INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- CANADA INDICATORS
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 02/01/2018. Mercado financeiro eleva estimativa de alta do PIB para 2017 e 2018. Expectativa para a inflação de 2017 ficou estável em 2,78% e, de 2018, em 3,96%, segundo pesquisa do Banco Central.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os economistas do mercado financeiro revisaram para cima sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2017 e também neste ano.
As expectativas do mercado constam no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras.
Para a expansão do PIB de 2017, os economistas dos bancos elevaram sua estimativa de 0,98% para 1%. Para 2018, a estimativa do mercado para expansão da economia subiu de 2,68% para 2,70%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%, mas voltou a registrar alta neste ano. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 0,1%, segundo dados do IBGE.
Inflação
Para a inflação de 2017, a previsão do mercado permaneceu estável em 2,78% - mesma estimativa da semana anterior.
Com isso, a inflação estimada pelo mercado para 2017 continua abaixo da meta central de 4,5%. Também está menor do que o piso de 3% do sistema brasileiro de metas.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2017 e 2018, a meta central é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Desse modo, a inflação pode ficar entre 3% e 6% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para este ano, o mercado financeiro manteve sua expectativa de inflação estável em 3,96%. A estimativa do mercado continua abaixo da meta central, mas dentro da banda do sistema de metas (entre 3% e 6%).
Taxa básica de juros
Os analistas do mercado também mantiveram a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,75% ao ano para o final de 2018. Atualmente, a taxa está em 7% ao ano.
Ou seja, o mercado continua estimando redução dos juros no decorrer de 2018. Se o patamar previsto de 6,75% ao ano for atingido no fim de 2018, esse será o menor nível já registrado.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 avançou de R$ 3,32 para R$ 3,34.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, permaneceu inalterada em US$ 66 bilhões de resultado positivo.
Para este ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou estável em US$ 52,5 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, continuou em US$ 80 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 80 bilhões.
BACEN. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. Economistas elevam para 1% expectativa para expansão do PIB brasileiro em 2017
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras voltaram a ver expansão de 1 por cento da economia brasileira em 2017, uma alta ante previsão de 0,98 por cento no levantamento anterior, e melhoraram também a expectativa para 2018, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta terça-feira.
Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
A estimativa de 1 por cento para a expansão do Produto Interno Bruto em 2017 não era vista desde novembro de 2016.
Para 2018, a melhora foi de 0,02 ponto percentual, a 2,70 por cento.
Já para a inflação não houve mudanças nas contas, e a alta do IPCA em 2017 continuou sendo calculada em 2,78 por cento e, para 2018, em 3,96 por cento.
A meta de inflação para 2017 e 2018 é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Com a fraqueza da inflação e as sinalizações do BC de que deve continuar reduzindo a taxa básica de juros no início deste ano, a expectativa é de que a Selic termine 2018 a 6,75 por cento, após fechar o ano passado na mínima histórica de 7 por cento.
Já o grupo de economistas que mais acerta as previsões, o Top-5, continua vendo a taxa básica de juros a 6,5 por cento no final deste ano.
Por Camila Moreira
BACEN. PORTAL G1. 02/01/2018. Presidente do BC vê inflação 'bem comportada' e sinaliza novo corte na taxa de juros básicos. Taxa Selic está em 7% ao ano, mínima histórica, mas mercado financeiro estima redução para 6,75% em fevereiro. Para Goldfajn, país está preparado para a volatilidade gerada pelas eleições.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avaliou nesta terça-feira (2) que a inflação está "bem comportada" e sinalizou que, por isso, o banco poderá continuar reduzindo os juros básicos da economia, atualmente em 7% ao ano, na mínima histórica.
"Sim, a gente tem sinalizado para frente quando a gente vê que tem alguma possibilidade [de redução dos juros]. Que existe a possibilidade, desde que a inflação continue baixa, que os riscos continuem como estão hoje, não fiquem maiores, ou menores. Dado isso, sinalizamos que há uma possibilidade de uma redução moderada da flexibilização monetária, da taxa de juros, mas também falamos que há mais incertezas", declarou, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Goldfajn lembrou que as decisões sobre a taxa básica de juros da economia são tomadas durante as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O próximo encontro está marcado para o início de fevereiro e a expectativa do mercado financeiro é de um novo corte na taxa Selic, para 6,75% ao ano.
"Vamos avaliar, tem mais um mês e pouquinho para decisão. E vamos ver como se desenrola a conjuntura econômica", concluiu ele.
Inflação abaixo do piso da meta de 3% em 2017
Questionado sobre a possibilidade de a inflação ficar abaixo do piso de 3% em 2017, o que levaria o BC a escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando as razões para o descumprimento da meta, Goldfajn afirmou que houve, no ano passado, uma "surpresa agradável" no preço dos alimentos, que caiu cerca de 5%.
"Na parte que tem a ver com o BC, que está sob controle do BC, está muito bem obrigado. [A inflação] está em torno da meta. A parte que levou a uma inflação mais baixa, tem a ver com a parte que o BC não tem controle direto, a inflação de alimentos que caiu, e continua caindo, mas caiu bastante ao longo do tempo. Essa vai ser nossa explicação", disse ele.
Juros bancários
O presidente do Banco Central também afirmou que a instituição está avançando na agenda de reduzir os juros bancários, mas acrescentou que é preciso trabalhar mais. Apesar da queda da taxa Selic, as taxas cobradas pelos bancos estão entre as mais altas do mundo.
"A taxa Selic, quando cai, gera ao longo do tempo uma tendência de queda das outras taxas bancárias, não é imediata. Há outro contexto, a economia está com muita incerteza, volatilidade, leva um pouco mais de tempo do que normalmente", declarou Goldfajn.
Segundo ele, esse é um trabalho "estrutural". "Temos de reduzir os custos, dar competição, melhorar a informação para todo mundo, melhorar a educação financeira. Fizemos a parte da taxa básica, que caiu bastante. Eu diria que ainda tem muito o que fazer, mas no ano passado andamos consideravelmente", afirmou.
Impacto das eleições na economia
O presidente da autoridade monetária afirmou ainda que o país está preparado para qualquer cenário de maior nervosismo no mercado, por conta do impacto das eleições presidenciais no dólar, nos juros futuros e na bolsa de valores.
"Nós estamos entrando em um ano com bastante colchão [proteção], bastante reservas [internacionais], de US$ 380 bilhões, 20% do PIB. Reduzimos swaps cambiais, uma dívida em dólar que tínhamos, começamos com inflação baixa, que também é um colchão. Tudo isso nos dá segurança que estamos preparados para qualquer cenário neste ano", concluiu ele.
BACEN. REUTERS. RADIO JOVEM PAN. 2 DE JANEIRO DE 2018. Estamos preparados para qualquer cenário durante as eleições, diz Ilan à rádio Jovem Pan
SÃO PAULO (Reuters) - O alto volume de reservas em dólar, a inflação baixa e a redução de contratos de swaps cambiais são algumas ferramentas que permitem ao Banco Central lidar com “qualquer cenário” de volatilidade nos mercados durante o período eleitoral deste ano, disse o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, nesta terça-feira.
“Estamos preparados para qualquer cenário neste ano”, disse a autoridade monetária em entrevista à rádio Jovem Pan.
O primeiro turno das eleições presidenciais acontecerá no dia 7 de outubro, em um cenário polarizado e ainda sem certeza sobre uma possível participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgará um recurso do petista no dia 24 de janeiro contra condenação no caso do tríplex do Guarujá.
Em meio a um ciclo de afrouxamento dos juros que levou a taxa básica Selic à mínima histórica de 7 por cento em dezembro, o BC sinalizou que há espaço para mais um corte na reunião do Comitê de Política Monetária de fevereiro, mas também avalia um volume maior de incertezas quando se compara à situação vivida nas reuniões passadas, afirmou.
“Sinalizamos que há possibilidade de uma redução moderada da flexibilização monetária, mas também falamos que tem mais incerteza dessa vez”, disse, citando a ata da última reunião do Copom. “Vamos avaliar, tendo aí um mês e pouquinho para a decisão, vamos ver aqui como é que rola a conjuntura econômica.”
A aprovação de ajustes e reformas, em especial as mudanças na Previdência Social atualmente em discussão no Congresso, permitem uma queda na taxa de juros estrutural da economia e, consequentemente, disse o presidente do BC na entrevista, abre mais espaço para a atuação do Copom.
“É sempre importante o governo, o Congresso, todo mundo avançar nas reformas, nos ajustes”, afirmou. “O juro estrutural da economia fica menor quanto mais a gente fizer o dever de casa, como por exemplo a reforma da Previdência.”
Os componentes de inflação sujeitos à influência direta da taxa básica de juros estão “em torno da meta”, de acordo com o presidente do BC, que atribui à deflação dos preços de alimentos o eventual descumprimento da meta no ano passado.
“A parte que levou à inflação mais baixa (...) tem a ver com a parte que o Banco Central não tem controle direto, que é inflação de alimentos”, explicou
Para 2018, o ideal é se concentrar em componentes “mais estáveis” para projetar o comportamento da inflação, apontou Ilan, ressaltando que preços administrados como gasolina, botijão de gás e eletricidade possuem mais volatilidade por serem reajustados em linha com preços internacionais.
Por Iuri Dantas
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ECONOMIA BRASILEIRA / BRAZIL ECONOMICS
BACEN. 29/12/2017. BC divulga a taxa de juros prefixada e o fator de ajuste da TLP
O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (29/12) o Comunicado nº 31.536, informando a taxa de juros prefixada "Jm" para janeiro de 2018 e os fatores de ajuste anuais, fator "ak", para os anos de 2018 em diante, conforme as definições da Lei que instituiu a Taxa de Longo Prazo (TLP), e da Resolução nº 4.600, de 25 de setembro de 2017.
Para janeiro de 2018, a taxa "Jm" será 4,74% a.a. O fator de ajuste para 2018, a0, será 0,57.
O BC divulgará, no último dia útil de cada mês, comunicado com a taxa "Jm" para o mês seguinte e o fator de ajuste do ano em curso.
Comunicado nº 31.536: http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?numero=31536&tipo=Comunicado&data=29/12/2017
I - Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou deficit primário de R$909 milhões em novembro. O Governo Central e os governos regionais apresentaram, na ordem, deficit de R$366 milhões e R$787 milhões, e as empresas estatais, superavit de R$245 milhões.
No ano, o setor público consolidado registrou deficit primário de R$78,3 bilhões, ante deficit de R$85,1 bilhões no mesmo período de 2016. No acumulado em doze meses até novembro, registrou-se deficit primário de R$149 bilhões (2,29% do PIB), 0,59 p.p. do PIB inferior ao deficit registrado em outubro.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$29,1 bilhões em novembro, comparativamente a R$35,3 bilhões em outubro. Contribuíram para essa redução o menor número de dias úteis no mês e o ganho de R$1,2 bilhão em operações de swap cambial, ante perda de R$1,8 bilhão em outubro. No acumulado no ano, os juros nominais somaram R$367,5 bilhões, comparativamente a R$372,5 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais alcançaram R$402 bilhões (6,17% do PIB), reduzindo-se 0,20 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em outubro.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$30 bilhões em novembro. No ano, o deficit nominal totalizou R$445,8 bilhões, comparativamente a deficit de R$457,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o deficit nominal alcançou R$551 bilhões (8,45% do PIB), reduzindo-se 0,80 p.p. do PIB em relação ao deficit do mês anterior.
O resultado nominal deficitário de novembro foi financiado mediante expansões de R$16,5 bilhões da dívida mobiliária, de R$10,9 bilhões das demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e de R$9,6 bilhões da dívida bancária líquida, contrabalançadas, parcialmente, pela redução de R$7 bilhões no financiamento externo líquido.
II - Dívida mobiliária federal
A dívida mobiliária federal interna fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$3.372 bilhões (51,7% do PIB) em novembro, registrando acréscimo de R$60,6 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu emissões líquidas de R$34,5 bilhões, decréscimo de R$0,1 bilhão em razão da apreciação cambial, e incorporação de juros de R$26,1 bilhões.
Destacaram-se as emissões líquidas de R$22,9 bilhões em LTN, de R$11,7 bilhões em LFT e R$4,2 bilhões em NTN-F, e os resgates líquidos de R$3,5 em NTN-B.
A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação ao mês de outubro: a porcentagem dos títulos indexados ao câmbio permaneceu em 0,3%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 24,1% para 24,4%, pelas emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados evoluiu de 26,4% para 27,1%, devido a emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços permaneceu em 23,1%. A participação das operações compromissadas apresentou queda de 25,9% para 24,8%, apresentando compras líquidas de R$50,9 bilhões.
Em novembro, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado foi a seguinte: R$43 milhões, 0,001% do total, vencendo em dezembro de 2017; R$493,7 bilhões, 14,6% do total, com vencimento em 2018; e R$2.878,3 bilhões, 85,4% do total, vencendo a partir de janeiro de 2019.
No final de novembro, a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$78,6 bilhões. O resultado para o Banco Central, no regime caixa, dessas operações no mês (posição passiva em taxa Selic e posição ativa em taxa de câmbio mais cupom cambial), foi positivo em R$1,2 bilhão.
III - Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP alcançou R$3.333,5 bilhões (51,1% do PIB) em novembro, elevando-se de 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
No ano, a elevação de 4,9 p.p. na relação DLSP/PIB decorreu da incorporação de juros nominais (aumento de 5,6 p.p.), do deficit primário (aumento de 1,2 p.p.), do reconhecimento de dívidas (aumento de 0,1 p.p.), do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,8 p.p.).
A DBGG (Governo Federal, INSS, governos estaduais e municipais) alcançou R$4.852,6 bilhões em novembro (74,4% do PIB), mantendo-se estável, como proporção do PIB, em relação ao mês anterior.
FGV. IBRE. 29-Dez-2017. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem de Serviços. Confiança de Serviços avança e registra maior nível desde setembro de 2014
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, avançou 1,5 ponto em dezembro, alcançando 89,2 pontos, o maior nível desde setembro de 2014 (89,8 pontos) e finda o ano com um saldo acumulado positivo de 12,9 pontos.
“O resultado de dezembro consolida o processo de recuperação gradual da confiança no setor de serviços ao longo de 2017 e traz boas perspectivas para 2018. No último trimestre do ano, tanto as avaliações sobre o momento quanto as expectativas melhoraram de forma disseminada pelos vários segmentos pesquisados, o que garante sustentabilidade à manutenção desta trajetória ascendente”, afirma Itaiguara Bezerra, Coordenador de Sondagens da FGV IBRE.
A alta do índice de confiança, que atingiu 9 das 13 principais atividades pesquisadas, foi influenciada tanto pela situação atual quanto pelas expectativas.
O Índice de Expectativas (IE-S) avançou pelo sexto mês consecutivo e atingiu 94,4 pontos em dezembro, o maior nível desde março de 2017 (96,8 pontos). O aumento de 1,7 ponto foi influenciado, pelo avanço do indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses, que subiu 3,2 pontos, para 98,4 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA-S) registrou acréscimo de 0,9 ponto, devolvendo a queda de 0,8 ponto do mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o ISA-S mantém uma sequência de altas desde o início de 2017. A maior contribuição para este subíndice veio do indicador que mede o volume de demanda atual, que avançou 1,0 ponto.
O NUCI do setor de serviços avançou 0,7 ponto percentual em dezembro, para 83,1%, chegando ao seu maior nível desde dezembro de 2015 (83,4%).
Melhora da situação atual impacta a confiança
Diferentemente do ano de 2016, que a alta do índice-síntese foi, majoritamente, devido às expectativas, em 2017, a alta foi sustentada pela recuperação da situação atual. O gráfico abaixo mostra a evolução dos índices nestes dois períodos: enquanto houve um arrefecimento nas perspectivas de curto prazo entre 2016 e 2017, o setor, no momento atual, teve uma resposta mais dinâmica na recuperação. “Não havendo choques expressivos, esta sinalização reforça um possível cenário de aumento no ritmo de atividade do setor nos próximos meses”, continua Itaiguara Bezerra.
A edição de dezembro de 2017 coletou informações de 1983 empresas entre os dias 01 e 26 deste mês.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF10160A19C716F7169
FGV. IBRE. 02-Jan-2018. Índices Gerais de Preços. IPC-S. Inflação pelo IPC-S recua na última semana do ano
O IPC-S de 31 de dezembro de 2017 apresentou variação de 0,21%1, 0,06 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumulou alta de 3,23%, entre janeiro e dezembro de 2017.
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (-0,08% para -0,33%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -1,78% para -2,93%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,75% para 0,37%), Vestuário (0,53% para 0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,45%) e Transportes (0,80% para 0,78%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (10,72% para 1,02%), roupas (0,67% para 0,17%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,35% para 0,10%) e gasolina (2,52% para 2,07%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Alimentação (0,03% para 0,27%), Despesas Diversas (0,18% para 0,21%) e Comunicação (-0,08% para -0,07%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (-2,82% para -0,29%), alimentos para animais domésticos (1,18% para 1,89%) e tarifa de telefone residencial (-1,85% para -1,01%), respectivamente.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF10160B63C16844674
FGV. IBRE. 02-Jan-2018. Sondagens e Índices de Confiança. Índice de Confiança Empresarial. Confiança Empresarial: 2017 termina com melhora da percepção e retomada do otimismo
O Índice de Confiança Empresarial (ICE), da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), avançou 1,2 ponto em dezembro e atingiu 93,1 pontos1, o maior nível desde abril de 2014 (95,7 pontos) depois de seis meses consecutivos de alta.
“O ano de 2017 termina com a melhora da percepção sobre a situação presente dos negócios e com a retomada do otimismo. Este cenário sugere que a confiança empresarial deve continuar avançando nos próximos meses, embora se espere alguma volatilidade em função dos níveis ainda elevados de incerteza política”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas do FGV IBRE.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A alta do ICE em dezembro decorreu da melhora tanto da percepção sobre o momento presente do empresariado quanto das perspectivas de curto prazo. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 1,4 ponto, alcançando 101,3 pontos – esta é primeira vez que o índice ultrapassa a barreira dos 100 pontos desde novembro de 2013 (101,4 pontos). O Índice da Situação Atual (ISA-E) subiu 0,9 ponto, para 87,6 pontos, maior nível desde setembro de 2014 (88,1 pontos).
A confiança avançou nos quatro setores que integram o ICE. A maior contribuição para a alta do índice em dezembro foi dada pelo setor de Serviços (0,5 ponto) seguida pelos setores da Indústria e do Comércio (0,3 ponto, cada) e da Construção (0,1 ponto) .Em dezembro o indicador de emprego previsto² (106,1 pontos) atingiu o maior patamar desde março de 2014 (108,3 pontos). A maior contribuição para variação de 2,2 pontos deste indicador foi dada pelo Comércio (1,4 ponto), seguido por Indústria (0,6 ponto) e Serviços (0,2 ponto).
Ano de 2017
O ano de 2017 foi marcado pela recuperação do indicador que mede o grau de satisfação com a situação presente das empresas. Enquanto em 2016, a alta do ICE havia sido motivada principalmente pela melhora das expectativas de curto prazo, em 2017 o indicador da situação atual contribuiu de forma consistente para o avanço do índice.
Em dezembro, a confiança aumentou em 67% dos 49 segmentos pesquisados pela FGV IBRE para compor o ICE. Considerando-se médias móveis trimestrais, a proporção de segmentos em alta na margem é de 60% do total.
Para a edição de dezembro de 2017, foram coletadas informações de 4918 empresas entre 01 e 26 de dezembro.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF10160B648527402B8
MDIC. CAMEX. 02 de Janeiro de 2018. COMÉRCIO EXTERIOR. Camex reduz Imposto de Importação de cinco produtos por desabastecimento interno. Alterações foram feitas com base no que determina a Resolução Grupo Mercado Comum
Brasília (2 de janeiro) - Foi publicada hoje, no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução Camex n°99, que reduz temporariamente o Imposto de Importação de cinco produtos, por razões de desabastecimento interno.
A resina de policarbonato, classificada no código 3907.40.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), terá a alíquota temporariamente reduzida de 14% para 2%, com cota de 35.040 toneladas, por um período de 12 meses. O produto é utilizado como matéria-prima para a produção de bens finais por meio de processo de transformação, como a moldagem por injeção.
A borracha EPR/EPDM (NCM 4005.99.90), utilizada no isolamento de cabos elétricos, terá redução de 14% para 2%, com cota de 1.300 toneladas, por um período de 6 meses.
O filamento “elastomultiéster” (NCM 5402.47.10) terá redução de 18% para 2%, com cota de 2.200 toneladas, por 12 meses. O filamento de alta elasticidade é utilizado na fabricação de tecidos de denim, de brim e para camisaria.
O disjuntor de gerador e módulos isolados à gás (NCM 8537.20.90), utilizados em grandes usinas de geração de energia, terão redução de 18% para 2%, válida por 12 meses, dentro de um limite máximo de 6 e 25 unidades, respectivamente.
As alterações foram feitas com base no que determina a Resolução Grupo Mercado Comum (GMC nº 08/08), que possibilita a redução da alíquota do Imposto de Importação em caso de desabastecimento temporário.
Resolução Camex n°99: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=02/01/2018&jornal=515&pagina=17&totalArquivos=106
MDIC. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. COMÉRCIO EXTERIOR. Brasil investiga dumping nas exportações para o país de filmes PET do Peru e Barein
SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro abriu uma investigação para apurar a prática de dumping nas exportações de filmes PET do Barein e do Peru para o país, após ver indícios de que a venda a preços mais baixos pode ter causado danos à indústria doméstica.
A queixa foi apresentada em outubro pela empresa Terphane, única fabricante brasileira do produto, e engloba o período de julho de 2016 a junho de 2017, de acordo com circular da Secretaria de Comércio Exterior publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira.
Os filmes PET são commodities da indústria de filmes de poliéster, utilizados na indústria de conversão de embalagens flexíveis e em algumas aplicações industriais, tais como desmoldagem de telhas e isolamento de cabos elétricos e telefônicos.
A Secex apurou que o valor normal dos filmes PET exportados pelo Barein é de 1,951 mil dólares por tonelada, enquanto o preço de exportação para o Brasil no período foi de 1,517 mil dólares. No caso do Peru, o preço normal apurado foi de 3,622 mil dólares, com o preço de exportação para o Brasil de 1,838 mil dólares por tonelada.
“Para fins de início desta investigação ... concluiu-se haver indícios de que as importações de filmes PET do Barein e do Peru a preços com indícios de dumping contribuíram significativamente para a existência dos indícios de dano à indústria doméstica”.
A Secex também encontrou evidência de dumping nas exportações da Tailândia de filmes PET para o Brasil, mas diante dos baixos volumes “não foram identificados indícios de que essas importações poderiam estar causando dano à indústria doméstica”.
Por Raquel Stenzel
MDIC. 02 de Janeiro de 2018. MDIC lança VI Catálogo de Oportunidades de Investimentos. Documento apresenta 137 projetos, que somam US$ 32 bilhões em novos investimentos no país
Brasília (2 de janeiro) – A Rede Nacional de Informações para Investimentos (Renai), coordenada pela secretaria de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, lançou o VI Catálogo de Oportunidades de Investimentos.
No documento, são apresentados 137 projetos, que podem totalizar mais de US$ 32 bilhões em novos investimentos em todo Brasil.
Estão incluídos empreendimentos de diversos setores, como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, telecomunicações, distribuição de energia, mobilidade urbana e turismo, bem como projetos de caráter público e público-privados, que permitem a participação de investidores nacionais e estrangeiros.
- VI Catálogo de Oportunidades de Investimentos: http://www.mdic.gov.br/images/REPOSITORIO/sdci/decoi/cgpi/renai/VI-Catalogo-da-Renai.pdf
- Renai: http://investimentos.mdic.gov.br/
ANP. PETROBRÁS. 02 de Janeiro de 2018. ENERGIA. Resolução do CNPE estabelece participação da Petrobras na 4ª Rodada de Partilha
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou, nesta terça-feira (2/1), a Resolução nº 25, de 19 de dezembro de 2017, que estabelece a participação da Petrobras nos blocos da 4ª Rodada de Partilha da Produção. De acordo com a legislação atual, a empresa tem o direito de preferência para atuar como operadora nos blocos do pré-sal.
A resolução determina que, conforme manifestação da Petrobras ao Ministério de Minas e Energia, o edital da rodada deverá indicar que a participação obrigatória da empresa, como operadora, ocorrerá com 30% nas áreas de Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru.
A 4ª Rodada de Partilha da Produção está prevista para ocorrer no dia 7 de junho e oferecerá as áreas de Itaimbezinho, Três Marias, Dois Irmãos, Saturno e Uirapuru, nas bacias de Campos e Santos.
Resolução CNPE nº 25/2017: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=515&pagina=16&data=02/01/2018
ANP. PETROBRÁS. PORTAL G1. 02/01/2018. ENERGIA. Petrobras terá 30% de participação em três áreas da 4ª rodada de leilões do pré-sal, define conselho de política energética. Decisão foi publicada na edição desta terça-feira (2) do 'Diário Oficial da União'. Estatal manifestou interesse em participar da exploração das áreas de Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru.
Por G1, Brasília
Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicada na edição desta terça-feira (2) do "Diário Oficial da União" definiu que o edital da quarta rodada de licitações do pré-sal – que será realizada em 7 de junho – deverá prever participação obrigatória de 30% da Petrobras na exploração das áreas de Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru, nas bacias de Campos e Santos.
A estatal do petróleo acionou, por meio do Ministério de Minas e Energia, seu direito de operadora da exploração petrolífera dos campos de petróleo sob o regime de partilha.
No leilão de junho, além de Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru, também serão oferecidas para exploração as áreas de Itaimbezinho e Saturno, também localizadas nas bacias de Campos e Santos. No entanto, a Petrobras ainda não oficializou interesse em participar da exploração dessas últimas duas áreas.
Com essa decisão, a Petrobras terá que desembolsar, pelo menos, R$ 945 milhões em bônus de assinatura na concorrência da quarta rodada do pré-sal.
A rodada sob regime de partilha leiloará cinco áreas exploratórias de petróleo e gás no pré-sal, com bônus de assinatura total fixo de R$ 4,65 bilhões. Nos leilões do pré-sal, no entanto, ganha o certame quem ofertar o maior percentual de óleo lucro ao governo.
"É importante destacar que a Petrobras poderá ampliar o percentual (mínimo) de 30% indicado para as áreas onde está exercendo seu direito de preferência, formando consórcios para participar das licitações", disse a empresa.
Áreas do pré-sal
Uirapuru, uma das áreas do pré-sal em que a Petrobras manifestou interesse de participar da exploração petrolífera, responde por mais da metade do bônus total estabelecido para o leilão.
A estatal do petróleo também não descartou interesse nas áreas em que não manifestou seu direito de preferência.
Em relação às áreas em que a Petrobras não exerceu o seu direito de preferência, a companhia poderá participar em condições de igualdade com os demais licitantes, seja para atuação como operador ou como não-operador.
Bônus do leilão
Veja o valor dos bônus do leilão agendado para 7 de junho para cada uma das áreas do pré-sal:
- R$ 2,650 bilhões para Uirapuru
- R$ 1,450 bilhão para Saturno
- R$ 400 milhões para Dois Irmãos
- R$ 100 milhões para Três Marias
- R$ 50 milhões para Itaimbezinho
O governo estabeleceu para o leilão percentual mínimo do excedente em óleo da União, no período de vigência do contrato, em 22,18% para Uirapuru; 14,12% para Saturno; 16,43% para Dois Irmãos; 8,32% para Três Marias e 7,07% para Itaimbezinho.
ANP. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. ENERGIA. CNPE formaliza que Petrobras disputará 3 áreas como operadora no leilão do pré-sal de 2018
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou nesta terça-feira resolução que atende manifestação da Petrobras e estabelece que a empresa participará como operadora na disputa por três áreas do pré-sal que serão licitadas neste ano, na 4ª Rodada sob regime de partilha de produção.
Marcada para 7 de junho, o leilão vai ofertar um total de cinco áreas, com um bônus de assinatura total fixo de 4,65 bilhões de reais.
Na resolução, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, o CNPE estabeleceu que, conforme manifestação da Petrobras ao governo, o edital da rodada deverá indicar que a participação obrigatória da petroleira, como operadora, ocorrerá com 30 por cento em cada uma das áreas de Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru.
Caso a participação da empresa nas áreas se confirme, a Petrobras deverá pagar um total de 945 milhões de reais apenas a título de bônus de assinatura ao governo.
Por Marta Nogueira
ANP. 02 de Janeiro de 2018. Produção no pré-sal aumenta 1,5% em novembro
A produção de petróleo no Brasil em novembro totalizou 2,595 milhões de barris por dia (bbl/d), uma redução de 1,2% na comparação com o mês anterior e de 0,5% em relação ao mesmo mês em 2016.
Já a produção de gás natural totalizou 113 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), uma redução de 1% em relação ao mês anterior e aumento de 2,1% em relação a novembro de 2016.
A produção total de petróleo e gás natural no País foi de aproximadamente 3,308 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
Pré-sal
A produção do pré-sal em novembro totalizou aproximadamente 1,652 milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 1,5% em relação ao mês anterior. A produção, oriunda de 83 poços, foi de 1,327 milhão de barris de petróleo por dia e 52 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, correspondendo a 49,9% do total produzido no Brasil.
Os poços do pré-sal são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.
Queima de gás
O aproveitamento de gás natural no Brasil no mês de novembro alcançou 96,9% do volume total produzido. A queima de gás totalizou 3,6 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 5,1% se comparada ao mês anterior e redução de 6,9% em relação ao mesmo mês em 2016.
Campos produtores
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 840 mil bbl/d de petróleo e 35,5 milhões de m3/d de gás natural.
Os campos marítimos produziram 95,3% do petróleo e 79,4% do gás natural. A produção ocorreu em 8.014 poços, sendo 732 marítimos e 7.282 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 93,7% do petróleo e gás natural. Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.102. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 94.
A FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Lula, por meio de 6 poços a ela interligados, produziu 190,9 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.
Outras informações
Em novembro de 2017, 304 áreas concedidas, uma cessão onerosa e uma de partilha, operadas por 27 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 77 são concessões marítimas e 229 terrestres. Vale ressaltar que, do total das áreas produtoras, duas encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras oito são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.
O grau API médio foi de 27, sendo 37,6% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 47% óleo médio (>=22 API e <31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 126,2 mil boe/d, sendo 101,9 mil bbl/d de petróleo e 3,9 milhões de m3/d de gás natural. Desse total, 121,1 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 5,1 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 344 boe/d em Alagoas, 2.237 boe/d na Bahia, 62 boe/d no Espírito Santo, 2.174 boe/d no Rio Grande do Norte e 233 boe/d em Sergipe.
DOCUMENTO: http://www.anp.gov.br/wwwanp/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural
MOODY'S. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. ENERGIA. Moody's vê preços do petróleo a US$40-US$60 por barril neste ano
(Reuters) - A Moody’s afirmou nesta terça-feira que prevê preços de petróleo na faixa de 40 dólares a 60 dólares por barril em 2018, com abundantes suprimentos de gás natural dos Estados Unidos pressionando preços, mesmo que a demanda suba.
“Os preços provavelmente permanecerão dentro da faixa, com possível volatilidade, em uma combinação de produção crescente de ‘shale’ dos EUA, fornecimento global reduzido mais ainda significativo e potencial não cumprimento dos cortes de produção acordados - especialmente se o crescimento da demanda for mais morno”, disse a Moody‘s.
O aumento do preço do petróleo no fim de 2017 foi apoiado por notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estendeu seu acordo para reduzir a produção e pela “agitação política” no Oriente Médio, disse a Moody‘s.
Por Kanishka Singh em Bangalore
OPEP. RUSSIA. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. ENERGIA. Produção de petróleo da Rússia cresce em 2017 para uma máxima de 30 anos
MOSCOU (Reuters) - A produção de petróleo da Rússia continuou a crescer em 2017, com produção média diária atingindo uma máxima de 30 anos a 10,98 milhões de barris por dia, embora o ritmo de crescimento tenha diminuído a partir de 2016 devido à participação do país no acordo de fornecimento global liderado pela Opep.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros grandes produtores de petróleo concordaram em cortar a produção combinada de petróleo em quase 1,8 milhão de barris por dia (bpd) desde o início de 2017 para sustentar os preços.
A Rússia disse que reduziria sua produção em 300 mil bpd ante a máxima mensal de 30 anos de 11,247 milhões de bpd atingida em outubro de 2016 e alcançou a meta de corte no segundo trimestre.
A Opep e a Rússia concordaram posteriormente em prorrogar os cortes para todo o ano de 2018.
Os dados do Ministério da Energia russo mostraram que a produção de condensados de petróleo e gás foi de 10,95 milhões de bpd em dezembro, ante 10,94 milhões de bpd em novembro.
Para todo o ano de 2017, a produção média foi de 10,98 milhões de bpd, contra 10,96 milhões de bpd em 2016 e 10,72 milhões de bpd em 2015.
Por Vladimir Soldatkin31>
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<31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA EM 201731>
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MDIC. 31>02 de Janeiro de 2018. <31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">MDIC 31>Marcos Pereira destaca saldo histórico de US$ 67 bilhões na balança comercial de 2017. Para o Ministério, aumento das exportações e das importações indica retomada do crescimento da economia brasileira
Brasília (2 de janeiro) – Em entrevista coletiva na sede do MDIC em Brasília, para comentar os dados da balança comercial do ano, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, destacou o saldo comercial recorde atingido pelo Brasil, de US$ 67 bilhões, e o primeiro crescimento das exportações brasileiras depois de cinco anos e das importações em três anos.
As vendas externas do país totalizaram US$ 217,746 bilhões, no ano passado. Sobre 2016, foi registrado crescimento de 18,5%, pela média diária.
Ao falar do balanço das importações, o ministro lembrou que elas somaram US$ 150,745 bilhões e que houve um acréscimo em relação a 2016 de 10,5%, pela média, sobre o mesmo período anterior (US$ 137,552 bilhões). “O acréscimo das importações, segundo os economistas, significa que houve retomada do crescimento da economia brasileira”, afirmou Marcos Pereira.
A corrente de comércio em 2017 alcançou US$ 368,491 bilhões, representando aumento de 15,1% sobre o ano anterior (US$ 322,787 bilhões).
Já o saldo comercial (US$ 67 bilhões) foi 40,5% superior ao alcançado em igual período de 2016 (US$ 47,683 bilhões).
“O superávit recorde em 2017 se deve ao aumento das exportações e das importações durante o ano. Importante destacar esse desempenho porque o saldo aferido em 2016 foi resultado de uma queda nas importações de 20% e também das exportações de 3,5%, em relação a 2015. Agora temos uma retomada real da economia e sobretudo no comércio exterior brasileiro”, disse o ministro.
“Em relação aos volumes de exportações”, completou, “2017 terminou com recorde de 692 milhões de toneladas, o que representou um crescimento 7,2% em relação a 2016”. O ministro observou também que este crescimento ocorreu sobre uma base de comparação elevada, que já havia sido recorde.
“Verificou-se ainda uma recomposição dos preços das commodities exportadas”, avaliou o ministro. “O ano de 2016, registrou o menor nível de preços de exportações em cerca de 10 anos. Já em 2017, tivemos aumento médio de 10,1% dos preços da pauta exportadora”, esclareceu. O minério de ferro teve aumento de 40,9%, o petróleo em bruto de 32,2%, a celulose de 11,3%, o açúcar em bruto de 10,7%, e os semimanufaturados de ferro e aço de 34% na comparação com 2016.
Expectativas para 2018
Quem falou das expectativas para 2018 foi o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto.
Segundo ele, é esperado um aumento do comércio pelo segundo ano consecutivo. “Nossa expectativa é que os valores tanto das exportações quanto das importações sejam os melhores dos últimos três anos, superiores a 2015, 2016 e 2017.”
“O saldo positivo deve ser robusto e ficar na casa de US$ 50 bilhões de dólares, o que seria o segundo maior superávit da série histórica brasileira, atrás apenas de 2017”, disse. Segundo o secretário, isto deve acontecer pela tendência das importações crescerem mais do que as exportações em 2018.
Confira as principais projeções do MDIC para 2018
- Aquecimento da demanda interna. “O crescimento esperado para a economia brasileira em 2018 deve intensificar a demanda por importações, tanto por parte das empresas – com o interesse na aquisição de bens intermediários, insumos e bens de capital – quanto das famílias brasileiras que, com o aumento de renda e da confiança na economia, devem aumentar as aquisições, principalmente de bens de consumo”, avalia Neto.
- Aumento da produção de commodities minerais, em especial, de petróleo e de minério de ferro. A previsão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) é de crescimento da produção de petróleo em bruto de 11,5%. O que representará, consequentemente, na avaliação do secretário, aumento das exportações desses dois itens em 2018.
- Manutenção do volume exportado de grãos. “Temos a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) da segunda maior safra de grãos da história, com 226,5 milhões de toneladas, uma redução de aproximadamente 5% em relação à safra recorde de 2017. E esta segunda maior safra, combinada com nível elevado de estoque de grãos, deve fazer com que mantenhamos o nosso volume de vendas externas em quantidade para 2018”, analisa o secretário.
- Projeções de crescimento da economia e do comércio mundial. Segundo o FMI, a economia mundial deve crescer 3,7% neste ano, inclusive com aumento de importantes parceiros comerciais brasileiras como a China, que deve crescer 6,5%, além de EUA (2,3%), Argentina (2,5%), Zona do Euro (1,9%), além de América Latina e Caribe (1,9%). Já a OMC prevê que o comércio mundial cresça 3,2% em volume em 2018. “Ambos os aumentos – da economia e do comércio mundiais - devem contribuir para o bom desempenho da balança comercial brasileira”, explica.
- Manutenção do nível da taxa de câmbio. Esta é uma previsão do Boletim Focus de taxa média do dólar de 3,31 reais para o ano. Algo parecido com a média de 2017, que foi de 3,19 reais. “Seria uma desvalorização do real frente ao dólar de aproximadamente 4%, apenas”, disse.
- Ações de abertura e facilitação de comércio. Teremos efeitos positivos de ações em curso realizadas pelo MDIC. “Eu destaco o início da vigência do nosso Acordo Automotivo com a Colômbia, permitindo em 2018 a exportação de uma cota de 25 mil unidades de veículos sem Importo de Importação” disse o secretário, reforçando que o setor também prevê um aumento de 10,6% nas exportações gerais de veículos em 2018. Abrão citou ainda o início da vigência do Acordo de Livre Comércio com o Egito, para onde o Brasil exportou US$ 2,4 bilhões em 2017.
- Portal Único de Comércio Exterior. Em implantação faseada, o Portal Único de Comércio Exterior permitiu, em 2017, o início do Novo Processo de Exportações. Para 2018, está previsto o início do Novo Processo de Importação. O secretário ressaltou que ao longo de 2017 os dois sistemas existentes, o atual e o novo, conviveram paralelamente. Mas que, a partir de 2 de julho de 2018, todas as exportações deverão ser feitas, exclusivamente, por meio do Portal Único de Comércio Exterior. “Com isso, esperamos ganhos nas nossas vendas externas e corrente de comércio, sendo que, ao longo de 2018 será implantado também o Novo Processo de Importações que trará menos burocracia e outras vantagens para o comércio exterior brasileiro”.
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31> <31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">MDIC. PORTAL G1. 31>02/01/2018. Com superávit de US$ 67 bilhões, balança comercial registra em 2017 o melhor resultado em 29 anos. Exportações cresceram 18,5% em 2017, para US$ 217,74 bilhões; somente a China comprou US$ 50 bilhões em produtos brasileiros. Já as importações cresceram 10,5%, para US$ 150,74 bilhões.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações maiores que importações) de US$ 67 bilhões em todo ano de 2017, informou nesta terça-feira (2) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Segundo a pasta, trata-se do melhor resultado para um ano fechado desde o início da série histórica do ministério, em 1989, ou seja, em 29 anos.
No ano anterior, em 2016, a balança também registrou superávit, mas menor: US$ 47,68 bilhões. Esse valor representava o recorde histórico até então.
"As exportações cresceram [em 2017] após cinco anos. É algo realmente de se ressaltar. O aumento de 18,5% mostra esse crescimento extraordinário. Em valores absolutos, tivemos um crescimento de US$ 32,5 bilhões. Desempenho decorrente tanto do crescimento do volume de exportações quanto do preço. Já as importações tiveram seu primeiro crescimento após três anos", afirmou o ministro da Indústria, Marcos Pereira.
Balança Comercial
Saldo anual, em US$ bilhões
2013
2,286
2,286
Fonte: MDIC
Exportações e importações
O saldo comercial recorde de 2017 se deve a um crescimento maior das vendas externas, do que das importações: que registraram uma alta menor.
Em todo ano passado, as exportações somaram US$ 217,74 bilhões, com média diária de US$ 874 milhões (alta de 18,5% sobre o mesmo período do ano passado). É o maior valor desde 2014, ou seja, em três anos.
O valor registrado nas exportações, por sua vez, é resultado de dois fatores: quantidade exportada e o preço do produto. Os números oficiais mostram que as vendas externas subiram mais por conta do preço do que pelo volume de vendas.
Em todo ano de 2017, a quantidade de produtos exportados subiu 7,6% na comparação com o ano passado, mas o preço dos produtos brasileiros ficou maior: 10,1%.
Cresceram, no último ano, as vendas ao exterior de produtos básicos (+28,7%), de manufaturados (+9,4%), e também as exportações de produtos semimanufaturados (+13,3%).
Já as importações somaram US$ 150,74 bilhões em 2017, ou US$ 605 milhões por dia útil (aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2016). Trata-se do maior valor para as importações desde 2015, isto é, em dois anos.
Avançaram as compras do exterior de combustíveis e lubrificantes (+42,8%), de bens intermediários (+11,2%) e também de bens de consumo (+7,9%), mas recuaram as importações de máquinas e equipamentos para produção (-11,4%)
Compradores e vendedores
Segundo os números do governo, a China continuou sendo o maior comprador de produtos brasileiros no ano passado. Em 2017, o país asiático comprou US$ 50,2 bilhões do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (US$ 26,9 bilhões), pela Argentina (US$ 17,6 bilhões) e pelos Países Baixos (US$ 9,3 bilhões).
Ao mesmo tempo, a China também foi o maior vendedor para o Brasil. No ano pasasdo, as importações do país asiático somaram US$ 27,9 bilhões, seguido dos Estados Unidos (US$ 24,8 bilhões), da Argentina (US$ 9,4 bilhões) e da Alemanha (US$ 9,2 bilhões).
Estimativas do mercado e do BC para 2018
A expectativa do mercado financeiro para este ano é de piora do saldo comercial, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 52,5 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2018. Para o Ministério da Indústria, o saldo positivo ficará em cerca de US$ 50 bilhões neste ano.
O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 59 bilhões para este ano, com exportações em US$ 225 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 166 bilhões.
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31> <31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">MDIC. REUTERS. 31>2 DE JANEIRO DE 2018. Superávit comercial deve cair a US$ 50 bi neste ano, após recorde de US$67 bi em 2017, diz ministério
BRASÍLIA (Reuters) - A aceleração da atividade econômica em 2018 deve elevar as importações e reduzir o saldo da balança comercial brasileira ao patamar de 50 bilhões de dólares, afirmou o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, nesta terça-feira.
As compras no exterior vão crescer mais por conta do aumento da demanda interna tanto de empresas, com interesse em aquisição de bens intermediários, insumos e bens de capital, quanto das famílias que devem pressionam a demanda por bens de consumo, afirmou Abrão Neto.
Neste cenário, as importações devem acelerar mais que as exportações, que também devem crescer em 2018, mas num ritmo mais lento, de acordo com o secretário. Há a expectativa de que tanto as exportações quanto importações terminem este ano no maior valor desde 2015.
“Nossa expectativa é de um superavit robusto, na casa de 50 bilhões de dolares”, disse o secretário. “Isso deve acontecer porque as importações, na nossa avaliação, crescerão mais que as exportações em 2018.”
A balança comercial brasileira encerrou 2017 com superávit recorde de 67 bilhões de dólares, ultrapassando os 47,683 bilhões de 2016, informou nesta terça-feira o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Foi o segundo ano seguido em que a balança comercial registrou superávit recorde, apresentando em 2017 um aumento de 40,5 por cento sobre 2016.
A balança comercial demonstrou fôlego depois da recessão no biênio 2015-2016 e da lenta recuperação econômica no ano passado. Em agosto, o superávit comercial já havia ultrapassado o saldo de todo o ano de 2016.
O resultado recorde da balança comercial no ano foi marcado tanto por um aumento das exportações quanto das importações.
Em 2017, as exportações superaram em 18,5 por cento os embarques registrados entre janeiro e dezembro do ano anterior pela média diária. As exportações em 2017 somaram 217,746 bilhões de dólares, contra 185,235 bilhões em 2016.
O aumento foi impulsionado principalmente pelas vendas de produtos básicos (+28,7 por cento), com destaque para a alta de 66,4 por cento do petróleo em bruto.
Já as importações registraram no ano aumento de 10,5 por cento, chegando a 150,745 bilhões de dólares no ano passado sobre 137,552 bilhões em 2016.
O destaque foi a alta de 42,8 por cento nas compras de combustíveis e lubrificantes.
As compras externas de derivados de petróleo saltaram no ano passado, superando 200 milhões de barris, diante da queda da participação de mercado pela Petrobras, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgados na semana passada.
Na pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que em 2018 o Brasil registre um superávit comercial menor, de 52,5 bilhões de dólares.
Em dezembro do ano passado, o saldo da balança comercial foi de superávit de 4,998 bilhões de dólares, com as exportações a 17,595 bilhões e as importações a 12,598 bilhões de dólares.
Por Mateus Maia
MDIC. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. Balança comercial do Brasil termina 2017 com superávit recorde de US$67 bi, diz ministério
BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira encerrou 2017 com superávit recorde de 67 bilhões de dólares, ultrapassando os 47,683 bilhões de 2016, informou nesta terça-feira o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Foi o segundo ano seguido em que a balança comercial registrou superávit recorde, apresentando em 2017 um aumento de 40,5 por cento sobre 2016.
A balança comercial demonstrou fôlego depois da recessão no biênio 2015-2016 e da lenta recuperação econômica no ano passado. Em agosto, o superávit comercial já havia ultrapassado o saldo de todo o ano de 2016.
O resultado recorde da balança comercial no ano foi marcado tanto por um aumento das exportações quanto das importações.
Em 2017, as exportações superaram em 18,5 por cento os embarques registrados entre janeiro e dezembro do ano anterior pela média diária. As exportações em 2017 somaram 217,746 bilhões de dólares, contra 185,235 bilhões em 2016.
O aumento foi impulsionado principalmente pelas vendas de produtos básicos (+28,7 por cento), com destaque para a alta de 66,4 por cento do petróleo em bruto.
Já as importações registraram no ano aumento de 10,5 por cento, chegando a 150,745 bilhões de dólares no ano passado sobre 137,552 bilhões em 2016.
O destaque foi a alta de 42,8 por cento nas compras de combustíveis e lubrificantes.
As compras externas de derivados de petróleo saltaram no ano passado, superando 200 milhões de barris, diante da queda da participação de mercado pela Petrobras, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgados na semana passada. [nL1N1OT0M8]
Na pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que em 2018 o Brasil registre um superávit comercial menor, de 52,5 bilhões de dólares.[nL1N1OX0AJ]
Em dezembro do ano passado, o saldo da balança comercial foi de superávit de 4,998 bilhões de dólares, com as exportações a 17,595 bilhões e as importações a 12,598 bilhões de dólares.
Por Mateus Maia
MDIC. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. Brasil exporta recorde de 68 mi t de soja em 2017; venda de milho chega a quase 30 mi t
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de soja do Brasil cresceram cerca de 32 por cento em 2017 ante 2016 e alcançaram um recorde de 68,15 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
O volume ficou ligeiramente acima do esperado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que previa embarques de 67,8 milhões de toneladas, e reflete a volumosa safra do ano passado.
Maior exportador mundial da oleaginosa, o Brasil colheu na temporada 2016/17 um recorde de aproximadamente 114 milhões de toneladas, em meio a condições climáticas consideradas pelo mercado como “perfeitas”.
A ampla oferta permitiu ao país esticar as exportações para além da janela habitual, mantendo os embarques em ritmo forte durante praticamente todo o ano.
Em dezembro, por exemplo, foram vendidas ao exterior 2,36 milhões de toneladas de soja, ante apenas 650 mil toneladas um ano antes e acima também das 2,14 milhões de toneladas reportadas em novembro.
Para 2018, a Abiove estima exportações de 65 milhões de toneladas do produto, enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento projeta uma safra de 109,2 milhões de toneladas.
MILHO
Os embarques de milho do Brasil cresceram quase 34 por cento em 2017 na comparação com 2016, para 29,24 milhões de toneladas.
No fim do ano passado, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) chegou a prever embarques de 33 milhões de toneladas, mas depois afirmou que a estimativa se situava mesmo na casa de 30 milhões de toneladas.
Especificamente em dezembro, o Brasil exportou 3,99 milhões de toneladas de milho, bem acima das 1,01 milhão de toneladas de igual mês de 2016. Em novembro, as vendas ao exterior totalizaram 3,52 milhões de toneladas.
Por José Roberto Gomes
MDIC. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. Exportação de café do Brasil cai em 2017 pelo segundo ano consecutivo
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de café verde do Brasil em 2017 somaram 27,46 milhões de sacas de 60 kg, queda de quase 10 por cento na comparação com 2016, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Os números confirmaram a expectativa de que o país fechasse o ano passado com embarques menores pelo segundo ano consecutivo.
Maior exportador global de café, o Brasil vem perdendo seu peso no comércio da commodity desde 2015, quando embarcou um volume recorde.
O motivo por trás disso foi principalmente a quebra de produção de robusta no Espírito Santo em 2015 e 2016 por causa da seca, que apertou as reservas da variedade e fez o país perder clientes no exterior.
Para 2018, a previsão também é de exportações também tímidas.
Especificamente em dezembro, o Brasil exportou 2,58 milhões de sacas de café verde, abaixo das 2,70 milhões de sacas de novembro e das 2,91 milhões de sacas de igual mês de 2016.
AÇÚCAR
As vendas externas de açúcar bruto do Brasil fecharam 2017 com leve queda de 1,4 por cento na comparação com 2016, em 23,3 milhões de toneladas.
Em dezembro, as vendas caíram 26,8 por cento na comparação anual, para 1,53 milhão de toneladas.
Por José Roberto Gomes
MDIC. ANP. REUTERS. 2 DE JANEIRO DE 2018. Brasil exporta 25 por cento mais petróleo em 2017, aponta Secex
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil exportou em 2017 cerca de 51,96 milhões de toneladas de petróleo, alta de quase 25 por cento na comparação com 2016, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Especificamente em dezembro, as exportações do país cresceram 15 por cento na comparação anual, para 3,03 milhões de toneladas, após marcar o pior mês do ano em novembro, com 2,53 milhões de toneladas.
Além da Petrobras, estão entre os principais produtores do Brasil a anglo-holandesa Shell, a portuguesa Petrogal, da Galp, e a sino-espanhola Repsol Sinopec.
FERRO
As exportações de minério de ferro do Brasil totalizaram 383,54 milhões de toneladas em 2017, alta de 2,5 por cento sobre 2016.
Somente no mês de dezembro foram embarcadas 32,77 milhões de toneladas, queda ante as 35,12 milhões de toneladas de igual mês de 2016.
O Brasil é um dos principais players globais do setor de minério de ferro, tendo a Vale como maior exportadora do mundo.
Por José Roberto Gomes
MDIC. Valor Econômico. 02/01/2018. Após recorde em 2017, ministério prevê superávit de US$ 50 bilhões neste ano
Por Estevão Taiar e Cristiano Zaia | De São Paulo e Brasília
DivulgaçãoAbrão Neto, secretário de Comércio Exterior: aumento maior nas importações
A balança comercial brasileira deve ter um superávit de cerca de US$ 50 bilhões em 2018, segundo estimativa do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Se confirmada a projeção, será o segundo maior saldo comercial desde 1989, inferior apenas ao resultado do ano passado - US$ 67 milhões -, divulgado ontem.
"Tanto as importações quanto as exportações devem continuar crescendo e atingir o maior valor dos últimos três anos, mas deve haver um aumento maior nas importações", disse o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, durante a apresentação dos números da balança comercial do ano passado.
O resultado de 2017 ficou em linha com as estimativas mais recentes do ministério, que apontavam para superávit entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões. Em dezembro, as vendas para o exterior superaram as compras em US$ 5 bilhões. Em 2016, a balança comercial havia ficado positiva em US$ 47,692 bilhões.
No ano passado, as exportações somaram US$ 217,7 bilhões, alta de 18,5% em relação a 2016, maior resultado desde 2014. As importações totalizaram US$ 150,7 bilhões, resultado 10,5% maior que em 2016. As vendas foram puxadas principalmente por produtos básicos (alta de 28,7%), seguidas por semimanufaturados (13,3%) e manufaturados (9,4%).
Entre os produtos básicos, o destaque ficou para a soja em grão, cujos embarques cresceram 34,1%, para US$ 25,7 bilhões em relação ao ano passado. Depois vieram carne bovina, com alta de 17,7%, para US$ 5,075 bilhões, e milho em grão, com alta de 26%, para US$ 4,5 bilhões.
"O crescimento dos produtos básicos se deve muito à safra de grãos, que bateu recorde em 2017", afirmou o secretário. As vendas do agronegócio brasileiro subiram 11%, para US$ 95 bilhões, com destaque para carne, celulose e açúcar.
No setor de manufaturados, cresceram principalmente as exportações de automóveis - alta de 43,9% para US$ 6,6 bilhões.
Os desembarques foram puxados pelo crescimento das compras de combustíveis e lubrificantes (42,8%), bens intermediários (11,2%) e bens de consumo (7,9%). O destaque negativo ficou para os bens de capital (recuo de 11,4%), sinalizando um cenário de recuperação ainda lenta e incerta dos investimentos.
O quadro desenhado por analistas para este ano é semelhante ao projetado pelo ministério. Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio da Barral M Jorge Consultores, também calcula que o superávit comercial ficará em torno de US$ 50 bilhões, principalmente por causa da expansão das importações.
"Com a retomada da economia, inevitavelmente, haverá esse crescimento das importações", diz Barral. O Itaú tem estimativa ligeiramente mais otimista, de US$ 55 bilhões, "em função dos preços médios de commodities mais baixos e da recuperação da atividade", diz a economista Julia Gottlieb em relatório." Os dados de dezembro já apontam nessa direção", afirma.
Para Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), em 2018 "o jogo deve ser um pouco mais equilibrado" entre importações e exportações. Ele, entretanto, não divulga projeções para a balança comercial.
Apesar do avanço de 10,5% das importações ao longo de 2017, Cagnin lembra que em dezembro elas já registravam crescimento de 16,5% em relação ao mesmo mês de 2016. "Isso já mostra um dinamismo um pouco melhor da economia brasileira", afirma o economista.
Abrão Neto também chamou atenção para a expectativa de crescimento da chamada "conta petróleo", que deve ter um aumento em relação ao superávit comercial de US$ 3,681 bilhões registrado em 2017. Esse crescimento deve vir principalmente do volume exportado.
Em 2017, os principais destinos das exportações brasileiras foram China, com US$ 50,2 bilhões, EUA (US$ 26,9 bilhões), Argentina (US$ 17,6 bilhões), Holanda (US$ 9,3 bilhões) e Japão (US$ 5,3 bilhões).
As vendas de produtos brasileiros para o mercado chinês aumentaram 35,3% no ano passado, puxadas pela soja em grão, petróleo bruto, minério bruto, carne bovina, celulose, minério de manganês, hidrocarbonetos, ferro-ligas, óleo de soja, entre outros produtos.
Para Barral, a alta dependência do mercado chinês é o principal risco para a balança comercial em 2018. "São vendas concentradas em poucos produtos, principalmente soja e minério de ferro, e grandes oscilações de preço podem prejudicar o valor recebido por essas vendas", afirma o economista.
A China foi também o maior vendedor de produtos para o Brasil. Em 2017, as importações chinesas somaram US$ 27,9 bilhões. Em seguida vieram EUA (US$ 24,8 bilhões), Argentina (US$ 9,4 bilhões) e Alemanha (US$ 9,2 bilhões). (Colaborou Ana Conceição, de São Paulo)
MDIC. O Estado de S. Paulo. 02/01/2018. Exportação cresce após 5 anos e saldo comercial bate recorde. Resultado de US$ 67 bilhões é o melhor desde 1989 e teve impacto da alta nas vendas de petróleo e automóveis
Anne Warth e Fernando Nakagawa / BRASÍLIA
As exportações brasileiras voltaram a crescer depois de cinco anos de queda, levando a balança comercial a registrar saldo positivo de US$ 67 bilhões no ano passado – melhor resultado da série histórica iniciada em 1989. O recorde anterior era de 2016 e somava US$ 47,6 bilhões. As importações tiveram a primeira alta após três anos consecutivos de retração. O resultado foi reforçado pelas vendas recordes de petróleo (em volume) e de automóveis (em valor). Novos acordos comerciais e câmbio favorável contribuíram para a exportação de 200 mil carros a mais em 2017. Com isso, os automóveis passaram da 9.ª para a 5.ª colocação no ranking de produtos exportados. Os principais itens vendidos para o exterior continuam sendo minério de ferro (em valor) e soja (em volume), mas em 2017 a conta petróleo – resultado entre o que é comprado e o que é vendido – teve saldo positivo pelo segundo ano consecutivo. Para Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, o resultado “sinaliza uma retomada econômica”. Para este ano, a expectativa é de saldo ainda positivo, mas em torno de US$ 50 bilhões.
Depois de cinco anos em queda, as exportações brasileiras voltaram a crescer levando a balança comercial a registrar um saldo positivo de US$ 67 bilhões no ano passado – o melhor resultado da série histórica iniciada em 1989. Já as importações tiveram o primeiro aumento após três anos consecutivos de retração.
O resultado contou com a contribuição das vendas recordes de petróleo (em volume) e de automóveis (em valor) para o mercado externo. Historicamente, o País é importador líquido de petróleo, mas nos últimos dois anos vendeu mais ao exterior do que comprou. Em 2017, o total exportado de petróleo bruto pelo Brasil cresceu 66,4%. O aumento da produção brasileira ajuda a explicar esse avanço.
A indústria automobilística contribuiu exportando 200 mil carros a mais no ano passado. A venda de automóveis de passageiros para outros países cresceu 43,9%. Entre os principais destinos dos veículos brasileiros, todos tiveram aumento das exportações. As vendas para a Argentina, por exemplo, cresceram 43% e para o Chile, 98%.
As montadoras dizem que o aumento é resultado de novos acordos comerciais e de um câmbio favorável, além de um esforço para conquistar novos clientes fora do Brasil. Com o aumento das exportações, os automóveis passaram da 9.ª para a 5.ª colocação no ranking de produtos exportados.
Os principais produtos exportados pelo País, no entanto, continuam sendo minério de ferro (em valor) e soja (em volume).
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio, Abrão Neto, classificou o resultado como “contundente”. “O número mais vistoso é o saldo comercial de US$ 67 bilhões, o que tem uma importância muito grande”, disse. O presidente Michel Temer, que está em repouso no Palácio Jaburu, recuperando-se de uma cirurgia, usou a rede social Twitter para comemorar: “Esse crescimento extraordinário mostra a retomada da economia brasileira.”
O recorde anterior da balança comercial era de 2016 e somava US$ 47,6 bilhões. Para este ano, a expectativa é de um saldo comercial positivo, mas menor, em torno de US$ 50 bilhões. Com a retomada da economia,
as importações devem crescer de forma mais intensa do que as exportações.
Em 2017, as exportações atingiram US$ 217,7 bilhões, um aumento de 18,5% em relação ao ano anterior. “Os economistas leem esses resultados como a retomada do crescimento da economia”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira. Para este ano, o secretário Abrão Neto prevê alta na aquisição de bens de consumo como consequência do aumento da demanda das famílias.
O economista da Consultoria Tendências Silvio Campos Neto destaca também o crescimento generalizado das importações brasileiras. “Ao mesmo tempo em que houve forte aumento das compras de combustíveis, os bens de consumo e os bens de capital ganharam consistência. É esse panorama que esperamos também para 2018.”
MDIC. O Globo. 02/01/2018. Recorde na balança comercial reforça retomada. Saldo positivo de US$ 67 bilhões é o maior desde 1989
GERALDA DOCA RAMONA ORDOÑEZ, BRASÍLIA E RIO
A balança comercial fechou 2017 com superávit recorde de US$ 67 bilhões, o melhor desempenho em quase três décadas, impulsionado por aumento de preços de commodities, supersafra agrícola e melhora do cenário internacional. O resultado contribui para o desenvolvimento econômico, com mais importação de máquinas e criação de empregos.
A balança comercial brasileira fechou 2017 com superávit recorde de US$ 67 bilhões. Foi o melhor resultado desde 1989, em 28 anos, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento. O desempenho pode ser atribuído à retomada da atividade econômica no Brasil e no exterior, à supersafra de grãos e à alta nos preços das commodities que o país exporta. O saldo de 2017 foi 40,5% superior ao registrado no ano anterior. As exportações somaram US$ 217 bilhões, e as importações, US$ 150,7 bilhões.
Para 2018, a projeção do governo para a balança comercial é de superávit de US$ 50 bilhões, inferior ao registrado no ano passado, justamente porque a tendência é que, com a melhora na economia, empresas e famílias passem a importar mais produtos.
— O crescimento esperado para a economia brasileira em 2018 deve intensificar a demanda por importações, tanto por parte das empresas, com o interesse na aquisição de bens intermediários, insumos e bens de capital, quanto das famílias brasileiras que, com o aumento de renda e da confiança na economia, devem aumentar as aquisições, principalmente de bens de consumo — afirmou o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto.
A economista Lia Valls, da Fundação Getulio Vargas (FGV), explica que o comércio exterior é importante por gerar divisas necessárias para se importar itens que ajudam o desenvolvimento econômico, além de gerar empregos e permitir melhora dos produtos no mercado interno:
— A ideia é não ser uma economia que vai produzir tudo, então tem que ter divisas para importar. A exportação obriga as empresas a tentarem ser mais eficientes, se modernizarem, e isso tem reflexo na economia. A baixa produtividade da indústria significa crescer menos, salários menores. Então, o comércio exterior é um indutor de aumento da produtividade da economia.
MELHORA NAS CONTAS EXTERNAS
O ministro do Desenvolvimento, Marcos Pereira, destacou que as exportações voltaram a subir após cinco anos de queda. Na comparação com 2016, as vendas externas cresceram 18,5%, com alta no preço das commodities e no volume embarcado. As importações subiram 10,5%, depois de três anos seguidos de queda, refletindo a recessão econômica. O saldo em 2016 foi obtido principalmente com a redução dos importados.
— O saldo em 2016 foi resultado de uma queda nas importações de 20% e também das exportações de 3,5%, em relação a 2015. Agora temos uma retomada real da economia.
O que também ajudou no saldo de quase US$ 70 bilhões foi a recomposição dos preços das commodities exportadas. Em 2016, os preços das exportações chegaram ao menor nível em cerca de dez anos. Já em 2017, o movimento foi oposto: alta média de 10,1% nos preços da pauta exportadora, segundo Pereira.
O saldo ajudou a reduzir em 69,3% o déficit do balanço de pagamentos (contas com o resto do mundo) de US$ 17,6 bilhões, entre janeiro e novembro de 2016, para US$ 5,4 bilhões no mesmo período do ano passado.
As exportações de 2017 foram puxadas por produtos básicos, cujos embarques subiram 35,5% na comparação com 2016, sobretudo de milho, soja, algodão, petróleo e carne bovina, envolvendo produtos de menor valor agregado. A venda de manufaturados (máquinas para terraplanagem, óleos combustíveis, chassis de motores e laminados planos) subiu14,7%. No caso dos semifaturados, houve pequena elevação de 8,8%, principalmente de ferro, aço e cobre.
Para 2018, a tendência, segundo o secretário de Comércio Exterior, é que a pauta continue dominada por produtos básicos, principalmente os minerais, o que envolve incertezas, sobretudo no que se refere ao comportamento do preço dessas commodities. Mas Abrão Neto minimizou a participação dos básicos na pauta exportadora, argumentando que manufaturados e semimanufaturados ainda respondem por 51% de todas as exportações.
Do lado das importações, os destaques foram as compras de combustíveis e lubrificantes, com alta de 42,8%; bens intermediários (insumos de produtos), avanço de 11,2%; e bens de consumo, que subiram 7,9%. Já as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos ) caíram 11,4%.
EFEITO DA RECUPERAÇÃO GLOBAL
Para empresários e especialistas, o resultado da balança comercial mostra que a retomada da economia, que deve continuar este ano, independe da crise política. O diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Aluísio Sobreira, estima que as importações este ano devem crescer em torno de 12%, enquanto as exportações deverão ficar estáveis, com alta entre 1% ou 2%. Para Sobreira, o país deve procurar exportar mais produtos de maior valor agregado:
— Não podemos ficar reféns de produtos básicos que oscilam de acordo com o mercado. Já houve uma melhora, com exportação expressiva de automóveis para a Argentina.
Para Lia Valls, da FGV, as exportações cresceram em 2017 por causa da recuperação da economia mundial. O comércio global cresceu entre 3,2% a 3,6% no ano passado, contra 1,3% em 2016 em relação ao ano anterior:
— Quem lidera as exportações são as commodities, e a China é nossa grande parceira. O setor externo continua não sendo uma restrição para a estabilidade da economia brasileira.
Lívio Ribeiro, também pesquisador do FGV, ressalta que o aumento das importações é um dos indicadores de reaquecimento da atividade industrial.
— Um pedaço grande do resultado da balança comercial esteve associado ao complexo da soja, ao minério de ferro e aos combustíveis. Estes setores têm efeitos secundários na economia real, geram renda e permitem mais crescimento, mais consumo. Já as importações têm relação direta com a capacidade de absorção da indústria, que usa insumos e máquinas importadas.
MDIC. MAPA. Folha de S. Paulo. Coluna "Vaivém das Commodities". 02/01/2018. Agronegócio amplia peso na balança, mas 2018 pode ser menos favorável
Por Mauro Zafalon
O excepcional ano de 2017 da agricultura e da pecuária refletiu na balança comercial brasileira. A produção de grãos foi recorde e a de carnes, apesar dos sérios problemas ocorridos no setor durante o primeiro semestre, permitiu um ritmo acelerado às vendas externas.
Os dez principais produtos da agropecuária geraram receitas de US$ 77,4 bilhões no ano passado, 15% mais do que em 2016. Apenas esses produtos foram responsáveis por 36% das receitas totais do país com as exportações.
O bom desempenho de 2017 poderá não se repetir em 2018. Um novo aumento de receitas terá de vir dos preços externos e não de volumes. As primeiras estimativas de produção indicam recuo na safra brasileira neste ano. Já as perspectivas para os preços externos, devido à oferta crescente de alimentos, também não são de elevação.
Qualquer interferência climática em uma das regiões produtoras, no entanto, muda completamente o cenário para o agronegócio.
LÍDER
Em 2017, o complexo soja (grãos, farelo e óleo) voltou a liderar a balança comercial brasileira. Safra elevada e demanda externa aquecida foram responsáveis pela entrada de US$ 31 bilhões no país. Esse valor supera em 25% o do período anterior.
A participação da soja foi intensa na balança durante todo o ano de 2017. O produto obteve a terceira posição entre os itens mais exportados no mês passado, um período de vendas externas tradicionalmente fracas. Em dezembro de 2016, a soja havia atingido apenas a sétima posição.
As carnes, considerando apenas o produto "in natura", também tiveram um bom desempenho. As exportações somaram US$ 13 bilhões, 12% mais do que no período anterior. O frango lidera em valor, mas foi a carne bovina que teve a maior evolução das receitas no período: mais 18%.
O açúcar, com vendas externas no valor de US$ 11,4 bilhões no ano passado, também ajudou a sustentar o saldo comercial do agronegócio. Esse valor poderia ter sido maior não fossem as oscilações externas de preços.
Com presença entre os principais itens do setor, o café foi um dos poucos produtos a perder receitas no ano. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam divisas de US$ 4,6 bilhões no ano passado, 5% menos do que em 2016.
Dois outros destaques na balança foram celulose e milho. No caso do cereal, o Brasil parece ter encontrado o caminho externo para o produto, que teve receitas de US$ 4,6 bilhões.
As exportações de celulose, devido à crescente produção nacional, tiveram receitas de US$ 6,35 bilhões, segundo a Secex.
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