US ECONOMICS
DoC. BEA. April 30, 2018. PERSONAL INCOME AND OUTLAYS, MARCH 2018
Personal income increased $47.8 billion (0.3 percent) in March according to estimates released today by the
Bureau of Economic Analysis. Disposable personal income (DPI) increased $39.8 billion (0.3 percent) and personal
consumption expenditures (PCE) increased $61.7 billion (0.4 percent).
Real DPI increased 0.2 percent in March and Real PCE increased 0.4 percent. The PCE price index increased less
than 0.1 percent. Excluding food and energy, the PCE price index increased 0.2 percent.
2017 2018 Nov. Dec. Jan. Feb. Mar. Percent change from preceding month Personal income: Current dollars 0.3 0.4 0.4 0.3 0.3 Disposable personal income: Current dollars 0.3 0.4 0.9 0.3 0.3 Chained (2009) dollars 0.1 0.2 0.5 0.1 0.2 Personal consumption expenditures (PCE): Current dollars 0.7 0.5 0.2 0.0 0.4 Chained (2009) dollars 0.5 0.3 -0.1 -0.2 0.4 Price indexes: PCE 0.2 0.1 0.4 0.2 0.0 PCE, excluding food and energy 0.1 0.2 0.3 0.2 0.2 Price indexes: Percent change from month one year ago PCE 1.7 1.7 1.7 1.7 2.0 PCE, excluding food and energy 1.5 1.5 1.5 1.6 1.9
The increase in personal income in March primarily reflected increases in wages and salaries, social security benefits,
and dividend income (table 3).
The $50.0 billion increase in real PCE in March reflected an increase of $24.2 billion in spending for goods and a
$26.8 billion increase in spending for services (table 7). Within goods, purchases of recreational goods and vehicles
was the leading contributor to the increase. Within services, the largest contributor to the increase was spending for
household electricity and gas. Detailed information on monthly real PCE spending can be found in Table 2.3.6U.
Personal outlays increased $62.3 billion in March (table 3). Personal saving was $460.6 billion in March and the personal
saving rate, personal saving as a percentage of disposable personal income, was 3.1 percent (table 1).
Updates to Personal Income and Outlays
Estimates have been revised for January and February. The percent change from the preceding month for current-dollar
personal income, and for current-dollar and chained (2009) dollar DPI and PCE -- revised and as published in last month's
release -- are shown below.
Change from preceding month January February Previous Revised Previous Revised Previous Revised Previous Revised (Billions of dollars) (Percent) (Billions of dollars) (Percent) Personal income: Current dollars 74.7 64.2 0.4 0.4 67.3 57.1 0.4 0.3 Disposable personal income: Current dollars 142.7 129.3 1.0 0.9 53.9 42.6 0.4 0.3 Chained (2009) dollars 75.7 63.9 0.6 0.5 22.7 15.9 0.2 0.1 Personal consumption expenditures: Current dollars 21.3 32.7 0.2 0.2 27.7 1.6 0.2 0.0 Chained (2009) dollars -27.7 -17.9 -0.2 -0.1 1.4 -18.6 0.0 -0.2
FULL DOCUMENT: https://www.bea.gov/newsreleases/national/pi/2018/pdf/pi0318.pdf
DoC. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. Inflação anual nos EUA medida pelo PCE salta em março; gastos do consumidor avançam
WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor dos Estados Unidos aceleraram no ano até março, com a taxa de inflação subindo para perto da meta de 2 por cento do Federal Reserve uma vez que as leituras fracas do ano passado saíram do cálculo.
A alta nas medidas anuais de inflação informada pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta segunda-feira era esperada por economistas e autoridades do banco central do país e não deverá alterar o ritmo gradual de aumento da taxa de juros do Fed.
Os preços ao consumidor medidos pelo índice PCE saltaram 2 por cento na base anual em março. Esse foi o maior aumento desde fevereiro de 2017, após alta de 1,7 por cento em fevereiro.
Na comparação mensal, o índice ficou estável, depois de subir 0,2 por cento em fevereiro.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços do PCE subiu 1,9 por cento nos 12 meses até março, o maior aumento desde fevereiro de 2017, após ter subido 1,6 por cento em fevereiro. O chamado núcleo do PCE subiu 0,2 na comparação mensal, após avanço similar em fevereiro.
O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Fed, e o resultado do mês passado ficou em linha com as expectativas dos economistas.
A ata da reunião de política monetária de 20 a 21 de março do Fed, divulgada este mês, mostrou que as autoridades esperavam que os índices anuais de preços do PCE acelerem em março, em parte devido ao “efeito aritmético das leituras mais brandas sobre a inflação no início de 2017 que saem do cálculo”.
A ata também destacou que o aumento da inflação proveniente dos chamados efeitos base “por si só, não justificaria uma mudança na trajetória projetada” pelo banco central para a taxa de juros.
O Fed se reúne na quarta e na quinta-feira para a reunião de política monetária, depois de ter elevado os juros no mês passado e prever mais dois aumentos neste ano.
Deixando de lado os efeitos de calendário, a inflação está aumentando graças ao aperto no mercado de trabalho. O governo informou na sexta-feira passada que os salários registraram o maior aumento em 11 anos no primeiro trimestre.
O crescimento econômico mais rápido, impulsionado por uma revisão tributária que cortou 1,5 trilhão de dólares em impostos e o aumento dos gastos do governo, também é visto como combustível da inflação.
O relatório do Departamento de Comércio divulgado nesta segunda-feira também mostrou que os gastos do consumidor aumentaram 0,4 por cento em março, depois de ficarem inalterados em fevereiro. Os dados foram incluídos no relatório do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre da última sexta-feira.
Por Lucia Mutikani
________________
INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- CANADA INDICATORS
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
________________
BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 30/04/2018. Mercado mantém projeções para a inflação e crescimento do PIB. Para 2018, o mercado manteve a projeção de 3,49% para a inflação e de 2,75% para o crescimento do PIB.
Por Laís Lis, G1, Brasília
Os economistas do mercado financeiro mantiveram inalteradas as previsões para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. Para este ano, os analistas esperam inflação de 3,49% e crescimentodo PIB de 2,75%.
A previsão está no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (30).
A expectativa dos analistas para a inflação está abaixo da meta central de 4,5% que deve ser perseguida pelo Banco Central neste ano. Mesmo assim, o número está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, o mercado financeiro elevou sua expectativa de inflação 4,03%. Já a expectativa de crescimento do PIB em 2019 foi mantida em 3%.
Taxa básica de juros
Os analistas do mercado também mantiveram a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano para o final de 2018.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para os juros básicos da economia continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 aumentou de R$ 3,33 por dólar para R$ 3,35. Para o fechamento de 2019, subiu para R$ 3,37 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 55 bilhões para US$ 56,1 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit apresentou um leve recuo de US$ 45,33 bilhões para US$ 45 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, caiu para US$ 75 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 80 bilhões.
BACEN. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. Economistas veem inflação mais alta em 2019 e dólar a R$3,35 este ano
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras fizeram pequenos ajustes às suas projeções na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, vendo a inflação mais alta em 2019.
As contas para a alta do IPCA no ano que vem foram elevadas em 0,03 ponto percentual, a 4,03 por cento. Para este ano, a projeção permanece em 3,49 por cento.
Outro ajuste foi realizado nas contas para a taxa de câmbio, com a expectativa para o dólar agora de terminar este ano a 3,35 reais, de 3,33 reais antes, depois de fechar a semana passada com ganhos em meio aos recentes temores de que os juros nos Estados Unidos poderiam subir mais do que o esperado neste ano.
Para 2019, permanece a expectativa de a moeda norte-americana terminar a 3,40 por cento.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os especialistas continuam vendo expansão de 2,75 por cento este ano e 3 por cento no próximo.
Para a política monetária, novo corte de 0,25 ponto percentual na Selic é esperado em maio. Com a taxa básica de juros a 6,5 por cento agora, os especialistas consultados no levantamento continuam vendo que ela terminará 2018 a 6,25 por cento e 2019 a 8 por cento.
________________
ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
CONTAS PÚBLICAS
BACEN. 30.4.2018. Estatísticas fiscais
1. Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$25,1 bilhões em março. O Governo Central e as empresas estatais apresentaram déficits de R$25,5 bilhões e de R$156 milhões, respectivamente, e os governos regionais, superávit de R$552 milhões.
No primeiro trimestre, o resultado primário do setor público foi superavitário em R$4,4 bilhões, comparativamente a superávit de R$2,2 bilhões no mesmo período de 2017. No acumulado em doze meses até março, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$108,4 bilhões (1,64% do PIB), 0,21 p.p. do PIB superior ao déficit acumulado até fevereiro.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$32,5 bilhões em março, comparativamente a R$28,4 bilhões em fevereiro, elevação influenciada pelo aumento no número de dias úteis no mês de referência. Na comparação com março de 2017 (R$43,3 bilhões), houve diminuição, influenciada pela redução dos principais indexadores da dívida, a taxa Selic e os índices de inflação, especialmente o IPCA. Em doze meses, os juros nominais alcançaram R$379,5 bilhões (5,73% do PIB) até março, reduzindo-se 0,18 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em fevereiro.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$57,6 bilhões em março. Em doze meses até março, o déficit nominal alcançou R$487,9 bilhões (7,37% do PIB), elevando-se 0,03 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado no mês anterior.
2. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP alcançou R$3.463,4 bilhões (52,3% do PIB) em março, elevando-se de 0,3 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. No ano, a expansão de 0,8 p.p. na relação DLSP/PIB decorreu da incorporação de juros nominais (aumento de 1,3 p.p.), do superavit primário (redução de 0,1 p.p.), do efeito da desvalorização cambial acumulada de 0,48% (redução de 0,1 p.p.), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).
A DBGG - que compreende o Governo Federal, o INSS, e os governos estaduais e municipais - alcançou R$4.984,7 bilhões em março, equivalente a 75,3% do PIB, crescendo 0,2 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em fevereiro, e 1,3 p.p em relação ao final do ano anterior.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/htms/notecon3-p.asp
MF. STN. 27/04/2018. Estoque da dívida pública atinge R$ 3,636 trilhões em março. Custo médio de emissão da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) é o menor da série histórica
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) passou de R$ 3,582 trilhões em fevereiro para R$ 3,636 trilhões em março — o que representa aumento, em termos nominais, de 1,51%. A variação deveu-se à emissão líquida, no valor de R$ 23,95 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 30,23 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,47%, ao passar de R$ 3,457 trilhões para R$ 3,507 trilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 24,11 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 26,76 bilhões.
Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve aumento de 2,64% sobre o apurado em fevereiro, encerrando o mês de março em R$ 128,91 bilhões (US$ 38,78 bilhões).
As informações constam do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, divulgado nesta sexta-feira (27/04) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Em março 2018, com o índice de 9,75% ao ano, atingiu-se o menor custo médio de emissão da Dívida Pública Federal desde março de 2010, quando foi de 9,60%, conforme destacou a coordenadora de Operações da Dívida Pública, Márcia Tapajós, ao comentar o resultado.
Por sua vez, acrescentou que o custo médio de emissão da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), em 8,8% a.a., é o menor de toda a série histórica, isto é, desde dezembro de 2010, quando o índice passou a ser aferido. O mesmo custo médio de emissão da DPMFi caiu em março pelo décimo oitavo mês consecutivo.
Em março, o Tesouro voltou a atuar no buyback aproveitando a oportunidade causada pelo aumento expressivo da volatilidade no mercado internacional que ocasionou subida nas taxas dos títulos soberanos e, consequentemente, queda nos preços. Assim, foram recomprados, em valor de face, US$ 17,5 milhões do título Global 2037 e US$ 5 milhões do Global 2034.
Por fim, destaca-se no mês de março o recorde alcançado pelo Tesouro Direto de mais de 2 milhões de investidores cadastrados. No programa, as operações de até 5 mil reais são responsáveis por 82% do total; número este que, segundo Tapajós, “reforça o papel do programa, que é de fato ser de varejo e atender a um grupo amplo de investidores, e não necessariamente os de maior renda, mas trazer para a pessoa física a alternativa de poder investir em títulos públicos”.
Emissões e Resgates
Em março, as emissões da DPF corresponderam a R$ 77,64 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 53,69 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 23,95 bilhões, sendo R$ 24,11 bilhões referentes à emissão líquida da DPMFi e R$ 160 milhões referentes ao resgate líquido da DPFe.
As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 77,62 bilhões, dos quais R$ 45,37 bilhões (58,45%) em papéis com remuneração prefixada; R$ 7,64 bilhões (9,84%) remunerados por índices de preços e R$ 24,55 bilhões (31,63%) em títulos indexados a taxa flutuante.
Composição
Em relação à composição da DPF, houve redução na participação da DPMFi, que passou de 96,49% no mês de fevereiro para 96,45% em março. Já a participação da DPFe teve a participação ampliada em de 3,51% para 3,55%.
A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 34,33% em fevereiro para 35,39% em março. Já a participação dos títulos indexados a índice de preços diminuiu de 29,66% para 29,64%; enquanto a parcela dos títulos remunerados por taxa flutuante passou de 32,38% em fevereiro para 31,29% em março.
Detentores
No mês de março, os Fundos de Investimento lideraram os detentores, com a participação equivalente a 29,21% da DPMFi, seguido do grupo Previdência, com 22,80%. As Instituições financeiras aumentaram o estoque e passaram de R$ 759,23 bilhões para R$ 785,23 bilhões, equivalentes a 22,39% do total.
A participação dos Não residentes na DPMFi diminuiu ligeiramente, passando de 12,39% para 11,84%, enquanto o grupo Governo reduziu a participação relativa, de 4,40% para 4,38%. O estoque das Seguradoras permaneceu relativamente estável e encerrou o mês de março em R$ 135,14 bilhões.
Vencimentos e prazo médio
O percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentou redução, passando de 17,79%, em fevereiro, para 18,07%, em março, dentro do intervalo do PAF.
O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 18,18%, em fevereiro, para 18,48%, em março. Os títulos prefixados correspondem a 58,32% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 22,25% desse total.
O prazo médio da DPF apresentou redução, passando de 4,27 anos em fevereiro para 4,25 anos em março.
Tesouro Direto
O programa superou a cifra de 2 milhões de investidores cadastrados. As emissões do programa Tesouro Direto em março atingiram R$ 1,125 bilhão, enquanto os resgates corresponderam a R$ 1,225 bilhão, o que resultou em resgate líquido de R$ 99,77 milhões.
O estoque alcançou R$ 47,582 bilhões, o que representa aumento de 0,57% em relação ao mês anterior. O programa concluiu o mês de março com o total de 2.050.454 de investidores cadastrados – o que representa aumento de 55,12% em relação a março de 2017.
INVESTIMENTO
PORTAL G1. 30/04/2018. Investimento perde força com incerteza política e ritmo lento da economia. Principal indefinição é sobre qual será a cara da economia depois da eleição presidencial; recuperação da economia dá sinais de perda de fôlego no 1º trimestre.
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1
A retomada do investimento na economia brasileira deverá perder fôlego neste ano diante da incerteza com futuro político do Brasil e dos indícios de que a economia está caminhando de forma mais fraca do que o esperado neste início de 2018.
Os economistas pontuam que o investimento até deve voltar a crescer neste ano, mesmo com todo o cenário adverso. No entanto, o avanço será tímido e vai ocorrer apenas por causa de uma base de comparação bastante fraca: desde o início da crise, os investimentos na economia brasileira recuaram 30%.
A melhora do quadro do investimento é fundamental para garantir o crescimento mais vigoroso e de longo prazo do país.
“Toda essa incerteza já está atrapalhando os investimentos”, afirma o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Pedro Costa Ferreira.
O Indicador de Incerteza da Economia apurado pelo Ibre, por exemplo, subiu 5,5 pontos percentuais em abril, para 113,2 pontos. Desde março, acumula alta de 10,7 pontos. Com o aumento recente, o indicador passou para o patamar de incerteza elevada, mesmo quadro apurado entre 2015 e 2017, período no qual o Brasil enfrentou o auge da crise política e da recessão.
Incerteza em alta
Incerteza voltou para patamar elevado; número em pontos
Jun/17
● Indicador de Incerteza da Economia : 129,9
● Indicador de Incerteza da Economia : 129,9
Fonte: Ibre/FGV
A principal incerteza que ronda futuro do Brasil é sobre qual será a cara da economia depois da eleição presidencial. A principal preocupação é se a questão fiscal, sobretudo a reforma da Previdência, vai ser endereçada pelo novo presidente.
Na avaliação dos economistas, sem a questão fiscal resolvida, a percepção de risco deve subir, o que deve provocar um efeito em cadeia com a desvalorização do real e consequente aumento da inflação e dos juros, o que tende a piorar o desempenho da economia.
“Estamos a seis meses da eleição e não há nenhuma clareza de quais candidatos são favoritos e até mesmo com a plataforma de cada candidatura”, afirma o gerente executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.
A última sondagem industrial da CNI deixou evidente essa perda de fôlego dos investimentos. Em abril, a expectativa de investimento colhida entre os empresários recuou pelo segundo mês consecutivo, para 52,9 pontos.
“O investimento é uma variável muito sensível a essas questões de incerteza”, afirma Castelo Branco.
Investimento travado
Expectativa de investimento perdeu fôlego nos últimos meses; dados em pontos
Ago/17
47,9
47,9
Fonte: CNI
Investimento só depois da eleição
No cenário traçado pela consultoria 4E, os investimentos só devem começar a aparecer no fim do ano, entre o terceiro e o quarto trimestres, se o cenário político estiver mais bem definido.
"A nossa visão é de que a eleição atrapalha bastante a recuperação do investimento", afirma o economista da consultoria 4E Bruno Lavieri. "Seria natural que o investimento tivesse uma recuperação mais forte, ainda mais num momento em que há uma capacidade ociosa tão elevada. Mas o investimento deve ficar parado até a definição da eleição", diz.
Para este ano, a consultoria projeta um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% e um avanço nos investimentos de até 6,7%.
Perda de fôlego
A economia brasileira tem dados sinais de perda de fôlego neste início de ano. Os dados divulgados até agora já fizeram com que parte dos economistas revisasse as projeções para o desempenho econômico no primeiro trimestre.
Na esteira dessa piora, as projeções para o desempenho do PIB no ano também estão caindo. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, que colhe a avaliação de uma centena de economistas, a previsão para o crescimento econômico deste ano é de 2,75%. Há quatro semanas, era de 2,89%.
“Houve algum esfriamento no curtíssimo prazo. Daqui para frente, vamos continuar crescendo lentamente e eu citaria o nível dos juros ao tomador como o principal motivo dessa lentidão", afirma o sócio-diretor da consultoria MacroSector, Fabio Silveira. "A Selic caiu, mas o juro para o empresário não caiu na mesma magnitude. A queda dos juros precisa acontecer na ponta”, diz.
Atualmente, a taxa básica de juros está em 6,5% ao ano e a expectativa é que de o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduza a Selic em mais 0,25 ponto percentual, para 6,25% ao ano, na reunião de maio.
COMÉRCIO INTERNACIONAL
EUA. UE. PORTAL G1. REUTERS. 29/04/2018. União Europeia deve se defender contra medidas comerciais dos EUA, dizem Alemanha, França e Reino Unido. Líderes dos países disseram que UE está pronta para se defender dentro da estrutura da ordem multilateral do comércio.
Os líderes de Alemanha, França e Reino Unido pediram neste domingo (29) que o governo dos Estados Unidos não imponha medidas comerciais unilaterais contra a União Europeia.
A chanceler Angela Merkel, o presidente Emanuel Macron e a primeira-ministra Theresa May concordaram, durante uma teleconferência, que a União Europeia deve defender seus 28 Estados-membros de quaisquer tarifas punitivas dos Estados Unidos com base em regras de internacionais multilaterais.
"Eles concordaram que os EUA não devem adotar medidas comerciais contra a União Europeia, ou a União Europeia estará pronta para defender seus interesses dentro da estrutura da ordem multilateral do comércio", disse um porta-voz do governo alemão em comunicado.
Os EUA impuseram tarifas de importação de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio em março, mas concederam isenção temporária até 1º de maio para a União Europeia. O presidente Donald Trump decidirá então se tornará a isenção permanente.
EUA. UE. REUTERS. 29 DE ABRIL DE 2018. União Europeia deve se defender contra medidas comerciais dos EUA, dizem Alemanha, França e Reino Unido
BERLIM (Reuters) - Os líderes de Alemanha, França e Reino Unido pediram neste domingo que o governo dos Estados Unidos não imponha medidas comerciais unilaterais contra a União Europeia.
A chanceler Angela Merkel, o presidente Emanuel Macron e a primeira-ministra Theresa May concordaram, durante uma teleconferência, que a União Europeia deve defender seus 28 Estados-membros de quaisquer tarifas punitivas dos Estados Unidos, baseada em regras de internacionais multilaterais.
“Eles concordaram que os EUA não devem adotar medidas comerciais contra a União Europeia, ou a União Europeia estará pronta para defender seus interesses dentro da estrutura da ordem multilateral do comércio”, disse um porta-voz do governo alemão em comunicado.
Os EUA impuseram tarifas de importação de 25 por cento sobre o aço e 10 por cento sobre o alumínio em março, mas concederam isenção temporária até 1º de maio para a União Europeia. O presidente Donald Trump decidirá então se tornará a isenção permanente.
Por Joseph Nasr
EUA. CHINA. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. China e EUA realizarão conversas comerciais na 5ª e na 6ª, diz secretário do Tesouro
WASHINGTON (Reuters) - Autoridades norte-americanas e chinesas realizarão negociações comerciais na China nas próximas quinta e sexta-feiras, disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, à Fox Business Network em entrevista divulgada nesta segunda-feira, acrescentando que está otimista sobre a reunião.
Mnuchin afirmou que autoridades norte-americanas planejam levantar as questões dos desequilíbrios comerciais, direitos de propriedade intelectual e tecnologia conjunta forçada e joint ventures com as autoridades chinesas.
Ele também explicou que o presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não tomou uma decisão sobre se vai isentar qualquer país das tarifas sobre aço e alumínio.
“O presidente ainda não tomou uma decisão”, disse Mnuchin.
EUA. CHINA. REUTERS. 27 DE ABRIL DE 2018. EUA consideram maior controle sobre relações da China com empresas norte-americanas
Por Koh Gui Qing
NOVA YORK (Reuters) - O governo dos Estados Unidos pode começar a analisar parcerias informais entre empresas norte-americanas e chinesas no campo da inteligência artificial, que ameaçam práticas que há muito tempo são consideradas atividades de desenvolvimento para empresas de tecnologia, disseram fontes ligadas às discussões.
Até agora, as revisões do governo dos EUA para segurança nacional e outras preocupações foram limitadas a acordos de investimento e aquisições corporativas. Essa possível nova expansão do mandato -que serviria como uma medida provisória até que o Congresso imponha restrições mais rígidas aos investimentos chineses- está sendo incentivada por membros do Congresso e do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, preocupados com o roubo de propriedade intelectual e transferência de tecnologia para a China, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com o assunto.
A inteligência artificial, em que as máquinas imitam o comportamento humano inteligente, é uma área de interesse particular por causa do potencial da tecnológico para o uso militar, disseram as fontes. Outras áreas de interesse para essa nova avaliação incluem semicondutores e veículos autônomos, acrescentaram.
Essas considerações estão em estágios iniciais, portanto, ainda não está claro se avançarão e que relações corporativas informais essa nova iniciativa examinaria.
Qualquer esforço amplo para cortar as relações entre empresas de tecnologia chinesas e norte-americanas -mesmo que temporariamente- poderia ter efeitos dramáticos em toda a indústria. Grandes empresas de tecnologia americanas, incluindo Advanced Micro Devices, a Qualcomm, Nvidia e a IBM, têm atividades na China variando de laboratórios de pesquisa até iniciativas de formação, muitas vezes em colaboração com empresas chinesas e instituições que são grandes clientes.
Os melhores talentos em áreas como inteligência artificial e design de chips também fluem livremente entre empresas e universidades em ambos os países.
A natureza das relações comerciais informais varia muito.
Por exemplo, quando a fabricante de chips Nvidia -líder em hardware IA- revelou uma nova unidade de processamento gráfico que dá força a data centers, videogames e mineração de criptomoedas no ano passado, distribuiu amostras a 30 cientistas de inteligência artificial, incluindo três que trabalham com o governo da China, de acordo com a Nvidia.
Para uma empresa como a Nvidia, que tem um quinto de seus negócios da China, a oferta era normal. Possui vários arranjos para treinar cientistas locais e desenvolver tecnologias que dependem de seus chips. Oferecer acesso antecipado ajuda a Nvidia a personalizar os produtos para que possa vender mais.
O governo dos EUA poderia anular esse tipo de cooperação por meio de um decreto de Trump invocando a Lei de Poder Econômico Internacional de Emergência. Essa medida poderia desencadear amplos poderes para impedir ou rever parcerias corporativas informais entre uma empresa norte-americana e chinesa, qualquer investimento chinês em uma empresa de tecnologia dos Estados Unidos ou as aquisições de imóveis chineses perto de locais militares sensíveis dos EUA, disseram as fontes.
“Eu não vejo nenhuma alternativa em ter um regime mais forte (regulatório) porque o resultado final é que, sem ele, as empresas chinesas vão ficar mais fortes”, disse uma das fontes, que está assessorando os parlamentares dos EUA nos esforços para revisar e endurecer as regras de investimento estrangeiro dos EUA. “Eles vão desafiar nossas empresas em 10 ou 15 anos.”
James Lewis, ex-funcionário do Departamento de Relações Exteriores, disse que se o ato de emergência fosse invocado, funcionários do governo dos EUA, incluindo os do Departamento do Tesouro, poderiam usá-lo “para pegar qualquer coisa” que atualmente esteja fora do escopo do regime regulatório.
Um funcionário da Casa Branca disse que não haveria nenhum comentário sobre as especulações em torno de discussões sobre políticas internas de administração, mas acrescentou que “estamos preocupados com o Made in China 2025, particularmente relevante neste caso é o seu direcionamento para indústrias como a IA (inteligência artificial)”.
Made in China 2025 é um plano industrial delineando a ambição da China de se tornar um líder de mercado em 10 setores-chave, incluindo semicondutores, robótica, medicamentos e dispositivos e carros verdes inteligentes.
No mês passado, a Casa Branca delineou novas tarifas de importação que foram amplamente direcionadas à China para o que Trump descreveu como “roubo de propriedade intelectual”. Isso levou o governo do presidente chinês, Xi Jinping, a retaliar com sanções contra os Estados Unidos.
Com reportagem de Diane Bartz
NAFTA. REUTERS. 27 DE ABRIL DE 2018. Negociadores do Nafta suspendem discussões até 7 de maio
WASHINGTON (Reuters) - Importantes negociadores dos Estados Unidos, Canadá e México que tentam bater o martelo em um rápido acordo para atualizar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) suspenderam as conversas até 7 de maio, diante de falta de acordo sobre grandes diferenças que incluem regras de conteúdo local em veículos.
A pausa sinaliza o quanto ainda precisa ser feito no Nafta apesar da pressão de Washington para um acordo.
O governo de Donald Trump ameaçou impor sanções sobre aço e alumínio do Canadá e do México em 1º de maio, se considerar que não houve progresso suficiente nas discussões do Nafta.
“Nós, ministros, vamos nos reunir de novo na segunda-feira, dia 7”, disse o ministro da Economia do México, Idelfonso Guajardo, a jornalistas depois do quarto dia consecutivo de negociações em Washington.
A pausa vai permitir que o representante Comercial dos EUA, Robert Lighthizer, visite a China com outras autoridades graduadas do governo Trump na próxima semana. A ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, tem viagem marcada para Bangladesh em 3 de maio.
Freeland disse que os ministros vão voltar a se reunir em Washington “em cerca de uma semana”, depois de realizarem consultas políticas internas com seus governos.
“Fizemos muito progresso aqui em Washington nesta semana”, disse a ministra canadense. Freeland não respondeu diretamente quando foi perguntada se os EUA vão impor as sobretaxas em 1º de maio.
A questão sobre qual a proporção de conteúdo local que os veículos produzidos nos países do Nafta deveriam ter para não serem atingidos por tarifas está se provando um dos assuntos mais difíceis de se resolver. Freeland disse mais cedo nesta sexta-feira que os três países estavam consultando suas indústrias automotivas.
Por Jason Lange
MERCOSUL. UE. REUTERS. 27 DE ABRIL DE 2018. UE e Mercosul encerram rodada de negociação com pouco progresso
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia e o Mercosul fizeram poucos progressos sobre como abrir seus mercados para veículos e encerraram negociações sobre livre comércio em Bruxelas nesta sexta-feira com acusações mútuas sobre quem está atrasando um acordo.
UE e Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, começaram as negociações para uma aliança comercial em 1999, com um novo ímpedo desde 2016.
A Comissão Europeia, que negocia acordos de comércio em nome dos 28 países do bloco europeu, descreveu as negociações realizadas desde terça-feira desta semana como “úteis”, mas afirmou que assuntos importantes seguem pendentes.
“Deve-se deixar claro que sem qualquer movimento de nossos parceiros sobre estas questões será difícil ver um avanço no processo em direção a um resultado que a Comissão Europeia continua comprometida em obter: um acordo de comércio equilibrado e ambicioso entre UE e Mercosul”, afirmou um porta-voz da comissão a jornalistas.
Os pontos importantes que continuam em aberto envolvem o quanto cada mercado vai se abrir para importações de veículos e produtos agrícolas, como carne do Mercosul e produtos lácteos da UE. A UE, em particular, quer incluir questões marítimas, acesso a licitações públicas e proteção de nomes de alimentos e bebidas como champagne ou presunto parma, que afirma que somente podem ser usados por produtos feitos em regiões específicas.
Uma fonte do Mercosul próxima das discussões afirmou que as negociações foram encerradas antes do esperado, com Argentina e Uruguai abandonando a mesa por causa do que viram como falta de determinação do Brasil e da UE. O Brasil é o maior produtor de veículos do Mercosul.
“Poucos itens faltam para se concluir o acordo”, disse a fonte. “O volume de carne já foi acordado....em níveis aceitáveis para a UE.”
Outra fonte do Mercosul disse que as negociações avançaram sobre veículos, onde as diferenças incluem o período sobre o qual tarifas devem ser reduzidas e nível mínimo de conteúdo local exigido.
“Sinalizamos para eles que podemos fazer algum avanço em coisas como cronograma e regras de origem, mas talvez eles não estejam totalmente satisfeitos com isso”, disse a fonte.
“Estamos em um estágio das negociações em que estamos lidando quase que exclusivamente com coisas difíceis. Não se deve esperar realmente avanços acontecendo do nada.”
Os negociadores não definiram uma data para uma nova rodada de trativas.
Por Philip Blenkinsop em Bruxelas e Maximiliano Rizzi em Buenos Aires
EUA. BRASIL. TARIFA DE IMPORTAÇÃO DE AÇO E ALUMÍNIO. PORTAL G1. 30/04/2018. Isenção do Brasil de cobrança de taxa sobre aço exportado aos EUA termina nesta segunda-feira. Brasil é o 2º maior exportador de aço aos norte-americanos e negocia exclusão definitiva de sobretaxa cobrada desde 23 de março pelos EUA. Acordo deve definir cotas de exportação.
Por G1
Termina nesta segunda-feira (30) o prazo temporário dado pelos Estados Unidos ao Brasil de isenção da cobrança de tarifa de importação sobre o aço e o alumínio, que entrou em vigor no dia 23 de março para todos os países, exceto Canadá e México. União Europeia, Coreia do Sul, Argentina e Austrália também tiveram isenção temporária para negociação.
Caso não consiga um acordo, o Brasil também vai ser alvo da sobretaxa de 25% para o aço e de 10% para o alumínio a partir de 1º de maio. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA. O peso dos EUA é maior entre os produtos semimanufaturados - em janeiro deste ano, por exemplo, eles compraram 53% do total exportado pelo Brasil.
Em 2017, foram exportados aos EUA US$ 2,63 bilhões em aço, o equivalente a 33% das vendas brasileiras do produto para o exterior, segundo dados oficiais do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além disso, o Brasil exportou no ano passado US$ 120,7 milhões em alumínio para EUA, cerca de 15% do total vendido para o exterior.
Negociação
Durante o período de isenção, os fabricantes brasileiros negociaram com seus clientes norte-americanos um acordo para estabelecer uma espécie de cotas de produtos a serem comercializados, segundo informou Rubens Barbosa, presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e consultor de siderúrgicas.
O Instituto Aço Brasil (IABr), que representa a indústria do aço, afirmou ao G1 que a isenção temporária era uma "notícia boa", mas que deveria ser analisada com serenidade. O presidente Marco Polo de Mello Lopes defendia que o Brasil tentasse junto ao governo dos EUA a exclusão da lista de sobretaxação.
Marco Polo revelara ainda que as indústrias brasileiras já haviam contatado 100% dos clientes norte-americanos para sugerir que eles solicitem a exclusão de taxação de produto ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
As empresas brasileiras argumentam que cerca de 80% das exportações de aço do Brasil aos EUA são reprocessadas e que, portanto, não haveria concorrência direta com a produção interna norte-americana.
Procurados, o MDIC e o Itamaraty informaram que o Brasil ainda não havia chegado a um acordo com os EUA até o início da tarde desta segunda-feira.
EUA. TARIFA DE IMPORTAÇÃO PARA AÇO E ALUMÍNIO. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. Trump ainda não tomou decisão sobre isenções definitivas de tarifas sobre aço e alumínio
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não tomou uma decisão sobre se algum país vai receber isenção prolongada de sobretaxas de importação de aço e alumínio, afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, nesta segunda-feira.
“O presidente não tomou qualquer decisão ainda”, disse Mnuchin à Fox Business Network, em entrevista feita antes de sua aparição em uma conferência em Beverly Hills mais tarde nesta segunda-feira e antes do prazo de expiração das isenções temporárias dadas a países aliados.
Trump impôs sobretaxas de importação de 25 por cento sobre aço e de 10 por cento sobre alumínio em março, mas concedeu isenções temporárias para países aliados, inclusive o Brasil, discutirem eventuais exceções às suas exportações aos EUA. Estas isenções acabam na terça-feira.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA. Na terça-feira passada, o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que uma comitiva brasileira se reuniria com representantes departamento de Comércio dos EUA nesta semana para tentar prorrogar a isenção temporária de produtos brasileiros das tarifas norte-americanas.
O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, afirmou em entrevista à Bloomberg publicada no domingo que a Casa Branca vai continuar a conceder isenções das tarifas para alguns países, mas não informou quais países terão o benefício.
Ross também indicou que a Casa Branca pediu aos países para aceitarem cotas de importação em troca de isenção das tarifas, publicou a Bloomberg.
(Por Susan Heavey e Makini Brice)
CNI. Jornal Valor Econômico. 30/04/2018. Artigo. Abertura comercial sim, mas do jeito certo. Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que para a indústria brasileira, a abertura comercial, caso seja bem planejada e executada, contribuirá para aumentar a competitividade do setor
Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
“Para todo problema complexo, existe sempre uma solução clara, simples e errada.” A frase, atribuída a um jornalista americano do início do século 20, sobrevive ao tempo e deveria ser pintada nas paredes de alguns órgãos do governo. O Ministério da Fazenda e a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) têm tratado de abertura comercial e sua relação com o desenvolvimento econômico. O tema é relevante e merecia ter sido discutido de forma ampla, com a participação de todos os interessados, sobretudo os empresários e os trabalhadores.
Com os debates promovidos pela Fazenda e pela SAE, desconectados do dia a dia da economia brasileira, entrou na agenda da Câmara de Comércio Exterior (Camex) uma proposta de redução do Imposto de Importação concentrada em dois setores: bens de capital, e bens de informática e telecomunicações. Os órgãos sugerem que as referidas tarifas sejam reduzidas a 4%, de forma linear e unilateral. Ou seja, fora do contexto dos acordos comerciais e, portanto, sem nenhuma contrapartida em maior acesso dos produtos brasileiros ao mercado de outros países.
Quando necessárias, diminuições tarifárias precisam vir acompanhadas de medidas que contribuam para a adaptação dos setores afetados, incentivando sua competitividade. Devem, também, prever um período razoável de implementação, sob pena de tornar inexequível a adequação. Adotadas de modo abrupto e sem as cautelas apropriadas, elas impactam a indústria, provocando o fechamento de empresas e o desemprego. A proposta da Fazenda tem esse potencial destrutivo, pois não prevê iniciativas para tornar os dois segmentos mais competitivos.
Além disso, ignora o momento crucial das negociações comerciais pelo qual o Mercosul está passando com a União Europeia, que têm, na questão tarifária, um de seus pontos mais relevantes. Nesse contexto, demonstra, sobretudo, descaso pelos esforços que o próprio governo, em parceria com o setor privado, vem empreendendo para estabelecer um acordo que será essencial para a abertura econômica e para o desenvolvimento do Brasil.
Discussões sobre abertura comercial costumam ser dominadas por argumentos ideológicos. Pode-se aceitar que isso ocorra no ambiente acadêmico, mas, quando se trata de políticas públicas, que afetam a vida das empresas e de seus trabalhadores, qualquer decisão deve ser baseada em critérios essencialmente técnicos.
Ao escolher duas áreas da indústria como alvo, a proposta promove um desequilíbrio das margens de proteção efetiva, distancia a nossa economia ainda mais do conceito de escalada tarifária e, sobretudo, esquece as disfunções do sistema tributário nacional, que impõe custos às empresas não aplicados a seus principais concorrentes no mundo. Somente o resíduo tributário no setor industrial exportador brasileiro soma, na média, 3% do valor das suas vendas, podendo ser superior em alguns segmentos.
A proposição da Fazenda e da SAE desconsidera, também, a conjuntura econômica do país e da indústria brasileira. Após 11 trimestres de retração, provocada pela maior crise da história da República, e ainda marcada por forte ociosidade, o setor industrial começa a dar os primeiros passos no sentido da recuperação, com aumento da confiança do empresário e do consumidor. Uma redução tarifária nos termos delineados certamente afetaria esse movimento de retomada.
Finalmente, a proposta é inconsistente com outras políticas do governo, que vêm estimulando investimentos em capacidade produtiva e desenvolvimento tecnológico nos setores produtores de bens de informática e telecomunicações e de bens de capital. Exemplos são as recém-lançadas iniciativas quanto à internet das coisas e à Indústria 4.0, que têm o objetivo de preparar a economia brasileira para a 4ª revolução industrial.
O sistema de defesa comercial também vem sendo alvo de iniciativas da Fazenda e da SAE que têm contribuído para sua politização. O arcabouço hoje existente visa combater o comércio desleal e atinge menos de 1% das importações do país. As medidas são aplicadas após uma criteriosa análise técnica, conduzida pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
A Fazenda tem atuado para que a avaliação de “interesse público”, que é justa e legítima se usada realmente em casos de interesse do país, tenha sua função distorcida, tornando-se quase uma instância recursal para reverter algumas medidas de defesa comercial, por vezes sem respeito ao próprio processo legal estabelecido.
O órgão propõe, ainda, criar uma fase de decisão política antes de o Decom aceitar as petições do setor privado para começar as investigações. Na prática, isso estrangula o processo técnico, espremendo-o entre duas determinações políticas – uma para iniciá-lo e outra para adotar as medidas de defesa comercial propriamente ditas.
Para a indústria brasileira, a abertura comercial, caso seja bem planejada e executada, contribuirá para aumentar a competitividade do setor. Mas ela deve ser promovida no âmbito das negociações de acordos comerciais e realizada em paralelo a outras iniciativas, como parte de uma estratégia de desenvolvimento de longo prazo.
A competitividade depende de um amplo conjunto de fatores, como reforma tributária, eficiência do Estado e dos gastos públicos, segurança jurídica, desenvolvimento da infraestrutura, políticas mais consistentes de apoio à inovação e melhora da educação, entre outros. Nenhuma grande economia do mundo – incluídos China, Estados Unidos, Japão e União Europeia – fez o que a Fazenda propõe: redução unilateral de tarifas e enfraquecimento da defesa comercial. O Brasil já tentou, no passado, soluções simplistas e parciais como essas para seus desafios. Como sabemos, nunca deu certo.
MERCADO DE TRABALHO
FED. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. Fed enfrenta novo desafio: um mundo sem "folga" no mercado de trabalho
Por Howard Schneider e Ann Saphir
WASHINGTON (Reuters) - Os negócios estão acontecendo tão rápido e os trabalhadores estão com demandas tão altas na AOW Associates, uma empresa de construção com sede em Albany, Nova York, que seu diretor financeiro contratou uma pessoa há seis semanas para uma vaga que não existia.
“Mantemos nossos anúncios de vaga para gerenciamento de projetos continuamente, mesmo se não quisermos preencher um posto de trabalho específico, e, se alguém aparecer, criaremos um trabalho para ele”, disse Nicki Armsby, vice-presidente financeiro da AOW, em uma entrevista recente.
A empresa não é a única na busca de formas criativas para lidar com a escassez de mão-de-obra nos EUA que pode estar piorando, de acordo com dados econômicos recentes e documentos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.
As autoridades do Fed, que realiza sua mais recente reunião de política monetária nesta semana, devem agora decidir qual o peso a dar aos sinais de que a economia está chegando a um ponto em que salários, inflação e outros indicadores podem se elevar.
Os dados de sexta-feira mostraram que os custos de emprego nos EUA aumentaram no primeiro trimestre a uma taxa anual de 4 por cento, continuando o que os economistas do JPMorgan consideram uma marcha estável, já que a taxa de desemprego caiu abaixo de 5 por cento em 2015.
Os investidores parecem estar apostando nesse cenário. O rendimento dos Treasuries de 10 anos ultrapassou o nível de 3 por cento na semana passada pela primeira vez em mais de quatro anos.
E a escassez de mão-de-obra tem sido citada pelos analistas como responsável pelos crescentes atrasos de produtos manufaturados em relatórios recentes de gerenciamento de suprimentos.
Acrescente-se o estímulo fiscal da revisão tributária e gastos da administração Trump que estão atingindo a economia este ano, e os preços mais altos de alumínio, aço e potencialmente outros bens afetados por novas tarifas de importação, e o teor da próxima análise do Fed pode trazer mudança.
“A demanda ficou muito forte”, disse Tim Fiore, que lidera o comitê de pesquisa de empresas de manufatura do Institute of Supply Management. “Há muito para uma forte expansão... Aprofundar os detalhes e o lado do emprego tem claramente restringido a capacidade dos produtores de atender à demanda.”
Não se espera que o Fed aumente a taxa de juros na quarta-feira. Também não devem ser divulgadas atualizações de previsões econômicas e o presidente do Fed, Jerome Powell, não deve falar em coletiva de imprensa.
Por Howard Schneider e Ann Saphir
ENERGIA
OPEP. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. PESQUISA - Pacto da Opep e demanda firme devem sustentar alta do petróleo em 2018
Por Sethuraman N R
(Reuters) - O forte cumprimento pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de seu acordo para cortes de oferta, a demanda robusta e interrupções do fornecimento no Oriente Médio devem elevar o preço médio do petróleo neste ano para mais de 67 dólares o barril, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta segunda-feira.
A pesquisa com 38 economistas e analistas prevê que o Brent alcance uma média de 67,40 dólares em 2018, mais de 5 por cento superior aos 63,97 dólares projetados na pesquisa do mês anterior. É também a maior previsão média para o preço do Brent em 2018 desde pelo menos dezembro de 2015.
Analistas de petróleo consultados pela Reuters aumentaram suas previsões de preços em todos os meses desde agosto do ano passado.
“Com a situação do mercado mais apertada, a posição da Opep sobre os cortes de produção é um fator importante para os preços seguirem subindo. Além disso, a demanda por petróleo deve continuar saudável em 2018 e 2019, com o crescimento do PIB acima do esperado”, disse Rahul Prithiani, diretor na empresa de pesquisas Crisil.
“Uma forte adesão (aos cortes na produção) é esperada em geral durante o ano... O crescimento do PIB mundial deve subir para 3,9 por cento neste ano e em 2019. Como resultado, o crescimento da demanda por petróleo também deverá permanecer robusto nos próximos dois anos.”
Liderada pela Arábia Saudita, a Opep e produtores aliados reduziram a produção desde 2017 para enfrentar um excesso de oferta global que deprimiu os preços do petróleo entre 2014 e 2016.
Como resultado de um mercado cada vez mais restritivo, o Brent e o WTI dos EUA atingiram o maior nível desde novembro de 2014 em abril, a 75,47 dólares e 69,56 dólares por barril, respectivamente.
Os preços do Brent subiram quase 11 por cento até agora neste ano, enquanto os preços do WTI subiram 12,6 por cento.
Analistas projetaram o WTI em uma média de 63,23 dólares o barril neste ano, contra 59,85 dólares na pesquisa de março.
OPEP. REUTERS. 30 DE ABRIL DE 2018. Produção de petróleo da Opep em abril atinge mínima de 1 ano, revela pesquisa
Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu em abril para o menor nível em um ano devido ao declínio da produção na Venezuela e à redução de embarques de produtores africanos, segundo pesquisa da Reuters, levando o cumprimento de um acordo de corte de oferta para outro recorde.
A Opep produziu 32,12 milhões de barris por dia (bpd) neste mês, revelou a pesquisa, queda de 70 mil bpd em relação a março. O total de abril é a menor média desde abril de 2017, de acordo com a pesquisa.
A Opep está reduzindo a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia como parte de um acordo com a Rússia e outros produtores aliados para se livrar de um excesso de oferta. O pacto começou em janeiro de 2017 e vai até o final de 2018.
A adesão dos produtores ao acordo aumentou para 162 por cento dos cortes acordados, ante 161 por cento registrados em março, segundo a pesquisa. Não houve, mais uma vez, sinal de que a Arábia Saudita ou outros grandes produtores tivessem impulsionado significativamente a produção para lucrar com preços mais altos ou para compensar o declínio venezuelano.
“Assim, é necessária maior produção de petróleo dos EUA para suprir a lacuna de oferta”, disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, referindo-se à falta de barris extras de outros membros da Opep para compensar quedas.
O petróleo tocou o pico de 75 dólares por barril neste ano, pela primeira vez desde 2014, e foi negociado perto de 74 dólares nesta segunda-feira. Ainda assim, a Opep diz que restrições à oferta devem ser mantidas para garantir o fim de um excesso que se acumulou desde 2014.
Reportagem adicional de Rania El Gamal, em Dubai
OPEP. EUA. 30 DE ABRIL DE 2018. Produção de petróleo dos EUA salta para recorde de 10,26 mi bpd em fevereiro, diz AIE
NOVA YORK (Reuters) - A produção de petróleo dos Estados Unidos saltou em 260.000 barris por dia (bpd), para 10,26 milhões de bpd em fevereiro, uma máxima histórica, disse a Administração de Informação de Energia (AIE) em relatório mensal nesta segunda-feira.
A agência também revisou a produção de petróleo dos EUA em janeiro, em 40.000 bpd, para aproximadamente 10,004 milhões de bpd.
Por Devika Krishna Kumar
INADIMPLÊNCIA
SPC-BRASIL. CNDL. 30/04/2018. Puxada pela região sudeste, inadimplência das empresas no país tem alta de 8,92% em março
O número de empresas com contas em atraso e registradas nos cadastros de devedores cresceu 8,92% em março de 2018, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O crescimento foi puxado, principalmente pela região Sudeste, cujo crescimento do número de empresas inadimplentes foi de 15,26% na comparação anual. Na demais regiões também houve crescimento, mas em patamares menores e em tendência de desaceleração: alta de 3,56% no Sul, 2,35% no Centro-Oeste, 2,33% no Nordeste e 1,23% no Norte. Os dados foram apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na passagem de fevereiro para março de 2018, sem ajuste sazonal, houve leve alta de 2,36% nos atrasos no país.
Os especialistas do SPC Brasil explicam que a alta expressiva da inadimplência na região Sudeste é um fenômeno localizado, que aconteceu devido a revogação de uma lei no Estado de São Paulo que exigia por parte dos credores o envio de uma carta com Aviso de Recebimento (AR) antes de efetivar o registro de atraso. “Com o fim da lei, que burocratizava e tornava mais caro o processo de registrar uma dívida no banco de dados, muitas das negativações que estavam represadas entraram na base de dados de forma mais abrupta, contribuindo para um aumento da inadimplência não apenas na região Sudeste, mas no Brasil como um todo”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Número de dívidas cresce 7,47% em março; 70% de todas as pendências são com setor de serviços, que engloba instituições financeiras
Outro indicador também mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL é o de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas. Neste caso, o crescimento foi de 7,47% na comparação anual e o destaque, mais uma vez, foi do Sudeste, que observou variação de 14,45% no período. Na comparação mensal, na passagem de fevereiro para março, a variação positiva foi de 2,40%.
Entre os segmentos devedores, a alta mais expressiva ficou com o ramo de serviços, que apresentou crescimento de 12,64%. Em seguida aparecem o comércio (6,12%), indústria (5,57%) e agricultura (3,82%).
Considerando os setores credores, ou seja, apenas as empresas que deixaram de receber por uma dívida, o ramo de serviços também lidera e apresentou alta de 9,29% no último mês de março. Em segundo lugar estão as indústrias (6,75%), acompanhadas das empresas do comércio (3,02%). O único ramo a apresentar recuo foi a agricultura, cuja queda foi de -3,88% no período. De modo geral, cada empresário inadimplente possui duas dividas registradas no banco de devedores e 70% de todas as pendências são com o setor de serviços, que contempla instituições financeiras.
Para a economista Marcela Kawauti, “a inadimplência cresceu de forma acelerada nos momentos mais agudos da crise, e agora está limitada pelo cenário de escassez crédito. Nos próximos meses, espera-se que a melhora da atividade econômica alivie a situação financeira das empresas, contribuindo para reduzir o fenômeno da inadimplência”.
Recuperação de crédito cai -0,79% em março, mas recuos já foram mais profundos em meses recentes
O Indicador de Recuperação de Crédito mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL mostram que em março de 2018, o número de empresas que conseguiram recuperar crédito no acumulado dos últimos 12 meses apresentou queda de 0,79%. Apesar do recuo na quitação de dívidas, as quedas já foram maiores em períodos mais agudos da crise, chegando a -8,16% em setembro de 2016.
Dados do levantamento mostram ainda que do total de empresas que saíram do cadastro de devedores mediante pagamento, a maior parte (45%) atua no setor de comércio. Outros 42% atuam no setor de serviços e 9% estão no ramo da Indústria.
AGRICULTURA / BRASIL - CANADÁ
MAPA. 27/04/2018. Internacional. Novacki lidera Missão Brasileira ao Canadá. Comitiva brasileira vai ao país com o objetivo de diversificar a pauta de exportações e incluir produtos de maior valor agregado
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, chefia a delegação brasileira que estará em Toronto e Montreal, Canadá, entre os dias 30 de abril e 5 de maio, em negociações para obter a liberação das exportações brasileiras de carne bovina e para participar da abertura da feira SIAL Canadá 2018.
A feira é o principal evento da indústria de alimentos canadense e a porta de entrada para os produtos agropecuários do Brasil na América do Norte. Serão cerca de mil expositores de aproximadamente 50 países. O objetivo da missão brasileira é diversificar a pauta de exportação que está concentrada em poucos itens e expandir para produtos de maior valor agregado.
Novacki fará a abertura oficial do Pavilhão Brasil na SIAL 2018 em conjunto com o Embaixador do Brasil no Canadá, Rubens Gama, em Montreal, nesta quarta-feira (2) onde terá encontro com os expositores brasileiros. Além de Novacki e diretores do MAPA, a delegação do Brasil será composta por 22 empresários do agronegócio, entre eles o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Camardelli.
As vendas externas do agronegócio brasileiro representam menos de 10% da totalidade das exportações nacionais para o Canadá. Em 2017, as exportações agrícolas para a América do Norte somaram US$ 658 milhões e as carnes representaram 7,76% dessas vendas dominadas pelo setor sucroalcooleiro (59%) e o café, que responde por 20,87%.
O Canadá é o país com a maior extensão territorial da América com 9,9 milhões de quilômetros quadrados, com taxa de crescimento de 2,5% (registrada no ano passado) e um Produto Interno Bruto (PIB) semelhante ao brasileiro, embora sua população seja de 36 milhões de habitantes, cerca de um sexto da brasileira.
A balança comercial entre o Brasil e o Canadá é equilibrada, tanto no total comercializado quanto em produtos agrícolas. De olho no potencial desse mercado para os produtos agropecuários, em especial para a carne brasileira, a comitiva terá encontros bilaterais com autoridades canadenses, como o secretário de estado do Ministério da Agricultura canadense, Jean-Claude Poissant, o inspetor-geral da Canadian Food Inspection Agency (CFIA), Rick Hutfloetz, empresários, importadores, pesquisadores e representantes da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
Essas missões internacionais integram a estratégia do MAPA que tem a meta de saltar dos atuais 7% do comércio mundial do agronegócio para 10% em cinco anos baseada em garantias sanitárias, produtividade e conquista de novos mercados.
As próximas missões do MAPA são na feira SIAL Xangai, na China, e a reunião geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em Paris, quando o Brasil receberá o certificado de País livre de aftosa com vacinação, além de Austrália e Nova Zelândia, que serão chefiadas pelo ministro Blairo Maggi. Novacki irá a missões na Argélia, no Egito e nos Estados Unidos.
BRASIL - CHILE
MRE. AIG. NOTA 119. 29 de Abril de 2018. Documentos adotados por ocasião da visita de Estado do presidente do Chile, Sebastián Piñera – Brasília, 27 de abril de 2018
Declaração Conjunta Presidencial por ocasião da visita de Estado ao Brasil de Sua Excelência, presidente da República do Chile, Sebastián Piñera Echenique
Acordo de Contratação Pública entre a República Federativa do Brasil e a República do Chile
Protocolo de Investimentos em Instituições Financeiras entre a República Federativa do Brasil e a República do Chile
DECLARAÇÃO CONJUNTA PRESIDENCIAL POR OCASIÃO DA VISITA DE ESTADO AO BRASIL DE SUA EXCELÊNCIA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO CHILE, SEBASTIÁN PIÑERA ECHENIQUE
A convite de sua Excelência, o Presidente da República Federativa do Brasil, Michel Temer, o Excelentíssimo Presidente da República do Chile, Sebastián Piñera Echenique, realizou Visita de Estado ao Brasil em 27 de abril, acompanhado de sua esposa, senhora Cecilia Morel Montes, do Ministro de Relações Exteriores, Roberto Ampuero, e Comitiva Oficial.
Reunidos em Brasília, os Presidentes da República Federativa do Brasil, Michel Temer, e o Presidente da República do Chile, Sebastián Piñera, reafirmaram seu compromisso com os valores democráticos e o Estado de Direito, a proteção e promoção dos Direitos Humanos, o multilateralismo, a paz e a segurança regional e internacional, a integração física e o desenvolvimento socioeconômico da América do Sul.
Além de destacar o momento particularmente auspicioso da relação política e econômica entre Brasil e Chile, os Presidentes acordaram o seguinte:
1. Decidiram lançar negociações para a conclusão, durante o presente ano, de Acordo de Livre Comércio que incluirá novas disciplinas enfocadas em modernizar a relação bilateral e agregará aos acordos existentes matérias que aprofundem a integração no comércio de bens, serviços e investimentos.
2. Ressaltaram a vitalidade do comércio bilateral, que totaliza 8,7 mil milhões de dólares e registrou crescimento de 22% em 2017. O Brasil é o principal sócio comercial do Chile na América do Sul, além de constituir o principal destino dos investimentos chilenos. O Chile, por sua parte, é o segundo maior sócio comercial do Brasil na América do Sul e o destino de importantes investimentos brasileiros.
3. Assinaram Acordo de Compras Públicas que permitirá estabelecer marco comum de princípios e normas para o comércio bilateral na matéria, com vistas a expandir oportunidades comerciais sob condições de transparência, igualdade e não discriminação.
4. Assinaram Protocolo de Serviços Financeiros que busca, entre outros objetivos, assegurar aos investidores do setor acesso aos mesmos direitos e mecanismos estabelecidos para os demais investidores no Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos(ACFI) bilateral, assinado em 2015. Convocaram durante este ano a XII Reunião da Comissão de Monitoramento do Comercio Brasil-Chile, com o objetivo de tratar de assuntos específicos dos fluxos comerciais entre ambos países.
5. Acordaram assinar, por ocasião da próxima Comissão de Monitoramento do Comércio, Memorando de Entendimento (MoU) para a institucionalização de Comitê Regulatório entre Chile e Brasil, instância que promoverá o diálogo regulatório e contribuirá para facilitar o intercâmbio comercial entre ambos países. Igualmente, será assinado instrumento específico relativo ao Comércio de Produtos Farmacêuticos.
6. Acordaram avançar na resolução das questões pendentes em matérias previstas no Convênio de Previdência Social, para o que convocaram a I Reunião da Comissão Mista do Acordo de Previdência Social Brasil-Chile, durante o primeiro semestre de 2018.
7. No marco do Memorando de Entendimento para Estabelecimento de Comissão Mista Permanente em Matéria de Minas e Energia, assinado em 11 de abril de 2006, concordaram com a realização, durante este ano, da I Reunião da Comissão Bilateral de Energia, a fim de intensificar a cooperação na área de energia renovável.
8. No marco do Memorando de Entendimento sobre Biocombustíveis, firmado em 26 de abril de 2007, estabeleceram que delegação chilena visitará o Brasil para prospecção conjunta de oportunidades concretas de cooperação na área de biocombustíveis.
9. Destacaram o diálogo existente entre a SOFOFA- Sociedad de Fomento Fabril e a Confederação Nacional da Indústria – CNI e seu adensamento através do estabelecimento de agenda de trabalho capaz de promover iniciativas concretas que facilitem os negócios entre empresas de ambos os países.
10. Ressaltaram a recente assinatura de Protocolo de Intenções para a criação de Aliança Estratégica entre os Governos do Chile e do Estado de São Paulo (agosto 2017), o que permitirá cooperação, em uma primeira etapa, nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, educação técnica e universitária, investimentos e comércio.
11. Reafirmaram o compromisso de Brasil e Chile com o aprofundamento do diálogo e aproximação entre MERCOSUL e Aliança do Pacífico, mediante a implementação da “Hoja de Ruta” definida na reunião de Buenos Aires, em 07 de abril de 2017.
12. Convocaram para o presente ano a primeira reunião do Mecanismo de Consulta dos Ministros de Relaciones Exteriores e Defesa (Mecanismo 2+2), com ênfase na cooperação entre Forças Armadas e nos temas de desastres naturais e cyber segurança, e acordaram iniciar as negociações de MoU sobre Cooperação em Matéria de Cyber segurança que permita enfrentar em êxito as ameaças crescentes nesta matéria.
13. Convocaram para o presente ano a XIV Reunião do Mecanismo de Consultas Políticas e a II Reunião de Consultas Consulares entre Brasil e Chile.
14. Reafirmaram o compromisso de Brasil e Chile com o Corredor Bioceânico que unirá o Centro-Oeste do Brasil aos portos do Norte do Chile. Os mandatários reconheceram os avanços alcançados em sua implementação e destacaram a aprovação pelo Congresso Nacional brasileiro do acordo para construção de ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, no Paraguai.
15. Reforçaram a exitosa cooperação bilateral em temas antárticos e se comprometeram a impulsionar a entrada em vigor do Acordo de Cooperação Antártica subscrito em 2013. Por sua vez, celebraram a fluidez do diálogo entre as Chancelarias no âmbito do mecanismo de consultas bilaterais e temas antárticos, que oferece moldura política para a agenda de cooperação antártica nos níveis científico e logístico.
16. Acordaram aprofundar a cooperação em investigação científica e tecnológica. Destacaram a parceria já consolidada entre CONICYT, CNPq e FAPESP em áreas como engenharia de materiais avançados, envelhecimento populacional e agroindústria sustentável.
17. Manifestaram o propósito de agilizar o intercâmbio de experiências sobre iniciativas de apoio à inovação e à internacionalização de “startups”. Celebraram a participação de mais de 83 empresas brasileiras no programa Startups Chile, gerido pela CORFO, e concordaram em avançar no intercâmbio com o programa Startout Brasil, que reúne esforços do Itamaraty, MDIC, Apex-Brasil, SEBRAE e ANPROTEC.
18. Decidiram realizar este ano a IV Reunião do Grupo de Trabalho em Cooperação Científica, Tecnológica e Inovação.
19. Celebraram a realização de nove coproduções cinematográficas desde 2007, sob os auspícios do Protocolo de Cooperação Cinematográfica para o apoio à coprodução de longa-metragens, assinado em 2015 pela Agência Nacional de Cine (ANCINE) e o Conselho Nacional de Cultura e Artes do Chile (CNCA).
20. Enfatizaram a exitosa cooperação bilateral em temas educacionais, em que estudantes chilenos são beneficiários dos Programas Estudante-Convênio de Graduação e Pós-Graduação (PEC-G y PEC-PG) e estudantes brasileiros são beneficiários do Programa de Bolsas de Cooperação Horizontal chileno. Manifestaram interesse em intensificar a cooperação bilateral em programas relativos à promoção da literatura chilena e brasileira.
21. Os Presidentes reiteraram a importância que atribuem à plena vigência das instituições democráticas e da promoção dos direitos humanos na América do Sul. Reafirmaram seu compromisso em contribuir para a restauração da democracia na Venezuela, o que reclama a realização de eleições presidenciais livres e justas, com a participação de lideranças e partidos políticos da oposição e sob observação internacional, a libertação de todos os presos políticos e a cessação da sistemática violação dos Direitos Humanos naquele país. Insistiram, ademais, na importância de que o Governo venezuelano autorize a abertura de um canal humanitário que possa atenuar a grave escassez de medicamentos e alimentos naquele país.
22. Destacaram a importância do projeto de cooperação trilateral em prol da segurança alimentar e sanidade agropecuária entre Brasil, Chile e Suriname. Registraram o interesse mútuo em intensificar a cooperação técnica trilateral e trocaram informações sobre possíveis projetos em terceiros países.
23. O Presidente Michel Temer agradeceu o apoio chileno ao pleito brasileiro por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os presidentes concordaram que os avanços na reforma do CSNU, bem como a implementação de métodos de trabalho mais transparentes e participativos, são fundamentais para o fortalecimento das Nações Unidas, reconhecendo que a ampla maioria dos estados membros concorda em que é hora de obter avanços reais nessa matéria. Os presidentes trocaram informações e viram com bons olhos as candidaturas de ambos a assentos não-permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas (o Brasil para o mandato 2022-2023 e o Chile para o mandato 2029-2030).
24. O presidente Michel Temer agradeceu ao presidente Sebastián Piñera o apoio chileno ao pleito brasileiro de ingresso como membro pleno da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico- OCDE. O Presidente Piñera concordou com a importância do ingresso do Brasil na OCDE, bem como da Argentina e do Peru. O presidente Temer destacou a importância atribuída pelo Brasil ao processo de acessão à OCDE, consequência natural da contínua presença do Brasil nas atividades e discussões da organização. Destacou que a participação como membro pleno, além de conferir maior coerência e consistência à participação brasileira, permitirá melhor influenciar o rumo dos importantes debates conduzidos na OCDE, em que Brasil e Chile encontram grande convergência substantiva.
25. Expressaram satisfação pelo histórico encontro entre os líderes da República da Coreia e da República Popular Democrática da Coreia realizado hoje, 27 de abril. O encontro e a “Declaração de Panmunjom para a Paz, Prosperidade e Unificação da Península Coreana” representam passos fundamentais para a normalização das relações e para o estabelecimento definitivo da paz na Península Coreana.
O Presidente Sebastián Piñera agradeceu, em seu nome e de sua esposa e comitiva, a afetuosa acolhida e as manifestações de estima e amizade recebidas do Governo, das autoridades e do povo brasileiros durante sua Visita de Estado ao Brasil.
***
ACORDO DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A REPÚBLICA DO CHILE
Estabelece regras com vistas a garantir, em contratações públicas, (i) acesso recíproco de mercados, (ii) tratamento nacional a fornecedores de ambos os países para que participem em condições de igualdade nas licitações no território de cada parte, sem necessidade de estabelecimento e (iii) transparência. Será enquadrado juridicamente como um protocolo adicional ao acordo comercial MERCOSUL-Chile (ACE 35), no âmbito da Associação Latino-americana de Integração (ALADI).
Acesse o texto: Acordo de Contratações Públicas entre a República Federativa do Brasil e a República do Chile
***
PROTOCOLO DE INVESTIMENTOS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A REPÚBLICA DO CHILE
Complementa o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) bilateral, firmado em 2015, ao estender aos investidores e investimentos no setor financeiro os mesmos direitos dos investidores nas demais atividades econômicas. Ademais desses dispositivos, o Protocolo possui provisões específicas para o setor financeiro.
Protocolo: http://www.itamaraty.gov.br/images/2018/Chile_Protocolo_investimentos.pdf
PR. 27/04/2018. Declaração à imprensa do Presidente da República, Michel Temer, após Cerimônia de assinatura de atos
Carissimo Sebastián Piñera, Presidente da República do Chile,
Senhoras e senhores ministros de Estado,
Parlamentares,
Embaixadores,
Profissionais de imprensa.
Eu quero de logo registrar que é com grande prazer que estamos recebendo, em visita de Estado, o presidente do Chile, Sebastián Piñera e a sua senhora. Nossas boas vindas, mais uma vez, a toda a delegação chilena.
E quero, mais uma vez, agradecer ao presidente Piñera a deferência de haver incluído o Brasil entre os destinos de sua primeira viagem ao exterior, neste seu segundo mandato, este é gesto que muito nos honra, e cujo significado sabemos compreender.
Aliás, esta, presidente Piñera, é a terceira vez que nos encontramos em menos de dois meses. A primeira foi por ocasião da cerimônia de sua posse, que tive o privilégio de assistir. Aliás, eu até registro uma coisa, presidente Piñera, que foi uma coisa muito curiosa, não é? As cerimônias, no geral, são muito longas não é? Às vezes duas, três horas, discursos e mais discursos. E nós pudemos verificar, e eu trouxe esse exemplo para cá, o presidente Piñera recebeu a faixa, tomou posse, chamou os ministros, fizeram lá o juramento, deu posse a todos e terminou a solenidade. Foi uma coisa, digamos, civilizadíssima, foi um exemplo aqui para aquelas sessões intermináveis, com muitos discursos.
Então, eu quero que é um prazer essa frequência dos nossos encontros, que reflete bem que o Brasil e o Chile são parceiros históricos, cuja amizade fundamenta-se em valores e interesses compartilhados como a democracia, os direitos humanos, o crescimento com geração de empregos e a renda e, naturalmente, a integração latino-americana de nações.
Nossa reunião há pouco, eu comunico a imprensa, foi extremamente produtiva, nós avançamos naturalmente na vertente econômica desta nossa relação. Aliás, os nossos empresários, presidente Piñera, se conhecem bem, se apreciam, e eu pude verificar que se relacionam com absoluta fluidez. E nosso papel como governo é continuar criando as melhores condições para intensificar essas relações. Aliás, o Brasil já é o País com maior estoque de investimentos chilenos, mais de US$ 31 bilhões. Os investimentos brasileiros no Chile também são expressivos, estão hoje na casa de US$ 4 bilhões. Mas, certa e seguramente, essa sua visita e os contatos que o senhor mantém e manterá aqui no Brasil, vai aumentar ainda mais o desejo dos nossos empresários de investirem no Chile. E, aliás, neste plano comercial, a situação é de total liberalização tarifária entre o Brasil e o Chile.
Os números até são eloquentes. Em 2017, o intercâmbio aumentou mais de 20% em relação a 2016. E fico muito feliz, foi precisamente no meu governo. Chegou a US$ 8 bilhões e 400 milhões. E este resultado faz do Brasil, penso eu, o maior parceiro comercial do Chile na região. E faz do Chile nosso segundo maior parceiro também no plano regional.
E aliás, os acordos hoje assinados, sobre compras públicas e serviços financeiros, o que estamos fazendo é estimular que o comércio e os investimentos entre nossos países cresçam ainda mais. Por isso, acolhemos a proposta do presidente Piñera, de negociar um novo e ambicioso acordo de livre comércio. Não se trata mais de eliminar barreiras tarifárias, já estamos de outro patamar. Agora nosso objetivo é superar barreiras regulatórias às trocas entre o Brasil e o Chile.
Devo dizer também, que conversamos eu e o presidente Piñera, sobre cooperação em defesa, em Ciência e Tecnologia e tratamos naturalmente da integração física na América do Sul e da colaboração na Antártida.
Eu quero até renovar aqui publicamente, agradecimento já fiz ao presidente Piñera, no tocante ao auxílio que o Chile prestou, no caso do incêndio da estação Comandante Ferraz, em 2012. O Brasil, tenha a certeza, presidente, nunca esquecerá a ajuda que, com tanta generosidade, nos prestou o Chile.
Concordamos também, em fazer cada vez mais uma integração entre o Mercosul e a Aliança para o Pacífico. Discutimos uma questão discutida em todos os encontros regionais, que é a questão da Venezuela e expressamos ambos a nossa preocupação com os destinos políticos daquele país. Sendo certo que a nossa preocupação é com o povo venezuelano, concordando, portanto, que não há alternativas em nossa região que não seja para um regime declaradamente democrático. Cheguei a mencionar à Sua Excelência o problema que nós temos no Brasil com os imigrantes venezuelanos, o que atinge também outros Estados.
E, finalmente, presidente Piñera, um tema que não tratamos lá, mas que eu faço questão de mencionar aqui, que é um tema global. E, portanto, eu não posso deixar de registrar o histórico encontro de hoje, entre os líderes da Coreia do Sul, e da Coreia do Norte. Nós esperamos, estar assistindo ao início de uma etapa que levará ao estabelecimento definitivo da paz na Península Coreana, nós queremos ver aqueles povos unidos e não separados. Aliás, se derem esse exemplo ao mundo, certa e seguramente, isso terá repercussões em outros conflitos regionais que poderão, quem sabe serem conduzidos também à paz nessas localidades. Portanto, o registro que eu faço é com muita satisfação, na torcida, digamos, de que isso resulte benéfico para ambos os países.
Portanto, presidente Piñera, eu reafirmo os votos de boas-vindas ao Brasil, ela estreitará os laços de amizade entre nossos países, e nos dá, desde já, uma grande satisfação, cumprimentá-lo novamente.
PR. 27/04/2018. Brinde do Presidente da República, Michel Temer, no almoço oferecido ao Senhor Sebastián Piñera, Presidente da República do Chile, e à senhora Cecilia Morel, Primeira-Dama da República do Chile
Prezado senhor Sebastián Piñera, Presidente da República do Chile e senhora Cecilia Morel,
Prezadíssima Marcela,
Senhoras e senhores ministros de Estados,
Parlamentares,
Embaixadores,
Demais integrantes das delegações do Chile e do Brasil.
Eu quero dizer, Presidente Piñera, nós já fizemos algumas manifestações ao longo do dia, mas dizer que é com grande satisfação que Marcela e eu acolhemos Vossa Excelência e a senhora Cecilia Morel, nesta visita de Estado. Portanto, recebam com toda a delegação chilena, nossas mais calorosa boas-vindas.
E estou repetindo que é especialmente significativo que uma de suas primeiras viagens internacionais, neste seu segundo mandato, seja precisamente para o Brasil. Este é um fato que marcará muito a nós todos. Ao governo brasileiro e, naturalmente, aos brasileiros em geral.
E tudo isto a revelar que o relacionamento do Brasil e o Chile é muito firme, não é? Porque ele está lastreado em valores que nós compartilhamos: a democracia, os direitos humanos, a paz, o desenvolvimento sustentável, não é?
E, de igual maneira, mais uma vez dizendo, nosso intenso intercâmbio econômico. O Chile tem no Brasil seu maior parceiro comercial na região. E hoje nós demos passos importantíssimos para ampliar estas relações, em face dos vários acordos que assinamos.
Portanto são resultados muito expressivos que nós temos boas razões para comemorar e para celebrar. Daí, naturalmente, nosso entusiasmo com até uma proposta que vossa excelência faz, de um novo e ambicioso acordo de livre comércio. Nós queremos levar, levar isso adiante, naturalmente com seu apoio e o seu entusiasmo.
Portanto, Presidente Piñera, senhora Cecilia Morel, recebam, mais uma vez, a nossa calorosa acolhida. Sejam muito felizes no dia de hoje, porque a sua estada no Brasil é apenas para o dia de hoje. Mas que levem, naturalmente, as melhores recordações do nosso País, do governo e do povo brasileiro.
E por isso mesmo, eu apreciaria levantar um brinde à sua saúde e de sua senhora, para comemorarmos este momento.
________________
LGCJ.: