US ECONOMICS
DoS. January 30, 2018. Assistant Secretary Christopher A. Ford Travels to Canada
Washington, DC - Assistant Secretary for International Security and Nonproliferation Christopher A. Ford travels to Ottawa, Canada, January 30-31, to participate in the G7 Nonproliferation Directors Group (NPDG) meeting and in joint sessions with the G7 Nuclear Safety and Security Group (NSSG) and the Global Partnership Against Weapons and Materials of Mass Destruction (GP). While there he will discuss a range of nonproliferation issues.
DoC. USITC. 01/30/2018. U.S. Department of Commerce Issues Affirmative Preliminary Antidumping Duty Determinations on Low Melt Polyester Staple Fiber from Korea and Taiwan
Today, U.S. Secretary of Commerce Wilbur Ross announced the affirmative preliminary determinations in the antidumping duty (AD) investigations of imports of low melt polyester staple fiber from Korea and Taiwan.
“Today’s decision allows U.S. producers of low melt polyester staple fiber to receive relief from the market-distorting effects of foreign producers dumping their goods into the domestic market,” said Secretary Ross. “Though politics plays no role in antidumping investigations, President Trump made it clear that we will vigorously enforce our trade laws and provide U.S. industry relief from unfair trade practices.”
The Commerce Department preliminarily determined that exporters from Korea and Taiwan have sold low melt polyester staple fiber in the United States at 0.00 to 16.48 percent and 52.00 percent less than fair value, respectively.
As a result of today’s decision, Commerce will instruct U.S. Customs and Border Protection (CBP) to collect cash deposits from importers of imports of low melt polyester staple fiber from Korea and Taiwan based on these preliminary rates.
In 2016, imports of low melt polyester staple fiber from Korea and Taiwan were valued at an estimated $76.6 million and $26.8 million, respectively.
The petitioner is Nan Ya Plastics Corporation, America (SC).
Enforcement of U.S. trade law is a prime focus of the Trump administration.
Through the first year of the Trump Administration, the Department of Commerce initiated 84 AD and CVD cases – a 58 percent increase when compared to the final year of the Obama Administration.
The AD law provides U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to seek relief from the harmful effects of unfair pricing of imports into the United States. Commerce currently maintains 412 antidumping and countervailing duty orders which provide relief to American companies and industries impacted by unfair trade.
Commerce is scheduled to announce the final determinations in these investigations on or about June 8, 2018. If Commerce makes affirmative final determinations of dumping and the U.S. International Trade Commission (ITC) makes affirmative final injury determinations, Commerce will issue AD orders. If Commerce makes negative final determinations of dumping or the ITC makes negative final determinations of injury, the investigations will be terminated and no orders will be issued.
The U.S. Department of Commerce’s Enforcement and Compliance unit within the International Trade Administration is responsible for vigorously enforcing U.S. trade laws and does so through an impartial, transparent process that abides by international law and is based solely on factual evidence.
Foreign companies that price their products in the U.S. market below the cost of production or below prices in their home markets are subject to antidumping duties.
Fact sheet: https://enforcement.trade.gov/download/factsheets/factsheet-multiple-low-melt-polyester-staple-fiber-ad-prelim-012918.pdf
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
IBGE. 30/01/2018. Índice de Preços ao Produtor varia 0,46% em dezembro e fecha 2017 em 4,18%
Na passagem de novembro para dezembro/2017, os preços da indústria geral variaram, em média, 0,46%, número inferior à variação observada entre outubro e novembro de 2017 (1,40%). Nessa mesma comparação, 16 das 24 atividades industriais tiveram alta nos preços. No ano e nos últimos doze meses, os preços da indústria acumulam alta de 4,18%.
Entre novembro e dezembro de 2016, o IPP havia subido 1,29%.
Período
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Taxa
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Dezembro/2017
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0,46%
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Novembro/2017
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1,40%
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Dezembro/2016
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1,29%
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Acumulado no ano / 12 meses
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4,18%
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Em dezembro, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral), variaram, em média, 0,46% quando comparados a novembro, percentual inferior ao observado na comparação entre novembro e outubro/2017(1,40%). No mês, 16 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 20 em novembro.
| Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses | |||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Indústria Geral e Seções | Variações (%) | ||||||||
| M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
| OUT/17 | NOV/17 | DEZ/17 | OUT/17 | NOV/17 | DEZ/17 | OUT/17 | NOV/17 | DEZ/17 | |
| Indústria Geral | 1,80 | 1,40 | 0,46 | 2,27 | 3,71 | 4,18 | 4,42 | 5,04 | 4,18 |
| B - Indústrias Extrativas | 9,41 | -3,20 | 4,59 | 10,17 | 6,65 | 11,54 | 34,66 | 27,55 | 11,54 |
| C - Indústrias de Transformação | 1,51 | 1,59 | 0,30 | 1,97 | 3,60 | 3,91 | 3,47 | 4,33 | 3,91 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | |||||||||
As quatro maiores variações observadas em dezembro/2017 se deram entre os produtos nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (4,59%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,44%), madeira (1,38%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,24%).
Em termos de influência, na comparação entre dezembro e novembro/2017 (0,46%), sobressaíram indústrias extrativas (0,17 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,09 p.p.), metalurgia (0,06 p.p.) e outros produtos químicos (0,05 p.p.).
O indicador acumulado no ano (dezembro/2017 contra dezembro de 2016) atingiu 4,18%, contra 3,71% em novembro/2017. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais sobressaíram: refino de petróleo e produtos de álcool (18,69%), metalurgia (13,41%), papel e celulose (11,66%) e indústrias extrativas (11,54%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,88 p.p.), alimentos (-1,56 p.p.), metalurgia (0,99 p.p.) e outros produtos químicos (0,85 p.p.).
Entre as grandes categorias econômicas, em dezembro, a variação de preços de 0,46% frente a novembro repercutiu da seguinte maneira: 0,80% em bens de capital; 0,74% em bens intermediários; e -0,08% em bens de consumo, sendo que 0,29% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,20% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Já a influência das grandes categorias econômicas foi a seguinte: 0,07 p.p. de bens de capital, 0,42 p.p. de bens intermediários e -0,03 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,05 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,02 p.p. nos bens de consumo duráveis.
| Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses | |||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Indústria Geral e Seções | Variações (%) | ||||||||
| M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
| OUT/17 | NOV/17 | DEZ/17 | OUT/17 | NOV/17 | DEZ/17 | OUT/17 | NOV/17 | DEZ/17 | |
| Indústria Geral | 1,80 | 1,40 | 0,46 | 2,27 | 3,71 | 4,18 | 4,42 | 5,04 | 4,18 |
| Bens de Capital (BK) | 1,09 | 1,41 | 0,80 | 1,99 | 3,43 | 4,26 | 3,61 | 3,49 | 4,26 |
| Bens Intermediários (BI) | 2,71 | 1,86 | 0,74 | 3,82 | 5,75 | 6,53 | 6,48 | 7,79 | 6,53 |
| Bens de consumo(BC) | 0,51 | 0,66 | -0,08 | -0,07 | 0,60 | 0,51 | 1,42 | 1,20 | 0,51 |
| Bens de consumo duráveis (BCD) | 0,09 | 0,15 | 0,29 | 3,88 | 4,04 | 4,34 | 4,86 | 4,64 | 4,34 |
| Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) | 0,65 | 0,82 | -0,20 | -1,25 | -0,43 | -0,63 | 0,39 | 0,17 | -0,63 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | |||||||||
No acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as grandes categorias econômicas tiveram variações de: 4,26% em bens de capital (com influência de 0,36 p.p.), 6,53% em bens intermediários (3,64 p.p.) e 0,51% em bens de consumo (0,18 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,36 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e -0,17 p.p. pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Tiveram destaque nos resultados, os seguintes setores:
Indústrias extrativas: em dezembro, os preços da atividade avançaram 4,59%, em relação a novembro, sendo a maior variação mensal observada entre as atividades da indústria geral. Com este resultado, o indicador acumulado do ano das indústrias extrativas chegou a 11,54%. Na variação mensal (M/M-1), as atividades extrativas apresentaram a principal influência observada para a indústria geral: 0,17 p.p. em 0,46%.
Todos os produtos analisados na atividade apresentaram variação positiva em relação ao mês anterior, com destaque para os “minérios de ferro”. No indicador acumulado do ano, o destaque foi para os preços dos “minérios de cobre”.
Alimentos: em dezembro, a variação média de preços do setor foi de -0,19%, a nona taxa negativa no ano, que acontece depois de duas positivas consecutivas (de outubro, 0,89%, e de novembro, 0,35%). Com o resultado de dezembro, pela primeira vez na série histórica que começa em dezembro de 2010, a variação observada no ano foi negativa (-7,29%).
Apesar da queda do preço de “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, outros produtos que usam o leite como matéria-prima, como “sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis” e “iogurte”, tiveram destaque como variações positivas de preços. No caso de “sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis”, a entrada do verão, período de maior consumo, explica em parte esse aumento. Há uma informação generalizada entre as empresas produtoras de “iogurtes” de uma maior demanda pelo produto. Entre os produtos de maior influência, ao lado do “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, aparece, com sinal igualmente negativo, “açúcar refinado de cana” e, com sinal positivo, “carnes de bovinos frescas ou resfriadas” e “açúcar cristal”. Os quatro produtos tiveram influência conjunta de -0,03 p.p., em -0,19%, ou seja, -0,16 p.p. é a influência conjunto dos outros 39 produtos.
Em relação ao resultado anual dos alimentos (-7,29%), as contribuições negativas destacadas devem-se aos produtos “açúcar cristal”, “óleo de soja refinado” e “arroz descascado branqueado, parboilizado ou não” e a positiva se deve a “sucos concentrados de laranja”. Boas safras da cana-de-açúcar, da soja e do arroz estão na base das variações negativas observadas.
Em alguns casos, a produção maior se deu não só no Brasil, mas em outros países produtores (como é o caso da soja, com volume expressivos na Argentina e nos Estados Unidos). O mesmo acontece com o açúcar cristal, ainda que nos demais países a fonte de sua produção não seja a cana-de-açúcar.
No caso de "sucos concentrados de laranja", a depreciação do real nos últimos meses (5,0% no último trimestre, apesar de, na comparação dezembro 2017/dezembro de 2016, o real ainda acumular uma apreciação de aproximadamente 2,0%)está na base do aumento de preços no ano.
Refino de petróleo e produtos de álcool: a variação média dos preços do setor, em dezembro, foi de 0,82%, depois de ter sido de 5,89% em novembro. Esta taxa de dezembro é a menor positiva observada num ano em que sete taxas foram positivas e cinco, negativas. Com o resultado de dezembro, a taxa acumulada no ano atingiu o maior patamar da série, 18,69%. Até então o pico da taxa de fechamento do ano estava em dezembro de 2013, 7,03%.
As quatro maiores influências (“álcool etílico (anidro ou hidratado)”, “GLP”, “naftas” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis”)somaram 0,45 p.p. (em 0,82%), sendo que apenas uma foi negativa, justamente a devida à variação de preços de “óleo diesel e outros óleos combustíveis”, por sinal, o produto de maior peso no cálculo setorial (mais de 50%). Na visão de mais longo prazo, observa-se que os produtos derivados de petróleo são os de maior influência, todos com variações positivas.
Outros produtos químicos: os preços do setor variaram, em média, 0,53%, oitava variação positiva de preços da atividade no ano e quarta seguida, fazendo com que o patamar de preços no ano ficasse em 9,19%. Mesmo com esta elevação, o nível ainda se encontra abaixo daquele alcançado em 2015.
Estes resultados também devem ser vistos à luz de uma pressão de alta internacional nos preços dos produtos químicos e de seus insumos. Produtos como o “amoníaco”, utilizado como principal insumo para a obtenção dos fertilizantes nitrogenados, têm apresentado elevação de preços nos últimos meses (inclusive é um dos destaques de variação positiva ao longo do ano), o que explica em parte os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes a base de NPK”, maior influência na análise de longo prazo.
Entre os destaques, em termos de influência, em dezembro frente a novembro, aparecem dois produtos com resultados positivos e dois com resultados negativos. No campo dos resultados positivos sobressaem “etileno não saturado” e “herbicidas para uso na agricultura” e, na região das variações negativas de preços, “borracha de estireno-butadieno” e “sulfato de amônio ou ureia”. Esses quatro produtos tiveram uma influência de 0,46 p.p. nos 0,53% de variação no mês.
No acumulado no ano, dos quatro produtos que mais influenciaram os resultados (todos com valores positivos), três são os de maior peso na atividade: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, em torno de 20%, “etileno não saturado”, com 15% e “polipropileno” com cerca de 9%.
Metalurgia: ao comparar os preços de dezembro contra novembro, houve uma variação de 0,74%, nono resultado positivo no ano, o que resultou em uma alta de 13,41% em 2017. Para as variações de mais longo prazo, os resultados representaram a segunda maior variação da indústria geral (indústrias extrativas e de transformação).
Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês anterior, todos apresentaram resultados positivos; são eles: “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, “folhas-de-flandres” e “lingotes, blocos, tarugos, ou placas de aços ao carbono”. Estes quatro produtos representaram 0,67 p.p. da variação no mês, ou seja, 0,07 p.p. é a influência dos demais 18 produtos.
Considerando as principais influências na análise de acumulado no ano, todos os resultados foram positivos, e os produtos em destaque são também os de maior peso na atividade.
O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais não ferrosos (cobre e alumínio), os quais, por sua vez, apesar de apresentarem comportamentos diferentes, alcançaram os resultados mais positivos da série neste dezembro. O primeiro grupo, ligado ao setor siderúrgico, é afetado pelo excedente de capacidade de aço no mundo (apesar dos cortes de produção na China, mas com aumento de preços), e pela flutuação dos valores do minério de ferro, produto este que tem conseguido uma recuperação de preços no segundo semestre do ano. Em relação ao segundo grupo – materiais não ferrosos – os preços costumam apresentar seus resultados ligados às cotações das bolsas internacionais.
Safra causa queda inédita nos preços da indústria alimentícia em 2017
Impulsionada pela safra recorde da agricultura brasileira, a indústria de alimentos teve a primeira queda nos preços em um ano (-7,29%) desde 2010, quando começou a série histórica do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje pelo IBGE. As boas colheitas de soja, cana-de-açúcar e arroz foram algumas das responsáveis por esse resultado, que foi a principal influência negativa na taxa de 2017, de 4,18%. Na comparação entre dezembro e novembro, a variação foi de 0,46%.
“O setor alimentício é o que mais pesa nesse índice e fez com que a categoria de bens de consumos não duráveis tivesse resultado negativo (-0,63% no ano), inclusive”, explica o analista do IBGE Manuel Campos. “Foi o setor com maior queda em 2017, seguido do vestuário (-5,0%)”.

Se por um lado os alimentos pressionaram os preços para baixo no ano, por outro, a alta nos derivados de petróleo impulsionou o resultado geral. “Entre os índices positivos, o petróleo teve grande variação, o setor químico também, assim como o extrativo e o metalúrgico”, analisou Campos.
Em relação aos números de dezembro, os maiores responsáveis pela alta de 0,46% frente a novembro também foram o setor extrativo e o de refino, assim como o metalúrgico e o químico. Assim como em todo 2017, o setor alimentar teve baixa relevante no mês (-0,19%).
“Como contrapartida, o setor extrativo cresceu 4,59% em um só mês. É um setor que varia muito durante o ano. O setor de refino também teve alta (0,82%), puxado pelo álcool, gás natural veicular e nafta. Esse movimento foi acompanhado pelo setor químico, que teve variação relevante (0,53%), assim como o metalúrgico (0,74%)”, conclui.
Repórter: Rodrigo Paradella
Imagem: Pxhere
Arte: Marcelo Barroso
DOCUMENTO: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/19746-indice-de-precos-ao-produtor-varia-0-46-em-dezembro-e-fecha-2017-em-4-18.html
PORTAL G1. 30/01/2018. PRIVATIZAÇÕES 2018. União, estados e capitais somam mais de 230 projetos de privatização no Brasil. Levantamento do G1 lista projetos do governo federal, de 14 estados e DF, e de 8 capitais oferecidos à iniciativa privada; venda de ativos é um dos caminhos para aumentar receitas em meio à crise fiscal.
Por Darlan Alvarenga, G1*
A crise fiscal no Brasil colocou o tema privatização de volta na agenda política e econômica. Levantamento do G1 identificou que governo federal, estados e capitais pretendem repassar ao menos 238 projetos à iniciativa privada.
A venda ou concessão de ativos é uma das alternativas para obter recursos extras para reduzir os rombos das contas públicas e aumentar o volume de investimentos. A maioria dos projetos, no entanto, está em fase inicial e não há garantias de que os governantes vão conseguir concretizar as vendas ou tirar os empreendimentos do papel (leia mais abaixo).
O maior negócio à venda é a Eletrobras. Mas há também outras estatais, além de bens e empreendimentos de governos estaduais e prefeituras. A lista de 238 projetos inclui privatizações, concessões, PPPs (parceria público-privadas), arrendamentos, prorrogações de contratos em vigor e outras modalidades de transferência do controle ou gestão para a iniciativa privada.
Somente o governo federal prevê concluir 75 projetos este ano, com estimativa de R$ 132,7 bilhões em investimentos e de arrecadação de ao menos R$ 28,5 bilhões aos cofres públicos. Além da venda da Eletrobras, há planos para se desfazer também da Casa da Moeda, Lotex e projetos de concessões de aeroportos, rodovias, portos e ferrovias.
Veja a lista completa de projetos federais, estaduais e municipais à venda: http://especiais.g1.globo.com/economia/2018/mapa-das-privatizacoes/
Os estados são os maiores vendedores. Há 104 projetos de privatização conduzidos por 14 estados e Distrito Federal, de acordo com o levantamento do G1. A maioria será licitada via concessão ou PPP, mas também está prevista a venda de estatais como Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) e fatias do banco Banrisul (RS), da Codemig (MG) e da Potigás (RN).
Entre as capitais, há 59 projetos de 8 prefeituras, com destaque para projetos de iluminação pública em 7 capitais, além da privatização do Anhembi, em São Paulo; a concessão dos estádios Lindolfo Monteiro, em Teresina, e do Pacaembu (SP); e a venda de terrenos públicos em Salvador.
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Estádios, autódromos e até escolas
Os setores de transporte ou infraestrutura representam cerca de metade dos projetos. Só de rodovias são mais de 6 mil quilômetros de estradas que podem ser transferidos à iniciativa privada, entre projetos novos e relicitações.
No setor aéreo, estão previstas as concessões de 17 aeroportos, além da alienação da participação da Infraero nas concessões dos aeroportos do Galeão, Guarulhos, Brasília e Confins.
A lista reúne também empreendimentos de áreas como mineração, turismo e até administração de serviços funerários, parques e mercados municipais.
Há também projetos para construção de 128 escolas em Minas Gerais e para a conclusão de obras paradas há anos, como a do Acquario do Ceará.
Veja outros destaques do pacote de privatizações:
- 6 estádios: Arena Castelão (CE), Arena Pantanal (MT), Mané Garrincha (Brasília), Pacaembu (SP), e estádio Lindolfo Monteiro e Albertão (PI);
- 3 autódromos: privatização de Interlagos, concessão do autódromo de Brasília e construção de novo autódromo no Rio de Janeiro;
- 7 projetos de metrô, trem ou VLT: PPP de VLT de Salvador, Fortaleza e Teresina; PPP para trens de passageiros na Região Metropolitana de Belo Horizonte; e concessões em São Paulo para a Linha 5-Lilás (metrô), Linha 15-Prata e Linha 17-Ouro (monotrilho).
Reforço de caixa e de investimentos
O grande número de projetos oferecidos ao setor privado reflete a busca por reforço de caixa pelos chefes de governo em tempos de crise fiscal e rombo nas contas públicas.
- No Rio de Janeiro, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) esperava arrecadar R$ 3,5 bilhões com a privatização da Cedae.
- No Rio Grande do Sul, o governo espera levantar ao menos R$ 2,2 bilhões nos cofres públicos com as privatizações da CEEE, CRM e Sulgás.
- Em São Paulo, só com a venda do Autódromo de Interlagos, a Prefeitura pretende arrecadar mais de R$ 5 bilhões.
- No Rio Grande do Norte, a crise financeira e o atraso de salários de servidores levaram o governo a colocar à venda uma participação acionária na distribuidora de gás Potigás e em diversos imóveis.
No caso dos projetos federais, o governo conta com os leilões para cumprir a meta fiscal de 2018, que prevê um rombo de até R$ 159 bilhões. Dos 75 projetos, 15 envolvem a venda de estatais ou de participação acionária, mas em diversas concessões também está previsto o pagamento de outorga ou bônus, dinheiro que vai para os cofres públicos.
Apenas 9 tiveram sua previsão de arrecadação divulgada - a soma é de R$ 28,5 bilhões. Somente com a privatização da Eletrobras, o governo estima levantar ao menos R$ 12,2 bilhões.
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O secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Santos de Vasconcelos, afirma, entretanto, que, mais do que receitas extras, o objetivo do programa é atrair investimentos e garantir a sustentabilidade de estatais que hoje dependem de aportes de recursos do Tesouro.
Alavanca para investimentos
Somente nos estados de BA, DF, MT, PI, RO e RS os projetos anunciados somam cerca de R$ 25 bilhões de investimentos previstos, de acordo com os governos estaduais. Nos demais estados e municípios não foi divulgada uma previsão oficial de investimentos.
O estado do Piauí é o que possui o maior número de projetos regionais: 23. As 3 PPPs já em andamento representam investimentos de R$ 1,8 bilhão. A capital Teresina também se destaca com 12 projetos de PPPs em curso.
No Distrito Federal, os projetos somam investimentos previstos de mais de R$ 9 bilhões. Com as parcerias, o Palácio do Buriti tentará também “se livrar” da operação de estruturas que, hoje, geram mais custo que receita – caso do estádio Mané Garrincha e do parque de exposições Granja do Torto.
187 projetos em fase inicial
Apesar dos governos contarem com a realização de boa parte das licitações ainda neste ano, 187 projetos ainda estão em fase inicial. Ou seja, ainda estão em estudo ou na fase que define o modelo do negócio e ainda não passaram por audiências públicas e pelo crivo dos tribunais de contas. Dos 237, mais de 120 não têm sequer ainda previsão de data do leilão ou da licitação.
A avaliação dos analistas de mercado é que as incertezas em torno das eleições de 2018 devem trazer um desafio adicional para tirar os projetos do papel ainda neste ano.
Histórico das privatizações
O Plano Nacional de Desestatização (PND) foi lançado em 1990 e a primeira grande venda foi a da Usiminas em 1991. Embora o auge das privatizações tenha ocorrido na década de 90, com as vendas de empresas como Vale, Banespa e do sistema Telebrás, o processo continuou na década seguintes com as vendas do BEM (Banco do Estado do Maranhão) e o BEC (do Ceará), além de concessões de rodovias e linhas de transmissão de energia.
Em 2007 e 2008, foram realizados os leilões das hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, respectivamente. Em 2012, aconteceram os primeiros leilões de aeroportos.
Dos projetos que hoje fazem parte do pacote de privatizações do governo federal, muitos já constavam do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado em 2012 pelo governo de Dilma Rousseff.
No governo Temer, a primeira privatização ocorreu em novembro de 2016, com a venda da Celg-D, distribuidora que atende ao estado de Goiás. No ano passado, também foram retomados os leilões de óleo e gás e concedidos para a iniciativa privada mais 4 aeroportos.
Veja os estados com projetos de privatização:
- Alagoas: 2 projetos
- Bahia: 7 projetos
- Ceará: 14 projetos
- Distrito Federal: 13 projetos
- Espírito Santo: 4 projetos
- Goiás: 5 projetos
- Mato Grosso: 6 projetos
- Mato Grosso do Sul: 3 projetos
- Minas Gerais: 13 projetos
- Piauí: 22 estaduais e 12 municipais
- Rio Grande do Norte: 6 projetos
- Rio Grande do Sul: 7 estaduais e 12 municipais
- Rio de Janeiro: 7 projetos
- Rondônia: 7 projetos
- Roraima: 2 projetos
- Santa Catarina: 4 projetos
- São Paulo: 4 estaduais e 13 municipais
*Colaboraram Alan Chaves, André Souza, Anderson Viegas, Daniel Silveira, Derek Gustavo, Fernanda Zauli, Gabriel Barreira, Gabriel Gonçalves, Gilcilene Araújo, Hosana Morais, Henrique Mendes, Igor Jácome, Janaína Lopes, Joana Caldas, Jonatas Boni, Juliene Katayama, Lucas Marreiros, Maria Romero, Mateus Rodrigues, Naiara Arpini, Paula Resende, Pollyana Araújo, Rafaela Ribeiro, Rafaella Fraga, Tahiane Stochero, Thaís Pimentel, Toni Francis e Verônica Prado
DOCUMENTO: https://g1.globo.com/economia/noticia/uniao-estados-e-capitais-somam-mais-de-230-projetos-de-privatizacao-no-brasil.ghtml
Foco das privatizações deve ser eficiência e não solução de caixa, dizem economistas. Governos federais, estaduais e municipais têm ao menos 238 projetos para oferecer à iniciativa privada, mostra levantamento do G1; para economistas, privatização deve trazer mais investimentos.
Com os governos em crise, as privatizações são necessárias para acelerar a retomada do investimento na economia brasileira, avaliam especialistas consultados pelo G1. Eles alertam, no entanto, que a escolha de projetos não deve considerar apenas as receitas extras, mas também uma melhora na eficiência das estatais e dos serviços prestados à população.
Levantamento do G1 mostra que há ao menos 238 projetos em desenvolvimento pelos governos federal, estaduais e capitais no Brasil. O objetivo é obter recursos para fechar as contas públicas e atrair investimentos privados.
"Os projetos precisam ser pautados pela busca da maximização da eficiência e não como uma alternativa para solução de caixa de curto prazo", disse Rodrigo Reis, sócio fundador do Radar PPP, empresa que monitora os negócios entre governos e iniciativa privada.
Para ele, os projetos de concessão e PPP (parceria público-privada) exigem planejamento e visão de longo prazo. "É comum políticos se declararem favoráveis a projetos com o argumento de falta de recursos. Contudo, as PPPs e algumas concessões podem introduzir compromissos fiscais aos governos muito semelhantes ao dos contratos públicos tradicionais", observa.
Mais investimentos
Para o economista Cláudio Frischtak, sócio da Inter.B Consultoria, tanto as privatizações quanto as concessões são necessárias para garantir a retomada do nível de investimentos e desafogar a necessidade de aportes públicos nos caixas de estatais.
Levantamento da Inter.B mostra que o volume de investimentos em infraestrutura no país caiu 26% em 2017 na comparação com 2016, para R$ 90,38 bilhões, ou o equivalente a 1,37% do PIB – o pior patamar das últimas 5 décadas. Até 2015, o índice se manteve acima de 2%.
A avaliação de Frischtak é que os leilões já realizados e os em elaboração ajudarão a recuperar o nível de investimentos no país já a partir deste ano. A previsão é que o montante alcance R$ 101,5 bilhões. "Se tiver modelo consistente, regulação previsível e projetos de boa qualidade, poderemos checar a 4% do PIB daqui a 3, 4 anos", avalia.
Dificuldade de tirar projetos do papel
Dados do Radar PPP mostram que prefeituras, governos estaduais e União bateram recorde de projetos lançados em 2017, com 340 tentativas de tirar concessões ou PPPs do papel. Desse total, entretanto, apenas 3 resultaram em contratos assinados. Em 2016 a taxa de êxito foi melhor, com 13 contratos em um universo de 181 projetos anunciados.
Apesar da dificuldade dos governos de tirar os projetos do papel em ano de eleições, a expectativa é de novo recorde de projetos em 2018. "Chegamos ao número de 103 contratos de assinados no Brasil [desde 2004] e há um aumento relevante e crescente da participação dos municípios brasileiros", destaca Reis.
Entre os segmentos com maior potencial de crescimento, ele cita iluminação pública, saneamento e resíduos sólidos.
"O processo de privatização não tem mais volta. O governo não tem mais condições de tirar recursos do caixa para investir em infraestrutura. E não podemos mais ter empresas estatais dependentes do Orçamento", resume o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Santos de Vasconcelos.
442 estatais no país
O número de estatais no Brasil é acima da média mundial. Levantamento divulgado no ano passado pelo Observatório das Estatais da FGV, coordenado por Márcio Holland, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, identificou 442 estatais no país, sendo 149 sob controle da União. Desse total, 101 são subsidiárias e 95 são controladas por Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. Nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a média é de 50 estatais.
O ex-secretário cita como exemplo de estatais deficitárias os Correios, as instituições financeiras de fomento e bancos estaduais como Banrisul, BDMG, Banpará e Badesul.
Estudo da Secretaria do Tesouro Nacional mostra que as estatais geraram mais custos do que retorno para a União nos últimos 5 anos. Segundo o documento, as empresas da União custaram R$ 122,31 bilhões ao governo entre 2012 e 2016, ao mesmo tempo em que geraram um retorno de R$ 89,35 bilhões neste mesmo período.
Outro estudo, da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal, mostrou que somente 18 estatais dependentes do orçamento da União custaram R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional nos últimos 2 anos.
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Revisão de modelos
Holland ressalta que as privatizações ainda esbarram em modelos e estudos fracos para conseguir sair do papel. "Acho que o governo Temer colocou mal a questão em meados de 2017, pois anunciou privatizações sem apresentar o modelo e estudos qualificados de seus impactos", afirma.
O economista defende uma reedição do Programa Nacional de Desestatização (PND), com maior participação de órgãos controladores como Tribunal de Contas da União (TCU) e tribunais de contas estaduais para a definição das empresas passíveis de serem repassadas para a iniciativa privada e do modelo de privatização mais adequado para cada ativo.
"A história das estatais no Brasil é de sucessivos abusos do poder controlador. É fundamental que o assunto [privatização] retorne à agenda de política econômica, mas precisa vir mais qualificado, com anúncio de programa e sua governança", resume.
FGV. IBRE. 30-Jan-2018. Índices Gerais de Preços. IGP-M. IGP-M recua em janeiro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,76%, em janeiro. Em dezembro, o índice variou 0,89%. Em janeiro de 2017, a variação foi de 0,64%. Em 12 meses o IGP-M registrou taxa de -0,41%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 0,91%. No mês anterior, a taxa foi de 1,24%. O índice relativo aos Bens Finais variou 0,64%, em janeiro. Em dezembro, este grupo de produtos mostrou variação de 0,48%. Contribuiu para esta aceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -1,87% para 3,21%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,13%. Em dezembro, a taxa foi de 0,42%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 1,05%. Em dezembro, a taxa foi de 1,01%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção,cuja taxa de variação passou de 1,47% para 2,54%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,81%, ante 0,93%, em dezembro.
No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou 1,08%, em janeiro. Em dezembro, o índice registrou variação de 2,50%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (1,46% para -2,22%), minério de ferro (9,48% para 6,57%) e bovinos (2,92% para 1,33%). Em sentido oposto, destacam-se: cana-de-açúcar (-0,22% para 0,68%), laranja (-3,42% para -0,01%)e algodão (em caroço) (3,91% para 6,08%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,56%, em janeiro, ante 0,30%, em dezembro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,13% para 1,11%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes cuja taxa passou de -3,56% para 13,56%.
Também apresentaram acréscimos em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,87% para 1,46%), Transportes (0,78% para 0,92%) e Comunicação (-0,19% para 0,26%). Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: cursos formais (0,00% para 3,59%), tarifa de ônibus urbano (-0,70% para 1,03%) e tarifa de telefone residencial (-2,05% para 0,06%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,61% para -0,28%), Habitação (-0,06% para -0,17%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,18% para 0,17%).Para cada uma dessas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: roupas (0,77% para -0,79%), taxa de água e esgoto residencial (1,82% para 0,17%), perfume (0,07% para -0,80%) e clínica veterinária (0,94% para 0,21%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, taxa de variação de 0,28%. No mês anterior, este índice variou 0,14%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,59%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,22%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,03%. No mês anterior, este índice variou 0,07%.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5610B87CF016146646170013B
FGV. IBRE. 30-Jan-2018. Indicador de Incerteza da Economia. Indicador de Incerteza da Economia. Incerteza da Economia avança no primeiro mês de 2018
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 2,2 pontos entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, ao passar de 107,4 pontos para 109,6 pontos.
“O resultado de janeiro reforça a ideia de que será difícil, pelo menos no curto prazo, ver a incerteza econômica oscilar em torno de sua média histórica de 100 pontos. Apesar de as opiniões do mercado sobre câmbio e inflação estarem convergentes, como indica o IIE-Br Expectativa, há outros fatores geradores de incerteza que estão sendo capturados pelo IIE-Br Mídia. Neste caso, destaque para a situação fiscal, que continua em aberto e para as questões político-partidárias”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira da FGV IBRE
A alta do IIE-Br em janeiro de 2018 foi determinada pela componente de mídia e de mercado. O componente IIE-Br mídia subiu 1,7 ponto no mês, contribuindo com 1,5 ponto para a alta do índice geral; e o IIE-Br mercado cresceu 7,1 pontos exercendo uma contribuição de 0,9 ponto. Já o IIE-Br expectativa recuou 0,8 ponto, influenciando negativamente a evolução do IIE-Br no mês (-0,2 ponto).
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5610B87CF0161466EDC07385D
BACEN. 30/01/2018. Apresentação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em palestra no Latin America Investment Conference (LAIC), em São Paulo.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/TextosApresentacoes/Apresentacao_LAIC_PUBLICACAO.pdf
BACEN. REUTERS. 29 DE JANEIRO DE 2018. Frustração com reformas pode elevar trajetória de inflação no horizonte relevante, diz Ilan
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta segunda-feira que a frustração de expectativas sobre as reformas e ajustes na economia, além da reversão do atual cenário externo, podem elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária.
Em palestra no Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), em São Paulo, Ilan disse ainda que a perspectiva para 2018 é de crescimento moderado da economia com inflação em direção às metas, mas ressaltou que “há riscos”.
Em apresentação disponibilizada no site do BC, Ilan citou a reforma da Previdência em particular como uma das medidas fundamentais para o equilíbrio da economia, “com consequências favoráveis para a desinflação, para a queda da taxa de juros estruturais e para a recuperação sustentável da economia brasileira”.
A votação da Proposta de Emenda à Constituição que altera as regras para a aposentadoria está marcada para o dia 19 de fevereiro na Câmara dos Deputados, mas o governo ainda luta para mobilizar a base e garantir os 308 votos suficientes para aprovação da impopular matéria.
Antes dessa definição, o Comitê de Política Monetária do BC se reunirá em 7 de fevereiro para definir a taxa básica de juros, sendo que a expectativa majoritária do mercado é de corte de 0,25 ponto na Selic, que está hoje na mínima histórica de 7 por cento ao ano.
Para março, parte do mercado aposta em novo corte de 0,25 ponto nos juros, incluindo o Top-5, grupo de economistas que mais acertam as projeções dentro da pesquisa semanal Focus. As apostas da maioria, contudo, ainda são de manutenção dos juros no mesmo nível acertado em fevereiro.
Por Marcela Ayres
ABRASCE. PORTAL G1. Reuters. 30/01/2018. Faturamento de shopping centers no Brasil deve subir de 5,5% a 6% em 2018, diz Abrasce. Estão previstas 23 inaugurações de shopping centers em 2018, sendo 17 no interior e 6 em capitais, mas número de lançamentos pode ser menor.
O faturamento dos shopping centers do Brasil deve aumentar entre 5,5 e 6% em 2018, em linha com o crescimento de 6,2% apurado em 2017, informou nesta terça-feira (30) a associação que representa o setor.
"2018 vai ser um ano de consolidar empreendimentos lançados nos últimos anos... Vai ser positivo, mas longe do crescimento de dois dígitos de 2014 e 2015", disse a jornalistas o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai.
Em 2017, o faturamento do setor somou R$ 167,75 bilhões, alta de 6,2% sobre 2016. Segundo Humai, o desempenho ficou abaixo do crescimento de 7% projetado pela associação para o ano porque o mês de dezembro foi mais fraco que o esperado.
De acordo com a Abrasce, estão previstas 23 inaugurações de shopping centers em 2018, sendo 17 no interior e 6 em capitais, mas o presidente alerta que número de lançamentos pode ser menor. "Acho que 15 a 16 inaugurações é algo factível", disse.
No ano passado, foram inaugurados 12 empreendimentos, ante expectativa inicial de 30 inaugurações.
DOCUMENTO: http://www.abrasce.com.br/
SPC-BRASIL. PORTAL G1. 30/01/2018. Cresce número de consumidores que conseguem limpar o nome, diz SCP Brasil. É a 1ª alta para os meses de dezembro desde 2014; maior parte das dívidas recuperadas são com bancos.
O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência, cresceu 4,42% no mês de dezembro na comparação com o mesmo período de 2016. Trata-se da primeira alta do indicador para os meses de dezembro desde 2014, quando o crescimento fora de 12,11%.
Os dados fazem parte do novo Indicador de Recuperação de Crédito lançado hoje pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que permitirá acompanhar em todas as regiões, a evolução do número de consumidores brasileiros que deixam os cadastros de inadimplentes após pagamento da dívida pendente.
A pesquisa ainda revela que na comparação com novembro de 2017, o número de dívidas quitadas apresentou uma alta de 38% no mês de dezembro, influenciada, principalmente, pelas campanhas de recuperação de crédito e também pela injeção de capital extra na economia por meio do 13º salário e demais bonificações do período. Os brasileiros costumam limpar o nome também para voltar ao mercado de consumo, segundo o SPC Brasil.
Em novembro de 2017 frente a outubro, o indicador também já havia apresentado uma alta elevada, de 11,98%, após três meses seguidos de retração.
45% das pendências regularizadas com bancos
Entre as dívidas que foram regularizadas no mês de dezembro, 45% são relativas a pendências com bancos, como dívidas no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros.
O segundo tipo de dívida que foi colocada em dia é com concessionárias de serviços básicos como água e luz, que representaram 21% do total das dívidas recuperadas no período.
Completam a lista os compromissos financeiros com o comércio (21%) e a quitação de contas de TV por assinatura, internet e telefone, com 5% de participação.
Dívidas de menor tempo lideram recuperação
De acordo com o SPC Brasil, 46% dos consumidores que quitaram suas dívidas tinham pendências com menos de 90 dias de atraso. Em seguida, aparecem as fatias de devedores com dívidas pendentes entre um e três anos (17%), entre 91 a 180 dias (15%), entre três a cinco anos (11%) e entre 181 a 360 dias (10%).
Houve uma alta significativa de 25,9% na quantidade de brasileiros que saíram dos cadastros de inadimplentes no mês de dezembro na comparação com novembro. Esse número também reflete o recebimento do 13º salário. Em novembro, o indicador também havia apresentado alta elevada na comparação mensal, de 10,85% frente outubro.
Já na comparação com dezembro de 2016, houve queda de 1,39% na quantidade de consumidores inadimplentes que limparam seu nome.
Veja dicas do SPC para regular dívidas:
- Identifique o tamanho da dívida: consumidor deve calcular exatamente o quanto deve. Se não souber ao certo, o recomendável é procurar os credores para descobrir;
- Analise o quanto pode pagar por mês: saber o quanto possui para negociar é fundamental ao discutir a dívida com o credor. Se o valor não for suficiente, vender algum bem ou procurar renda extra por meio de ‘bicos’ pode ser uma alernativa;
- Aprenda a priorizar: as dívidas que possuem maiores taxa de juros deve e que implicam corte de serviços em caso de não pagamento devem ser priorizadas;
- Negocie o valor da dívida de forma realista: assim como consumidor tem interesse em regularizar sua situação, o credor também quer reaver uma pendência. Por isso, vale a pena tentar negociar. Mas o consumidor só deve propor um acordo que ele consiga cumprir;
- Troque uma dívida cara por outra mais barata: se não houver dinheiro para quitação integral da dívida, o consumidor deve propor uma mudança no tipo de financiamento, procurando alternativas mais baratas. Um bom exemplo é trocar a dívida do cartão de crédito por um crédito consignado, que cobra juros mais baratos;
- Portabilidade de crédito: também é possível encontrar um banco que aceite financiar a dívida em condições melhores que o atual banco, reduzindo o custo dos juros.
SPC-BRASIL. 29/01/2018. 45% dos brasileiros não controlam as próprias finanças, mostra pesquisa sobre educação financeira do SPC Brasil e CNDL. 31% dos consumidores são inseguros para lidar com dinheiro e 34% deixam de cuidar das finanças por indisciplina. Em vez juntar dinheiro e comprar à vista, 45% optam por parcelar. SPC Brasil lança aplicativo com dicas para melhorar gestão do orçamento
Planejar as despesas da casa, organizar o orçamento de acordo com a receita disponível e não exagerar nas compras impulsivas. O brasileiro até sabe o que precisa ser feito, mas nem sempre coloca a teoria em prática. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 45% dos brasileiros admitem não fazer um controle efetivo do próprio orçamento, percentual que sobe para 48% entre as pessoas das classes C/D/E e para 51% entre os homens. Entre os que fazem uma administração precária do orçamento, 21% confiam na própria memória para gerir os recursos financeiros.
Os que fazem um controle de fato do orçamento somam 55% dos consumidores, sendo o caderno de anotações (28%), a planilha em Excel (18%) e aplicativos no celular (9%) as práticas mais adotadas. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a disciplina é parte fundamental para uma vida financeira saudável. “Foco e esforço são essenciais para se alcançar uma vida financeira equilibrada. Não importa a ferramenta utilizada para anotar os gastos, importa que o método seja organizado. Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, outras preferem o velho caderninho de anotações. O importante é anotar e principalmente analisar os registros, de forma que o consumidor identifique onde há sobras e onde o orçamento deve ser ajustado”, aconselha a economista.
O levantamento ainda revela que a maior parte dos consumidores brasileiros garante ser autodidata nos conhecimentos para gerir o próprio dinheiro: entre aqueles que acreditam ter um bom grau de conhecimento para gerenciar suas finanças pessoas, 45% aprenderem sozinhos, enquanto 34% tiveram ensinamentos desde cedo com a própria família. Os que aprenderam a gerenciar as finanças com o marido ou esposa são 14%, enquanto 9% fizeram um curso e 6% recorreram a algum especialista.
De modo geral, 51% dos consumidores avaliam ter um grau ótimo ou bom para gerenciar seu dinheiro e 48% consideram esse conhecimento ruim ou regular. Além disso, três em cada dez (31%) brasileiros admitem insegurança para gerenciar o próprio dinheiro, contra 46% que se consideram seguros. Outros 23% mostram-se indiferentes.
Mesmo entre os que controlam orçamento, 59% sentem dificuldades na tarefa; falta de disciplina é o maior vilão dos que não têm educação financeira
De acordo com a pesquisa, em cada dez consumidores que controlam seu orçamento, seis (59%) sentem alguma dificuldade ao executar essa tarefa, sendo as principais queixas a falta de disciplina em anotar os gastos e rendimentos com regularidade (26%), a falta de tempo (12%), a dificuldade em encontrar um mecanismo simples de controle (11%) e a dificuldade em fazer cálculos (5%). Os que não sentem dificuldades somam 41% da amostra.
A falta de disciplina também é a principal justificativa para aqueles que não controlam o próprio orçamento, com 34% de menções. Outros 15% não veem necessidade em registrar gastos, fazendo as contas apenas de cabeça, enquanto 11% justificam o fato de terem uma renda que varia de um mês para o outro. Há ainda 10% que admitem preguiça e 10% que não sabem como fazer.
Consumidor anota despesas básicas da casa, mas se descuida das pequenas compras; 57% não planejam o mês com antecedência
Entre aqueles consumidores que fazem um controle adequado do seu orçamento, os gastos de primeira necessidade e de valores mais elevados são os que recebem um tratamento mais cuidadoso. A pesquisa aponta que 92% anotam despesas básicas, como mantimentos, produtos de higiene, mensalidades escolares e contas da casa como água, luz, condomínio e aluguel. O mesmo percentual de 92% também anota as prestações contraídas no carnê, crediário e cartão de crédito que vencem nos meses seguintes. Outros 85% sempre anotam os rendimentos, como salários, pensões e aposentadorias.
Entretanto, o controle dos pequenos gastos cotidianos e compras não planejadas ainda são deixadas de lado por parte expressiva dos entrevistados. O dinheiro que poupam dos salários ou investem (24% que não controlam), gastos esporádicos com lazer e beleza (30% que não controlam) e pequenos gastos do dia a dia, como estacionamento, despesas com taxi e com idas para bares e restaurantes, por exemplo (36% que não controlam), ficaram nos últimos lugares do ranking das principais anotações.
No momento de lidar com o controle dos gastos mensais, os perfis dos brasileiros que controlam seu orçamento se dividem: enquanto 43% planejam o mês com antecedência, anotando os rendimentos e o que esperam gastar, outros 35% preferem anotar os gastos no decorrer do mês, verificando posteriormente como ficou o orçamento. Os que só anotam os gastos depois que o mês termina somam 21% da amostra, percentual que sobe para 25% entre os consumidores da classe C.
“Anotar as despesas no fim do mês é um grande risco, pois não há um controle real do quanto se gasta. Quando chega a hora de fazer as contas, pode ser que o consumidor tenha ultrapassado o limite do orçamento, ficando no vermelho. Uma boa estratégia para evitar que isso aconteça é reservar uma quantia fixa todo mês para as compras menores e respeitar esse limite. Mas, para isso, o planejamento das contas deve ser feito no início do mês”, diz o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.
69% pechincham na hora das compras, mas 45% costumam parcelar em vez de juntar dinheiro para comprar à vista
De acordo com a pesquisa, 84% dos consumidores têm o hábito de fazer pesquisa de preço e 69% costumam pechinchar em busca de valores mais em conta. Mas uma das principais dificuldades do brasileiro é se esforçar para adquirir algum bem a vista: 45% admitem não ter o hábito de juntar dinheiro para realizar uma compra de valor mais elevado à vista, optando na maior parte das vezes pelo parcelamento. A falta de paciência para esperar a quantia ser alcançada com o tempo (51%) é o principal motivo para quem nunca faz esse esforço.
77% passaram situação de aperto financeiro em 2017; corte em supermercados, lazer, beleza e pacotes de TV e internet foram alguns dos ajustes
A pesquisa ainda revela que em cada dez brasileiros, oito (77%) passaram por alguma situação ao longo de 2017 em que o orçamento não foi o suficiente para fechar as contas do mês. O percentual cresce para 87% entre os consumidores que têm entre 35 e 49 anos.
Para quem vivenciou a situação de aperto, 40% mudaram hábitos de consumo, passando a comprar coisas mais baratas e fazer pesquisa de preço. Três em cada dez (29%) entrevistados fizeram cortes no orçamento, principalmente nos itens de supermercado, salões de beleza e saídas para bares e restaurantes. Outras adequações que o momento de dificuldade impôs ao brasileiro foi parar de comprar roupas e sapatos (20%), sacar dinheiro de uma reserva que possuíam (16%) e reduzir pacotes de TV por assinatura, internet e celular (15%). Assumindo uma postura mais arriscada, 14% passaram a usar mais o cartão de crédito para cobrir despesas, outros 14% pediram dinheiro emprestado a amigos e familiares e 12% recorreram a empréstimos em bancos e financeiras.
SPC Brasil lança aplicativo que dá dicas de finanças pessoais
Com o propósito de orientar o brasileiro a melhorar a gestão do seu orçamento, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), lançou um aplicativo para celulares e tablets: É o “SPC Consumidor”. O aplicativo ajuda o internauta a fazer um diagnóstico sobre o seu bem-estar financeiro. Após o resultado, o consumidor passa a receber, periodicamente, dicas personalizadas para melhorar o seu desempenho com as finanças. O app está disponível gratuitamente para celulares Android e iOs.
Metodologia
Foram entrevistados 805 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
EBC. Agência Xinhua - China. 30/01/2018. Internacional. NAFTA. Canadá, EUA e México concluem sexta rodada das negociações do Nafta
A sexta rodada de negociações do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), realizada em Montreal, foi concluída com sucesso esta semana, com a aprovação de medidas anticorrupção mas ainda em desacordo em outras questões importantes para os integrantes do bloco: Canadá, Estados Unidos e México. A informação é da agência chinesa Xinhua.
Em uma coletiva de imprensa conjunta após as conversações, a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário de Economia mexicano, Ildefonso Guajardo Villarreal, disseram que alguns progressos foram feitos, ao mesmo tempo que reconheciam que ainda há difíceis desafios para se chegar a um novo acordo.
Eles apresentaram separadamente as negociações da sexta rodada e nenhum deles respondeu a perguntas durante a coletiva.
Chrystia disse que o Canadá prefere um acordo negociado, mas que protegerá a sua indústria de madeira. Ela disse que a contestação canadense aos EUA apresentada na Organização Mundial do Comércio, no mês passado, é uma questão separada das negociações do Nafta. "Os canadenses não vêem o livre comércio como um jogo de soma zero, em que um lado deve perder para que o outro vença", disse ela.
O representante americano, Lighthizer, disse que a denúncia comercial lançada pelo Canadá na OMC contra o uso pelos EUA de direitos anti-dumping e anti-subvenções é "sem precedentes" e um "ataque maciço à todas as nossas leis de comércio". Ele também expressou sua oposição a duas propostas colocadas à mesa pelo Canadá, incluindo uma relativa a automóveis.
"Nós achamos que a ideia de regras de origem do automóvel, que foi apresentada, pode realmente levar a um conteúdo menos regional do que temos agora, gerando menos empregos nos Estados Unidos, Canadá e provavelmente no México. Este é o oposto do que estávamos tentando fazer", falou.
"Desafios substanciais"
Lighthizer disse que alguns progressos foram feitos no Nafta e que os EUA estão esperando que o processo de negociação se acelere e consiga grandes avanços. "Esta rodada foi um passo à frente, mas estamos progredindo muito devagar", pontuou.
O representane mexicano Villarreal disse que, embora progressos tenham sido alcançados nas negociações, os "desafios substanciais" do bloco ainda não foram superados.
A sexta rodada encerrou com uma mensagem mais conciliadora do que o esperado, com os três países aguardando mais avanços na próxima rodada de negociações, que será realizada na Cidade do México no final de fevereiro.
Antes das negociações da sexta rodada do Nafta, alguns especialistas e políticos disseram que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciaria que os EUA iriam se retirar do bloco.
ANP. 29 de Janeiro de 2018. ENERGIA. Quatorze empresas assinam 32 contratos da 14ª Rodada
Quatorze empresas assinaram, nesta segunda-feira (29/1), 32 contratos de concessão da 14ª Rodada de Licitações, realizada em setembro de 2017. Além dos executivos das empresas, a cerimônia contou com a presença do secretário de Óleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, e dos diretores da ANP Décio Oddone, Dirceu Amorelli, Felipe Kury e José Cesário Cecchi.
Os contratos assinados hoje resultarão em investimentos mínimos em torno de R$ 845 milhões somente na primeira fase do contrato (fase de exploração) e somam R$ 3,8 bilhões em bônus de assinatura.
Segundo o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, a assinatura dos contratos representa o final de dois ciclos. “O ano de 2017 foi histórico para o setor de petróleo e gás, e a assinatura dos contratos fecha esse ciclo do início da retomada do setor. Mas fecha também o ciclo da forma de ofertar áreas de exploração e produção. A 14ª Rodada foi a última em que oferecemos áreas muito diferentes num mesmo leilão. Em 2018, entramos em um novo modelo. Na 15ª Rodada e próximas de concessão, serão ofertadas áreas de nova fronteira e áreas offshore. Áreas maduras e que já foram ofertadas no passado passam à oferta permanente. Isso incentivará a vinda de pequenas e médias empresas para o Brasil, mas também a criação de empresas nacionais”.
Veja abaixo os contratos assinados hoje:
| Bacia | Setor | Bloco | Licitantes |
|---|---|---|---|
| Paraná | SPAR-CN | PAR-T-175 | Petrobras (100%)* |
| Campos | SC-AP3 | C-M-210 | Petrobras (50%)*; ExxonMobil Brasil (50%) |
| Campos | SC-AP3 | C-M-277 | Petrobras (50%)*; ExxonMobil Brasil (50%) |
| Campos | SC-AP3 | C-M-344 | Petrobras (50%)*; ExxonMobil Brasil (50%) |
| Campos | SC-AP3 | C-M-346 | Petrobras (50%)*; ExxonMobil Brasil (50%) |
| Campos | SC-AP3 | C-M-411 | Petrobras (50%)*; ExxonMobil Brasil (50%) |
| Campos | SC-AP3 | C-M-413 | Petrobras (50%)*; ExxonMobil Brasil (50%) |
| Sergipe | SSEAL-AP2 | SEAL-M-501 | ExxonMobil Brasil (50%)*; Murphy Brazil (20%); Queiroz Galvão (30%) |
| Sergipe | SSEAL-AUP2 | SEAL-M-503 | ExxonMobil Brasil (50%)*; Murphy Brazil (20%); Queiroz Galvão (30%) |
| Campos | SC-AP1 | C-M-37 | ExxonMobil Brasil (100%)* |
| Campos | SC-AP1 | C-M-67 | ExxonMobil Brasil (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T4 | ES-T-354 | Imetame (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T4 | ES-T-373 | Imetame (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T6 | ES-T-441 | Imetame (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T6 | ES-T-477 | Imetame (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T6 | ES-T-487 | Imetame (100%)* |
| Parnaíba | SPN-N | PN-T-117 | Parnaíba Gás Natural (100%)* |
| Parnaíba | SPN-N | PN-T-118 | Parnaíba Gás Natural (100%)* |
| Parnaíba | SPN-N | PN-T-119 | Parnaíba Gás Natural (100%)* |
| Parnaíba | SPN-N | PN-T-133 | Parnaíba Gás Natural (100%)* |
| Parnaíba | SPN-N | PN-T-134 | Parnaíba Gás Natural (100%)* |
| Recôncavo | SREC-T2 | REC-T-109 | Petroil (100%)* |
| Recôncavo | SREC-T2 | REC-T-119 | Petroil (100%)* |
| Recôncavo | SREC-T2 | REC-T-120 | Petroil (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T4 | ES-T-345 | Bertek Ltda. (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T6 | ES-T-476 | Bertek Ltda. (100%)* |
| Espírito Santo | SES-AP2 | ES-M-592 | CNOOC Petroleum (100%)* |
| Espírito Santo | SES-AP2 | ES-M-667 | Repsol (100%)* |
| Espírito Santo | SES-T6 | ES-T-453 | Vipetro (100%)* |
| Potiguar | SPOT-T4 | POT-T-785 | Geopark Brasil (100%)* |
| Santos | SS-AR4 | S-M-1537 | Karoon (100%)* |
| Recôncavo | SREC-T4 | REC-T-166 | Great Energy (100%)* |
*Operadores
A Greenconsult, que arrematou o bloco SEAL-T-430, não foi qualificada pela Comissão Especial de Licitação (CEL) por descumprimento aos requisitos previstos na seção 7 do edital, decisão publicada no Diário Oficial da União de 1/11/2017. A licitante entrou com recurso, ao qual foi conferido efeito suspensivo pela CEL. A empresa apresentará novo conjunto de documentos até o final de janeiro de 2018 e, caso venha a ser qualificada, o bloco obedecerá um cronograma de assinatura distinto dos demais contratos.
A Tek não apresentou a documentação de assinatura dos contratos de concessão na data requerida no edital de licitações e solicitou reabertura do prazo. A Diretoria Colegiada da ANP decidiu conferir à licitante prazo até 23 de fevereiro de 2018 para apresentação dos documentos, nos termos da seção 9 do edital, e determinar a assinatura dos contratos dos blocos REC-T-126 e REC-T-127 até 30 de abril.
Já a Guindastes Brasil Óleo e Gás Ltda., que arrematou os blocos REC-T-151 e SEAL-T-132, solicitou extensão de prazo para entrega da garantia financeira do programa exploratório mínimo. O pedido será analisado pela Diretoria Colegiada da ANP.
Atualização em 30/1/17: A solicitação da empresa Guindastes Brasil Óleo e Gás Ltda. foi analisada pela Diretoria Colegiada da ANP, que concedeu prazo até 23/2 para entrega da garantia financeira do programa exploratório mínimo e até 30/4 para assinatura dos contratos de concessão, mantendo-se todos os demais prazos previstos no edital de licitações. A decisão foi deliberada em 29/01 e publicada no Diário Oficial da União de 30/1/2018.
ANP. PORTAL G1. REUTERS. 29/01/2018. ENERGIA. Reservas provadas da Petrobras fecham 2017 em 12,4 bilhões de barris. Relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 13,5 anos.
As reservas provadas da Petrobras atingiram 12,415 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) ao fim de 2017, ante 12,514 bilhões de boe no fim de 2016, segundo os critérios ANP/SPE, informou a petroleira nesta segunda-feira (29).
Os volumes de reservas provadas no fim do ano passado de óleo e condensado somaram 10,533 bilhões de barris, enquanto os de gás natural somaram 299,512 bilhão de metros cúbicos.
Esses números seguem os critérios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Society of Petroleum Engineers (SPE).
Mesmo com recorde de produção em 2017, a Petrobras disse que conseguiu repor 89% do volume produzido, principalmente devido à perfuração de novos poços e melhor comportamento dos reservatórios no pré-sal das bacias de Santos e Campos.
A empresa ressaltou que a relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 13,5 anos, sendo de 13,7 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID), que mede a relação entre as reservas provadas desenvolvidas e as reservas provadas, foi de 49% em 2017.
Já segundo o critério da autarquia do mercado de capitais nos EUA (SEC), no fim de 2017 as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras atingiram 9,752 bilhões de boe, ante 9,672 bilhões de boe ao fim de 2016.
A principal diferença entre os critérios ANP/SPE e SEC é o preço do petróleo considerado no cálculo da viabilidade econômica das reservas.
A Petrobras destacou que, historicamente, submete à certificação pelo menos 90% de suas reservas provadas segundo o critério SEC. Atualmente, a empresa certificadora é a DeGolyer and MacNaughton (D&M).
EXXON. REUTERS. 30 DE JANEIRO DE 2018. ENERGIA. Exxon planeja triplicar produção na Bacia de Permiana nos próximos 7 anos
HOUSTON (Reuters) - A petroleira Exxon Mobil disse nesta terça-feira que planeja triplicar sua produção de petróleo e gás natural na Bacia Permiana do oeste do Texas e do Novo México até 2025 e investir 2 bilhões de dólares na região para expandir um terminal de armazenamento de petróleo.
Maior produtora de petróleo do mundo listada em bolsa, a empresa disse que espera produzir mais de 600 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d) na Permiana dentro de sete anos, aumentando a produção de poços tradicionais e de “shale”, um tipo não convencional.
A Exxon disse que sua superfície de “shale” sozinha deve ver um aumento de produção de cinco vezes durante esse período.
Reportagem de Ernest Scheyder
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LGCJ.: