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December 4, 2017



INDICADORES/INDICATORS


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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)


ANÁLISE


BACEN. PORTAL G1. 04/12/2017. Mercado sobe para 0,89% previsão de alta do PIB em 2017 e vê inflação menor. Até então, economistas dos bancos estimavam uma alta de 0,73% para o PIB deste ano. Revisão acontece após divulgação do PIB do 3º trimestre pelo IBGE.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre na semana passada, os economistas do mercado financeiro revisaram para cima sua estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano. Além disso, também passaram a prever um comportamento melhor para a inflação em 2017.
As expectativas do mercado constam no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo autoridade monetária com mais de 100 instituições financeiras.
Para a expansão do PIB de 2017, os economistas do bancos elevaram sua estimativa de 0,73% para 0,89%. Para 2018, a estimativa do mercado para expansão da economia subiu de 2,58% para 2,60%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%, mas voltou a registrar alta neste ano. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 0,1%, segundo dados do IBGE.

Inflação

Para a inflação de 2017, a previsão do mercado baixou para 3,03%. No relatório anterior, produzido após pesquisa realizada na semana retrasada, a previsão para a inflação neste ano estava em 3,06%.
Com isso, a inflação estimada pelo mercado para este ano continua acima do piso de 3% do sistema brasileiro de metas. Entretanto, a previsão segue abaixo da meta central para a inflação em 2017, de 4,5%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para este ano e para 2018, a meta central é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Desse modo, a inflação pode ficar entre 3% e 6% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para o próximo ano, o mercado financeiro manteve sua expectativa de inflação estável em 4,02%. Deste modo, a estimativa do mercado continua abaixo da meta central, mas dentro da banda do sistema de metas (entre 3% e 6%).

Taxa básica de juros

Os analistas do mercado também mantiveram a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 7% ao ano para o final de 2017. Atualmente, a taxa está em 7,5% ao ano.
Ou seja, o mercado continua estimando uma redução dos juros em dezembro deste ano. Se o patamar previsto de 7% ao ano for atingido no fim de 2017, esse será o menor nível já registrado.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic também ficou estável em 7% ao ano. Com isso, continuaram prevendo que os juros ficarão estáveis no ano que vem.

Câmbio, balança e investimentos

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,25.
Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana ficou estável em R$ 3,30.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, subiu de US$ 65,5 bilhões para US$ 66 bilhões de resultado positivo.
Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 53,6 bilhões para US$ 52 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, caiu de US$ 80 bilhões para US$ 78 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 80 bilhões.

BACEN. REUTERS. 4 DE DEZEMBRO DE 2017. Mercado vê corte de 0,5 p.p. na Selic esta semana e eleva expectativa de crescimento em 2017

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado manteve a expectativa de corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana e continua vendo nova redução de 0,25 ponto em fevereiro, melhorando ainda a previsão de crescimento da economia em 2017, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia na quarta-feira sua decisão de política monetária. Com o corte esperado pelos economistas no levantamento, a Selic terminaria o ano a 7 por cento, o que será seu menor patamar histórico.

Para 2018, permanece também a expectativa de corte de 0,25 ponto na taxa em fevereiro, com elevação na mesma proporção em dezembro, levando a Selic a terminar o próximo ano também a 7 por cento.

Pesquisa da Reuters mostrou que 49 de 50 economistas esperam que o Copom corte a Selic em 0,50 ponto agora, com a maioria esperando nova redução na reunião de fevereiro.

Entre aqueles que preveem mais afrouxamento monetário no início de 2018, 21 veem redução de 0,25 ponto percentual, a 6,75 por cento, e nove declínio de 0,50 ponto percentual.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê corte de 0,50 ponto agora, mas calcula a taxa básica de juros no final do ano que vem em 6,5 por cento.

Em relação à a economia, a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 foi elevada a 0,89 por cento, de 0,73 por cento, após os investimentos mostraram no terceiro trimestre o melhor desempenho em quatro anos.

O PIB do Brasil subiu 0,1 por cento entre julho e setembro passado sobre o segundo trimestre, terceiro período seguido de expansão, com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) crescendo 1,6 por cento no período.

Para a inflação, a pesquisa semanal com uma centena de economistas passou a calcular a alta do IPCA em 2017 em 3,03 por cento, de 3,06 por cento no levantamento anterior.

Para 2018, permanece a expectativa de inflação de 4,02 por cento. A meta de inflação para ambos os anos é de 4,5 por cento com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Por Camila Moreira

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ECONOMIA BRASILEIRA


ANP. 04 de Dezembro de 2017. Produção de gás natural aumenta 5,6% em outubro

A produção de petróleo no Brasil em outubro totalizou 2,627 milhões de barris por dia (bbl/d), uma redução de 0,9% na comparação com o mês anterior e um aumento de 0,1% em relação ao mesmo mês em 2016.

Já a produção de gás natural totalizou 115 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior e de 5,6% em relação a outubro de 2016.
A produção total de petróleo e gás natural no País foi de aproximadamente 3,348 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). 

Pré-sal

A produção do pré-sal em outubro totalizou aproximadamente 1,628 milhão de barris de óleo equivalente por dia, uma redução de 2,9% em relação ao mês anterior. A produção, oriunda de 79 poços, foi de 1,306 milhão de barris de petróleo por dia e 51 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, correspondendo a 48,6% do total produzido no Brasil.

Os poços do pré-sal são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.

Queima de gás

O aproveitamento de gás natural no Brasil no mês de outubro alcançou 97% do volume total produzido. A queima de gás totalizou 3,4 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 0,5% se comparada ao mês anterior e redução de 8,9% em relação ao mesmo mês em 2016.

Campos produtores

O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 808 mil bbl/d de petróleo e 34,5 milhões de m3/d de gás natural.
Os campos marítimos produziram 95,2% do petróleo e 79% do gás natural. A produção ocorreu em 8.054 poços, sendo 737 marítimos e 7.317 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 93,6% do petróleo e gás natural. Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.096. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 96.

A FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Lula, por meio de 6 poços a ela interligados, produziu 188,1 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.

Outras informações

Em outubro de 2017, 303 áreas concedidas, uma cessão onerosa e uma de partilha, operadas por 27 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 80 são concessões marítimas e 225 terrestres. Vale ressaltar que, do total das áreas produtoras, três encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras oito são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. Pela terceira vez a bacia de Santos ultrapassou a de Campos em produção total. A primeira foi em julho de 2017 e a segunda em setembro.

O grau API médio foi de 26,9, sendo 36% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 48,4% óleo médio (>=22 API e <31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 130 mil boe/d, sendo 104,8 mil bbl/d de petróleo e 4 milhões de m3/d de gás natural. Desse total, 126,1 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 5,1 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 326 boe/d em Alagoas, 2.353 boe/d na Bahia, 57 boe/d no Espírito Santo, 2.158 boe/d no Rio Grande do Norte e 208 boe/d em Sergipe.

Boletim: http://www.anp.gov.br/wwwanp/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural
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<31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">OPEP. REUTERS. 4 DE DEZEMBRO DE 2017. Produção de petróleo da Opep cai em novembro para menor nível desde maio

LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu em 300 mil barris por dia (bpd) em novembro, para o menor nível desde maio, mostrou uma pesquisa da Reuters, puxada por uma queda nas exportações de Angola e Iraque, forte adesão ao acordo de cortes de produção e declínios involuntários.

A adesão da Opep aos cortes de produção subiu para 112 por cento, ante 92 por cento em outubro, mostrou a pesquisa. A Arábia Saudita, maior exportadora, produziu abaixo de sua meta da Opep, assim como todos os outros membros, exceto Equador, Gabão e Emirados Árabes Unidos.

A Opep está reduzindo a produção como parte de um acordo com a Rússia e outros produtores de fora do grupo, que também se comprometeram com os cortes de produção.

O petróleo está operando próximo de uma máxima de dois anos sustentado por quedas nos estoques, forte demanda e alta adesão aos cortes prometidos. Na reunião de 30 de novembro, produtores estenderam o acordo até o fim de 2018, como já era esperado.

A pesquisa da Reuters é baseada em dados de embarque fornecidos por fontes externas, dados de fluxo da Thomson Reuters e informações repassadas por fontes em companhias de petróleo, Opep e empresas de consultoria.

Por Alex Lawler; reportagem adicional de Rania El Gamal
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IPEA. 01/12/2017. Investimentos avançam 1,6% no terceiro trimestre do ano. Primeira variação positiva do Indicador Ipea de FBCF desde 2013 foi puxada pelo resultado de máquinas e equipamentos

Após 15 trimestres de recuo, o Indicador Ipea mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a se destacar positivamente entre os componentes do PIB (Produto Interno Bruto), com o crescimento de 1,6% no 3º trimestre de 2017. O indicador mede o nível de investimentos do país. Apesar dessa primeira variação positiva desde o 3º trimestre de 2013, os componentes do Indicador Ipea continuam mostrando desempenho heterogêneo: enquanto o consumo aparente de máquinas e equipamentos subiu 5%, a construção civil avançou apenas 0,9%.

Os dados do Indicador Ipea mensal de Formação Bruta de Capital Fixo divulgados nesta sexta-feira, 1º, foram ajustados com base no Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (SCNT) do IBGE referente ao 3º trimestre de 2017. O trabalho é assinado pelo técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Leonardo de Carvalho e pelo diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto, José Ronaldo de Castro Souza Jr.

Outra questão importante revelada pelo Indicador Ipea mensal de FBCF é o bom desempenho dos investimentos ao longo dos três meses do trimestre. O destaque positivo, novamente, ficou por conta do componente máquinas e equipamentos – que apresentou, em setembro, o sexto avanço seguido na comparação sem efeitos sazonais (2,9%).

Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2017/12/01/indicador-ipea-de-fbcf-ajustado-pelos-dados-das-contas-nacionais-2/

MDIC. 01 de Dezembro de 2017. Superávit comercial de US$ 62 bilhões é o maior da história. Os recordes anteriores para o período de janeiro a novembro (US$ 43,3 bi) e para anos fechados (US$ 47,7bi) haviam sido registrados em 2016

Brasília (1º de dezembro) – O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou nesta sexta-feira o resultado da balança comercial de janeiro a novembro. O superávit comercial para o primeiros 11 meses do ano chegou  a US$ 62 bilhões e é o maior da história. Os recordes anteriores para os primeiros 11 meses (US$ 43,3 bi) e para anos fechados (US$ 47,bi) haviam sido registrados em 2016.

No acumulado janeiro-novembro de 2017, as exportações foram de US$ 200,154 bilhões. Sobre 2016, as vendas externas registraram crescimento de 18,2%, pela média diária. As importações somaram US$ 138,146 bilhões, aumento de 9,6%, também pela média diária, sobre o mesmo período anterior (US$ 126,027 bilhões). A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou a cifra de US$ 338,301 bilhões, representando aumento de 14,6% sobre os onze primeiros meses de 2016, pela média diária (US$ 295,321 bilhões).

Na entrevista coletiva para comentar os dados, realizada hoje, em Brasília, o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, informou que o valor das exportações e das importações de janeiro a novembro já supera o valor total de 2016. "As exportações e importações brasileiras de janeiro a novembro registraram crescimento de quase todos os produtos, e muitos tiveram aumento em quantidade e preço". Nas vendas externas do período, os preços subiram em média 10,7% e as quantidades, 6,9%. Nas importações, os preços foram 3,7% superiores e as quantidades 5,8% maiores que no mesmo período de 2016.

Novembro

No mês, a exportação alcançou cifra de US$ 16,688 bilhões. Sobre novembro de 2016, as vendas externas registraram crescimento de 2,9%, e retração de 7,2% em relação a outubro de 2017, pela média diária. As importações totalizaram US$ 13,142 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, as compras no exterior apresentaram aumento de 14,7%, e crescimento de 0,9% sobre outubro de 2017, também pela média diária. No período em análise, a corrente de comércio alcançou US$ 29,830 bilhões, crescimento de 7,8% sobre novembro de 2016, pela média diária. O saldo comercial do mês teve superávit de US$ 3,546 bilhões, valor 25,4% inferior ao alcançado em novembro de 2016  (US$ 4,753 bilhões).

O destaque em novembro, segundo o secretário Abrão Neto, foi o crescimento das importações de bens de capital em 10,8%, principalmente de máquinas e equipamentos para agricultura e terraplanagem. "É o quarto mês consecutivo de crescimento de importações de bens de capital, o que não ocorria desde março de 2013, o que demonstra a retomada de investimentos produtivos no país", afirmou.

Exportações de janeiro a novembro

No acumulado de janeiro a novembro de 2017 as três categorias de produtos registraram crescimento em relação a igual período de 2016: básicos (28%) semimanufaturados (13,8%) e manufaturados (9%). Com relação à exportação de produtos básicos, houve aumento de receita de petróleo em bruto, minério de ferro, minério de cobre, soja em grão, carne bovina, milho em grão, carne de frango, carne suína e algodão em bruto. Nos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, madeira serrada, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e celulose. No grupo dos manufaturados, houve crescimento principalmente em óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem, tratores, automóveis de passageiros, veículos de carga, laminados planos, óxidos e hidróxidos de alumínio, chassis com motor, açúcar refinado, autopeças, calçados, pneumáticos, motores para veículos e partes.

Por mercados compradores, cresceram as vendas para os principais destinos: Asia (26,9%), Mercosul (18,6%), Estados Unidos (17,3%), Oriente Médio (16%), América Central e Caribe (+14,4%), Oceania (4,6%), e União Europeia (4,1%). Os principais países de destino das exportações, no acumulado janeiro-novembro/2017, foram: 1º) China (US$ 46,4 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 24,5 bilhões), 3º) Argentina (US$ 16,0 bilhões), 4º) Países Baixos (US$ 8,6 bilhões) e 5º) Japão (US$ 4,8 bilhões).

Importações de janeiro a novembro

No acumulado janeiro-novembro de 2017, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em combustíveis e lubrificantes (41,2%), bens intermediários (10,7%) e bens de consumo (7,5%), enquanto decresceram as compras de bens de capital (-13,5%).Por mercados fornecedores, cresceram as compras originárias dos principais mercados como Oceania (59,7%), África (17,5%), Ásia (15,1%), Estados Unidos (5%), Mercosul (2,7%) e União Europeia (2,5%). Os principais países de origem das importações foram: 1º) China (US$ 25,6 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 22,8 bilhões), 3º) Argentina (US$ 8,7 bilhões), 4º) Alemanha (US$ 8,5 bilhões) e 5º) Coreia do Sul (US$ 4,9 bilhões).

MDIC. SECEX. REUTERS. 1 DE DEZEMBRO DE 2017. Exportação de café verde do Brasil recua 10% em novembro; açúcar cai 11,5%

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de café verde do Brasil em novembro tiveram queda de cerca de 10 por cento na comparação com igual mês de 2016, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta sexta-feira.

O país exportou 2,7 milhões de sacas de 60 kg de café em novembro, ante 2,64 milhões em outubro e 3 milhões há um ano.

Com isso, o volume embarcado no acumulado de 2017 foi a quase 25 milhões de sacas, ante 27,5 milhões de sacas em igual período de 2016, e confirma a expectativa de que o país fechará o ano com embarques menores pelo segundo ano consecutivo.

Maior exportador global de café, o Brasil vem perdendo seu peso no comércio da commodity desde 2015, quando embarcou um volume recorde.

O motivo por trás disso foi principalmente a quebra de produção de robusta no Espírito Santo em 2015 e 2016 por causa da seca, que apertou as reservas da variedade e fez o país perder clientes no exterior.

Para 2018, a previsão também é de exportações também tímidas.

AÇÚCAR

Em novembro, o Brasil exportou 1,83 milhão de toneladas de açúcar bruto, expressiva queda de 25,6 por cento ante outubro e de 11,5 frente igual mês de 2016.

O recuo reflete uma concentração de vendas nos primeiros meses da safra 2017/18 no centro-sul, iniciada em abril, para honrar contratos, e também a preferência mais recente das usinas pelo etanol, que tem se mostrado competitivo ante a gasolina em alguns Estados.

Ao longo do mês passado, a fila de navios programados para embarcar açúcar nos portos brasileiros diminuiu 50 por cento, o que aponta para vendas menores também em dezembro.

No acumulado de 2017, o Brasil exportou 26,4 milhões de toneladas, alta de 2,3 por cento ante os 11 primeiros meses de 2016.

Por José Roberto Gomes

MDIC. SECEX. 1 DE DEZEMBRO DE 2017. Exportações de petróleo no Brasil têm pior mês do ano em novembro, aponta Secex

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As exportações de petróleo do Brasil caíram 35 por cento em novembro, ante o mesmo mês do ano passado, para 2,527 milhões de toneladas, o menor volume mensal do ano, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta sexta-feira.

Em relação a outubro, houve uma queda de mais de 33 por cento das vendas externas da commodity, segundo a secretaria do Ministério de Minas e Energia.

O motivo da acentuada queda não estava imediatamente claro, em um ano em que o Brasil segue exportando volumes recordes no acumulado do ano.

A receita do Brasil com as exportações de petróleo acompanharam o movimento de queda e recuaram 24 por cento em novembro ante um ano antes, para 877 milhões de dólares. Na comparação com outubro, a queda foi de 29 por cento.

Além da Petrobras, estão entre os principais produtores do Brasil a anglo-holandesa Shell, a portuguesa Petrogal, da Galp, e a sino-espanhola Repsol Sinopec.

Por Marta Nogueira

FENABRAVE. REUTERS. 1 DE DEZEMBRO DE 2017. Venda de veículos novos no Brasil tem melhor novembro desde 2014

SÃO PAULO (Reuters) - A venda de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em novembro subiu 0,7 por cento ante outubro e avançou 14,6 por cento na comparação com o emplacado um ano antes, informou nesta sexta-feira a associação de concessionários de veículos Fenabrave.

Os licenciamentos do mês passado somaram 204.188 veículos, maior marca para o mês desde as vendas de 294.651 unidades vendidas em novembro de 2014.

“A alta nos índices de confiança e a contínua queda na inadimplência...fizeram com que o comprador voltasse às concessionárias. O aumento da oferta de crédito também tem impulsionado o crescimento do mercado neste momento e incentivado o cliente a efetivar sua compra”, disse em comunicado à imprensa o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

No acumulado do ano, as vendas de veículos novos somam 2,027 milhões de unidades, alta de 9,8 por cento sobre o período de janeiro a novembro do ano passado.

A General Motors manteve liderança no mercado de carros e comerciais leves em novembro, com vendas de 37.354 unidades, alta de cerca de 14 por cento sobre um ano antes. A Volkswagen teve emplacamentos de 25.569 unidades, alta de quase 60 por cento sobre um ano antes, quando a empresa enfrentou problemas no fornecimento de autopeças que afetaram a sua produção.

A Fiat ficou em terceiro, com queda de 9 por cento sobre um ano antes, para 24.791 veículos. Incluindo a outra marca do grupo, Jeep, as vendas da empresa em novembro somaram 32.803 unidades.

A Ford emplacou 20.328 carros e comerciais leves em novembro, crescimento de 22 por cento sobre um ano antes, enquanto a Hyundai vendeu 17.987 veículos, avanço de cerca de 2 por cento.

Por Alberto Alerigi Jr.

ANEC. REUTERS. 1 DE DEZEMBRO DE 2017. Exportação de milho do Brasil em novembro cai ante outubro, diz Anec

SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de milho do Brasil em novembro totalizou 4,2 milhões de toneladas, ante 4,4 milhões em outubro, apontou nesta sexta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais(Anec).

No acumulado do ano até novembro, as exportações de milho do Brasil, que tem sido o segundo exportador global atrás dos EUA, atingiram 25,7 milhões de toneladas, alta de mais de 50 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, quando o país lidou com uma severa quebra de safra.

A Anec disse que cerca de 2,4 milhões de toneladas de milho estão programadas para embarque em dezembro.

“Nossa estimativa é a de que, até o final do ano, o Brasil encerre o período com um resultado de aproximadamente 30 milhões de toneladas de milho destinadas à exportação”, acrescentou.

Por Roberto Samora e José Roberto Gomes

USP. FIPE. REUTERS. 4 DE DEZEMBRO DE 2017. IPC-Fipe sobe 0,29% em novembro pressionado por Despesas Pessoais

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo encerrou novembro com alta de 0,29 por cento, contra 0,32 por cento em outubro, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta segunda-feira.

Os preços de Despesas Pessoais exerceram o maior peso no mês, com 0,1760 ponto percentual no índice depois de subirem 1,30 por cento.

Destacou-se também a alta de 0,89 por cento dos Transportes em novembro, enquanto na outra ponta o grupo Alimentação registrou recuo de 0,68 por cento.

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

Por Camila Moreira

MDIC. CAMEX. 01 de Dezembro de 2017. Resolução Camex publicada nesta sexta-feira altera as alíquotas, a pedido do Ministério da Saúde

Brasília (1º de dezembro) – Foi publicada hoje, no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução Camex nº 89 que zera, temporariamente, as alíquotas do Imposto de Importação para as vacinas de HPV, Hepatite A e DTPa por desabastecimento no mercado brasileiro.


  • As vacinas DTPa (contra a difteria, tétano e pertussis acelular) com cota de 5 milhões de doses, classificada no código 3002.20.27 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e do HPV - Papiloma Humano tetravalente recombinante, contra tipos 6, 11, 16, 18, para prevenção do câncer de colo de útero (NCM 3002.20.29), com cota de 6 milhões de doses, ficam isentas do Imposto de Importação por um ano.
  • Já a vacina contra a Hepatite A (NCM 3002.20.29), terá alíquota zerada para uma cota de 2,25 milhões de doses, por um período de seis meses, a partir de 2 de abril de 2018.

De acordo com a norma aprovada pela Camex, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) editará norma complementar, visando estabelecer os critérios de alocação das quotas mencionadas.

FGV. IBRE. 04-Dez-2017. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Inflação pelo IPC-S avança em cinco das sete capitais pesquisadas

O IPC-S de 30 de novembro de 2017 registrou variação de 0,36%, 0,04 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.

A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.

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DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF1016020E651ED6F3B

DATAFOLHA. PORTAL G1. JORNAL FSP. 03/12/2017. Brasileiro espera aumento da inflação, diz Datafolha. Pesquisa divulgada pelo jornal 'Folha de S.Paulo' mostra que 60% da população acha que a inflação vai subir; em setembro, 56% esperavam alta.

Pesquisa do Instituto Datafolha publicada neste domingo (3) indica que o brasileiro segue pessimista em relação ao futuro da economia, especialmente no que diz respeito à inflação. Já sobre o desemprego os entrevistados parecem ter percebido melhora, se comparado com pesquisas anteriores.
De acordo com os dados divulgados, 60% dos entrevistados acreditam que a inflação vai aumentar, contra 56% daqueles ouvidos em setembro deste ano. Já o percentual daqueles que acreditam que a inflação fica onde está é de 24%, contra 27% do levantamento anterior. O dado referente aos que pensam que a inflação vai diminuir ficou em 11%, o mesmo de setembro.
Em dezembro do ano passado, 66% dos entrevistados apostavam no aumento da inflação, 19% na estabilidade e os mesmos 11% na redução do índice.

Expectativa econômica - inflação
(em %)
666656566060191927272424111111111111AumentoEstabilidadeQuedadez/2016set/2017dez/2017010203040506070

dez/2016
 Queda: 11
Fonte: Datafolha

Desemprego

Já em relação ao desemprego, uma melhora na percepção dos brasileiros é indicada desde dezembro do ano passado. No levantamento divulgado neste domingo, 50% acreditam que o desemprego irá aumentar, 26% dizem que o índice deve se manter estável e 21% pensam que a tendência é que o desemprego diminua.
Na pesquisa Datafolha divulgada em dezembro do ano passado, 67% dos entrevistados acreditavam que o índice iria crescer, 14% apostavam na estabilidade do índice de desemprego e 16% diziam que a tendência era do desemprego diminuir.
Os últimos dados sobre desemprego mostram que a taxa ficou em 12,2% no trimestre encerrado em outubro, com 12,7 milhões de brasileiros sem emprego, segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Expectativa econômica - desemprego
(em %)
67675353505014142424262620202121AumentoEstabilidadeQuedadez/2016set/2017dez/201710203040506070

dez/2016
 Estabilidade: 14
Fonte: Datafolha

Poder de compra

Sobre o poder de compra, caiu o número de entrevistados que acreditam que ele irá aumentar, totalizando 19%, contra 25% em setembro deste ano. Em dezembro do ano passado, 15% dos entrevistados acreditavam no aumento do poder de compra.
Entre os que acham que o poder de compra deve diminuir estão 42% dos entrevistados, contra 59% há um ano. A estabilidade no poder de compra do brasileiro é vista como tendência por 34% dos entrevistados, contra 20% em dezembro de 2016.

Expectativa econômica - poder de compra
(em %)
151525251919202030303434595941414242AumentoEstabilidadeQuedadez/2016set/2017dez/201710203040506070

dez/2016
 Aumento: 15
Fonte: Datafolha

Rejeição a Temer

A pesquisa do Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre o governo Michel Temer. A rejeição do peemedebista ainda é alta (71%), mas teve uma queda de 2 pontos percentuais em comparação com o número registrado em setembro deste ano.

Essa redução está dentro da margem de erro da pesquisa. Ainda segundo o Datafolha, 23% acham o governo Temer regular. Esse dado em setembro era de 20%. O percentual de pessoas que aprovam o presidente ficou estável (5%).

Avaliação do governo Temer
(em %)
3131515161616969737371714242343428282323202023231414101099775555553322Ruim/péssimoRegularÓtimo/bomNão sabejul/2016dez/2016abr/2017jun/2017set/2017nov/2017020406080

dez/2016
 Não sabe: 5
Fonte: Datafolha

Temer x Dilma

O Datafolha ainda pediu para os entrevistados compararem os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. 62% consideram o governo de Temer pior do que o da petista. Antes, em dezembro de 2016, esse índice estava em 40%.
Segundo a pesquisa, 13% dizem que Temer faz uma gestão melhor do que a de Dilma. Há um ano, 21% dos entrevistados tinham essa opinião. Já 23% das pessoas afirmaram que o desempenho de ambos é igual – uma queda de 11 pontos percentuais em comparação com dezembro de 2016.

ABCE. PORTAL G1. AFP. 04/12/2017. O 'café especial' brasileiro é um mercado em plena expansão. No ano passado, a produção de cafés brasileiros de qualidade superior chegou a 8 milhões de sacas, 54% a mais que em 2015.

Em 2016, o Brasil produziu 51,37 milhões de sacas de 60 kg, 85% de café comum, apreciado pelas grandes companhias de torrefação.
No Brasil, o 'café especial' é ouro em grão para os pequenos produtores
Mas agora está se firmando no mercado dos cafés especiais, produzidos com um cuidadoso processo de seleção e tratamento dos grãos de tipo arábica.
Na escala internacional de qualidade estabelecida pela Speciality Coffee Association of America (SCAA), que avalia o aroma, a acidez, a suavidade e a homogeneidade da infusão, os cafés especiais brasileiros recebem pontuações de mais de 80 pontos em 100.
No ano passado, a produção de cafés brasileiros de qualidade superior chegou a 8 milhões de sacas, 54% a mais que em 2015, segundo dados da Associação Brasileira de Cafés de Especialidade (BSCA).
Em 2018, o Brasil deve superar a Colômbia como primeiro produtor mundial deste tipo de grão, de acordo com a entidade.
A ABSCA organiza desde 1999 concursos regionais e nacionais - entre eles o Cup of Excellence, convertido uma referência mundial - que reforçarão o prestígio dos cafés especiais do país.
Um número crescente de cafeicultores e, em particular, de plantações familiares, entrou neste nicho do mercado, com uma demanda mundial que cresce cerca de 15% por ano, enquanto que a de café comum só registra um aumento de 2%.
O trabalho é mais exigente, mas acaba recompensado: a saca de café especial é vendida por mais que o dobro do preço do café tradicional.
Os produtores apostam, além disso, na valorização das indicações de origem geográfica do grão.
Atualmente, essa classificação abrange apenas cinco regiões brasileiras, entre elas a do Cerrado Mineiro, a única beneficiada por ela desde 2014.

ABCE. PORTAL G1. AFP. 04/12/2017. No Brasil, o 'café especial' é ouro em grão para os pequenos produtores. Café tem qualidade e preço muito superiores ao do café comum. Superior, permite que produtores escapem de flutuações de preços e garantam renda.

"Aqui, nós sempre produzimos café comum e mal conseguíamos sobreviver com essa produção. Nunca pensamos que poderíamos fazer café especial", afirma Afonso Abreu de Lacerda, acrescentando que não sabia que tinha "tal tesouro entre os dedos".
O 'café especial' brasileiro é um mercado em plena expansão
Na ladeiras das montanhas de Caparaó, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o agricultor de 45 anos e seus vizinhos acabaram de colher manualmente as bagas vermelhas e amarelas dos arbustos de até dois metros de altura.
Eles produzirão o café Arabica "especial", com qualidade e preço muito superiores ao café comum, do qual o Brasil é o maior produtor mundial.
Este café de qualidade superior permite que os produtores escapem das flutuações dos preços mundiais e garantam sua renda.
Depois de classificar as "cerejas" de café de acordo com seu nível de maturidade, ou seja, as cascas semi-rígidas que servem de abrigo aos grãos, e retirarem sua polpa com a ajuda de uma máquina, Afonso lava os grãos maduros e os dispõem sob estufas abertas, construídas abaixo da plantação de 20 hectares.
De oito a dez vezes por dia, ele e seus dois irmãos, Ademir e José Alexandre, também cafeicultores, revolvem os grãos com um ancinho para garantir uma secagem uniforme, que, dependendo da estação, pode durar até um mês.
"Antes, colhíamos todas as cerejas de café ao mesmo tempo, inclusive as que não tinham chegado ao nível ideal de maduração. Colocávamos todas no chão para secar, sem ter tirada a casca e quando chovia, cobríamos com uma lona de plástico."
"Colocávamos as cerejas para que secassem ao sol, sem descascá-las, e cobríamos com uma lona quando chovia", recorda.
Depois, vendiam tudo para as empresas de torrefação "que misturavam todos os grãos, qualquer fosse a qualidade deles".
A 1.180 metros de altitude, a propriedade, localizada em Forquilha do Rio, em Dores do Rio Preto, pertenceu ao avô e depois ao pais de Afonso, que como nas demais pequenas fazendas familiares da região produziam café segundo este método e viviam em dificuldades.
O melhor dos grãos
Após uma visita de um técnico do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) há uma década, Afonso e seus irmãos descobriram que sua plantação tinha potencial para produzir café de alta qualidade.
"Nosso solo é ideal, mas devíamos melhorar nossos métodos de trabalho, especialmente o processo pós-colheita", explica Afonso.
Em seguida, participou de formações e treinamentos com outros agricultores e em 2009 recebeu das autoridades públicas uma máquina para triagem e uma despolpadeira.
No ano seguinte, Afonso ganhou, para sua surpresa, uma competição regional de café de alta qualidade, antes de conquistar vários títulos nacionais.
Hoje, dos quase 750 sacos de 60 kg produzidos a cada ano em suas duas propriedades, 400 são preenchidos com café especial, que ele vende por até R$ 1.500 a unidade, contra os R$ 430 cobrados pelo café comum.
Lista de espera
Precursores na região, Afonso e seus irmãos agora vendem seus grãos para as melhores lojas especializadas do Brasil e exportam dois terços para vários países, incluindo Estados Unidos, Austrália e Japão.
Como eles, dezenas de cafeicultores das montanhas de Caparaó se voltaram para esse mercado mais exigente, mas mais lucrativo e crescente.
De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), enquanto a demanda global por café comum vem aumentando 2% por ano, a procura por café superior está crescendo de 10 a 15%.
Em sua pousada, perto da fazenda de Afonso, esta especialista prova cafés como se fossem vinhos e aconselha os cafeicultores.
"Com a produção desse tipo de café, o agricultor se aproxima do consumidor final e do próprio produto dele e pode permitir-se ser mais exigente com seus intermediários", diz ela.
"Para um pequeno cafeicultor brasileiro, tornar-se um ator-chave do mercado é algo muito novo", destaca.

ABDIB. REUTERS. 4 DE DEZEMBRO DE 2017. Brasil precisa criar estrutura de financiamento de médio a longo prazos para infraestrutura, diz Abdib

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil precisa criar uma estrutura de financiamento de médio e longo prazos para expandir os investimentos em infraestrutura, disse nesta segunda-feira Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib).

“Temos as debêntures incentivadas, mas nosso mercado de capitais ainda é incipiente”, comentou Tadini na abertura do Seminário Brasil 2018, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo.

O presidente da Abdib ressaltou que o investimento em infraestrutura na América Latina em geral é baixo e o Brasil é um dos poucos países em que a participação da iniciativa privada supera a do governo. “É preciso se investir pelo menos 3 por cento do PIB em infraestrutura, mas desde a década de 90 o investimento público em infraestrutura vem sendo negligenciado”, comentou Tadini.

Por Gabriela Mello

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