US ECONOMICS
INTERNATIONAL TRADE
U.S. Census Bureau. 04/26/2018. Advance U.S. International Trade in Goods
The advance international trade deficit in goods decreased to $68.0 billion in March from $75.9 billion in February as exports increased and imports decreased.
- March 2018: 68.0° $ billion
- February 2018: 75.9° $ billion
(*) The 90% confidence interval includes zero. The Census Bureau does not have sufficient statistical evidence to conclude that the actual change is different from zero.
(°) Statistical significance is not applicable or not measurable for these surveys. The Manufacturers’ Shipments, Inventories and Orders estimates are not based on a probability sample, so we can neither measure the sampling error of these estimates nor compute confidence intervals.
(r) Revised.
All estimates are seasonally adjusted except for the Rental Vacancy Rate, Home Ownership Rate, Quarterly Financial Report for Retail Trade, and Quarterly Services Survey. None of the estimates are adjusted for price changes.
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ORGANISMS
THE WORLD BANK. 04/26/2018. April 2018 Commodity Markets Outlook. Oil prices to average $65 a barrel in 2018 on strong demand, producer restraint
Energy commodities, which include oil, natural gas, and coal, are forecast to jump 20 percent in 2018, with oil prices to average $65 a barrel, up from $53 a barrel in 2017.
Commodity prices to rise more than expected in 2018: World Bank. Oil prices to average $65 a barrel in 2018 on strong demand, producer restraint
WASHINGTON, April 24 - Oil prices are forecast to average $65 a barrel over 2018, up from an average of $53 a barrel in 2017, on strong demand from consumers and restraint by oil producers, while metals prices are expected to rise 9 percent this year, also on a pickup in demand and supply constraints, the World Bank said on Tuesday.
Prices for energy commodities – which include oil, natural gas, and coal -- are forecast to jump 20 percent in 2018, a 16 percentage point upward revision from October’s outlook, the World Bank said in its April Commodity Markets Outlook. The metals index is expected to rise as an 9 percent drop in iron ore prices is offset by increases in all base metals prices, led by nickel, which is forecast to rise 30 percent.
Agricultural commodities, including food commodities and raw materials, are anticipated to see a price rise of over 2 percent this year on diminished planting prospects. Weather disruptions are expected to be minimal.
“Accelerating global growth and rising demand are important factors behind broad-based price increases for most commodities and the forecast of higher commodities prices ahead,” said Shantayanan Devarajan, World Bank Senior Director for Development Economics and acting Chief Economist. “At the same time, policy actions currently under discussion add uncertainty to the outlook.”
Oil prices are expected to average $65/bbl over 2019 as well. Although prices are projected to decline from April 2018 levels, they should be supported by continued production restraint by OPEC and non-OPEC producers and strong demand. Upside risks to the forecast include constraints to U.S. shale oil output, geopolitical risks in several producing countries, and concerns the United States may not waive sanctions against Iran. Downside risks include weaker compliance with the oil producers’ agreement to restrain output or outright termination of the accord, rising output from Libya and Nigeria, and a quicker-than-expected rise in shale oil output.
“Oil prices have more than doubled since bottoming in early 2016, as the large overhang of inventories has been reduced significantly.” said John Baffes, Senior Economist and lead author of the Commodity Markets Outlook. “Strong oil demand and greater compliance by the OPEC and non-OPEC producers with their agreed output pledges helped tip the market into deficit.”
Upside risks to the metals price forecast include more robust global demand than expected. Supply could be held back by slow incorporation of new capacity, trade sanctions against metals exporters, and policy actions in China. Downside risks include slower-than-expected growth in major emerging markets, the restart of idle capacity, and an easing of pollution-related policies in China. Precious metals are expected to climb 3 percent this year in anticipation of U.S. interest rate increases and higher inflation expectations.
Grains and oils and meal prices are expected to rise in 2018, mostly due to lower planting intentions. The mild La Niña cycle that extended into the early part of the year only affected banana production in Central America and soybean production in Argentina and did not impact global markets for those crops substantially. The possible introduction by China of countervailing duties in response to U.S. tariff increases could impact the soybean market.
A special focus section examines the changed landscape for oil-exporting economies after the 2014 oil price collapse. The oil price plunge eroded oil-related revenues, forcing abrupt cuts in government spending that accentuated the slowdown in private sector activity in many regions. Income inequality and political instability also weakened the ability of some oil-exporting economies to weather low oil prices.
“Oil exporters with flexible currency regimes, relatively large fiscal buffers, and more diversified economies have fared better than others since the oil price collapse,” said Ayhan Kose, director of World Bank’s Development Economics Prospects Group. “However, most oil exporters still face significant fiscal challenges in the face of revenue prospects that have weakened since 2014.”
April 2018 Commodity Markets Outlook: http://pubdocs.worldbank.org/en/271041524326092667/CMO-April-2018-Full-Report.pdf
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
ECONOMIA
BACEN. 26/04/2018. O Banco Central divulgou o Boletim Regional, com dados e indicadores econômicos de cada região do país.
Sumário Executivo
A evolução do conjunto de indicadores econômicos no início de 2018 mostrou a continuidade do crescimento da atividade. Os resultados reforçam a expectativa de expansão mais equilibrada da economia no corrente ano, considerados os comportamentos dos componentes de oferta e demanda, e evidencia maior consistência do processo de recuperação da economia brasileira. Em termos regionais, o quadro de retomada apresenta desempenhos distintos, refletindo particularidades da estrutura das economias locais.
No Norte, os desempenhos setoriais corroboraram as perspectivas de retomada consistente da economia na região. No trimestre encerrado em fevereiro de 2018, relativamente ao finalizado em novembro, houve aumentos das vendas do comércio ampliado e da produção industrial – sobretudo da indústria de tranformação –, com efeitos positivos sobre o emprego formal e a confiança dos agentes econômicos. A agricultura e o comércio externo – com dados até dezembro de 2017 – impulsionaram a economia da região ao longo do ano. Em linha com a maior parte dos indicadores, o Índice de Atividade Econômica Regional – Norte (IBCR-N) cresceu 2,1%, em relação ao trimestre finalizado em novembro, quando expandira 0,9%, segundo dados dessazonalizados. Para os próximos meses, o ambiente de inflação em patamares baixos e a redução nas taxas de juros seguirão contribuindo para o crescimento da demanda doméstica e a trajetória de retomada da atividade regional.
A economia do Nordeste sinaliza recuperação moderada, com oscilações nos principais indicadores,
evidenciando menor consistência do crescimento regional vis-à-vis o observado em âmbito nacional.
Indicadores setoriais têm alternado resultados positivos com movimentos de contração, conforme o período e o ramo de atividade. Nesse ambiente, o crescimento de 0,3% do IBCR-NE no trimestre encerrado em fevereiro mostrou acomodação em relação ao aumento observado no trimestre encerrado em novembro, 0,5%, considerados dados dessazonalizados. A elevação da confiança dos empresários e o crescimento da produção agrícola regional contribuem para a continuidade da expansão da atividade econômica nos próximos trimestres.
A atividade econômica no Centro-Oeste manteve arrefecimento no início deste ano. O comportamento refletiu, principalmente, resultados adversos na indústria de transformação e na construção civil, que se sobrepuseram ao desempenho positivo da agricultura – sobretudo, pela safra de soja. A região apresentou contração dos principais indicadores de demanda (comércio e serviços). Em sentido contrário, o mercado de trabalho apresenta indicadores alinhados com a tendência de recuperação, expressos nos aumentos da população ocupada e do rendimento real. No primeiro trimestre do ano, o maior dinamismo do comércio exterior (alta interanual de 7,5% nas exportações) contribuiu para atenuar o arrefecimento assinalado por outros indicadores. Nesse contexto, o IBCR-CO recuou 0,5% no trimestre encerrado em fevereiro (com ajuste sazonal), em comparação ao trimestre anterior, quando recuara 1,1%.
No Sudeste, a despeito do avanço dos indicadores do comércio, do setor de serviços e da produção
industrial no trimestre encerrado em fevereiro, comparativamente ao finalizado em novembro, o crescimento econômico mostrou acomodação frente ao ritmo observado ao longo de 2017. Houve, na margem, heterogeneidade nos desempenhos econômicos estaduais, principalmente, pela evolução mais frágil da economia fluminense. Assim, o IBCR-SE registrou relativa estabilidade no período, após crescer 0,8% no trimestre anterior, segundo dados dessazonalizados. O consumo das famílias segue liderando o processo de retomada, em parte impactado pelo incremento nas operações de crédito às pessoas físicas e ao crescimento da massa salarial.
Após dois trimestres com acentuada oscilação dos indicadores econômicos setoriais, a região Sul registrou, no trimestre encerrado em fevereiro, quadro de recuperação consistente da atividade, evidenciado pelos desempenhos positivos do comércio, da indústria e do setor de serviços e, em menor grau, da agricultura, em meio ao início do período de colheita das safras de verão. Esses resultados impactaram favoravelmente a evolução do mercado de trabalho formal, que criou 11,8 mil postos, ante extinção de 25,7 mil no mesmo período de 2017. Nesse contexto, o Índice de Atividade
Econômica Regional – Sul (IBCR-S) avançou 0,5% no trimestre finalizado em fevereiro, ante 0,2% no trimestre encerrado em novembro, dados dessazonalizados. A recuperação do mercado de trabalho, aliada à manutenção da inflação baixa e aos efeitos defasados do atual ciclo de política monetária, deverão seguir repercutindo positivamente sobre a atividade econômica na região.
Boletim: http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2018/04/br201804P.pdf
Apresentação: http://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/TextosApresentacoes/BR%202018%2002%20-%20Recife.pdf
Informações complementares: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries
BACEN. 100ª Edição do Boletim Conexão Real. Ilan Goldfajn: “Tivemos queda da inflação, da taxa de juros e recuperação da economia”
Na 100ª edição da Conexão Real com o BC, o presidente do Banco Central concede entrevista exclusiva sobre Agenda BC+ e sobre a pauta legislativa de interesse do Banco Central: autonomia do BC; cadastro positivo; relação entre BC e Tesouro Nacional; e depósitos voluntários.
Agenda BC+
- MAIS CIDADANIA FINANCEIRA: Aumentar o nível de educação financeira; ampliar a inclusão financeira da população; proporcionar maior proteção ao cidadão consumidor de produtos e de serviços financeiros; melhorar a comunicação e a transparência entre as instituições financeiras e seus clientes; mensurar o impacto das ações do BC, sob a perspectiva da cidadania financeira.
- LEGISLAÇÃO MAIS MODERNA: Estabelecer a autonomia técnica e operacional; fortalecer o ambiente institucional para manutenção da estabilidade financeira; modernizar leis e normas que regem a atuação do BC; aprimorar o modelo de relacionamento do BC com o Tesouro Nacional; alinhar o arcabouço normativo às melhores práticas internacionais; proporcionar uma maior segurança jurídica às atribuições do BC.
- SFN MAIS EFICIENTE: Fomentar o crescimento sustentável do SFN; simplificar os procedimentos e regras do BC, adequando-os ao porte e ao perfil das instituições; manter a adequação, o alinhamento e a convergência a padrões internacionais; analisar novos meios de pagamento; monitorar os impactos das inovações tecnológicas; reduzir o custo de observância; aprimorar o relacionamento das instituições financeiras com clientes e usuários.
- CRÉDITO MAIS BARATO: Diminuir o custo do crédito para o tomador final; reduzir o nível de inadimplência; aumentar a competitividade e a flexibilidade na concessão de crédito; estimular a alocação mais eficiente do crédito; rever a operacionalização do compulsório.
BACEN. 26.4.2018. Estatísticas monetárias e de crédito em março/2018
1. Operações de crédito
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$3,1 trilhões em março, com expansão de 0,6% no mês. Em 12 meses, esse saldo permaneceu estável, variação de 0,1%, com comportamentos distintos para pessoas físicas, crescimento de 5,9%, e para pessoas jurídicas, redução de 6%. A relação crédito/PIB atingiu 46,6%.
O saldo das operações de crédito livre cresceu 1,3% em março. A carteira de pessoas físicas ampliou-se 0,7% no mês, devido aos aumentos nas modalidades aquisição de veículos, 1,2%, e crédito não consignado, 1,3%. As operações de crédito livre com pessoas jurídicas cresceram 2,1% no mês, impulsionadas por descontos de duplicatas, 11,1%, financiamentos de exportações, 1,9%, e ACC, 8,6%.
Nos recursos direcionados, apesar da estabilidade do saldo no mês, destaca-se a redução de 1,1% nos financiamentos de investimentos do BNDES, mantendo tendência observada desde dezembro de 2015.
As concessões realizadas em março totalizaram R$302 bilhões, ampliações de 14,3% no mês e de 5,5% em doze meses. Em relação às concessões médias diárias do mês, houve redução de 2% em relação a fevereiro, considerando-se três dias úteis a mais em março. Destacaram-se as concessões para pessoas jurídicas, com crescimento de 18%, disseminado em praticamente todas as modalidades.
O Indicador de Custo de Crédito (ICC) alcançou 21,5% a.a. em março, reduções de 0,3 p.p. no mês e de 1,3 p.p. em doze meses, destacando-se a variação nas operações com recursos livres, declínio mensal de 0,7 p.p. para 34,6% a.a., com destaque para desconto de duplicatas, -1,1%, e para capital de giro, -0,3%. O spread do ICC reduziu 0,2 p.p. no mês, para 14,4 p.p. Nas operações com crédito livre, o spread do ICC atingiu 25,8 p.p. em março, com reduções de 0,5 p.p. no mês e de 1,9 p.p. em doze meses.
A taxa média de juros das operações contratadas em março situou-se em 26,2% a.a., diminuição de 0,7 p.p. no mês, devolvendo o aumento ocorrido em fevereiro. Essa variação refletiu, notadamente, a redução na taxa de juros livres de 0,8 p.p., para 41,4% a.a., acompanhando declínios tanto nas operações com pessoas jurídicas, 1 p.p., quanto com pessoas físicas, 0,5 p.p. No caso de pessoas jurídicas, ênfase nas reduções em capital de giro, 1,2 p.p., e desconto de duplicatas, 1,9 p.p.; enquanto para pessoas físicas, crédito pessoal não consignado, 0,7 p.p., e aquisição de veículos, 0,7 p.p.
A partir desta publicação, passam a ser divulgados, adicionalmente, o ICC e as taxas médias de juros para o crédito total e para o crédito livre considerando as operações de crédito não rotativo. Esse novo conceito contribui para complementar o conjunto de informações disponíveis sobre o custo do crédito. Em março, o ICC para o crédito não rotativo situou-se em 18,6%, com comportamento estável. O ICC para o crédito livre não rotativo reduziu-se 0,4 p.p. no mês e 1,5 p.p. em doze meses, atingindo 30,4%. As taxas de juros para o crédito não rotativo alcançaram 19,2% a.a., com declínios de 0,7 p.p. e de 2 p.p. no mês e em doze meses, respectivamente. A trajetória para as taxas de juros do crédito livre não rotativo, que atingiu 30% a.a., foi similar, com reduções de 0,8 p.p. e de 3,3 p.p., na mesma ordem.
Os spreads bancários diminuíram no mês. O spread do ICC registrou 14,4 p.p., redução de 0,2 p.p., e o spread das taxas de juros alcançou 20 p.p., variação de -0,4 p.p. Na comparação em doze meses, houve redução nos spreads em ambos os conceitos, 0,3 p.p. e 3,8 p.p., respectivamente.
2. Agregados monetários
Em março, a base monetária atingiu R$275,1 bilhões, aumentos de 4% no mês e de 12,9% em doze meses. As reservas bancárias e o papel-moeda emitido variaram 29,3% e -0,4% no mês. Os principais fatores que determinaram a expansão da base foram as operações com títulos públicos federais, R$14,3 bilhões (compras líquidas de R$39,4 bilhões no mercado secundário e colocações líquidas de R$25,1 bilhões no mercado primário), e as operações do setor externo, R$5,3 bilhões, com as recompras a termo de divisas.
Em relação aos meios de pagamento em poder do público não emissor de moeda, o M1 (papel-moeda e depósitos à vista) alcançou R$330,6 bilhões, expansão de 1,2% no mês, com aumento de 2,4% em depósitos à vista. O M2 totalizou R$2,5 trilhões, com expansão de 1,5%, influenciado pela variação de 1,9% nos títulos, incluindo captações líquidas de R$25,9 bilhões em depósitos a prazo. O conceito M3 atingiu R$5,9 trilhões e cresceu 1% no mês, destacando-se o aumento de 1% no saldo dos fundos de investimentos. O agregado monetário mais amplo, M4, situou-se em R$6,7 trilhões, o que representa variação de 0,6% em fevereiro.
3. Alterações divulgadas nesta Nota
A partir da publicação das estatísticas de crédito referentes a março de 2018, passam a ser divulgadas as seguintes tabelas adicionais:
- Taxas de juros totais e livres, com respectivos spreads, para as operações de crédito não rotativo;
- ICC por modalidade de operações e ICC, total e livre, excluindo o crédito rotativo; e
- Crédito por porte de empresas.
As tabelas listadas a seguir deixam de compor a Nota para a Imprensa, com as informações permanecendo disponíveis na página do Banco Central do Brasil na internet, no Sistema Gerenciador de Séries Temporais (http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/SERIESTEMPORAIS):
- Taxas de juros ao mês para todas as modalidades de pessoas jurídicas e, no caso de pessoas físicas, do crédito direcionado;
- Prazos médios das concessões de prazos de carteiras (ambos por modalidades);
- Atrasos de 15 a 90 dias por modalidades;
- Saldo de crédito por regiões;
- Base Monetária - média de dias úteis;
- Meio de pagamento M1 - média de dias úteis; e
- Recolhimentos compulsórios.
GASTOS DO GOVERNO CENTRAL
MF. STN. 25/04/2018. Governo Central registra déficit de R$ 24,8 bilhões em março; no trimestre, resultado é 35,8% melhor. Novo secretário do Tesouro diz que aprovação da reforma da Previdência é condição para o Brasil fazer o ajuste fiscal e alcançar crescimento consistente
O Governo Central - que inclui as contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social - registrou um déficit primário de R$ 24,8 bilhões no mês de março de 2018 comparado a um déficit de R$11,2 bilhões no mesmo mês do ano passado.
Na primeira coletiva de imprensa à frente do Tesouro Nacional, o secretário Mansueto Almeida explicou, nesta quarta-feira (25/4), em Brasília, que o resultado do mês se deu em função da antecipação do pagamento de sentenças judiciais e precatórios que chegaram a R$ 9,5 bilhões neste mês. Almeida enfatizou que, se não tivesse ocorrido essa antecipação, o resultado primário de janeiro a março deste ano teria sido melhor em quase 80% em relação a 2017. No entanto, como essa antecipação foi realizada, essa melhora foi de 35,8%.
O secretário também adiantou que, neste mês de abril, haverá a antecipação do pagamento de precatórios "Essa despesa, que é líquida e certa, tem que ser paga. A nossa programação é que agora ela ocorra sempre em março e abril. Assim, o governo ganha com a maior previsibilidade da gestão financeira. Não faz sentido o governo pagar depois - pagando juros - uma despesa que é líquida e certa”, esclareceu.
No acumulado do ano, o déficit primário atingiu R$ 13 bilhões comparado a um déficit de R$ 19,6 bilhões no mesmo período de 2017. Conforme o secretário destacou, o resultado foi possível, sobretudo, em função da boa arrecadação alcançada pelo setor público, principalmente, nos dois primeiros meses do ano.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Governo Central registrou um déficit de R$119,5 bilhões (número equivalente a 1,78% do PIB), enquanto a meta estabelecida para o resultado de Governo Central em 2018 é de um déficit de R$ 159 bilhões, o que representa 2,27% do PIB.
Além disso, nos três primeiros meses de 2018, as contas do Tesouro Nacional e do Banco Central foram superavitárias em R$ 36,3 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) permaneceu deficitária em R$ 49,1 bilhões.
Previdência
Na coletiva, o novo secretário do Tesouro também destacou a estimativa para o ano do governo para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – aplicado aos funcionários da iniciativa privada – e para o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores federais, que deve chegar ao final de 2018 com um déficit de R$ 292,5 bilhões, o equivalente a 4,2% do PIB. “Sem a reforma da Previdência esse cenário só tende a piorar”, alertou.
Mansueto de Almeida defendeu a aprovação da reforma da Previdência como condição para o Brasil fazer o ajuste fiscal e crescer de forma sustentável. “Não existe ajuste fiscal no Brasil sem reforma da Previdência. Não existe plano B. O desafio do Brasil é fazer as reformas necessárias que promovam um crescimento consistente e não só durante um único ano", defendeu.
Receitas e Despesas
No mês de março, as receitas totais do governo atingiram R$107 bilhões, o que contribuiu para que as receitas do setor público chegassem a R$ 369,4 bilhões nos três primeiros meses do ano, um crescimento de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já em relação às despesas, elas somaram R$ 114,1 bilhões em março, atingindo R$ 316,9 bilhões no acumulado de 2018, um número 4,6% maior que no mesmo período do ano anterior e foram concentradas, principalmente, no pagamento de benefícios previdenciárias o que – de acordo com o Tesouro - tem retirado espaço para a realização de políticas públicas e investimentos.
Por outro lado, Mansueto ressaltou também o fato de o crescimento das despesas discricionárias – em termos reais – ter atingido agora o mesmo patamar de 2009. “É como se de 2009 a 2018 as despesas discricionárias estivessem sob o regime do teto dos gastos. O crescimento real da despesa discricionária de 2009 a 2018 será zero. Ainda assim, a despesa do governo federal cresceu em função do crescimento quase contínuo dos gastos obrigatórios, o que leva ao déficit primário”.
Já em relação ao montante de restos a pagar (RAPs), o acumulado do primeiro trimestre de 2018 chegou R$ 53 bilhões contra R$ 48,8 bi no mesmo período de 2017. Ao comentar o resultado dos restos a pagar, o secretário observou que grande parte do saldo atual se refere a RAPS não processados (despesa autorizada, empenhada, mas não executada e não paga). “Pode ser uma obra de até 10 anos atrás. Enquanto essa despesa não for cancelada ela fica na contabilidade do governo. Por isso, estamos estudando com diversos ministérios fazer um cancelamento, este ano, de parte de restos a pagar não processados que dificilmente serão executados”, disse Manuseto de Alemida.
Regra de Ouro
Para o cumprimento da chamada Regra de Ouro - o dispositivo constitucional que, via de regra, impede a realização de operações de crédito do governo exceda o total das despesas de capital e que impede, na prática, que o governo aumente sua dívida para pagar despesas de custeio, como pessoal, por exemplo - Mansueto explicou as fontes que o governo pretende utilizar para o cumprimento da regra em 2018. No acumulado em 12 meses (referência março/2018) a insuficiência para o cumprimento da regra totaliza R$ 28,27 bilhões.
Entre as alternativas para evitar o descumprimento, o secretário citou a atencipação do pagamento de R$ 100 bilhões pelo BNDES de empréstimos feitos junto ao Tesouro Nacional, a extinção do Fundo Soberano (R$ 27 bilhões), o cancelamento de restos a pagar (RAP) e a utilização de royalties não utilizados no passado.
Já para o cumprimento da Regra de Ouro em 2019, o secretário reforçou que o Poder Executivo pedirá autorização ao Congresso Nacional para a aprovação de projeto de lei de créditos suplementar ou especial. O mecanismo, amparado pelo artigo 167 da Constituição, já está previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2019 enviado ao legislativo na primeira quinzena deste mês.
TURISMO
MTurismo. PORTAL BRASIL. 25/04/2018. Economia. TURISMO. Brasil está entre os 25 países que mais gastam com turismo internacional. Neste ano, brasileiros já gastaram 10,2% a mais no primeiro trimestre que em relação ao mesmo período de 2017. Brasil ficou acima de países como Japão, Suíça, Índia e Emirados Árabes
O Brasil foi um dos 25 países que mais movimentou dinheiro com turismo no ano passado, ficando na 16ª posição na comparação global elaborada pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Segundo o levantamento, os turistas brasileiros gastaram US$ 19 bilhões no ano passado, US$ 5 bilhões a mais que em 2016.
No primeiro trimestre de 2018, de acordo com dados do Banco Central, a tendência deve se manter. O brasileiro gastou US$ 4,932 bilhões nos três primeiros meses deste ano, quantia 10,2% maior que no mesmo período de 2017 e melhor resultado desde 2015.
“Os números demonstram que o brasileiro está viajando mais, e nosso objetivo é canalizar todo esse potencial para estimular o turismo doméstico, queremos que cada vez mais os brasileiros descubram as belezas e encantos do nosso país, sem esquecer do visitante estrangeiro”, afirmou o ministro do Turismo, Vinícius Lummertz.
Recuperação econômica
A OMT atribui o crescimento dos gastos dos brasileiros à conectividade, aos vistos facilitados e à melhoria das condições econômicas.
“As economias emergentes desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do turismo, e estamos muito contentes em ver a recuperação da Federação Russa e do Brasil e o contínuo crescimento da Índia, já que esses importantes mercados emergentes contribuem para o crescimento e a diversificação do mercado em muitos destinos", explicou Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT.
O país que apresentou o maior aumento nas despesas foram os Estados Unidos (US$ 12 bilhões a mais), seguido pela China (US$ 8 bilhões a mais), que é líder no valor total gasto em todo o mundo. Já os russos gastaram US$ 7 bilhões a mais, demonstrando recuperação em relação aos anos anteriores, assim como o Brasil.
Brasil está entre os que mais gastam com turismo internacional. Viagens de brasileiros injetaram US$ 19 bilhões na economia mundial. Aumento é atribuído ao crescimento econômico global, alta conectividade e facilitação de vistos
Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) mostram que Brasil está entre os 25 países que mais gastaram com turismo em 2017. O país foi responsável por injetar US$ 19 bilhões na economia mundial no ano passado, US$ 5 bilhões a mais que em 2016, quando os gastos de turistas brasileiros que visitaram cidades estrangeiras eram de US$ 14,5 bilhões. O aumento colocou o Brasil na 16ª posição no ranking global, acima de países como Japão, Suíça, Índia e Emirados Árabes.
O relatório divulgado nesta semana ainda aponta crescimento geral de nações emergentes e avançadas. No topo dos que tiveram mais despesas no ano passado estão os Estados Unidos, que desembolsaram US$ 12 bilhões a mais em viagens ao exterior. A China gastou US$ 8 bilhões a mais, mas ainda é considerada a líder de despesas turísticas no mundo. Já a Rússia gastou US$ 7 bilhões a mais, o que a coloca, junto com o Brasil, nas economias que estão se recuperando de gastos mais fracos nos anos anteriores.
O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, comemorou os resultados e atribuiu o país às políticas públicas que estão sendo implantadas e a forma como o povo brasileiro tem encarado o turismo. “Os números demonstram que o brasileiro está viajando mais e nosso objetivo é canalizar todo esse potencial para estimular o turismo doméstico, queremos que cada vez mais os brasileiros descubram as belezas e encantos do nosso país, sem esquecer do visitante estrangeiro”, explica Lummertz.
Os gastos de estrangeiros no Brasil também têm sido positivos. Apenas nos dois primeiros meses do ano, receita cambial turística totalizou US$ 1,39 bilhão, maior valor registrado desde o início da série histórica na década de 90. Os números positivos foram impulsionados também pelo início do visto eletrônico para turistas canadenses, japoneses, australianos e americanos em janeiro deste ano. Apenas em fevereiro e março, os dois primeiros meses que a medida entrou em vigor nos quatro países, a solicitação de vistos para o Brasil apresentou crescimento de 48,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de autorização de entrada no país, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores (MRE), saltou de 29.697 para 44.007.
Segundo a OMT, o aumento é atribuído a conectividade aprimorada, maior facilitação de vistos e uma recuperação econômica global. "As economias emergentes desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do turismo e estamos muito contentes em ver a recuperação da Federação Russa e do Brasil, e o contínuo crescimento da Índia, já que esses importantes mercados emergentes contribuem para o crescimento e a diversificação do mercado em muitos destinos", disse o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.
Todos os 25 principais mercados de origem relataram maiores gastos com turismo internacional em 2017, conforme destacado no último Barômetro de Turismo Mundial da OMT. A China consolidou sua liderança como a que mais gasta em viagens ao exterior em 2017, com US$ 258 bilhões em despesas (+ 5% em moeda local). Estes fortes resultados no turismo de saída são consistentes com o aumento de 7% nas chegadas de turistas internacionais em 2017. A demanda por viagens foi particularmente alta na Europa, onde as chegadas aumentaram 8% no ano passado.
Gastos de turistas estrangeiros crescem 4,7% no trimestre em relação ao mesmo período de 2017. Despesa do brasileiro no exterior também foi superior ao acumulado de janeiro a março do ano passado
Os visitantes internacionais injetaram na economia brasileira US$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2018. Se comparado ao resultado do ano passado, quando a receita cambial do turismo alcançou a marca de US$ 1,84 bilhão, houve um crescimento de 4,7% no acumulado de janeiro a março.
Depois de dois meses de crescimento consecutivo, no comparativo com o ano passado, os gastos dos turistas internacionais recuaram 16% no mês de março. Caíram de US$650 milhões para US$ 544 milhões. O acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, de US$ 1,39 bilhão, foi o maior valor registrado desde o início da série histórica na década dos anos 90.
“Ao analisar esses dados temos que considerar a questão da sazonalidade, nossas pesquisas de demanda internacional mostram que o fluxo de estrangeiros para o Brasil é normalmente mais elevado nos meses de janeiro e fevereiro”, comenta o diretor de Estudos Econômicos e Pesquisas do MTur, José Francisco Lopes.
Os dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (25) mostram que o brasileiro também gastou menos lá fora em março, embora em menor proporção. A despesa cambial do turismo caiu de US$ 1,53 bilhão para US$ 1,52 bilhão. No acumulado do trimestre, no entanto, o crescimento foi de 10,2% na comparação com o ano passado.
As informações sobre a receita e despesa cambial turística consideram o uso de cartões de crédito e trocas oficiais de moeda.
INDÚSTRIA
FGV. IBRE. 26-Abr-2018. Confiança da Indústria: piora das expectativas e estabilidade na situação atual
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,7 ponto em abril de 2018, para 101,0 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice segue em alta, atingindo 101,0 pontos, 0,5 ponto acima do observado em março.
“Após nove altas consecutivas, a queda de abril não é suficiente para alterar a trajetória da confiança industrial. O índice permanece acima dos 100 pontos, indicando prevalência de respostas favoráveis e otimistas na pesquisa. Com relativa estabilidade nas avaliações sobre o momento presente e piora nas expectativas, o setor parece reagir ao ritmo mais lento do que o esperado na recuperação da economia e ao aumento da incerteza associado à proximidade das eleições”, afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV IBRE.
Piora das expectativas e estabilidade na situação atual
Em abril, a confiança industrial recuou em 9 dos 19 segmentos industriais. Após acumular alta de 4,8 pontos nos dois meses anteriores, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,3 ponto, para 101,5 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,1 ponto em abril, para 100,5 pontos.
A percepção sobre o nível de estoques foi o único componente do ISA a registrar piora no mês. De todo modo, a pesquisa não retrata aumento relevante de estoques: o percentual de empresas que consideram o nível de estoques como excessivo passou de 8,1% para 8,3% entre março e abril, enquanto o das que o consideram insuficiente caiu de 5,5% para 4,5% do total.
Após evoluir favoravelmente por dois meses consecutivos, as expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes voltaram a piorar em abril, consistindo na principal contribuição para a queda do IE. Houve diminuição da proporção de empresas prevendo aumento do quadro de pessoal, de 22,6% para 18,6%, e aumento da proporção das que esperam redução, de 9,5% para 11,5% do total.
Na terceira alta consecutiva, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) aumentou 0,4 ponto percentual (p.p.) entre março e abril, para 76,5%, o maior desde maio de 2015 (76,6%).
A edição de abril de 2018 coletou informações de 1.057 empresas entre os dias 02 e 24 deste mês.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D01630189D8BC3C57
CNI. 26/04/2018. Demanda fraca é o principal obstáculo à recuperação da indústria da construção, indica pesquisa da CNI. Sondagem Indústria da Construção mostra que o setor continua operando com baixo ritmo de atividade, queda no emprego e elevada ociosidade. Mas as expectativas para os próximos seis meses são positivas
Com a demanda fraca, a indústria da construção continua operando com baixo ritmo de atividade, elevada ociosidade e queda no número de empregados. O indicador de nível de atividade do setor ficou em 47,1 pontos em março, o maior desde novembro de 2013. Mesmo assim, o índice está abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o aumento da queda na atividade.
O nível de utilização da capacidade de operação ficou em 57%. Isso significa que as empresas operaram com 43% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados em março, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quinta-feira (26), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de número de empregados subiu 1,3 ponto em relação a fevereiro e ficou em 45,4 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando está abaixo dos 50 pontos mostra queda do emprego.
"A recuperação da indústria da construção depende de uma situação mais favorável dos consumidores. As pessoas precisam ter mais segurança em relação ao emprego, à renda e à situação financeira em geral para comprar um imóvel", diz o economista da CNI Marcelo Azevedo. "Os consumidores ainda estão muito receosos para assumir um financiamento alto e de longo prazo", completa Azevedo.
Por isso, a demanda interna insuficiente, com 34,2% das assinalações, foi o principal obstáculo enfrentado pelas empresas no primeiro trimestre do ano. O número de menções ao problema aumentou 4,4 pontos percentuais em relação ao último trimestre do ano. Em segundo lugar na lista de problemas, aparece a elevada carga tributária, com 32% das respostas e, em terceiro, os empresários citam a falta de capital de giro.
O levantamento mostra que as condições financeiras das empresas pioraram no primeiro trimestre. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional caiu para 34,4 pontos, 2,6 pontos abaixo do registrado no quarto trimestre de 2017. O índice de satisfação com a situação financeira recuou para 39,2 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram insatisfação com o lucro e com a situação financeira. O crédito também ficou mais difícil. Depois de quatro trimestres de crescimento, o índice de facilidade de acesso ao crédito caiu para 30,2 pontos.
CONFIANÇA E INVESTIMENTOS – A pesquisa informa ainda que as perspectivas são positivas. Mesmo com as leves quedas registradas em abril frente a março, todos os indicadores de expectativas estão acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o aumento da atividade, de novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.
A disposição para investir também melhorou. O indicador de intenção de investimento aumentou 4,1 pontos em relação a março e ficou em 35,2 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2015. Isso, avalia a CNI, pode contribuir para a recuperação do setor nos próximos meses.
Diante deste cenário, a confiança dos empresários do setor em abril, medida pelo ICEI-Construção, diminuiu 2,2 pontos em relação a março, para 54,8 pontos. O ICEI-Construção varia de zero a cem pontos. Quando está acima de 50 pontos mostra que os empresários estão confiantes.
A queda do ICEI-Construção de 2,2 pontos em relação a março é resultado da mudança da percepção dos industriais em relação às condições atuais e das expectativas para os próximos seis meses sobre o desempenho das empresas e da economia. O índice de Condições Atuais caiu 1,5 ponto e ficou em 48,8 pontos. O indicador de Expectativas para os próximos seis meses recuou para 50,5 pontos. O índices de variam de zero a cem pontos. Valores acima de 50 pontos indicam melhora das condições correntes de negócio ou expectativas otimistas para os próximos seis meses.
Sondagem Indústria da Construção. Demanda interna insuficiente limita recuperação
A atividade da indústria da construção continua em queda, mas o recuo está cada vez menos intenso. Não obstante, a demanda interna insuficiente continua a ser um problema: o item retornou à primeira posição no ranking dos principais problemas da indústria da construção.
Sondagem Indústria da Construção: https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/04/f6/04f6cce4-10e9-46e2-ac77-3194a9cc3e9d/sondagemindustriadaconstrucao_marco2018.pdf
SERVIÇOS
FGV. IBRE. 26-Abr-2018. Confiança de Serviços recua em abril
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,2 ponto em abril de 2018, para 91,2 pontos. Após o segundo recuo consecutivo, o indicador de médias móveis trimestrais do ICS recua pela primeira vez desde agosto do ano passado, também em 0,2 ponto.
“A nova queda do ICS em abril, mais suave que a de março, reflete um ajuste nas expectativas empresariais, provavelmente relacionado às incertezas originárias no campo político. Foram as perspectivas para a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses que concentraram a pressão negativa sobre o resultado do mês. No contexto atual, de recuperação gradual do ritmo de atividade, o processo eleitoral pode estar contribuindo para a maior volatilidade das expectativas” analisa Silvio Sales, consultor da FGV IBRE.
Em abril, houve queda da confiança em 9 das 13 principais atividades pesquisadas. O desempenho negativo foi determinado pela perda de 0,8 ponto no Índice de Expectativas, influenciado totalmente pelo indicador de Tendência dos negócios, que caiu 4,5 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 0,4 ponto em abril, para 87,2 pontos, impulsionado pelo indicador que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que avançou 1,5 ponto no mês, para 86,0 pontos.
O NUCI do setor de Serviços recuou 0,2 ponto percentual (p.p.) em abril, para 82,6%.
Clima Político afeta expectativas
Mensalmente, um quesito da Sondagem procura identificar os fatores que estão limitando a melhora do ambiente de negócios. Neste quesito, é reservado um espaço para que as empresas descrevam fatores que considerem importantes e que não estejam listados entre as opções de resposta oferecidas no questionário. A FGV IBRE agregou as respostas livres deste quesito em grupos temáticos e apresenta, no gráfico abaixo, a evolução recente da frequência de respostas relacionadas ao tema “Clima Político”.
Em abril, a piora das expectativas das empresas do setor de serviços veio acompanhada por um aumento nas observações negativas quanto ao clima político, que seguiam numa tendência de queda até março, retornando ao patamar de novembro passado, como mostra o gráfico. Vale observar que, nestes últimos sete meses, a participação de outros fatores limitativos à melhora dos negócios manteve-se estável, em torno de 25% do total de respostas do quesito sobre fatores limitativos ao ambiente de negócios.
A edição de abril de 2018 coletou informações de 1975 empresas entre os dias 02 e 20 deste mês.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D01630194F8FF067A
ÍNDICES DE PREÇOS
IBGE. 26/04/2018. Índice de Preços ao Produtor sobe 1,05% em março
Em março de 2018, os preços das indústrias extrativas e de transformação subiram 1,05% em relação ao mês anterior, resultado superior ao observado em fevereiro (0,38%). Esta foi a maior alta desde novembro de 2017 (1,40%). Das 24 atividades, 21 apresentaram variações positivas de preços, exatamente como no mês anterior.
Período | Taxa |
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mar/18 | 1,05% |
fev/18 | 0,38% |
mar/17 | 0,06% |
Acumulado no ano | 1,91% |
Acumulado em 12 meses | 6,23% |
Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses | |||||||||
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Indústria Geral e Seções | Variações (%) | ||||||||
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
JAN/18 | FEV/18 | MAR/18 | JAN/18 | FEV/18 | MAR/18 | JAN/18 | FEV/18 | MAR/18 | |
Indústria Geral | 0,47 | 0,38 | 1,05 | 0,47 | 0,86 | 1,91 | 4,33 | 5,19 | 6,23 |
B - Indústrias Extrativas | 1,23 | 2,25 | 4,37 | 1,23 | 3,50 | 8,03 | 10,65 | 19,16 | 20,23 |
C - Indústrias de Transformação | 0,44 | 0,30 | 0,91 | 0,44 | 0,75 | 1,67 | 4,08 | 4,68 | 5,70 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
Na comparação com fevereiro de 2018, as quatro maiores variações foram observadas entre os produtos das seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (4,37%), outros produtos químicos (2,86%), metalurgia (1,56%) e confecções de artigos do vestuário e acessórios (1,31%).
Em termos de influência, na comparação com fevereiro, os destaques de março foram: produtos químicos (0,28 p.p.), alimentos (0,21 p.p.), indústrias extrativas (0,18 p.p.) e metalurgia (0,13 p.p.).
Em março/2018, o indicador acumulado no ano (março/2018 contra dezembro de 2017) atingiu 1,91%, contra 0,86% em fevereiro/2018. Entre as atividades que, em março/2018, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (8,03%), outros produtos químicos (5,97%),confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,46%) e metalurgia (4,04%).
Neste indicador, os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (0,58 p.p.), metalurgia (0,32 p.p.), indústrias extrativas (0,31 p.p.) e veículos automotores (0,18 p.p.).
Na comparação com março de 2017, a variação de preços em março de 2018 foi de 6,23%, contra 5,19% em fevereiro de 2018. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (20,23%), refino de petróleo e produtos de álcool (18,50%), papel e celulose (14,79%) e outros produtos químicos (11,70%). Os setores de maior influência nessa comparação foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,87 p.p.), outros produtos químicos (1,11 p.p.), metalurgia (0,80 p.p.) e indústrias extrativas (0,74 p.p.).
Em março de 2018, a variação de preços de 1,05% frente a fevereiro repercutiu entre as grandes categorias econômicas da seguinte maneira: 0,72% em bens de capital; 1,52% em bens intermediários; e 0,34% em bens de consumo, sendo que 0,14% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,40% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses | |||||||||
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Indústria Geral e Seções | Variações (%) | ||||||||
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
JAN/18 | FEV/18 | MAR/18 | JAN/18 | FEV/18 | MAR/18 | JAN/18 | FEV/18 | MAR/18 | |
Indústria Geral | 0,47 | 0,38 | 1,05 | 0,47 | 0,86 | 1,91 | 4,33 | 5,19 | 6,23 |
Bens de Capital (BK) | 0,27 | 0,33 | 0,72 | 0,27 | 0,61 | 1,34 | 4,71 | 5,34 | 5,27 |
Bens Intermediários (BI) | 0,86 | 0,78 | 1,52 | 0,86 | 1,64 | 3,19 | 6,37 | 7,59 | 8,93 |
Bens de consumo(BC) | -0,12 | -0,26 | 0,34 | -0,12 | -0,38 | -0,04 | 1,00 | 1,35 | 2,15 |
Bens de consumo duráveis (BCD) | 1,25 | 0,06 | 0,14 | 1,25 | 1,31 | 1,45 | 4,95 | 5,02 | 4,77 |
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) | -0,55 | -0,37 | 0,40 | -0,55 | -0,91 | -0,51 | -0,19 | 0,23 | 1,34 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
A influência das grandes categorias econômicas no resultado da indústria geral (1,05%) foi a seguinte: 0,06 p.p. de bens de capital, 0,87 p.p. de bens intermediários e 0,12 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,10 p.p. deveu-se às variações de preços dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,02 p.p. nos bens de consumo duráveis.
Em março, o acumulado no ano foi de 1,91%, sendo 1,34% a variação de bens de capital (com influência de 0,11 p.p.), 3,19% de bens intermediários (1,82 p.p.) e -0,04% de bens de consumo (-0,01 p.p.). No último caso, o resultado foi influenciado em 0,12 p.p. pelos bens de consumo duráveis e - 0,13 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Na taxa anual (M/M-12), a variação de preços da indústria alcançou, em março, 6,23%, com as seguintes variações: bens de capital, 5,27% (0,45 p.p.); bens intermediários, 8,93% (5,02 p.p.); e bens de consumo, 2,15% (0,76 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,40 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,36 p.p.
Seis setores são destaques em março
Indústrias extrativas: neste mês, os preços variaram 4,37%, em relação a fevereiro. Com isso, a variação acumulada, nos três primeiros meses de 2018, ficou em 8,03%. Na comparação com março de 2017, observou-se variação de 20,23% nos preços do setor. Assim, as Indústrias Extrativas apresentaram as maiores variações de preços nos três indicadores analisados (M/M-1; acumulado; e contra mesmo mês do ano anterior, M/M-12), para o mês de março deste ano, na indústria geral.
Destacaram-se os preços dos produtos: “minérios de ferro” e “óleos brutos de petróleo”. Na influência, os indicadores M/M-1, acumulado no ano e M/M-12 do setor representaram 0,18 p.p. em 1,05%, 0,31 p.p. em 1,91% e 0,74 p.p. em 6,23%, sobre os indicadores da indústria geral respectivamente.
Alimentos: em março, os preços do setor variaram, em média, 1,13%. Na série, o primeiro resultado positivo que supera o atual foi o de julho de 2016, 1,74%. Nos 21 meses que separam julho de 2016 de março de 2018, 10 resultados foram positivos e 11 negativos, mas, vale dizer, a variação acumulada neste período foi de - 3,90%.
Em março, depois de 14 meses com taxas negativas, o acumulado no ano apresentou uma variação positiva, de 0,90% (em dezembro de 2016, a primeira taxa positiva antes de março de 2018, havia sido de 8,79%). Já na perspectiva do M/M-12, as variações permaneceram negativas, como tem sido nos últimos 10 meses, porém com uma taxa menos intensa do que aquelas observadas de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018, -2,15% (em dezembro de 2017, -7,28%; janeiro de 2018, -6,18%; e fevereiro, -4,07%).
O destaque ao setor se deu pelo fato de, além de ser o de maior importância no cálculo das indústrias extrativas e de transformação, ter sido a segunda maior influência na comparação de março de 2018 contra fevereiro de 2018, ou seja, a variação observada respondeu por 0,21 p.p. em 1,05% (a primeira atividade em influência foi Outros produtos químicos, 0,28 p.p.).
Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor variaram, em média, 0,74%, resultado que ocorre depois de as taxas de janeiro (3,15%) e fevereiro (-3,15%) praticamente terem se anulado. Deste modo, em março o acumulado no ano foi de 0,63%. Já na comparação março de 2018/março de 2017, a variação foi de 18,50%, depois de ter sido de 13,81% em fevereiro.
O destaque dado ao setor se deve ao fato de aparecer em segundo lugar tanto em termos de variação e em primeiro em termos de influência (1,87 p.p., em 6,23%), na perspectiva da comparação anual (março de 2018/março de 2017). O comportamento dos preços do setor, no último ano, levou a série de número-índice ao seu ponto máximo, os últimos quatro pontos são os mais altos, o de janeiro de 2018, 132,46, o mais alto, e o de março, 129,23, o segundo.
Outros produtos químicos: a indústria química no mês de março apresentou uma variação média de preços, em relação a fevereiro, de 2,86%, a segunda mais elevada entre as atividades analisadas na pesquisa, completando sete meses seguidos de elevação de preços (15,97% neste período).
Com isso resultou em uma variação positiva de 5,97% no acumulado do ano e 11,70% nos 12 últimos meses, situação bem diversa da que ocorreu em março de 2017, quando o acumulado em 12 meses alcançou -3,39%.
Os produtos em destaque no caso de influência no mês contra mês anterior foram: “PEAD”, “herbicidas para uso na agricultura”, “PEBD” e “polipropileno (PP)”, sendo que destes, quando se consideram os quatro que mais influenciaram os resultados acumulados no ano, sai “PEBD” e entra “etileno (eteno) não saturado”. Os que mais influenciaram os resultados nos últimos 12 meses apresentam a entrada de “propeno (propileno) não saturado” e “soda ou potassa cáustica”, com a saída de “herbicidas para uso na agricultura” e “PEAD”.
Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior influenciaram o resultado líquido positivo em 1,33 p.p., no resultado de variação de 2,86% no mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram positivamente com 1,53 p.p.
Metalurgia: de fevereiro para março de 2018, houve uma variação de 1,56%, sexta variação positiva nos sete últimos meses (em janeiro de 2018 a variação foi de -0,06%) e terceira maior variação positiva entre todas as variações das atividades analisadas pelo IPP. Desta forma, a atividade acumulou no ano uma variação de 4,04% e nos últimos 12 meses 10,10% (17ª variação positiva consecutiva neste tipo de indicador). Uma análise dos números-índices da série indica que, entre dezembro de 2013 (base da série) e março de 2018, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 35,73%.
Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando os resultados do mês contra mês anterior, todos os que são derivados do aço tiveram valores positivos e apenas “ligas de alumínio em formas brutas”, que é um produto do grupo dos metais não ferrosos, apresentou um valor negativo.
Dentre os produtos que mais influenciaram o resultado no mês aparecem praticamente os mesmos produtos, apenas “vergalhões de aços ao carbono” sendo substituído por “alumínio não ligado em formas brutas”. Estes quatro produtos representaram 1,43 p.p. da variação no mês, ou seja, 0,13 p.p. é a influência dos demais 18 produtos.
Veículos automotores: em março, a variação observada no setor foi de 0,20%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Essa foi a sétima variação positiva consecutiva e a 19ª nos últimos 20 meses (apenas agosto de 2017 apresentou variação negativa de preços, na faixa de -0,08%). Com este resultado, a variação acumulada no ano alcançou 1,71%. A título de comparação, em março de 2017 o acumulado era de 0,85%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 5,45%.
Além de ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 11,24% - atrás apenas dos setores de alimentos (19,68%) e refino de petróleo e produtos de álcool (11,78%) – a atividade de veículos automotores também se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por apresentar a quarta maior influência na variação acumulada no ano (0,18 p.p. em 1,91%).
Entre os quatro produtos de maior influência em relação ao mês anterior, três deles tiveram impacto positivo no índice: “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”, “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão trator para reboques e semi-reboques” – todos estão entre aqueles que apresentam os maiores pesos no setor. Apenas o produto “caixas de marcha para veículos automotores” apresentou variação negativa no indicador.
A influência desses quatro produtos que mais impactaram a variação mensal foi de 0,18 p.p., ou seja, os demais 21 produtos da atividade contribuíram com o restante para que a variação mensal de 0,20% fosse atingida.
Produtos químicos puxam aumento nos preços ao produtor em março
O Índice de Preços ao Produtor, divulgado hoje pelo IBGE, variou 1,05% em março frente a fevereiro. Essa é a maior alta desde novembro de 2017, quando foi registrado índice de 1,40%. Das 24 atividades monitoradas pela pesquisa, Outros Produtos Químicos, com variação de 2,86% em fevereiro, foi a categoria que mais contribuiu para o resultado.
Apesar de o setor deter somente o quarto maior peso na pesquisa (10,44%) – atrás de Alimentos (19,68%), Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (11,78%) e Veículos (11,24%) – o segmento têm sofrido muitas instabilidades de mercado conforme explica o gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão.
“A alta nos custos está muito ligada aos resultados internacionais, aos custos da matéria-prima importada, aos preços dos derivados de petróleo, redução da oferta de alguns produtos por paradas ocorridas em algumas unidades produtivas, ao aumento do dólar e variação de preços de produtos do próprio setor nos últimos meses”, comenta.
Dentre as demais categorias que exerceram as maiores influências no resultado mensal, destacam-se Alimentos, com variação de 1,13%, Indústria Extrativa, 4,37%, e Metalurgia com 1,56%. Por outro lado, Máquinas e Equipamentos, Bebidas e Derivados do Petróleo e Biocombustíveis tiveram redução de, respectivamente, 0,47%, 1,53% e 3,15% no mês.
Com o resultado de março, o IPP acumulou 1,91% em 2018. Nos últimos doze meses, a variação chegou a 6,23%.
Repórter: João Neto
Imagem: Flickr - Daiane Souza - UNB
Arte: Helena Pontes
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20981-indice-de-precos-ao-produtor-sobe-1-05-em-marco.html
MINERAÇÃO
CIA VALE DO RIO DOCE. 25/04/2018. Desempenho da Vale no 1T18. Vale mostrou notável flexibilidade e uma ótima performance durante um primeiro trimestre muito complexo
O CEO da Vale, Fabio Schvartsman, comentou os resultados do 1T18: “Estamos bem posicionados parar gerar retornos significativos aos nossos acionistas, alavancando nosso portfólio de produtos premium e flexível. Estamos satisfeitos porque a Vale mostrou notável flexibilidade e uma ótima performance durante um primeiro trimestre muito complexo, o que foi fundamental para alcançarmos o mesmo EBITDA do 4T17, apesar do desafio de volumes sazonalmente menores”. E concluiu: “Estou comprometido em transformar a Vale em uma empresa mais previsível, para que, em qualquer cenário de preços, o mercado possa facilmente prever seu desempenho. Isso só será possível se tivermos total controle de tudo que não seja preços, o que significa que teremos uma política de alocação de capital muito rigorosa, um foco constante em desempenho e esforços contínuos de otimização de custos”.
- A flexibilidade da cadeia de valor da Vale levou ao recorde de volumes de vendas de minério de ferro e pelotas para um primeiro trimestre, apesar do desafio de uma menor produção sazonal. Consequentemente, o EBITDA ajustado foi de US$ 3,971 bilhões no 1T18, permanecendo praticamente em linha em relação ao 4T17.[1]
- A Vale teve uma forte geração de caixa operacional no 1T18, que, somada aos recursos da venda dos ativos de fertilizantes e ao Project Finance de Moçambique, suportou o aumento do fluxo de caixa em relação ao 4T17, totalizando US$ 5,015 bilhões, a melhor performance desde 1T11, o que permitiu uma redução substancial da dívida líquida de US$ 3,242 bilhões no trimestre. “O primeiro trimestre de 2018 foi marcado pela desalavancagem, com a dívida líquida atingindo US$ 14,9 bilhões, o menor nível desde o 2T11, mesmo pagando US$ 1,4 bilhão de remuneração aos acionistas. No curto prazo, atingiremos a meta de US$ 10 bilhões da dívida líquida, e nosso sólido balanço e forte geração de caixa nos permitirão aumentar substancialmente a remuneração aos acionistas”, destacou o CFO da Vale, Luciano Siani Pires.
- De acordo com a nossa estratégia de adotar um processo rigoroso de alocação de capital baseado em retornos, o CAPEX atingiu US$ 890 milhões, o menor nível para um primeiro trimestre desde 1T05, seguindo a tendência de ficar abaixo de US$ 1 bilhão trimestralmente, e reforçando o nosso guidance para o CAPEX de US$ 3,8 bilhões em 2018.
- O segmento de Minerais Ferrosos teve um ótimo resultado no 1T18, com o EBITDA ajustado atingindo US$ 3,408 bilhões no 1T18, como resultado das contribuições de maior qualidade e prêmio médio, que aumentaram o preço realizado wmt CFR/FOB da Vale, refletindo: (a) a flexibilidade das operações; (b) a gestão ativa de nossa cadeia de valor; (c) o aumento da participação dos produtos premium no total de vendas.
- O portfólio de produtos premium e flexível da Vale é o mais bem posicionado para se beneficiar da tendência de “flight to quality”. No 1T18, a Vale atingiu mais um marco na melhora do teor de Fe, na realização de preço e na contribuição de pelotas, que resultou na redução do EBITDA breakeven[2],3 de minério de ferro e pelotas para US$ 30,5/dmt no 1T18. Isto significou uma redução de US$ 1,7/t em relação ao 4T17 e um maior EBITDA ajustado por tonelada dos Minerais Ferrosos[3], que totalizou US$ 39,8/t no 1T18, representando um aumento de US$ 3,7/t em relação ao 4T18. “A Divisão de Minerais Ferrosos da Vale está seguindo sua estratégia bem definida de value over volume e tem otimizado progressivamente a realização de preço e margens baseadas na proporção crescente de produtos premium assim como a gestão ativa de sua cadeia de valor”, comentou Peter Poppinga, diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão.
- A decisão da Vale de reiniciar a planta de pelotização Tubarão II e a negociação de melhores condições para o prêmio da pelota em média US$ 60/wmt para o ano, ficando US$ 10/wmt acima de 2017, foram percebidas nos resultados, com o EBITDA ajustado de pelotas, totalizando US$ 763 milhões no 1T18, o que equivale a um aumento de 13% em relação ao 4T17, e representando 19% do total do EBITDA ajustado da Vale.
- A Vale é um player de níquel premium com um mix de produtos único e posição de mercado diferenciada, tendo se beneficiado dos maiores preços de níquel no 1T18, resultando em um EBITDA ajustado de Metais Básicos de US$ 644 milhões. “Estamos focados em melhorar ainda mais a competitividade do negócio de Metais Básicos, otimizando as margens e mantendo a opcionalidade do níquel num cenário de maior demanda por níquel Classe I. No 1T18, compensamos parcialmente as limitações de produção não planejadas na mina de Coleman em Sudbury com o foco de marketing na maximização da realização de preço de nosso mix de produtos prêmio”, comentou Eduardo Bartolomeo, diretor-executivo de Metais Básicos.
- A VNC registrou seu melhor resultado pelo segundo trimestre consecutivo, com um EBITDA ajustado de US$ 28 milhões no 1T18, refletindo os maiores preços de níquel e cobalto.
- Os resultados do segmento de Carvão da Vale continuaram a melhorar no 1T18, impulsionados por maiores preços realizados, demonstrando o esforço da empresa em aumentar a participação de contratos atrelados ao preço-referência, o que resultou em uma melhora de 41% no EBITDA ajustado do segmento de Carvão, no montante de US$ 104 milhões no 1T18, apesar dos menores volumes de produção.
A Vale anunciou em 29 de março de 2018 uma nova política de dividendos, que foi elaborada para ser: (a) ao mesmo tempo agressiva e sustentável por um longo período; (b) aplicável em qualquer cenário de preço; (c) previsível em relação às datas de pagamento e ao montante a ser distribuído. A política entrará em vigor a partir dos resultados do primeiro semestre de 2018. Assim, de acordo com a nova política, os resultados do 1T18 indicam um pagamento mínimo da remuneração aos acionistas de US$ 1,033 bilhão, o qual será aumentado para o pagamento em setembro de 2018, aplicando-se o indicador de 30% sobre o EBITDA ajustado menos o investimento corrente do 2T18.
Notas
- Excluindo manganês e ferroligas.
- Medido pelos custos e despesas caixa unitários numa base entregue na China (e ajustado por qualidade, diferencial de margem de pelotas e umidade, excluindo ROM).
- Considera o novo critério gerencial de alocação para as despesas gerais e administrativas, conforme descrito no box de “Mudanças de Alocação na Contabilidade Gerencial”.
DOCUMENTO: http://saladeimprensa.vale.com/Paginas/Releases.aspx?r=Desempenho_da_Vale_no_1T18&s=Financas&rID=2138&sID=5
CIA VALE DO RIO DOCE. 16/04/2018. Relatório de Produção e Vendas 1T18. Vale atingiu um novo marco na direção de melhorar o teor de ferro e sua realização de preço
A Vale manteve uma rígida disciplina de produção e vendas no 1T18 como parte de seu compromisso com a maximização de margem sobre volume. Nosso premium e flexível portfólio de produtos é o melhor posicionado para liderar e se beneficiar da tendência de “flight to quality”. Em linha com sua estratégia, no 1T18 a Vale atingiu um novo marco na direção de melhorar o teor de Fe e sua realização de preço.
Isto se traduziu em um volume recorde de vendas de minério de ferro e pelotas para um primeiro trimestre, totalizando 84,3 Mt no 1T18, ficando 6,4 Mt maior do que no 1T17, alcançando o melhor primeiro trimestre histórico, devido à flexibilidade e à ativa gestão da sua cadeia logística.
O mix de vendas da Vale melhorou substancialmente ano contra ano, como resultado do ramp-up de S11D e da decisão de reduzir progressivamente a produção de minério de baixa qualidade. A participação da venda de pelotas, Carajás e minério blendado aumentou para 76% no 1T18 contra os 67% sobre as vendas totais do 1T17. Consequentemente, o mix de vendas dos produtos da Vale alavancou o impacto do ascendente prêmio de mercado, levando a um aumento na qualidade e no prêmio médio do preço CFR/FOB wmt realizado que totalizou US$ 5,2/t no 1T18 contra US$ 2,3/t no 1T17 e US$ 3,9/t no 4T17.
Composição das vendas de minério de ferro e pelotas
- A produção[1] trimestral de minério de ferro atingiu 82,0 Mt no 1T18, ficando 4,2 Mt e 11,4 Mt abaixo do 1T17 e 4T17, respectivamente, devido principalmente à decisão da gestão do 2T17 de reduzir a produção de minério de baixa qualidade, reforçando o posicionamento da Vale como produtor premium e resultando na maior realização de preços e melhor margem desde o 1T17. O período de chuvas mais intenso também impactou a produção do 1T18. Como resultado de uma produção premium e flexível, o teor médio de Fe atingiu 64,4% no 1T18, superando os 63,9% do 1T17 e os 64,3% do 4T17, de longe o melhor resultado entre os concorrentes.
- A produção do Sistema Norte, que compreende Carajás e S11D, foi impulsionada pelo bem-sucedido ramp-up do S11D e atingiu a maior produção de minério de ferro para um primeiro trimestre em 40,6 Mt no 1T18, ficando 12,9% maior do que no 1T17.
- A produção de pelotas no 1T18 foi de 12,8 Mt, ficando 0,4 Mt maior do que a do 1T17 e marcou a retomada da planta de Tubarão II. Os retornos de Tubarão I e da pelotizadora de São Luís estão previstos para o 2T18 e o 3T18, respectivamente, beneficiando-se do aumento dos termos negociados do prêmio de pelotas da média US$ 60/dmt deste ano, um aumento de mais de US$ 10/dmt em relação a 2017.
- A Vale reafirma que o seu guidance de produção para 2018 permanece em torno de 390 Mt, conforme previamente anunciado no Vale Day.
- O volume de produção e das vendas de metais básicos ficou alinhado com a decisão de reduzir o footprint das operações do Canadá, colocando as minas não competitivas em care and maintenance, seguindo a estratégia de otimização de margens e manutenção da opcionalidade no cenário de maior demanda por níquel de class I. Em consequência, a produção de níquel alcançou 58.600 t no 1T18, com vendas de 57.900 t ao passo que os preços de níquel na LME continuaram a melhorar no trimestre para uma média de US$ 13.276/t, comparado aos US$ 11.584/t registrados no 4T17, representando o melhor preço trimestral desde o 1T15. Espera-se que a produção de níquel aumente para 65.000 t no 2T18.
- A Vale adotou um processo rigoroso de alocação de capital baseada em maiores retornos, e isto significa que os projetos só deverão ser aprovados com base em cenários de preços atuais e conservadores, não dependendo de expectativas de preços futuros. Em consequência disso, a produção de Voisey’s Bay foi reduzida para estender a vida útil da mina enquanto o projeto de expansão da mina (Voisey’s Bay Mine Extension) é reavaliado. A mina de Thompson irá passar por uma transição para uma operação de mine-mill no 3T18, quando seu forno e refinaria serão desligados, enquanto a produção na planta de processamento de Long Harbour atingiu o recorde trimestral de 8.600 t em 1T18.
- A produção de cobre atingiu 93.300 t no 1T18, com vendas de 87.700 t. No trimestre, o preço LME médio de cobre de US$ 6,961/t, que apresentou um aumento de 2% sobre os US$ 6,808/t registrados no 4T17, foi o maior preço trimestral desde o 4T14. Espera-se que a produção de cobre atinja em torno de 100.000 t no 2T18.
- Cobalto é um dos principais metais, junto com o níquel, necessários para produzir baterias de alta densidade de energia para uso em veículos elétricos. A Vale é um produtor de cobalto importante, com, aproximadamente, 6% de market share e, aproximadamente, 15% de market share não considerando DRC (República Democrática do Congo). A produção de cobalto totalizou 1.327 t no 1T18, ficando 68 t maior do que no 1T17, capturando as boas condições de mercado com recordes de preço de cobalto na LME de US$ 81.845/t no 1T18 contra US$ 64.516/t no 4T17.
- O volume contido de ouro como subproduto contido nos concentrados de níquel e de cobre alcançou 113.000 oz no 1T18, ficando 7,6% maior do que no 1T17.
Resumo da produção
% Variação
| |||||
000’ metric tons
|
1T18
|
4T17
|
1T17
|
1T18/4T17
|
1T18/1T17
|
Minério de Ferro1
|
81.953
|
93.361
|
86.198
|
-12,2%
|
-4,9%
|
Pelotas
|
12.780
|
12.898
|
12.422
|
-0,9%
|
2,9%
|
Minério de Manganês
|
434
|
553
|
544
|
-21,5%
|
-20,2%
|
Carvão
|
2.432
|
2.576
|
2.434
|
-5,6%
|
-0,1%
|
Níquel
|
58,6
|
78,0
|
71,4
|
-24,9%
|
-17,9%
|
Cobre2
|
93,3
|
113,5
|
107,5
|
-17,8%
|
-13,2%
|
Cobalto
|
1,327
|
1,650
|
1,259
|
-19,6%
|
5,4%
|
Ouro (milhares de onças)
|
113
|
139
|
105
|
-18,7%
|
7,6%
|
¹ Incluindo compra de terceiros, run-of-mine e feed para planta de pelotização.
² Excluindo a produção atribuível à Lubambe..
| |||||
Resumo das vendas
% Variação
| |||||
Mil toneladas métricas
|
1T18
|
4T17
|
1T17
|
1T18/4T17
|
1T18/1T17
|
Minério de Ferro1
|
71.221
|
79.958
|
65.318
|
-10,9%
|
9,0%
|
Pelotas
|
13.125
|
13.579
|
12.582
|
-3,3%
|
4,3%
|
Minério de Manganês
|
338
|
740
|
196
|
-54,3%
|
72,4%
|
Carvão
|
2.497
|
2.943
|
2.568
|
-15,2%
|
-2,8%
|
Níquel
|
57,9
|
79,8
|
72,1
|
-27,4%
|
-19,7%
|
Cobre
|
87,7
|
110,5
|
100,3
|
-20,6%
|
-12,6%
|
1Incluindo compra de terceiros e run-of-mine.
|
DOCUMENTO: http://saladeimprensa.vale.com/Paginas/Releases.aspx?r=Relatorio_de_Producao_e_Vendas_1T18&s=Mineracao&rID=2133&sID=6
SANEAMENTO BÁSICO
IBGE. 26/04/2018. PNAD Contínua: de 2016 para 2017, Centro-Oeste puxa redução no abastecimento diário de água do país
Em 2017, o país tinha 69,8 milhões de domicílios, dos quais 67,8 milhões (97,2%) tinham água canalizada. Destes, 85,7% (ou 59,8 milhões) tinham a rede geral de distribuição como principal fonte de abastecimento de água. Deste último total, 51,8 milhões (ou 86,7%) tinham disponibilidade diária de água. Esse percentual é ligeiramente menor que o de 2016 (87,3%) e essa variação foi puxada, principalmente pelo Centro-Oeste onde, entre 2016 e 2017, reduziu-se de 94,8% para 81,4% a proporção de domicílios com disponibilidade diária de água pela rede geral. No Distrito Federal, percentual de domicílios com abastecimento diário de água caiu de 99,7% para 43,3%, no período.
A pesquisa mostra que 97,7% dos domicílios possuíam banheiro de uso exclusivo e que em 66,0% deles o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa ligada à rede. Em 30,3% (21,1 milhões de domicílios) o esgotamento sanitário era feito por meio de fossa não ligada à rede, enquanto em 2,9% (2,0 milhões de domicílios) havia outra forma (diretamente para o rio, por exemplo), percentual que chegava a 8,8% na região Norte.
O percentual de domicílios onde a coleta de lixo era feita diretamente por serviço de limpeza foi de 82,9%. Em 7,9% dos domicílios o lixo era recolhido em caçamba de serviço de limpeza, enquanto em 7,9% deles o lixo era queimado na propriedade. Esta modalidade chegava a 18,2% no Norte e a 16,0% no Nordeste.
De 2016 a 2017, passou de 92,3% para 92,7% a proporção dos domicílios onde pelo menos um morador tinha telefone celular, enquanto a proporção relativa ao telefone fixo caiu de 34,5% para 32,1%. Na região Norte, o percentual de domicílios com celulares cresceu de 88,1% a 88,8%. Já o percentual de domicílios com telefone fixo teve redução em todas as regiões, com destaque para o Sudeste (de 50,0% para 47,0%).
No país, o percentual de domicílios onde havia computador, inclusive portáteis, recuou de 46,2% para 44,0%, nesse período. Todas as regiões tiveram queda nessa proporção.
A máquina de lavar roupa estava presente em 63,8% dos domicílios, em 2017, contra 63,0% em 2016. A menor proporção de domicílios com esse bem durável estava no Nordeste (34,3%) e a maior, no Sul (84,4%). No Brasil, em 47,6% dos domicílios havia carro, em 22,4% havia motocicleta e em 10,8%, ambos.
Em 2017, a população residente no Brasil foi estimada em 207,1 milhões de pessoas, 4,2% maior que em 2012. Os maiores aumentos populacionais no período foram no Centro-Oeste (7,6%) e no Norte (7,3%).
Entre 2012 e 2017, a população declarada branca era de 90,4 milhões de pessoas, em 2017, uma redução de 2,4% em relação a 2012 (92,6 milhões). As populações preta e parda cresceram 21,8% e 7,7%, respectivamente, no período.
Essas informações fazem parte do módulo Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) 2017, que traz dados sobre domicílios (cobertura e material das paredes, se próprio ou alugado, principais bens duráveis existentes, presença de banheiro, ligação com rede geral de abastecimento de água, esgoto e energia elétrica e destinação do lixo) para 2016 e 2017, e seus moradores (distribuição geográfica da população, sexo e idade e cor ou raça), de 2012 a 2017.
No Distrito Federal, o abastecimento diário de água caiu de 99,7% para 43,3%
Entre os 69,8 milhões de domicílios de todo o país, estimados pela PNAD Contínua em 2017, 97,2% (67,8 milhões de domicílios) possuíam água canalizada. Em 85,7% deles, a principal fonte de abastecimento de água era a rede geral de distribuição. Em 6,6% dos domicílios, a principal fonte de abastecimento era poço profundo ou artesiano; em 3,3%, poço raso, freático ou cacimba; 2,1% fonte ou nascente e em 2,3% outra forma de abastecimento.
Entre os domicílios abastecidos pela rede geral, 86,7% dispunham da rede diariamente; 6,0%, com frequência de 4 a 6 vezes na semana e 5,4%, de 1 a 3 vezes. Em relação a 2016, houve um aumento (20,4%) de 607 mil domicílios com distribuição de água da rede geral de 4 a 6 vezes na semana, enquanto que em domicílios com distribuição de água da rede de 1 a 3 vezes na semana houve uma redução (6,2%) de 217 mil domicílios.
Disponibilidade da rede geral de abastecimento de água, por regiões (%)
Entre as grandes regiões, o percentual de domicílios com água canalizada variou de 92,2%, no Nordeste, a 99,8%, no Sul. A região Norte apresentou a menor proporção de domicílios em que a principal fonte de abastecimento de água era a rede geral de distribuição (59,2%), enquanto no Sudeste estava a maior (92,5%).
Quanto à disponibilidade da rede geral, o Nordeste registrou o menor percentual de domicílios com disponibilidade diária (66,0%), ao passo que a região Sul, o maior (97,5%). De 2016 para 2017, o Centro-Oeste apresentou uma redução na disponibilidade diária de 94,8% dos domicílios para 81,4%, enquanto a distribuição de água da rede geral de 4 a 6 vezes na semana aumentou de 3,0% para 14,6%. O principal motivo para esse comportamento foi o racionamento de água que ocorreu em 2017 no Distrito Federal, causando uma redução da disponibilidade diária de 99,7% (2016) para 43,3% (2017) e aumento da distribuição de água da rede geral de 4 a 6 vezes na semana de 0,2% (2016) para 54,0% (2017).
No Centro-Oeste, diminuiu o percentual de domicílios com energia elétrica em tempo integral
A pesquisa mostra que 99,8% dos domicílios do Brasil recebiam energia elétrica, seja fornecida pela rede geral, seja por fonte alternativa. Em 99,5% do total (69,4 milhões de domicílios), havia energia elétrica proveniente da rede geral e a disponibilidade era em tempo integral em 99,2% dos casos (68,8 milhões de domicílios).
Na região Norte, 98,9% dos domicílios tinham energia elétrica proveniente da rede geral ou de fonte alternativa, enquanto nas outras regiões, essa proporção variava de 99,5% a 100%. No Norte, onde 96,4% dos domicílios utilizavam energia proveniente da rede geral, 98,9% dispunham, também, de fonte alternativa.
Dentre os domicílios que tinham a rede geral como fonte de energia elétrica, os percentuais dos que possuíam disponibilidade da rede em tempo integral foram: 99,3% no Sudeste; 99,2% no Sul e Nordeste; 98,6% na região Norte; e 98,3% no Centro-Oeste. Esta região, em 2016, tinha um percentual da rede em tempo integral de 99,2%, ou seja, apresentou uma queda neste tipo de disponibilidade.
Em cerca de um terço dos domicílios, o esgotamento não é feito pela rede geral
A pesquisa mostra que 97,7% dos domicílios do país possuíam banheiro de uso exclusivo e que em 66,0% (65,9% em 2016) deles o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa ligada à rede. Em 30,3% (21,1 milhões de domicílios) o esgotamento sanitário era feito por meio de fossa não ligada à rede, enquanto em 2,9% (2,0 milhões de domicílios) havia outra forma de esgotamento sanitário (diretamente para o rio, por exemplo). Em 2016, o esgotamento por meio de fossa não ligada à rede ocorria em 29,7% dos domicílios, enquanto 2,8% usavam outra forma.
Formas de esgotamento sanitário, por regiões (%)
O percentual de domicílios que possuíam banheiro de uso exclusivo do domicílio variou de 91,1%, na região Norte, a 99,7%, no Sudeste. Por outro lado, a proporção de domicílios em que o esgotamento era feito pela rede geral ou fossa ligada à rede foi bem diferente entre as regiões. Em relação a 2016, essas proporções tiveram variações positivas nas regiões Norte (de 18,9% para 20,3%), Nordeste (de 44,3% para 45,1%) e Sul (64,8% para 65,9%), enquanto o Sudeste (89,0% para 88,9%) mostrou estabilidade e o Centro-Oeste teve variação negativa (de 54,9% para 52,8%).
Quanto à fossa não ligada à rede, o Norte teve o maior percentual em 2017 (69,2%) e o Sudeste o menor (8,9%), embora os dois tenham aumentado em relação a 2016, em que eram 68,1% e 8,6%, respectivamente. Cabe destacar que na região Norte 8,8% dos domicílios utilizavam outra forma de esgotamento (9,4% em 2016), proporção superior à observada nas demais regiões, contrastando com o resultado nacional (2,9%).
A queima do lixo na propriedade chegava a 18,2% no Norte e 16,0% no Nordeste
Em 2017, o percentual de domicílios do país cujo lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza foi de 82,9% (57,8 milhões de domicílios). Em 7,9% dos casos (5,5 milhões de domicílios), o lixo era coletado em caçamba de serviço de limpeza e em 7,9% (5,5 milhões de domicílios) era queimado na propriedade.
O destino do lixo mostrou predominância da coleta diretamente por serviço de limpeza em todas as regiões, mesmo apresentando diferenças entre elas. As regiões com percentuais inferiores abaixo do resultado nacional foram Nordeste (69,6%) e Norte (69,8%). Sudeste (91,6%), Sul (86,1%) e Centro-Oeste (85,1%), por outro lado, apresentaram proporções superiores ao país (82,9%).
Nas regiões Sul (8,4%), Sudeste (5,0%) e Centro-Oeste (7,2%), o segundo destino mais frequente do lixo era a caçamba de serviço de limpeza. Já o Norte (18,2%) e o Nordeste (16,0%) tiveram a queima do lixo na propriedade como segundo destino principal.
Destinos do lixo, por regiões (%)
Todas as regiões tiveram aumento do telefone celular
Entre 2016 e 2017, houve uma pequena variação positiva (de 92,3% para 92,7%) na proporção de domicílios do país onde pelo menos um morador possuía telefone celular, enquanto o telefone fixo caiu de 34,5% para 32,1%. A presença de telefone celular apresentou seus menores percentuais nas regiões Norte (88,8%) e no Nordeste (89,1%). Sudeste (93,9%), Sul (95,0%) e Centro-Oeste (96,9%) registraram percentuais superiores a 90%. A presença de telefone fixo, por sua vez, mostrou maior diferença regional: o Sudeste registrou a maior proporção (47,0%), seguida do Sul (35,8%) e do Centro-Oeste (29,0%). Nordeste (12,6%) e Norte (10,6%) apresentaram as menores proporções. O telefone celular cresceu em todas as regiões entre 2016 e 2017, com destaque para o Norte (de 88,1% a 88,8%). Por outro lado, o telefone fixo caiu de 50,0% para 47,0% no Sudeste.
A geladeira foi outro item encontrado na quase totalidade dos domicílios, com presença de 98,1%. Entre as grandes regiões, não houve percentual inferior a 90%, variando de 93,2%, no Norte, a 99,3%, no Sudeste, e 99,4% na região Sul.
A posse de máquina de lavar roupa apresentou maiores diferenças entre as regiões, com presença em 63,8% dos domicílios nacionais. O menor percentual foi obtido na região Nordeste (34,3%), seguida da Norte (40,8%). As regiões de maior presença desse bem foram Sul (84,4%), Sudeste (77,6%) e Centro-Oeste (68,8%).
Em 2017, 96,8% dos domicílios possuíam televisão no Brasil (em 2016 este percentual era de 97,4%). Essa proporção variou de 92,8%, na região Norte, a 97,9%, no Sudeste. Em todas as regiões, o percentual de domicílios que possuem televisão caiu, com a maior queda na região Norte, de 93,9% para 92,8%.
No Brasil, 44,0% dos domicílios possuíam microcomputador em 2017, inclusive portáteis, enquanto em 2016 eram 46,2%. A região Sudeste registrou o maior percentual (52,2%), seguida das regiões Sul (51,5%); Centro-Oeste (46,2%); Nordeste (29,9%) e Norte (28,2%). Todas as regiões apresentaram queda neste aspecto na comparação com 2016.
No Brasil, havia carro em 47,6% dos domicílios, motocicleta em 22,4% e ambos em 10,8%. A região Sul apresentou o maior percentual de posse de carro (67,5%), ao passo que Norte (26,9%) e Nordeste (27,0%) registraram as menores proporções neste aspecto e foram as únicas a ter percentuais de posse de motocicleta (32,6% e 29,8%, respectivamente) superiores aos de carro. A região Centro-Oeste, por sua vez, teve a maior proporção de posse de ambos os bens (15,8%). Todas as regiões apresentaram aumento de domicílios com automóvel ou motocicleta entre os anos de 2016 e 2017.
População residente no Brasil foi estimada em 207,1 milhões de pessoas
Em 2017, a população residente no Brasil foi estimada em 207,1 milhões de pessoas, 4,2% maior que em 2012, quando foi estimada em 198,7 milhões. As regiões Centro-Oeste (7,6%) e Norte (7,3%) apresentaram os maiores aumentos populacionais no período, contudo possuíam as menores participações na população total (7,6% e 8,5%, respectivamente). A região Sudeste, por sua vez, concentrava 42,0% da população residente. Enquanto os homens representavam 48,4% da população residente, as mulheres correspondiam a 51,6%.
Grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade cresceu de 12,8% para 14,6%
Foi mantido o alargamento do topo e o estreitamento da base da estrutura etária, evidenciando a tendência de envelhecimento populacional. Houve redução dos percentuais de homens em quase todas as faixas etárias até 34 anos, com exceção da faixa de 20 a 24 anos, que caiu até 2016 (de 8,3% para 7,9%), mas teve leve aumento em 2017 (8,2%); e aumento a partir da faixa de 35 a 39 anos. Entre as mulheres, observou-se redução dos percentuais até a faixa de 30 a 34 anos de idade, e aumento nas seguintes.
A população masculina apresentou perfil mais jovem que a feminina: os homens de até 24 anos eram 18,7% (20,0% em 2012) do total em 2017, enquanto as mulheres, 17,9% (19,5% em 2012). Por outro lado, os homens de 60 anos ou mais eram 6,4%, da população em 2017 (5,7% em 2012) e as mulheres desta faixa etária, 8,2% (7,2% em 2012).
Entre 2012 e 2017, o grupo das pessoas de 60 anos ou mais cresceu de 12,8% para 14,6%. O contingente de pessoas nessa faixa etária cresceu 18,8%. A parcela de crianças de 0 a 9 anos na população residente, no entanto, caiu de 14,1% para 13,0% no período. Houve uma redução de 3,6% do contingente nessa faixa etária. No Norte, 35,8% das pessoas tinham menos de 20 anos, e 31,0% estavam nesse grupo no Nordeste. Essas regiões tiveram quedas mais acentuada da população de menos de 20 anos desde 2012, se comparadas às outras. Ainda observando a região Norte, 18,9% da população tinha 50 anos ou mais, enquanto 28,9% das pessoas da Sudeste e 29,9% da Sul estavam nesse grupo.
Populações preta e parda cresceram 21,8% e 7,7%
A população declarada branca era de 90,4 milhões de pessoas em 2017, uma redução de 2,4% na comparação com 2012 (92,6 milhões). Em contrapartida, as populações preta e parda cresceram 21,8% e 7,7%, respectivamente, no período.
A população branca, em 2017, representava 43,6% da população residente, ao passo que a preta era 8,6% do total e pardos correspondiam a 46,8%. Em 2012, as pessoas declaradas brancas totalizavam 46,6%, enquanto 45,3% eram pardas e 7,4%, pretas.
Marcantes diferenças regionais foram verificadas na composição da população por cor ou raça. Em 2017, 75,6% da população da Região Sul declaravam-se brancos; 19,6%, pardos; e apenas 4,2%, pretos. Por outro lado, na Norte, 71,2% da população eram pardos; 20,1%, brancos e 7,1%, pretos. Na Sudeste, aquela com a maior população residente, 51,2% eram brancos; 38,4%, pardos e 9,3%, pretos.
Norte e Nordeste convivem com restrições no acesso a saneamento básico
O acesso a serviços de saneamento básico segue como desafio no Norte e no Nordeste do Brasil, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e dos Domicílios, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. As duas regiões permanecem abaixo da média nacional em abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo.
As regiões vivem dificuldades diferentes em relação ao abastecimento de água. A Norte tem apenas 59,2% dos domicílios ligados à rede geral de distribuição, bem menos que os 85,7% do registrado nacionalmente e os 92,5% do Sudeste. Enquanto isso, é mais comum nesta região o abastecimento por poço profundo ou artesiano (19,6% contra 6,6% no país) e poço raso freático ou cacimba (15,0% contra 3,3% nacionalmente).
No Nordeste, a rede geral de abastecimento é um pouco mais extensa, alcançando 80,3% dos domicílios. O resultado não fica muito abaixo do número nacional, mas a disponibilidade do serviço revela outra realidade. Enquanto no país 86,7% das residências com rede geral recebe a água diariamente, no Nordeste esse percentual cai para 66,0%. No Norte, por exemplo, o acesso era diário em 88,1% dos domicílios ligados à rede.
“São duas situações ruins: uma que tinha acesso, mas não diário; na outra, era um percentual menor que tinha acesso à rede geral”, pontua a gerente da PNAD Contínua, Maria Lúcia Vieira.
Em relação ao esgotamento sanitário, Norte e Nordeste são as únicas regiões em que o percentual de domicílios ligados à rede geral diretamente ou via fossa é menor que 50%, enquanto a média nacional é de 66%. No Norte, 69,2% das residências despejam seu esgoto em fossas não ligadas à rede, percentual que chega a 48,2% no Nordeste.
“Há uma diferença regional bem acentuada. O Sudeste tem 88,9% dos domicílios ligados à rede ou com fossa ligadas a ela”, lembra Maria Lúcia. “É uma questão de infraestrutura. Essas regiões precisam de investimento adequado para melhorar essa rede de esgotamento”, completa.
A restrição na coleta de lixo, por outro lado, é outro desafio de Norte e Nordeste. Ambas as regiões estão no mesmo patamar em relação à coleta direta (69,8% e 69,6% dos domicílios, respectivamente) e por caçamba (10,2% e 12,1%), enquanto esses dados chegam a 91,6% (coleta direta) e 5,0% (caçamba) no Sudeste, por exemplo. No Brasil, 82,9% das residências têm lixo coletado diretamente e 7,9% por caçamba.
O problema se agrava na questão do lixo queimado na propriedade (18,2% no Norte e 16,0% no Nordeste), que ultrapassada o dobro do resultado nacional (7,9%) nas duas regiões. No Sudeste, esse percentual é de apenas 2,8% dos domicílios.
“É algo preocupante porque a queima do lixo na propriedade tem impacto ambiental não só na fumaça produzida, mas também nos resíduos que ficam no solo”, encerra Maria Lúcia.
Repórter: Rodrigo Paradella
Imagem: Valter Campanato / Agência Brasil
Arte: Marcelo Barroso
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20978-pnad-continua-de-2016-para-2017-centro-oeste-puxa-reducao-no-abastecimento-diario-de-agua-do-pais.html
PERFIL POPULACIONAL
IBGE. 26/04/2018. Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017
A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada hoje pelo IBGE.
Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. As mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3 milhões (44% do grupo).
“Não só no Brasil, mas no mundo todo vem se observando essa tendência de envelhecimento da população nos últimos anos. Ela decorre tanto do aumento da expectativa de vida pela melhoria nas condições de saúde quanto pela questão da taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher vem caindo. Esse é um fenômeno mundial, não só no Brasil. Aqui demorou até mais que no resto do mundo para acontecer”, explica a gerente da PNAD Contínua, Maria Lúcia Vieira.
Entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos cresceu em todas as unidades da federação, sendo os estados com maior proporção de idosos o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, ambas com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos ou mais. O Amapá, por sua vez, é o estado com menor percentual de idosos, com apenas 7,2% da população.
Autodeclaração de pretos e pardos aumenta
Outro fenômeno recente é o aumento na autodeclaração de pretos e pardos nos últimos anos. De 2012 a 2017, os dois grupos cresceram consistentemente: os pretos foram de 7,4% da população para 8,6%, enquanto os pardos saíram de 45,3% para 46,8%. Os que se dizem brancos, por outro lado, caíram de 46,6% para 43,6%.
Como são os próprios entrevistados que definem sua cor ou raça, esse fenômeno pode ser explicado em grande parte por uma mudança cultural nos últimos anos.
“Podemos explicar isso por duas hipóteses. A primeira é a miscigenação da população. A população vai casando e se reproduzindo fora de sua etnia. A segunda hipótese é a questão das políticas de afirmação, das pessoas entenderem a importância de se dizer de determinada cor e não mais dizer que é de outra. É entender a importância de sua própria origem, de sua cor ou raça”, conclui Maria Lúcia.
O estado com maior percentual de população parda é o Amazonas, com 76,7%, enquanto a Bahia é a unidade da federação com maior proporção de pretos (20,9%) e Santa Catarina é a que tem mais brancos (82,8%).
Repórter: Rodrigo Paradella
Imagem: Governo da Bahia
Arte: Marcelo Barroso
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017.html
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LGCJ.: