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March 9, 2018

US ECONOMICS




US TARIFFS FOR STEEL AND ALUMINIUM



THE WHITE HOUSE. GLOBAL AFFAIRS. 03/08/2018. US Proclamations on Adjusting Imports of Steel and Aluminium into the United States. Canadian reaction.

DOCUMENT: http://e-gonomics.blogspot.com/2018/03/us-economics-white-house.html?spref=tw

THE WHITE HOUSE. PORTAL G1. 08/03/2018. EUA impõem sobretaxa de 25% ao aço importado e 10% ao alumínio. Medida vale a partir de 23 de março e exclui Canadá e México da nova tributação; outros países poderão pedir para entrar em lista de exceção.
Por Marina Gazzoni, Karina Trevizan e Darlan Alvarenga, G1

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (8) a criação de novas taxas para a importação de aço e alumínio ao país. O país cobrará uma sobretaxa de 25% para o aço importado e de 10% para o alumínio. A medida vale para o aço que entrar nos EUA a partir de 23 de março.
  • Nova taxa ao aço é de 25%; para o alumínio, tarifa é de 10%.
  • Canadá e México entram em lista de exceções e não serão tributados.
  • Trump poderá negociar a exclusão de outros países separadamente.
  • Medida foi tomada por meio da seção 232, que visa a proteger a segurança nacional.
  • Brasil é o 2º maior exportador de aço para os EUA e será impactado.
  • Ações das siderúrgicas lideraram as perdas na bolsa de valores.

As novas tarifas serão aplicadas a todos os países em um primeiro momento, com exceção de Canadá e México. Segundo ele, as negociações com esses países serão feitas separadamente no âmbito do Nafta ( Tratado de Livre-Comércio da América do Norte).

Trump abriu a possibilidade de que outros países sejam excluídos da cobrança e que a medida será “muito justa”, mas ressalvou: “especialmente para aqueles países que nos tratam bem”.

Segurança nacional

Para aumentar a tributação do aço importado, Trump acessou um dispositivo criado para defender a segurança nacional norte-americana, a chamada seção 232, que não era usado desde 2001.

Em seu discurso, Trump disse que a decisão visa a acabar com práticas comerciais injustas e preservar a segurança nacional. "A indústria americana de aço e alumínio vem sendo devastada por práticas comerciais internacionais agressivas. É um assalto ao nosso país", disse Trump, em seu discurso antes da assinatura da medida.

Ele ressaltou que a indústria nacional precisa ter "independência" e isso requer a produção de aço. "Se não tem aço, não tem país. Nossas indústrias foram pressionadas há anos por um comércio injusto. E isso vai parar," afirmou.

A Casa Branca explicou, em comunicado, que a medida foi tomada após um estudo do Departamento de Comércio constatar que "os níveis de importação de aço e o excesso de capacidade global estão enfraquecendo a economia interna e, portanto, ameaçam prejudicar a segurança nacional".

O presidente americano lembrou que a medida, considerada protecionista por outros países, é uma de suas promessas de campanha. "Estou entregando uma promessa que fiz durante minha campanha”, lembrou o presidente. “Essa é uma das mais importantes”.

Déficit comercial

Ele citou que o país tem um déficit comercial da ordem de US$ 800 bilhões, sendo US$ 500 bilhões com a China. "Isso vai ter que mudar", afirmou.

“Estamos mudando as coisas. Acho que as empresas ficarão muito felizes no fim. E países ficarão muito felizes, nós vamos mostrar alguma flexibilidade”, disse Trump.

Trump trouxe representantes da indústria americana para acompanhar o anúncio e dar depoimentos sobre como a importação afetou seus empregos e prejudicou o setor.

Impactos no Brasil

O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA e as vendas para o país representam um terço das exportações brasileiras do produto

Após o anúncio, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas nacionais, afirmou que a medida causa "dano significativo" às empresas brasileiras e em que deverá entrar imediatamente com recurso nos EUA.

Nesta quinta-feira (8), as ações das siderúrgicas nacionais foram os destaques negativos do Ibovespa. Os papéis da CSN caíram 5,08%, enquanto a Gerdau teve perdas de 4,18%.

Maiores exportadores de aço para os EUA (Foto: Infográfico: Karina Almeida/G1)

Autoridades do governo brasileiro também se manifestaram contra a medida de Trump. Os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e Marcos Jorge, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços disseram, em comunicado conjunto, que a decisão de Trump trará "graves prejuízos" às exportações brasileiras.

Antes do anúncio oficial de Trump, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em Nova York, que a medida é negativa tanto para os países exportadores como para os Estados Unidos.

"A medida é negativa para todos os envolvidos, inclusive a indústria americana e o consumidor americano, porque vai ter que pagar mais por seus produtos, o insumo fica mais caro", disse.

Afirmações no Twitter

Donald Trump já havia manifestado suas intenções de criar essa tarifa na última quinta-feira (1º), em seu perfil no Twitter, mas o anúncio oficial só foi realizado uma semana depois.

Mesmo antes de oficializar a medida, diversos países ameaçaram questionar os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC).

A União Europeia disse que poderá retaliar os EUA, com imposição de tarifas para ícones da indústria americana exportados aos países do bloco, como uísque bourbon e as motocicletas Harley-Davidson.

THE WHITE HOUSE. PORTAL G1. 08/03/2018. Bovespa fecha em queda, pressionada por Vale e siderúrgicas. Ibovespa caiu 0,59%, aos 84.984 pontos, com noticiário corporativo e anúncio de sobretaxa para aço nos EUA.

O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta quinta-feira (8), pressionado por forte recuo da Vale e siderúrgicas, em sessão marcada por noticiário corporativo intenso e expectativa acerca do anúncio do presidente Donald Trump de sobretaxa para importação de aço e alumínio nos Estados Unidos.

O Ibovespa caiu 0,59%, a 84.976 pontos, na terceira queda consecutiva.

A incerteza relacionada à adoção de medidas protecionistas pelo governo americano fez com que os investidores adotassem uma postura defensiva, derrubando o principal índice de ações brasileiras.

Ibovespa em 2018
Pontuação de fechamento
28/123/15/19/111/115/117/119/123/126/130/101/0205/0207/0209/0215/0219/0221/0223/227/21/35/37/375k77,5k80k82,5k85k87,5k90k

05/02
 : 81.861
Fonte: B3

A apreensão afetou principalmente o setor de siderurgia e mineração.

CSN ON perdeu 5,08%, em meio ao movimento do preço do aço e medidas de Trump. Gerdau PN caiu 4,18%, muito embora potencialmente se beneficie da medida, uma vez que gera grande parte de sua receita com operações nos EUA, destaca a Reuters.

Já a Vale caiu 3,24%, reagindo também a uma nova queda nos preços do minério de ferro à vista na China.

Na outra ponta, Fibria e Suzano subiram 6,53% e 3,64%, respectivamente, em meio à expectativa de possível fusão das companhias.

Em Wall Street, o índice acionário S&P 500 fechou em alta de 0,45%.

Anúncio de Trump

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump seguiu com os planos e anunciou que o país vai taxar em 25% as importações de aço e em 10% as de alumínio, mas afirmou que sua administração está aberta a modificar e remover tarifas para nações específicas. Veja aqui mais detalhes do anúncio.

As novas tarifas serão aplicadas a todos os países em um primeiro momento, com exceção de Canadá e México. Segundo ele, as negociações com esses países serão feitas separadamente no âmbito do Nafta ( Tratado de Livre-Comércio da América do Norte).

Impactos da medida de Trump

Trump abriu a possibilidade de que outros países sejam excluídos da cobrança e que a medida será “muito justa”, mas ressalvou: “especialmente para aqueles países que nos tratam bem”.

O Brasil, que é o 2º maior exportador de aço para os EUA, atrás do Canadá, poderá ser um dos mais prejudicados pela medida.

Segundo os Adeodato Volpi Neto, estrategista-chefe da Eleven Financial Research, a tensão relacionada a uma possível guerra comercial continuará impactando os mercados. Quanto ao setor de siderurgia brasileiro, ele lembra que, nos próximos 15 dias, negociações serão conduzidas entre os governos, abrindo a possibilidade de a sobretaxação a ser aplicada ao país ser revista.

“Ao invés de tomar uma decisão agora, eu estaria muito mais atento aos movimentos dos próximos 15 dias”, disse ao Valor Online, ressaltando que as respostas da China e da União Europeia ao anúncio também poderão influenciar o comportamento das siderúrgicas brasileiras na bolsa.

THE WHITE HOUSE. PORTAL G1. 08/03/2018. Siderúrgicas brasileiras falam em 'dano significativo' com sobretaxa ao aço; veja repercussão. Instituto Aço Brasil disse que estuda a 'entrada imediata de recurso junto ao governo americano'. Para CNI, decisão dos EUA é 'injustificada e ilegal'.

A indústria brasileira reagiu ao anúncio do presidente americano, Donald Trump, de sobretaxa para importação de aço e alumínio nos Estados Unidos, classificando a medida de 'injustificada e ilegal' e com potencial de provocar "dano significativo" para as siderúrgicas instaladas no Brasil, uma vez que o Brasil é o segundo maior fornecedor de ferro e aço dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos irão taxar em 25% as importações de aço e em 10% as de alumínio, mas Trump afirmou durante a assinatura da medida que sua administração está aberta a modificar e remover tarifas para nações específicas. A medida vale a partir de 23 de março e exclui Canadá e México da nova tributação. Veja aqui mais detalhes do anúncio.

Em comunicado, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas no país, disse que tinha a expectativa do Brasil ser excluído da medida, o que não ocorreu, e que está avaliando, com o governo brasileiro, "a entrada imediata de recurso junto ao governo americano".

Para as siderúrgicas brasileiras, a medida de Trump "ocasionará dano significativo não só para as nossas empresas, mas também para as americanas que não tem autossuficiência no seu abastecimento".

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a sobretaxa de "decisão injustificada e ilegal do governo dos Estados Unidos".

Pelos cálculos da CNI, se dotadas, as medidas vão afetar US$ 3 bilhões em exportações brasileiras de ferro e aço e US$ 144 milhões em exportações de alumínio.

"O governo americano impõe medidas de forma unilateral sem respeitar as regras de investigação para a adoção de medidas de defesa comercial, discrimina o produto estrangeiro em detrimento do produzido nos EUA e amplia a tributação da importação para além das alíquotas acordadas pelo próprio país na OMC", avaliou a CNI.

Ações da CSN e da Gerdau caem na Bovespa

A incerteza relacionada à adoção de medidas protecionistas pelo governo americano fez com que os investidores adotassem uma postura defensiva, derrubando as ações de siderúrgicas na Bovespa. CSN ON perdeu 5,08%, em meio ao movimento do preço do aço e medidas de Trump. Gerdau PN caiu 4,18%, muito embora potencialmente se beneficie da medida, uma vez que gera grande parte de sua receita com operações nos EUA, destaca a Reuters.

"Confira a íntegra da nota do Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas no país:

"O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (08/03), oficialmente, a decisão de estabelecer alíquota de importação de 25% para produtos siderúrgicos. A decisão, tomada no âmbito da Seção 232 e respaldada na ameaça à segurança dos EUA, é uma medida extrema que visa proteger a indústria siderúrgica americana e seus trabalhadores.

Dada a complementaridade das exportações de suas associadas para os EUA, o Instituto Aço Brasil tinha a expectativa do Brasil ser excluído da medida, que não ocorreu. O Aço Brasil estuda, então, com o governo brasileiro, a entrada imediata de recurso junto ao governo americano.

É entendimento do Instituto que o bloqueio das exportações brasileiras para o mercado americano - em sua quase totalidade composta de semi acabados, que são reprocessados pelas indústrias siderúrgicas americanas -, ocasionará dano significativo não só para as nossas empresas, mas também para as americanas que não tem autossuficiência no seu abastecimento.


Problema imediato a ser analisado junto ao governo brasileiro é como a indústria do aço no Brasil pode se defender do agravamento da situação mundial com o excedente de capacidade instalada de aço de 750 milhões de toneladas e, agora, com o desvio de fluxo de comércio que a decisão americana ocasionará."

Confira a íntegra da nota da CNI (Confederação Nacional da Indústria):

"A Confederação Nacional da Indústria (CNI) é contrária à decisão injustificada e ilegal do governo dos Estados Unidos de aplicar tarifas adicionais ao aço e ao alumínio exportados pelo Brasil e por outras economias. Se adotadas, as medidas vão afetar US$ 3 bilhões em exportações brasileiras de ferro e aço e US$ 144 milhões em exportações de alumínio. Isso equivale a uma massa salarial de quase R$ 350 milhões e impostos da ordem de R$ 200 milhões. O Brasil é o segundo maior fornecedor de ferro e aço dos Estados Unidos.

O governo americano decidiu impor sobretaxas de 25% nas importações de aço e de 10% nas de alumínio, anunciada pelo presidente Donald Trump, alegando necessidade de proteger a indústria americana por razão de segurança nacional, uma lei interna em desuso. Estados Unidos querem resolver um problema econômico, de baixa competitividade da indústria americana, alegando riscos à segurança interna e internacional dos EUA.

“A CNI defende o respeito às normas internacionais e nacionais sobre defesa comercial e considera que o governo brasileiro deve utilizar todos os meios disponíveis para responder à decisão americana, inclusive no âmbito do sistema de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que, em caso de vitória, nos daria direito à retaliação”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

Ao adotar as medidas, os EUA vão violar pelo menos três normas da OMC. O governo americano impõe medidas de forma unilateral sem respeitar as regras de investigação para a adoção de medidas de defesa comercial, discrimina o produto estrangeiro em detrimento do produzido nos EUA e amplia a tributação da importação para além das alíquotas acordadas pelo próprio país na OMC.

A CNI avalia que a decisão americana não resolverá o problema da sua indústria siderúrgica. O setor enfrenta um cenário mundial de excesso de oferta de produtos e a solução desse problema requer negociações multilaterais entre todos os países produtores.

De acordo com a CNI, a atitude politiza os processos de defesa comercial, desrespeitando as normas internacionais, que exigem processo técnico de avaliação para adoção de medidas de defesa comercial. "

THE WHITE HOUSE. UE. PORTAL G1. 09/03/2018. União Europeia diz que vai à OMC contra os EUA em 90 dias se não for isenta das taxas do aço. Presidente Donald Trump excluiu México e Canadá da taxação e disse que outros países poderão pedir para ficar de fora da cobrança.

A União Europeia espera ser excluída das tarifas de aço e alumínio dos Estados Unidos, mas irá à Organização Mundial do Comércio (OMC) impor suas próprias medidas se Washington seguir em frente, disse a comissária de Comércio da UE nesta sexta-feira (9).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu tarifas de importação de 25% para o aço e 10% para alumínio, mas isentou o Canadá e o México e ofereceu a possibilidade de excluir outros aliados. Dias antes, ele havia dito que não isentaria nenhum país da cobrança.

A comissária da UE, Cecilia Malmstrom, que coordena a política para o maior bloco comercial do mundo, disse que compartilha as preocupações dos EUA com relação ao excesso de capacidade no setor siderúrgico, mas não acredita em tarifas como forma de resolver o problema.

"A Europa certamente não é uma ameaça para a segurança interna norte-americana, então esperamos ser excluídos", disse Malmstrom a repórteres antes de falar em uma conferência em Bruxelas.

Questionada na conferência se estaria pronta para reagir se a UE, formada por 28 países, for incluída nas tarifas dos EUA, Malmstrom disse estar pronta para ir à OMC, o árbitro do comércio internacional, para impor as próprias salvaguardas do bloco dentro de 90 dias.

Países exportadores de aço e alumínio para os Estados Unidos criticam nova tarifa
"Nós deixamos muito claro que (a decisão dos EUA) não está em conformidade com a OMC, então iremos à OMC, possivelmente com alguns outros amigos. Teremos que proteger nossa indústria com medidas de reequilíbrio, salvaguardas", disse ela.

As associações da indústria europeia pediram à Malmstrom que respondesse se a UE estaria sujeita às tarifas, dizendo que as sobretaxas afetariam fortemente os setores de aço e alumínio.

"A perda de exportações para os EUA, combinada com um aumento esperado de importações maciças na UE, poderia custar dezenas de milhares de empregos na indústria siderúrgica da UE e setores relacionados", disse Axel Eggert, diretor da associação de aço EUROFER.

A associação de produtores de alumínio European Aluminium exigiu a implementação "imediata" de medidas, se necessário.

Malmstrom já tinha uma reunião previamente agendada com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, em Bruxelas, no sábado, e disse que buscaria mais clareza sobre se a UE seria incluída nas tarifas.

Saiba mais sobre a imposição das tarifas do aço e alumínio pelos EUA:
  • Nova taxa ao aço é de 25%; para o alumínio, tarifa é de 10%.
  • Canadá e México entram em lista de exceções e não serão tributados.
  • Trump poderá negociar a exclusão de outros países separadamente.
  • Medida foi tomada por seção 232, que visa a proteger a segurança nacional.
  • Brasil é o 2º maior exportador de aço para os EUA e será impactado.

REUTERS. 9 DE MARÇO DE 2018. Aliados fazem fila por isenção de tarifas para aço e alumínio nos EUA
Por Robin Emmott e Ruby Lian e Aaron Sheldrick

BRUXELAS/XANGAI/TÓQUIO (Reuters) - De Japão e Coreia do Sul a Austrália e Europa e Brasil, autoridades estão fazendo fila para buscar isenção das tarifas impostas pela administração de Donald Trump a importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, enquanto produtores chineses pediram retaliação de Pequim.

Tóquio, Bruxelas e Brasília rejeitaram qualquer sugestão de que suas exportações para os Estados Unidos ameaçariam a segurança nacional norte-americana, justificativa de Trump para impor as tarifas apesar de alertas dentro e fora do país de que elas poderiam provocar uma guerra comercial global.

“Nós somos aliados, não uma ameaça”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen.

A indústria de metais da China, a maior do mundo, emitiu uma ameaça mais explícita do país na fila, pedindo retaliação do governo chinês colocando como alvo o carvão dos EUA, um setor que é base central da política de Trump e sua promessa eleitoral para restaurar as indústrias norte-americanas e empregos.

Trump impôs tarifas de 25 por cento sobre importações de aço e 10 por cento sobre importações de alumínio na quinta-feira, para conter importações baratas, principalmente da China, o que ele descreveu como “um assalto ao país”.

No entanto, ele disse que “amigos reais” dos Estados Unidos poderiam ganhar isenções das medidas, que entram em vigor após 15 dias. Canadá e México, membros do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) que está em renegociação, ficaram de fora da medida por tempo indeterminado.

O Brasil, que depois do Canadá é o maior fornecedor de aço para o mercado norte-americano, disse que quer se juntar à lista. “Nós vamos trabalhar para excluir o Brasil dessa medida, mas não descartamos quaisquer outras medidas para proteger o interesse nacional”, disse à Reuters o ministro interino da Indústria, Comércio e Serviços, Marcos Jorge, após encontro com o secretário norte-americano de Comércio, Wilbur Ross. A Argentina adotou postura similar.

O Japão, maior aliado econômico e militar dos EUA, foi o próximo na fila. O secretário-chefe do Gabinete, Yoshihide Suga, disse em uma coletiva de imprensa que os embarques de aço e alumínio do Japão não apresentavam ameaças à segurança nacional dos EUA.

No caso do Japão, um importante parceiro comercial e investidor internacional, Suga disse que o país contribuiu para o emprego e a indústria nos EUA. O grupo que representa o setor de aço do Japão também expressou preocupação.

A União Europeia, maior bloco comercial do mundo, também se mostrou contra a medida. “A Europa certamente não é uma ameaça para a segurança interna norte-americana, então esperamos ser excluídos”, disse a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, em Bruxelas.

Malmstrom disse a repórteres que a UE estava pronta para ir à Organização Mundial do Comércio (OMC) e retaliar em 90 dias. Ela vai se reunir com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e com o ministro de Comércio japonês, Hiroshige Seko, em Bruxelas no sábado, quando ela vai perguntar se a UE será incluída nas tarifas.

Ela ganhou apoio da chanceler alemã, Angela Merkel. Ações de siderúrgicas europeias caíam nesta sexta-feira, embora as duas maiores produtoras do país Thyssenkrupp e Salzgitter insistiram que o impacto para elas será limitado.

Outras autoridades de UE, de longe o maior parceiro comercial dos EUA em valor, alertaram que a decisão poderia levar a contra-medidas incluindo tarifas europeias sobre laranjas, tabaco e bourbon norte-americanos.

Em Sydney, o primeiro-ministro Malcolm Turnbull disse que não há necessidade de impor tarifas para o aço australiano.

THE WHITE HOUSE. REUTERS. 9 DE MARÇO DE 2018. Maiores exportadores da Ásia criticam tarifas dos EUA e ampliam temores com guerra comercial
Por Aaron Sheldrick

TÓQUIO (Reuters) - As principais nações asiáticas reagiram duramente nesta sexta-feira à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, alertando para danos às relações em meio a exigências de retaliação da indústria.

O Japão disse que o movimento terá um “grande impacto” nos laços bilaterais dos países, enquanto a China disse que se opôs firmemente à decisão e a Coreia do Sul afirmou que pode entrar com uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Trump avançou na quinta-feira com a imposição de tarifas de 25 por cento sobre as importações de aço e de 10 por cento para o alumínio, embora tenha anunciado isenções para o Canadá e o México, e disse que exceções também poderiam ser feitas para outros aliados.

A China, que produz metade do aço no mundo, avaliará os danos causados ​​pela decisão dos EUA e “defenderá firmemente seus direitos e interesses legítimos”, disse o Ministério do Comércio do país.

As tarifas vão “impactar seriamente a ordem normal do comércio internacional”, disse o ministério.

O Japão e a Coreia do Sul disseram que também pedirão para entrar como exceção. A Coreia do Sul, importante aliado asiático de Washington, é o terceiro maior exportador de aço para os EUA, depois do Canadá e do Brasil.

Os EUA são o maior importador mundial de aço, tendo comprado 35 milhões de toneladas em 2017. Desse volume, Coreia do Sul, Japão, China e Índia responderam por 6,6 milhões de toneladas.

Por Aaron Sheldrick


INTERNATIONAL TRADE



DoC. USITC. 03/08/2018. U.S. Department of Commerce Issues Affirmative Preliminary Determination on Forged Steel Fittings from China

Today, U.S. Secretary of Commerce Wilbur Ross announced the affirmative preliminary determination in the countervailing duty (CVD) investigation of imports of forged steel fittings from China, finding that exporters in China received countervailable subsidies equal to 13.79 percent.   

The Commerce Department will instruct U.S. Customs and Border Protection to collect cash deposits from importers of forged steel fittings from China based on these preliminary rates.

“This announcement is separate from today’s the steel and aluminum tariff’s announced by President Trump as a result of the Department’s 232 investigations,” said Secretary Ross. “We will continue to review all information related to this preliminary determination while standing up for American workers and companies.”

In 2016, imports of forged steel fittings from China were valued at an estimated $78.4 million.

The petitioners are Bonney Forge Corporation (Mount Union, PA), and the United Steel, Paper and Forestry, Rubber, Manufacturing, Energy, Allied Industrial and Service Workers International Union (Pittsburgh, PA).

Enforcement of U.S. trade law is a prime focus of the Trump administration.  From January 20, 2017, through March 8, 2018, the Commerce Department has initiated 102 antidumping and countervailing duty investigations – a 96 percent increase from the same period in 2016- 2017. 

CVD law provides U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to seek relief from the harmful effects of unfair subsidization of imports into the United States.  Commerce currently maintains 418 antidumping and countervailing duty orders which provide relief to American companies and industries impacted by unfair trade.

Commerce is currently scheduled to announce its final CVD determination on July 24, 2018.

If the Commerce Department makes an affirmative final determination in this investigation and the U.S. International Trade Commission (ITC) makes an affirmative final injury determination, Commerce will issue a CVD order.  If the Commerce Department makes a negative final determination or the ITC makes a negative final determination of injury, the investigation will be terminated and no order will be issued.

The U.S. Department of Commerce’s Enforcement and Compliance unit within the International Trade Administration is responsible for vigorously enforcing U.S. trade laws and does so through an impartial, transparent process that abides by international rules and is based solely on factual evidence. 

Imports from companies that receive unfair subsidies from their governments in the form of grants, loans, equity infusions, tax breaks and production inputs are subject to “countervailing duties” aimed at directly countering those subsidies.

Fact sheet: https://www.commerce.gov/sites/commerce.gov/files/forged_steel_fittings_cvd_preliminarily_fact_sheet_20180308.pdf



EMPLOYMENT



DoL. BLS. March 9, 2018. THE EMPLOYMENT SITUATION -- FEBRUARY 2018

Total nonfarm payroll employment increased by 313,000 in February, and the unemployment
rate was unchanged at 4.1 percent, the U.S. Bureau of Labor Statistics reported today.
Employment rose in construction, retail trade, professional and business services,
manufacturing, financial activities, and mining.

Household Survey Data

In February, the unemployment rate was 4.1 percent for the fifth consecutive month,
and the number of unemployed persons was essentially unchanged at 6.7 million.
(See table A-1.)

Among the major worker groups, the unemployment rate for Blacks declined to 6.9
percent in February, while the jobless rates for adult men (3.7 percent), adult
women (3.8 percent), teenagers (14.4 percent), Whites (3.7 percent), Asians (2.9
percent), and Hispanics (4.9 percent) showed little change. (See tables A-1, A-2,
and A-3.)

The number of long-term unemployed (those jobless for 27 weeks or more) was essentially
unchanged at 1.4 million in February and accounted for 20.7 percent of the unemployed.
Over the year, the number of long-term unemployed was down by 369,000. (See table A-12.)

The civilian labor force rose by 806,000 in February. The labor force participation
rate increased by 0.3 percentage point over the month to 63.0 percent but changed
little over the year. (See table A-1.)

In February, total employment, as measured by the household survey, rose by 785,000.
The employment-population ratio increased by 0.3 percentage point to 60.4 percent
in February, following 4 months of little change. (See table A-1.)

The number of persons employed part time for economic reasons (sometimes referred
to as involuntary part-time workers) was little changed at 5.2 million in February.
These individuals, who would have preferred full-time employment, were working part
time because their hours had been cut or because they were unable to find full-time
jobs. (See table A-8.)

In February, 1.6 million persons were marginally attached to the labor force, little
different from a year earlier. (The data are not seasonally adjusted.) These individuals
were not in the labor force, wanted and were available for work, and had looked for
a job sometime in the prior 12 months. They were not counted as unemployed because
they had not searched for work in the 4 weeks preceding the survey. (See table A-16.)

Among the marginally attached, there were 373,000 discouraged workers in February,
down by 149,000 from a year earlier. (The data are not seasonally adjusted.) Discouraged
workers are persons not currently looking for work because they believe no jobs are
available for them. The remaining 1.2 million persons marginally attached to the labor
force in February had not searched for work for reasons such as school attendance or
family responsibilities. (See table A-16.)

Establishment Survey Data

Total nonfarm payroll employment rose by 313,000 in February. Job gains occurred in
construction, retail trade, professional and business services, manufacturing,
financial activities, and mining. (See table B-1.)

In February, construction employment increased by 61,000, with gains in specialty
trade contractors (+38,000) and construction of buildings (+16,000). Construction
has added 185,000 jobs over the past 4 months.

Retail trade employment increased by 50,000 over the month. Within the industry,
employment rose in general merchandise stores (+18,000) and in clothing and clothing
accessories stores (+15,000). However, over the past 4 months, which traditionally
see the bulk of the holiday hiring and layoff, employment in these industries has
changed little on net. Elsewhere in retail trade, building material and garden supply
stores added jobs over the month (+10,000).

Employment in professional and business services increased by 50,000 in February and
has risen by 495,000 over the year. Employment in temporary help services edged up
over the month (+27,000).

Manufacturing added 31,000 jobs in February. Within the industry, employment rose
in transportation equipment (+8,000), fabricated metal products (+6,000), machinery
(+6,000), and primary metals (+4,000). Over the past year, manufacturing has added
224,000 jobs.

Financial activities added 28,000 jobs over the month, with gains in credit
intermediation and related activities (+8,000); insurance carriers and related
activities (+8,000); and securities, commodity contracts, and investments (+5,000).
Over the year, financial activities has added 143,000 jobs.

Employment in mining rose by 9,000 in February, with most of the increase in support
activities for mining (+7,000). Since a recent low in October 2016, mining has added
69,000 jobs.

Employment in health care continued to trend up in February (+19,000), with a gain
of 9,000 in hospitals. Health care has added 290,000 jobs over the past year. 

Employment in other major industries, including wholesale trade, transportation and
warehousing, information, leisure and hospitality, and government, showed little
change over the month.

The average workweek for all employees on private nonfarm payrolls rose by 0.1 hour
to 34.5 hours in February. In manufacturing, the workweek increased by 0.2 hour to
41.0 hours, while overtime edged up by 0.1 hour to 3.6 hours. The average workweek
for production and nonsupervisory employees on private nonfarm payrolls increased
by 0.2 hour to 33.8 hours. (See tables B-2 and B-7.)

In February, average hourly earnings for all employees on private nonfarm payrolls
rose by 4 cents to $26.75, following a 7-cent gain in January. Over the year,
average hourly earnings have increased by 68 cents, or 2.6 percent. Average hourly
earnings of private-sector production and nonsupervisory employees increased by 6
cents to $22.40 in February. (See tables B-3 and B-8.) 

The change in total nonfarm payroll employment for December was revised up from
+160,000 to +175,000, and the change for January was revised up from +200,000 to
+239,000. With these revisions, employment gains in December and January combined
were 54,000 more than previously reported. (Monthly revisions result from additional
reports received from businesses and government agencies since the last published
estimates and from the recalculation of seasonal factors.) After revisions, job
gains have averaged 242,000 over the last 3 months.

FULL DOCUMENT: https://www.bls.gov/news.release/pdf/empsit.pdf


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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS



MERCOSUL - CANADÁ



MRE. AIG. 09/03/2018. BOLETIM DIÁRIO. Agenda do Senhor Ministro de Estado das Relações Exteriores

O Senhor Ministro de Estado encontra-se em Assunção, onde cumpre os seguintes compromissos oficiais:

Conversa entre os Ministros de Relações Exteriores e Ministros de Comércio do Mercosul com o Ministro do Comércio Internacional do Canadá, Sr. François-Phillipe Champagne; Reunião ampliada entre os Ministros de Relações Exteriores e Ministros de Comércio do Mercosul com o Ministro do Comércio Internacional do Canadá, Sr. François-Phillipe Champagne;  Assinatura da Declaração Conjunta Mercosul-Canadá; Declaração à imprensa;  Almoço oferecido pelo Ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Sr. Eladio Loizaga.

...

MRE. AIG. NOTA-52. 09 de Março de 2018. Reunião dos ministros dos Estados Partes do Mercosul e o ministro de Comércio Internacional do Canadá, François-Philippe Champagne – Assunção, 9 de março de 2018

imagem sem descrição.

Os ministros dos Estados Partes do Mercosul, Jorge Marcelo Faurie, Ministro das Relações Exteriores e Culto da Argentina; Aloysio Nunes Ferreira, Ministro das Relações Exteriores do Brasil; Marcos Jorge de Lima, Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil; Eladio Loizaga, Ministro de Relações Exteriores do Paraguai; e Rodolfo Nin Novoa, Ministro de Relações Exteriores do Uruguai, reuniram-se com o ministro canadense de Comércio Internacional, François-Philippe Champagne, em 9 de março de 2018, em Assunção.

Na conclusão da reunião, os ministros concordaram com o seguinte:

Declaração Conjunta sobre o Lançamento de Negociações de Acordo de Livre Comércio Abrangente entre os Estados Partes do Mercosul e o Canadá

Os ministros concordaram em lançar negociações para um acordo de livre comércio abrangente entre o Canadá e o Mercosul (ALC), o que representa passo significativo em direção ao aprofundamente da importante relação entre os Estados membros do Mercosul e o Canadá.

Os ministros ressaltaram a oportunidade que um acordo de livre comércio amplo, inclusivo e comercialmente significativo representa para o benefício mútuo do Canadá e do Mercosul. Fortalecer laços por meio do aumento do comércio e dos fluxos de investimento é passo essencial em direção ao compartilhado interesse na prosperidade sustentável e compromisso comum com a liberalização comercial e com a abertura dos mercados.

Os ministros reconheceram a importância de avançar nesta iniciativa de forma inclusiva. O Mercosul e o Canadá procurarão negociar temas como acesso a mercados de bens e de serviços, trabalho, meio ambiente, comércio e gênero, micro, pequenas e médias empresas, entre outros. A incorporação desses elementos reforçará o compromisso coletivo de crescimento e desenvolvimento econômico duradouro para todas as pessoas.

Os ministros comprometeram-se dar seguimento às negociações de um ALC sem demoras, a fim de trazer oportunidades para as populações do Canadá e do Mercosul, e instruíram suas equipes a realizar a primeira rodada de negociações na semana de 19 de março de 2018.

MDIC. 08 de Março de 2018. Mercosul e Canadá iniciam negociação para acordo de livre comércio. Ministros da Indústria, Comércio Exterior e serviços e das Relações Exteriores, Marcos Jorge de Lima e Aloysio Nunes, participaram hoje da cerimônia que marcou a abertura dos trabalhos em Assunção, no Paraguai

Lançamento aconteceu um dia depois de os Estados Unidos anunciarem medidas que restringem as importações norte-americanas de produtos de aço e de alumínio

Assunção (9 de março) – Os ministros brasileiros Marcos Jorge de Lima e Aloysio Nunes – Indústria, Comércio Exterior e Serviços e das Relações Exteriores – participaram hoje da cerimônia de lançamento das negociações do acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e o Canadá em Assunção, no Paraguai. Também estiveram no evento os chanceleres Eladio Loizaga (Paraguai), Rodolfo Nin Novoa (Uruguai) e Jorge Faurie (Argentina). Do lado canadense, o ministro François-Philippe Champagne (Comércio Internacional). A primeira rodada negociadora já está marcada para a semana de 19 de março, em Ottawa.

Na avaliação do ministro Marcos Jorge, um acordo de livre comércio com o Canadá demonstra o quanto o Mercosul vem trabalhando para uma maior abertura comercial. “O Canadá é um importante e exigente mercado consumidor. Em 2017, o fluxo comercial entre Brasil e Canadá foi de cerca de US$ 4,5 bilhões, com um superávit para o Brasil de pouco mais de US$ 950 milhões. Esperamos aumento expressivo e a diversificação da nossa pauta exportadora ,que hoje é bastante concentrada”, disse. O ministro ressalta que Mercosul e o Canadá negociam um acordo amplo que envolve temas como o comércio de bens, serviços, compras governamentais, pequenas e médias empresas, barreiras não tarifárias e propriedade intelectual.

Marcos Jorge considera muito estratégico o momento para o início dessas negociações e ressalta a determinação do Brasil de maior abertura e participação no comércio internacional. O lançamento ocorre após os Estados Unidos anunciarem medidas que podem impactar as exportações brasileiras de produtos siderúrgicos e de alumínio para aquele mercado. “Enquanto alguns atores internacionais se fecham, o Brasil e os sócios do Mercosul têm demonstrado que é fundamental a integração dos nossos mercados às cadeias globais de valor. A negociação de novos acordos, como este com o Canadá, é um importante caminho", avaliou.

Histórico

Em 2010, o Canadá manifestou interesse em avaliar com o Mercosul interesses mútuos em negociar um acordo de livre comércio. Em maio de 2016, Mercosul e Canadá retomaram as discussões sobre eventual negociação de acordo comercial, que não ocorriam desde 2012.

Em janeiro de 2017, o governo brasileiro recebeu a visita do negociador-chefe canadense, David Usher, quando foram discutidos os interesses em temas de bens, serviços, investimentos, compras governamentais, regras de origem, barreiras técnicas ao comércio (TBT), medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), propriedade intelectual, meio ambiente e legislação trabalhista. O Canadá também mencionou interesse nos temas de concorrência e empresas estatais. Em abril e julho de 2017, foram realizadas reuniões técnicas entre o bloco sul-americano e o Canadá.

Ainda no ano passado, em novembro, foi finalizado o Panorama do Processo Exploratório entre Canadá e Mercosul, que estabelece os parâmetros para as negociações em cada grupo técnico e serve de base para a obtenção de mandato negociador pelas partes.

Comércio de Bens

Nos últimos anos, a participação brasileira nas importações canadenses oscilou em torno de 0,6%. Já os produtos canadenses representam entre 1% e 1,5% das compras brasileiras. A pauta comercial bilateral é bastante concentrada em produtos químicos inorgânicos, açúcar e produtos de confeitaria, pedras e metais preciosos (do lado brasileiro) e adubos e fertilizantes, reatores nucleares, máquinas e aparelhos, aeronaves e suas partes (do lado canadense).

Análises preliminares indicam potencial oportunidade para pelo menos 90 produtos brasileiros, principalmente calçados, produtos químicos, de borracha, minerais não metálicos e automóveis. O Canadá aplica, em média, tarifa de 22,5% sobre a importação de produtos agrícolas e de 6% sobre produtos manufaturados. Na área industrial, acordos firmados pelo Canadá tendem a promover eliminação imediata de tarifas, com exceção do setor automotivo.

Serviços e compras governamentais

O comércio de serviços é pouco expressivo para ambos os países, com destaque apenas para as exportações brasileiras de serviços financeiros. De acordo com dados do MDIC, a corrente de comércio de serviços mais alta nos últimos dez anos foi registrada em 2014 (US$ 773 milhões). Pelo menos desde 2005, o Brasil registra déficits em suas transações de serviços com o Canadá. Com base em dados relativos a investimentos diretos de 2015, o estoque canadense no Brasil é de US$ 10 bilhões (participação de 1,2% dos investimentos canadenses), ao passo que o estoque brasileiro no Canadá é de US$ 15,8 bilhões (participação de 2,5% do total brasileiro).

No comércio de serviços e de compras governamentais, o objetivo do Brasil é buscar equalizar condições de acesso com os demais competidores. O Canadá é o terceiro maior mercado para compras governamentais entre os países desenvolvidos (US$ 246 bilhões).

Comércio inclusivo

A negociação entre Mercosul e Canadá vai incluir discussões sobre comércio inclusivo, que abarca temas como o desenvolvimento sustentável, pequenas e médias empresas, considerações relativas a gênero, legislação trabalhista e responsabilidade corporativa. ​

MRE. MDIC. PORTAL G1. 09/03/2018. Mercosul negocia área de livre comércio com o Canadá, diz governo. Representantes do Mercosul e do Canadá participam de encontro nesta sexta em Assunção. Anúncio ocorre um dia depois dos EUA confirmarem sobretaxa sobre importação de aço e alumínio.

Um dia depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmar a sobretaxa para a importação de aço e alumínio, o governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira (9) que o Mercosul deu início à negociação de uma área de livre comércio com o Canadá.

A informação foi divulgada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). De acordo com a pasta, representantes do países que compõem o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), além do Canadá, participam de uma reunião nesta sexta, em Assunção, para discutir o acordo.

Pelo lado do Brasil, os ministros Marcos Jorge de Lima (MDIC) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) participam da cerimônica, que marcará o lançamento das negociações. Ainda de acordo com o MDIC, a primeira rodada de negociações está marcada para meados de março, em Ottawa, no Canadá.

Sobretaxa prejudica o Brasil

Na noite desta quinta (8), o presidente americano, Donald Trump, anunciou a criação de novas taxas para a importação de aço e alumínio ao país. O país cobrará uma sobretaxa de 25% para o aço importado e de 10% para o alumínio. A medida vale para o aço que entrar nos EUA a partir de 23 de março.

A medida atinge diretamente o Brasil, segundo maior exportador de aço para os EUA. As vendas para o país representam um terço das exportações brasileiras do produto.

Após o anúncio, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas nacionais, afirmou que a medida causa "dano significativo" às empresas brasileiras e em que deverá entrar imediatamente com recurso nos EUA.

Autoridades do governo brasileiro também se manifestaram contra a medida de Trump. Os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e Marcos Jorge, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços disseram, em comunicado conjunto, que a decisão de Trump trará "graves prejuízos" às exportações brasileiras.

Abertura comercial

Na nota divulgada pelo MDIC nesta sexta, o ministro Marcos Jorge afirma que um acordo de livre comércio com o Canadá demonstra o quanto o Mercosul vem trabalhando para uma maior abertura comercial.

"O Canadá é um importante e exigente mercado consumidor. Em 2017, o fluxo comercial entre Brasil e Canadá foi de cerca de US$ 4,5 bilhões, com um superávit para o Brasil de pouco mais de US$ 950 milhões. Esperamos aumento expressivo e a diversificação da nossa pauta exportadora que hoje é bastante concentrada", disse ele.

O ministro ressaltou que Mercosul e o Canadá negociam um "acordo amplo" que envolve temas como o comércio de bens, serviços, compras governamentais, pequenas e médias empresas, barreiras não tarifárias e propriedade intelectual. E que a decisão ressalta a determinação do Brasil para uma maior abertura comercial.

"Enquanto alguns atores internacionais se fecham, o Brasil e os sócios do Mercosul têm demonstrado que é fundamental a integração dos nossos mercados às cadeias globais de valor. A negociação de novos acordos, como este com o Canadá, é um importante caminho", concluiu.

O governo brasileiro também vem negociando com a Zona do Euro um acordo de livre comércio, processo que se arrasta há mais de 15 anos. Recentemente, os negociadores informaram que vão continuar a tentar, em 2018, chegar a um acordo de livre-comércio, após as reuniões em Buenos Aires.



INFLAÇÃO OFICIAL



IBGE.  09/03/2018. IPCA fica em 0,32% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro variou 0,32%, superando em 0,03 ponto percentual (p.p.) o resultado de janeiro (0,29%). Este foi o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde o ano 2000, quando se situou em 0,13%. O acumulado nos dois primeiros meses do ano está em 0,61%, menor percentual para o período desde a implantação do Plano Real em 1994. Em 2017, o acumulado no primeiro bimestre havia sido 0,71%. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 2,84% e foi o menor para um mês de fevereiro desde 1999 (2,24%). Em fevereiro de 2017, o IPCA havia sido 0,33%.

PeríodoTAXA
FEVEREIRO de 20180,32%
Janeiro de 20180,29%
Fevereiro de 20170,33%
Acumulado no ano0,61%
Acumulado nos 12 meses2,84%

Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 3,89% e impacto de 0,19 p.p., dominou o IPCA, sendo responsável por 59% dele. Em contrapartida, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda de 0,33%, contribuindo para conter o índice, com seu impacto de -0,08 p.p. Os resultados dos grupos de produtos e serviços pesquisados estão na tabela a seguir.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)  
JaneiroFevereiroJaneiroFevereiro 
      
Índice Geral0,290,320,290,32 
      
Alimentação e Bebidas0,74-0,330,18-0,08 
Habitação-0,850,22-0,130,03 
Artigos de Residência0,140,030,010,00 
Vestuário-0,98-0,38-0,06-0,02 
Transportes1,100,740,200,13 
Saúde e Cuidados Pessoais0,420,380,050,05 
Despesas Pessoais0,220,170,030,02 
Educação0,223,890,010,19 
Comunicação0,110,050,000,00

A alta de 3,89% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 5,23%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês (0,16 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre os 4,40% de São Paulo e os 8,02% de Goiânia.

Diferentemente dos anos anteriores, foram captadas em fevereiro as variações dos cursos regulares de Fortaleza. Anteriormente, devido à diferença no período de reajuste, as variações desta região eram incorporadas ao índice em março. A seguir tabela com os resultados do grupo Educação por região pesquisada.

RegiãoVariação (%)
Fevereiro
Goiânia5,81
Recife4,78
Belém4,68
Rio de Janeiro4,57
Curitiba4,35
Fortaleza4,22
Salvador4,03
Campo Grande3,99
Vitória3,68
São Paulo3,51
Porto Alegre3,29
Belo Horizonte3,20
Brasília3,13
  
Brasil3,89

O grupo dos Transportes apresentou variação de 0,74%, contribuindo com 0,13 p.p. de impacto no índice de fevereiro. Os destaques no grupo foram os itens ônibus urbano (1,90%) e a gasolina (0,85%). Neste último, as variações nas áreas oscilaram entre -3,70% em Fortaleza e 8,55% em Salvador. Com relação aos ônibus urbanos, destaca-se o aumento de 6,38% de Goiânia. Ainda nos Transportes, cabe destacar a variação de 1,73% no item táxi, reflexo do reajuste de 7,39% no Rio de Janeiro (5,94%), em vigor desde 24 de janeiro.

Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas, com variação de -0,33%, contribuiu para conter a taxa do IPCA de janeiro para fevereiro. Considerando os alimentos para consumo em casa, com exceção de Belém (0,29%), as regiões pesquisadas mostraram preços em queda, indo de -0,16% em Porto Alegre até -1,29% em Campo Grande, como mostra a tabela a seguir.

RegiãoVariação (%)Variação Acumulada (%)
JaneiroFevereiroAno12 meses
Belém0,780,291,07-5,18
Porto Alegre1,54-0,161,38-3,09
Brasília1,25-0,171,08-2,74
Curitiba0,89-0,170,72-3,29
Recife1,22-0,350,87-3,88
Belo Horizonte0,91-0,650,25-6,23
Fortaleza1,04-0,680,35-5,01
Vitória1,37-0,800,56-4,96
Goiânia0,96-0,830,12-4,50
Salvador1,48-0,840,63-4,34
São Paulo0,90-0,890,00-2,62
Rio de Janeiro1,61-1,060,54-3,04
Campo Grande0,99-1,29-0,32-4,61
     
Brasil1,12-0,610,50-3,81

Foram vários os produtos importantes na mesa do brasileiro que ficaram mais baratos de um mês para o outro, a exemplo das carnes (-1,09%) e das frutas (-1,13%). As principais quedas encontram-se a seguir.

ItemVariação (%)Variação Acumulada (%)
JaneiroFevereiroAno12 meses
Alho-3,31-4,79-7,94-24,10
Cenoura18,54-3,8813,9411,61
Batata-inglesa10,85-3,576,8918,20
Açúcar cristal0,16-3,56-3,41-24,48
Tomate45,71-3,2940,9248,25
Feijão-carioca-3,32-2,98-6,20-31,74
Açúcar refinado-0,72-2,58-3,29-20,58
Pão de forma2,65-1,810,79-1,18
Óleo de soja-0,87-1,73-2,59-15,29
Chocolate em barra e bombom-0,69-1,52-2,20-10,60
Cerveja-0,29-1,38-1,662,49
Biscoito0,52-1,37-0,852,73
Frutas4,08-1,132,91-12,29
Carnes0,46-1,09-0,63-2,22
Arroz-0,23-1,02-1,24-11,34
Chocolate e achocolatado em pó0,85-0,95-0,11-0,67
Cerveja fora-0,03-0,81-0,842,27
Suco de frutas0,12-0,79-0,672,29
Café moído-0,21-0,75-0,962,25
Frango inteiro-0,36-0,70-1,05-5,72
Frango em pedaços-0,49-0,65-1,14-3,50

Quanto aos demais grupos, esses situaram-se entre -0,38% referente ao Vestuário e 0,38% de Saúde e Cuidados Pessoais.

Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,72%), com destaque para o ônibus urbano, com alta de 4,71% e os cursos regulares, que subiram 5,89%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
JaneiroFevereiroAno12 meses
Rio de Janeiro12,060,420,721,143,09
Belém4,650,080,570,651,07
Salvador7,350,350,550,901,80
Belo Horizonte10,860,360,330,681,72
São Paulo30,670,210,290,503,64
Recife5,050,030,270,303,04
Campo Grande1,510,100,200,301,60
Brasília2,80-0,150,190,043,10
Vitória1,780,700,150,862,51
Curitiba7,790,260,100,363,02
Porto Alegre8,400,680,080,762,86
Goiânia3,590,050,070,124,08
Fortaleza3,490,340,000,341,69
      
Brasil100,000,290,320,612,84

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 01 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2017 a 29 de janeiro de 2018 (base).

INPC varia 0,18% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,18% em fevereiro e ficou 0,05 p.p. abaixo da taxa de 0,23% de janeiro. Este foi o INPC mais baixo para os meses de fevereiro desde 2000, quando se situou em 0,05%. O acumulado dos últimos doze meses desceu para 1,81%, ficando abaixo dos 1,87% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Este acumulado foi o menor para o período desde a implantação do Plano Real. Em fevereiro de 2017, o INPC registrou 0,24%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,36% em fevereiro enquanto no mês anterior registraram alta de 0,76%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,41% enquanto, em janeiro, apresentaram estabilidade.

Entre os índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,65%), onde se destacaram os itens ônibus urbano (4,71%), refeição fora (2,25%) e os cursos regulares (5,99%). O menor índice foi o de Goiânia (-0,03%), reflexo da queda de 5,09% da energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados por região pesquisada.

RegiãoPeso Regional (%)Variação mensal (%)Variação Acumulada (%)
JaneiroFevereiroAno12 meses
Rio de Janeiro9,510,240,650,891,15
Belém7,030,110,520,630,44
Salvador10,670,280,260,541,20
Belo Horizonte10,600,160,140,300,58
Vitória1,830,640,090,731,56
São Paulo24,240,250,090,352,82
Recife7,170,020,080,102,04
Curitiba7,290,170,070,242,59
Fortaleza6,610,370,040,411,22
Brasília1,88-0,150,04-0,121,63
Porto Alegre7,380,590,020,612,35
Campo Grande1,640,010,000,010,33
Goiânia4,15-0,04-0,03-0,083,43
      
Brasil100,000,230,180,411,81

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 01 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2017 a 29 de janeiro de 2018 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Preços dos alimentos seguram a inflação na volta às aulas

A inflação de fevereiro ficou em 0,32%, índice bastante próximo ao de janeiro (0,29%), apesar da alta de 3,89% no setor de educação. “As quedas no grupo dos alimentos e bebidas (-0,33%) tiveram impacto suficiente para conter essa taxa”, explica Fernando Gonçalves, gerente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo. “Alimentos importantes, como carnes e frutas, e outros alimentos que apresentaram aumento em janeiro, como o tomate, a batata e a cenoura, tiveram queda em fevereiro”, aponta Fernando.



O reajuste das mensalidades dos cursos regulares é o principal fator de inflação nos meses de fevereiro. Neste ano, a alta foi seguida pelo setor de transportes, com destaque para os ônibus urbanos em Goiânia (aumento de 6,4%) e a gasolina, que aumentou 8,6% em Salvador.

Os dados do IPCA, divulgados hoje pelo IBGE, mostram que a inflação de fevereiro foi a mais baixa para o mês desde o ano 2000, quando atingiu 0,13%. A inflação acumulada no ano chegou a 0,61%, ligeiramente abaixo do 0,71% registrado no primeiro bimestre de 2017 e menor percentual para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.

Nos últimos doze meses, o índice acumulou 2,84%. Em fevereiro de 2017, a taxa atingiu 0,33%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 01 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2017 a 29 de janeiro de 2018 (base).

Repórter: Marília Loschi
Imagem: Flickr
Arte: J.C. Rodrigues

DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20333-ipca-fica-em-0-32-em-fevereiro.html



CONSTRUÇÃO CIVIL



IBGE. 09/03/2018. Índice Nacional da Construção Civil varia 0,30% em fevereiro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE, apresentou variação de 0,30% em fevereiro, ficando 0,03 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro. O acumulado nos últimos doze meses ficou em 3,82%, resultado acima dos 3,71% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2017, o índice foi 0,19%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em janeiro estava em R$ 1.069,61, passou em fevereiro para R$ 1.072,87, sendo R$ 550,66 relativos aos materiais e R$ 522,21 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou variação de 0,54%, subindo 0,04 ponto percentual em relação a janeiro e 0,17 frente a fevereiro de 2017.

O valor da mão de obra, por sua vez, apresentou variação de 0,06%, apresentando estabilidade tanto em relação ao mês anterior (0,04%) quanto a fevereiro de 2017 (0,00%). Os acumulados no ano foram de 1,04% no custo de materiais e de 0,10% no de mão de obra.

Já nos acumulados em doze meses, os resultados ficaram em 3,15% (materiais) e 4,61% (mão de obra).

Região Nordeste registra maior variação mensal

Com alta na parcela dos materiais em 8 estados, e com a variação captada na mão de obra no Piauí, consequência de reajuste salarial de acordo coletivo, a região Nordeste apresentou a maior variação regional em fevereiro, 0,44%.

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,17% (Norte), 0,22% (Sudeste), 0,35% (Sul) e 0,31% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.068,69 (Norte); R$ 999,04 (Nordeste); R$ 1.119,40 (Sudeste); R$ 1.110,72 (Sul) e R$ 1.085,08 (Centro-Oeste).

Piauí registra maior alta entre os estados

Decorrente de pressão exercida pelo reajuste salarial do acordo coletivo, Piauí, com 1,63%, foi o estado que apresentou a maior variação mensal.
SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Janeiro/2018 considerando a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil
ÁREAS GEOGRÁFICAS CUSTOS
MÉDIOS
NÚMEROS
ÍNDICES
VARIAÇÕES PERCENTUAIS
R$/m2 JUN/94=100 MENSAL NO ANO 12 MESES 
BRASIL              1072,87537,010,300,573,82
REGIÃO NORTE       1068,69532,490,170,291,71
Rondonia           1112,34620,150,130,134,08
Acre               1173,87623,11-0,14-0,124,30
Amazonas           1033,85506,210,000,271,24
Roraima            1114,66462,920,170,282,33
Para               1051,14503,840,340,340,92
Amapa              1063,86516,770,140,961,25
Tocantins           1121,47589,690,06-0,022,95
REGIÃO NORDESTE    999,04539,640,440,714,47
Maranhão           1021,67538,220,410,544,72
Piaui              1034,56687,551,632,064,25
Ceara              1002,90579,260,900,954,60
Rio Grande do Norte985,22496,570,032,207,55
Paraiba            1039,20574,610,080,144,24
Pernambuco         981,31524,680,480,472,52
Alagoas            994,99497,210,420,755,64
Sergipe            932,94495,83-0,16-0,192,67
Bahia               989,87523,980,180,515,00
REGIÃO SUDESTE     1119,40535,800,220,683,80
Minas Gerais       1001,85551,350,100,194,33
Espirito Santo     979,75543,440,430,833,21
Rio de Janeiro     1196,17545,11-0,030,234,30
São Paulo           1170,51528,740,371,093,37
REGIÃO SUL         1110,72531,170,350,483,66
Parana             1082,62517,770,120,392,21
Santa Catarina     1207,52654,080,570,505,75
Rio Grande do Sul   1064,60483,250,490,603,95
REGIÃO CENTRO-OESTE1085,08553,950,310,184,39
Mato Grosso do Sul1059,61498,230,13-0,043,93
Mato Grosso        1072,19611,73-0,20-0,652,51
Goias              1076,22568,460,660,635,36
Distrito Federal   1132,19499,940,630,825,80
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços.
NOTA: estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a CAIXA – Caixa Econômica Federal.
SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Janeiro/2018 não considerando a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil
ÁREAS GEOGRÁFICAS CUSTOS
MÉDIOS
NÚMEROS
ÍNDICES
VARIAÇÕES PERCENTUAIS 
R$/m2 JUN/94=100 MENSAL NO ANO 12 MESES   
BRASIL              1153,22576,950,290,553,88
REGIÃO NORTE       1143,46569,780,160,271,77
Rondonia           1188,67662,690,120,124,09
Acre               1255,34666,23-0,13-0,114,34
Amazonas           1105,38541,440,000,231,11
Roraima            1200,03498,380,160,262,43
Para               1125,14539,100,320,321,04
Amapa              1135,90551,580,130,901,16
Tocantins           1199,79630,790,06-0,013,11
REGIÃO NORDESTE    1069,76577,750,440,704,50
Maranhão           1092,13575,520,380,504,83
Piaui              1104,27733,751,692,114,15
Ceara              1071,52618,580,961,014,55
Rio Grande do Norte1054,73531,520,022,217,67
Paraiba            1111,04614,550,080,144,40
Pernambuco         1051,35561,870,450,442,48
Alagoas            1062,91531,130,390,705,53
Sergipe            998,79530,87-0,15-0,172,75
Bahia               1063,49562,510,170,465,06
REGIÃO SUDESTE     1207,85577,980,210,633,88
Minas Gerais       1075,59591,840,090,184,52
Espirito Santo     1052,85584,070,400,763,19
Rio de Janeiro     1294,07590,05-0,020,224,31
São Paulo           1265,24571,510,341,013,43
REGIÃO SUL         1197,84572,680,310,443,68
Parana             1171,54560,170,110,392,32
Santa Catarina     1305,63707,100,530,475,80
Rio Grande do Sul   1138,10516,770,400,503,92
REGIÃO CENTRO-OESTE1161,06592,670,290,184,44
Mato Grosso do Sul1132,44532,060,12-0,044,04
Mato Grosso        1149,86656,01-0,18-0,602,62
Goias              1150,99607,570,620,625,42
Distrito Federal    1209,77534,420,580,765,77

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços.
NOTA: estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a CAIXA – Caixa Econômica Federal.

Nordeste tem a maior alta nos preços da Construção em fevereiro

O Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI), divulgado hoje pelo IBGE, teve a maior variação no Nordeste (0,44%) em fevereiro, na comparação com o mês anterior. A região Norte, por sua vez, foi a que apresentou a menor variação do mês, 0,17%.

#praCegoVer Gráfico da construção civil, comparando a variação do Nordeste, do Brasil e outras regiões

No país, a variação do índice foi de 0,30%, ligeiramente maior que a de janeiro, quando ficou em 0,27%. O resultado também superou a variação de fevereiro de 2017, quando foi registrado índice de 0,19%.

O gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, atribui o resultado do Nordeste ao acordo trabalhista celebrado no Piauí, que apresentou a maior alta entre os estados, de 1,63%.

“A pressão exercida pelo reajuste salarial no estado ajudou no resultado regional, uma vez que a mão de obra, hoje, representa 40% do custo da construção civil no país”, explica Augusto.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em janeiro estava em R$ 1.069,61, subiu para R$ 1.072,87, sendo R$ 550,66 relativos aos materiais e R$ 522,21 à mão de obra, variações de, respectivamente, 0,54% e 0,06%.

Repórter: João Neto
Imagem: Helena Pontes
Arte: Helga Szpiz

DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20335-indice-nacional-da-construcao-civil-varia-0-30-em-fevereiro.html



ÍNDICES DE PREÇOS



FGV. IBRE. 09-Mar-2018. IGP-M sobe na 1ª prévia de março

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,60%, no primeiro decêndio de março. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, este índice havia subido 0,16%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,83%, no primeiro decêndio de março. No mesmo período do mês de fevereiro, o índice ficou em 0,05%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais avançaram em média 0,43% em março, após caírem 0,32% em fevereiro. Contribuiu para o movimento de alta o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -3,25% para 7,39%. O índice correspondente aos Bens Intermediários variou 0,44%, contra 1,25%, no mês anterior. A principal contribuição para este recuo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,54% para -1,93%.

O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou alta de 1,80%, contra -0,94% no mês anterior. Contribuíram para a alta da taxa de variação do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-2,41% para 4,15%), soja (em grão) (-1,10% para 4,51%) e leite in natura (-3,78% para 4,89%). Em sentido oposto, vale citar mandioca (aipim) (6,91% para -3,98%), cana-de-açúcar (1,24% para 0,42%) e algodão (em caroço) (0,82% para -1,25%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,17%, no primeiro decêndio de março, ante 0,40% no mês anterior. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (1,42% para         -0,34%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 2,13% para 0,00%.

Também foram computados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Alimentação (0,18% para -0,09%), Transportes (1,02% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,42%), Vestuário (0,53% para 0,04%), Despesas Diversas (0,23% para 0,13%) e Comunicação (0,06% para -0,03%). Nestas classes de despesa, as maiores influências observadas partiram dos itens hortaliças e legumes (4,66% para 0,32%), gasolina (2,21% para 1,07%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,30% para -0,34%), roupas (0,54% para -0,15%), cartório (1,83% para 0,29%) e tarifa de telefone móvel (0,00% para -0,68%).

Em contrapartida, apenas o grupo Habitação (-0,18% para 0,14%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -2,33% para 0,33%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23%, no primeiro decêndio de março. No mês anterior, esse índice havia subido 0,25%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços variou 0,50%. No mês anterior, a taxa foi de 0,55%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D01620A5701E44784

FGV. IBRE. 09-Mar-2018. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Inflação pelo IPC-S recua em cinco das sete capitais pesquisadas

 O IPC-S de 07 de março de 2018 registrou variação de 0,13%, 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.

A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.

0703

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C561E9052D01620A64F67D3AB5



INDÚSTRIA



IBGE. 09/03/2018. Produção industrial cai em oito dos quatorze locais pesquisados

Com a queda de 2,4% da produção industrial nacional, oito dos quatorze locais pesquisados tiveram taxas negativas na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, na série com ajuste sazonal.

As principais quedas foram no Paraná (-4,5%), que reverteu o avanço de 1,5% do mês anterior, Rio Grande do Sul (-3,5%), que devolveu parte da expansão de 10,1% em novembro e dezembro de 2017, e São Paulo (-3,3%), que cresceu 4,8% nos últimos dois meses do ano passado.

Ceará (-2,2%), Rio de Janeiro (-2,1%), Região Nordeste (-1,1%), Espírito Santo (-0,9%) e Santa Catarina (-0,1%) foram os outros locais com índices negativos em janeiro.

Os resultados positivos da indústria foram no Pará (7,3%), que caiu 1,5% em dezembro de 2017; Amazonas (7,1%), que acumulou avanço de 20,4% em dois meses consecutivos; Goiás (2,4%); Pernambuco (1,5%); Minas Gerais (1,4%) e Bahia (0,9%).

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais - Janeiro 2018
Locais Variação (%)
Janeiro 2018/Dezembro 2017*Janeiro 2018/Janeiro 2017Acumulado Janeiro-JaneiroAcumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas7,132,732,76,1
Pará7,314,114,110,1
Região Nordeste-1,10,40,4-0,3
Ceará-2,24,94,92,7
Pernambuco1,5-2,4-2,4-2,3
Bahia0,95,65,60,0
Minas Gerais1,44,04,01,5
Espírito Santo-0,9-7,8-7,8-0,1
Rio de Janeiro-2,15,15,14,2
São Paulo-3,37,57,53,9
Paraná-4,5-1,8-1,83,7
Santa Catarina-0,110,910,94,9
Rio Grande do Sul-3,56,66,60,9
Mato Grosso--0,4-0,43,0
Goiás2,43,03,03,3
Brasil-2,45,75,72,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para a indústria subiu 0,3% no trimestre encerrado em janeiro de 2018, frente ao nível do mês anterior, e manteve a trajetória de alta iniciada em abril de 2017. Dez locais apresentaram crescimento, com destaque para Amazonas (4,8%), Pará (2,4%), Rio Grande do Sul (2,0%), Minas Gerais (1,4%), Espírito Santo (0,9%) e Bahia (0,9%). As maiores quedas foram no Paraná (-1,3%), Goiás (-1,0%) e Rio de Janeiro (-1,0%).

Na comparação com igual mês de 2017, o setor industrial cresceu 5,7% em janeiro de 2018, com resultados positivos em 11 dos 15 locais pesquisados. Nesse mês, Amazonas (32,7%), Pará (14,1%) e Santa Catarina (10,9%) tiveram altas mais intensas, impulsionados, principalmente, pelos setores de bebidas e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, no primeiro local; de indústrias extrativas, no segundo; e de metalurgia, produtos alimentícios, produtos têxteis, produtos de metal e confecção de artigos de vestuário e acessórios, no último.

São Paulo (7,5%) e Rio Grande do Sul (6,6%) também tiveram altas acima da média nacional (5,7%), enquanto Bahia (5,6%), Rio de Janeiro (5,1%), Ceará (4,9%), Minas Gerais (4,0%), Goiás (3,0%) e Região Nordeste (0,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção nesse mês.

Espírito Santo (-7,8%) apontou o maior recuo em janeiro de 2018, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo dos setores de metalurgia, de indústrias extrativas e de produtos de minerais não metálicos. Os demais resultados negativos foram registrados em Pernambuco (-2,4%), Paraná (-1,8%) e Mato Grosso (-0,4%).

Na comparação do último trimestre de 2017 com o primeiro mês de 2018 (série sem ajuste sazonal), oito dos quinze locais pesquisados tiveram ganho de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de 4,9% para 5,7%. Nesse mesmo tipo de comparação, Amazonas (de 9,2% para 32,7%), Rio Grande do Sul (de -1,0% para 6,6%), Bahia (de -0,6% para 5,6%), Santa Catarina (de 7,5% para 10,9%), Pará (de 11,1% para 14,1%) e Minas Gerais (de 1,5% para 4,0%) apontaram os maiores avanços. Já Mato Grosso (de 11,8% para -0,4%), Goiás (de 10,6% para 3,0%), Espírito Santo (de -2,2% para -7,8%), Paraná (de 2,4% para -1,8%) e Rio de Janeiro (de 7,8% para 5,1%) apresentaram as principais perdas entre os dois períodos.

Indicadores da Produção Industrial
Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física - Resultados Regionais
(Base: Igual período do ano anterior)
LocaisVariação Percentual (%)
1º Tri./20172º Tri./20173º Tri./20174º Tri./2017Janeiro/2018
Amazonas1,02,33,89,232,7
Pará7,89,212,011,114,1
Região Nordeste-1,5-2,21,60,00,4
Ceará-0,72,03,44,64,9
Pernambuco6,0-4,0-2,8-2,2-2,4
Bahia-7,5-5,76,8-0,65,6
Minas Gerais3,51,00,41,54,0
Espírito Santo4,05,20,0-2,2-7,8
Rio de Janeiro5,71,81,77,85,1
São Paulo0,2-0,25,38,17,5
Paraná6,61,96,82,4-1,8
Santa Catarina5,51,34,27,510,9
Rio Grande do Sul1,71,5-1,7-1,06,6
Mato Grosso1,0-3,56,911,8-0,4
Goiás6,7-2,12,210,63,0
Brasil1,30,43,14,95,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

O acumulado dos últimos 12 meses (2,8%) teve a maior alta desde junho de 2011 (3,6%) e prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Regionalmente, 11 dos 15 locais pesquisados mostraram altas em janeiro de 2018, mas apenas sete apontaram maior dinamismo frente aos índices de dezembro último, acompanhando o movimento da indústria nacional, que passou de 2,5% para 2,8%.

Amazonas (de 4,2% para 6,1%), Bahia (de -1,8% para 0,0%), Rio Grande do Sul (de 0,1% para 0,9%), São Paulo (de 3,5% para 3,9%) e Santa Catarina (de 4,6% para 4,9%) tiveram os maiores ganhos entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. Já as principais reduções entre os dois períodos ocorreram em Espírito Santo (de 1,7% para -0,1%), Pernambuco (de -0,9% para -2,3%), Mato Grosso (de 3,9% para 3,0%) e Paraná (de 4,4% para 3,7%).

Indústria paulista cai 3,3% em janeiro e reduz ritmo de crescimento

A produção industrial paulista caiu 3,3% em janeiro, na comparação com dezembro. A queda é a maior desde agosto de 2016 e a principal responsável pelo resultado negativo da indústria do país (-2,4%). Atividades como veículos automotores, derivados do petróleo, metalurgia e setores da borracha foram as que mais contribuíram para essa baixa. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada hoje pelo IBGE.

#praCegoVer Gráfico da variação percentual do mês e mês anterior, com ajuste sazonal e comparação entre São Paulo e Brasil
Além de ter sido uma queda mais intensa que a do resultado nacional, São Paulo responde por 34% da produção industrial do país. Para o gerente da pesquisa, André Macedo, outro aspecto que explica esse resultado é a base mais alta de comparação, uma vez que São Paulo vem de dois meses seguidos de avanço: “embora não seja o estado com queda mais forte, é o que tem a maior influência negativa no total”.

Outros locais que tiveram variação negativa na indústria foram Paraná (-4,5%), Rio Grande do Sul (-3,5%), Ceará (-2,2%), Rio de Janeiro (-2,1%), Região Nordeste (-1,1), Espírito Santo (-0,9%) e Santa Catarina (-0,1%).

Apesar da queda em janeiro frente a dezembro, análise é de recuperação

Na comparação com janeiro de 2017, a indústria paulista cresceu 7,5%, dando seguimento a um movimento de nove meses de alta iniciado em maio de 2016, assim como ocorreu com a indústria brasileira. Mais uma vez, o setor automobilístico teve grande contribuição para o resultado. No acumulado dos últimos 12 meses, o estado registrou aumento de 3,9%.

A partir desses resultados, o pesquisador diz que “a análise permanece como a de uma trajetória de recuperação para o estado e para o país, mesmo com a queda em janeiro frente a dezembro e algumas reduções de ritmo”.

Repórter: Pedro Renaux
Imagem: Pixabay
Arte: Marcelo Barroso

DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20316-producao-industrial-cai-em-oito-dos-quatorze-locais-pesquisados.html



AVIAÇÃO



EMBRAER. REUTERS. 9 DE MARÇO DE 2018. Embraer negocia encomendas do jato E-175 com várias companhias aéreas da Índia, diz executivo

HYDERABAD (Reuters) - A Embraer está em conversas com várias companhias aéreas importantes da Índia sobre potenciais pedidos do jato regional E-175, disse nesta sexta-feira um executivo da fabricante brasileira de aeronaves.

As companhias aéreas indianas tradicionalmente usaram turbopropulsores em vez de jatos para operações regionais, embora a agora extinta Air Costa ainda tenha uma ordem para 50 jatos avaliada em cerca de 3 bilhões de dólares nos livros da Embraer.

O vice-presidente de vendas e marketing da Embraer na Ásia-Pacífico, César Pereira, disse que sua empresa está conversando com a IndiGo, unidade da Interglobe Aviation Ltd, a SpiceJet, a Air India, a Jet Airways Ltd e Vistara sobre a venda de jatos E-175.

A Índia é o único país entre os membros do Bric que não tem uma frota significativa de jatos regionais com capacidade para 70 a 150 lugares, disse o executivo nos bastidores do evento aéreo Wings India.

“Isso significa que no futuro haverá jatos regionais, porque eles são necessários”, disse. “É só uma questão de tempo.”

Pereira disse que pode demorar mais para que algumas encomendas se materializem, já que a IndiGo tem uma grande quantidade encomendada de Airbus SE e turbopropulsores ATR.

“Mas temos outras companhias aéreas que podem fazer pedidos”, disse, citando o potencial de pedidos futuros da Air India se um programa de privatização for bem-sucedido.

A Alliance Air, unidade regional da Air India que voa turbopropulsores ATR, pode ser vendida separadamente das operações domésticas e internacionais da companhia, de acordo com relatos da mídia local.

Por Ankit Ajmera

BOEING. REUTERS. 9 DE MARÇO DE 2018. EXCLUSIVO-Boeing tem poder de caixa para aquisições planejadas, diz presidente-executivo

CHICAGO (Reuters) - O presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse na quinta-feira que a fabricante norte-americana de aviões pode absorver transações na escala de um acordo proposto de com a brasileira Embraer sem colocar em risco investimentos internos em seu negócio ou a remuneração aos acionistas.

Muilenburg, que também é presidente do conselho de administração da empresa, disse ainda em uma entrevista à Reuters que a Boeing está “progredindo” nas conversas com a Embraer. A empresa continua estudando algumas estruturas possíveis para o acordo, que alguns analistas disseram que pode avaliar a Embraer entre 5 bilhões e 6 bilhões de dólares.

“Aquisições da escala da Embraer não são apenas factíveis para nós, elas também são coisas que nós podemos seletivamente fazer, alinhadas à nossa estratégia (de alocação de caixa)”, disse Muilenburg.

“Nós temos muito poder de caixa para fazer todas as três coisas: investir de forma orgânica, remunerar os acionistas e então fazer essas aquisições pretendidas”, acrescentou.

A Boeing tem como alvo para este ano fluxo de caixa operacional de 15 bilhões de dólares e gasto combinado de pesquisa e desenvolvimento de 5,9 bilhões de dólares. A empresa prometeu retornar 100 por cento do fluxo de caixa livre aos acionistas.

O presidente do Brasil, Michel Temer, está avaliando uma proposta para a criação de uma empresa conjunta na área de área de aviação comercial entre Boeing e Embraer, informou a presidência na semana passada, após o governo se opor a uma aquisição mais ampla da Embraer, que também fabrica aviões militares.

“Nós ainda não terminamos; ainda tem trabalho a ser feito. Mas nós estamos progredindo então tenho esperança de que possamos concluir isso”, disse Muilenburg, reiterando que o acordo não é essencial para a Boeing.

“Nós continuamos a avaliar todas as partes da empresa, diferentes estruturas potenciais de propriedade” que variam de apoio a total propriedade, disse ele.

As ações da Boeing fecharam na véspera em alta de 0,5 por cento, a 348,73 dólares. Já os papéis da Embraer na bolsa brasileira caíram 3,2 por cento, a 20,75 reais.

Questionado se tais acordos envolvendo outros países estavam mais difíceis com o aumento do sentimento protecionista, Muilenburg disse que a Boeing não desistirá da expansão global que, se feita estrategicamente, aumentará os empregos dentro e fora dos Estados Unidos.

Muilenburg disse que a Boeing não decidiu se vai recorrer após perder um caso de dumping contra a canadense Bombardier, mas disse que vai processar novamente se for provocada a isso.

O executivo disse que a Boeing não tem pressa para decidir se lançará um novo avião médio de mercado, que poderia entrar em serviço em 2024 ou 2025.

“É uma decisão que nós provavelmente avançaremos ao longo do próximo ano aproximadamente”, disse.

Reportagem adicional de Alwyn Scott e Brad Haynes



AGRICULTURA



CECAFÉ. CONAB. REUTERS. 9 DE MARÇO DE 2018. Brasil exporta 8,4% menos café verde em fevereiro após redução em safra e estoques
Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil exportou em fevereiro 8,4 por cento menos café verde ante igual período do ano passado, com o setor ainda sentindo os efeitos de uma safra menor e de estoques em níveis baixos, disse nesta sexta-feira o Conselho dos Exportadores de Café do país (Cecafé).

Foram embarcados no mês passado 2,119 milhões de sacas de 60 kg, ante 2,314 milhões em fevereiro de 2017.

“A performance está dentro do esperado para fevereiro, após uma ano de safra baixa. E os estoques foram sendo reduzidos nos últimos anos. Esse cenário não vai mudar, continuaremos embarcando uma menor quantidade até termos produto da safra nova”, disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em entrevista à Reuters.

O ciclo do ano passado foi de bienalidade negativa para o arábica, e a produção recuou, mas neste ano a safra deve voltar a crescer, podendo alcançar um recorde de 58 milhões de sacas e contribuir para a recomposição dos estoques nacionais, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Do volume embarcado no mês passado, 2,099 milhões de sacas foram de arábica (queda de 8,9 por cento) e 20,10 mil sacas de robusta (alta de 103,8 por cento).

Segundo Carvalhaes, a alta expressiva nas vendas de robusta, produzido principalmente no Espírito Santo, deve-se à comparação com uma base baixa —em fevereiro de 2017 foram embarcadas apenas 9,86 mil sacas.

“Os números do ano passado foram tímidos e os deste ano também. A comparação deveria ser com fevereiro de 2015, 2014, quando exportamos mais de 200 mil sacas”, avaliou o presidente do Cecafé.

Devido a secas entre 2015 e 2016 no Espírito Santo, o Brasil registrou safras bem fracas de robusta, o que impactou nas exportações.

“Acho que o mercado só vai regularizar a partir da colheita da safra nova. Mas tem um fator que está ajudando na recuperação das exportações agora, que é a queda do preço interno, que deixa o produto brasileiro mais competitivo”, afirmou Carvalhaes.

Com efeito, a saca de robusta no mercado interno, que no pico da seca chegou a superar 550 reais, hoje está próxima de 300 reais.

TOTAL

As exportações totais de café do Brasil em fevereiro, considerando-se o grão verde e o produto industrializado (solúvel e torrado & moído) caíram 9,1 por cento, para 2,355 milhões de sacas.

A receita com os embarques foi de 377,24 milhões de dólares, queda de 17,6 por cento.



ENERGIA



UNICA. 09/03/2018. SETOR. VENDAS DE HIDRATADO PERMANECEM AQUECIDAS EM FEVEREIRO

Na 2ª metade de fevereiro de 2018, a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul atingiu 730,94 mil toneladas, com praticamente toda ela registrada por unidades produtoras localizadas no Estado do Mato Grosso do Sul e Goiás.

Nesse período, a produção de açúcar foi ínfima (apenas 5,02 mil toneladas), enquanto o volume fabricado de etanol somou 74,41 milhões de litros. Desse total fabricado na quinzena, 31,42 milhões de litros referem-se ao etanol de milho.

Na segunda quinzena de fevereiro, 15 unidades processaram cana no Centro-Sul.

No acumulado da safra 2017/2018 até o momento, a moagem somou 585,28 milhões de toneladas, queda de 1,78% sobre igual período do ciclo 2016/2017 (595,90 milhões de toneladas). Dessa quantidade, 53,16% foi destinada à produção de etanol, que totalizou 25,47 bilhões de litros (14,97 bilhões de litros de hidratado e 10,50 bilhões de litros de anidro). A produção acumulada de açúcar, por sua vez, atingiu 35,84 milhões de toneladas.

Vendas de etanol

No mês de fevereiro, foram comercializados 1,95 bilhão de litros, sendo 1,87 bilhão de litros destinados ao consumo interno e apenas 76,47 milhões ao mercado internacional.

Do total comercializado internamente, 720,33 milhões de litros foram de anidro e 1,15 bilhão de litros de hidratado, que apresentou crescimento de 37,9% em relação aos 836,48 milhões de litros vendidos no mesmo período de 2017.

Antonio de Padua Rodrigues, diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), destaca que “as vendas de hidratado ao mercado interno no Centro-Sul seguiram aquecidas em fevereiro por conta do preço do biocombustível, que continua sendo a opção mais vantajosa ao consumidor em vários mercados”.

No agregado de abril de 2017 até 1 de março de 2018, as vendas de etanol no Centro-Sul totalizaram 24,18 bilhões de litros, com 1,43 bilhão direcionado para exportação e 22,75 bilhões ao mercado interno.

Ainda no mercado doméstico, a comercialização do hidratado (14,08 bilhões de litros) indicou um crescimento de 6,13% sobre o apurado no mesmo período da safra passada.

Vale ressaltar que o volume de biocombustível contabilizado nas saídas não incorpora a comercialização do etanol importado, que não foi vendido diretamente pelas unidades produtoras.


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LGCJ.: