US ECONOMICS
CONSUMER CREDIT
FED. May 7, 2018. Consumer Credit March 2018
Consumer credit increased at a seasonally adjusted annual rate of 4-1/4 percent during the first quarter. Revolving credit decreased at an annual rate of 1 percent, while nonrevolving credit increased at an annual rate of 6 percent. In March, consumer credit increased at an annual rate of 3-1/2 percent.
DOCUMENT: https://www.federalreserve.gov/releases/g19/current/default.htm
INTEREST RATE
FED. 4 DE MAIO DE 2018. Membros do Fed mantêm a mente aberta sobre aumentos de juros e mostram pouca preocupação com a inflação
Por Ann Saphir e Howard Schneider e Lindsay Dunsmuir
PALO ALTO (Reuters) - Dois membros do Federal Reserve que atualmente votam no comitê de definição de taxas de juros do banco central dos EUA disseram que estão mantendo a mente aberta sobre o número total de aumentos nos juros necessários este ano.
O presidente do Fed de São Francisco, John Williams, e o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, também disseram separadamente que não estavam preocupados com a possibilidade de a inflação ultrapassar a meta de 2 por cento do banco central.
O Fed, em março, elevou as taxas de juros de referência para entre 1,50 e 1,75 por cento e atualmente prevê mais dois aumentos este ano, embora um número crescente de integrantes do Fed veja possibilidade de três aumentos.
Williams disse que um total de três ou quatro aumentos de taxas neste ano continuam sendo o cenário básico, dizendo em uma entrevista à emissora CNBC: “Eu ainda acho que esse é o jeito certo de pensar sobre isso, dada a melhoria contínua na economia.”
Williams será promovido em junho à chefia do Fed de Nova York, considerada a segunda posição mais influente do banco central dos EUA.
Bostic disse à Reuters em entrevista durante a conferência anual sobre política monetária da Hoover Institution que, embora ele seja firmemente a favor de três aumentos de juros este ano, “estou aberto a ir em qualquer direção, voltando a dois (aumentos de taxa) ou indo para quatro, dependendo do que os dados mostram.”
Bostic citou o potencial positivo dos cortes de impostos e dos novos gastos do governo e uma perspectiva econômica “rósea” como fatores que podem exigir que o Fed eleve as taxas mais rapidamente.
Para este ano, Bostic espera que a economia provavelmente resista a apenas a dois aumentos de taxa.
Por Lindsay Dunsmuir em Washington; Ann Saphir e Howard Schneider em Stanford, Califórnia; Richard Leong em Nova York
________________
INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- CANADA INDICATORS
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
________________
BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 07/05/2018. Mercado financeiro reduz estimativa de crescimento do PIB em 2018. Expectativa dos analistas dos bancos de alta do PIB passou de 2,75% para 2,70% em 2018. Para a inflação deste ano, previsão ficou estável em 3,49%.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e mantiveram estáveis as estimativas para a inflação em 2018 e 2019.
As expectativas estão no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa da semana passada feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (7).
Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,75% para 2,70%. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
Inflação
A expectativa do mercado para a inflação em 2018 ficou estável em 3,49% na semana passada.
O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, o mercado financeiro manteve sua expectativa de inflação inalterada em 4,03%. A meta central do próximo ano é de 4,25% e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,35 para R$ 3,37 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,40 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, caiu de US$ 56,1 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 45 bilhões para US$ 46 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.
BACEN. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Projeção de expansão da indústria cai e reduz crescimento do PIB em 2018; mercado vê dólar a R$3,37, mostra Focus
SÃO PAULO (Reuters) - A perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano foi reduzida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira sob forte pressão da produção industrial, enquanto a expectativa para o dólar voltou a subir.
Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70 por cento, de 2,75 por cento antes.
Importante pressão vem da produção industrial, cuja expectativa de expansão passou a 3,81 por cento, de 4,28 por cento. O ajuste vem depois de o setor ter terminado o primeiro trimestre estagnado, com queda inesperada na produção em março.
Para 2019, permanecem as expectativas de crescimento de 3 por cento do PIB e de 3,50 por cento da produção industrial.
Outra revisão que os economistas promoveram no levantamento foi da taxa de câmbio, sendo que passaram a ver o dólar a 3,37 reais ao final deste ano de 3,35 reais antes. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou ganho de 1,79 por cento, na segunda semana seguida de alta em um rali recente que levou a moeda a alcançar o patamar de 3,50 reais.
As contas para a inflação permaneceram inalteradas em 3,49 por cento este ano e em 4,03 por cento em 2019, enquanto que o cenário para a política monetária permanece o mesmo, com corte esperado de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião deste mês do BC.
Com a taxa básica de juros a 6,5 por cento agora, os especialistas consultados no levantamento continuam vendo que ela terminará 2018 a 6,25 por cento e 2019, a 8 por cento.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também segue sem alterar sua visão, de Selic a 6,25 e 7,5 por cento respectivamente em 2018 e 2019.
_________________
ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
INVESTIMENTOS
IPEA. 07/05/2018. Bom desempenho de máquinas e equipamentos impulsiona crescimento dos investimentos. Indicador de investimentos avançou 0,8% em março, encerrando o primeiro trimestre de 2018 com alta de 0,3%
Divulgado nesta segunda-feira, 07/05, pelo grupo da Carta de Conjuntura do Ipea, o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta alta de 0,8% em março em relação a fevereiro de 2018, na série com ajuste sazonal. Com isso, os investimentos cresceram 0,3% no primeiro trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior, também na série ajustada sazonalmente. O destaque positivo foi, mais uma vez, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came), que encerrou o primeiro trimestre com alta de 2,4%, após novo avanço de 2,2% em março.
Quando comparado ao mês de março de 2017, o FBCF registrou avanço de 3,4%. No trimestre, o resultado também foi positivo, com alta de 3,3% sobre o mesmo período do ano passado. Apenas no acumulado de 12 meses é verificada uma modesta queda de 0,1%.
"Levando em consideração o desempenho ainda anêmico da construção civil, o Came continua sendo o principal responsável pela trajetória de recuperação gradual observada nos investimentos", explica Leonardo Mello de Carvalho, pesquisador do Ipea e autor do estudo.
Após duas quedas consecutivas, o indicador de construção civil avançou 0,2% na série dessazonalizada. No entanto, o setor encerrou o primeiro trimestre de 2018 com retração de 0,6% ante o último trimestre de ano passado.
O que é a FBCF?
A Formação Bruta de Capital Fixo é um dos componentes do PIB pelo lado da demanda. Mostra o quanto as empresas aumentaram sua capacidade produtiva, como, por exemplo, os seus bens de capital - aqueles que produzem outros bens. Ela é importante porque indica se a capacidade de produção do país está crescendo e também se os empresários estão confiantes no futuro.
Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2018/05/07/indicador-ipea-de-fbcf-marco-e-1o-trimestre-de-2018/
IBGE. 04/05/2018. Formação Bruta de Capital Fixo do Governo tem queda de 9,1% em 2016
A Formação Bruta de Capital Fixo, medida pela Conta Intermediária de Governo apresentou queda nas esferas municipal, estadual e federal, variando de R$ 101,9 bilhões em 2015 para R$ 92,7 bilhões em 2016. Pelas Estatísticas de Finanças Públicas, a necessidade de financiamento do governo atingiu R$ 450,8 bilhões. Esse valor correspondeu a 7,2% do Produto Interno Bruto do país naquele ano. Houve um recuo de 12,9% nessa necessidade de financiamento em termos nominais, em relação a 2015. Essas são algumas das informações das Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo 2016, elaboradas pelo IBGE em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Central do Brasil.
Em 2016, a Necessidade de Financiamento Líquida do Governo Geral (que se refere conjuntamente às finanças das administrações municipais, estaduais e a federal) atingiu R$-450,8 bilhões, o que equivaleu a 7,2% do PIB desse ano. Houve uma queda de 12,9% em relação a 2015, quando essa necessidade foi de R$ 517,6 bilhões.
Em 2013, a necessidade de financiamento líquida representava 2,9% do PIB, indo para 5,8% em 2014 e para 8,6% em 2015, recuando para 7,2% em 2016. Em 2016 o resultado foi influenciado principalmente pela queda das despesas líquidas com juros, que passaram de R$ 505,3 bilhões em 2015 para R$ 375,1 bilhões em 2016. Esta redução foi mais do que suficiente para compensar um ritmo de crescimento menor das receitas de impostos e contribuições sociais (4,6% e 4,9%, respectivamente) e o avanço das despesas com benefícios sociais (13,6%). Já o resultado operacional líquido, que exclui as transações com ativos não financeiros recuou 9,8%, alcançando R$ -459 bilhões.
Tabela 1: Demonstrativo de Finanças Públicas | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Demonstrativo de Operações - Governo Geral1 | Valores correntes (R$ 1.000.000) | |||||
Governo Central | Governos Estaduais | Governos Municipais | Coluna de Consolidação | Governo Geral | ||
Transações que afetam o patrimônio líquido | ||||||
1 | Receita | 1.842.984 | 776.971 | 567.114 | -556.099 | 2.630.970 |
11 | Impostos | 800.507 | 505.058 | 123.744 | 0 | 1.429.309 |
12 | Contribuições sociais | 583.066 | 57.540 | 47.403 | 0 | 688.008 |
13 | Transferências / Doações | 640 | 156.081 | 326.652 | -483.347 | 26 |
14 | Outras receitas | 458.771 | 58.292 | 69.315 | -72.752 | 513.626 |
2 | Despesa | 2.268.445 | 839.280 | 538.336 | -556.099 | 3.089.962 |
21 | Remuneração de empregados | 251.578 | 300.494 | 261.378 | 0 | 813.450 |
22 | Uso de bens e serviços | 77.919 | 99.008 | 163.510 | 0 | 340.437 |
23 | Consumo de capital fixo | 30.232 | 35.126 | 30.840 | 0 | 96.198 |
24 | Juros | 638.693 | 80.343 | 9.442 | -72.752 | 655.726 |
25 | Subsídios | 27.188 | 1.196 | 346 | 0 | 28.729 |
26 | Transferências / Doações | 354.379 | 132.765 | 811 | -483.347 | 4.607 |
27 | Benefícios sociais | 870.970 | 151.501 | 39.011 | 0 | 1.061.482 |
28 | Outras despesas | 17.487 | 38.849 | 32.998 | 0 | 89.334 |
Resultado operacional bruto - ROB (1-2+23) | -395.228 | -27.184 | 59.618 | 0 | -362.794 | |
Resultado operacional líquido - ROL (1-2) | -425.460 | -62.310 | 28.778 | 0 | -458.992 | |
31 | Investimento líquido em ativos não financeiros | -10.114 | -5.395 | 7.310 | 0 | -8.199 |
Capacidade (+) / Necessidade(-) líquida de financiamento (1-2-31) | -415.346 | -56.915 | 21.468 | 0 | -450.793 | |
Itens de memorando | ||||||
1. | Despesa, excluindo consumo de capital fixo | 2.238.213 | 804.155 | 507.496 | -556.099 | 2.993.764 |
2. | Aquisição bruta de ativos fixos | 23.409 | 29.722 | 38.120 | 0 | 91.251 |
3. | Capacidade (+)/Necessidade(-) líquida de financiamento primária | -106.256 | 17.277 | 13.286 | 0 | -75.693 |
Fonte: 1. Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. 2. IBGE. 3. Banco Central do Brasil. | ||||||
Nota 1: Informações metodológicas estão disponíveis nas notas técnicas da publicação. |
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) do governo (ainda abrangendo as três esferas administrativas) manteve a trajetória de queda, passando de R$ 101,9 bilhões em 2015 para R$ 92,7 bilhões em 2016, o que representou uma redução nominal de 9,1%. Todas as esferas de governo apresentaram queda nesse agregado, e a mais acentuada foi na esfera estadual, onde a FBCF caiu 13,6%, indo de R$ 34,5 bilhões em 2015 para R$ 29,9 bilhões em 2016.
Em 2016, o valor adicionado pelas três esferas do governo alcançou R$ 909,6 bilhões, um crescimento nominal de 5,9% em relação à 2015. A participação dos governos municipais no valor adicionado era de 31,6% em 2014, recuou para 31,4% em 2015 e subiu para 32,1% em 2016. As esferas federal e estadual perderam, cada uma, 0,3% em participação no mesmo período de 2015 para 2016.
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21056-financas-publicas-formacao-bruta-de-capital-fixo-do-governo-tem-queda-de-9-1-em-2016.html
POUPANÇA
BACEN. 07/05/2018. BC divulga o Relatório de Poupança de abril de 2018.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/16465
BACEN. PORTAL G1. 07/05/2018. Depósitos superam saques da poupança em R$ 1,23 bilhão em abril. Resultado positivo é o maior para meses de abril desde 2013. No acumulado do ano, porém, retiradas da poupança superam depósitos em R$ 694 milhões.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os depósitos na caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 1,237 bilhão em abril, informou o Banco Central nesta segunda-feira (7).
Esse resultado positivo foi o maior para meses de abril desde 2013, quando R$ 2,616 bilhões ingressaram na aplicação. Além disso, é a primeira vez, também desde 2013, que os depósitos superam os saques em um mês de abril.
Se considerados os quatro primeiros meses deste ano, entretanto, as retiradas superaram os depósitos em R$ 694 milhões. Mesmo assim, foi o melhor resultado para este período desde 2014.
Melhora na economia
Segundo o administrador de investimentos, Fabio Colombo, a melhora da economia, com o retorno do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e continuidade em 2018, tem contribuído para esse quadro.
Ele aponta que "a diferença do rendimento da poupança para outras aplicações ficou muito pequena" com o processo de redução da taxa de juros pelo Banco Central nos últimos meses.
"Então, para o pessoal de mais baixa renda, não tem tanta diferença aplicar nos outros produtos. Está sobrando um pouquinho mais de recursos e eles estão destinando para a poupança", avaliou ele.
Colombo observou, porém, que os investidores "de maior vulto", ou seja, que dispõem de mais recursos, preferem outros tipos de aplicações como os fundos de investimentos, onde o retorno é maior. Como aplicam um valor mais alto, esses investidores acabam conseguindo uma taxa de administração, cobrada pela instituição financeira, menor.
Em todo o ano passado, os depósitos superaram os saques em R$ 17,12 bilhões na tradicional modalidade de investimentos.
Poupança
Diferença entre os saques e depósitos, para meses de abril, em R$ bilhões
2017
-1,27
-1,27
Fonte: Banco Central
Saldo é de R$ 735 bilhões
Com a entrada de recursos na poupança em abril, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento no mês passado.
No fim de março de 2018, o saldo da poupança estava em R$ 731,408 bilhões. Já ao final de abril, somava R$ 735,432 bilhões.
Além dos depósitos e das retiradas, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque. Em abril deste ano, os rendimentos somaram R$ 2,787 bilhões.
Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e nos primeiros meses deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Hoje a Selic está em 6,50% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.
Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.
Mesmo assim, segundo cálculos da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a poupança continuará sendo uma "excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano".
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos.
BACEN. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Poupança tem entrada líquida de R$1,237 bi em abril, diz BC, melhor para mês desde 2013
BRASÍLIA (Reuters) - A caderneta de poupança registrou entrada líquida de 1,237 bilhão de reais em abril, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira, segundo desempenho mensal positivo consecutivo, puxado fundamentalmente pela performance na poupança rural.
O resultado foi o melhor para o mês desde 2013, quando o ingresso foi de 2,616 bilhões de reais.
Em abril, os depósitos superaram os saques em 1,172 bilhão de reais na poupança rural, enquanto no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) a entrada líquida foi de apenas 65,260 milhões de reais.
No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a poupança acumula retiradas líquidas de 694,358 milhões de reais. Agora, o saldo total na caderneta soma 735,433 bilhões de reais.
Por Mateus Maia
SETOR AUTOMOTIVO
ANFAVEA. 07/05/2018. CARTA DA ANFAVEA MAIO/2018
DOCUMENTO: http://www.anfavea.com.br/cartas/carta384.pdf
ANFAVEA. PORTAL G1. 07/05/2018. Produção de veículos no Brasil sobe 40% em abril, diz Anfavea. Comparação é com o mesmo mês do ano passado. Em 4 meses, quase 1 milhão de unidades saíram das fábricas instaladas no país.
A produção de veículos no Brasil subiu 40% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, afirmou nesta segunda-feira (7) a associação das montadoras (Anfavea).
Foram 266.111 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus feitos em abril, enquanto no mesmo mês de 2017 foram 189.487 unidades.
No acumulado de janeiro a abril, a indústria automotiva acelerou 20,7%, já chegando perto do primeiro milhão de unidades em quatro meses.
Saíram das fábricas 965.865 unidades, contra 800 mil no mesmo período de 2017. O total ainda é levemente inferior à média dos últimos 10 anos para os quatro primeiros meses: 975 mil.
Produção de veículos no Brasil
Nos últimos 7 meses
janeiro/18
● : 216.834
● : 216.834
Fonte: Anfavea
Exportações em alta
Um em cada quatro veículos feitos por aqui não ficou no país. Segundo a Anfavea, 253 mil unidades foram exportadas de janeiro a abril, o que representa alta de 7,5% sobre o resultado recorde do ano passado.
As vendas internas somaram 763 mil - um avanço de 21% em relação ao mesmo período de 2017. Mesmo com o salto, o volume de emplacamentos no país ainda está abaixo da média dos últimos 10 anos, de 951 mil unidades.
Com a recuperação ajudada pelas exportações, o nível de emprego no setor automotivo voltou a crescer. Em 1 ano, o número de empregados diretamente cresceu 4,1%, de 126,5 mil para 131,7 mil.
Expectativas mantidas
As montadoras esperam fechar 2018 com alta de 13,2% na produção, com pouco mais de 3 milhões de veículos. As vendas no Brasil devem crescer 11,7%, para 2,5 milhões, e as exportações baterão um novo recorde, com 800 mil unidades no total, de acordo com as projeções da Anfavea.
ANFAVEA. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Vendas internas e exportação puxam alta de 40,4% na produção de veículos em abril sobre um ano antes
SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em abril ficou praticamente estável na comparação com março, com recuo de 0,5 por cento, enquanto na comparação com abril de 2017 saltou 40,4 por cento, impulsionada por avanços no mercado interno e nas exportações, informou a Anfavea nesta segunda-feira.
O volume produzido somou 266,1 mil veículos, acumulando 965,9 mil unidades nos quatro primeiros meses do ano, 20,7 por cento a mais que no primeiro quadrimestre de 2017.
A produção de carros e comerciais leves subiu 39,3 por cento em abril ante um ano antes, para 253,7 mil unidades. Já a produção de caminhões cresceu 54,2 por cento na mesma comparação, para 9.095 mil veículos e a de ônibus disparou 121 por cento, a 3.300 unidades no mês passado sobre abril de 2017.
As vendas avançaram 4,8 por cento no mês passado sobre março e 38,5 por cento na comparação anual, para 217,3 mil unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. No acumulado do quadrimestre, os licenciamentos subiram 21,3 por cento, para 762,9 mil veículos.
Já as exportações de veículos montados, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus subiram 19,5 por cento na comparação com abril de 2017, para 73.152 unidades. Na comparação com março deste ano, as vendas externas unitárias subiram 8,4 por cento, acumulando no primeiro quadrimestre expansão de 7,5 por cento sobre o mesmo período do ano passado, a 253.359 unidades, informou a Anfavea.
Em valores, as vendas externas de autoveículos somaram 1,39 bilhão de dólares em abril, crescimento de 38 por cento na comparação anual e expansão de 7,7 por cento frente a março. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, as exportações de autoveículos somaram 4,6 bilhões de dólares, alta de 20,9 por cento na comparação anual.
O setor terminou abril com estoque de 230,7 mil veículos novos, nível estável ante março e acima das 216,4 mil unidades de abril de 2017.
“Foi um bom resultado (as vendas internas de abril). Foi o melhor abril desde 2015... Mês a mês os resultados estão avançando”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, a jornalistas, nesta segunda-feira. Segundo ele, apesar do movimento positivo, o setor ainda não voltou à média de vendas dos últimos 10 anos no primeiro quadrimestre, de 951 mil unidades.
A Anfavea manteve suas projeções para o ano, apesar dos números de vendas no acumulado dos quatro primeiros meses do ano estarem acima das estimativas da entidade para 2018. A Anfavea espera crescimento de vendas internas de 11,7 por cento este ano, para 2,5 milhões de veículos. Na produção, a expectativa é de alta de 13,2 por cento, para 3,05 milhões de unidades. Já para as exportações, a entidade espera crescimento de 5 por cento, para 800 mil veículos.
Por Alberto Alerigi Jr.
ANFAVEA. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Produção de veículos no Brasil tem alta anual de 40,4% em abril, mas fica estável ante março
SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em abril ficou praticamente estável na comparação com março, com recuo de 0,5 por cento, enquanto na comparação com abril de 2017 saltou 40,4 por cento, impulsionada por avanços no mercado interno e nas exportações, informou a Anfavea nesta segunda-feira.
O volume produzido somou 266,1 mil veículos, acumulando 965,9 mil nos quatro primeiros meses do ano, 20,7 por cento a mais que no primeiro quadrimestre de 2017.
As vendas avançaram 4,8 por cento no mês passado sobre março e 38,5 por cento na comparação anual, para 217,3 mil unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Já as exportações, incluindo máquinas agrícolas, tiveram crescimento de 36,8 por cento em abril na comparação anual, para 1,58 bilhão de dólares, informou a Anfavea.
Por Alberto Alerigi Jr.
ANFAVEA. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Indústria de veículos do Brasil se preocupa com alta de juros na Argentina
SÃO PAULO (Reuters) - As montadoras de veículos instaladas no Brasil estão preocupadas com o salto dos juros na Argentina, mercado que é responsável atualmente por mais de 70 por cento das exportações brasileiras no setor.
O banco central da Argentina elevou na semana passada a taxa de juros do país para 40 por cento, em medida para conter a desvalorização do peso ante o dólar e em meio aos esforços da autoridade monetária para atingir a meta de inflação de 15 por cento para este ano. Foi a terceira alta dos juros da Argentina apenas em 2018.
Segundo o presidente da associação de montadoras de veículos do Brasil, Anfavea, Antonio Megale, nos próximos dois meses o setor vai ter mais claro quais serão os impactos dos juros argentinos sobre a demanda por veículos produzidos no Brasil.
De janeiro a abril, 75 por cento das exportações brasileiras, de 253,4 mil veículos, foram para a Argentina, que por sua vez tem 70 por cento de sua produção de veículos destinada ao Brasil.
“Por enquanto, (a alta dos juros na Argentina) não teve nenhum impacto, nenhum cancelamento, mas ainda é muito cedo para isso”, disse Megale a jornalistas, se referindo aos embarques de veículos do Brasil para a Argentina.
Junto com o crescimento da demanda interna, as exportações brasileiras ajudaram a elevar a produção das montadoras no Brasil no primeiro quadrimestre em 20,7 por cento sobre um ano antes, para 965,7 mil veículos.
“Nos preocupa o impacto que (a alta de juros na Argentina) poderá ter no nosso setor, deve impactar o financiamento dos produtos...Estamos olhando isso com bastante atenção porque a Argentina é parceiro comercial importantíssimo para o Brasil”, disse Megale.
Segundo ele, a projeção da Anfavea para as vendas de veículos no mercado interno da Argentina é de 850 mil veículos em 2018 ante projeção da indústria do país vizinho de um volume próximo de 1 milhão de unidades.
Ele afirmou que a indústria brasileira vem buscado novos mercados neste ano para diversificar suas vendas externas, como o Oriente Médio, onde o Brasil já foi um importante fornecedor de veículos décadas atrás.
Atualmente a capacidade ociosa da indústria de veículos do Brasil é de 39 por cento, bem abaixo dos mais de 50 por cento do início de 2017, ano em que o setor interrompeu um ciclo de quatro anos de quedas nas vendas internas. Segundo os dados da Anfavea, a produção em abril cresceu na comparação anual pelo 18º mês consecutivo.
Megale afirmou que a Argentina ganhou mais importância para as exportações brasileiras neste ano porque o México está comprando menos do Brasil, em meio às discussões do país para reformulação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que está sendo exigida pelos Estados Unidos.
Na avaliação do presidente da Anfavea, o aumento dos juros na Argentina tem um lado positivo, pois sinaliza que Buenos Aires está agindo para combater a inflação em meio ao movimento de desvalorização do peso influenciado pela alta de juros nos EUA.
Em abril, a produção argentina de veículos subiu 21,4 por cento, acumulando no quadrimestre expansão de 20,4 por cento sobre o mesmo período de 2017, segundo dados da contraparte argentina da Anfavea, a Adefa. Enquanto isso, as exportações da Argentina de janeiro a abril subiram 31,4 por cento.
Por Alberto Alerigi Jr.
ENERGIA
OPEP. PORTAL G1. REUTERS. 07/05/2018. Preços do petróleo atingem maior nível desde 2014. No início da sessão, barril de Brent atingiu US$ 75,89, maior nível desde novembro de 2014. Nos EUA, barril atinge US$ 70 pela 1ª vez desde novembro de 2014.
Por G1
Os preços internacionais do petróleo atingiram nesta segunda-feira (7) os níveis mais altos desde o final de 2014, impulsionados pelo aprofundamento da crise econômica na Venezuela e pela iminente decisão dos Estados Unidos sobre sanções ao Irã.
O petróleo Brent subia 0,77 dólar, ou 1,03%, a 75,64 dólares por barril, às 8h29 (horário de Brasília). No início da sessão, eles atingiram o maior nível desde novembro de 2014, a US$ 75,89 por barril.
Nos EUA, o barril avançava 0,79 dólar, ou 1,13%, para US$ 70,51. Esta segunda-feira foi a primeira vez desde novembro de 2014 que o petróleo dos EUA ultrapassou os US$ 70 por barril.
O avanço ocorre apesar da adição de nove plataformas de petróleo pelos EUA, elevando a contagem total para 834, segundo afirmou na sexta-feira a empresa de serviços energéticos Baker Hughes.
Analistas disseram que uma crise na Venezuela, um grande exportador de petróleo, também sustenta os preços. "O crescimento da produção nos EUA está sendo contrabalançado pelo declínio simultâneo na Venezuela", disse o analista do Commerzbank, Carsten Fritsch.
A produção venezuelana caiu pela metade desde o início dos anos 2000, para 1,5 milhão de barris por dia, conforme o país sul-americano não conseguiu investir o suficiente em sua indústria de petróleo.
As expectativas generalizadas de que o presidente norte-americano, Donald Trump, se retire do pacto nuclear iraniano acrescentaram mais um prêmio de risco ao mercado de petróleo.
O prazo para a renovação do acordo nuclear entre o Irã e seis potências vence em 12 de maio, e se Washington decidir se retirar do acordo, pode haver uma restrição na oferta de petróleo e os preços subirem ainda mais.
O papel do Irã é fundamental na oferta mundial de petróleo porque o país é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opec).
Analistas alertam que uma escalada de preços do petróleo pode afetar o crescimento da economia global. Um dos efeitos mais diretos que um aumento pode ter é fazer a inflação disparar, forçando os bancos centrais a aumentar as taxas de juros mais rápido do que tinham previsto.
Efeitos para o Brasil
A alta dos preços internacionais do petróleo tem impactado os preços dos combustíveis no Brasil, que vêm registrando preços recordes nas últimas semanas.
Na sexta-feira, a Petrobras elevou o preço da gasolina em suas refinarias em 0,45%, para R$ 1,8177 por litro, uma nova máxima pelo menos desde julho de 2017, quando passou a reajustar valores de combustíveis quase que diariamente, segundo a agência Reuters.
Os reajustes seguem política da petroleira estatal para os preços dos combustíveis, estabelecida em julho do ano passado, que acompanha as cotações das commodities no mercado internacional, com correções quase que diárias de valores, em busca de rentabilidade.
Desde o início da novo formato, em julho de 2017, o preço da gasolina comercializada nas refinarias acumula alta de 38,36% e o do diesel, valorização de 41,22%, segundo o Valor Online.
Nos postos, o preço médio da gasolina no país está em R$ 4,226, segundo a última pesquisa divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O combustível acumula alta de 3,09% desde o início do ano, e avança 21,99% desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços, em julho do ano passado.
Por outro lado, a escalada do preço do petróleo contribui para o aumento da arrecadação da União e governos estaduais e municipais com royalties e participações especiais recolhidos sobre a produção de óleo e gás no Brasil.
MERCADO DE CÂMBIO
BACEN. PORTAL G1. 07/05/2018. Dólar abre em alta e volta a se aproximar de R$ 3,55. Na sexta-feira, a divisa fechou cotada a R$ 3,5235.
Por G1
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (7), em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior em dia de agenda esvaziada.
Às 10h18, a moeda dos EUA subia 0,50%, a R$ 3,5412 na venda. Veja mais cotações
Na sexta-feira, a divisa fechou cotada a R$ 3,5235, acumulando alta de 1,76% na semana. No ano, o avanço acumulado já é de 6,34%.
Na edição desta semana do relatório Focus, do Banco Central a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,35 para R$ 3,37 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,40 por dólar.
Variação do dólar em 2018
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
6/3
● dólar comercial: 3,209
● dólar comercial: 3,209
Fonte: Valor PRO
Cenário externo e interno
"O dólar segue o mercado externo e a perspectiva é que lá fora a moeda norte-americana continue forte. O noticiário não foi suficiente para acalmar", afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, referindo-se à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre política monetária e dados mais fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano, ambos na semana passada.
Os mercados globais continuavam temerosos que o Fed possa elevar mais os juros diante de sinais de atividade econômica mais forte e inflação. Taxas elevadas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outros mercados financeiros, como o brasileiro.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e já havia batido o nível mais alto deste ano, com investidores apostando que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos elevaria a moeda norte-americana.
Como pano de fundo, os investidores seguiam de olho no noticiário político local, a poucos meses das eleições presidenciais deste ano.
O Banco Central realiza nesta sessão novo leilão de swap cambial tradicional - equivalente à venda futura de dólares - com oferta de até 8.900 contratos para rolagem do vencimento de junho.
Se mantiver esse volume até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os US$ 5,650 bilhões que vencem no mês que vem e terá vendido US$ 2,8 bilhões adicionais.
BACEN. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Dólar sobe e volta a se aproximar de R$3,55 com cena externa
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em alta nesta segunda-feira, novamente se aproximando do patamar de 3,55 reais, acompanhando o movimento no mercado externo em meio a temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos.
Às 10:11, o dólar avançava 0,49 por cento, a 3,5411 reais na venda, depois de acumular ganhos de 3,29 por cento nas suas semanas anteriores.
Na máxima dessa sessão, a moeda norte-americana bateu 3,5478 reais. O dólar futuro tinha ganho de cerca de 0,25 por cento.
“O dólar segue o mercado externo e a perspectiva é que lá fora a moeda norte-americana continue forte. O noticiário não foi suficiente para acalmar”, afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, referindo-se à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre política monetária e dados mais fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano, ambos na semana passada.
Os mercados globais continuavam temerosos que o Fed possa elevar mais os juros diante de sinais de atividade econômica mais forte e inflação. Taxas elevadas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outros mercados financeiros, como o brasileiro.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e já havia batido o nível mais alto deste ano, com investidores apostando que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos elevaria a moeda norte-americana.
O dólar também subia ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como o peso mexicano e rand sul-africano.
Como pano de fundo, os investidores seguiam de olho no noticiário político local, a poucos meses das eleições presidenciais deste ano.
O Banco Central realiza nesta sessão novo leilão de até 8,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os 5,650 bilhões de dólares que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.
COMÉRCIO INTERNACIONAL
EUA. CHINA. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Desequilíbrio comercial da China com os EUA é problema de longo prazo, diz presidente do BC chinês à Caixin
PEQUIM (Reuters) - O “enorme” desequilíbrio comercial da China com os Estados Unidos é um problema estrutural e de longo prazo e deve ser encarado com racionalidade, disse o presidente do banco central chinês à revista financeira Caixin.
Yi Gang, nomeado em março para chefiar o Banco do Povo da China, também pediu esforços conjuntos dos EUA e de Pequim para resolver a disputa comercial, disse a Caixin em uma matéria publicada na noite de sexta-feira no horário local.
Os comentários foram feitos depois de uma inconclusiva reunião de dois dias entre autoridades chinesas e norte-americanas em Pequim, em meio a crescentes ameaças tarifárias entre as duas maiores economias do mundo. Washington exigiu que a China reduzisse seu superávit comercial com os EUA em pelo menos 200 bilhões de dólares até o final de 2020, segundo fontes.
A China registrou um superávit comercial recorde de 375 bilhões de dólares em 2017.
A abertura da China não será afetada pelos atuais atritos comerciais com os Estados Unidos, disse Yi.
O presidente do banco central chinês apenas analisou brevemente a questão comercial entre os EUA e a China em uma extensa entrevista com a Caixin em Washington no final de abril. Ele reiterou a posição atual da China em vários assuntos, incluindo política monetária, abertura de sua economia, o iuan e os esforços de desalavancagem do país.
Ele reiterou o compromisso da China com sua política monetária prudente e neutra e seu foco em estabilizar seu índice de alavancagem macroeconômica e reduzir os riscos financeiros. Na frente cambial, Yi disse que o banco central não intervém no mercado de câmbio há quase um ano, e que as autoridades estão comprometidas com a reforma da taxa de câmbio baseada no mercado.
Por Stella Qiu e Se Young Lee
EUA. CHINA. REUTERS. 7 DE MAIO DE 2018. Índices acionários da China avançam com otimismo econômico apesar de tensão comercial com EUA
XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários chineses avançaram com força nesta segunda-feira, em meio ao otimismo em relação a dados econômicos robustos de abril apesar das persistentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,58 por cento, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,48 por cento.
Uma série de dados chineses nas próximas semanas deverá mostrar que a segunda maior economia do mundo permaneceu forte em abril, sustentada por uma recuperação da produção industrial e recuperação nas exportações, apesar das crescentes tensões comerciais com os EUA.
Negociações entre chineses e norte-americanos provavelmente resultarão em um recuo da atual proposta sobre tarifas de importação, conforme a China acelera a implementação de algumas medidas anunciadas de abertura e reforma do mercado nos próximos meses, escreveu o UBS Securities.
O subíndice do setor financeiro avançou 1,02 por cento, o de consumo teve alta de 4,49 por cento, o setor imobiliário subiu 1,83 por cento, enquanto o subíndice de saúde avançou 2,54 por cento.
No restante da região, a maioria dos mercados avançou depois que os dados do relatório de emprego nos EUA divulgado na sexta-feira reduziram o risco de aumento mais rápido da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central norte-americano.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha alta de 0,13 por cento às 7:40 (horário de Brasília).
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,03 por cento, a 22.467 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,23 por cento, a 29.994 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,48 por cento, a 3.136 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,58 por cento, a 3.834 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI permaneceu fechado.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,72 por cento, a 10.604 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,35 por cento, a 3.532 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,36 por cento, a 6.084 pontos.
EUA. CHINA. REUTERS. 5 DE MAIO DE 2018. EUA condenam China por "absurdo orwelliano" sobre sites de companhias aéreas
Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca criticou duramente a China neste sábado por forçar companhias aéreas estrangeiras a mudarem a forma como se referem a Taiwan, Hong Kong e Macau, o mais recente esforço do país asiático para policiar a linguagem usada para descrever territórios que considera politicamente sensíveis.
Os EUA rotularam o comportamento chinês como um “absurdo orwelliano”.
Em meio a uma disputa comercial crescente entre os EUA e a China, a Casa Branca disse em comunicado que a Administração Chinesa de Aviação Civil enviou uma carta a 36 empresas aéreas estrangeiras, incluindo várias norte-americanas, exigindo mudanças.
As companhias aéreas foram instruídas a remover referências em seus sites ou em outros materiais que sugerissem que Taiwan, Hong Kong e Macau são países independentes da China, segundo autoridades dos EUA e de companhias aéreas.
A Casa Branca informou que o presidente Donald Trump “defenderá os americanos que resistem aos esforços do Partido Comunista chinês para impor a política chinesa às empresas e cidadãos americanos”.
“Este é um absurdo orwelliano e parte de uma tendência crescente do Partido Comunista chinês de impor suas visões políticas a cidadãos americanos e empresas privadas”, disse a Casa Branca.
Taiwan é a questão territorial mais sensível da China. Pequim considera a ilha autogovernada e democrática uma província rebelde. Hong Kong e Macau são ex-colônias europeias que agora fazem parte da China, mas são administradas de forma autônoma.
As duras críticas da Casa Branca ocorrem na esteira de negociações comerciais controversas, no início desta semana, entre os EUA e a China.
Por David Shepardson
EUA. CHINA. REUTERS. 5 DE MAIO DE 2018. Para Buffett, EUA e China evitarão "algo extremamente tolo" no comércio
Por Trevor Hunnicutt e Jonathan Stempel
OMAHA, Estados Unidos (Reuters) - O bilionário Warren Buffett disse neste sábado que é improvável que os Estados Unidos e a China permaneçam em desacordo sobre o comércio, dizendo que os dois países evitarão fazer “algo extremamente tolo”.
“Os Estados Unidos e a China serão as duas superpotências do mundo, economicamente e de outras formas, por um longo, longo tempo”, disse Buffett durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway, em Omaha, no Estado norte-americano de Nebraska.
“Temos muitos interesses em comum e, como quaisquer duas grandes entidades econômicas, há momentos em que elas possuem tensões, mas é uma situação ganha-ganha quando o mundo negocia”, disse Buffett.
“Teremos desentendimentos um com o outro (tanto democratas quanto republicanos), e teremos desentendimentos com outros países sobre comércio”, disse Buffett sobre uma guerra comercial.
“É grande demais e óbvio demais... que os benefícios são enormes e que o mundo depende disso em grande parte para o seu progresso para que dois países inteligentes façam algo extremamente tolo”, disse. “Nós dois podemos fazer coisas que são levemente tolas de vez em quando. Há um pouco de dar e receber”.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu uma postura firme nas negociações comerciais com a China, exigindo um corte de 200 bilhões de dólares no superávit comercial chinês com os Estados Unidos, tarifas mais baixas e subsídios tecnológicos avançados, disseram pessoas familiarizadas com as negociações na sexta-feira.
Buffett, de 87 anos, e seu amigo de longa data e também bilionário Charlie Munger, de 94 anos, lideram a reunião anual da Berkshire em Omaha, onde respondem a perguntas de acionistas, jornalistas e analistas.
Pouco antes da reunião, a Berkshire encerrou mais de um ano de queda no lucro operacional, mas foi prejudicada por uma nova regra contábil que fez com que registrasse um prejuízo líquido. Buffett disse que os resultados não são representativos do negócio.
EUA. CHINA. REUTERS. 5 DE MAIO DE 2018. Mídia estatal chinesa vê pontos positivos nas negociações comerciais com os EUA
PEQUIM (Reuters) - A mídia estatal chinesa adotou um tom otimista neste sábado sobre as negociações comerciais entre autoridades chinesas e norte-americanas, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de até 150 bilhões de dólares a produtos chineses devido a alegações de roubo de propriedade intelectual.
O jornal estatal em inglês China Daily viu um “desenvolvimento positivo” nos dois dias de negociações devido a um acordo fechado para estabelecer um mecanismo para manter o diálogo aberto, apesar das “grandes diferenças”, como parte de um esforço para resolver disputas comerciais.
O jornal disse que a maior conquista foi “o acordo construtivo entre Pequim e Washington para continuar discutindo questões comerciais contenciosas, em vez de continuar com as barreiras tarifárias que praticamente levaram os dois países à beira de uma guerra comercial”.
O Diário do Povo disse que as negociações “estabeleceram bases sólidas para futuras conversações sobre cooperação comercial e econômica, e para finalmente alcançar benefícios (para ambos os países) e resultados ganha-ganha”.
A agência de notícias estatal chinesa Xinhua descreveu as negociações como “construtivas, sinceras e eficientes”, mas com divergências que permanecem “relativamente grandes”.
Pessoas familiarizadas com as negociações disseram na sexta-feira que o governo Trump traçou uma estratégia firme, exigindo um corte de 200 bilhões de dólares no superávit comercial chinês com os EUA e tarifas significativamente mais baixas.
A longa lista de demandas foi apresentada a Pequim antes do início das negociações, na quinta e na sexta-feira, para tentar evitar uma guerra comercial prejudicial entre as duas maiores economias do mundo.
Um comunicado da Casa Branca divulgado na sexta-feira disse que a delegação dos EUA, liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, “manteve discussões francas com autoridades chinesas sobre o reequilíbrio das relações econômicas bilaterais entre Estados Unidos e China, melhorando a proteção da propriedade intelectual pela China e identificando políticas que aplicam injustamente transferência de tecnologia”.
Reportagem de Norihiko Shirouzu e Pei Li
EUA. CHINA. REUTERS. 4 DE MAIO DE 2018. Delegação de Trump exige que China reduza superávit comercial em U$200 bi e corte tarifas
Por David Lawder e Sue-Lin Wong
WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endureceu nas negociações comerciais com a China, exigindo um corte de 200 bilhões de dólares no superávit comercial chinês com os EUA e uma redução acentuada de tarifas e subsídios a tecnologias avançadas, disseram pessoas a par das conversas nesta sexta-feira.
A longa lista de exigências foi apresentada a Pequim antes do início das conversas de quinta e sexta-feira entre autoridades de primeiro escalão das duas partes para tentar evitar uma guerra comercial danosa entre as duas maiores economias do mundo.
Um comunicado da Casa Branca não mencionou demandas específicas, mas disse que a delegação norte-americana teve “debates francos com autoridades chinesas sobre o reequilíbrio do relacionamento comercial bilateral Estados Unidos-China, aprimorando a proteção de propriedade intelectual da China e identificando políticas que impõem transferências de tecnologia injustamente”.
O comunicado não deu nenhuma indicação de que Trump recuará em sua ameaça de impor tarifas sobre até 150 bilhões de dólares de bens chineses devido a alegações de roubo de propriedade intelectual.
A delegação está voltando a Washington para informar Trump e “buscar sua decisão sobre os próximos passos”, disse a Casa Branca, acrescentando que o governo chegou a um “consenso” sobre uma “atenção imediata” a uma mudança no relacionamento comercial e de investimentos entre as duas nações.
A agência de notícias estatal chinesa Xinhua relatou que as conversas foram “francas, eficientes e construtivas”, mas com desentendimentos que continuam “relativamente grandes”.
As ameaças de tarifas abalaram os mercados nas últimas semanas, mas o desfecho inconclusivo das negociações em Pequim não ajudou a conter um ímpeto de compra de ações nos EUA, incitado por dados do emprego que amenizaram os temores de um aumento de juros mais acelerado do Banco Central. As ações encerraram com queda de 0,5 por cento em Xangai, enquanto em Hong Kong caíram 1,3 por cento.
Trump disse a repórteres em Washington que está determinado a levar justiça ao comércio EUA-China.
“Faremos algo de um jeito ou de outro com respeito ao que está acontecendo na China”, afirmou, acrescentando que tem “grande respeito” pelo presidente chinês, Xi Jinping. “É por isso que estamos sendo tão legais, porque temos um ótimo relacionamento”.
Durante as conversas, Pequim pediu que os EUA suavizem as sanções rigorosas impostas à fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicação ZTE, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Os funcionários trocaram opiniões sobre a proteção da propriedade intelectual, a expansão das exportações dos EUA e o comércio de serviços bilateral, noticiou a Xinhua, sem dar indícios sobre quais ações podem ser adotadas, mas dizendo que os dois lados se comprometeram a resolver suas desavenças comerciais através do diálogo.
COMÉRCIO EXTERIOR
CNI. SEMINÁRIO SOBRE O PROPRIEDADE INTELECTUAL
O Seminário é uma iniciativa do Programa de Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Evento: 2º Seminário de Propriedade Intelectual
Tema: Políticas Públicas e Perspectivas Internacionais
Data: 8 de maio de 2018
Horário: 9h às 17h
Local: Hotel Maksoud Plaza – Rua São Carlos do Pinhal, 424 – Bela Vista, São Paulo
CNI. 04/05/2018. PROPRIEDADE INTELECTUAL. Brasil pode liderar caminho para que outros países da América Latina se tornem membros do Protocolo de Madri. Para a diretora de Marcas da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), Binying Wang, adesão ao tratado impulsiona a integração regional e a cooperação para fortalecer os direitos de propriedade intelectual, além do desenvolvimento econômico
Estreitar os caminhos para a entrada em novos mercados internacionais é um dos benefícios que a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri vai possibilitar a titulares de marcas e empresas do país. O grupo já conta com China, Estados Unidos, União Europeia, Índia, Rússia e Japão. Da América Latina, já são três membros: Cuba, Colômbia e México. A expectativa é que a adesão brasileira ao grupo aconteça até o fim de 2018.
Um dos assuntos do 2º Seminário de Propriedade Intelectual – iniciativa do Programa de Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – o Protocolo de Madri é um tratado internacional que permite a internacionalização do registro de marcas em vários países. O sistema diminui a burocracia e os custos com registro de marcas no exterior.
Em entrevista à Agência CNI de Notícias, Binying Wang, diretora de Marcas da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em Genebra, na Suíça, faz um panorama da importância do Protocolo de Madri e explica porque acredita que tratados internacionais como esse ajudam a consolidar sistemas locais de propriedade intelectual. Veja na entrevista, a seguir:
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como você define, de um modo geral, o Protocolo de Madri?
BINYING WANG – O Protocolo de Madri é o tratado multilateral que sustenta o Sistema de Madri, por meio do qual os titulares de marcas podem obter proteção em até 101 membros do tratado, abrangendo 117 países, com um pedido internacional em um idioma, e pagando as taxas correspondentes em uma moeda. Além disso, o Sistema de Madri permite que titulares de marcas centralizem o gerenciamento de seu portfólio de marcas, submetendo renovações e alterações ao seu registro internacional mantido na OMPI, com efeito em todos os membros do tratado onde a proteção foi solicitada e obtida.
Embora o Sistema de Madri não tenha como objetivo harmonizar as leis de marcas nacionais/regionais, ele se baseia em requisitos de formalidades comuns entre os membros do Sistema. Após uma análise substantiva baseada na legislação interna de cada uma das partes contratantes, uma marca registada por meio do Sistema de Madri tem o mesmo efeito que uma registrada diretamente no escritório nacional/regional correspondente.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Que efeitos você vê para as empresas brasileiras que têm marcas registradas, em termos de registro e proteção dessas marcas no exterior, ao aderirem ao Protocolo de Madri?
BINYING WANG – O Protocolo de Madri fornece a estrutura para uma rota conveniente e econômica para a proteção de marcas no exterior, simplificando o processo de aquisição e gerenciamento de direitos de marcas em vários países. O Brasil já é um líder mundial em atividade de registro de marcas.
Em 2016, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) recebeu mais de 166 mil pedidos, ocupando a 12ª posição no mundo. Desses pedidos, quase 138.000 foram feitos por residentes. Em contraste, os brasileiros apresentaram menos de 5.000 pedidos de registro de marcas no exterior. Pode-se inferir que, enquanto os brasileiros reconhecem a importância do registro de marca em sua estratégia de negócios doméstica, há impedimentos para expandir seus portfólios de marcas para os mercados internacionais.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Qual seria, portanto, uma das principais vantagens para o Brasil ao aderir ao Protocolo?
BINYING WANG – A adesão ao Sistema de Madri proporciona aos titulares de marcas e às empresas brasileiras um caminho facilitado para entrar em novos mercados internacionais, incluindo algumas das maiores economias do mundo. 75% do Grupo G20 das principais economias avançadas e emergentes agora fazem parte do Sistema de Madri, incluindo Estados Unidos, China, União Europeia, Índia, Japão e Rússia e, no geral, os membros do Protocolo Madri representam mais de 80% do comércio global.
É provável que esses números aumentem no curto prazo com a adesão esperada de países como Canadá, Malásia e África do Sul, para citar alguns. Além disso, a redução das barreiras comerciais produz, em última análise, o aumento das receitas comerciais e o crescimento econômico sustentável.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – É possível citar exemplos bem sucedidos de usos do Protocolo e Madri por países em desenvolvimento?
BINYING WANG – O número de pedidos via Sistema Madri cresceu por oito anos consecutivos, com alguns dos avanços mais notáveis em países em desenvolvimento, como China, Turquia e Rússia, que também estão entre os maiores usuários sistema. Por exemplo, em 2017, a China ficou em terceiro lugar com 5.230 pedidos internacionais, representando um aumento de 36,3% em relação ao ano anterior, enquanto a Rússia ficou em décimo com 1.460 pedidos internacionais, que foram 23,6% maiores do que em 2016. Esses números assumem novas proporções quando levamos em conta que cada pedido internacional pode abranger muitas classes de produtos ou serviços e designar vários países.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Para a América Latina, qual é a importância da adesão do Brasil ao Protocolo de Madri?
BINYING WANG – O Brasil será o quarto país latino-americano a aderir ao Protocolo de Madri, depois de Cuba, Colômbia e México. O Brasil poderá liderar o caminho para que outros países da região também considerem se tornar membros. A adesão aos tratados multilaterais que diminuem as barreiras comerciais, como o Protocolo de Madri, promove a integração regional, incluindo a cooperação para fortalecer os direitos de PI, e ajuda a fomentar o desenvolvimento econômico através da facilitação e promoção do comércio intra-regional.
O comércio intra-regional permite que as tecnologias e a inovação atravessem fronteiras, aproveitem alianças comerciais entre países vizinhos e contribuam para o desenvolvimento, a industrialização e o crescimento econômico dentro de uma região.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Você acredita que os tratados internacionais fortalecem os sistemas locais de propriedade intelectual?
BINYING WANG – A adesão ao Protocolo de Madri reforça os sistemas locais de propriedade intelectual. O tratado tem um efeito global positivo sobre a atividade de registro de marcas, facilitando a entrada de novos usuários no local. Isso oferece uma oportunidade para que todos os atores do sistema local, como advogados, agentes de marcas, juízes e funcionários do governo, ofereçam serviços de qualidade e apoiem titulares de marcas e empresários na busca de proteção e enforcement de suas marcas.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Qual seria um exemplo?
BINYING WANG – Por exemplo, depois que as Filipinas aderiram ao Protocolo de Madri, a atividade de registros de marcas aumentou substancialmente. O Instituto Nacional de PI estima que oito dos 10 requerentes que buscam proteção nas Filipinas por meio do Protocolo de Madri não haviam apresentado pedidos neste país nos anos anteriores à sua adesão a este tratado, apoiando a afirmação de que o Sistema de Madri abre sistemas nacionais para depositantes internacionais.
O impacto positivo do Protocolo de Madri sobre a atividade de depósito de marcas por titulares e empreendedores de marcas locais é, muitas vezes, subestimado. Para usar o Sistema de Madri, os proprietários de marcas locais devem solicitar o registro de suas marcas registradas em seu país de origem. A adesão ao Protocolo de Madri aumenta a conscientização sobre os sistemas de proteção de marcas nacionais e internacionais e, provavelmente, incentiva os titulares de marcas interessados nos mercados internacionais a registrarem suas marcas localmente.
Finalmente, a adesão ao Sistema de Madri promove a cooperação em diversas áreas, como tecnologia da informação e comunicação e implementação de normas técnicas. Esses esforços contínuos de cooperação beneficiam os sistemas de administração de marcas de todos os membros do Sistema de Madri e fortalecem seus sistemas locais.
CNI. 07/05/2018. PROPRIEDADE INTELECTUAL. Ausência de potências comerciais no Protocolo de Madri reduz competitividade. Em entrevista à Agência CNI de Notícias, o diretor-adjunto do Instituto Mexicano da Propriedade Industrial (IMPI), Alfredo Rendón Algara, comemora os ganhos da adesão do México ao grupo e destaca a importância econômica do Brasil para a região
Há cinco anos, o México aderiu ao Protocolo de Madri e, ao lado de Cuba e Colômbia, passou a fazer parte do pequeno grupo de países da América Latina que está sob condições diferenciadas quando o assunto é registro de marcas no exterior. Alfredo Rendón Algara, diretor-adjunto do Instituto Mexicano da Propriedade Industrial (IMPI), explica que a incorporação do México trouxe mudanças significativas para o país, sobretudo no que diz respeito ao fomento de exportações de produtos mexicanos de maneira segura.
Na expectativa pela adesão ao Protocolo de Madri até o fim de 2018, o Brasil é lembrado por Algara como um país economicamente relevante na América Latina. Para o diretor-adjunto do IMPI, sem potências comerciais, como o Brasil, no Protocolo de Madri, a competitividade na região fica enfraquecida. No dia 8 de maio, o Protocolo será um dos temas debatidos no 2º Seminário de Propriedade Intelectual – iniciativa do Programa de Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O tratado viabiliza a internacionalização de marcas em vários países. Confira, a seguir, a entrevista de Alfredo Rendón Algara à Agência CNI de Notícias:
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Diante da adesão do Instituto Mexicano da Propriedade Industrial ao Protocolo de Madri, houve um aumento no número de pedidos de marcas?
Alfredo Rendón Algara – Sem dúvida, a adesão do México trouxe uma mudança no Sistema Nacional de Marcas. Com a incorporação do país ao Protocolo, foram recebidos mais pedidos provenientes do exterior. Isso fez com que se abrissem diferentes opções de trabalho dos agentes da propriedade industrial. Seus serviços tiveram que oferecer um maior valor agregado, uma vez que é necessário atender, não apenas os requerimentos nacionais, mas também participar de um sistema internacional mais complexo e com variáveis internacionais.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – O objetivo do Protocolo de Madri é simplificar o registro internacional de marcas. Houve, de fato, um aumento no número de pedidos mexicanos no exterior?
Alfredo Rendón Algara – Sim. Foram apresentados pedidos de empresas nacionais com presença internacional e, como parte do Programa Nacional de Apoio aos Exportadores, foi exigida a utilização do Sistema de Madri, usando o IMPI como escritório de origem, o que impactou diretamente as solicitações recebidas. É importante frisar que, antes da adesão do México, grandes empresas do país usavam seus escritórios no exterior para se beneficiarem do Protocolo.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Que outros benefícios a adesão ao Protocolo de Madri proporcionou para o México?
Alfredo Rendón Algara – O Protocolo de Madri serviu para promover as exportações de produtos mexicanos de maneira segura. Por outro lado, os agentes de propriedade industrial tiveram um campo de trabalho maior ao terem que resolver os pedidos estrangeiros recebidos no México.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Para a América Latina, qual é a importância da adesão de outro país da região – como o Brasil, por exemplo – ao Protocolo de Madri?
Alfredo Rendón Algara – Se observamos um mapa no qual os países membros do Sistema de Madri estão indicados, vemos que a América Latina é a que possui menor número de membros no sistema. Atualmente, apenas três fazem parte dele. Considerando que o Protocolo de Madri é um facilitador de registro de marca, vemos que a nossa região está atrasada em termos de competitividade. Ter um sistema ágil de registro de marcas estimula a comercialização internacional de produtos e serviços. Se considerarmos o Brasil como a maior economia da região, a resposta é simples: a ausência de potências comerciais no sistema freia o comércio e reduz a competitividade na região.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Você crê que a participação em acordos internacionais fortalece o Sistema de Propriedade Intelectual local?
Alfredo Rendón Algara – Sem dúvida, ter regras gerais ou padrões mínimos em termos de propriedade industrial, dá segurança aos usuários e às autoridades nacionais, os acordos comerciais promovem a troca justa de produtos e eliminam possíveis práticas de concorrência desleal.
CNI. 18/04/2018. PROPRIEDADE INTELECTUAL. Adesão ao Protocolo de Madri vai ampliar investimentos nacionais em outros mercados, diz presidente do INPI. Em entrevista à Agência CNI de Notícias, Luiz Otávio Pimentel destacou a expectativa de adesão ao tratado internacional ainda este ano e os benefícios para o Brasil
Reduzir a burocracia e os gastos com registro de marcas no exterior são algumas das vantagens para o Brasil ao aderir ao Protocolo de Madri, que possibilita a internacionalização do registro de uma determinada marca em diversos países. O Protocolo de Madri é um dos assuntos do 2º Seminário de Propriedade Intelectual, uma iniciativa do Programa de Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento acontecerá no dia 8 de maio, em São Paulo.
O Protocolo de Madri, tratado internacional para registro de marcas, foi criado em 1989. Países como Estados Unidos, Rússia, Japão e China já fazem parte do acordo. O Brasil, por sua vez, espera aderir ao grupo até o fim de 2018. A CNI, que apoia a adesão do Brasil ao tratado, entrevistou o presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Luiz Otávio Pimentel. O professor destacou a relevância da adesão do Brasil ao Protocolo de Madri e as principais ações do INPI para que os requisitos de adesão sejam cumpridos. Confira na entrevista, a seguir:
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Qual é a importância da adesão ao Protocolo de Madri para as empresas brasileiras?
LUIZ OTÁVIO PIMENTEL – A adesão, que ainda depende de autorização do Congresso Nacional, será um marco para a internacionalização das marcas brasileiras. Seguindo a diretriz do Governo Federal de reduzir a burocracia e estimular a melhoria do ambiente de negócios, a adesão irá facilitar e impulsionar o registro de marcas brasileiras no exterior, de modo a ampliar os investimentos nacionais em outros mercados.
Além disso, pela facilitação do registro, também haverá um incentivo ao investimento estrangeiro no Brasil, uma vez garantida a proteção das marcas. O assunto está entre as prioridades do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e foi incluído no Planejamento Estratégico do INPI para o período de 2018 a 2021.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como o INPI se prepara para cumprir os requisitos básicos do Protocolo?
LUIZ OTÁVIO PIMENTEL – Para aderir ao Protocolo de Madri, o INPI contratou 60 profissionais, um crescimento de 32%, entre 2016 e 2017, nos exames de marcas. Também foram adotados programas de incentivo à produtividade, como o trabalho remoto e a transferência para unidades regionais do INPI, tendo como critério uma meta mais alta para o examinador. Assim, em 2017, o INPI realizou 258.823 decisões sobre marcas, que representam mais decisões do que solicitações ao ano. A consequência disso é a redução do backlog (estoque de pedidos pendentes de exame nas áreas de patentes, marcas e desenhos industriais), que caiu de 421.941 em 2016 para 358.776 no ano passado.
Também diminuiu o tempo até o registro, que chegou a cerca de 22 meses em fevereiro deste ano (para pedidos sem oposição), aproximando-se do prazo máximo estabelecido pelo Protocolo de Madri, de 18 meses. Dessa forma, estamos perto de alcançar um dos principais requisitos do acordo, o que acontecerá ainda este ano. O apoio do MDIC e da Diretoria de Marcas, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas, do INPI, vêm sendo fundamental para esses resultados.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – E qual é a previsão de adesão?
LUIZ OTÁVIO PIMENTEL – A mensagem referente ao texto do Protocolo de Madri foi enviada pela Presidência da República para o Congresso Nacional no dia 21 de junho do ano passado. Porém, não há prazo definido para a deliberação do Parlamento.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – No contexto internacional, qual é a relevância da entrada do Brasil aos membros do Protocolo?
LUIZ OTÁVIO PIMENTEL – Com a adesão ao Protocolo de Madri, o Brasil passará a integrar um sistema internacional que facilita a proteção, em vários mercados, de ativos fundamentais para as empresas, que são as marcas. Deste modo, existe um estímulo ao investimento dentro deste grupo de países, que inclui, por exemplo, os Estados Unidos, a União Europeia, o Japão, a China, a Índia, a Rússia e a Coreia do Sul.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Em 2016, foi assinado um acordo de cooperação com os países da América do Sul – PROSUL – com o intuito de promover a aceleração de exames de patentes. O senhor acredita que a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri também pode estimular os demais países da região a se associarem ao acordo e, assim, aumentar a cooperação também em marcas?
LUIZ OTÁVIO PIMENTEL – Sim. A participação brasileira será um incentivo para o ingresso de outros países no Protocolo, dentro do contexto de cooperação no ambiente latino-americano. É importante destacar, ainda, que existem outras ações em andamento para estimular a cooperação em marcas no âmbito da América Latina, como a criação de um formulário comum para o registro em todos os países da região.
CNI. 18/03/2013. PROPRIEDADE INTELECTUAL. Propriedade Intelectual: Brasil perto de assinar Protocolo de Madri. Documento é um tratado internacional que unifica o registro de marcas entre os países membros, por meio de um procedimento simplificado
Depois de uma década em discussão, o Brasil avança a passos largos para aderir ao Protocolo de Madri – um tratado internacional que unifica o registro de marcas entre os países membros, por meio de um procedimento simplificado. Como há intenção do governo em aderir, é provável que o tema chegue ao Congresso Nacional ainda este ano.
No início do mês, o Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual aprovou uma recomendação à Câmara de Comércio Exterior para a adesão ao acordo. “Houve um pedido da Casa Civil. O governo tem interesse em aderir ao Protocolo de Madri”, diz o diretor do departamento de fomento à inovação do Ministério do Desenvolvimento, Marcos Vinicius de Souza.
O Protocolo de Madri é um acordo internacional, administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que equivale a depositar um pedido de registro de marca simultaneamente nos diversos escritórios de registro dos países membros do acordo.
Segundo Souza, empresas brasileiras exportadoras pressionam o governo pois se beneficiariam da adesão e, portanto, do trâmite mais rápido para proteger suas marcas. Ele ressalta, no entanto, que será preciso adotar uma ressalva com relação aos prazos previstos no acordo.
“O Protocolo prevê um prazo máximo de tramitação dos pedidos de 24 meses. Houve grandes melhorias no INPI [Instituto Nacional de Propriedade Industrial], mas ainda estamos acima desse prazo, algo como 30 meses. Por isso a ideia é aderir, mas com um prazo de 36 meses para o trâmite administrativo”, explica o diretor de fomento à inovação.
Registre-se que a adesão também importa em outras considerações. Uma das mais significativas é que a Lei de Propriedade Intelectual brasileira não permite o registro de marcas sem que o titular comprove seu uso efetivo e contínuo. Já o Protocolo de Madri admite as “marcas de defesa”, visando proteger a utilização de uma mesma marca de várias formas.
O Brasil considera que tratados internacionais sobre direitos humanos – e questões de propriedade intelectual são entendidas dessa forma – têm status de emenda constitucional. Significa, portanto, que o Protocolo será hierarquicamente superior à Lei de Propriedade Intelectual.
INFRAESTRUTURA
REUTERS. 4 DE MAIO DE 2018. Novo ciclo de aportes em infraestrutura no país pode somar R$2 tri em 8 anos, diz estudo
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - As condições para o Brasil reverter anos de investimentos deficitários em infraestrutura estão mais favoráveis e não seria impraticável que o país atingisse suas metas de aportes de 2,1 trilhões de reais no setor nos próximos oito anos, avaliou um especialista da Grant Thornton, responsável por estudo inédito antecipado à Reuters.
O montante representaria um investimento médio em infraestrutura e energia de 3,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, na hipótese de um aumento médio anual da economia de 3 por cento até 2025.
Esse índice de aportes indicado pela Grant Thornton significaria quase o dobro do percentual do PIB investido em infraestrutura entre 2011 e 2015, segundo dados do Banco Mundial. Os investimentos, estimados pela consultoria com base em planos do próprio governo, seriam mais de duas vezes o total aplicado no setor no Brasil de 2001 a 2015 —que somou 1 trilhão de reais.
“É fundamental que a gente chegue perto desse valor. Apesar de a cifra ser grande, não é infactível, imaginando-se que o Brasil entra em novo ciclo...”, disse à Reuters Paulo Funchal, sócio de Transações da Grant Thornton, ao apresentar o estudo que aponta que o país vem de déficits de centenas de bilhões de reais nos últimos anos no segmento.
De outra forma, sem investimentos adequados, o país poderia parar e enfrentar até escassez de energia elétrica, acrescentou ele, que não acredita nesta hipótese diante na atual conjuntura.
Segundo ele, a retomada da economia, influenciada pela taxa Selic no menor nível histórico (6,5 por cento), a inflação sob controle, uma adequada gestão do déficit fiscal e o estabelecimento da Taxa de Longo Prazo (TJP), em substituição à TJLP, são questões que colaboram para os investimentos em infraestrutura.
Isso sem falar que nos últimos anos o setor tem ganhado cada vez mais participação do segmento privado, com quase 70 por cento do total de investimentos em 2017, e maciços aportes estrangeiros, especialmente da China.
Dos 2,1 trilhões de reais previstos até 2025, o setor de óleo e gás responderá por quase 50 por cento, seguido por energia elétrica (361 bilhões de reais); telecomunicações (338,7 bilhões de reais); saneamento (168,2 bilhões de reais) e logística terrestre (132,6 bilhões) e portuária (51,3 bilhões de reais).
Após o Brasil ter ficado na 114ª posição no mundo em investimentos em infraestrutura em 2017, segundo estudo da companhia de seguros francesa Coface, citado pela Grand Thorton, Funchal demonstra otimismo de que finalmente o Brasil deixe de “perder o bonde” de investimentos em setor tão importante para um país que está entre as dez economias globais, sendo também exportador relevante de commodities.
“Para o Brasil não perder esse momento, as condições econômicas nunca foram tão positivas...”, ressaltou o sócio da Grant Thornton, uma das cinco maiores empresas globais de auditoria e consultoria de investimentos, com atuação em mais de 135 países.
Ele citou ainda as chamadas debêntures de infraestrutura, lançadas há poucos anos, com emissões totais de 9,1 bilhões de reais em 2017. Com juros baixos, disse Funchal, esse instrumento deve ser cada vez mais importante para financiar o setor e pode atingir cerca de 15 bilhões de reais em captações já neste ano.
“Os juros devem viabilizar as debêntures de infraestrutura. Vai ter migração do poupador que utilizava títulos públicos, ele vai buscar melhor rentabilidade nas debêntures...”, disse Funchal, lembrando que o setor de energia tem utilizando bastante esse instrumento.
DE ONDE VEM?
Num país fadado a expandir a liderança global na exportação de commodities como soja e carnes nos próximos anos, investimentos em portos, ferrovias e rodovias —em grande parte ainda não pavimentadas no país— são fundamentais.
E a aposta é de que os estrangeiros, especialmente chineses, que precisam de matérias-primas a custos competitivos, impulsionem os investimentos no país.
“Os chineses vão fazer aquela ferrovia que vai cruzar o país, eles têm visão de longo prazo...”, destacou o especialista.
Além disso, o sócio da Grant Thornton comentou que há grandes empresas estrangeiras querendo adquirir companhias nacionais para desenvolver projetos de infraestrutura.
Ele citou ainda o modelo de parcerias, como o estabelecido entre a chinesa Shandong Kerui Petroleum e a brasileira Método Potencial —em um contrato de quase 2 bilhões de reais para a construção de uma unidade de gás da Petrobras— como alavanca dos investimentos no setor.
Questionado sobre riscos eleitorais, ele comentou que em geral os candidatos a presidente têm uma visão que aponta para a manutenção de controle das contas públicas, um sinal importante de que um processo auspicioso pode continuar.
Por Roberto Samora
TURISMO
MTurismo. PORTAL BRASIL. 05/05/2018. TURISMO. Fluxo. E-visa impulsiona emissão de vistos para turistas estrangeiros. Processo digital reduziu período de processamento dos vistos e aumentou emissão de documentos
Com a digitalização, o processo para emissão de vistos para turistas estrangeiros no Brasil ganhou muito em eficiência. Na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês do ano passado, a quantidade de documentos emitidos aos canadenses subiu 74%; para australianos, o aumento foi de 52%; no caso dos norte-americanos, o incremento foi de 44% e, para japoneses, 25%.
O Ministério do Turismo atribui o crescimento ao sistema eletrônico para a obtenção de vistos (E-visa), que permite que os turistas realizem toda a solicitação do visto pela internet. A redução na burocracia se traduziu em diminuição do tempo para lioberação do documento, que passou de 40 para 3 dias.
Segundo estimativa da Organização Mundial de Turismo, ferramentas como essa podem impulsionar em até 25% a entrada de turistas.
SEGURANÇA E DEFESA
MRE. AIG. NOTA-138. 07 de Maio de 2018. Cooperação em segurança e defesa na América do Sul
O ministro Aloysio Nunes Ferreira determinou a implantação imediata, em todas as embaixadas do Brasil na América do Sul, de setor dedicado ao tratamento dos assuntos de segurança e defesa.
A medida reflete a elevada prioridade atribuída pelo governo brasileiro, e pelo Itamaraty em particular, ao combate aos ilícitos transnacionais e deverá reforçar a cooperação com os países vizinhos, inclusive por meio de maior colaboração operacional entre agências de segurança e inteligência.
Esta providência integra conjunto mais amplo de iniciativas na luta contra os crimes transfronteiriços e constitui expressão concreta da importância atribuída pelo Itamaraty, em articulação com os órgãos competentes do Governo Federal, ao anseio da sociedade brasileira por melhoras prontas e eficazes no campo da segurança pública.
AGRICULTURA / BRASIL - CANADÁ
MAPA. 04/05/2018. Internacional. Brasil avança em negociações para diversificar exportações ao Canadá. Comitiva brasileira tratou da ampliação da pauta de comércio para incluir produtos de maior valor agregado
Novacki no Pavilhão Brasil da feira com expositores e comitiva do Mapa
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, reuniu-se com o ministro parlamentar da Agricultura do Canadá, Jean-CLaude Poissant, nesta quarta-feira, (2), com o objetivo de obter avanços na pauta de exportações brasileiras. Novacki, que lidera missão brasileira ao país, também participou da abertura da Feira SIAL Canadá 2018 e da inauguração do Pavilhão Brasil na feira, que conta com 22 expositores nacionais.
A feira, realizada em Montreal, é o principal evento da indústria de alimentos canadense e porta de entrada para os produtos agropecuários do Brasil na América do Norte.
Na reunião com Poissant, Novacki conversou sobre o propósito de destravar negociações para ampliar as exportações e acelerar a análise canadense para abrir o mercado a produtos brasileiros, principalmente as carnes.
O Brasil negocia a liberação das exportações de carnes há alguns anos com o Canadá, o que deve avançar a partir desta missão, acredita o secretário executivo do Mapa. Questionamentos canadenses que estavam pendentes foram respondidos e a missão recebeu novas demandas das autoridades canadenses. Uma missão técnica canadense deverá ser enviada no segundo semestre deste ano, para avaliar o sistema de carnes bovinas e suínas brasileiras. O Brasil já exporta carne de frango para o Canadá.
A comitiva brasileira também participou de reunião com membros da agência de inspeção de alimentos canadense.
Feira
No Pavilhão Brasil, que foi destaque na mídia local, os expositores brasileiros ofereceram produtos com valor agregado, demonstrando o potencial que marcas nacionais têm para o exigente mercado canadense, que apresenta uma balança comercial equilibrada com o Brasil, tanto no setor agropecuário quanto na pauta de exportações como um todo. Há expectativa de ampliação das exportações de frutas, mel e própolis, entre outros produtos.
Segundo o diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias do MAPA, Alexandre Pontes, que integra a missão, as negociações envolveram promoção comercial, remoção de barreiras, cooperação e atração de investimentos.
As próximas missões do MAPA são na feira SIAL Xangai, na China, e a reunião geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em Paris, quando o Brasil receberá o certificado de país livre de aftosa com vacinação, além de Austrália e Nova Zelândia, que serão chefiadas pelo ministro Blairo Maggi. Novacki ainda irá a missões na Argélia, no Egito e nos Estados Unidos.
Para o presidente da câmara de comércio Brasil-Canadá, Paulo de Castro Reis, o apoio do governo brasileiro a eventos como esse é fundamental para que as empresas brasileiras tenham acesso a outros mercados. Reis lembra que “dirigentes de segmentos do agronegócio interessados no comércio com o Canadá podem procurar a Câmara de Comércio Brasil-Canadá pelo endereço na internet www.ccbc.org.br”.
AGRICULTURA / BRASIL - EUA
MAPA. 04/05/2018. Maggi espera que EUA reabra importação de carne bovina até fim do semestre. Uma missão técnica viajará ao país nos próximos dias e todos os questionamentos já foram respondidos, de acordo com o ministro
Em viagem a Ribeirão Preto (SP), onde visitou a feira agropecuária Agrishow, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), declarou que espera a retomada das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos até o fim deste semestre. “Uma missão de técnicos irá na semana seguinte para aos Estados Unidos e creio que será a última. Todos os documentos, todos os questionários e pedidos foram respondidos. Então, nessa viagem que nossos técnicos farão, espero que a gente consiga resolver os problemas. Minha expectativa é de que a gente volte até o final deste semestre a exportar carne para os Estados Unidos. É o nosso desejo e estamos trabalhando para isso”.
A suspensão ocorreu em junho do ano passado, sob a alegação de presença de nódulos decorrentes de aplicação de vacina contra a aftosa.
Sobre o mercado europeu, falou também durante entrevista à imprensa, no local: “Como todos sabem, houve um deslistamento que vai vigorar a partir do dia 15. Depois disso, as empresas embargadas não poderão mais exportar para lá até que consigamos reabilitá-las. Já estamos em negociação para trazê-los de volta. Então, vamos deixar bem claro, não foi o Brasil que foi retirado do mercado, mas algumas empresas brasileiras. É claro que farão muita falta. Isso acabou reduzindo os preços com o aumento da oferta internamente e a cadeia sofre como um todo”.
O ministro lembrou que apesar da alegação da presença de salmonella nas carnes de aves, a comunidade europeia, na verdade está defendendo interesse dos produtores locais. “O que a Europa está fazendo conosco, não é por uma questão de saúde humana, nem animal. A restrição de mercado se deu pela grande atuação que o Brasil tem lá. E os produtores europeus não querem a presença do Brasil, querem uma presença menor, para que tenham preços mais altos”.
E acrescentou que junto sua equipe tem trabalhado muito desde que assumiu o ministério pela abertura de novos mercados para os produtos do agro brasileiro. “Sempre tive a intenção de abertura, de ampliar novos mercados, porque o Brasil tem uma produção muito grande e depende muito da exportação”. Mas a ideia, segundo Maggi, é de reaproximação com a UE, mostrando todas as mudanças legais e de retirada de influências político partidárias em assuntos do ministério relacionados à fiscalização sanitária.
Plano Safra
O ministro admitiu durante conversa com jornalistas que a renegociação recente de dívidas do Funrural, que gerou impacto nas contas públicas, poderá influenciar a definição do volume de recursos e da taxa de juros do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019. “Todos nós sabemos que, com a Lei do Teto de Gastos, o volume de recursos destinados para o setor é o mesmo do ano passado. E esse foi um problema extra que apareceu”. Maggi adiantou que na próxima terça-feira o assunto será debatido em reunião com o presidente do Banco Central, Ilan Golfajn.
Homenagem
Blairo Maggi recebeu placa com homenagem da Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, que foi entregue pelo atual secretário e ex-superintendente federal do Mapa em SP, Francisco Jardim
________________
LGCJ.: