC. REUTERS. 2 DE MAIO DE 2018. Exportação de soja do Brasil supera 10 mi t em abril, diz governo
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de soja do Brasil, maior exportador global da oleaginosa, somaram 10,26 milhões de toneladas em abril, ligeira queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta quarta-feira.
Os volumes, contudo, não ficaram muito distantes do recorde histórico do país, registrado em maio de 2017.
Os grandes embarques brasileiros de soja, principal produto da pauta de exportação do país, ocorrem após a colheita de uma safra recorde no Brasil e em meio a tensões comerciais entre China e Estados Unidos, um componente adicional nas negociações do produto nacional, segundo integrantes do mercado.
Com o escoamento da produção brasileira para o exterior tradicionalmente ganhando força a partir de abril, os embarques cresceram mais de 16 por cento ante março.
Em abril do ano passado, somaram 10,43 milhões de toneladas, segundo dados da Secex, que aponta também que o recorde histórico foi registrado em maio de 2017 (10,959 milhões de toneladas).
No acumulado do ano até abril, as exportações de soja do Brasil somaram cerca de 23,5 milhões de toneladas, ante 23,8 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
As exportações do país previstas para 2018, contudo, apontam para embarques superiores aos registrados em 2017, segundo especialistas.
A consultoria INTL FCStone estimou nesta quarta-feira as exportações brasileiras em um recorde de 70 milhões de toneladas em 2017/18, ante 68,15 milhões de 2016/17.
Além da safra recorde, o Brasil tem se beneficiado de uma menor produção na Argentina, além de perspectivas de menores vendas dos EUA para a China, diante de uma ameaça de tarifa chinesa à soja norte-americana.
Nesta quarta-feira, o presidente-executivo da gigante do agronegócio Bunge, Soren Schroder, disse em entrevista que as vendas de soja dos EUA para a China estão paralisadas, e que toda a negociação com os maiores importadores globais está sendo feita com origens não norte-americanas.
Por Roberto Samora
MERCADO DE CÂMBIO
BACEN. 02/05/2018. BC inicia rolagem de Swap Cambial
O Banco Central iniciará no próximo dia 3 de maio a rolagem do vencimento de swap cambial do dia 1º de junho de 2018, que totaliza 113.000 contratos. Com objetivo de suavizar movimentos no mercado de câmbio, o Banco Central irá ofertar quantidade de contratos superior à necessária para a rolagem integral desse vencimento.
No leilão do dia 3 de maio, serão ofertados 8.900 contratos de swap, a serem distribuídos, a critério do Banco Central, entre os vencimentos de 1º/8/2018, 1º/11/2018 e 2/1/2019. A data de início dos contratos será 1º/6/2018. As demais condições gerais a serem observadas no leilão serão objeto de comunicado que precederá o evento.
O estoque atual de contratos de swap cambial do Banco Central equivale a cerca de US$ 23,8 bilhões, dos quais US$ 5,65 bilhões vincendos em 1º de junho de 2018.
BACEN. REUTERS. 3 DE MAIO DE 2018. Dólar sobe e encosta em R$3,56, mesmo com maior atuação do BC
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - Mesmo com a atuação mais firme do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar subia e se aproximava do patamar de 3,56 reais nesta quinta-feira, com o mercado ainda cauteloso com as cenas externas e política local.
Às 12:09, o dólar avançava 0,28 por cento, a 3,5591 reais na venda, depois de fechar a véspera em alta de 1,30 por cento, no maior nível em quase dois anos. O dólar futuro subia cerca de 0,20 por cento.
Entre fevereiro e abril, o dólar acumulou alta de 10 por cento sobre o real, sendo que só no mês passado saltou 6,16 por cento.
“O BC mostrou desconforto com o nível da moeda, mas trata-se de um alívio pontual”, afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
Os mercados têm mostrado preocupações com a trajetória de alta de juros nos Estados Unidos, que podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em praças financeiras consideradas de maior risco, como a brasileira.
Na véspera, o Federal Reserve, banco Central norte-americano, não mudou sua taxa de juros e expressou confiança de que o recente aumento da inflação para nível próximo à meta de 2 por cento será sustentado. O Fed prevê atualmente mais dois aumentos dos juros este ano, embora número crescente de autoridades veja três como possível.
O mercado estará atento a novos números sobre a economia dos EUA, que tem mostrado força. Na dia seguinte, serão divulgados números sobre o mercado de trabalho fora do setor agrícola.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também sobre a maioria das divisas de países emergentes.
A cena política local também pesava sobre o mercado, diante das incertezas que rondam as eleições presidenciais de outubro. Os investidores temem que um candidato que eles considerem menos comprometido com o ajuste fiscal possa ser eleito.
Na mínima dessa sessão, o dólar chegou a cair a 3,5234 reais logo após a abertura dos negócios, com o mercado reagindo à maior intervenção do BC. Mas o movimento acabou perdendo força.
“No exterior, dólar se fortaleceu ante outras moedas e aqui não teve como não acompanhar”, afirmou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional.
A autoridade monetária anunciou na noite passada que vai ofertar quantidade de swaps cambiais —equivalentes à venda futura de dólares— superior à necessária para a rolagem integral do vencimento de junho “com o objetivo de suavizar movimentos no mercado de câmbio”.
Nessa sessão, vendeu a oferta integral de até 8.900 mil contratos em swaps, somando o equivalente a 445 milhões de dólares do total de 5,650 bilhões de dólares que vence em junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá colocado 8,455 bilhões de dólares em swaps.
Vencem ainda nesta quinta-feira 2 bilhões de dólares em leilão de linha, venda de dólares com compromisso de recompra, mas o BC não anunciou leilão dessa natureza.
“O BC jogou essa arma para ver se o mercado cria um piso, se estabiliza. Se ele vai ter sucesso, só o tempo dirá”, afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.
PRISMA FISCAL
MF. SPE. 03/05/2018. Prisma Fiscal. SPE divulga atualização do Podium de curto prazo. Relatório elenca as três instituições com melhores previsões para cada variável fiscal
A Secretaria de Política Econômica divulga a atualização do Podium de curto prazo, o ranking das instituições participantes do Prisma Fiscal com maior acurácia em suas previsões. Confira a versão atualizada.
Entenda
Divulgado desde julho de 2016, o Podium de curto prazo é um ranking das três instituições com melhores previsões para cada variável fiscal nos últimos seis meses.
O ordenamento é feito com base em equações que determinam penalidades para cada instituição, considerando o desvio de suas projeções para o valor ocorrido e a regularidade de participação. Ou seja, quanto mais regular e mais precisa é a instituição, menor a penalidade e, consequentemente, melhor sua posição no ranking.
Além disso, é divulgado o percentual médio de erro das demais instituições. Esse percentual indica o quanto, em média, as previsões das demais instituições desviaram do valor realizado.
Nota Metodológica: http://www.fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/publicacoes/relatorios-do-prisma-fiscal/nota-metodologica/prisma-fiscal-nota-metodologica-v3-0-final.pdf
DOCUMENTO: http://www.fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/publicacoes/relatorios-do-prisma-fiscal/podium-mensal-de-curto-prazo/2018/podium-de-curto-prazo-23-out-17-a-mar-18.pdf
INDÚSTRIA
IBGE. 03/05/2018. Em março, produção industrial varia -0,1%
Em março de 2018, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, após variar 0,1% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, em relação a março de 2017, a indústria cresceu 1,3% em março, 11ª taxa positiva consecutiva e a menor desde junho de 2017 (0,8%).
Março 2018 / Fevereiro 2018 | -0,1% |
Março 2018 / Março 2017 | 1,3% |
Acumulado em 2018 | 3,1% |
Acumulado em 12 meses | 2,9% |
Média Móvel Trimestral | -0,7% |
A indústria acumulou alta de 3,1% em 2018 e 2,9% nos últimos doze meses. Este último acumulado repetiu o resultado de fevereiro e permaneceu o mais elevado desde junho de 2011 (3,6%), prosseguindo na trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Com esse resultado, a produção industrial encontra-se 15,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | |||
---|---|---|---|---|
Março 2018/Fevereiro 2018* | Março 2018/Março 2017 | Acumulado Janeiro-Março | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Bens de Capital | 2,1 | 8,3 | 10,8 | 7,4 |
Bens Intermediários | -0,7 | -0,2 | 1,7 | 2,0 |
Bens de Consumo | 0,2 | 2,0 | 3,9 | 3,5 |
Duráveis | 1,0 | 15,8 | 16,3 | 14,6 |
Semiduráveis e não Duráveis | 0,2 | -1,7 | 0,8 | 0,9 |
Indústria Geral | -0,1 | 1,3 | 3,1 | 2,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | ||||
*Série com ajuste sazonal |
De fevereiro para março, 14 dos 26 ramos industriais recuaram
No decréscimo de 0,1% da atividade industrial, na passagem de fevereiro para março de 2018, 14 dos 26 ramos pesquisados mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos registrados por bebidas (-3,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,2%), produtos de metal (-3,2%), produtos de madeira (-6,1%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,7%). Vale ressaltar que, com exceção das duas primeiras atividades que também apontaram resultados negativos no mês anterior, as demais haviam mostrado taxas positivas em fevereiro de 2018: 1,1%, 2,6%, 2,6% e 3,9%, respectivamente.
Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (3,9%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%), com o primeiro devolvendo parte do recuo de 5,2% verificado no mês anterior; e o último apontando o segundo resultado positivo consecutivo e acumulando expansão de 11,0% nesse período.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com fevereiro, bens intermediários, ao recuar 0,7%, assinalou a única taxa negativa nesse mês e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 3,9%. Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (2,1%) e de bens de consumo duráveis (1,0%) mostraram as expansões mais acentuadas em março de 2018, com ambos apontando dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumularam ganho de 2,9% e 4,2%, respectivamente. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também apontou resultado positivo nesse mês, revertendo, dessa forma, a perda de 0,8% registrada em fevereiro último.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução da média móvel trimestral para a indústria mostrou recuo de 0,7% no trimestre encerrado em março de 2018 frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em maio de 2017. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a fevereiro, os resultados negativos foram bens intermediários (-1,3%) e bens de consumo duráveis (-0,5%), com o primeiro assinalando o segundo mês seguido de queda; e o último interrompendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em outubro de 2016. Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao crescer 0,9%, prosseguiu com o comportamento positivo presente desde fevereiro de 2017. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) mostrou variação nula em março de 2018, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2017.
Na comparação com março de 2017, o setor industrial cresceu 1,3% em março de 2018, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 12 dos 26 ramos, 44 dos 79 grupos e 48,0% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2018 (21 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (23). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (17,6%) exerceu a maior influência positiva na indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (24,5%), de metalurgia (6,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,5%), de celulose, papel e produtos de papel (6,5%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (10,7%), de máquinas e equipamentos (3,5%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,3%), de produtos de borracha e de material plástico (2,3%) e de móveis (7,0%).
Por outro lado, ainda em relação a março de 2017, entre as quatorze atividades com queda na produção, a principal influência no total da indústria foi de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%), pressionada, em grande parte, pelos itens gasolina automotiva, óleo diesel e óleos combustíveis. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de outros produtos químicos (-6,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%), de couro, artigos para viagem e calçados (-8,7%), de indústrias extrativas (-1,3%), de produtos de metal (-4,8%), de bebidas (-4,0%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,7%), de produtos de minerais não-metálicas (-3,0%) e de outros equipamentos de transporte (-6,5%).
Ainda no confronto com março de 2018, bens de consumo duráveis (15,8%) e bens de capital (8,3%) assinalaram, em março de 2018, os resultados positivos entre as grandes categorias econômicas. Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-0,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,7%) apontaram as taxas negativas nesse mês.
O segmento de bens de consumo duráveis cresceu 15,8% em março de 2018 frente a igual período do ano anterior, décima sétima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em fevereiro último (13,2%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (14,8%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (51,2%). Vale citar também as expansões assinaladas por motocicletas (14,6%), móveis (5,5%) e outros eletrodomésticos (5,0%). Por outro lado, o principal impacto negativo foi verificado em eletrodomésticos da “linha branca” (-8,3%).
O setor produtor de bens de capital cresceu 8,3% em março de 2018, décimo primeiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, praticamente repetindo o crescimento verificado em fevereiro último (8,5%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (17,4%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de caminhões. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital de uso misto (18,8%) e para construção (42,0%). Por outro lado, os impactos negativos foram nos grupamentos de bens de capital para energia elétrica (-10,7%), para fins industriais (-1,6%) e agrícola (-2,9%).
Ainda em relação a março de 2017, o segmento de bens intermediários apontou variação negativa de 0,2% e interrompeu dez meses de taxas positivas consecutivas. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nas atividades de outros produtos químicos (-6,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%), de indústrias extrativas (-1,3%), de produtos de metal (-3,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,0%), de produtos têxteis (-2,8%) e de produtos alimentícios (-0,1%), enquanto as pressões positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (10,1%), metalurgia (6,1%), celulose, papel e produtos de papel (7,8%), produtos de borracha e de material plástico (2,4%) e máquinas e equipamentos (1,8%).
A produção de bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 1,7% no índice mensal de março de 2018, interrompeu cinco meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pelas quedas observadas nos grupamentos de carburantes (-12,8%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,1%) e de semiduráveis (-4,9%). Por outro lado, o subsetor de não-duráveis (6,7%) apontou a única taxa positiva nessa categoria.
O índice acumulado no ano, frente a igual período de 2017, cresceu 3,1%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (20,0%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (26,1%), de metalurgia (8,1%), de produtos alimentícios (2,5%), de máquinas e equipamentos (6,3%), de celulose, papel e produtos de papel (7,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), de produtos de borracha e de material plástico (4,4%), de bebidas (4,1%), de produtos de madeira (11,7%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (7,6%) e de móveis (8,9%). Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%) e indústrias extrativas (-2,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, os resultados no primeiro trimestre de 2018 mostraram maior dinamismo para bens de consumo duráveis (16,3%) e bens de capital (10,8%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (13,2%) e eletrodomésticos (26,0%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (21,8%), para construção (56,5%) e de uso misto (18,0%), na segunda. Os setores de bens intermediários (1,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,8%) também acumulara taxas positivas no ano, embora abaixo da média nacional (3,1%).
Bens intermediários contêm recuperação no primeiro trimestre
Após uma queda de -2,2% em janeiro, a indústria nacional manteve estabilidade em fevereiro (0,1%) e março (-0,1%), refletindo um quadro geral de redução de ritmo na produção frente ao patamar positivo que tinha encerrado 2017. Isso se deve, em grande parte, às taxas negativas da categoria de bens intermediários, tanto na comparação com fevereiro (-0,7%) quanto no confronto com março de 2017 (-0,2%). É o que revelou a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje pelo IBGE.
Os bens intermediários correspondem a cerca de 60% da indústria nacional. É uma categoria bastante abrangente, que inclui as matérias-primas da própria indústria, com destaque para commodities como minério de ferro e petróleo, celulose, açúcar, derivados da soja, produtos da metalurgia, adubos e fertilizantes, além dos biocombustíveis e produtos do refino do petróleo.
“Isso explica porque, na passagem de fevereiro para março, mesmo com queda apenas nessa categoria, há tantas atividades apresentando taxas negativas”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a indústria cresceu 1,3%, completando onze meses de taxas positivas; porém, é o menor resultado dessa série, acompanhando a redução no ritmo de crescimento.
“Os bens intermediários têm relação direta com a dinâmica da demanda doméstica. Por isso, quando há menos procura por matérias-primas, a categoria recua e isso reflete no indicador geral”, conclui André Macedo.
Repórter: Eduardo Peret
Imagem: Andre Valentim - Agência Petrobras
Arte: Helena Pontes
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21041-em-marco-producao-industrial-varia-0-1.html
ÍNDICES DE PREÇOS
USP. FIPE. REUTERS. 3 DE MAIO DE 2018. IPC-Fipe recua 0,03% em abril com queda de Habitação e Despesas Pessoais
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou variação negativa de 0,03 por cento em abril depois de terminar março estável, com a queda nos preços de Habitação e Despesas Pessoais compensando o avanço em Saúde.
Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que os preços de Habitação recuaram no mês 0,13 por cento, exercendo um peso de -0,0419 ponto percentual, depois de terem subido no mês anterior 0,11 por cento.
Já o grupo Despesas Pessoais registrou deflação de 0,27 por cento, com uma influência de -0,0365 ponto, contra queda de 0,79 por cento em março.
Na outra ponta, os preços de Saúde tiveram em abril alta de 0,91 por cento, acelerando a pressão depois de avanço de 0,46 por cento no mês anterior.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Por Camila Moreira
ENERGIA
ANP. 02 de Maio de 2018. Pré-sal já responde por 54% da produção brasileira de petróleo e gás
Em março de 2018, a produção de petróleo e gás do País foi de aproximadamente 3,23 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Foram produzidos 2,557 milhões de barris de petróleo por dia (bbl/d), uma redução de 2,3%, na comparação com o mês anterior e aumento de 0,3%, se comparada com março de 2017. O decréscimo já era esperado em virtude de paradas programadas de manutenções de equipamentos nas plataformas nos campos de Peregrino, na Bacia de Campos, e Lula, na Bacia de Santos.
Já a produção de gás natural totalizou 107 milhões de m³ por dia, uma redução de 2,6% em comparação ao mês anterior e aumento de 5,6%, se comparada com o mesmo mês de 2017. O decréscimo ocorreu em função de paradas de manutenções nas plataformas nos campos de Lula, na Bacia de Santos, e Peroá/Cangoá, na Bacia do Espírito Santo.
Pré-sal
A produção do pré-sal em março totalizou 1,745 milhão de boe/d, uma redução de 1% em relação ao mês anterior, e correspondeu a 54% do total produzido no Brasil. Foram produzidos 1,396 milhão de barris de petróleo por dia e 55 milhões de metros cúbicos diários de gás natural por meio de 83 poços.
Os poços do pré-sal são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.
Aproveitamento do gás natural
O aproveitamento de gás natural no Brasil no mês de março alcançou 96,9% do volume total produzido. Foram disponibilizados ao mercado 57,2 milhões de metros cúbicos por dia.
A queima de gás totalizou 3,3 milhões de metros cúbicos por dia, uma redução de 7,6% se comparada ao mês anterior e de 4,1% em relação ao mesmo mês em 2017.
Campos produtores
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 832 mil bbl/d de petróleo e 34,8 milhões de m3/d de gás natural.
Os campos marítimos produziram 95,5% do petróleo e 83,4% do gás natural. A produção ocorreu em 7.584 poços, sendo 710 marítimos e 6.874 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 94,9% do petróleo e gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.079. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 97.
A FPSO Cidade de Maricá, produzindo no campo de Lula, foi a instalação com maior produção de petróleo. Produziu 148,8 Mbbl/d por meio de 8 poços a ela interligados.
A instalação Polo Arara, produzindo nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, rio Urucu e Sudoeste Urucu, por meio de 33 poços a ela interligados, produziu 7,8 MMm3/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Outras informações
Em março de 2018, 300 áreas concedidas e uma de partilha, operadas por 30 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 71 são marítimas e 230 terrestres. Vale ressaltar que, do total das áreas produtoras, uma encontra-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras sete são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.
O grau API médio foi de 27,2, sendo 37,4% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 48,9% óleo médio (>=22 API e <31 13="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 117,8 mil boe/d, sendo 93,3 mil bbl/d de petróleo e 3,9 milhões de m³/d de gás natural. Desse total, 112,9 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 4,9 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 379 boe/d em Alagoas, 2.231 boe/d na Bahia, 45 boe/d no Espírito Santo, 2.073 boe/d no Rio Grande do Norte e 194 boe/d em Sergipe.
Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural: http://www.anp.gov.br/images/publicacoes/boletins-anp/Boletim_Mensal-Producao_Petroleo_Gas_Natural/Boletim-Producao_marco-2018.pdf
CONAB. 03 de Maio de 2018. Primeiro levantamento da cana aponta nova queda do açúcar e aumento do etanol
A melhoria na qualidade da cana-de-açúcar motivou o aumento de 1,4% na produção total de etanol, que deverá chegar a 28,16 bilhões de litros, de acordo com o 1º Levantamento da Safra 2018/2019, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (3). Outro motivo da opção pelo combustível seria a queda dos preços do açúcar no mercado internacional.
No caso do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, o aumento é de 7% em sua produção, devendo chegar a 11,86 bilhões de l, com elevação justificada pelo maior consumo de gasolina que vem persistindo nos últimos anos. Já a produção de etanol hidratado, que é o próprio álcool biocombustível, deverá ser de 16,3 bilhões de l, com uma queda de 2,3% (380,38 milhões de l). Como consequência do aumento do etanol, a produção de açúcar deverá ficar em 35,48 milhões de t, ou seja, uma retração de 6,3%, em comparação à safra 2017/18 (37,87 milhões de t).
A produção total de cana-de-açúcar está atualmente estimada em 625,96 milhões de toneladas, demonstrando uma redução de 1,2% em relação à safra 2017/18, que fechou em 633,26 milhões de t. A área colhida está estimada em 8,61 milhões de hectares, com queda de 1,3%. A devolução de terras arrendadas e rescisão de contratos com fornecedores também contribuíram para a manutenção dos índices de queda já sinalizados no fechamento da safra anterior.
Acompanhamento da Safra Brasileira
Com o objetivo de fornecer informações estratégicas e de atender a Política Agrícola, instituída pela Lei nº 8.171, de 17/01/1991, a Conab tem a responsabilidade de realizar os acompanhamentos das safras brasileiras de grãos, culturas de inverno e de verão, além do café e da cana-de-açúcar. Por meio deles, são gerados os Boletins de Safra, que dispõe de informações e dados relevantes para o setor, tais como: estimativa da produção e da produtividade, monitoramento agrícola, características das culturas pesquisadas e outros.
O sistema de coleta de informações segue uma metodologia específica, com finalidade de garantir a confiabilidade e consistência da informação. Os Boletins são desenvolvidos visando aos princípios da tempestividade, acessibilidade, continuidade e transparência. O trabalho relacionado à safra de grãos é realizado mensalmente, enquanto que os levantamentos de café e cana-de-açúcar tem periodicidade quadrimestral.
Estudo: https://www.conab.gov.br/index.php/info-agro/safras31>
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31> <31 13="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">EMBRAER. 31>03/05/2018. Embraer e American Airlines assinam contrato para 15 jatos E175
São José dos Campos – SP, 3 de maio de 2018 – A Embraer e a American Airlines Inc. assinaram um pedido firme para quinze jatos E175 configurados com 76 assentos. O valor do contrato é de USD 705 milhões, com base nos atuais preços de lista, e será incluído na carteira de pedidos firmes da Embraer (backlog) do segundo trimestre de 2018. As entregas começarão em 2019, entre março e novembro.
Somado aos três pedidos anteriores de E175 realizados pela companhia aérea, este novo contrato resulta em uma encomenda total de 89 aeronaves deste modelo pela American Airlines. O pedido mais recente, para dez aviões, havia ocorrido em outubro de 2017.
“Estamos entusiasmados com o fato de o E175 continuar sendo a solução certa para a American. Esta é a quarta encomenda da American para o E175 desde 2013 e pedidos seguidos demonstram como a aeronave atende às necessidades de seus negócios e a confiança que eles têm em nossa plataforma”, disse Charlie Hillis, Diretor de Vendas e Marketing para a América do Norte da Embraer Aviação Comercial.
A American Airlines selecionou a Envoy, subsidiária integral da American Airlines Group Inc., para operar as quinze aeronaves, que serão configuradas com um total de 76 assentos, sendo 12 assentos de Primeira Classe e 60 de classe econômica, incluídos os assentos de classe econômica Extra.
Incluindo este novo contrato, a Embraer vendeu mais de 400 jatos do modelo E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013, obtendo mais de 80% do total de pedidos no segmento de jatos de até 76 assentos.
Desde a entrada em serviço, a família de E-Jets recebeu mais de 1,8 mil pedidos e mais de 1,4 mil aeronaves foram entregues. Atualmente, os E-Jets estão voando em frotas de 70 clientes em 50 países. Esta versátil família de 70 a 150 assentos voa em companhias aéreas de baixo custo, regionais e de linha principal.
BRASIL - SURINAME
MRE. AIG. NOTA-122. 02 de Maio de 2018. Visita do presidente do Suriname
O presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse, acompanhado por seus ministros dos Negócios Estrangeiros, da Defesa, da Justiça e Polícia e da Agricultura, Pecuária e Pesca, realizará visita oficial a Brasília, no dia 2 de maio próximo. Na ocasião, será recebido pelo presidente Michel Temer, acompanhado por delegação de ministros de seu gabinete.
A agenda do encontro será composta por áreas de interesse mútuo como cooperação técnica, temas econômico-comerciais, cooperação consular e migratória, cooperação em defesa e segurança e temas regionais.
Durante a visita, serão assinados quatro ajustes complementares para a execução de projetos de cooperação técnica: Consolidação e Ampliação da Capacidade de Zoneamento Agroecológico e da Educação Ambiental do Suriname; Evoluindo da Agricultura Itinerante para Sistemas Agroflorestais no Suriname: Segurança Alimentar por meio da Agricultura Sustentável; Introdução do Cultivo Sustentável do Açaí no Interior do Suriname; Programa de Alimentação Escolar em Koewarasan, Distrito de Wanica. Em matéria de segurança, será firmado, também, Memorando de Entendimento em Cooperação Interinstitucional entre a Polícia Federal do Brasil e o Corpo de Polícia do Suriname. Na área econômica, haverá assinatura de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos entre os dois países.
O Suriname é parceiro estratégico do Brasil na fronteira norte. Os países mantêm tradicional agenda de cooperação técnica e em Defesa. O comércio bilateral voltou a crescer em 2017, alcançando US$ 40,1 milhões, com superávit a favor do Brasil de US$ 29,4 milhões.
PR. 02/05/2018. Brasil e Suriname celebram acordos de agricultura, investimentos e segurança
Relações Exteriores. Parcerias foram firmadas entre os presidentes Michel Temer e Desiré Bouterse, nesta quarta-feira (2)
Cinco documentos assinados nesta quarta-feira (2) fortalecerão as relações entre Brasil e Suriname nas áreas de comércio, agricultura, segurança alimentar e segurança pública. Em solenidade no Palácio do Planalto, o presidente da República, Michel Temer, recebeu o presidente Desiré Bouterse para debater pautas em comum entre os países.
"Estamos trabalhando sempre de forma muito coordenada a para promover o desenvolvimento de nossos países e o bem-estar de nossos brasileiros e surinameses", reforçou Temer, durante brinde de recepção à comitiva do Suriname, no Palácio do Itamaraty.
Acordos
Como fomento a áreas técnicas e científicas, foi assinado o acordo de execução do projeto de introdução da produção sustentável do açaí no interior do Suriname, que levará o conhecimento dos técnicos brasileiros ao país vizinho. Ainda na área da agricultura, as nações firmaram acordo para execução do projeto de consolidação e ampliação da capacidade de zoneamento agroecológico e de educação ambiental do Suriname, em que profissionais do Brasil serão enviados ao país para apoiar as atividades de cooperação e a capacitação dos surinameses.
Outro documento firma o compromisso das partes com a execução do programa de alimentação escolar em Koewarasan, no distrito de Wanica. De acordo com o texto, o Brasil ajudará o Suriname a desenvolver o projeto que tem como objetivo treinar nutricionistas, técnicos, diretores e professores de escolas no preparo de menus, compra, estocagem de alimentos e demais atividades relacionadas.
No acordo de cooperação e facilitação de investimentos, as duas nações reconhecem a importância de promover o desenvolvimento sustentável e buscam estimular, simplificar e apoiar investimentos bilaterais. No âmbito da segurança pública, foi assinado o memorando de entendimento em cooperação interinstitucional entre a Polícia Federal do Brasil e o Corpo de Polícia do Suriname, como forma de combater o crime transnacional e reforçar a segurança nas fronteiras entre os países.
PR. 02/05/2018. Cooperação científica e comercial impulsionará relações entre Brasil e Suriname
Relações Exteriores. Presidente Michel Temer e o presidente do Suriname, Desiré Bouterse, assinaram acordos nesta quarta-feira (2), em solenidade no Palácio do Planalto
Brasil e Suriname terão relações comerciais intensificadas, destacou o presidente da República, Michel Temer, nesta quarta-feira (2), ao assinar acordos de cooperação técnica com o presidente do país vizinho, Desiré Bouterse. “Aceitamos incrementar essa cooperação em áreas como defesa, segurança, habitação e agricultura. Aprofundamos nosso diálogo com objetivo de buscar maior integração entre nossos empresários”, defendeu Temer.
O presidente brasileiro definiu a parceria como estratégica e ressaltou a assinatura do memorando de entendimento em cooperação interinstitucional entre a Polícia Federal do Brasil e o Corpo de Polícia do Suriname. “Queremos combater o crime transnacional e reforçar a segurança em nossas fronteiras”, disse.
Agenda cooperativa
Bouterse agradeceu e destacou o compartilhamento das técnicas e experiências científicas entre os países, celebrado no acordo de execução do projeto de introdução da produção sustentável do açaí no interior do Suriname e no acordo de execução do programa de alimentação escolar em Koewarasan, distrito de Wanica. “Essa agenda de cooperação beneficia os países dos dois lados”, resumiu. “O Suriname deve ser visto como parceiro confiável para travarmos um diálogo substancial e educativo comum a fim de fomentarmos o desenvolvimento da nossa região”, acrescentou.
Assinaram os acordos os ministros brasileiros de Relações Exteriores, Aloysio Nunes; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima; e da Segurança Pública, Raul Jungmann; e os ministros do Suriname de Negócios Estrangeiros, Yldiz Pollack-Beighle, da Agricultura, Lekhram Soerdjan, e de Justiça e Polícia do Suriname, Stuart Getrow.
PR. MRE. AIG. 02 de Maio de 2018. NOTA-PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Brinde do presidente da República, Michel Temer, durante almoço em homenagem ao senhor Desiré Delan Bouterse, Presidente da República do Suriname – Palácio Itamaraty, 2 de maio de 2018
Excelentíssimo senhor Desiré Bouterse, presidente da República do Suriname,
Senhoras e senhores ministros de Estado,
Embaixadores,
Demais integrantes das delegações do Suriname no Brasil.
Eu reitero que é uma satisfação receber o presidente Bouterse, bem como toda a comitiva do Suriname.
Já disse e repito que o Suriname é um importante parceiro do Brasil. A proximidade geográfica entre nossos países é acompanhada por laços históricos de amizade e cooperação. São igualmente antigos nossos vínculos culturais. Aliás, recordo que uma das maiores comunidades quilombolas do Suriname ainda usa em seu dialeto palavras portuguesas trazidas do Brasil.
E a verdade é que a migração do Brasil para o Suriname segue viva até hoje. O Suriname acolhe expressiva comunidade brasileira, ao que me parece são quase 40 mil brasileiros que vivem naquele país. Por isso que nós temos o compromisso de trabalhar juntos, em nome da dimensão humana do nosso relacionamento.
A visita de vossa excelência, senhor presidente, coroa um ano marcado por larga agenda bilateral. Veja a visita feita pelos ministros Torquato Jardim, da Justiça; Raul Jungmann da Segurança; e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, e também na visita da chanceler Pollack, que tive o prazer de receber.
Hoje, aliás, pudemos assinar seis acordos de cooperação nas mais diversas áreas, segurança pública à cooperação financeira, da educação à agricultura. Estamos trabalhando sempre de forma muito coordenada para promover o desenvolvimento dos nossos países e o bem-estar de nossos brasileiros e surinameses. E é com esse espírito de união e de boas-vindas, senhor presidente, que proponho um brinde à saúde do presidente e à amizade entre o Brasil e o Suriname.
MRE. AIG. NOTA-125. 2 de maio de 2018. Atos assinados por ocasião da visita oficial ao Brasil do presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse – Brasília
- ACORDO COMPLEMENTAR AO ACORDO BÁSICO DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DO SURINAME PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO "INTRODUÇÃO DA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DO AÇAÍ NO INTERIOR DO SURINAME"
- ACORDO COMPLEMENTAR AO ACORDO BÁSICO DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DO SURINAME PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO "EVOLUINDO DA AGRICULTURA ITINERANTE PARA SISTEMAS AGROFLORESTAIS NO SURINAME: SEGURANÇA ALIMENTAR VINDO DA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL"
- ACORDO COMPLEMENTAR AO ACORDO BÁSICO DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DO SURINAME PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO "PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR EM KOEWARASAN, DISTRICT OF WANICA"
- ACORDO COMPLEMENTAR AO ACORDO BÁSICO DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DO SURINAME PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO "CONSOLIDAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO E DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO SURINAME"
- ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A REPÚBLICA DO SURINAME
- MEMORANDO DE ENTENDIMENTO EM COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL ENTRE A POLÍCIA FEDERAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O CORPO DE POLÍCIA DA REPÚBLICA DO SURINAME
DOCUMENTOS: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/18773-atos-assinados-por-ocasiao-da-visita-do-presidente-do-suriname-brasilia-2-de-maio-de-2018
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LGCJ.: