ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
MERCADO DE TRABALHO
IBGE. 17/05/2018. PNAD Contínua tri: taxa de subutilização da força de trabalho é de 24,7% no primeiro tri de 2018
No primeiro trimestre de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial) subiu para 24,7%, o que representa 27,7 milhões de pessoas. Essa é a maior taxa de subutilização na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. O contingente de subutilizados também é o maior da série histórica.
Bahia (40,5%), Piauí (39,7%), Alagoas (38,2%) e Maranhão (37,4%) apresentaram as maiores taxas de subutilização e as menores taxas foram em Santa Catarina (10,8%), Rio Grande do Sul (15,5%), Mato Grosso (16,0%) e Paraná (17,6%).
A taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2018 no Brasil, divulgada em 27/04, foi de 13,1%. Em relação ao 4º trimestre de 2017, a taxa de desocupação subiu em todas as regiões: Norte (de 11,3% para 12,7%), Nordeste (de 13,8% para 15,9%, as maiores entre as cinco regiões), Sudeste (de 12,6% para 13,8%), Sul (de 7,7% para 8,4%) e Centro-Oeste (de 9,4% para 10,5%). Na comparação anual, a taxa recuou em todas as regiões.
No 1º trimestre de 2018, as maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram: Amapá (21,5%), Bahia (17,9%), Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e Maranhão (15,6%). As menores taxas foram de Santa Catarina (6,5%): Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).
O contingente de desalentados, no primeiro tri de 2018, foi de 4,6 milhões de pessoas, o maior da série histórica. No último tri de 2017, esse contingente era de 4,3 milhões de pessoas. A taxa de desalento, no primeiro tri de 2018 ficou em 4,1% da força de trabalho ampliada do Brasil, a maior da série histórica. Entre as unidades da federação, Alagoas tinha a maior taxa de desalento (17,0%) e Rio de Janeiro e Santa Catarina, a menor (0,8%, ambos).
Os menores percentuais de empregos (exceto domésticos) com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada, estavam nas regiões Nordeste (59,7%) e Norte (62,9%) e o maior, no Sul (83,3%).Apenas o Norte apresentou expansão dessa proporção em relação ao 1º trimestre de 2017 (de 59,9% para 62,9%), enquanto as demais registraram queda.
No Norte (32,4%) e no Nordeste (29,0%) o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. Já as Regiões Sudeste (70,5%) e Centro-Oeste (70,1%) apresentaram participação maior de empregados.
Contingente de desalentados no Nordeste corresponde a 60,6% do total nacional
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Ela faz parte da força de trabalho potencial.
No Brasil, no primeiro trimestre de 2018, essa população chegou a 4,6 milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012. Do total de desalentados do país, 60,6% estavam no Nordeste (2,8 milhões e pessoas). Entre as unidades da federação, os maiores contingentes estavam na Bahia (805 mil) e Maranhão (430 mil).
A taxa de desalento, no primeiro trimestre de 2018 ficou em 4,1% da força de trabalho ampliada do Brasil, 0,2 p.p. acima da observada no último trimestre de 2017. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desalento fora em Alagoas (17,0%) e Maranhão (13,3%), e as menores no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, (0,8%, ambos).
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somadas às pessoas desocupadas) foi de 19,1%, no primeiro trimestre de 2018, o que representa 6,2 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 13,7 milhões de desocupados. Essa taxa foi a maior da série histórica, iniciada em 2012 (15,3%). No 4º trimestre de 2017, para Brasil, essa taxa foi de 18,0% e no primeiro trimestre de 2017, de 18,8%.
A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 19,2% no primeiro trimestre de 2018, o que representa 21,5 milhões de pessoas. No 4º trimestre de 2017, essa taxa foi de 17,8% e no primeiro trimestre do ano passado, 19,3%.
Medidas de Subutilização da força de trabalho - série histórica - Brasil (%) | ||||||
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Trimestres | Taxa de desocupação | Taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas | Taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial | Taxa total da subutilização da força de trabalho | Taxa de desalento da força de trabalho ampliada | |
2012 | 1T | 7,9 | 15,3 | 14,0 | 20,9 | 1,9 |
2T | 7,5 | 14,1 | 12,7 | 18,9 | 1,9 | |
3T | 7,1 | 12,7 | 11,7 | 17,1 | 1,9 | |
4T | 6,9 | 12,3 | 11,5 | 16,7 | 1,9 | |
2013 | 1T | 8,0 | 13,4 | 12,7 | 17,9 | 2,0 |
2T | 7,4 | 12,7 | 11,8 | 16,8 | 1,8 | |
3T | 6,9 | 11,9 | 11,2 | 16,0 | 1,8 | |
4T | 6,2 | 11,1 | 10,2 | 14,9 | 1,6 | |
2014 | 1T | 7,2 | 11,8 | 11,1 | 15,6 | 1,5 |
2T | 6,8 | 11,3 | 10,6 | 14,9 | 1,4 | |
3T | 6,8 | 11,3 | 10,5 | 14,8 | 1,4 | |
4T | 6,5 | 11,2 | 10,4 | 14,9 | 1,5 | |
2015 | 1T | 7,9 | 12,8 | 11,9 | 16,5 | 1,6 |
2T | 8,3 | 13,5 | 12,2 | 17,2 | 1,6 | |
3T | 8,9 | 14,4 | 12,8 | 18,0 | 1,8 | |
4T | 9,0 | 13,0 | 13,5 | 17,3 | 2,5 | |
2016 | 1T | 10,9 | 15,0 | 15,4 | 19,3 | 2,7 |
2T | 11,3 | 16,0 | 16,4 | 20,9 | 3,0 | |
3T | 11,8 | 16,5 | 16,8 | 21,2 | 3,3 | |
4T | 12,0 | 17,2 | 17,4 | 22,2 | 3,5 | |
2017 | 1T | 13,7 | 18,8 | 19,3 | 24,1 | 3,7 |
2T | 13,0 | 18,6 | 18,5 | 23,8 | 3,6 | |
3T | 12,4 | 18,5 | 18,3 | 23,9 | 3,8 | |
4T | 11,8 | 18,0 | 17,8 | 23,6 | 3,9 | |
2018 | 1T | 13,1 | 19,1 | 19,2 | 24,7 | 4,1 |
Fonte: PNAD Contínua |
Amapá tinha a maior taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2018
No Brasil, a taxa de desocupação, no 1º trimestre de 2018, foi estimada em 13,1%. Este indicador cresceu 1,3 p.p. em relação ao 4º trimestre de 2017 (11,8%). Quando comparada com o 1º trimestre de 2017 (13,7%), houve redução de 0,6 ponto percentual.
Ao longo de toda série, o Nordeste apresenta as maiores taxas de desocupação, tendo registrado, no 1º trimestre de 2018, uma taxa de 15,9%. A região Sul teve a menor taxa (8,4%). Frente ao 4º trimestre de 2017, a taxa de desocupação aumentou em todas as regiões. O Nordeste teve a variação mais alta (2,1 p.p.) e o Sul, a menor (de 0,7 p.p.). Na comparação anual, este indicador recuou nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste e ficou estável no Nordeste e Sudeste.
As unidades da federação com as maiores taxas de desocupação, no primeiro trimestre de 2018, foram Amapá (21,5), Bahia (17,9%) Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e Maranhão (15,6%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,5%) Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).
Medidas de Subutilização da Força de Trabalho (%) | ||||||||||
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Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação | Taxa de Desocupação | Taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação | Taxa de desocupação e força de trabalho potencial | Taxa total de subutilização da força de trabalho | Taxa de Desalento na força de trabalho ampliada | |||||
1º trimestre | 1º trimestre | 1º trimestre | 1º trimestre | 1º trimestre | ||||||
2017 | 2018 | 2017 | 2018 | 2017 | 2018 | 2017 | 2018 | 2017 | 2018 | |
Brasil | 13,7 | 13,1 | 18,8 | 19,1 | 19,3 | 19,2 | 24,1 | 24,7 | 3,7 | 4,1 |
Norte | 14,2 | 12,7 | 20,2 | 20,0 | 22,0 | 22,1 | 27,4 | 28,6 | 5,0 | 5,9 |
Rondônia | 8,0 | 10,4 | 11,0 | 14,6 | 12,5 | 13,7 | 15,3 | 17,8 | 2,8 | 2,3 |
Acre | 15,9 | 14,4 | 18,9 | 20,5 | 24,6 | 25,0 | 27,3 | 30,3 | 5,6 | 7,5 |
Amazonas | 17,7 | 13,9 | 21,9 | 19,2 | 24,1 | 21,8 | 27,9 | 26,6 | 4,4 | 5,2 |
Roraima | 10,3 | 10,3 | 14,8 | 14,7 | 18,8 | 19,0 | 22,9 | 22,9 | 4,0 | 5,6 |
Pará | 13,8 | 12,2 | 22,2 | 22,2 | 23,1 | 24,1 | 30,6 | 32,7 | 5,7 | 7,2 |
Amapá | 18,5 | 21,5 | 22,8 | 25,5 | 27,0 | 27,8 | 30,9 | 31,5 | 6,6 | 4,3 |
Tocantins | 12,6 | 11,0 | 16,4 | 16,1 | 19,0 | 18,1 | 22,5 | 22,8 | 4,8 | 4,7 |
Nordeste | 16,3 | 15,9 | 25,6 | 26,5 | 26,9 | 27,2 | 35,1 | 36,4 | 8,8 | 9,7 |
Maranhão | 15,0 | 15,6 | 24,6 | 24,5 | 28,2 | 30,0 | 36,4 | 37,4 | 11,2 | 13,3 |
Piauí | 12,6 | 13,2 | 29,7 | 28,3 | 25,7 | 27,0 | 40,3 | 39,7 | 10,1 | 11,2 |
Ceará | 14,3 | 12,8 | 21,8 | 22,0 | 23,2 | 22,5 | 30,0 | 30,6 | 7,2 | 7,2 |
Rio Grande do Norte | 16,3 | 14,9 | 24,8 | 25,1 | 27,2 | 27,4 | 34,6 | 36,1 | 8,9 | 10,1 |
Paraíba | 13,2 | 11,7 | 23,2 | 21,9 | 24,7 | 23,7 | 33,4 | 32,5 | 9,4 | 10,3 |
Pernambuco | 17,1 | 17,7 | 23,6 | 26,6 | 25,8 | 25,9 | 31,6 | 33,8 | 7,6 | 7,1 |
Alagoas | 17,5 | 17,7 | 23,3 | 23,2 | 30,3 | 33,8 | 35,2 | 38,2 | 12,8 | 17,0 |
Sergipe | 16,1 | 17,1 | 26,2 | 29,1 | 25,6 | 25,8 | 34,6 | 36,6 | 8,5 | 8,3 |
Bahia | 18,6 | 17,9 | 29,5 | 30,9 | 29,1 | 29,3 | 38,6 | 40,5 | 8,2 | 9,7 |
Sudeste | 14,2 | 13,8 | 17,8 | 18,1 | 17,5 | 17,3 | 21,0 | 21,4 | 1,8 | 1,9 |
Minas Gerais | 13,7 | 12,6 | 19,4 | 19,2 | 19,0 | 18,3 | 24,4 | 24,4 | 3,2 | 3,4 |
Espírito Santo | 14,4 | 12,5 | 17,3 | 16,4 | 17,6 | 16,3 | 20,3 | 20,0 | 1,6 | 1,8 |
Rio de Janeiro | 14,5 | 15,0 | 16,1 | 17,2 | 16,4 | 16,9 | 17,9 | 19,0 | 0,8 | 0,8 |
São Paulo | 14,2 | 14,0 | 17,7 | 18,0 | 17,2 | 17,1 | 20,5 | 21,0 | 1,5 | 1,5 |
Sul | 9,3 | 8,4 | 12,6 | 12,4 | 12,0 | 11,3 | 15,3 | 15,2 | 1,2 | 1,1 |
Paraná | 10,3 | 9,6 | 14,0 | 14,2 | 13,7 | 13,2 | 17,3 | 17,6 | 1,7 | 1,5 |
Santa Catarina | 7,9 | 6,5 | 9,5 | 8,9 | 9,6 | 8,5 | 11,1 | 10,8 | 0,6 | 0,8 |
Rio Grande do Sul | 9,1 | 8,5 | 13,2 | 12,8 | 11,9 | 11,3 | 15,8 | 15,5 | 1,1 | 1,0 |
Centro-Oeste | 12,0 | 10,5 | 15,1 | 14,3 | 15,4 | 14,8 | 18,3 | 18,4 | 1,5 | 2,1 |
Mato Grosso do Sul | 9,8 | 8,4 | 13,7 | 12,5 | 14,2 | 13,8 | 18,0 | 17,7 | 2,3 | 2,6 |
Mato Grosso | 10,5 | 9,3 | 12,5 | 12,3 | 13,4 | 13,1 | 15,3 | 16,0 | 1,3 | 2,2 |
Goiás | 12,7 | 10,2 | 15,8 | 14,4 | 16,2 | 14,2 | 19,2 | 18,1 | 1,6 | 2,0 |
Distrito Federal | 14,1 | 14,0 | 17,3 | 17,6 | 16,5 | 18,4 | 19,6 | 21,9 | 0,7 | 1,6 |
Fonte: PNAD Contínua |
Regiões Sul e Centro-Oeste têm maior nível da ocupação
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar (nível da ocupação) foi estimado em 53,6% no primeiro trimestre de 2018, o que representa uma redução de 0,9 p.p. em relação ao último trimestre de 2017 (54,5%) e uma expansão de 0,5 p.p. na comparação com o primeiro trimestre do ano passado (53,1%).
As regiões Sul (58,6%) e Centro-Oeste (58,3%) apresentaram os maiores percentuais de pessoas ocupadas entre aquelas em idade de trabalhar, enquanto o Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (45,9%). Em relação ao último trimestre de 2017, houve redução desse indicador em todas as grandes regiões. Já frente ao primeiro trimestre de 2017, apenas a região Sul registrou retração; nas demais regiões, houve expansão.
Os maiores níveis de ocupação foram nos grupos etários de 25 a 39 anos (72,3%) e 40 a 59 (67,1%).
Percentual de trabalhadores por conta própria é maior no Norte e Nordeste
A população ocupada, no primeiro trimestre de 2018, estimada em 90,6 milhões de pessoas, era composta por 67,4% de empregados, 4,8% de empregadores, 25,3% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,5% de trabalhadores familiares auxiliares.
Nas Regiões Norte (32,4%) e Nordeste (29,0%) o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado que as Regiões Sudeste (70,5%) e Centro-Oeste (70,1%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.
Em quatro das cinco regiões, o percentual de empregados com carteira assinada está menor que no primeiro trimestre de 2017
No 1º trimestre de 2018, 75,4% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, 1,2 p.p. a menos que no 1º trimestre de 2017. Entre os trabalhadores domésticos, 30,0% tinham carteira de trabalho assinada; no mesmo trimestre do ano passado essa proporção era de 31,5%. As regiões Norte (62,9%) e Nordeste (59,7%) apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões. Por outro lado, a Região Sul (83,3%) atingiu o maior patamar. Em relação ao 1º trimestre de 2017, houve alta dessa estimativa apenas na região Norte (de 59,9% para 62,9%), e queda nas demais.
Mulheres permanecem minoria na população ocupada
No primeiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria na população em idade de trabalhar tanto no Brasil (52,4%), quanto em todas as grandes regiões. Porém, entre as pessoas ocupadas, houve predominância de homens no Brasil (56,5%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte (60,3%). Ao longo da série histórica da pesquisa este quadro não se alterou significativamente.
O nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 63,6% e o das mulheres, em 44,5%, no primeiro trimestre de 2018. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (22,7 pontos percentuais), e para o Sudeste, que apresentou a menor diferença (18,2 pontos percentuais).
Já na população desocupada, no primeiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria (50,9%). Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens, a exceção foi a Região Nordeste (47,3%). Na Região Centro-Oeste, o percentual das mulheres foi o maior, elas representavam 52,8% das pessoas desocupadas.
A taxa de desocupação total do Brasil para o primeiro trimestre de 2018 foi de 13,1%, mas com diferenças significativas para homens (11,6%) e mulheres (15,0%). Esse comportamento foi observado nas cinco Grandes Regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (65,2%) quanto em todas as análises regionais.
Taxas de desocupação dos pretos (16,0%) e dos pardos (15,1%) superam a dos brancos (10,5%)
O contingente dos desocupados no Brasil, no 1º trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população, com brancos (40,2%) e pretos (10,2%) a seguir. No 1º trimestre de 2018, esse contingente subiu para 13,7 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 52,6%; a dos brancos se reduziu para 35,2% e dos pretos subiu para 11,6%.
A taxa de desocupação, no primeiro trimestre de 2018, dos que se declararam brancos (10,5%) ficou abaixo da média nacional (13,1%), enquanto a dos pretos (16,0%) e a dos pardos (15,1%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,7%; a dos pardos a 9,1%, e a dos brancos era 6,6%.
No 1º trimestre de 2018, os pardos representavam 48,1% da população fora da força, seguidos pelos brancos (42,5%) e pelos pretos (8,4%).
Rendimento médio permanece estável em todas as regiões
No 1º trimestre de 2018, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.169. Houve estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.173) como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.169). Houve estabilidade estatística do rendimento médio em todas as regiões nesses dois tipos de comparação.
27,7 milhões de pessoas estão subutilizadas na força de trabalho do país
A subutilização da força de trabalho chegou a 24,7% no 1º trimestre de 2018, atingindo 27,7 milhões de pessoas. Esta é a taxa mais alta da série iniciada em 2012. Os dados da Pnad Contínua Trimestral, divulgados hoje pelo IBGE, mostram ainda que o desalento também atingiu os maiores níveis da série, com um contingente de 4,6 milhões de pessoas e uma taxa de 4,1%.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho agrega os desempregados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial. Já o desalento, que faz parte da força de trabalho potencial, engloba as pessoas que estavam fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguiam trabalho, ou não tinham experiência, ou eram muito jovens ou idosas, ou não encontraram trabalho na localidade – e que, se tivessem conseguido trabalho, estariam disponíveis para assumir a vaga.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, explica que apesar de o número de desempregados ter caído 3,4% em relação ao 1º trimestre de 2017, a população subocupada cresceu 17,8%, e a força potencial, 10%. “Mas o que puxou, principalmente, a taxa de subutilização da força de trabalho foi a população desalentada, que passou de 4,1 milhões para 4,6 milhões, um aumento de 12,4%”, declarou.
Segundo Cimar, apesar da redução do desemprego observada em relação ao 1º trimestre de 2017, o cenário é preocupante, pois “essa redução do desemprego se dá em função do aumento das outras formas de subutilização. Isso mostra o quão importante é levantar essas medidas, ainda mais quando sabemos que o perfil das pessoas desalentadas está focado entre a população de baixa renda, jovens, pretos e pardos”, comenta.
Entre os estados, a Bahia apresentou a maior taxa de subutilização (40,5%) e Santa Catarina, a menor (10,8%), no primeiro trimestre. Alagoas registrou a maior taxa de desalento (17,0%), e Santa Catarina e Rio de Janeiro, as menores (0,8% ambos). Cimar destacou, ainda, que a população subutilizada chegou a crescer, em um ano, 21% em Rondônia, 14% no Distrito Federal e 10% em Pernambuco. “No Distrito Federal, o desalento cresceu 123%”, ressaltou.
No trimestre, taxa de desocupação cresce em todas as grandes regiões
A taxa de desocupação no Brasil, divulgada em 27/04, foi de 13,1%. Em relação ao 4º trimestre de 2017, a taxa de desocupação subiu em todas as regiões: Norte (de 11,3% para 12,7%), Nordeste (de 13,8% para 15,9%, as maiores entre as cinco regiões), Sudeste (de 12,6% para 13,8%), Sul (de 7,7% para 8,4%) e Centro-Oeste (de 9,4% para 10,5%). Na comparação anual, a taxa recuou em todas as regiões. Amapá (21,5) e Bahia (17,9%) foram os estados com a maior taxa de desocupação. As menores foram registradas em Santa Catarina (6,5%) e Mato Grosso do Sul (8,4%).
Já a população ocupada no 1º trimestre de 2018 foi estimada em 90,6 milhões de pessoas, e era composta por 67,4% de empregados, 4,8% de empregadores, 25,3% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,5% de trabalhadores familiares auxiliares.
Cimar destacou ainda que, em relação ao 1º trimestre de 2017, o número de pessoas que trabalharam por conta própria aumentou significativamente em dez unidades da federação. “Isso denota uma precarização do mercado. Entre essas regiões, estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estados economicamente fortes”, conclui. As outras unidades da federação que tiveram aumento foram Acre, Rondônia, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazonas.
Repórter: Irene Gomes
Imagem: Gabriel Jabur/Agência Brasília
Arte: Helga Szpiz
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21246-pnad-continua-tri-taxa-de-subutilizacao-da-forca-de-trabalho-e-de-24-7-no-primeiro-tri-de-2018.html
TAXA BÁSICA DE JUROS SELIC
BACEN. 16/05/2018. Copom mantém taxa Selic em 6,50% a.a.
O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 6,50% a.a.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
Os últimos indicadores de atividade econômica mostram arrefecimento, num contexto de recuperação consistente, mas gradual, da economia brasileira;
O cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes;
O Comitê julga que o comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis ainda baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária;
As expectativas de inflação para 2018 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,5%. As expectativas para 2019 e 2020 situam-se em torno de 4,0%; e
No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,6% para 2018 e de 3,9% para 2019. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2018 em 6,25% a.a. e 2019 em 8,0% a.a. e de taxa de câmbio que termina 2018 e 2019 em R$/US$ 3,40. No cenário com juros constantes a 6,50% a.a. e taxa de câmbio constante a R$/US$ 3,60*, as projeções situam-se em torno de 4,0% para 2018 e 2019.
O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, a (i) possível propagação, por mecanismos inerciais, do nível baixo de inflação pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado. Por outro lado, (ii) uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de (iii) continuidade da reversão do cenário externo para economias emergentes. Esse último risco se intensificou desde o último Copom.
O Copom entende que deve pautar sua atuação com foco na evolução das projeções e expectativas de inflação, do seu balanço de riscos e da atividade econômica. Choques externos devem ser combatidos apenas no impacto secundário que poderão ter na inflação prospectiva (i.e. na propagação a preços da economia não diretamente afetados pelo choque). Esses choques, entretanto, podem alterar o balanço de riscos ao reduzir as chances de a inflação ficar abaixo da meta no horizonte relevante, por meio de seus possíveis efeitos secundários.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela manutenção da taxa básica de juros em 6,50% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete a mudança recente no balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e, em maior grau, de 2019.
O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.
O Comitê enfatiza que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural. As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê.
Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e, principalmente, do balanço de riscos tornou desnecessária uma flexibilização monetária adicional para mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas. Para as próximas reuniões, o Comitê vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente. O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Carlos Viana de Carvalho, Carolina de Assis Barros, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
* Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do Copom.
PRÉVIA DO PIB
BACEN. IBGE. PORTAL G1. 16/05/2018. 'Prévia' do PIB do Banco Central indica que economia brasileira recuou 0,13% no 1º trimestre. Resultado negativo é o primeiro, na comparação com trimestre anterior, desde o 4º trimestre de 2016. IBC-Br foi criado para tentar antecipar resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Ver também em e-Gonomics: http://e-gonomics.blogspot.ca/2018/05/us-economics-cryptocurrencies-fed.html
A economia brasileira registrou retração de 0,13% no primeiro trimestre de 2018, indica o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma espécie de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (16).
O recuo de 0,13% entre janeiro e março deste ano foi verificado na comparação com o quarto trimestre de 2017 (outubro a dezembro). O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes de um ano
Veja abaixo o vídeo "E eu com isso?" explicando o IBC-Br e como isso afeta as pessoas.
Quando a comparação é feita com o resultado do primeiro trimestre de 2017, porém, o IBC-Br do primeiro trimestre de 2018 indica alta de 0,86% (sem ajuste sazonal).
A retração registrada no primeiro trimestre de 2018 é a primeira desde o quarto trimestre de 2016, quando o IBC-Br apontou recuo de 0,78% na economia.
Evolução do IBC-Br
Em %, na comparação com trimestre anterior
4º Tri/2016
-0,78
-0,78
Fonte: Banco Central
O IBC-BR é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números oficiais do PIB do primeiro trimestre serão divulgados no dia 30 de maio.
O cálculo do IBC-Br é um pouco diferente do usado no PIB. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
Além disso, o IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. O crescimento ou desaceleração da economia influenciam na inflação, que o Banco Central busca controlar por meio da taxa Selic.
Ano de 2017 e expectativas
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2017, o PIB teve uma alta de 1%, após dois anos consecutivos de retração.
Os indicadores do primeiro trimestre de 2018, porém, indicaram um desempenho da economia pior que o esperado. Por conta disso, economistas baixaram suas projeções para o desempenho do PIB no período.
Para todo este ano, o governo ainda mantém a estimativa de alta de 3% para o PIB, mas pode revisar para baixo este número na próxima semana, quando será divulgado o relatório de receitas e despesas do Orçamento.
Devido à piora nos indicadores, o mercado já tem baixado sistematicamente sua previsão para o crescimento da economia em 2018. Na mais recente consulta feita pelo Banco Central, os economistas de instituições financeiras revisaram de 2,70% para 2,51% a estimativa de alta do PIB neste ano.
Março e resultado em 12 meses
Os dados do BC mostram que, somente em março, o IBC-Br registrou queda de 0,74%, contra fevereiro. Neste caso, a comparação foi feita após ajuste sazonal, considerada mais apropriada por analistas.
Quando a comparação é feita com março do ano passado (sem ajuste sazonal, pois são períodos iguais), houve uma queda de 0,66%, de acordo com o Banco Central.
Na parcial de 12 meses até março, a prévia do PIB do Banco Central registrou crescimento de 1,05%. O Banco Central divulga esse indicador somente sem ajuste sazonal.
MERCADO DE CÂMBIO
BACEN. PORTAL G1. REUTERS. 16/05/2018. Dólar fecha em alta pelo quarto dia seguido, no maior valor em mais de 2 anos. A moeda dos EUA subiu 0,47%, vendida a R$ 3,679, após chegar a R$ 3,6955 na máxima do dia. Já o dólar turismo era negociado a R$ 3,84.
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (16), se aproximando do patamar de R$ 3,70, no quarto dia seguido de valorização, no maior valor desde abril de 2016.
A moeda dos EUA subiu 0,47%, vendida a R$ 3,679, após chegar a R$ 3,6955 na máxima do dia. Já o dólar turismo era negociado a R$ 3,84.
Variação do dólar em 2018
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
13/4
● dólar comercial: 3,4272
● dólar comercial: 3,4272
Fonte: Valor PRO
Os investidores seguem de olho no cenário externo, onde havia temores de mais altas de juros que o esperado nos Estados Unidos neste ano, influenciando no fluxo global de recursos.
O rendimento do Treasury (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) de 10 anos cedia nesta quarta, mas ainda acima do nível de 3%, o que ajudava a pressionar a moeda norte-americana, destaca a Reuters.
"A intenção do banco central norte-americano em continuar com seu gradualismo na condução da política monetária ainda gera muitas dúvidas... Consenso mesmo é que o Fed deve anunciar seu segundo aumento do juro em junho", afirmou a Advanced Corretora em relatório.
Na véspera, os dados de vendas do varejo norte-americano elevaram as apostas para três novas altas de juros neste ano, somando-se à que foi feita em março pelo Federal Reserve.
Mas, nesta quarta-feira, os dados da produção industrial de abril, embora tenham vindo mais fortes do que as projeções, trouxe revisões em baixa dos números de meses passados.
Cenário local
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve promover, nesta quarta, um novo corte no juro básico da economia, a Selic, de 6,5% ao ano para 6,25% ao ano, de acordo com aposta que é quase consenso entre os analistas do mercado financeiro. A previsão dos economistas no novo corte ocorre apesar da disparada do dólar nas últimas semanas, que pode pressionar a inflação no Brasil.
Alta de mais de 10% no acumulado no ano
No ano, o dólar acumula até o fechamento do pregão da véspera alta de 10,51%. A disparada do dólar no Brasil acontece diante da incerteza eleitoral e do temor de que os juros nos Estados Unidos subam mais que o esperado neste ano.
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.
Interferência do BC no câmbio
O Banco Central brasileiro realizou e vendeu nesta sessão a oferta integral de até 5 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Com isso, já colocou o equivalente a US$ 750 milhões adicionais no mercado.
A autoridade também vendeu a oferta integral de até 4.225 de swaps para rolagem do vencimento de junho. Dessa forma, já rolou 3,96 bilhões de dólares do total de US$ 5,650 bilhões que vencem mês que vem.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.
MERCADO ACIONÁRIO
BOVESPA. PORTAL G1. REUTERS. 17/05/2018. Bovespa recua 1% nesta quinta-feira; Vale puxa queda. Na véspera, o Ibovespa subiu 1,65%, a 86.536 pontos.
O principal índice de ações da bolsa brasileira (B3) recuava na manhã desta quinta-feira (17), diante de quadro misto nos mercados globais e com as ações da Vale exercendo uma das maiores pressões de baixa.
Às 11h03 o Ibovespa caía 1,45%, a 85.283 pontos.
Na véspera, o Ibovespa subiu 1,65%, a 86.536 pontos.
Perto do mesmo horário, Vale ON recuava 1,48%. Petrobras PN caía 0,95% e Petrobras ON tinha baixa de 0,41%.
Ibovespa em 2018
Pontuação de fechamento
20/3
● : 84.136
● : 84.136
Fonte: B3
ÁSIA. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. Índices acionários da China recuam com cautela por negociações comerciais com EUA
XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários da China recuaram nesta quinta-feira com os investidores retomando a cautela em meio a negociações comerciais com os Estados Unidos em Washington.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,73 por cento, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,48 por cento.
Os EUA e a China iniciarão negociações comerciais nesta quinta-feira em uma tentativa de evitar uma guerra comercial, com o maior crítico da China na Casa Branca relegado a um papel secundário, disseram na quarta-feira autoridades do governo norte-americano.
O subíndice do setor financeiro recuou 0,53 por cento, o de consumo teve queda de 1,33 por cento, o setor imobiliário caiu 0,57 por cento, enquanto o subíndice de saúde recuou 1,2 por cento.
Já o índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha queda de 0,43 por cento às 7:34 (horário de Brasília). No entanto, as perdas eram limitadas pelo avanço dos mercados acionários norte-amerianos na quarta-feira, liderados pelos papéis de varejo e tecnologia.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,53 por cento, a 22.838 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,54 por cento, a 30.942 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,48 por cento, a 3.154 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,73 por cento, a 3.864 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,46 por cento, a 2.448 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,59 por cento, a 10.833 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,11 por cento, a 3.536 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,21 por cento, a 6.094 pontos.
ÍNDICES DE PREÇOS
USP. FIPE. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. IPC-Fipe tem variação negativa de 0,01% na 2ª quadrissemana de maio
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou baixa de 0,01 por cento na segunda quadrissemana de maio, contra variação negativa de 0,03 por cento na primeira leitura do mês, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Por Camila Moreira
ENERGIA
PETROBRAS. PORTAL BRASIL. 17/05/2018. ECONOMIA E EMPREGO. Produção de petróleo e gás cresce no mês de abril. Aumento se deve ao término de manutenções e início de produção em plataformas do pré-sal
A Petrobras produziu em abril, incluindo líquidos de gás natural (LGN), 2,68 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2,59 milhões boed produzidos no Brasil e 95 mil boed no exterior. Aqui, a produção média de petróleo foi de 2,09 milhões de barris por dia (bpd), volume 1,0% superior ao de março.
De acordo com a empresa, esse aumento se deve "ao término de manutenções em equipamentos no FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Lula, e ao início de produção do FPSO P-74, localizado no Campo de Búzios, ambas plataformas que operam no pré-sal da Bacia de Santos".
A produção de gás natural, excluído o volume liquefeito, foi de 79,0 milhões de m³/d, 1,2% acima do mês anterior.
Em relação ao exterior, a produção de petróleo foi de 58 mil bpd, 5% abaixo do mês anterior. Já a produção de gás natural foi de 6,3 milhões de m³/d, 1,6% abaixo do volume produzido em março. Segundo a Petrobras, a redução ocorreu em função de manutenções nos campos de Saint Malo e Lucius, nos EUA.
OPEP. ANP. PORTAL G1. REUTERS. AFP. 17/05/2018. Barril de petróleo Brent supera US$ 80 pela 1ª vez desde 2014. Disparada nos preços acontece em meio às incertezas a respeito da produção do Irã e da Venezuela.
O barril de petróleo do tipo Brent superou nesta quinta-feira (17) a barreira de 80 dólares, uma cotação que não registrava desde novembro de 2014, em um mercado tenso pela incerteza a respeito da produção do Irã e da Venezuela.
O preço do barril alcançou US$ 80,18 por volta das 6h50 de Brasília, uma alta de 90 centavos na comparação com o fechamento de quarta-feira, antes de voltar a ser negociado abaixo de US$ 80.
Nos EUA, o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em junho era negociado, às 7h15 de Brasília, a US$ 72,07, uma alta de 58 centavos na comparação com a véspera.
Evolução do preço do petróleo
Cotação média mensal do barril de Brent, em US$
Ago
● : 51,37
● : 51,37
Fonte: Tendências Consultoria
Alta de 51% em 1 ano
O petróleo subiu 51% no último ano, impulsionado por cortes coordenados na produção e, neste mês, pela preocupação com a oferta do Irão, depois dos Estados Unidos dizerem que voltarão a impor sanções sobre Teerão por causa das suas atividades nucleares.
A francesa Total alertou na quarta-feira que poderia abandonar um projeto multibilionário de gás no Irã se não conseguisse garantir uma suspensão das sanções dos EUA, lançando mais dúvidas sobre os esforços liderados pela Europa para salvar o acordo nuclear.
"O barulho geopolítico e os temores crescentes estão aqui para ficar", disse Norbert Rücker, chefe da Macro & Commodity Research do banco suíço Julius Baer.
Além disso, os estoques globais de petróleo e produtos refinados caíram acentuadamente nos últimos meses devido à demanda robusta e aos cortes de produção dos principais países produtores do mundo.
Para a Agência Internacional de Energia (IEA), a procura global por petróleo deverá moderar neste ano, já que o preço do barril se aproximou dos US$ 80 e muitos países importadores não oferecem mais subsídios generosos aos combustíveis.
A IEA, com sede em Paris, reduziu a sua previsão de crescimento da procura global para 1,4 milhões de barris por dia em 2018, ante uma estimativa anterior de 1,5 milhões de bpd.
Preços dos combustíveis
Valor por litro, na média nacional
6/1
● etanol: 2,946
● etanol: 2,946
Fonte: ANP
Efeitos para o Brasil
A alta dos preços internacionais do petróleo tem impactado os preços dos combustíveis no Brasil, que vêm registrando preços recordes nas últimas semanas.
A Petrobras anunciou um novo reajuste nos preços comercializados nas refinarias. Segundo a empresa, o preço do diesel A passará de R$ 2,3082 nesta quinta-feira (17) para R$ 2,3302 nesta sexta-feira (18) - o que significa uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 para R$ 2,0407 o litro, no mesmo período, o que representa um aumento de 1,80%. O preço do diesel será elevado em 0,95%.
Na véspera, a companhia já tinha elevado em 1,82% o preço da gasolina, e subiu 1,76% o preço do diesel, para novas máximas dentro da era de reajustes diários, iniciada em julho do ano passado. Desde o início da nova política de preços, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de 55,28% e o do diesel, valorização de 56,55%, segundo o Valor Online.
Na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos do país atingiu novas máximas no ano, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Por outro lado, a escalada do preço do petróleo contribui para o aumento da arrecadação da União e governos estaduais e municipais com royalties e participações especiais recolhidos sobre a produção de óleo e gás no Brasil.
A arrecadação com royalties cresceu 23,3% nos 4 primeiros meses de 2018, na comparação com o mesmno período do ano passado, segundo dados do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). União, estados e municípios receberam este ano R$ 6,4 bilhões ante R$ 5,19 bilhões nos 4 primeiros meses de 2017.
OPEP. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. Preços do petróleo atingem US$80, máxima desde novembro de 2014, com preocupações sobre Irã
Por Ron Bousso
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo chegaram a atingir 80 dólares o barril nesta quinta-feira, máximas desde novembro de 2014, em meio a preocupações de que as exportações iranianas possam cair com a volta de sanções pelos EUA, reduzindo a oferta em um mercado já apertado.
O petróleo Brent subia 0,42 dólar, ou 0,53 por cento, a 79,7 dólares por barril, às 10:23 (horário de Brasília). Eles chegaram a tocar uma máxima intradiária de 80,18 dólares por barril.
O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,38 dólar, ou 0,53 por cento, a 71,87 dólares por barril. Eles tocaram mais cedo os 72,06 dólares por barril, máxima desde novembro de 2014.
A perspectiva de uma queda acentuada nas exportações de petróleo do Irã nos próximos meses devido às novas sanções dos EUA, após a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar o país de um acordo nuclear internacional com Teerã, elevaram os preços do petróleo nas últimas semanas.
A francesa Total alertou na quarta-feira que poderia abandonar um projeto multibilionário de gás no Irã se não conseguisse garantir uma suspensão das sanções dos EUA, lançando mais dúvidas sobre os esforços liderados pela Europa para salvar o acordo nuclear.
“O barulho geopolítico e os temores crescentes estão aqui para ficar”, disse Norbert Rücker, chefe da Macro & Commodity Research do banco suíço Julius Baer.
Além disso, os estoques globais de petróleo e produtos refinados caíram acentuadamente nos últimos meses devido à demanda robusta e aos cortes de produção dos principais países produtores do mundo.
Por Ron Bousso
PETROBRAS. REUTERS. 16 DE MAIO DE 2018. Produção de petróleo da Petrobras encerra seis meses de queda e cresce em abril
(Reuters) - A Petrobras produziu em média 2,09 milhões de barris de petróleo por dia (bdp) em abril no país, alta de 1 por cento ante março, no primeiro aumento após seis meses consecutivos de queda, ao passo que a produção de gás natural também cresceu.
Em comunicado ao mercado, a Petrobras destacou que a maior produção no Brasil no mês passado deveu-se, “principalmente, ao término de manutenções em equipamentos no FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Lula, e ao início de produção do FPSO P-74, localizado no Campo de Búzios”.
Ambas as plataformas operam no pré-sal da Bacia de Santos.
Com relação ao gás natural, a produção foi de 79 milhões de metros cúbicos por dia em abril, excluindo-se o volume liquefeito, alta de 1,2 por cento ante março.
No total, a Petrobras produziu 2,68 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em abril, sendo 2,59 milhões boed no Brasil e os outros 95 mil no exterior.
No exterior, a produção de petróleo foi de 58 mil bpd (queda de 5 por cento ante março), ao passo que a de gás natural recuou 1,6 por cento, para 6,3 milhões de metros cúbicos por dia.
“A redução ocorreu, principalmente, em função de manutenções nos campos de Saint Malo e Lucius, nos EUA”, destacou a companhia.
Por Isabel Marchenta e José Roberto Gomes
CONTAS PÚBLICAS
MF. SPE. 17/05/2018. Prisma Fiscal. Fazenda divulga Prisma Fiscal de maio de 2018
Relatório Mensal – Maio 2018: http://fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/publicacoes/relatorios-do-prisma-fiscal/relatorio-mensal/2018/relatorio-mensal-2018_05.pdf
Distribuição de Frequência – Maio 2018: http://fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/publicacoes/relatorios-do-prisma-fiscal/distribuicao-de-frequencia/2018/2018_05-frequencia.pdf
Prisma Fiscal
O Prisma Fiscal é um sistema de coleta de expectativas de mercado elaborado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) para acompanhar a evolução das principais variáveis fiscais brasileiras: arrecadação das receitas federais, receita líquida do governo central, despesa total do governo central, e resultado primário do governo central e dívida bruta do governo geral.
Ele oferece uma oportunidade para o aprimoramento dos estudos fiscais no país, além de facilitar o controle social a partir de uma ancoragem das expectativas quanto ao desempenho destas variáveis.
Publicações
O Relatório Mensal reúne as estatísticas das previsões enviadas pelas instituições participantes (mediana, média, desvio padrão, mínimo e máximo). Nele também pode ser consultada a média das instituições com o melhor nível de acerto para cada variável.
Já o relatório de Distribuição de Frequência apresenta, em formato gráfico, a frequência das projeções para cada variável nos últimos três meses.
Ranking
A SPE divulga, ainda, a relação das três instituições com maior acurácia em suas previsões para cada variável fiscal, o Podium. A elaboração e divulgação dos rankings, além de trazer reconhecimento às instituições com melhores previsões, busca incentivar o aprimoramento dos modelos preditivos contribuindo para a robustez dos dados divulgados.
MF. SPE. PORTAL G1. 17/05/2018. PRISMA FISCAL. Mercado sobe para R$ 138 bilhões estimativa de rombo nas contas do governo em 2018. Valor ainda é inferior à meta que o governo tem para este ano, que é de déficit (resultado negativo) de até R$ 159 bilhões. Analistas veem, portanto, governo cumprindo a meta fiscal.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Economistas de instituições financeiras elevaram a previsão para o déficit primário das contas públicas neste ano para R$ 138,543 bilhões. A estimativa está no mais recente levantamento feito pelo Ministério da Fazenda e divulgado nesta quinta-feira (17) dentro do chamado "Prisma Fiscal".
No levantamento anterior, divulgado em abril, os economistas previam que o rombo das contas públicas neste ano ficaria em R$ 136,103 bilhões.
O rombo, ou déficit primário, ocorre quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e tributos em um ano. Por ser primário, ele não considera os gastos com pagamento dos juros da dívida pública.
Apesar da piora, a estimativa do mercado financeiro é inferior à meta para o resultado das contas públicas autorizada pelo Congresso e que o governo precisa perseguir neste ano, que é de rombo de até R$ 159 bilhões.
Portanto, apesar da elevação na previsão de déficit, os analistas creem que o governo vai conseguir cumprir a meta fiscal de 2018.
Para 2019, o mercado financeiro baixou de R$ 107,304 bilhões para R$ 105,929 bilhões a previsão para o rombo das contas públicas. A nova estimativa segue abaixo da meta fiscal do governo para o ano que vem, que é de déficit primário de até R$ 139 bilhões.
Reequilíbrio das contas
Nos últimos anos, a dificuldade do governo em atingir a meta fiscal esteve relacionada com o baixo nível de atividade da economia, que saiu da recessão no ano passado. A economia fraca reduzia também a arrecadação do governo.
No decorrer de 2017, a economia começou a se recuperar e, junto com receitas extraordinárias vindas de "royalties" do petróleo e de programas de parcelamento de débitos tributários, ajudou a impulsionar a arrecadação federal e a melhorar os resultados das contas públicas.
O governo já conseguiu aprovar no Congresso uma proposta de emenda constitucional que institui um teto para os gastos públicos por um período de 20 anos e defende ainda a reforma da Previdência Social. Mas, diante da falta de votos e da intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, o governo desistiu de colocar a proposta em votação.
Recentemente, para tentar assegurar o cumprimento da meta fiscal em 2018, o governo anunciou um bloqueio de R$ 18,2 bilhões no orçamento.
Oito anos de contas no vermelho
Se o cenário para as contas públicas previsto pelo governo se concretizar, serão pelo menos oito anos consecutivos com as contas públicas no vermelho.
O governo vem registrando déficits fiscais desde 2014. Em 2015, o rombo, de R$ 114,9 bilhões, foi recorde e gerado, em parte, pelo pagamento das chamadas "pedaladas fiscais" – repasses a bancos oficiais que estavam atrasados e que, em 2016, somaram R$ 154 bilhões. No último ano, o pagamento somou R$ 124 bilhões.
Para 2018, 2019, 2020 e 2021, a meta é de rombos bilionários nas contas públicas. A previsão da equipe econômica é que as contas voltem ao azul somente a partir de 2022.
MF. SPE. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. PRISMA FISCAL. Economistas pioram perspectiva para rombo primário em 2018, mas ainda dentro da meta, aponta relatório Prisma
BRASÍLIA (Reuters) - Economistas pioraram as expectativas para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2018, segundo relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Fazenda, mas continuaram vendo o resultado dentro da meta estabelecida pelo governo para o ano.
Pela mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a projeção para o rombo primário subiu a 138,543 bilhões de reais, contra 136,103 bilhões de reais anteriormente. Contudo, seguiu com folga dentro da meta estabelecida pelo governo, que é de um saldo negativo em 159 bilhões de reais.
O governo vem reiterando a viabilidade da meta e, para isso, tem contado com o bom resultado da arrecadação, influenciado pelo Refis e também por maiores royalties com petróleo em meio à valorização da commodity.
Para 2019, a projeção agora é de um déficit primário de 105,930 bilhões de reais, menor que o patamar de 107,304 bilhões de reais no levantamento anterior e também dentro da meta de 139 bilhões de reais.
Quanto à dívida bruta, os cálculos dos economistas ficaram ligeiramente piores para 2018, com a dívida respondendo por 75 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra 74,90 por cento no mês passado. Para 2019, o cálculo foi a 76,80 por cento do PIB, ante 76,90 por cento anteriormente.
Por Marcela Ayres
COMÉRCIO INTERNACIONAL
EUA. CHINA. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. EUA e China iniciam negociações comerciais; papel de Navarro é reduzido, dizem autoridades
Por David Lawder e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e a China iniciarão negociações comerciais nesta quinta-feira em uma tentativa de evitar uma guerra comercial, com o maior crítico da China na Casa Branca relegado a um papel secundário, disseram na quarta-feira autoridades do governo norte-americano.
Peter Navarro, assessor de indústria e comércio da Casa Branca, não terá um papel principal na equipe dos EUA, disseram duas autoriddes. Em vez disso, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; o secretário do Comércio, Wilbur Ross; e o Representante de Comércio, Robert Lighthizer, vão liderar a delegação norte-americana nas negociações com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, principal assessor econômico do presidente Xi Jinping.
Navarro participou de uma rodada inicial de negociações há duas semanas em Pequim que levou a apresentações de uma série de exigências comerciais de cada lado. A mudança na posição de Navarro acontece em meio a uma crescente divergência em relação à política comercial com Mnuchin, que é a favor de acordos mais viáveis para abrir a economia da China a empresas dos EUA e aliviar ameaças tarifárias.
Navarro e Mnuchin tiveram uma discussão acalorada na viagem a Pequim e o relacionamento ficou tão abalado que alguns participantes chegaram a questionar abertamente como eles se relacionariam dentro do mesmo avião no longo voo entre os EUA e a China, disse uma pessoa familiarizada com o episódio.
As negociações começarão no momento em que os EUA encerram as audiências públicas sobre a primeira série de tarifas norte-americanas sobre 50 bilhões de dólares em bens chineses propostos como punição sobre supostas violações de direitos intelectuais dos EUA.
As tarifas, que visam peças elétricas e de maquinários, automóveis e TVs de tela plana chineses, podem entrar em vigor no início de junho. Elas podem ser seguidas de uma rodada adicional de mais 100 bilhões de dólares sobre bens chineses ainda a serem identificados.
EUA. JAPÃO. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. Japão planeja tarifas de retaliação contra EUA
Por Kaori Kaneko e Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O Japão está avaliando tarifas sobre as exportações norte-americanas no valor de 409 milhões de dólares em retaliação às tarifas de importação sobre aço e alumínio impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, informou a mídia l nesta quinta-feira.
Tal movimento seria um sinal de que Tóquio irá além de conversas e pedidos de isenções às sanções dos EUA.
Isso também ampliaria a crescente divergência que as políticas comerciais de “América Primeiro” de Trump estão criando entre as principais economias, o que ameaça desacelerar o comércio global e a atividade empresarial.
O Japão é o único grande aliado dos EUA que não recebeu isenções das tarifas impostas por Trump. Mas tem evitado seguir os passos da China e da União Europeia, que responderam à decisão dos EUA com ameaças recíprocas.
Isso pode mudar, já que meses de negociações não conseguiram convencer Washington a adicionar o Japão a uma lista de países isentos das tarifas dos EUA, dizem os analistas.
As tarifas retaliatórias de Tóquio sobre as exportações dos EUA seriam equivalentes ao valor das taxas impostas por Washington através de suas tarifas, informou a emissora pública NHK nesta quinta-feira.
O governo está se preparando para notificar a Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o plano nesta semana, um procedimento necessário sob as regras do comércio global, de acordo com a NHK.
Analistas vêem uma ameaça tão grande mais como uma tática de negociação para melhorar as chances de obter uma isenção dos Estados Unidos, embora seja uma mudança notável do tom comedido de Tóquio.
O principal porta-voz do governo do Japão, Yoshihide Suga, admitiu que o governo está considerando tomar medidas “necessárias” com base nas regras da OMC. Mas ele disse que nenhuma decisão final foi tomada.
Trump decidiu em março impor tarifas de importação de 25 por cento sobre o aço e 10 por cento sobre o alumínio, provocando críticas de outros países por aumentar o risco de uma guerra comercial global.
AGRICULTURA
MAPA. MRE. 17/05/2018. Comércio Exterior. Da China, Blairo Maggi anuncia abertura do mercado da Coreia do Sul para carne suína brasileira. Inicialmente, apenas quatro frigoríficos de Santa Catarina vão exportar para os sul-coreanos, mas o ministro acredita que o número de estabelecimentos serão ampliados após o certificado da OIE
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou, nesta quinta-feira (17), a abertura do mercado da Coreia do Sul para a carne suína brasileira. Maggi, que se encontra em missão oficial na China, disse que inicialmente apenas quatro frigoríficos credenciados de Santa Catarina exportarão para os coreanos, mas a expectativa é de que em breve outros estabelecimentos possam ser habilitados e entrem no mercado coreano.
“Com a declaração de país livre da febre aftosa iremos avançar para outros estados brasileiros sem vacinação, em breve. É um mercado de US$ 1,5 bilhão por ano", comemorou o ministro. Maggi viaja neste sábado a Paris para receber da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) o certificado de país livre da febre aftosa com vacinação.
As negociações com a Coreia do Sul para exportação de carne suína foram iniciadas em setembro de 2016 durante a visita do ministro Blairo Maggi ao país. Em seguida, foram enviadas ao Brasil missões técnicas para habilitação dos frigoríficos. A expectativa do setor é de que o Brasil exporte para a Coreia do Sul mais de 30 mil toneladas de carne suína por ano.
O ministro Blairo Maggi se reuniu, nesta quinta-feira, mais uma vez, com o ministro do Comércio da China, Zhong Shan, e o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, para tratar de questões comerciais entre os dois países.
Segundo Maggi, foi discutida a necessidade de diversificação da pauta exportadora brasileira para a China, bem como a importância estratégica do comércio bilateral. Ficou decidido que será formado imediatamente um grupo de trabalho para discutir as medidas de proteção de mercado que têm afetado o comércio de ambos os lados.
O ministro da Agricultura brasileiro lembrou que os presidentes Michel Temer, do Brasil, e Xi Jin Pin, da China, durante encontro que tiveram em setembro passado, acertaram que as relações comerciais entre os dois países deveriam ser aprofundadas.
Blairo Maggi também participou da abertura da Sial China em Xangai, uma das maiores feiras de alimentos do mundo. O Brasil compareceu ao evento com a presença de muitas empresas agropecuárias. O ministro disse ter ficado satisfeito com a representação brasileira e avisou: “Quem não se faz presente não é lembrado”.
MAPA. 16/05/2018. Comércio Exterior. Maggi afirma que pauta de exportações entre Brasil e China será diversificada. Em reunião com representantes da Administração Geral da Aduana chinesa, Ministro anuncia a entrada de vários produtos na pauta
Em Pequim, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, reuniu-se com integrantes da Administração Geral da Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena (antiga AQSIQ). No encontro, o ministro recebeu de Zou Zhiwu, vice-ministro da Administração Geral da Aduana da China, a garantia de que será cumprido o compromisso de avançarem nas negociações entre os dois países na Subcomissão de Inspeção e Quarentena chinesa. Há dois anos, Brasil e China paralisaram as reuniões nesta subcomissão, que aprova as condições sanitárias e fitossanitárias para o comércio de produtos agropecuários com a China.
“Esse é o começo de um novo tempo nas nossas relações comerciais”, comemorou o ministro.
Entre as questões que o Brasil levará para serem tratadas na subcomissão, ainda este ano, estão as exportações de miúdos de suínos e de bovinos, de carnes com osso e carnes termicamente processadas. "Isto só está sendo possível”, destacou Maggi, “porque estamos recebendo o certificado de país livre da febre aftosa pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).”
O Brasil aguarda para o próximo dia 21 a chegada de uma missão veterinária chinesa para inspecionar plantas frigoríficas de aves, carne bovina e de asininos (jumentos).
O ministro lembrou ainda que também deverão ser incluídas nas tratativas comerciais a exportação e a importação de frutas. A China pretende importar arroz, lácteos, farinhas para ração animal e ovos férteis, e exportar pescados para o Brasil. "Estamos avançando na diversificação da nossa pauta de exportações", disse Maggi.
A China é o maior mercado para os produtos agropecuários brasileiros, consumindo 39% do total de nossas exportações. Em 2017, os embarques somaram US$ 26 bilhões, com liderança da soja em grão (US$ 20,3 bilhões), e celulose (US$ 2,6 bilhões). As importações de produtos chineses no mesmo período atingiram US$ 1,1 bilhão, principalmente de algodão e produtos têxteis de algodão (US$ 288,2 milhões).
MAPA. 15/05/2018. Comércio Exterior. Maggi anuncia vinda de missão chinesa no final deste mês. Em reunião com ministro do Comércio da China, MAPA apresentou lista com 84 novos frigoríficos que serão vistoriados por veterinários do país asiático
Em Pequim, durante reunião com o ministro do Comércio da China, Zhong Shan, o ministro Blairo Maggi recebeu a confirmação de que até o final deste mês chegará ao Brasil uma missão técnica com especialistas veterinários para vistoriar novos frigoríficos.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou uma lista com 84 novos estabelecimentos a serem vistoriados pelos chineses. A expectativa é de que o país asiático libere boa parte desses frigoríficos para exportar.
O chanceler brasileiro Aloysio Nunes Ferreira também participou da reunião com o ministro do Comércio da China, onde foram tratadas as dificuldades nas relações comercias entre os dois países. “Vamos acelerar conversas por meio de nossa embaixada em Pequim”, afirmou Maggi.
O Brasil possui atualmente 102 processos contra a China em tramitação junto à OMC (Organização Mundial do Comércio), em que algumas práticas comerciais são contestadas. No entanto, o ministro Blairo Maggi disse que muitas questões poderão ser resolvidas, uma vez que os dois países possuem muitas coisas em comum.
Na visão do ministro Blairo Maggi, os processos junto à OMC demonstram que ainda é muito forte o protecionismo existente em vários países. Para Maggi, esse tipo de atitude (protecionismo) por parte dos governos só atrapalha o livre comércio entre os países.
Blairo Maggi e a Core Delegation – comitiva formada por empresários e entidades representantes do agronegócio brasileiro – se reuniram ainda com diretores da Cofco Internacional, trading chinesa de grãos.
CONAB. MAPA. REUTERS. 17 DE MAIO DE 2018. Brasil deve produzir 58 mi sacas de café, 13% acima do recorde anterior
Por José Roberto Gomes
SÃO PAULO (Reuters) - A produção de café do Brasil neste ano deverá atingir um recorde de 58,04 milhões de sacas, superando em 29,1 por cento o observado na temporada passada e em 13 por cento o alcançando em 2016, até então o maior volume colhido pelo país (51,37 milhões de sacas), projetou a Conab nesta quinta-feira.
Em seu segundo levantamento sobre o ciclo de 2018, a Companhia Nacional de Abastecimento manteve sua estimativa próxima ao teto da previsão anterior, de janeiro, que variava de 54,44 milhões a 58,51 milhões de sacas.
“O bom resultado deve-se, entre outros motivos, à bienalidade positiva (do arábica) e às boas condições climáticas... Outro motivo para os números positivos seria o avanço do pacote tecnológico neste setor, sobretudo de variedades mais produtivas”, avaliou a Conab, em relatório.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, deverá registrar uma produtividade média recorde de 30,86 sacas por hectare, alta de 27,8 por cento ante a safra passada.
Uma safra brasileira de café em patamar recorde pode recompor os estoques nacionais e a ajudar nas exportações, até agora em ritmo lento.
Segundo a companhia, a produção de arábica, principal variedade cultivada no país, deverá ir a um recorde de 44,33 milhões de sacas, de 34,25 milhões no ano passado. Em janeiro, a Conab previa algo entre 41,74 milhões e 44,55 milhões de sacas.
No caso do robusta, ou conilon, a nova estimativa da companhia aponta para uma colheita também recorde de 13,71 milhões de sacas, após 10,72 milhões de sacas em 2017, quando o setor nacional ainda sentia os efeitos de uma severa seca no Espírito Santo, principal produtor nacional.
Por lá, avanços em tecnologia, diversificação de culturas e investimentos em reservatórios de água posicionam o Estado para retomar, já no ano que vem, o recorde de quase 10 milhões de sacas de robusta de 2014, antes da estiagem.
Para 2018, a Conab estima a produção capixaba de conilon em 8,3 milhões de sacas, aumento de 40,4 por cento ante 2017, quando a safra ainda sofria os efeitos da seca.
No levantamento de janeiro, a Conab previa uma safra toda de robusta do país de 12,69 milhões a 13,95 milhões de sacas.
Segundo a Conab, a área total plantada com café, que engloba os cafezais em formação e em produção em todo o país, deve atingir 2,17 milhões de hectares, queda de 1,8 por cento na comparação anual.
Desse total, 1,9 milhão de hectares está em produção, com crescimento de 1 por cento. As áreas em formação somaram 287,7 mil hectare, queda de 16,6 por cento.
MERCADO IMOBILIÁRIO
MDIC. 16 de Maio de 2018. Governo federal lança estratégia para promover inovação na indústria da construção. Iniciativa visa disseminar o BIM (Building Information Modelling), conjunto de práticas que deve aumentar a produtividade das empresas do setor em 10% e reduzir os custos das obras em 9,7%
(Brasília, 16 de maio) – O governo federal, por meio do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e outras seis pastas, lança hoje a Estratégia Nacional para Disseminação do BIM. A Modelagem da Informação da Construção ou Building Information Modelling (BIM) é um conjunto de práticas, processos e tecnologias, cujo objetivo é aprimorar as práticas do setor, beneficiando tanto os contratantes quanto a cadeia de produção. Também participaram da elaboração dessa estratégia os ministérios do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, das Cidades, da Defesa, Casa Civil e Secretaria Geral da Presidência da República.
“O BIM é um novo paradigma para a indústria da construção, que pode revolucionar os índices de produtividade, reduzir custos e aumentar a participação do setor no PIB”, explica o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge. “Ainda é baixa a adoção dessa ferramenta. Por isso, vamos estimular o uso do BIM nas compras públicas, dando maior transparência às licitações e a execução de obras federais”, afirma.
A adoção do BIM permite o levantamento de quantidades, a estimativa de custos e a realização de análises diversas (energética, acústica, estrutural etc.) antes da efetiva execução da obra. Com isso, é possível prevenir problemas, refazer o planejamento e suas especificações técnicas.
Do mesmo modo, a modelagem possibilita otimizar o orçamento e harmonizar diferentes fases de uma mesma obra, tais como estrutura, instalações hidráulicas e elétricas. A metodologia permite ainda a melhor quantificação de materiais. Dessa forma, o BIM reduz erros e riscos e induz o cumprimento de prazos.
O secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do MDIC, Igor Calvet, destaca as vantagens do BIM no que se refere à confiabilidade dos projetos, em razão da possibilidade de maior controle das obras, com ganho de produtividade e economia de recursos. “Para o poder público, que é um grande contratante neste setor, isso significa transparência e redução dos custos, uma vez que o uso do BIM fornece informações precisas sobre quantidade e qualidade de materiais e prazo da construção”, explica.
Estratégia Nacional
Dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) apontam que o percentual de empresas do setor da construção civil que utiliza o BIM em suas rotinas de trabalho ainda é pequeno. No total, há cerca de 215 mil empresas que atual nesse segmento da economia, em todo território brasileiro.
Com a estratégia, o governo federal pretende que, até 2028, os custos da construção sejam reduzidos em 9,7%, a produtividade cresça 10% e, pelo menos, 50% das empresas do setor adotem o BIM como ferramenta de trabalho. Outro ganho esperado é um acréscimo de aproximadamente 30% no PIB setorial.
“A modelagem BIM é uma forma de construção inteligente que traz diversos benefícios para o setor e para a sociedade, como redução de custos, ganho de produtividade, privilegia a transparência e a sustentabilidade”, afirma o presidente da ABDI, Guto Ferreira.
Nos próximos meses, será lançada a Plataforma BIM, com acesso para conteúdos e componentes de modelagem que contêm informações para projetos de arquitetura, engenharia e construção. A plataforma, construída por meio de uma parceria entre o MDIC e a ABDI, se constituirá em repositório da Biblioteca Nacional BIM (BNBIM). “Além de hospedar a Biblioteca Nacional BIM, a plataforma será uma importante ferramenta de comunicação entre os atores do setor, com troca de informações, disseminação de padrões técnicos e melhores práticas”, diz o presidente da ABDI.
“Acredito que podemos e devemos induzir a inovação do setor, com iniciativas que partem do próprio governo. O poder público, como grande demandante de obras, pode assumir o papel de estimular o mercado brasileiro”, defende Marcos Jorge.
Para isso, o MDIC lidera desde junho de 2017 o Comitê Estratégico de Implementação do BIM com a proposta de alinhar as ações e iniciativas do setor público e do privado e impulsionar a adoção da modelagem no país.
Entre as medidas previstas estão a difusão do conceito, estruturação do setor público para adoção do BIM, e criação de novos requisitos para compras governamentais. Inclui, ainda, a capacitação de profissionais e a elaboração e atualização de guias para edificações.
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LGCJ.: