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April 24, 2018


ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS



ÍNDICES



FGV. IBRE. 24-Abr-2018. Confiança do Consumidor recua em abril

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,6 pontos em abril, ao passar de 92,0 para 89,4 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, apresenta alta de 7,2 pontos e se mantém positivo em médias móveis trimestrais.

“A queda da confiança em abril é uma devolução de mais da metade da alta do mês anterior. Consumidores de todas as classes de rendas se sentem menos otimistas em relação à situação econômica nos próximos meses, influenciados em parte, pela redução das suas expectativas sobre o mercado de trabalho”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.

Em abril, tanto as avaliações sobre a situação atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,3 pontos, para 76,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE) recuo 2,5 pontos, ao passar de 101,5 pontos para 99,0 pontos.

Entre os quesitos que integram o ICC, a maior contribuição para a queda da confiança no mês foi dada pelo indicador que mede o otimismo com relação à economia nos meses seguintes, que caiu 7,3 pontos ao passar de 118,0 para 110,7 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (105,7).

Em relação à avaliação dos consumidores sobre o momento, o indicador que mede o grau de satisfação atual com a economia recuou 1,1 ponto, para 83,3 pontos enquanto o indicador que mede a situação financeira das famílias caiu 3,4 pontos, para 69,8 pontos.

Em relação às perspectivas futuras, tanto o indicador que mede a situação financeira das familias quanto o ímpeto de compras debens duráveis se mantiveram relativamente estáveis na margem.

A análise por classes de renda reforça o resultado volátil que tem se apresentado o ICC nos últimos meses. Houve queda da confiança em todas as classes de renda, exceto para as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. O destaque negativo ocorreu na classe de renda com menor poder aquisitivo (renda familiar até R$2.100,00 mensais) cujo índice caiu 14,1 pontos, influenciando a queda da confiança em abril. Para esses consumidores houve piora da satisfação sobre a situação financeira no momento e redução do otimismo em relação à economia, às finanças pessoais, intenção de compra de bens duráveis e emprego.

A edição de abril de 2018 coletou informações de 1612 domicílios entre os dias 02 e 18 de abril.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D0162F73A27977A98

USP. FIPE. REUTERS. 24 DE ABRIL DE 2018. IPC-Fipe tem recuo de 0,02% na 3ª quadrissemana de abril

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo teve recuo de 0,02 por cento na terceira quadrissemana de abril, após variação negativa de 0,01 por cento na segunda quadrissemana do mês, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

Por Camila Moreira



INDÚSTRIA



CNI. 23/04/2018. Produção cresce e emprego na indústria fica estável, informa CNI. Sondagem Industrial, da CNI, mostra que a ociosidade do setor continua alta. As condições financeiras das empresas pioraram no primeiro trimestre, o que representa um obstáculo à aceleração da atividade



A produção aumentou e o emprego na indústria brasileira ficou estável em março. O indicador de evolução da produção subiu para 55,2 pontos e o de emprego ficou em 49,6 pontos no mês passado.  As informações são da Sondagem Industrial, divulgada nesta segunda-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).  A pesquisa observa que o crescimento da produção em março foi mais intenso do que o usual para o mês.  O índice de evolução da produção, de 55,2 pontos, ficou 8,7 pontos acima do de fevereiro e é 2,1 pontos maior do que a média histórica dos meses de março. Os indicadores da Sondagem variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos indicam aumento da produção e do emprego no setor.

Mesmo com o resultado positivo, há outros componentes que comprometem a aceleração do ritmo de crescimento da atividade, alerta o economista da CNI Marcelo Azevedo. "A Sondagem mostra que as condições financeiras das empresas pioraram, os estoques estão com algum excesso e a ociosidade continua elevada", diz Azevedo.  De acordo com a pesquisa, o indicador de nível de estoques em relação ao planejado ficou em 50,6 pontos, pouco acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os estoques estão levemente acima do planejado. O indicador de utilização da capacidade instalada subiu de 64% em fevereiro para 66% em março. Com isso, a ociosidade é de 34%.

No primeiro trimestre, os industriais dizem que as condições financeiras das empresas pioraram. O indicador de satisfação com a situação financeira das empresas ficou em 46 pontos, 1,3 ponto abaixo do registrado no ultimo trimestre de 2017. O indicador de satisfação com a margem de lucro caiu para 41,3 pontos. Além disso, as condições de acesso ao crédito continham difíceis. O indicador de facilidade de acesso ao crédito ficou em 37,6 pontos no primeiro trimestre. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Abaixo de 50 indicam insatisfação com a situação financeira e com o lucro e dificuldade de acesso ao crédito.

EXPECTATIVAS E INVESTIMENTOS  - Os índices de perspectivas para os próximos seis meses também estão menores do que em março, embora os indicadores ainda apontem para o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do emprego. O índice de expectativa de demanda caiu para 58,4 pontos, o de compras de matérias-primas recuou para 56 pontos, o de número de empregados ficou em 50,8 pontos e o de quantidade exportada alcançou 55,4 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram empresários otimistas.

O indicador de intenção de investimento também recuou frente a março e ficou em 52,9 pontos em abril. Mesmo com a segunda queda consecutiva, o índice está 5,9 pontos acima do de abril de 2017. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir.

PROBLEMAS - De acordo com a Sondagem Industrial, a elevada carga tributária, com 42,6% das assinalações,foi o principal problema enfrentado pelas empresas no primeiro trimestre. Em seguida, com 34,5% das respostas, aparece a falta de demanda interna e, em terceiro lugar, com 23,1% das menções, aparece a falta ou o alto custo da matéria-prima.

A pesquisa destaca que a falta ou o alto custo da matéria-prima subiu do sétimo para o terceiro lugar na lista de obstáculos enfrentados pelas empresas. A menção a esse problema subiu 6,2 pontos percentuais entre o último trimestre de 2017 e agora. Os empresários também apontam a competição desleal, a falta de capital de giro e a inadimplência dos clientes entre os principais problemas do primeiro trimestre.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 12 de abril com 2.214 empresas. Dessas, 932 são pequenas, 778 são médias e 504 são de grande porte.

DOCUMENTO: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/producao-cresce-e-emprego-na-industria-fica-estavel-informa-cni-/

PORTAL BRASIL. 23/04/2018. ECONOMIA E EMPREGO. Emprego. Indústria. Produção aumenta e emprego na indústria fica estável em março. Expectativa dos empresários continua otimista para abril, aponta Confederação Nacional da Indústria

A produção aumentou e o emprego ficou estável na indústria brasileira em março, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta segunda (23), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o crescimento da produção em março foi mais intenso do que o usual para o mês, com o índice de evolução da produção em 55,2 pontos — 8,7 pontos acima do de fevereiro e 2,1 pontos maior do que a média histórica dos meses de março.

Quando estão acima de 50 pontos, os números indicam aumento da produção e do emprego no setor. Ainda segundo os dados da CNI, o número de empregados permaneceu estável em 49,6 pontos., segundo mês seguido de estabilidade após uma sequência de quedas.

Para os próximos seis meses, a expectativa de demanda caiu para 58,4 pontos, o de compras de matérias-primas recuou para 56 pontos, o de número de empregados ficou em 50,8 pontos e o de quantidade exportada alcançou 55,4 pontos. Mesmo assim, os indicadores apontam para o aumento nessas áreas, uma vez que quando estão acima de 50 pontos mostram empresários otimistas.

CNI. 24/04/2018. 5 indicadores da CNI que medem a confiança dos brasileiros. O nível de otimismo ou de pessimismo de empresários e consumidores antecipa tendências de investimentos e de consumo

A confiança e as expectativas dos empresários e da população são termômetros importantes da economia de um país, porque o nível de otimismo ou de pessimismo aponta tendências de consumo e de investimentos, dois dos principais motores da atividade e do emprego.

Quando estão otimistas, os empresários tendem a fazer investimentos e os consumidores ficam mais dispostos a comprar.  O aumento dos investimentos e do consumo alimenta o crescimento econômico e a criação de empregos. Em tempos de pessimismo, os investimentos e o consumo diminuem, desacelerando a atividade econômica.

Por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elabora, a partir de pesquisas mensais e trimestrais, indicadores que avaliam a confiança e as expectativas de empresários e consumidores. Conheça cinco indicadores de confiança da CNI:

1. Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI): Mostra, mensalmente, a percepção dos industriais sobre as condições atuais de negócios e as perspectivas para os próximos seis meses sobre o desempenho das empresas e da economia. Em abril deste ano, o ICEI alcançou 56,7 pontos.  Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.



2. Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção): Revela a percepção dos empresários da indústria da construção sobre o desempenho atual e as expectativas futuras da economia e da própria empresa. Em março o indicador ficou em 57 pontos, acima da média histórica que é de 52,9 pontos. Os indicadores do ICEI-Construção variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.



3. Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC): O indicador mensal considera as expectativas dos brasileiros sobre a evolução da inflação, do desemprego, da renda pessoal, do endividamento e da situação financeira. Também mostra a disposição do consumidor para fazer compras de maior valor, como móveis, eletrodomésticos e outros.  Em março, o INEC ficou em 101,9 pontos, abaixo da média histórica que é de 108 pontos, indicando que a confiança dos brasileiros ainda está baixa. Com isso, a tendência é que o consumo das famílias, um dos principais motores da economia, cresça em ritmo moderado nos próximos meses.



4. Índice de Medo do Desemprego (IMD): O indicador trimestral mostra o quanto os brasileiros estão ansiosos com a possibilidade de perder o  emprego ou que  alguém da sua família  fique desempregado.  Em março, o índice de Medo do Desemprego alcançou 63,8 pontos e está acima da média histórica, que é de 49,2 pontos, indicando que as pessoas estão preocupadas com o emprego.  A pesquisa é feita com mais de 2 mil pessoas em cerca de 120 municípios brasileiros.



5. Índice de Satisfação com a Vida (ISV): Outro índice trimestral mostra o sentimento do brasileiro em relação à própria vida. Em março, o índice de satisfação com a vida subiu para 67,5 pontos em março e se aproximou da média histórica que é de 69,8 pontos. A pesquisa ouve mais de 2 mil pessoas em cerca de 120 municípios brasileiros e é feita junto com o Índice de Medo do Desemprego.



DETALHE DOS INDICADORES: https://noticias.portaldaindustria.com.br/listas/5-indicadores-da-cni-que-medem-a-confianca-dos-brasileiros/



ARRECADAÇÃO



MF. RFB. PORTAL G1. 24/04/2018. Arrecadação registra alta real de 3,95% e tem o melhor março desde 2015. Receita com impostos e contribuições somou R$ 105,65 bilhões em março. Reaquecimento da economia, junto com Refis e tributação maior sobre combustíveis, tem ajudado na recuperação.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília


Arrecadação federal em março
Com alta real de 3,95%, valor em 2018 é o maior dos últimos três anos
Em bilhões de R$110,538110,538102,842102,842101,648101,648105,659105,659Março de 2015Março de 2016Março de 2017Março de 20180255075100125

Março de 2016
102,842
Fonte: Receita Federal

A arrecadação com impostos, contribuições e demais receitas teve alta real (acima da inflação) de 3,95% em março e chegou a R$ 105,659 bilhões, informou nesta terça-feira (24) a Secretaria da Receita Federal.

Foi o maior valor para meses de março desde 2015, ou seja, em três anos. No mesmo mês do ano passado, a arrecadação federal somou R$ 101,648 bilhões (valor corrigido pela inflação).

Esse também foi o quinto mês consecutivo em que a arrecadação federal teve crescimento real frente ao mesmo período do ano anterior.

A última queda, neste caso, foi em outubro do ano passado, mas o resultado foi influenciado pela receita extra com a chamada "repatriação", em outubro de 2016.

A alta da arrecadação acontece em um momento de reaquecimento da economia, que saiu da recessão no ano passado – quando o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento de 1%, depois de dois anos de recessão. A expectativa para este ano é de uma alta de 2,75% a 3% no PIB.

Além disso, a Receita Federal também informou que foi registrada uma arrecadação extra de R$ 1,074 bilhão por conta do Refis, parcelamento para devedores, em março deste ano, contra R$ 400 milhões no mesmo período do ano passado.

A arrecadação extra sobre os combustíveis, cuja tributação subiu em julho do ano passado, rendeu outro R$ 1 bilhão a mais em março deste ano.

Arrecadação em primeiros trimestres
Valor em 2018 teve crescimento real de 8,42%; valores são corrigidos pela inflação
Em bilhões de R$368,527368,527338,356338,356338,613338,613367,134367,13420152016201720180100200300400

2016
338,356
Fonte: Receita Federal

Primeiro trimestre

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a arrecadação total somou R$ 366,401 bilhões, com crescimento real de 8,42% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também foi a maior arrecadação para o período desde 2015, isto é, em três anos.

A Receita Federal informou que cresceu, nos três primeiros meses deste ano, a arrecadação do IRPJ e da CSLL (+2,18% em termos reais, para R$ 67,998 bilhões), da Cofins (13,54%) – por conta do aumento do volume de vendas e do reajuste das alíquotas sobre combustíveis.

Além disso, também houve, em fevereiro, recolhimento extraordinário de R$ 1,4 bilhão relativos nestes tributos a operações envolvendo venda de ativos de empresas.

O Fisco também observou que houve crescimento real na arrecadação previdenciária (+2,65%) devido ao crescimento do emprego formal na economia, da massa salarial e dos parcelamentos. Houve, ainda, um aumento da arrecadação do Imposto de Importação (+20,8%) e do IPI-Vinculado (+21,9%) por conta do aumento do dólar, que encarece os produtos importados.

Meta fiscal

O comportamento da arrecadação é importante porque ajuda o governo a tentar cumprir a meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas. Para 2018, a meta em vigor é de déficit (resultado negativo) de até R$ 159 bilhões.

No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 124 bilhões. Foi o quarto ano seguido de rombo nas contas públicas e o segundo pior resultado da história.

Houve, entretanto, melhora frente ao déficit primário de 2016, que atingiu o recorde de R$ 161,27 bilhões (valor revisado), o equivalente a 2,6% do PIB.

A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e impactos inflacionários. A previsão do governo é de que as contas do governo retornem ao azul somente em 2022.

MF. RFB. REUTERS. 24 DE ABRIL DE 2018. Arrecadação federal sobe 3,95% e tem melhor março desde 2015, mas desacelera ritmo

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal subiu pelo quinto mês consecutivo em março, mas desacelerou o ritmo de crescimento em relação aos primeiros meses do ano, em meio aos sinais ainda irregulares da atividade econômica.

Os impostos e contribuições recolhidos no mês tiveram alta real de 3,95 por cento sobre março do ano passado, a 105,659 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta terça-feira.

O resultado foi o mais forte para março desde 2015 (+110,538 bilhões de reais), mas veio abaixo de estimativa de 110 bilhões de reais, apontada em pesquisa Reuters junto a analistas.

Tanto em janeiro quanto em fevereiro, o desempenho da arrecadação havia sido bem mais expressivo, com alta de 10,12 e 10,67 por cento, respectivamente, sobre iguais períodos de 2017.

A principal contribuição para a arrecadação em março veio com Cofins/PIS-Pasep, com avanço de 10,16 por cento na comparação com igual mês de 2017, a 21,416 bilhões de reais.

O Refis, programa de renegociação tributária, também seguiu ajudando o governo, somando 1,074 bilhão de reais no mês. Em março do ano passado, o parcelamento especial de dívidas tributárias rendeu 400 milhões de reais aos cofres públicos.

A Receita também informou que, no primeiro trimestre, a arrecadação teve crescimento real de 8,42 por cento, a 366,401 bilhões de reais.

O governo prevê arrecadação mais forte este ano em função da retomada da economia, com expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) suba 3 por cento, após alta de 1 por cento em 2017. O mercado, contudo, vem reduzindo suas projeções para a economia, após dados do início do ano virem abaixo do esperado em meio ao alto nível de desemprego e capacidade ociosa nas empresas. Para 2018, a meta de déficit primário é de 159 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), sendo que importantes medidas para dar folga a seu cumprimento, como a privatização da Eletrobras, ainda precisam de aprovação no Congresso Nacional.

Por Marcela Ayres



AGRICULTURA



OIV. PORTAL G1. 24/04/2018. Produção mundial de vinho cai para mínima de 60 anos; Brasil registra salto de 169%. Volume produzido caiu 8,6% em 2017. Brasil ocupa a 14ª posição no ranking dos maiores produtores do mundo.

A produção mundial de vinhos caiu para o nível mais baixo em 60 anos em 2017 devido às condições climáticas adversas na União Europeia que reduziram a produção no bloco, informou a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

A produção global de vinho totalizou 250 milhões de hectolitros no ano passado, uma queda de 8,6% em relação a 2016, segundo dados da OIV divulgados nesta terça-feira (24).

O nível é o mais baixo desde 1957, quando a produção caiu para 173,8 milhões de hectolitros, disse a organização com sede em Paris à Reuters.

Apesar da queda no panorama global, o Brasil registrou um salto de 169% em sua produção, passando de 1,3 milhão de hectolitros em 2016 para 3,4 milhões de hectolitros em 2017. O país ocupa a 14ª posição no ranking dos maiores produtores do mundo, segundo dados da OIV.

Um hectolitro representa 100 litros, ou o equivalente a pouco mais de 133 garrafas padrão de 750ml.

Todos os principais produtores de vinho da UE foram atingidos pelo clima rigoroso no ano passado, o que levou a uma queda geral no bloco de 14,6%, para 141 milhões de hectolitros.

As projeções da OIV, que excluem suco e vinho jovem, colocam a produção de vinhos italianos em queda de 17%, para 42,5 milhões de hectolitros, a produção francesa em recuo de 19%, para 36,7 milhões e a produção espanhola em queda de 20%, para 32,1 milhões.

O governo francês informou no ano passado que a produção atingiu uma mínima devido a uma série de más condições climáticas, incluindo geadas da primavera, secas e tempestades que afetaram a maioria das principais regiões produtoras, incluindo Bordeaux e Champagne.

Em contraste, a produção permaneceu praticamente estável nos Estados Unidos, o quarto maior produtor mundial, e na China, que se tornou a sétima maior produtora de vinho do mundo, atrás da Austrália e da Argentina.


As tendências foram misturadas na América Latina, com um aumento de 25% na Argentina, após uma produção muito baixa em 2016 e uma queda de 6% no Chile.

O consumo global de vinhos subiu em torno de 243 milhões de hectolitros em 2017, 1,8% a mais que no ano anterior. Os EUA confirmaram sua posição como maior consumidor mundial de vinho, com 32,6 milhões de hectolitros, seguidos pela França, com 27 milhões.

DOCUMENTO: http://www.oiv.int/



ENERGIA



CONAB. 24 de Abril de 2018. Cana-de-açúcar tem queda de 3,6% e fecha safra 2017/18 em 633,26 milhões de t

De acordo com os dados do 4º e último levantamento da safra de cana-de-açúcar 2017/2018, a produção teve leve queda, chegando a 633,26 milhões de toneladas, o que corresponde a 3,6% a menos em relação à safra anterior, que foi de 657,18 milhões de t. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou os resultados do estudo nesta terça-feira (24), no site da estatal, no qual aponta que, apesar da maior produtividade na região Nordeste, a média brasileira foi semelhante à da safra passada, de 72.543 kg/ha, e acabou não impactando no aumento da produção.

O boletim mostra ainda que a diminuição também é reflexo da área colhida, que fechou 8,73 milhões de hectares, com queda de 3,5% se comparada à safra 2016/17. Mesmo com este cenário, a produção de etanol manteve-se estável, com 27,76 bilhões de litros e redução de 0,2%. Já o açúcar caiu para 37,87 milhões de t, com retração de 2,1% em relação à safra anterior, devido à menor quantidade de cana disponível e o direcionamento para a produção de etanol, visto que os preços no mercado internacional caíram.

No caso do etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, houve aumento de 0,1%, alcançando 11,09 bilhões de litros. A justificativa, segundo a pesquisa, foi a manutenção do consumo de gasolina. Neste caso, o total produzido de etanol hidratado foi de 16,68 bilhões de litros, o que significa uma redução de 0,3% ou 58,36 milhões de litros.

A estimativa aumentou em relação aos levantamentos anteriores, porque o consumo de etanol hidratado subiu a partir de outubro de 2017, o que levou as unidades de produção a direcionarem a produção para o biocombustível em detrimento do açúcar. O consumo acumulado, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi 5% superior à safra passada.

Com relação aos destaques por região, no Sudeste a expectativa é de leve aumento dos patamares de produtividade em relação à safra anterior, apesar da diminuição na área colhida, reflexo de problemas climáticos e menor área colhida de fornecedores. Mesmo assim, a produção nesta região foi de 417,47 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processada, 4,2% inferior à safra 2016/17.

O Centro-Oeste manteve a área colhida da safra passada, mas com estimativa de leve redução nos patamares de produtividade. A produção de 133,66 milhões de toneladas representa redução de 0,4%. No Nordeste, a boa produtividade garantiu uma produção de 41,14 milhões de toneladas, mesmo com registro de área menor.

Na região Sul, com produção estimada em 37,52 milhões de toneladas, houve queda de 5,5% na área colhida. O fato ocorreu principalmente nas localidades fornecedoras que foram reconvertidas para a produção de grãos – ou que não possuíam mecanização – ou ainda naquelas onde não foi possível realizar toda a colheita devido ao excesso de chuvas no final da safra.

Finalmente, na região Norte, que representa menos de 1% do total nacional, a área cultivada também foi menor, com produção de 3,46 milhões de toneladas. Na próxima semana, a Conab vai apresentar os primeiros números da estimativa de cana-de-açúcar da safra 2018/2019.

Boletim: https://www.conab.gov.br/index.php/info-agro/safras/cana



SETOR AUTOMOTIVO - MERCOSUL



GM. PORTAL G1. REVISTA AUTO ESPORTE. REUTERS. 23/04/2018. Montadoras estão investindo às cegas no Mercosul por indefinição de regras de longo prazo, diz GM. Fabricantes devem se reunir nesta terça, 24, com Temer, para cobrar a divulgação do Rota 2030, novo regime automotivo. País está sem política para o setor desde o começo do ano.

A indústria de veículos no Mercosul está cobrando dos principais membros do bloco, Brasil e Argentina, a definição de uma política de longo prazo para o setor que seja capaz de dar previsibilidade para os investimentos e maior competitividade ao setor, em um momento em que o bloco negocia um acordo comercial com a União Europeia.

Segundo o presidente da General Motors para o Mercosul, Carlos Zarlenga, sem uma definição clara sobre a política industrial no Brasil para os próximos anos e a aprovação de regras futuras para o comércio de veículos no Mercosul "a indústria está investindo às cegas".

"É fundamental trabalharmos hoje para termos uma previsibilidade sobre o que vai acontecer a partir de 2020. Todos os investimentos anunciados hoje (pelo setor) passam do horizonte de 2020. Estamos investindo às cegas e isso não pode acontecer", disse Zarlenga durante seminário do setor promovida pela editora AutoData.

Reunião com Temer

Uma comitiva de presidentes de montadoras de veículos, mais a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), deve se reunir nesta terça-feira (24) com o presidente Michel Temer, na expectativa de fazer o governo federal avançar na aprovação da política industrial conhecida como Rota 2030.

O encontro deveria ter acontecido no último dia 12, mas as mudanças geradas pela saída de ministros interessados em disputar as eleições de outubro acabaram adiando a reunião.

"Estamos discutindo isso, Rota 2030, há um ano e meio, espero uma surpresa positiva amanhã", disse Zarlenga. Porém, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, presente no mesmo seminário foi mais pessimista, comentando que na terça-feira "não deve ser assinado nada".

O Rota 2030 pretende ditar as regras de incentivo ao setor abordando temas como economia no consumo de combustível e obrigatoriedade de equipamentos de segurança nos veículos.

A política automotiva anterior, Inovar Auto, terminou no final do ano passado e, a partir deste ano, o mercado passou a conviver com importações de veículos que pagam apenas imposto de importação, e não mais uma sobretaxa de até 30%, caso os importadores não invistam em produção e pesquisa e desenvolvimento nacionais.

Segundo Zarlenga, entre este ano e 2030 são estimados investimentos no Brasil pelo setor automotivo de R$ 30 bilhões em pesquisa e desenvolvimento por ciclo de 5 anos, ante de R$ 25 bilhões aplicados entre 2012 e 2018.

Brasil e Argentina

No caso da GM, a pauta de desenvolvimento inclui veículos elétricos e modelos unificados que possam ser vendidos no Brasil e na Argentina sem precisarem de alterações para atender a regras específicas locais, algo conhecido como "reconhecimento mútuo" e que segundo ele poderá ser colocado em prática no Mercosul em 30 dias.

Além da política industrial no Brasil, o setor busca também a discussão de regras que vão substituir o acordo automotivo atual entre Brasil e Argentina, que vence em meados de 2020.

Os dois países possuem 76 fábricas de veículos, das quais 65 estão no Brasil, e uma capacidade de produção anual de 6 milhões de unidades.

Atualmente, o comércio bilateral é regido por uma regra conhecida como "flex" em que a cada 1 dólar que o Brasil importa da Argentina sem incidência de tarifas, o Brasil pode exportar ao vizinho 1,5 dólar também sem sobretaxas.

"O setor esta começando a se desorganizar...Há um alinhamento político entre Brasil e Argentina e os países passam por um momento de crescimento muito forte (de suas indústrias de veículos). Mas nosso questionamento é que para se organizar o setor é preciso ter uma visão de mais longo prazo", disse Megale, da Anfavea.

Segundo Zarlenga, da GM, a indústria automotiva do Brasil e da Argentina deve crescer 3,6% ao ano, em média, nos próximos 10 anos, com o Brasil passando de vendas internas previstas para 2018 de 2,7 milhões de veículos para 2,9 milhões em 2019 e chegando a 4 milhões em 2027.

Para a Argentina, o crescimento esperado pela empresa sai de 1 milhão em 2018 para 1,2 milhão em 2027.

"Temos regras claras hoje (sobre o flex) que terminam em julho de 2020. O ponto é que não dá para esperar 2020 chegar para se ter uma nova regra", disse o presidente da GM Mercosul.

União europeia

Além do comércio bilateral entre Brasil e Argentina, a indústria automotiva do Mercosul --formado também por Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está suspensa-- tem pela frente a possibilidade de entrada em vigor no próximo ano do livre comércio de veículos entre Brasil e México, conforme regido pelo acordo bilateral atual, disse Megale. Ele defendeu gradualismo na abertura, pedindo o mesmo nas discussões do Mercosul com a União Europeia.

"Tem chances reais de sair (acordo Mercosul-UE), embora estejamos discutindo há 20 anos. Mas ele tem que vir com gradualidade. A UE hoje tem 1,7 habitante por veículo e o Mercosul tem 4,45, enquanto isso a UE tem 17% de sua capacidade ociosa enquanto as montadoras no Mercosul têm 41%."

ANFAVEA. REUTERS. 24 DE ABRIL DE 2018. Governo e setor automotivo estão finalizando discussão sobre Rota 2030, diz presidente da Anfavea

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, disse nesta terça-feira que os ajustes para o Rota 2030 estão em fase final e que a expectativa é que avanços sejam feitos ainda esta semana para que o programa seja anunciado no início de maio.

As declarações foram feitas após reunião de representantes do setor com o presidente Michel Temer, que contou com a presença dos ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Secretário da Receita, Jorge Rachid, na qual foram discutidos vários aspectos do programa, incluindo o que Megale disse ser seu ponto central, o investimento em pesquisa e desenvolvimento.

“Nós estamos na fase final de aperfeiçoamento do programa. Há uma discussão entre os ministérios e o setor privado... esteve aqui a representação total do setor para que a gente pudesse avançar nas discussões quanto à Rota 2030 e estamos realmente na fase final de ajustes”, afirmou após o encontro.

Segundo Megale, ainda estão sendo feitos os últimos ajustes, principalmente no formato do apoio que será destinado à indústria para o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Megale garante que há uma convergência entre os ministérios sobre o tema, mas resta acertar detalhes.

“O mecanismo de utilização desse apoio está em discussão. Nós devemos ter muito em breve o fechamento final, os ministérios estão fazendo suas últimas conversas”, explicou, afirmando ter a expectativa que esse processo esteja solucionado até o fim da semana.

De acordo com o presidente da Anfavea, o programa trará previsibilidade para o setor, com uma visão de 15 anos divididos em ciclos de 5 anos cada. O programa deve trazer obrigações à indústria relacionadas à eficiência energética e de equipamentos de seguranças, além do foco em pesquisa e desenvolvimento.

Ainda segundo Megale, o valor destinado a esse mecanismo de estímulo à pesquisa e desenvolvimento ainda pode variar, justamente porque não foi fechado um formato.

“Como ainda boa parte das empresas estão com prejuízos acumulados nos últimos anos, a aplicação do mecanismo fica um pouco prejudicada, mas esses detalhes também estão sendo ajustados”, explicou.

“O valor é difícil a gente precisar porque a gente precisa ter o formato final bem definido... pode ser reavaliado, sim”, afirmou.

Por Maria Carolina Marcello



AÇO



INDA. REUTERS. 24 DE ABRIL DE 2018. Vendas de aço plano por distribuidores do Brasil sobem 1,2% em março ante fevereiro, diz Inda

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de aços planos por distribuidores do Brasil em março subiram 1,2 por cento ante fevereiro e avançaram 3,4 por cento na comparação anual, para 262,9 mil toneladas, informou nesta terça-feira o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).

Os estoques acumulados no final do trimestre pelos distribuidores eram de 887,3 mil toneladas, alta de 2,4 por cento na comparação com fevereiro.

Para abril, o Inda espera queda de cerca de 10 por cento nas vendas na comparação com o mês anterior.

Por Alberto Alergi Jr.

IABr. REUTERS. 24 DE ABRIL DE 2018. Siderúrgicas brasileiras elevam projeções de venda e produção em 2018

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria siderúrgica brasileira espera alta de 8,6 por cento na produção de aço bruto em 2018, a 37,3 milhões de toneladas, afirmou nesta terça-feira a associação que representa o setor, IABr.

A projeção representa uma melhoria ante estimativa anterior divulgada em novembro, que previa expansão de 8 por cento para a produção neste ano.

A previsão para as vendas no mercado interno este ano é de crescimento de 6,6 por cento, para 18 milhões de toneladas, ante expectativa anterior de crescimento de 4,1 por cento.

A entidade também avalia que o consumo aparente de aço no Brasil este ano deve subir 6,9 por cento neste ano, para 20,5 milhões de toneladas.

No primeiro trimestre, o setor produziu 8,645 milhões de toneladas, alta de 4,9 por cento sobre o volume de um ano antes. As vendas no mercado interno somaram 4,414 milhões de toneladas no período, crescimento de 11,4 por cento.

Por Alberto Alerigi Jr.

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