ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
OCDE
CNI. 01/03/2018. Brasil está pronto para agenda de reforma estrutural, diz secretário-geral da OCDE. Angel Gurría diz que o processo de adesão ao órgão é profundamente transformacional e visa aproximar os candidatos à adesão aos princípios e boas práticas da OCDE. Ser membro da organização é sinal para investidores internacionais e domésticos que as políticas do país seguem padrões-chave em áreas como governança corporativa, investimento, concorrência, mercados financeiros e administração pública
O Brasil pediu adesão do país à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em maio de 2017. Para ser aceito, será submetido a um amplo processo de avaliação de suas políticas públicas que leva cerca de 3 anos, e precisa ser aceito por unanimidade pelos 35 membros do grupo, entre eles os Estados Unidos.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), não há muito distanciamento entre os objetivos da OCDE e os da indústria brasileira. A adesão do Brasil como membro pleno da Organização é o caminho natural para um país que se destaca pelo grau de participação, entre os países não membros, nos comitês e instrumentos da OCDE.
Em rápida passagem pelo Brasil, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, falou com exclusividade para a Agência CNI de Notícias. Acompanhe:
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Quais os benefícios de os países virarem membros plenos da OCDE?
ANGEL GURRÍA – A ex-presidente do Chile Michelle Bachelet uma vez definiu a OCDE como o “Clube das Melhores Práticas”. A instituição agrega 35 economias líderes com o objetivo de promover “melhores práticas para melhores vidas” e fornece um quadro onde governos podem trabalhar juntos, compartilhando experiências, encontrando soluções para problemas comuns, e colaborando para enfrentar desafios globais. No coração deste processo está o reconhecimento do valor da cooperação e coordenação e a disposição em aprender com experiências de políticas públicas diversas por uma melhor coordenação internacional.
Durante as últimas décadas, a OCDE tem evoluído na direção de maior abertura e diversificação, ampliando o seu mandato para promover um crescimento mais inclusivo e sustentável. A OCDE está na ponta na busca por soluções inovadoras e no desenvolvimento de políticas públicas, incorporando novas ideias e novas formas de trabalhar, para melhorar o bem-estar das pessoas.
Ser membro da OCDE ajuda os países a se beneficiarem do desenvolvimento inovador de políticas econômicas e sociais. Os membros possuem um lugar na mesa em mais de 200 comitês e grupos de trabalhos dentro da Organização, em discussões que reúnem experts de cada país membro, e países parceiros, apoiados por um Secretariado altamente especializado.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – O que mudará para o Brasil caso ele entre para a OCDE?
ANGEL GURRÍA – Algumas das principais vantagens em ser membro da OCDE incluem:
- Benefício de reputação. Ser membro da OCDE é um claro reconhecimento que o país segue os mais altos padrões globais, compartilhando o comprometimento com uma democracia pluralista, aderente a um mercado aberto e transparente, com o objetivo comum de desenvolvimento sustentável. É um grande sinal para investidores internacionais e domésticos que as políticas do país seguem padrões-chave em áreas como governança corporativa, investimento, concorrência, mercados financeiros e administração pública.
- Participação em discussões globais: A OCDE está no coração da arquitetura de governança global e é uma voz chave da agenda global em uma grande variedade de tópicos. Liderando os esforços sobre crescimento econômico, competitividade global e boa governança, a OCDE trabalha junto com o G20 e o G7, sendo um parceiro e conselheiro de importância global em diversas áreas.
- Apoio às reformas domésticas: Os membros têm acesso ao repertório de expertise da OCDE que inclui pesquisas e análises em diversas áreas de políticas macroeconômicas e estruturais. A Organização apoia os seus membros em suas reformas domésticas fornecendo um quadro para comparar experiências e compartilhar melhores práticas em diversas áreas, de políticas econômicas a proteção ambiental.
- Compartilhamento das responsabilidades: A OCDE permite aos seus membros coordenarem suas políticas a nível global para promover eficiência econômica, economizar recursos e promover crescimento sustentável. A Organização ajuda formuladores de políticas a entenderem, avaliar, e comparar opções de políticas públicas e seus resultados, criando oportunidades para pessoas, empresas e regiões.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Quais os principais compromissos que o país precisa assumir para ser aceito?
ANGEL GURRÍA – O pedido do Brasil para a adesão à OCDE é um sinal de que o país está pronto para consolidar ainda mais sua agenda de reforma estrutural. O processo é profundamente transformacional e visa aproximar os candidatos à adesão aos princípios e boas práticas da OCDE. Este também oferece uma oportunidade para que o país candidato e os países membros da OCDE trabalhem juntos efetivamente em uma vasta gama de questões de políticas públicas.
Os ambiciosos esforços do Brasil em se reformar e consolidar o equilíbrio fiscal do governo e promover estabilidade macroeconômica – incluindo a indispensável reforma da Previdência – estão abrindo o caminho para um crescimento econômico mais sustentável.
No futuro, o Brasil precisa continuar enfrentando o alto nível de desigualdade que afeta tanto o bem-estar da população quanto o crescimento econômico. Precisa, também, aumentar sua produtividade, competitividade e investimento, melhorando o ambiente de negócios e acesso a crédito, promover inclusão de gênero e oportunidades para mulheres, além de fortalecer sua participação nas cadeias globais de valor para colher e redistribuir de forma mais ampla os benefícios da globalização. A OCDE está pronta para apoiar o Brasil nestes desafios.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – É possível se tornar membro sem reformas estruturais?
ANGEL GURRÍA – É importante ressaltar que o Brasil não está sozinho na realização de reformas estruturais. Muitos países da OCDE precisam e estão fortemente engajados com reformas estruturais. O relatório da OCDE “A Caminho do Crescimento” fornece uma ampla análise das prioridades de reformas a serem implementadas pelos países do G20. Uma importante mensagem deste documento é que os governos precisam implementar amplos pacotes de políticas de forma a criar sinergias entre as reformas de mercado de trabalho, de produto e financeiro, para escapar da armadilha do baixo crescimento, além de garantir que os benefícios sejam compartilhados com a vasta maioria dos cidadãos.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Para ser aceito, o país passa por uma avaliação de 360º? Como é feita essa avaliação?
ANGEL GURRÍA – De fato, dizemos que o processo de adesão é uma avaliação em 360º, pois ele envolve uma revisão abrangente do quadro jurídico e da formulação de políticas do país, cobrindo uma ampla gama de áreas envolvendo quase todos os ministérios e agências governamentais dos países candidatos. A avaliação é realizada por vários comitês da OCDE, por meio de revisões técnicas para avaliar a disposição e a capacidade dos países candidatos a implementar os instrumentos jurídicos da Organização, bem como suas políticas e práticas em comparação com as melhores políticas e práticas da OCDE.
Mas, mais importante, o processo de adesão é uma oportunidade. O processo serve de catalisador para reformas domésticas, uma vez que, como parte de suas revisões, os comitês podem recomendar pontos de melhorias para aproximar o país candidato aos padrões da OCDE e das melhores práticas internacionais. No final de sua revisão, cada comitê prepara uma opinião formal que resume sua avaliação. Uma vez que todos os comitês tenham adotado pareceres formais, o Conselho da OCDE toma a decisão sobre convidar do país candidato a se tornar um membro.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como o setor privado brasileiro pode ajudar o ingresso do Brasil na OCDE?
ANGEL GURRÍA – O setor privado desempenha um papel crucial ao acompanhar todo o processo de adesão e ele se beneficiará disso. Por um lado, o setor privado e outras partes interessadas podem desempenhar um papel importante no processo de reforma, estando sempre envolvidos em consultas e trabalhando com os comitês da OCDE.
De fato, existem muitas áreas nas quais a participação do setor privado é altamente relevante. Isso é obvio em áreas como política fiscal, conduta empresarial responsável, movimentos de capitais, comércio internacional, investimento, meio ambiente e luta contra a corrupção. Um exemplo concreto é o papel muito construtivo que a Confederação Nacional da Indústria desempenhou sediando a importante discussão sobre os padrões da OCDE sobre Preços de Transferência com a Receita Federal.
Por outro lado, a OCDE possui um canal oficial para ligar-se à comunidade empresarial. O Comitê Consultivo Empresarial e Industrial para a OCDE (BIAC) atua como a voz do empresariado em nome das principais organizações industriais. O Brasil, representado pela CNI, interage ativamente com as principais organizações empresariais dos países membros e parceiros da OCDE. Os membros do BIAC participam de discussões e formulação de políticas públicas através de consultas com liderança e autoridades governamentais, comitês e grupos de trabalho, fornecendo insights, conselhos e perspectivas de primeira mão da indústria.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Quais os principais papeis da OCDE e como ela tem ajudado as economias dos países?
ANGEL GURRÍA – A OCDE é pioneira em questão de políticas públicas, ela está na fronteira na busca por soluções que mais tarde se tornarão mainstream. É uma das mais multidisciplinares das organizações internacionais e aborda praticamente todas as dimensões de políticas públicas. A OCDE é uma organização liderada por seus membros, e baseada em consensus, que conta com seu secretário-geral para cumprir sua missão.
Os Membros participam de discussões sobre políticas públicas com experts no desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios comuns. A OCDE também abriu caminho, derrubando obstáculos, para o crescimento inclusivo, combatendo as desigualdades de renda, de saúde, de educação e de oportunidades em geral, e tem aprendido as lições da crise financeira global, por exemplo, através do projeto Novas Abordagens para Desafios Econômicos (NAEC).
A organização tem apoiado processos de reforma específicos em vários países da OCDE, incluindo recentemente na França, Grécia e o México. No caso do México, por exemplo, a Organização prestou apoio às reformas fiscais, de educação, de concorrência e de telecomunicações no início da administração da presidente Pena Nieto.
INDICADORES ECONÔMICOS
BACEN. 07/03/2018. BC divulga Indicadores Econômicos e IC-Br de fevereiro/2018.
Fluxo cambial, a posição de câmbio dos bancos e IC-Br de fevereiro.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/16410
INDÚSTRIA
IPEA. 08/03/2018. Indicador Ipea registra queda de 0,3% do consumo de bens industriais em janeiro
Indústria extrativa mineral puxou o resultado para baixo com recuo de 14,1%. Entre os bens da indústria de transformação, farmoquímicos avançaram 17,7%
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais divulgado nesta quinta-feira, 8, apontou recuo de 0,3% em janeiro de 2018, resultado impactado principalmente pela queda de 14,1% na indústria extrativa mineral. No trimestre encerrado em janeiro, entretanto, o indicador manteve resultado positivo de 1,8%.
Na comparação com janeiro de 2017, o desempenho foi 6,8% superior. Desta forma, com base no resultado acumulado em 12 meses, a demanda por bens industriais tem ritmo de crescimento mais intenso (1,3 p.p. a mais) que o da produção total, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física do IBGE (2,7%).
Definido como a produção industrial doméstica líquida das exportações e acrescida das importações, o indicador medido pelo Grupo de Conjuntura do Ipea registrou no primeiro mês de 2018 um recuo de 0,7% na produção doméstica líquida de exportações, enquanto as importações de bens industriais cresceram 5,8%.
A demanda por bens da indústria de transformação avançou 1,9% frente a dezembro. Entre os 22 segmentos dessa classe de produção, houve crescimento em apenas oito, com destaque para os farmoquímicos (17,7%) e máquinas e equipamentos (1,5%). Já na comparação com 2017, o bom desempenho se disseminou por 17 segmentos, com alta de 27% do consumo aparente de veículos automotivos e de 18,8% nos equipamentos de informática.
Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2018/03/08/demanda-interna-por-bens-industriais-inicia-o-ano-de-2018-com-ligeira-queda-de-03-em-janeiro/
CNI. 05/03/2018. Ações do Mapa Estratégico da Indústria são capazes de melhorar a renda dos brasileiros. Projeções mostram que, com a implementação das propostas da CNI, o PIB per capita do país podem crescer dos atuais US$ 14 mil para US$ 50 mil em 2054
"Muitas das restrições que afetam o desenvolvimento da economia são internas"
José Augusto Fernandes
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está elaborando 42 documentos com propostas para os candidatos às eleições de 2018. As sugestões serão baseadas no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022. O estudo apresentado pela CNI nesta segunda-feira (5) é uma agenda para o Brasil, pois visa à construção, nos próximos anos, de uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.
"Não há tempo a perder. O país precisa avançar", disse o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, durante a apresentação do Mapa aos jornalistas. Ele explicou que, com a implementação das propostas do Mapa, a renda média dos brasileiros (PIB per capita) aumentará dos cerca de US$ 14 mil ao ano para US$ 50 mil em 2054. Ou seja, o país levará ainda 38 anos para se aproximar da renda atual de Estados Unidos, Holanda e Suíça.
Caso as ações propostas pelo Mapa não sejam implementadas, o Brasil levará 85 anos para ter uma renda per capita de US$ 50 mil, informou Fernandes. "Basta de complacência com o real potencial de crescimento do país e da indústria", destacou. "O desafio está em nossas mãos. Muitas das restrições que afetam o desenvolvimento da economia são internas."
De acordo com Fernandes, há cinco desafios que o Brasil precisa vencer nos próximos anos para crescer de forma sustentada. O primeiro é o equilíbrio fiscal, que depende da reforma da Previdência, do controle e da eficiência dos gastos públicos. O segundo é a melhora do ambiente de negócios e a redução da burocracia. O terceiro é a reforma tributária, pois o atual sistema de arrecadação de impostos penaliza os investimentos e eleva os custos das empresas. O quarto é a segurança jurídica e, o quinto, a reindustrialização com o aumento da produtividade e da inovação nas empresas.
Fernandes explicou que desde o lançamento da versão anterior do Mapa, que se referia ao período 2013-2022, o país avançou em algumas áreas e retrocedeu em outras. Como exemplo dos avanços, ele citou a reforma trabalhista, a lei que acabou com obrigatoriedade da Petrobras de ter participação mínima de 30% nos consórcios do pré-sal e de ser a operadora única nos campos de exploração de petróleo e a legislação que visa à atração do capital estrangeiro para obras de infraestrutura. No entanto, o Brasil não conseguiu enfrentar a agenda macroeconômica.
Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022: http://www.portaldaindustria.com.br/cni/canais/mapa-estrategico-da-industria/
ÍNDICES DE PREÇOS
FGV. IBRE. 08-Mar-2018. Inflação pelo IPC-S recua na primeira semana de março
O IPC-S de 07 de março de 2018 apresentou variação de 0,13%1, 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (1,11% para 0,90%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 1,85% para 1,38%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,05% para -0,23%), Habitação (0,19% para 0,15%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,40% para 0,37%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,18%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (-3,50% para -6,53%), tarifa de eletricidade residencial (0,95% para 0,75%), perfume (-0,47% para -0,78%) e cartório (0,48% para 0,31%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Vestuário (-0,76% para -0,49%), Comunicação (-0,21% para -0,04%) e Alimentação (-0,29% para -0,28%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: roupas (-0,76% para -0,40%), mensalidade para TV por assinatura (-1,91% para -0,11%) e aves e ovos (-0,76% para -0,37%), respectivamente.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D01620529DEFE61DE
TRABALHO
FGV. IBRE. 08-Mar-2018. Mercado de trabalho: Indicador Antecedente de Emprego registra maior nível da série histórica
Indicador Antecedente de Emprego
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, avançou 1,9 ponto, em fevereiro, atingindo 109,6 pontos, o maior nível da série histórica sinalizando um possível cenário de aceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho nos próximos meses.
“O otimismo com o maior crescimento da economia ao longo deste ano e a perspectiva de uma maior contratação ao longo de 2018 explicam o elevado nível do Indicador Antecedente de Emprego”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV IBRE.
Indicador Coincidente de Desemprego
No mês de fevereiro, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) permaneceu relativamente estável com uma variação de 0,4 ponto, alcançando 97,1 pontos. Mesmo com um resultado positivo, o indicador, em termos de média móvel trimestral, se mantém em queda.
“Apesar da perspectiva de melhora futura, da criação de vagas e da expectativa de forte geração de empregos formais em 2018, a taxa de desemprego permanece em nível elevado. O ICD reflete a elevada taxa de desemprego do país. Apesar da geração de vagas, a expectativa é que a taxa de desemprego permaneça em níveis elevados”, continua Fernando de Holanda Barbosa Filho.
Destaques do IAEmp e ICD
O avanço do IAEmp no mês é resultado da alta de seis dos sete indicadores que o compõem, com destaque para os indicadores que medem a situação dos negócios atual no setor de Serviços e da Indústria de Transformação, com variações na margem de 4,9 e 4,4 pontos, respectivamente.
A resultado positivo do ICD, foi influenciado majoritariamente, a uma melhora das avaliações dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) subiu 3,1 pontos.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C561E9052D01620534E9912063
JUROS BANCÁRIOS
ANEFAC. PORTAL G1. 08/03/2018. Taxas de juros voltam a subir, após 14 quedas seguidas, diz Anefac. A taxa de juros média para pessoa física é a maior desde novembro de 2017; juros do cartão de crédito são os mais altos (12,67%ao mês e (318,50% ao ano) entre as linhas pesquisadas.
Após 14 quedas seguidas, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), as elevações foram feitas em um ambiente de melhora dos indicadores econômicos e frente a uma redução da taxa básica de juros ocorrida em fevereiro, para 6,75%.
Das seis linhas de crédito pesquisadas, duas reduziram as taxas de juros no mês (cartão de crédito e CDC-bancos-financiamento de veículos). As demais aumentaram - cheque especial, juros do comércio, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras. Veja mais detalhes abaixo:
Pessoa física
A taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 0,55% no mês (0,79% em 12 meses) passando de 7,29% ao mês (132,65% ao ano) em janeiro para 7,33% ao mês (133,70% ao ano) em fevereiro. É a maior taxa de juros desde novembro de 2017 (7,40% ao mês – 135,53% ao ano).
Cartão de crédito
Nas operações com cartão de crédito, houve uma redução de 0,24%, passando de 12,70% ao mês (319,84% ao ano) em janeiro para 12,67% ao mês (318,50% ao ano) em fevereiro. É a menor taxa desde junho de 2015 (12,54% ao mês – 312,75% ao ano).
Cheque especial
O cheque especial teve uma elevação de 0,5%, passando de 12,12% ao mês (294,64% ao ano) em janeiro para 12,18% ao mês (297,18% ao ano) em fevereiro. É a maior taxa desde novembro desde 2017 (12,25% ao mês – 300,16% ao ano).
Juros do comércio
Os juros do comércio tiveram elevação de 0,74%, passando de 5,40% ao mês (87,97% ao ano) em janeiro para 5,44% ao mês (88,83% ao ano) em fevereiro. É a maior taxa desde dezembro de 2017 (5,45% ao mês – 89,04% ao ano).
Empréstimo pessoal - bancos
A taxa de juros no empréstimo pessoal teve uma elevação de 2,93%, passando de 4,10% ao mês (61,96% ao ano) em janeiro para 4,22% ao mês (64,22% ao ano) em fevereiro. É a maior taxa desde outubro de 2017 (4,28% ao mês – 65,35% ao ano).
Crédito direto ao consumidor – bancos e financiamento de automóveis
A taxa teve uma redução de 1,01%, passando de 1,99% ao mês (26,68% ao ano) em janeiro para 1,97% ao mês (26,38% ao ano) em fevereiro. É a menor taxa desde janeiro de 2015 (1,90% ao mês – 25,34% ao ano).
Empréstimo pessoal - financeiras
A taxa de juros subiu 0,81%, passando de 7,44% ao mês (136,59% ao ano) em janeiro para 7,50% ao mês (138,18% ao ano) em fevereiro. É a maior taxa desde novembro de 2017 (7,55% ao mês – 139,51% ao ano).
Pessoa jurídica
Das três linhas de crédito pesquisadas, uma foi reduzida no mês (desconto de duplicatas) e duas foram elevadas no mês (capital de giro e conta garantida).
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,48% no mês (0,59% em 12 meses) passando de 4,14% ao mês (62,71% ao ano) em janeiro para 4,16% ao mês (63,08% ao ano) em fevereiro. É a maior taxa de juros desde dezembro de 2017 (4,17% ao mês – 63,27% ao ano).
Taxa Selic x taxa de juros
Segundo a Anefac, no período de março de 2013 a fevereiro de 2018, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros Selic em 0,50 pontos percentuais (redução de 6,90%) de 7,25% ao ano em março de 2013 para 6,75% ao ano em fevereiro de 2018.
Neste período, a taxa de juros média para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 19,50 pontos percentuais (elevação de 44,75%) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 63,08% ao ano em fevereiro de 2018.
Para pessoa física, a taxa de juros média apresentou uma elevação de 45,73 pontos percentuais (elevação de 51,98%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 133,70% ao ano em fevereiro de 2018.
Perspectivas
Para a Anefac, tendo em vista a melhora do cenário econômico com menor risco de crédito e o fato das atuais taxas de juros das operações de crédito estarem elevadas, a tendência é que as taxas de juros sejam reduzidas nos próximos meses.
AGRICULTURA
IBGE. 08/03/2018. Em fevereiro, IBGE prevê safra 5,6% inferior à de 2017
A segunda estimativa de 2018 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 227,2 milhões de toneladas, 5,6% inferior à obtida em 2017 (240,6 milhões de toneladas), redução de 13,4 milhões de toneladas. Em relação à 1ª estimativa da safra 2018, divulgada em fevereiro (226,1 milhões de toneladas), a produção aumentou 0,5%. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,9% da produção e 86,8% da área a ser colhida.
Em relação a 2017, houve aumento de 2,5% na área da soja e reduções de 7,1% na área do milho e de 3,3% na área de arroz. Quanto à produção, devem ocorrer reduções de 1,6% para a soja, 13,5% para o milho e 5,7% para o arroz.
Estimativa de fevereiro para 2018
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227,2 milhões de toneladas
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Variação safra 2018 / safra 2017
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-5,6% (-13,4 milhões de toneladas)
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Variação safra 2018 / 1ª estimativa 2018
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+0,5% (+1,1 milhão de toneladas)
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Entre as regiões, a distribuição da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, em toneladas, foi: Centro-Oeste (98,6 milhões); Sul (79,7 milhões), Sudeste (22,0 milhões), Nordeste (18,5 milhões) e Norte (8,3 milhões). Em relação à safra passada, houve aumento de 3,6% no Nordeste e reduções de 6,9% no Centro-Oeste, de 5,1% no Sul, de 7,9% no Sudeste e de 6,3% no Norte.
Estimativa de fevereiro em relação à produção de 2017
Entre os trinta principais produtos, quinze apresentaram variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (12,1%), amendoim em casca 2ª safra (12,0%), aveia em grão (15,4%), cacau em amêndoa (0,6%), café em grão-arábica (17,1%), café em grão-canephora (7,0%), castanha-de-caju (10,4%), cevada em grão (29,9%), feijão em grão 2ª safra (8,7%), mamona em baga (29,9%), mandioca (1,2%), sorgo em grão (9,2%), tomate (1,9%), trigo em grão (44,3%) e triticale (38,7%).
Os quinze produtos com queda foram: amendoim em casca 1ª safra (-4,6%), arroz em casca (-5,7%), banana (-1,3%), batata-inglesa 1ª safra (-11,4%), batata-inglesa 2ª safra (-3,8%), batata-inglesa 3ª safra (-15,8%), cana-de-açúcar (-2,2%), feijão em grão 1ª safra (-0,7%), feijão em grão 3ª safra (-6,7%), fumo (-3,3%), laranja (-1,5%), milho em grão 1ª safra
(-14,9), milho em grão 2ª safra (-12,8%), soja em grão (-1,6%) e uva (-16,3%).
Estimativa de fevereiro em relação a janeiro de 2018
No LSPA de fevereiro destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, na comparação com janeiro: sorgo (7,3%), café canephora (2,9%), milho 2ª safra (0,7%), soja (0,6%), arroz (0,0), milho 1ª safra (-0,1%), algodão herbáceo (-0,6%), tomate (-1,2%), café arábica (-1,2%), feijão 3ª safra (-1,3%), feijão 2ª safra (-1,4%), feijão 1ª safra (-1,5%), cacau (-20,9%) e castanha-de-caju (-29,5%).
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A segunda estimativa da produção do algodão alcançou 4,3 milhões de toneladas, uma queda de 0,6% em relação ao mês de janeiro. O rendimento médio também está 0,6% menor, enquanto a área plantada sofreu uma redução de 0,1%. Essa redução foi influenciada pela estimativa de Goiás, pois houve redução de 7,5% em relação ao mês anterior e pela Bahia, que neste mês informou redução de 2,0% na estimativa de produção. Em Goiás, a área plantada também diminuiu 7,8%, com aumento de 0,3% no rendimento médio e, na Bahia, apesar da área plantada ter crescido 0,7%, o rendimento médio caiu 2,7%, o que está relacionado às expectativas quanto ao clima.
ARROZ (em casca) – A estimativa de produção de arroz em fevereiro foi de 11,7 milhões de toneladas, 2.449 toneladas a menos que a estimativa do mês anterior. A previsão para o rendimento médio não se alterou em relação ao mês de janeiro e à área plantada sofreu uma redução de apenas 381 hectares. Cabe ressaltar as variações nos estados do Paraná e Goiás. O Paraná reduziu sua expectativa de produção em 6,4%, puxada pela estimativa do rendimento médio que ficou 6,1% menor que a do mês anterior, visto que a previsão de área plantada ficou apenas 0,3% menor. Em Goiás, houve redução de 1,6% na área plantada. Entretanto, a expectativa de produção ficou 5,8% mais alta, com a previsão de aumento de 7,5% no rendimento médio.
CACAU (em amêndoa) - A estimativa da produção foi de 215,7 mil toneladas, uma redução de 20,9% em relação a 2017. Em fevereiro, a Bahia atualizou sua previsão para o cacau, com redução de 39,6% em relação a janeiro de 2018, quando os cálculos obedeceram à metodologia do LSPA, que considera as cinco últimas médias anuais de rendimento, eliminando-se os extremos, e a área do ano anterior. O estado não aguarda uma boa safra, tendo a Supervisão de Agropecuária do IBGE baiana relacionado como principais causas para a redução a irregularidade climática e o abandono e extinção de algumas lavouras.
CAFÉ (em grão) - A estimativa da produção de café foi de 3,2 milhões de toneladas, ou 53,0 milhões de sacas de 60 kg. Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,5 milhões de toneladas, ou 40,9 milhões de sacas de 60 kg, redução de 1,2% em relação ao mês anterior. Apesar do aumento de 1,3% no rendimento médio, a área a ser colhida apresenta redução de 2,4%. Em fevereiro, a Bahia ajustou sua estimativa para a produção de café arábica, reduzindo a área plantada e a área a ser colhida em 21,1% e 29,3%, respectivamente, enquanto o rendimento médio aumentou 5,7%. A produção foi estimada em 87,3 mil toneladas, ou 1,5 milhão de sacas de 60 kg, queda de 25,2% em relação a janeiro. Quanto ao café canephora, a produção estimada é foi de 728,9 mil toneladas, alta de 2,9% em relação a janeiro. As maiores variações no mês também foram na Bahia, com produção estimada em 97,2 mil toneladas, ou 1,6 milhão de sacas.
CASTANHA-DE-CAJU (amêndoa) - A estimativa de produção foi de 148,6 mil toneladas, redução de 29,5% em relação ao mês anterior. Com uma produção de 68,5 mil toneladas de amêndoa, o Ceará, atualizou a estimativa anterior, que foi calculada utilizando-se da metodologia do LSPA. O estado tem atravessado longo período de seca, sendo responsável por 46,1% da produção nacional de castanhas-de-caju. Outros importantes produtores são Rio Grande do Norte, com uma produção estimada de 33,9 mil toneladas e Piauí com 30,0 mil toneladas. A produção de castanha-de-caju está concentrada na região Nordeste, em áreas de clima tradicionalmente sujeito à ocorrência de seca, estando, portanto, a produção relacionada à quantidade e regularidade das chuvas ao longo do ano, particularmente nas épocas mais sensíveis das plantas, como na floração e frutificação.
FEIJÃO (em grão) – Com uma produção estimada em 3,3 milhões de toneladas, o feijão apresentou queda de 1,4% em relação ao mês anterior. A previsão para a 1ª safra foi reduzida em 1,5% na comparação com a estimativa de janeiro, com quedas na Bahia (-21,9%) e no Paraná (-3,0%). Em Pernambuco, porém, a estimativa cresceu 156,6% em relação a janeiro, por conta da expectativa positiva para o clima.
A 2ª safra de feijão foi estimada com redução de 1,4% frente à estimativa de janeiro. O declínio na expectativa de produção da 2ª safra de feijão deve-se, principalmente, à redução nos estados da Bahia (7,5%), Paraná (1,7%) e Goiás (10,7%), por conta do clima. Expectativas com relação à rentabilidade também servem de estímulos à tomada de decisão em relação ao plantio da safra das secas.
Em relação à 3ª safra, houve redução de 1,3% na produção em relação à estimativa anterior. Goiás foi o estado com maior influência nesse resultado, com queda de 3,7% na produção. Os maiores produtores desta safra são Minas Gerais (37,3%), Goiás (34,7%) e São Paulo (11,9%). Expectativas com relação à rentabilidade das lavouras também representam estímulos à tomada de decisão em relação ao plantio da safra irrigada.
MILHO (em grão) – A estimativa de produção do milho alcançou 86,1 milhões de toneladas, aumento de 0,4% em relação ao mês anterior. Para a 1ª safra, a produção estimada foi de 26,5 milhões de toneladas, queda de 0,1% em relação ao mês anterior. Paraná, Goiás, Bahia e Pará informaram reduções em suas estimativas de produção em relação a mês anterior.
Para a 2ª safra, a produção estimada foi de 59,7 milhões de toneladas, aumento de 0,7% em relação ao mês anterior. O crescimento da estimativa da produção do milho 2ª safra no mês se deve, principalmente, a Goiás, que aumentou em 4,7% sua estimativa de produção, totalizando 7,9 milhões de toneladas, por causa das expectativas positivas para o clima. Outro estado que aumentou sua estimativa de produção na 2ª safra foi o Paraná, prevendo crescimento de 0,6% e 12,4 milhões de toneladas de milho no período.
SOJA (em grão) – A estimativa para produção de soja é de 113,2 milhões de toneladas, aumento de 0,6% quando comparado com o mês anterior (112,4 milhões de toneladas). A área plantada aumentou 0,5%, alcançado 34,7 milhões de hectares. No caso do rendimento médio, o aumento foi de 0,2%. A colheita avançou nos principais estados produtores, porém encontra-se atrasada em relação a 2017. O excesso de chuvas tem dificultado os trabalhos no campo e consequentemente elevado os custos de produção, seja para controlar as doenças fúngicas ou pelo aumento no consumo dos combustíveis. Em compensação, em fevereiro, o preço da soja atingiu o maior patamar em um ano na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOLT). A falta de chuvas na Argentina desde novembro continua impulsionando os valores da oleaginosa no mercado internacional, assim como o atraso na colheita no Brasil devido ao excesso delas.
A maior alteração na produção este mês foi em Goiás, com crescimento de 6,8% graças ao reajuste no rendimento médio, que subiu 6,5% por causa do bom clima em fevereiro. Com isso, a estimativas de produção de soja no estado foi de 11,2 milhões de toneladas e se aproximou da safra recorde de 2017, que foi de 11,4 milhões de toneladas. A Bahia também atualizou suas estimativas, com crescimento de 11,4% na área plantada e redução de 10,7% no rendimento médio. Com isso a produção esperada é de 4,7 milhões de toneladas, 0,5% menor que a estimativa divulgada no mês anterior. No Paraná, ocorreram problemas climáticos, como excesso de chuvas e duas semanas de estiagem.
SORGO (em grão) – A estimativa da produção foi de 2,3 milhões de toneladas, alta de 7,3% em relação ao mês anterior. A área plantada e a área a ser colhida apresentaram crescimento de 2,7%, enquanto o rendimento médio aumentou 4,5%. Os dados foram impulsionados por Goiás, que estimou uma produção de 992,4 mil toneladas, aumento de 24,1% em relação ao mês anterior, devendo o rendimento médio alcançar 3 523 kg/ha, aumento de 23,3%. Goiás deve participar com 42,3% da produção nacional em 2018, sendo seguido por Minas Gerais, com 594,2 mil toneladas e participação de 25,3% no total.
TOMATE – Apesar da queda de 1,2% na produção de tomate em fevereiro, em relação a janeiro de 2018, a safra brasileira em 2018, de 4,5 milhões de toneladas deve atender satisfatoriamente ao consumo interno. Os maiores produtores são Goiás com 32,4% da produção nacional, São Paulo com 21,1%, Minas Gerais com 16,7%, Bahia com 4,5% e Santa Catarina com 4,4%.
Em fevereiro, previsão da safra para 2018 é 5,6% menor que a de 2017
A segunda estimativa da produção agrícola para 2018, referente a fevereiro, sofreu queda de 5,6% em relação à safra de 2017, representando uma redução de 13,4 milhões de toneladas. O resultado previsto no mês é de 227,2 milhões de toneladas. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado hoje pelo IBGE.
A queda foi puxada, principalmente, por reduções de 1,6% na safra de soja, 13,5% no milho e 5,7% na produção de arroz. Comparado a janeiro, a previsão de fevereiro apresentou variação de 0,5%, que em termos absolutos, representa 1,1 milhão de toneladas.
Apesar da queda em relação a 2017, o pesquisador do IBGE, Carlos Antônio Barradas, afirma que, em 2018, ainda se espera colher a segunda maior safra da série histórica, iniciada em 1975.
“Em 2017 tivemos um ano um tanto atípico, porque foi favorecido por ótimas condições climáticas. Foi o ano recorde da produção agrícola. Já em 2018, o clima não deve ajudar tanto. Mesmo assim, ainda são previstos bons resultados”, explica.
No prognóstico de fevereiro, o Mato Grosso continua liderando o ranking da produção nacional de grãos, com participação de 25,1%, seguido pelo Paraná (17,6%) e Rio Grande do Sul (14,6%), que juntos, respondem por 57,3% da safra.
Repórter: João Neto
Imagem: Pixabay
Arte: Marcelo Barroso
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20275-em-fevereiro-ibge-preve-safra-5-6-inferior-a-de-2017.html
CONAB. 08/03/2018. Brasil deverá colher 226 milhões de toneladas de grãos
A produção estimada da safra de grãos 2017/2018 deverá ter um aumento de 466,3 mil toneladas (0,2%) em relação ao levantamento realizado no mês passado, podendo chegar a 226 milhões de t. Em fevereiro, o número estimado era de 225,6 milhões de t. Os dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018, divulgado nesta quinta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O aumento é resultado do avanço da colheita de soja, principal cultura do país, que tem confirmado boas produtividades. Apesar disso, a safra atual deverá ficar aquém da que ocorreu em 2016/2017, em termos de produção, a maior de toda a história (237,7 milhões de t). O estudo indica que o recuo agora é de 4,9%. Mesmo assim, o país ainda deverá colher a segunda maior safra de todos os tempos.
Além da soja, outro produto que merece destaque é o milho. Essas duas culturas seguem na liderança. No caso da soja, a produção está estimada em 113 milhões de t, enquanto o milho deverá chegar a 87,3 milhões de t. Essa quantidade está distribuída entre a primeira (25,1 milhões de t) e segunda safras (62,2 milhões de t).
Há destaque também para o aumento da produção de algodão em pluma, que agora é estimada em 1,9 milhão de t, representando um aumento de 21,3% em relação à safra passada.
Área – Na área plantada, as estimativas apontam para um aumento de 0,3% em relação à safra anterior, atingindo 61 milhões de hectares. A soja deverá ter 1,1 milhão de hectares a mais do que no ano passado. Aliada ao algodão, ambas foram responsáveis pelo aumento, por serem culturas que apresentam maior rentabilidade e liquidez.
Com o término do plantio da segunda safra, a área de algodão teve novo incremento, respaldado pelas boas perspectivas na comercialização. A estimativa atual é de que a área brasileira deste produto supere 1,1 milhão de hectares, 21,8% maior do que a safra anterior, com incremento equivalente a 204,3 mil hectares.
DOCUMENTO: http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/18_03_08_09_04_35_grao_marco_2018.pdf
MTrabalho. MAPA. IBGE. CNA. PORTAL BRASIL. 07/03/2018. ECONOMIA E EMPREGO. Força do campo. Agro cria mais de 37 mil vagas de trabalho e se consolida como motor da economia
Setor fechou o ano passado como um dos principais empregadores no País
Diante da supersafra de 2017, o agronegócio se consolidou como um dos principais empregadores do País. Apenas no ano passado, o setor gerou mais de 37 mil novas vagas, o melhor resultado desde 2011. Para alcançar essa importância e impacto no mercado de trabalho, o produtor rural transformou o campo em muito mais que fazendas e, com tecnologia e pesquisa, tornou-se responsável por uma das maiores indústrias alimentícias do mundo.
“O produtor rural investiu em um pacote tecnológico avançado na safra 2016/2017 e foi coroado com um excelente clima, o que garantiu uma safra recorde de 238 milhões de toneladas”, afirmou o coordenador do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon. “Tudo isso mostrou a importância do setor agropecuário brasileiro para a sociedade e para a economia brasileira.”
Os números de emprego fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), uma publicação mensal do Ministério do Trabalho e que registra a evolução do emprego formal no País. O resultado consolidado do ano passado reforçou a posição da agropecuária como um dos principais motores da economia e do mercado de trabalho. Entre os ramos da agricultura, o que gerou mais empregos foi o cultivo de árvores frutíferas, que sozinho foi responsável por 20,6 mil postos.
PIB agropecuário
Esse cenário positivo no agronegócio gerou, ainda, impactos positivos no Produto Interno Bruto (PIB). O setor, no ano passado, foi um dos principais combustíveis para o crescimento da economia e, sozinho, avançou 13% frente a 2016. Esse desempenho levou a um incremento de quase R$ 300 bilhões no PIB brasileiro.
AVIAÇÃO
EMBRAER. PORTAL G1. 08/03/2018. Embraer tem lucro quase 36% maior em 2017. No quarto trimestre, contudo, lucro da fabricante de aeronaves caiu quase 82%, para R$ 117,2 milhões.
Por Taís Laporta, G1
A fabricante de aeronaves Embraer fechou o ano de 2017 com lucro líquido de R$ 795,8 milhões, uma alta de 35,94% em relação ao resultado do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (8).
No quarto trimestre de 2017, contudo, o lucro líquido da companhia caiu quase 82% em relação ao mesmo período de 2016, para R$ 117,2 milhões.
Excluindo impostos deferidos e itens especiais, o lucro líquido ajustado da Embraer foi de R$ 191,5 milhões, ante R$ 694,2 milhões no quarto trimestre de 2016. A receita líquida recuou para R$ 5,65 bilhões no trimestre, ante R$ 6,7 bilhões no quatro trimestre de 2016.
União com a Boeing
Sobre a possível aquisição da companhia pela Boeing, anunciada no ano passado, a fabricante de aeronaves informou em seu balanço que as negociações "continuam em andamento".
Segundo a Embraer, uma eventual estrutura estará sujeita à aprovação do governo brasileiro, dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e das duas companhias. "Não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar", informou a empresa.
A união entre as empresas pode criar uma gigante global de aviação, com forte atuação nos segmentos de longa distância e na aviação regional, e capaz de fazer frente a uma união similar entre as concorrentes Airbus e Bombardier.
Estimativa para 2018
A Embraer reafirmou suas estimativas para 2018, de entrega de 105 a 125 aviões executivos e entre 85 e 95 aviões comerciais. No balanço, a companhia informou esperar um nível de investimentos acima do normal, de US$ 550 milhões.
EMBRAER. REUTERS. 8 DE MARÇO DE 2018. Embraer não atingiu meta de lucro em 2017 devido a testes de voo com cargueiro militar KC-390
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de aeronaves brasileira Embraer não atingiu a meta de lucro do ano passado devido a custos adicionais inesperados com testes de voo do novo cargueiro militar KC-390, disse o vice-presidente financeiro José Filippo a jornalistas nesta quinta-feira.
Em novembro, a Embraer disse que interrompeu os voos do primeiro protótipo do KC-390, que deve entrar no serviço este ano, depois que um teste de stall levou o avião de transporte para além dos limites operacionais. Filippo disse que o avião retomou os testes.
Por Brad Haynes
DOCUMENTO: https://daflwcl3bnxyt.cloudfront.net/m/4ffe913f5c1149f9/original/Embraer-4Q17-Results-BR.pdf
ANAC. REUTERS. 7 DE MARÇO DE 2018. Senado aprova acordo de céus abertos entre Brasil e EUA
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta quarta-feira o acordo internacional entre o Brasil e os Estados Unidos sobre transportes aéreos, o chamado “Céus Abertos”, o que permitirá uma ampliação dos voos entre os dois países.
Aprovado de forma simbólica pelos senadores, o projeto de decreto legislativo que contém o acordo segue à promulgação. A Câmara dos Deputados já havia aprovado a proposta em dezembro de 2017.
A expectativa é que o tratado leve a um maior interesse da indústria aérea norte-americana pelo mercado brasileiro.
Assinado em 2011, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o acordo abrirá caminho para uma parceria entre a American Airlines Group e a Latam Airlines, maior companhia aérea da América Latina.
Além de eliminar os limites do número de voos entre os dois países, o tratado é requisito para o Departamento de Transportes dos EUA aprovar um acordo comercial comum entre a American Airlines e a Latam Airlines para expandir seu tráfego na região.
Defensores do acordo dizem que vai impulsionar viagens e reduzir as tarifas aéreas entre o Brasil e os Estados Unidos, destino favorito dos turistas brasileiros.
A American elogiou a decisão do Congresso, dizendo que defendia há tempos a aprovação de uma política de Céus Abertos entre os EUA e o Brasil
“Acordos de céus abertos provaram aumentar as opções de viagem e a concorrência, resultando em maior benefícios para os consumidores e impacto positivo no crescimento econômico”, disse o presidente da American, Doug Parker.
Além da Latam, a Gol, na qual a norte-americana Delta Airlines tem participação, apoia o acordo de céus abertos com os Estados Unidos, assim como a Avianca Brasil.
ENERGIA
PETROBRAS. REUTERS. 07/03/2018. Petrobras capta R$ 6,5 bilhões em crédito à exportação com BB. Empresa também liquidou notas de crédito de R$ 7,5 bilhões que venciam entre 2019 e 2021.
A Petrobras informou nesta quarta-feira (7) que assinou em 26 de fevereiro novo contrato para financiamento a exportações no valor de R$ 6,5 bilhões, com vencimento em 2024.
Segundo uma nota divulgada ao mercado, a Petrobras informou ainda que simultaneamente liquidou antecipadamente notas de crédito à exportação (NCEs) emitidas em favor do BB, cujo saldo devedor (principal) somava R$ 7,5 bilhões. Os contratos liquidados venciam entre 2019 e 2021.
A petroleira vem realizando um amplo trabalho em busca de melhorar o perfil da dívida, a maior do setor no mundo, reduzindo custos e alongando valores devidos no mercado.
A Petrobras prevê reduzir sua dívida líquida para US$ 77 bilhões até o fim deste ano, volume 12,6% menor que a registrada no terceiro trimestre de 2017, disse a petroleira em fevereiro.
A estatal afirmou ainda que as obrigações financeiras e não financeiras do novo contrato entre Petrobras e o BB estão de acordo com as práticas adotadas no mercado e nos demais contratos de dívida da estatal, e a precificação está em linha com o custo médio da dívida da companhia.
PETROBRAS. REUTERS. 8 DE MARÇO DE 2018. Petrobras contrata linha de crédito de US$4,35 bi com sindicato de 17 bancos
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que assinou, com um sindicato de 17 bancos, uma linha de crédito compromissada no valor de 4,35 bilhões de dólares, com vencimento em março de 2023, em operação que poderá ajudar a empresa a reduziu o custo e o tamanho de seu endividamento.
“Esse contrato cria mais uma alternativa de disponibilização de recursos para a companhia utilizar conforme sua necessidade. Dessa forma, a Petrobras poderá usar seu caixa para liquidação antecipada de dívidas já existentes, propiciando a redução do custo de carregamento da dívida”, disse a empresa.
Na véspera, a estatal anunciou a assinatura de um novo contrato com o Banco do Brasil para financiamento a exportações no valor de 6,5 bilhões de reais, com vencimento em 2024, ao mesmo tempo em que liquidou antecipadamente notas de crédito à exportação (NCEs) emitidas em favor do BB, cujo saldo devedor (principal) somava 7,5 bilhões de reais.
A petroleira vem realizando um amplo trabalho em busca de melhorar o perfil da dívida, a maior do setor no mundo, reduzindo custos e alongando valores devidos no mercado.
Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira, a estatal disse que poderá efetuar saques da linha assinada com o sindicato de bancos até o mês anterior ao vencimento. Os bancos líderes da operação (“joint bookrunner”) são BNP Paribas, Citibank, Credit Agricole e Mizuho Bank.
O produto está sendo utilizado de forma inaugural pela Petrobras e terá um custo de 0,51 por cento ao ano pela manutenção do limite junto aos bancos. Em caso de saque, o custo varia conforme a avaliação de crédito da empresa pelas agências de classificação de risco.
Se na data do saque a Petrobras tiver grau de investimento, o custo será Libor de 6 meses mais uma taxa fixa de 1,3 por cento ao ano; se for grau especulativo, o custo sobe para Libor de 6 meses mais uma taxa 1,7 por cento.
Por José Roberto Gomes e Roberto Samora
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